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Resenha Cap 12 - O Capital no Século XXI - Piketty

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Resenha do Capítulo 12 – A desigualdade mundial da riqueza no século XXI
 
No capítulo "A desigualdade mundial da riqueza no século XXI", serão examinadas, primeiramente, as fortunas individuais e, em seguida, haverá a análise acerca das desigualdades entre os países.
Piketty, nesse capítulo, busca encontrar dados sobre a distribuição mundial da fortuna e sua evolução. No entanto, é difícil encontrar tais dados, visto que há uma falta de fontes confiáveis de informação sobre a dinâmica de riquezas. Segundo ele, as listas de fortunas formadas pelas revistas são enviesadas e podem ser melhoradas, entretanto, não devem ser ignoradas no estudo. 
O ranking abordado por Piketty é a lista da revista Forbes, na qual, em 1987, contabilizava cerca de 140 bilionários com menos de 300 bilhões de dólares e, já em 2013, havia, de acordo com a revista, 1400 bilionários com uma renda quase vinte vezes superior à de 1987. Isso mostra um dado interessante para analisar a evolução da desigualdade na distribuição de renda e como esta está interligada com o fato de que aqueles que possuem patrimônios mais altos conseguem gerar receitas maiores. 
Entretanto, apesar de existirem essas listas, é possível que nestas sejam colocadas informações opostas que geram perspectivas diferentes daquelas que existem na realidade. Isso é um grande desafio para a transparência democrática, visto que não há informações globais confiáveis.
A partir da análise das listas das maiores fortunas do mundo, percebe-se que todas as fortunas, sejam provenientes da herança ou de um esforço de empreendedorismo, tendem a aumentar em um ritmo elevado mesmo o detentor desta não atuando de forma muito ativa para que se eleve. Isso se deve, segundo o autor, ao fato de que a dinâmica da riqueza segue sua própria lógica, o dinheiro, dessa forma, tende a se "reproduzir sozinho". Isso impacta diretamente na atual má distribuição de renda no mundo, sendo que devem ser estudadas as reais consequências das fortunas desses empreendedores ou herdeiros. 
Não pode ser negado, no entanto, a importância de empreendedores, inovações e invenções para a sociedade em geral. O problema é que o argumento a respeito do mérito não deve justificar os impactos das fortunas para a desigualdade dos rendimentos. 
Devido à multiplicação das fortunas, é necessário que haja um imposto progressivo anual sobre as maiores fortunas mundiais que produzirá a transparência democrática e financeira sobre os patrimônios e suas evoluções. 
Outro ponto destacado foi a questão das dotações do capital das universidades americanas ao longo das últimas décadas. O retorno médio obtido pelas dotações universitárias americanas foi extremamente elevado. Além disso, o rendimento obtido cresce rapidamente em proporção ao tamanho da dotação. 
Além das dotações do capital nas universidades, foram evidenciados, também, como um dos fatores que influencia a desigualdade dos rendimentos do capital, os fundos de petróleo dos países exportadores desse recurso e dos fundos da China. Segundo o autor, alguns países emergentes, tal como a China, que possuem taxas de crescimento muito altas, tendem a alcançar a mesma produtividade e nível de vida dos países ricos, o que, de acordo com o livro, é um processo equalizador de difusão de conhecimento e técnicas de produção. 
Portanto, como não houve ainda esse processo de diminuição do crescimento chinês, há uma ameaça de domínio dos países ricos pela China (o que o autor chama de divergência internacional). Além desse tipo de divergência, é destacada, também, a chamada divergência oligárquica, na qual há um cenário que os países ricos são dominados por seus próprios bilionários. 
Quanto a ameaça chinesa, deve ser evidenciado que os países ricos são muito mais ricos do que se pode imaginar, sendo que, na conclusão do capítulo, Piketty aborda que a posição patrimonial dos países ricos em relação ao resto do mundo é na verdade positiva. Contudo, isso é "ocultado" devido a falta de informações sobre os registros de ativos. 
Essa dificuldade configura uma possibilidade de deturpar o pensamento do mundo a respeito das perspectivas sobre a riqueza e as fortunas, gerando, na maioria das vezes, conclusões equivocadas ou incompletas a respeito desses tópicos.

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