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4º - UNIDADE 4 - O CONCEITO DE ENGENHARIA SUSTENTÁVEL

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UNIDADE 4 – CONCEITO DE ENGENHARIA SUSTENTÁVEL 
 
O conceito Sustentabilidade deve ser levado em conta indiscutivelmente na 
fase de engenharia. ... O conceito de um Projeto Sustentável é um sistema 
que promove intervenções sobre o meio ambiente, sem esgotar os recursos 
naturais, preservando-os para as gerações futuras. 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA SUSTENTÁVEL E SEUS DIFICULTADORES 
 
 
A engenharia sustentável é um conceito antigo, ela tem como objetivo o uso de 
técnicas que leva em conta a preservação do meio ambiente. Em síntese, são 
utilizados alguns métodos desprezados pela engenharia convencional, como o 
uso de materiais sustentáveis. Suas maiores características são: uso de 
materiais que não agridam o meio ambiente ao serem descartados ou ter sido 
construído por resíduos de outros elementos. 
O maior problema da implantação da engenharia sustentável é que muitos 
profissionais ainda não dão a importância devida para esse tema. Como é tão 
comum no mundo capitalista, o lucro vêm acima de tudo. Tendo em vista, que 
os materiais sustentáveis e os métodos utilizados durante a obra costumam ser 
mais caros, toda a preocupação com relação ao meio ambiente é deixada em 
segundo plano pelos investidores. 
Além dos investidores, outro fator que dificulta a construção sustentável são os 
fabricantes de matéria-prima. Enquanto visam o lucro, também optam pela 
produção mais barata. Como resultado disso, agridem o meio ambiente, sem 
levar em consideração a reutilização do material descartado ou o uso consciente 
daquilo que é extraído da natureza. 
Nesse atual cenário parece até impossível que haja uma solução para este 
problema. Todavia, começamos a caminhar lentamente em busca de ideias 
sustentáveis. Os primeiros modelos de construção modular começam a ser 
implementados, o marketing em cima das casas sustentáveis também ganha 
força ao redor do Brasil. 
A importância da engenharia sustentável em períodos de crise ambiental 
Se existe alguma dúvida sobre a importância da engenharia sustentável, basta 
ligar a TV por alguns minutos em algum telejornal ou abrir um site de notícias: 
Conferências da ONU, reuniões entre líderes mundiais, acordos entre governos, 
tudo para solucionar problemas ambientais que impactam cada bom dia 
abençoado mais nosso cotidiano. 
No Brasil as queimadas na Amazônia são prova de que precisamos discutir 
sobre o meio ambiente com urgência. Mediante isso, a engenharia sustentável 
aparece como uma solução. Desde a construção das obras, passando pelo uso 
de matéria-prima sustentável e conceitos que diminuam o consumo de energia 
são exemplos de como preservar a natureza. No Brasil a Green Building Council 
(GBC) certifica construções (LEED) que utilizam o conceito de sustentabilidade. 
O que é LEED e quais são seus requisitos? 
O Leadership in Energy and Environmental Design ou LEED, é um sistema 
internacional de certificação e orientação ambiental para edificações utilizado em 
mais de 160 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, 
obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas 
atuações. 
Para obter o certificado, é preciso atender a critérios como economia de água e 
luz, climatização adequada e boa qualidade do ar. Isso pode ser obtido com 
elevadores inteligentes, painéis solares e materiais mais modernos, por 
https://frasez.com.br/549/bom-dia-abencoado-2/
https://frasez.com.br/549/bom-dia-abencoado-2/
exemplo. Nos dez anos de atuação do GBC no País, mais de 1,2 mil projetos 
foram registrados, o quarto maior volume do mundo. Desse total, 393 foram 
certificados. 
Como colocar a sustentabilidade em prática 
No que diz respeito a parte prática, a sustentabilidade pode aparecer em três 
momentos diferentes da sua obra, seja na mudança de hábitos durante a 
construção, no uso consciente de materiais ou ainda na criação de conceitos 
sustentáveis para que a casa ou edifício também seja sustentável no futuro. 
Ainda durante a construção da obra existem muitos pontos que podem ser 
melhorados a fim de garantir a preservação ambiental. O uso consciente da água 
é um ótimo exemplo. Em muitos locais os profissionais responsáveis pela 
construção acabam utilizando água sem nenhuma responsabilidade. 
Diversos estudos apontam que hábitos simples como a reutilização da água para 
limpeza de equipamentos pode diminuir consideravelmente o consumo. Ainda 
sobre a água, é importante sempre verificar se todo o encanamento está 
instalado da forma correta, evitando vazamentos e se os registros e torneiras 
estão fechados ao deixar o local. 
Além da água, outro recurso que pode ser economizado é a energia. Assim como 
no exemplo anterior, parte da conscientização dos profissionais que estão 
realizando a obra. A diminuição do consumo de energia também é uma atitude 
sustentável. 
O uso de materiais sustentáveis, produzidos de resíduos ou reciclados também 
torna sua obra mais sustentável e ainda sobre o uso dos materiais da obra, o 
descarte do material desperdiçado também merece atenção. Assim sendo, 
depositar esse “lixo” diretamente na natureza vai totalmente contra tudo aquilo 
que é pregado na engenharia sustentável. 
Por fim as construções verdes são o maior ganho, pois, com pequenas 
alterações na obra tornam o local mais sustentável. Exemplo disso seria a 
instalação de placas para capitação e utilização de energia solar e a criação de 
áreas verdes no exterior da edificação. A construção também pode ser pensada 
para que o clima interno seja mais iluminado e arejado, diminuindo o consumo 
de energia consideravelmente. 
A realidade da engenharia sustentável no Brasil 
Engenharia sustentável, construção sustentável e sustentabilidade são termos 
que precisam estar em constante discussão na sociedade. Os impactos 
climáticos são evidentes e cabe a nós que vivemos neste planeta pensarmos em 
soluções para resolver o problema ambiental. Assim sendo, as técnicas e 
recursos discutidos neste texto são ótimas formas de preservar o meio ambiente 
e melhorar nossa qualidade de vida. 
Estudo efetuado pela Green Building Council diz que construir de modo 
sustentável não é bom somente para a imagem das empresas, como também é 
financeiramente vantajoso. Seu diretor Felipe faria afirma: “As boas práticas 
reduzem substancialmente o risco para os investidores”. A saber que na cidade 
do Rio de Janeiro o valor de locação por metro quadrado chega a ser 24% maior 
em edifícios certificados. Já em São Paulo 10%. (fonte: isto é dinheiro) 
Concluindo, as empresas e investidores começam a mudar seus olhares para a 
Engenharia sustentável tirando vantagem dela. Além de lucrar começam 
também a contribuir com o meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.istoedinheiro.com.br/as-vantagens-da-construcao-verde/
1. 1. Introdução 
2. 2. EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
1. 2.1 Avanços e Transformações 
3. 3. O CUSTO DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
4. 4. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
1. 4.1 Certificações sustentáveis e suas relevâncias 
2. 4.2 Materiais, definições e diferenças entre 
sustentável e ecológico 
3. 4.3 Meio ambiente inserido, cuidados e preservação 
4. 4.4 Eficiência Energética e da água o grande foco 
5. 5. CONCLUSÃO 
6. 6. REFERÊNCIAS 
1. 6.1 FILHO, Antônio Macêdo.Construção civil de baixo e 
médio padrão começa a obter certificados de 
sustentabilidade. 
 
RESUMO 
O estudo reflete a busca por uma melhora nos processos integrados de 
construção de edifícios, minimizando custos adicionais, reduzindo os impactos 
ambientais, projetando assim uma forma sustentável de se construir. Nos países 
mais desenvolvidos a concepção de edifícios sustentáveis, é uma realidade e 
visto por construtores e consumidores como um investimento e como redução 
de custos operacionais a longo prazo. Nesse sentido, já há no Brasil um 
movimento de conscientização da sustentabilidade nas construções, por partede profissionais de arquitetura, engenharia, investidores e proprietários de 
imóveis. Já existem grandes empreendimentos executados e outros em fase de 
obra e projeto, mas ainda é uma parcela bem pequena, se comparado com 
outros países. Os desafios desse processo de mudança de paradigma são 
enormes. Através de pesquisas e estudos em livros e sites, foi pensado sobre a 
inovação, novas práticas e integração de profissionais da área de construção, 
fornecedores, e fabricantes de materiais e os desafios a serem vencidos para a 
adoção de uma nova visão sistemática e holística do processo construtivo como 
um todo, onde uma ação pode ajudar ou prejudicar outra, levando assim o setor 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_1
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_2
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_3
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_4
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_5
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_6
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_7
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_7
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_8
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_9
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_10
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_11
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_12
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_12
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/construcao-sustentavel-um-desafio-possivel.htm#indice_12
da construção a um novo nível, se tornando um meio de ensino, aprendizagem 
e compartilhamento de informações. 
Palavras-chave: Sustentabilidade. Construção sustentável. Projeto integrado. 
Construção. 
1. Introdução 
Atualmente o setor da construção civil, passa por enormes mudanças a níveis 
de sustentabilidade, que engloba a segurança e saúde dos operários, cuidados 
com a vizinhança e com o bairro, ações menos predatórias ao meio ambiente, 
controle de poluição proveniente da obra e gestão de resíduos. Apesar de se 
tratar de um setor com forte rejeição a mudanças, não pode deixar de lado os 
anseios da população em geral que através de um movimento cultural e 
globalizado, busca cada vez mais informações, e tem interesse por um consumo 
mais sustentável, tanto de produtos, alimentos, vestuário, habitações seguras, 
confortáveis e que tenham durabilidade e gerem pouca manutenção e gastos 
durante a vida útil da construção. 
Há com issoum forte investimento da indústria de materiais de construçãopor 
meio de inovações, pesquisas científicas,consultas a profissionais da área e 
aomercado consumidor, para a concepção de novos produtos mais sustentáveis, 
que gerem menos impacto ambiental, que recicle materiais em sua composição, 
use menos recursos naturais. Os profissionais da área de construção civil estão 
sequalificando em novos cursos a níveis gerenciais, administrativos e 
ambientais, visando se adaptarem a um novo mercado consumidor mais 
exigente, como também as construtoras que procuram atingir novos parâmetros 
e modernização, atualizar e seguir os conceitos do tripé da sustentabilidade que 
consiste em preocupações com os aspectos econômicos, sociais e ambientais. 
A pesquisa é baseada nas grandes mudanças e transformações que o mercado 
da construção civil vem passando através dos anos, boa parte por integração e 
interação de órgãos internacionais, conselhos técnicos, e organizações não 
governamentais, da área da construção que regem normas e ajudam na 
confecção de leis. A globalização e a ideia de sustentabilidade e novas 
tecnologias, são outros fatores determinantes pela evolução do setor. Esse 
trabalho tem foco em fontes bibliográficas, artigos eletrônicos, revistas e 
apostilas acadêmicas. 
De acordo com Jerry Yudelson (2013, p. XVII): 
Precisamos mudar a maneira de projetar e construir 
edificações para que tenhamos uma chance de reduzir 
as emissões gerais de dióxido de carbono em relação 
aos níveis de 1990 - a meta atual de Quioto. Do contrário, 
talvez precisemos viver com as consequências de um 
aumento de 37% no consumo de energia primária nos 
Estados Unidos entre os anos de 2000 e 2020, conforme 
preveem muitos especialistas. 
Embora existam muitos argumentos a favor de introduzir 
a conservação de energia primeiramente em edificações 
preexistentes, o fato é que a maioria das novas 
construções, com o consumo de energia aplicado às 
vedações das edificações e difícil de ser alterado. Dessa 
forma é recomendável dar uma atenção especial ao 
projeto, à construção e as operações de novas 
edificações. 
Buscou-se através de pesquisa qualitativa relacionar problemas que relevam as 
seguintes problemáticas. 
 Como se deu a necessidade de evolução das práticas construtivas e a 
utilização de novas tecnologias na construção? 
 Quais são as dificuldades para mudar os parâmetros e métodos 
construtivos, assim como mudar o jeito de projetar e pensar as 
construções de forma que possam ser menos prejudiciais ao meio 
ambiente? 
 Como as inovações tecnológicas, a globalização, e a fabricação de novos 
produtos mais sustentáveis e menos degradantes a natureza podem 
ajudar no processo de sustentabilidade das construções? 
Através dessesdados foi concebida a pesquisa que busca salientar a relevância 
de cooperação tanto de projetistas da construção, engenheiros, arquitetos, como 
fabricantes, construtores, cientistas, administradores, na implantação de uma 
cultura de práticas de sustentabilidades em produtos finais, e produtos 
extrativistas, tais como areia, brita, madeira, utilizados na concepção de 
edifícios, e na redução de uso de recursos naturais como a água, e na geração 
de resíduos da construção. A adoção de projetos integrados, integração de 
equipes e uso de novas tecnologias como programas computacionais, técnicas 
gerenciais, simuladores em três dimensões,ajudam na previsão de problemas e 
soluções, minimizam imprevistos, geram menos incertezas, reduzem 
desperdícios de recursos, tempo e dinheiro. 
2. EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
A conscientização mundial sobre os recursos do planeta estarem limitados, vem 
gerando uma revolução dentro das empresas, governos, escolas, empresas de 
mídia, organizações não governamentais e a sociedade em geral. É um tema 
debatido diariamente, é uma nova revolução a níveis tecnológicos, culturais e 
uma nova forma de pensar sobre o meio ambiente de uma forma global e local, 
e ajuda a criar um sentimento nas pessoas de coletividade, onde cada cidadão 
faz um pouco pelo lugar onde vive, através de pequenas ações sustentáveis, 
como economizar água, luz, gerar menos resíduos, descartar lixo nos locais 
certos, praticar reciclagem. 
Para Oliveira (2007): 
Torna-se necessário também o desenvolvimento de um 
trabalho de conscientização no sentido de superar o 
individualismo e o egoísmo, pautando-se nos valores da 
solidariedade, da cooperação, do respeito, do 
compromisso com o coletivo, da participação e da 
responsabilidade social. 
É importante criarmos uma conscientização de que precisamos consumir cadavez menos recursos não renováveis, de que é necessário reutilizar, reciclar 
produtos ereduzir a degradação ambiental. 
2.1. Avanços e Transformações 
A concepção de desenvolver construções, comunidades e bairros mais 
sustentáveis não é um fato novo. Por motivo de construções irregulares e grande 
desorganização, muitas comunidades com grande povoação tiveram muitos 
problemas relacionados a questões sanitárias. Nas cidades industriais 
europeias, entre os séculos XVIII e XIX, houve ocorrências de inúmeras 
epidemias de doenças, o que gerou um alerta para os problemas habitacionais 
e para necessidade de se ter um plano de ocupação urbanística, com normas e 
leis. 
As cidades com altos índices populacionais passaram por enormes 
transformações, o primeiro plano diretor urbanístico pensado no bem-estar da 
população foi na cidade de Paris, na França, conhecido como plano Haussmann 
em 1853. Houve várias adequações, moradias já construídas tiveram que se 
adequar ao novo modelo urbano, houve abertura de novas ruas, alargamento de 
ruas já existentes, demolições, construção de novas infraestruturas e 
saneamento. Muitas outras reformas urbanísticas ocorreram em molde com a de 
Paris, em Barcelona, Washington, Chicago, Viena, Rio de Janeiro, Nova York. 
Foi construída uma nova concepção de pensar uma cidade, com regras, leis, 
controle público sobre as construções através de zoneamentos, onde a 
prefeitura diz o que pode ser construído, inibindo usos indesejáveis próximo as 
moradias, como exemplo indústrias poluidoras. A gênese do pensamento 
urbanístico baseou-se também na higiene, elementos arquitetônicos prejudiciais 
foram proibidos, foi definida destinações corretas ao esgoto, foi instruída a coleta 
de lixo regular e melhor tratamento das águas servidas a população. 
Os médicos sanitaristas da época foram fundamentais com seus conhecimentos 
e informações, muitas mudanças nas cidades ao redor do mundo, foram 
baseadas por sugestões médicas. Com estas concepções de saúde e bem-
estar, as normas sobre moradias passaram a ter uma grande evolução, com 
exigências mínimas de ventilação por portas e janelas, espaço para circulação 
de ar entre construções vizinhas, áreas com exposição ao sol, segurança e 
várias outras preocupações voltadas a salubridade. 
Após essa revolução na forma de pensar cidades e formas de se construir 
edifícios e seguir parâmetros mínimos aceitáveis para se construir, veio sendo 
introduzida na década de 80, por meio de estudos, pesquisas e divulgação de 
grandes preocupações por parte de cientistas a forma que os impactos 
ambientais, fazem não só na saúde humana, mas também na fauna, flora, e em 
todo ecossistema do planeta. Foi um grande passo para poder mudar a linha de 
ação dos governos mundiais sobre esses assuntos, colocando em foco a 
ecologia, sustentabilidade e pensamento em um desenvolvimento sustentável, 
consumir e produzir sem deixar de pensar na preservação do meio ambiente. 
“Sustentabilidade significa suprir as necessidades do presente sem afetar a 
habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades.” (Gro 
Harlem Brundtland,1987). 
Gro Harlem Brundtland, foi ministra da Noruega e foi presidente da Comissão da 
Organização das Nações Unidas, ligada ao meio ambiente. Foi ela que designou 
o termo desenvolvimento sustentável. 
A década de 90 foi importante para a geração do conceito sustentável, onde 
governos do mundo todo começaram a pensar nos problemas ambientais que 
suas nações produzem, e se propuseram a melhorar padrões de produtividade, 
ser mais rigorosos com emissões de carbono, ter fábricas mais modernas, gerar 
energia limpa, criar carros menos poluentes, construções mais sustentáveis, 
proteger a natureza e regenerar ambientes degradados pela ação do homem, 
dentre outras ações e cuidados com o meio ambiente, criando metas a serem 
alcançadas e melhoradas cada vez mais através dos anos. 
Há hoje uma grande mudança nas cidades e bairros de vários países, cada vez 
mais pensados para integrar a sociedade, e trazer benefícios locais a seus 
cidadãos, com intuito de trazer novos investimentos e modernização, muitas 
prefeituras estão remodelando bairros inteiros antes degradados, com 
construção de museus, teatros, praças públicas, novas áreas verdes e de 
passeio público, troca de mobiliário urbano, reconfiguração de prédios, ruas, e 
desburocratização de leis locais para atrair novas ocupações, moradores e 
comércio, e locais que tem mudanças mais modestas, muitas vezes com ações 
não tão perceptíveis aos moradores como transportes cada vez mais integrados, 
como o trem e metrô, com estações interligadas com paradas de ônibus, troca 
de iluminação pública por uma mais eficiente e de baixo consumo, troca de 
encanamento por um mais moderno para evitar vazamentos, plantio de árvores 
e canteiros, limpeza de canais, e limpeza urbana eficiente. 
No Brasil um dos instrumentos de gestão pública que possibilitou e incentivou 
tais mudanças, foi o plano diretor de 1988, uma lei que trata de reduzir as 
desigualdades da população em diferentes áreas urbanas, gerar 
desenvolvimento da cidade, e gerar bem-estar da população, permitir aos 
municípios cuidar da ocupação do solo de forma integrada e eficaz, trata também 
de políticas públicas relacionadas ao meio ambiente, patrimônio, regularização 
urbanística, saneamento, tributos fiscais e propõe diretrizes sobre planejamento 
de áreas do município, podendo ser mais focado em comércios e indústrias 
específicas que tragam benefícios a população local, como trabalho e renda, e 
legisla sobre construções e os parâmetros de acordo com o porte da cidade. As 
decisões de interesse coletivo da cidade são pensadas através de participação 
popular com a formação de conselhos municipais, que ajudam a fiscalizar os 
gestores, tais como prefeito e vereadores. 
De acordo com Mattos (2002): 
O Plano Diretor deve considerar principalmente a 
necessidade da atuação do poder público na produção 
de um ambiente equilibrado ao alcance de toda a 
população e na redução das desigualdades entre as 
diferentes áreas urbanas. Somam-se a esses princípios 
a definição de mecanismos de ajuste dos processos de 
crescimento e a instituição de formas de participação 
popular organizada no processo de elaboração e 
decisão sobre os planos ou orçamentos. 
No setor de construção civil apesar de haver várias mudanças conforme o passar 
das décadas, sempre foi baseado em modelos retrógrados de pensamento, onde 
só o custo importa e é visado pelos construtores e demais envolvidos nas 
construções. O surgimento de novas tecnologias de construção mais rápidas e 
limpas, a criação de leismais rigorosas ambientais, construtivas, de segurança 
dos trabalhadores de obras e acordos internacionais entre governos para 
redução de poluentes, foram influenciadores do mercado da construção civil. A 
mudança de paradigmas, aliado a um público comprador mais exigente e com 
informações mais globalizadas, levou a aplicação de melhores práticas nas 
novas construções de edifícios e na readequação de imóveis já existentes. Esse 
movimento de melhora construtiva, busca da prática de ações sustentáveis e o 
anseio da população por bem-estar, ajudou a persuadir a mudança de 
concepção a nível dos governantes ao pensarem suas cidades e bairros, dando 
maior ênfase na qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento 
sustentável local. 
Krebs (2002, p. 18): 
A modificações operadas no seu interior. Tem-se, 
então, que a materialização da urbanidade depende, 
outrossim, das leis com que se revestem as medidas 
intervencionais e de caráter administrativo que adotam 
os administradores. Apesar das garantias legais 
dispostas pela legislação ordinária e pela constituição 
de um país, é a legislação urbana, enquanto 
instrumento jurídico de controle do uso do solo privado 
e público, 
Que assegura a implantação deste ou daquelemodelo 
planejamento. Em última análise, da gênese da 
legislação urbanística depende, em grande medida, o 
maior ou menor grau de urbanidade construído em uma 
cidade. 
urbanidade se expressa por um conjunto de 
realizações, de benefícios, de facilidades e de 
amenidades que dão à cidade a medida da qualidade 
de vida, do bem-estar alcançado por seus habitantes, 
da sua humanidade, ao mesmo tempo que, ao respeitar 
suas características, preserva sua singularidade face 
às demais. Cogita-se, pois, de que a promoção da 
urbanidade está também vinculada à forma dada à 
cidade, à sua estruturação. 
Hoje a construção sustentável é uma realidade em diversos países, como 
também no Brasil, apesar de ainda ser uma parcela pequena de todos os 
empreendimentos da construção civil. Esse nicho de construção já tem seu 
mercado consumidor e vem sendo implementada em variados níveis, algumas 
construções utilizam apenas alguns itens de sustentabilidade e outras se 
comprometem de forma formal com o tema, através de selos de qualidade 
internacional, emitidos por órgãos de fiscalização governamentais, ou não, que 
testam, atestam e mantêm controle sobre os materiais de construção, 
classificados como sustentável ou ecológico, acompanham a extração vegetal e 
de minérios e instituições internacionais que certificam construções verdes ou 
sustentáveis. Essas instituições acompanham as obras, da concepção do projeto 
até a entrega da obra pronta, e fiscalizam a manutenção e funcionamento dos 
empreendimentos e exige que os parâmetros sustentáveis fiquem dentro dos 
padrões aconselhados pelo selo de qualidade sustentável. 
3. O CUSTO DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
Uma construção que segue os parâmetros de sustentabilidade e integração de 
projetos pode ser idealizada com custos adicionais de apenas um por cento a 
mais e na maioria dos casos dois por cento do valor total da obra. A base desse 
raciocínio está ao longo do processo de tomadas de decisão de projeto, se bem 
orientados forem os projetistas e os gestores da obra e o projeto com viés 
sustentável for pensado desde o início dos trabalhos de pesquisa sobre o local 
a ser implementado, a obra pode ser toda executada com nenhum custo extra, 
ou com um custo com diferença bem baixa, relativo a uma construção 
convencional que não leva em consideração os efeitos sustentáveis. 
Mas é necessário ter um grande estudo de viabilidade com antecedência, e cada 
caso específico deve ser considerado de forma diferente, faz-se uma escala de 
prioridades a nível técnico para identificar as estratégias mais aplicáveis e que 
tenham menor impacto nos custos, levando em consideração vários fatores, 
como clima, localização, tamanho e forma da construção, vizinhança, impacto 
na natureza e biomas, proteção e criação de nova áreas verdes, preservação e 
reuso de água, materiais a serem utilizados, redução do consumo energético, 
geração mínima de resíduos por parte da obra, reutilização de materiais e 
descarte correto, aumento de desempenho e qualidade do edifício a nível de 
construção, conservação e facilidade de manutenção, e quanto tempo esses 
benefícios podem durar para seus utilizadores, assim também como é levada em 
consideração a vida útil do edifício construído, e uma possível reciclagem da 
construção no final de seu uso. 
A construção convencional foca pouco em planejamento estratégico, geralmente 
não cria planos de ação e metas desde o começo da concepção do projeto. As 
equipes se falam pouco, são inúmeras vezes independentes cada uma no seu 
escritório e só se interligam no meio do processo, o que gera muitas mudanças 
e discordâncias a níveis de projetos técnicos, soluções construtivas, e muitas 
reuniões para acertos de tomada de decisão com a obra de construção já em 
andamento, diferente do planejamento com antecedência de uma obra com 
gerenciamento sustentável, onde desde a ideia da construção já são tratadas 
metas bem definidas e organizadas. Muitos empreendedores e profissionais da 
área da construção civil, ainda tem uma ideia errada sobre o custo ser mais caro 
para construir de forma sustentável, mas com um bom planejamento integrado 
e um gerenciamento eficaz é possível até mesmo gastar menos a curto e longo 
prazo e obter uma valorização maior do bem imóvel. “É possível projetar e 
construir edificações de alto desempenho sem sair do orçamento”. (Yudelson, 
Jerry, 2013, p. 96). 
4. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
Conceito de construção sustentável é que sejam seguidos parâmetros 
ambientais e de sustentabilidade e que tenham uma preocupação com o meio 
ambiente em que estão inseridos, visando o menor impacto possível, e que se 
utilize de forma correta os recursos naturais disponíveis. Abaixo segue uma 
figura de um modelo de edifício sustentável ou também chamado de construção 
verde. 
Modelo de edifício sustentável 
 
Imagem 1- Modelo de edifício com foco sustentável. 
Com essa ilustração é possível entender alguns pontos das soluções 
tecnológicas de sustentabilidade, tais como geração de energia fotovoltaica, 
cobertura com telhado verde, o que ajuda a reter água da chuva e dá a 
possibilidade de ter água para diversos usos, um sistema inteligente de 
isolamento térmico que ajuda no impacto a longo prazo nas contas de energia 
tanto para aquecer o edifício ou para refrigerar em tempos quentes, restrição de 
insolação para evitar calor excessivo, sistema de reutilização de água, para uso 
em banheiros, lavagem de chão e para jardinagem, equipamentos de alta 
eficiência energética são ótimos em economia, controle eficaz de climatização 
interna e controle de iluminação com várias setorizações de forma separada, 
onde pode-se controlar melhor a iluminação que se quer por ambiente e 
necessidade de uso. 
Exemplo de edificação sustentável 
 
Imagem 2- Edifício Turim um exemplo de construção sustentável. 
O Edifício chamado de 25 verde, é o nome dado ao projeto, localizado na cidade 
de Turim na Itália, possui um terreno de 7.500 m². É um prédio residencial, 
construído com estrutura de aço e as suas colunas foram projetadas para 
parecerem troncos de árvores. A edificação foi pensada para misturar os 
espaços internos e externos, por meio de vegetação abundante que ajuda 
também a reduzir a poluição sonora do ar e ameniza a temperatura ambiente. 
Os materiais de vedação das paredes empregados no prédio permitem aos 
ocupantes ter um excelente isolamento térmico. O projeto foi idealizado para 
proteger contra a luz solar direta do verão, possui um telhado verde com sistema 
para captação e armazenamento de água da chuva e essa água é reutilizada 
para descargas sanitárias, limpeza do prédio e irrigação da vegetação. Há uma 
horta comunitária na cobertura. Os aparelhos sanitários são de baixo consumo 
e o condomínio promove a separação e reciclagem do lixo e resíduos em geral, 
o que gera recursos para a manutenção do edifício. A iluminação é inteligente, 
setorizada e automatizada. O sistema de água quente dos apartamentos emite 
calor e a emissão desse calor é usada pelo sistema de calefação das unidades 
habitacionais. Os materiais utilizados na construção possuem selos de 
fabricação que asseguram que a cadeia produtiva do material tem 
responsabilidade ambiental e social como madeira certificada de replantio e que 
os materiais usados na obra não são prejudiciais à saúde, como tintas e vernizes 
que soltam solventes no ar com o passar dos anos. 
 
Imagem 3- Quadro demonstrativo da redução de recursos e impactos 
ambientais. 
Alguns benefícios da construção sustentável são redução no consumo de água, 
reutilização e captação de água da chuva, redução no consumo de energia, 
possibilidade de gerar a própria energia necessária para funcionamento do 
edifício, diminuição de emissão de carbono na atmosfera, redução de resíduos 
da construção e tratamento correto com reciclagem, valorização do edifício a 
níveis de venda e aluguel.No caso de empresas há uma demonstração de 
comprometimento com a sustentabilidade e proteção ambiental, redução dos 
custos operacionais e de manutenção e melhora da qualidade de vida dos 
utilizadores do imóvel, bem como traz benefícios para saúde dos ocupantes do 
prédio. Também conta muitas vezes com incentivos governamentais tributários, 
dependendo do município, ou local que a construção está instalada. 
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Há estudos que mostram que ambientes construídos de forma sustentável e que 
mantém preocupação com ambiente interno a níveis de poeira, controle eficiente 
de temperatura, iluminação eficaz, limpeza dos ambientes com produtos não tão 
degradantes a níveis químicos e manutenção regular de refrigeração, reduzem 
doenças respiratórias e alergias, locais tais como escolas melhoram o 
aprendizado dos alunos e as notas aumentam, em hospitais pacientes deixam o 
ambiente hospitalar mais cedo, escritórios tem um aumento de produtividade 
entre 2 a 11%, comércios registram aumentos de vendas, fabricas de manufatura 
registram maior produção, a retenção de trabalhadores em seus empregos é 
maior, e as faltas em trabalho e escola por doenças são bem reduzidas. 
Reforma verde de edifício já construída 
 
Imagem 4- Reforma verde de edifício já construído. 
Reforma Verde é uma técnica de adaptar construções antigas que pretende 
manter a estrutura original e adequar ao edifício equipamentos e materiais 
modernos e ecológicos e com melhor performance energética. Muitas vezes o 
edifício é todo demolido internamente, restando apenas as fachadas e cobertura. 
É necessário ter um histórico do prédio e ser realizado um grande estudo técnico, 
o que inclui plantas de arquitetura da época de construção, intervenções já 
realizadas, reformas anteriores, materiais utilizados, diagnóstico do tipo de 
estrutura do imóvel e fundações, estudo de viabilidade técnica e financeira da 
reforma, levantamento sobre leis e normas locais de construção e reforma, 
dentre outros. 
Nesses casos de reforma desse porte os benefícios são enormes tais como: não 
ter grandes demolições, redução do volume de descarte de materiais, 
reaproveitamento da construção, reutilização de alguns materiais específicos 
como madeira que podem ser utilizadas na reforma, muitos itens da construção 
podem ser recuperados, reciclados ou doados para alguma instituição, tais como 
janelas antigas, portas, alguns itens de decoração antigos, dependendo do 
estado da construção e de sua localidade. Essa intervenção pode ser mais 
rápida que a idealização de uma construção nova e pode exigir menos 
burocracia a níveis de documentações e licenças de prefeitura e órgãos 
governamentais fiscalizadores. Um exemplo de reforma verde ou modernização 
é a torre Eiffel em Paris. 
 
Imagem 5- Exemplo de Reforma Verde, a torre Eiffel. 
A arquiteta Mayra Rosa destaca: A grande reforma verde realizada na torre Eiffel 
em Paris, na França, onde foi levado em consideração, alguns aspectos como 
produção de energia limpa no local, através de pequenas turbinas eólicas 
desenhadas e projetadas para a torre, captação da água da chuva e seu 
armazenamento. Foram instalados painéis solares, as lâmpadas foram trocadas 
por mais eficientes de LED, foi feito um plano para redução de impacto ambiental 
e foi pensada a melhora da acessibilidade a torre. (Rosa, 2015). 
A adoção de algumas formas de captar água da chuva são simples de instalar, 
operar, manter e são benéficas. O sistema pode ser por calha na cobertura ou 
telhados, onde a água é direcionada por encanamentos para um filtro e depois 
para um reservatório, e através de uma bomba de recalque ela é bombeada para 
ser utilizada, ou dependendo do tamanho da construção, essa água de reuso 
pode ser usada diretamente sem bomba de água. Outro tipo muito difundido para 
captação de água da chuva é o telhado verde, dependendo do modelo, o 
reservatório de água fica abaixo do gramado e em cima da laje, distribuindo a 
água por encanamentos por bombas de recalque ou por gravidade. A adoção de 
um sistema de automação de controle do fluxo dessa água, ajuda a gerir e 
monitorar o uso. 
Captação de água da chuva por calhas 
 
Imagem 6- Esquema de captação de água da chuva. 
Telhado verde 
 
Imagem 7- Telhado verde exemplo de item sustentável. 
4.1. Certificações sustentáveis e suas relevâncias 
Certificações sustentáveis são selos concedidos por instituições não 
governamentais ou de governo, muitas são internacionais e atuam com os 
mesmo critérios e avaliações nos países em que estão presentes e atestam os 
mais variados tipos de construções, edifícios habitacionais, escritórios, escolas, 
hotéis, bairros, loteamento, edifícios públicos, reformas, entre outros. 
Para almejar uma certificação ambiental para uma construção é necessário que 
se estipule o nível de sustentabilidade que será implementado com o projeto e a 
construção. São necessários variados estudos arquitetônicos de viabilidade 
construtiva e financeira, além de um planejamento estratégico prévio, que 
cumpra todas as metas e normas exigidas pela entidade certificadora, que pode 
aprovar ou rejeitar o projeto. Toda obra é acompanhada e fiscalizada nas 
diversas fases até a entrega final, por um gestor, ou consultor nomeado pelo 
órgão certificador. 
Uma construção certificada por um órgão independente tem maior valorização 
do que uma construção que é autodeclarada sustentável, que não foi fiscalizada 
para comprovar a implantação de benefícios voltados para a sustentabilidade. 
Há variadas certificações sustentáveis no mercado de construção, dentre as 
quais, o selo aqua [alta qualidade ambiental do empreendimento], que é um selo 
brasileiro adaptado de uma metodologia francesa e contempla vários critérios 
sustentáveis, dentre os mais importantes a gestão ambiental da obra, economia 
de água e energia e redução de resíduos e qualidade de vida dos usuários do 
edifício. 
O selo bream – building research establishment [estabelecimento de pesquisa 
de construção], é uma certificação internacional de origem do Reino Unido, muito 
utilizada mundialmente, certifica edifícios públicos, comerciais e residenciais. 
Dentre suas metas, podemos destacar, redução do consumo energético e de 
água, utilização de materiais sustentáveis, gestão de resíduos da construção e 
redução de impactos de vizinhança. 
Certificação Leed – leadership in energy and environmental design [liderança em 
energia e design ambiental], é a certificação mais utilizada no mundo. Foi 
desenvolvia nos Estados Unidos da América, possui diversos níveis de 
certificação e metas a serem seguidas, dentre as mais relevantes estão 
eficiência do uso de água e energia, uso de recursos naturais de forma 
responsável, uso de materiais sustentáveis, qualidade do ambiente construtivo 
e preocupação com a manutenção das instalações e do edifício. 
4.2. Materiais, definições e diferenças entre sustentável e ecológico 
Os materiais sustentáveis possuem uma análise completa de sua cadeia de 
produção, desde a forma de extração, geração de impactos à natureza, 
procedência, transporte, manutenção, desempenho e eficiência do material a 
longo prazo, análise do ciclo de vida, quais os ingredientes químicos, se 
possuem características sustentáveis e se é usada uma mão de obra que não é 
prejudicial a vida dos trabalhadores. Geralmente todas estas etapas são 
rastreadas e são conferidas através de selos de órgãos independentes de níveis 
internacionais e órgãos governamentais como o Inmetro, Procel edifica e casa 
azul, que são brasileiros e que atestam os produtos. Um exemplo de material 
sustentável é a madeira de reflorestamento, onde não são devastadas novas 
áreas de mata virgem. 
Madeira de área de Reflorestamento 
 
Imagem 8 - Madeira de Reflorestamento. 
Materiais ecológicos podem ser concebidos de forma artesanal ou industrial 
desdeque não poluam, seja atóxico e que promova benefícios ao meio ambiente 
e não prejudique a saúde de pessoas e animais. Incluem-se também o reuso de 
materiais na produção. um exemplo de material ecológico é a madeira plástica, 
é feita através da reciclagem de plásticos e derivados, tem ótima resistência e 
durabilidade e a aparência é igual a de madeira convencional. 
Madeira plástica 
 
Imagem 9 - Madeira plástica, produzida por plástico reciclado. 
Materiais reciclados e reutilizados são muito utilizados em novas construções, 
tais como madeira de demolição que pode se tornar um bonito móvel, ou um 
elemento de fachada, ou jardim, portas de madeira maciça recuperadas de 
alguma construção anterior podem ser reutilizadas como portas ou janelas, uso 
de tijolos de demolição, em novos designs construtivos é muito comum, e o uso 
de materiais que usam matérias primas de reciclagem em sua composição, o 
que ajuda na não extração, gera menos impacto ao meio ambiente, e mantém a 
cadeia produtiva do produto em uso, sem desperdício. 
4.3. Meio ambiente inserido, cuidados e preservação 
Para desenvolver uma construção sustentável é de suma importância a escolha 
do local do empreendimento, deve-se pensar em determinados fatores, tais 
como o clima, vegetação, topografia, como será feito o uso daquela terra, 
preservar a permeabilidade do solo, consumo de água, se possui acesso a 
transporte público, ciclovias, se há comércios e serviços essenciais próximos 
onde haja possibilidade de ir a pé para dar um sentido de comunidade 
interligada, procurar vazios urbanos, que são lotes inutilizados há bastante 
tempo e muitas vezes degradados, mas bem integrados a um bairro. A 
construção deve seguir as leis ambientais e as permissões de construir no lugar 
escolhido, manter a preservação ambiental, ter cuidados com a vizinhança e a 
natureza na fase de construção e operação do edifício, escolher materiais para 
a construção que sejam sustentáveis, e se possível sempre escolher materiais 
regionais para um desenvolvimento sustentável local, levando em consideração 
o tripé da sustentabilidade. 
A sustentabilidade inserida nas construções deve promover que pequenos 
caminhos pelo bairro ou proximidades sejam feitos a pé, privilegiar o uso de 
veículos menos poluentes ou zero de emissão de carbono como as bicicletas, 
reduzir número de vagas de estacionamento, desde que não fira a lei urbana, e 
que construir bicicletários, interligar o prédio a uma ciclovia, se possível, 
incentivar vagas de veículos elétricos com estação de carregamento para 
abastecimento e de preferência a estacionamentos que sejam em subsolos ou 
cobertos, para evitar as ilhas de calor, que são um problema que ocorre em 
locais com muito adensamento de prédios ou com grande impermeabilidade do 
solo. Esse fenômeno pode aumentar o calor local em até 10 graus em 
comparação com uma área de mata ou rural próxima. 
Gerir a água da chuva que cai no lote é de suma importância, ajuda a prevenir 
alagamentos e o aproveitamento dessa água que é oferecida pela natureza, 
deve ser usada em prol do empreendimento construído, podem ser feitos 
reservatórios para reter a água da chuva por um determinado tempo e tratar essa 
água para usos futuro ou apenas construir reservatórios de retardo de água, que 
guarda a água temporariamente e depois lança de volta ao sistema público de 
escoamento. 
A poluição sonora e luminosa também é uma preocupação a ser considerada em 
uma construção com viés sustentável. A poluição sonora de alguns 
equipamentos como grandes resfriadores de ar, bombas de recalque, 
aquecedores e geradores, podem ser um problema para a vizinhança, e para a 
natureza local, espantar alguns animais silvestres nas redondezas. Esses 
aparelhos devem ser bem localizados, e de preferência que fiquem instalados 
em ambientes fechados e com uma proteção acústica. Para a poluição luminosa 
é recomendável que ela fique restrita nos limites do lote da construção. É 
importante ter um projeto bem detalhado com cálculos luminotécnicos que não 
se tenha luz em excesso, para não ter postes ou holofotes mal posicionados, 
incomodando os vizinhos. Excesso de luminosidade prejudica também os 
animais que podem pensar que o dia já amanheceu, causando um grande 
impacto na saúde e até mesmo a mortandade de espécies. 
4.4. Eficiência Energética e da água o grande foco 
Dois grandes fatores da construção sustentável é a eficiência dos usos da água 
e da energia elétrica, assim como o planejamento de como obter esses recursos 
de forma menos prejudicial, ou até mesmo gera-los localmente de formas 
alternativas, como a eletricidade que pode ser gerada através da natureza por 
ventos ou pelos raios solares. Na maioria das vezes a redução do consumo de 
água na construção, está ligada também ao consumo de energia, pois é 
necessário bombas de recalque, para bombear água de um reservatório a outro, 
ou para as torneiras. A questão da água deve ser bem analisada e planejada, 
saber quanto de água será gasto para a implantação da obra e depois quanto 
será gasto mensalmente no edifício já construído. Através desse estudo de 
consumo é possível traçar metas de redução de uso de água e utilização desse 
bem natural de forma inteligente. Algumas definições de qualidade da água são: 
 Água potável que geralmente é proveniente de um sistema de distribuição 
de uma concessionária pública e será cobrado um valor por isso, e o 
consumo é apropriado para os humanos e animais. 
 Água pluvial que é a água da chuva coletada, através de telhados verdes, 
ou calhas, é uma fonte importante do recurso e não pode ser 
desperdiçada, e é uma água com qualidades para uso de limpeza, 
jardins, obra, uso para sanitários. 
 Água cinza é assim chamada por conter resíduos e já foi utilizada em 
algum processo, como uma lavagem de roupas, louças, essa água é 
facilmente tratada para reuso, pode ser usada para irrigação de jardins, 
limpeza. 
 Água negra tem esse nome por contém materiais orgânicos, resíduos de 
sanitários, comida, precisa de um sistema de tratamento de esgoto 
eficaz, para tratar essa água para seu reuso. 
As estratégias para economia de água são: reduzir o uso de água potável, 
utilizando água de reuso, instalar na construção aparelhos sanitários eficientes 
que economizam água, com descargas com acionamento duplo, em caso de 
construções comerciais, usar mictórios secos ou com pouca utilização de água, 
usar torneiras e chuveiros com reguladores de vazão de água, uso de 
paisagismo com plantas nativas, ou que exijam pouca rega, captação de água 
da chuva para diversos usos evitando usar água potável, monitoramento de uso 
da água na edificação, através de vários relógios marcadores de água, que 
devem ser instalados conforme o uso, como por exemplo utilizar um marcador 
para abastecimento de piscina, um marcador para as torneiras de jardim e 
garagem, um individual para cada unidade habitacional, ou sala comercial 
dependendo do tipo de edificação. 
De acordo com a Organização Pan-americana de saúde, (2009): 
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus 
países membros, “todas as pessoas, em quaisquer 
estágios de desenvolvimento e condições 
socioeconômicas têm o direito de ter acesso a um 
suprimento adequado de água potável e segura”. 
“Segura”, neste contexto, refere-se a uma oferta de 
água que não represente um risco significativo à saúde, 
que tenha quantidade suficiente para atender a todas 
as necessidades domésticas, que seja disponível 
continuamente e que tenha um custo acessível 
(ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE, 
2009). 
A adoção de tecnologias para redução de consumo energético é um desafio que 
deve ser bem avaliado e projetado, antes de se pensar em gerar energia 
localmente para consumo é necessário focar na utilização mínima de energia 
com o uso de aparelhos modernos e inteligentes, como ar condicionados e 
aquecedores comalta eficiência energética, uso de lâmpadas eficientes e 
controle do nível de iluminação. Uma arquitetura eficaz e bem projetada pode se 
valer dos benefícios de técnicas passivas para obtenção de luz solar e proteção 
térmica. Algumas soluções tais como: prismas de ventilação e iluminação, 
direcionamento da implantação das fachadas, para que deixem entrar luz solar, 
mas não calor, o que pode ser feito através de brises solares ou venezianas 
internas, que melhora ao máximo a iluminação natural nos ambientes internos, 
mantendo a preocupação em não deixar o ambiente quente demais no verão e 
nem muito frio no inverno, assim necessitando menos luz elétrica para iluminar, 
resfriar ou aquecer os ambientes internos dos edifícios. 
Atualmente, a geração de energia elétrica renovável feita no local do 
empreendimento já está bem difundida mundialmente e apesar de ainda ter um 
custo considerável para a instalação e manutenção, o sistema se paga ao longo 
de um tempo razoável. Há imóveis de variados tamanhos gerando parte ou a 
totalidade de sua energia consumida e alguns edifícios geram tanta energia que 
conseguem vender o excedente para a companhia elétrica concessionária local 
ou receber créditos de desconto para futuras cobranças de faturas, as formas de 
se obter energia renovável mais comuns nas edificações são por energia solar 
conseguida por instalação de um sistema de placas fotovoltaicas e por vento 
através de aero geradores. 
O Brasil é um dos países que tem disponível uma grande quantidade de matriz 
de energia limpa e pode se tornar um grande incentivador de uso de energias 
renováveis. Suas condições naturais são excelentes, bastante vento e luz solar 
com alta incidência praticamente o ano todo. O importante é que os países ao 
redor do mundo se preocupem com a emissão de gases do efeito estufa e 
aquecimento global e tenham uma mudança de paradigmas e incentivem a 
geração de energia limpa, reduzindo ao máximo o uso de combustíveis fósseis, 
que são altamente degradantes ao meio ambiente. 
Segundo Porto (2013. p. 5): 
O crescimento econômico e a máquina 
desenvolvimentista de intensificação de padrões de 
produção e consumo, ainda que pautados por critérios 
de “sustentabilidade” como as tecnologias “limpas”, 
sem emissão de gases de efeito estufa, permanecem 
como dogma de instituições e governos, 
apresentandose como única alternativa de melhoria da 
sociedade e de enfrentamento de mazelas como a 
pobreza e o desemprego, sendo uma armadilha. Talvez 
toda a sociedade, e as ciências sociais e humanas em 
particular, devesse perguntar como transformar o 
próprio ser humano para que novos níveis de 
consciência e práticas sociais possam emergir antes 
que as revoluções ou catástrofes venham a eclodir, e 
não apenas após ou na sequência destas (PORTO, et 
al 2013).” 
Os padrões construtivos, deveriam ser fiscalizados com mais rigor pelos 
organismos regulatórios das cidades, para minimizar os impactos ambientais 
feitos por uma construção e, ao mesmo tempo gerar incentivos fiscais para quem 
construir de forma sustentável. 
5. CONCLUSÃO 
Pela pesquisa realizada, foi observado a importância de se difundir o tema 
relacionado a sustentabilidade na construção civil e buscar uma sinergia entre 
todos os envolvidos no setor, através da conscientização e educação das 
pessoas influentes do mercado de construção, como empreendedores, 
construtores, engenheiros e arquitetos. Os governos podem ajudar através de 
incentivos fiscais e fiscalização eficaz, o setor da construção deve prover estudos 
para uso de novas tecnologias construtivas, exigir extração de materiais da 
natureza de forma menos degradante possível, respeito às leis trabalhistas, 
apoio a responsabilidade social, a comunidade local e preservação do meio 
ambiente. Um projeto de construção de edifício sustentável, bem planejado e 
executado de obras, aliado ao uso de materiais sustentáveis e um plano eficiente 
de funcionamento e manutenção a longo prazo, gera inúmeros benefícios 
ambientais e sociais, além de ter maior valorização monetária do que um edifício 
de construção convencional. 
Foi constatado segundo inúmeras pesquisas de mercado a níveis internacionais, 
que os edifícios sustentáveis podem custar o mesmo valor de uma construção 
convencional e muitas das vezes custar algo em torno de 3% a mais, que é uma 
diferença muito pequena em vista de todos benefícios gerados. 
A construção civil requer constantes mudanças de práticas construtivas e 
inovações tecnológicas, visando respeito ambiental e social, para atender um 
mercado consumidor cada dia mais globalizado, interessado e focado em 
sustentabilidade. As estratégias de construção sustentável suprem 
perfeitamente esses anseios. 
6. REFERÊNCIAS 
BONI, Filipe Boni. Como se tornar um Leed green associate. Arquitetura e 
construção, livro disponível em e-book - Amazon digital, 2017. 
6.1. FILHO, Antônio Macêdo.Construção civil de baixo e médio padrão começa 
a obter certificados de sustentabilidade. 
Disponível em: <http://www.blogdomacedo.com.br/2016/10/construcao-civil-de-
baixo-e-medio.html> acesso em:10 novembro 2017. 
JOURDA, Françoise-Hélène Jourda. Pequeno manual do projeto 
sustentável.Arquitetura e construção., Editora G. Gili, Ltda, 2012. 
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. O que é sustentabilidade? 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-sustentabilidade.htm> 
acesso em 10 janeiro 2018. 
OPS, Organização pan-americana de saúde - Água e Saúde. Disponível em: 
http://www.opas.org.br/ambiente/UploadArq/água.pdf.> acesso em: 10 janeiro 
2018. 
PIA, Luciano. 25 Green (25 Verde) - edifício residencial em Turim, Itália. 
http://www.lucianopia.it/opere-e-progetti/2007-2012-25-green-25-verde> acesso 
em 12 janeiro 2018. 
PORTO, M. F. S.; Finamore, R.; Ferreira, H - Injustiças da sustentabilidade: 
Conflitos ambientais relacionados à produção de energia “limpa” no Brasil. 
Revista Crítica de Ciências Sociais, 2013. 
http://rccs.revues.org/5217.> acesso em: 10 janeiro 2018. 
ROSA, Mayra. Arq e Urb, Arquitetura – Ciclo vivo 
http://www.http://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/torre-eiffel-passa-por-
reforma-e-ganha-turbinas-eolicas > acesso em 15 janeiro 2018. 
SUSTENTARQUI, Dicas de sustentabilidade – Saiba quais são os selos para 
construção sustentável. 
https://sustentarqui.com.br/dicas/selos-para-contrucao-sustentavel/ > acesso 
em 25 janeiro 2018. 
YUDELSON, Jerry Yudelson. Arquitetura e construção: Projeto integrado e 
construções sustentáveis. Arquitetura e construção, Bookman, 2013. 
 
 
GLOBALIZAÇÃO E POLÍTICAS AMBIENTAIS 
 
 
 
POLITICA AMBIENTAL E GLOBALIZAÇÃO 
 
A IMPORTÂNCIA DE UM CAMINHO COMUM PARA O DESENVOLVIMENTO 
DAS NAÇÕES 
 
 
Perdemos uma grande oportunidade de consolidar uma consistente governança 
ambiental global na Rio+20. Essa última conferência expôs de maneira muito 
clara as dificuldades de conciliar os interesses dos mais diversos países, 
principalmente os grandes poluidores. A questão ambiental hoje pode se limitar 
aos três grandes centros econômicos industriais (Estados Unidos, União 
Europeia e Japão) mais os países BRICS. Importante destacar os BRICS, 
justamente por ser um grupo de países cujos crescimentos econômicos foram 
expressivos, sobretudo no primeiro decênio do século XXI. Todavia, o 
crescimento de seus respectivos IDH’s não acompanhou a economia. Nota-se 
que a agenda ambiental ainda é tratada como secundaria e deixada para quando 
sobrar um tempinho. Exemplos temos nas construções das usinas de Três 
Gargantas na China e a de Belo Monte no Brasil, cujos inquestionáveis impactos 
ambientais foram encarados como um mal necessário. Os Estados Unidos 
também são conhecidos por adotar posições irresponsáveis nas questões 
ambientais, mesmo já tendo como vice-presidente Al Gore, um dos maiores 
expoentes da causa ambiental. Lembremos, que o indireto boicote ao Protocolode Kyoto ocorreu em 1997, durante o mandato de Bill Clinton, onde Gore era o 
vice-presidente. Vemos aí que quando se trata de comprometer o crescimento 
econômico, os governos tendem a tomar medidas extremamente conservadoras 
preterindo a agenda ambiental. 
 
Com raras exceções, os acordos ambientais tem se mostrado extremamente 
inócuos ou no melhor dos cenários insuficientes. Insistem em opor 
desenvolvimento econômico e meio ambiente, ignorando a ideia de que ambos 
não só podem como devem caminhar juntos. A União Europeia tem se mostrado 
mais interessada, mesmo que de forma tímida, a criação de uma agenda 
ambiental mais efetiva. O Pnuma apresenta-se ineficaz, principalmente por ser 
uma organização carente de recursos. Diferente de outras organizações ligadas 
a ONU, as doações ao Pnuma não são compulsórias, mas voluntarias. Uma 
alternativa muito pertinente para o progresso de uma governança global 
ambiental, fora proposta em 2007: a transformação do Pnuma na ONUMA 
(Organização das Nações Unidas pra o meio ambiente), elevando-o do nível de 
agencia para o status de organização como a OMC (Organização Mundial do 
Comércio) e OMS (Organização Mundial da Saúde). As principais mudanças 
seria do caráter deliberativo que esta ganharia, além do aumento dos recursos 
através das contribuições compulsórias dos países membros a ONU. 
 
Não se trata de ignorar os avanços promovidos pelo Pnuma ao longo dessas 
décadas, contudo a agencia perdeu ao longo do tempo a capacidade de liderar 
as pautas ambientais. Mesmo com a criação da ONUMA a agenda será pautada 
pelos países citados. Até porque não se trata de criar novas regras; bastaria que 
se cumprissem as já existentes. A Agenda 21 e a Carta da Terra são documentos 
muito importantes para atingirmos o tão falado desenvolvimento sustentável. É 
interessante notar que a crescente discussão ambiental vem se dando muito 
mais por questões práticas do que teóricas. As mudanças climáticas trouxe a 
necessidade de uma reflexão urgente. Cenários apocalípticos como o visto no 
longa ‘2012’ se mostram cada vez menos distantes, e principalmente, mais 
próximos dos grandes centros. Até então, as principais catástrofes ambientais 
se davam nos países periféricos, fornecedores de matéria prima e mais 
explorados economicamente. Cito como exemplo a exploração de cacau em 
Serra Leoa e Gana e a terceirização dos pátios industriais dos países 
desenvolvidos para os países subdesenvolvidos. Esse cenário ainda é atual, 
mas com a percepção que o desenvolvimento predatória a médio prazo 
comprometerá todo o planeta. Infelizmente somente quando esses problemas 
atinge palcos como Europa e América Anglo-saxônica que ganham uma 
preocupação mundial. Uso como exemplo a crise hídrica que assola o sudeste 
brasileiro. A questão da seca é um problema que a décadas existe no Nordeste 
do país. Cenas de retirantes fugindo do Sertão, carcaças de animais mortos de 
sede e o solo rachado são claras em nossa memória e já foram imortalizadas na 
literatura em ‘Vidas Secas’ de Graciliano Ramos e na música em ‘Asa Branca’ 
de Luiz Gonzaga. Somente agora que o problema chegou no Sudeste que 
ganhou a mobilização das autoridades e comoção popular. As negociações 
econômicas globais não são negociações, mas imposições unilaterais dos 
países desenvolvidos para os subdesenvolvidos. Os países subdesenvolvidos 
sofrem políticas de austeridade para atender o padrão de consumo dos países 
desenvolvidos. Cidadãos ganeses morrem de fome para que dinamarqueses 
comam deliciosos chocolates. 
 
Esse cenário mudará quando percebemos que o desenvolvimento sustentável 
não é uma alternativa, mas nossa única opção. Vamos problematizar o já citado 
caso da crise hídrica sudestina brasileira, usando como comparação o Relatório 
Brundtland e seus três tripés do desenvolvimento sustentável (Sociedade, 
Ambiente e Economia): a economia brasileira cresceu bastante nos primeiros 
dez anos do século XXI, vendo seu PIB saltar de US$ 800 bilhões para 
aproximadamente US$ 2,6 trilhões (Economia). O poder de compra da 
população também cresceu, principalmente em uma economia baseada no 
consumo. Pessoas passaram a comprar mais e o consumo de carne vermelha 
subiu bastante no país (Sociedade). Contudo, não fora pensada uma política 
ambiental eficiente, logo a consequência foi uma expansão agropecuária para o 
Norte do país elevando o desmatamento na Amazônia. Com a floresta 
comprometida, principalmente no Norte do Mato Grosso, diminuiu a formação 
dos rios voadores e consequente a umidade vinda para o sudeste. O resultado 
é a queda dos índices pluviométricos na mais importante região do pais. 
 
Utilizei esse exemplo para ilustrar o óbvio: Se não houver o equilíbrio entre 
sociedade, ambiente e economia estamos fadados ao caos. E não dá para não 
voltar a citar o consumo desenfreado. Contrariando os neomalthusianos, não 
chegamos a essa situação pelo contingente elevado de pessoas no mundo. 
Malthus não previu em seus estudos o desenvolvimento das técnicas agrícolas. 
O que não é possível é atender as necessidades desnecessárias dos países 
desenvolvidos. E claro, uma mobilização dos EUA, União Europeia, Japão e dos 
BRICS, que estão à frente do desenvolvimento mundial. A grande pergunta é se 
as pessoas de um modo geral estão realmente interessadas nesse assunto. Se 
preferem um crescimento rápido e inconsistente ou um crescimento lento, porém 
sólido. 
 
O CONCEITO DE IMPACTO E RISCO AMBIENTAL 
 
Estudos de Impacto ambiental • O risco imposto à população ou ao meio 
ambiente devido aos acidentes que podem vir a ocorrer durante a operação de 
um dado empreendimento industrial pode ser considerado como uma forma 
de impacto ambiental

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