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1 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) Um Olhar Para o Cenário Disperso (leopfrog) U niv e rsidade L ú r i o Faculdade de arquitectura e Planeamento Físico Laboratório de Planeamento Físico III CRIAÇÃO DE CENÁRIOS DE CRESCIMENTO URBANO Corpo docente: Clássio Mendiate, Msc António de Amurane, Arq. Grupo II: Anssul Khan - 20114001003 Floriano Manuel – 20104001013 Jacinto Fé - 20114001016 Nilton Milton - 20114001017 Wilson Ludovico - 20114001007 Nampula - Junho de 2014 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 2 Índice Resumo ..............................................................................................................................................................4 Vocabulário ........................................................................................................................................................5 I. Introdução ..................................................................................................................................................6 II. Objectivos...................................................................................................................................................7 2.1. Geral ...................................................................................................................................................7 2.2. Específicos ..........................................................................................................................................7 III. Metodologias .............................................................................................................................................8 3.1. Materiais ............................................................................................................................................8 3.2. Métodos .............................................................................................................................................9 IV. Revisão Bibliográfica ...............................................................................................................................9 1. Localização da área de Estudo ................................................................................................................ 13 2. Caracterização demográfica .................................................................................................................... 13 2.1. A dinâmica demográfica .................................................................................................................. 13 3. Evolução das manchas e os vectores de crescimento urbano ................................................................ 14 3.1. Resultados e análises ...................................................................................................................... 14 4. Visualização e quantificação da situação actual ...................................................................................... 18 4.1. Material e métodos ......................................................................................................................... 18 5. Mapa de Uso e cobertura actual de solo................................................................................................. 19 6. Crescimento disperso .............................................................................................................................. 21 7. Critérios de avaliação em relação ao custo e benefícios. ........................................................................ 21 7.1. Distancia ao núcleo urbano central ................................................................................................. 21 7.2. Proximidade as infra-estruturas e serviços ..................................................................................... 21 7.3. Presença de formações Montanhosas ............................................................................................ 22 7.4. Disponibilidade de espaço contínuo para responder a demanda ................................................... 22 7.5. Custo de compensações .................................................................................................................. 22 7.6. Topografia ....................................................................................................................................... 22 8. Identificação de alternativas de crescimento disperso ........................................................................... 24 9. Projecção da população até ao ano de 2019 e quantificação da demanda por área habitacional ......... 27 9.1. Projecção da população .................................................................................................................. 27 9.2. Quantificação da demanda por área habitacional .......................................................................... 28 10. Identificação da melhor Alternativa .................................................................................................... 28 V. Recomendações ...................................................................................................................................... 30 10.1. Princípios para urbanização básica .............................................................................................. 30 VI. Conclusão ............................................................................................................................................ 32 VII. Referências Bibliográficas .................................................................................................................... 33 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 3 Índice de Figura Figura 1: Fluxograma geral do método ..............................................................................................................9 Figura 2: Localização da área de estudo, Fonte: Adaptado de (CMCN, 2011). ................................................ 13 Figura 3: Crescimento da mancha urbana dos anos: 2001, 2007 e 2013 ........................................................ 15 Figura 4 : Resumo da evolução das manchas e os vectores de crescimento urbano dos anos de 2001, 2007 até o ano de 2013 ........................................................................................................................................... 17 Figura 5: Uso e cobertura do solo 2013 .......................................................................................................... 19 Figura 6: Delimitação e caracterização da ocupação dispersa, Fonte: (DGOTDU, 2011) ................................ 21 Figura 7: Mapa de bandas espectrais representando a topografia da cidade de Nampula ............................ 23 Figura 8: Indicação das alternativas para o crescimento disperso no Município de Nampula ........................ 24 Índice de tabela Tabela 1: Características das imagens de satélites. ............................................................................................8 Tabela 2: Quantificação das classes de uso e cobertura actual do solo na cidade de Nampula ..................... 18 Tabela 4: valor de superfície e distância linear em relação aos critérios descritos ......................................... 25 Tabela 5: Estatísticas de crescimento populacional e de mancha urbana da cidade de Nampula. ................. 28 Índice de gráfico Gráfico 1: Dados da população, Fonte: (CMCN, 2011). ................................................................................... 14 Gráfico 2:Variação da densidadePopulacional entre os postos Administrativos, Fonte: (CMCN, 2011) ........ 14 Gráfico 3: Gráfico com a evolução do crescimento da mancha urbana desde 2001 até 2013 ....................... 15 Gráfico 4: Quantificação actual do uso e cobertura do solo da Cidade de Nampula ...................................... 19 Gráfico 5: Evolução da população da cidade de Nampula entre 2014 a 2019. ............................................... 27 Gráfico 6: Relação entre a população e a mancha urbana para os anos de 2001, 2007 e 2013 da cidade de Nampula. ......................................................................................................................................................... 27 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354791 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354793 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354794 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354794 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354795 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354796 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354797 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354798 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354833 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354834 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354835 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354836 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354837 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354838 file:///C:/Users/Manuel%20Luia/Desktop/Khan/IIIIII%20GRUPO%20II_CRIAÇÃO%20DE%20CENÁRIOS%20DE%20CRESCIMENTO%20URBANO%20(2).docx%23_Toc390354838 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 4 Resumo A concentração de pessoas em áreas urbanas, especialmente em países subdesenvolvimento, exige o uso de sistemas de monitoramento como o sensoriamento remoto, juntamente com técnicas de análise espacial, como processamento de imagem digital e sistema de informação geográfica (SIG) podem ser utilizados para fins de monitoramento e planeamento e de como estes permitem a comunicação de dispersão geral em um nível detalhado. Esta pesquisa buscou (i) utilizar a cidade de Nampula como estudo de caso, (ii) utilizar os aspectos ambientais, SIG e sensoriamento remoto, para avaliação o redireccionamento de crescimento urbano a baixo custo para as autoridades, (iii) analisar e perceber os vectores e tendência de crescimento actual, uso potencial do solo e recursos hídricos, e por último, (iv) propor solução, de alternativa de crescimento disperso através de calibragem de critérios que tenham grande significado e abrangência nos impactos ambientais urbanos e suburbanos. Neste trabalho, o crescimento da cidade de Nampula, foi estudada durante um período de 12 anos por meio de fotografias aéreas e imagens de satélite LandSet 8. Análises estatísticas foram utilizadas para a elaboração de modelos, os quais permitiram a predição do crescimento populacional e do crescimento disperso até o ano de 2019. Os resultados mostram que se comparadas com 2007, as estimativas para 2019 são de uma população de aproximadamente 695,836.90 habitantes, e um crescimento urbano de 79,810Km². Esta análise sugere que a densidade populacional continuará por conta do desenvolvimento de novas áreas, o que indica dispersão do tecido urbano, reflectindo em maior consumo de área aumentando a pressão sobre a vegetação. Desta forma, concluímos que a integração das informações técnicas e legais para efeito de planeamento da ocupação e cobertura do solo é de suma importância para o controlo e definição de formas de crescimento urbano. Palavras-chave: Expansão urbana, Análise temporal do uso e cobertura do solo, Crescimento Urbano, SIG CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 5 Vocabulário ETM - Enhanced Thematic Mapper Plus (Landsat 7) TM - Landsat Thematic Mapper/mapa temático LandSet OLI - Operational Land Imager/ imagem operacional da terra TIRS - Thermal Infrared Sensor/ sensor térmico em infravermelho OLI_TIRS - Operational Land Imager (OLI)/Thermal Infrared Sensor (TIRS) USGS – United State Geological Survey/ sondagem geológica dos estados unidos da América APP – Área de Protecção Permanente WGS – World Geodetic System/ sistema geodésico mundial UTM- Universal Transverse of Mercator CMCN – Conselho Municipal da Cidade de Nampula DGOTDU - Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 6 I. Introdução O crescimento urbano acelerado é geralmente associado e induzido pela concentração populacional em uma área. O grau de urbanização ou o seu crescimento impulsiona a mudança no padrão de uso de uso e cobertura do solo. As mudanças de Uso e cobertura do solo podem ter impactos adversos sobre a ecologia da região, especialmente na hidro - geomorfologia e vegetação. O processo de urbanização tem um impacto hidrológico considerável em termos de influenciar a natureza do escoamento, disseminando poluentes para os rios e causando erosão(GORDON & Finlayson, 1992). Dois factores devem ser considerados no processo de crescimento urbano: o populacional e o padrão de expansão física das ocupações urbanas. O primeiro representa um desafio em si mesmo quando exerce um importante peso na expansão da infraestrutura-urbana. Já o padrão de ocupação pode e deve ser entendido como um factor essencial para que esse crescimento possa se dar com maior ou menor custo social, reflectindo impactos sobre as formas de reprodução social e a sustentabilidade ambiental (UNFPA, 2007). Durante a última década, mais ênfase é dada às funções de paisagens e sua sustentabilidade como resposta a necessidade de minimizar o esgotamento dos recursos da terra e reduzir os impactos ambientais e sociais causados pela solicitação do uso do solo. As pressões relativas a mudanças de uso do solo nos ecossistemas são consequências inerentes ao crescimento económico e social, e como tal não pode ser totalmente evitada. No entanto, é necessário o equilíbrio entre a crescente demanda por bens e serviços e qualidade ambiental. O quadro estratégico do solo apresentado pela Comissão Europeia(COM231, 2006) identifica o número de ameaças à manutenção de funções do solo na Europa: erosão, diminuição de matéria orgânica, contaminação local e difusa, a compactação, a diminuição da biodiversidade, a salinização, inundações e deslizamentos de terra. A compactação é uma das principais ameaças do uso do solo, para além do processo de urbanizaçãode terras agrícolas que acelera outros processos de degradação (LOPATKA, et al., 2010). A modelagem tem tornado uma ferramenta importante no contexto de conflitos entre a urbanização e a paisagem ou a protecção dos solos, uma vez que os processos de degradação conduzidos pela urbanização impulsionada são frequentemente irreversíveis. Mesmo que o poder de predição da modelagem é por vezes limitada, podem fornecer informações valiosas sobre o desenvolvimento de tendências causadas por diferentes cenários políticos ou regulamentos de protecção dos solos. A ideia de usar modelos digitais reside na capacidade destes detectarem possíveis conflitos que possam surgir como resultado originário do existente ou de novas políticas a serem implementadas, afectos ao uso do solo (WESTHOEK H.J. M. VAN DEN BERG, 2006). Nosso objectivo é Perceber o cenário de crescimento urbano disperso na cidade de Nampula, em relação as mudanças previstas e como afectariam o uso do solo até o ano de 2019, que para o cenário de referência (leapfrog) pressupõe-se não haver limitações para o consumo do solo relacionado com a qualidade do solo. I: Introdução CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 7 II. Objectivos 2.1. Geral Perceber o cenário de crescimento urbano disperso na cidade de Nampula ate ao ano de 2019. 2.2. Específicos Perceber a actual tendência de crescimento na cidade de Nampula; Definir critérios de avaliação do crescimento disperso; Identificar a melhor alternativa para crescimento disperso ate ao ano de 2019. II: Objectivos CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 8 III. Metodologias 3.1. Materiais Para montagem do banco de dados, foram utilizados dados primários e secundários. Na Tabela 1, são apresentadas as características da fotografia aérea e das imagens de satélites utilizadas. Imagens Fonte Sensor Data Resolução Espacial Bandas Fotografia aérea Google earth --- 2007 5.31 Km --- LandSet 7 LandSet 8 TM USGS USGS ETM OLI-TIRS 2001/09/07 2013/04/16 30 Metros 30 Metros 1,2,3,4,5,6,7, e 8 1,2,3,4,5,6lh,7,8 e 9 Tabela 1: Características das imagens de satélites. Como primeiro passo procurou-se inventariar informações relativas à área de estudo: Zoneamento do uso do solo Municipal, dados demográficos e das imagens de satélites. Na sequência, do Zoneamento Municipal, obtido no formato digital (DWG, do aplicativo AutoCAD versão 2007), foi georreferenciado e vetorizado utilizando o sistema de Projecção WGS 84, em Projecção Universal Transversa de Mercator – UTM – Zone - 37s, nos aplicativos ArcMap versão 10.1for Windows, Global Mapper Versão 15.1,5, AutoCAD Map 3D versão 2011. Para efectuar a compilação final e as análises estatísticas, foi utilizado o pacote computacional SPSS Inc. Versão 17. A fotografia aérea do ano 2007 foi adquirida em arquivo digital e juntada na forma de mosaico de (DUPAS, 2001).As imagens de satélites de 2001 e 2013 foram submetidas a técnicas de processamento de imagem, por meio da classificação supervisionada no aplicativo ArcMap 10.1. Os dados demográficos foram colectados junto a Direcção provincial de estatística de Nampula (CENSO, 2007). Utilizando da metodologia proposta por (DUPAS, 2001)a sobreposição das manchas urbanas, que se refere às áreas residenciais, comerciais, complexos industriais, equipamentos sócias e colectivos, incluindo ruas, representando seu comportamento no tempo e no espaço, possibilitou o diagnóstico da situação actual da cidade de Nampula, orientou a determinação da tendência e dos vectores da superfície impermeabilizada, e ainda, o redireccionamento do crescimento da mancha urbana. Informações sobre a topografia foram extraídas a partir do global mappercom intervalo de espaçamento de 10 metros, a posterior elaborou-se a carta de declividade em Arcmap, sob a rede de triangulação irregular (Triangulated Irregular Network- TIN). Para a elaboração de cenários futuros de crescimento populacional e da área urbana foi utilizada a metodologia proposta por (LÓPEZ, BOCCO, MENDOZA, & DUHAU, 2001). Primeiramente foi elaborado um modelo matemático para representar o crescimento da população até o ano de 2019. Para isso, os dados dos anos de 2007 a 2013 foram relacionados com o número de habitantes. Na sequência, outro modelo matemático foi elaborado para representar a relação entre o crescimento populacional e o crescimento da mancha urbana. O próximo passo constituiu-se em alimentar o modelo matemático para a predição da área urbana com os valores preditos anteriormente para o crescimento populacional. III: Metodologias CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 9 3.2. Métodos A estrutura de execução do trabalho é apresentada no fluxograma da metodologia, Figura 1. IV. Revisão Bibliográfica Segundo (PEREIRA M. N., 1989), o termo cobertura do solo e uso do solo é definido como a forma pela qual o espaço está sendo ocupado, quer por aspectos naturais quer por actividades desenvolvidas pelo homem. Ainda, menciona que é importante fazer a distinção entre os conceitos de uso potencial e uso actual do solo; o primeiro requer uma análise complexa que envolve aspectos geomorfológicos, geológicos, pedológicos, ecológicos, etc., os quais permitem determinar a capacidade do solo para um uso específico. O segundo refere-se ao uso presente do solo, à descrição das características da paisagem em uma época determinada, sem levar em conta sua vocação ou uso do futuro”. Técnicas de sensoriamento remoto e de sistemas de informação geográfica aplicadas no estudo temporal de áreas urbanas e a necessidade de imagens temáticas de grandes dimensões tornam cada vez mais acessível a utilização de imagens de satélites, principalmente por possibilitar visão sinóptica e por oferecerem cada vez mais resolução espacial e espectral. Segundo (NOVO, 1989), o mapeador temático do LandSet TM é um sistema de varredura multiespectral. Proporciona resolução espacial, que determina a capacidade de detectar objectos a partir de um tamanho mínimo, equivalente a 30 m nas bandas do visível e do infravermelho reflectido. A resolução espectral com 7 Definição da área de estudo – Cidade de Nampula Imagem aérea 2007 Imagens satélite 2001, 2013 Crescimento Populacional Crescimento da área edificada - Dados demográficos 2007-2019 Análises estatísticas Digitalização da base Qualificação e quantificação da situação actual Cenários futuros até 2019: Populacional Crescimento disperso (Leapfrog) Sobreposição das manchas decrescimento Resultados e discussão Colecta de dados Mapa de uso de solo do CMCN Figura 1: Fluxograma geral do método III: Metodologias IV: Revisão Bibliográfica CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 10 intervalos é determinada pela sensibilidade do sistema sensor em registar separadamente a energia dos diversos comprimentos de onda que variam de 0,45 μm até 12,5 μm. Os métodos de geo - computação para o planeamento regional e urbano podem, portanto, incluir abordagens inovadoras na produção de conhecimento baseadas na incerteza introduzida pelos agentes, incompleto de imprecisão nos processos decisórios (DIAPPI, 2004), e desta forma, podendo traduzir-se em melhorias nos próximos anos, não só porque prometem uma grande variedade de bases de dados para calibração dos modelos e testes, mas também porque a evolução cognitiva levará ao desenvolvimento de modelos mais versáteis e mais fáceis de utilizar do que os modelos tradicionais (AYENI, 2005). O diagnósticoapresenta-se como a principal armação para a o planeamento de acções nos mais diversos ramos da ciência. No caso do planeamento urbano ambiental, é sem dúvida o ponto mais importante por fornecer os elementos básicos para a projectação, determinação de prognóstico de preservação e constitui a pesquisa de campo (CARVALHO & ARANTES, 1985). A primeira preocupação deve ser a elaboração de cenários homogéneos (zoning) do meio físico, geralmente ligados aos fenómenos do solo. Assim, em escala local, o zoneamento prescinde de um diagnóstico físico ambiental, diagnóstico de uso e ocupação do solo e de um diagnóstico geral(FRANCO, 2001). A natureza dos diagnósticos remete a uma metodologia própria, muitas vezes criticada quanto ao processo de colecta dos dados por se apresentarem quantitativos demais ou por adopção de modelos matemáticos simples, na tentativa de dar um carácter qualitativo. A natureza do diagnóstico quantitativo ou qualitativo remete à sua forma de elaboração pautada numa metodologia que venha exprimir a realidade ambiental. Sales, por exemplo, argumenta que: O gerenciamento das áreas verdes urbanas necessita de diagnósticos quantitativos e qualitativos para embasamento de políticas públicas adequadas. A necessidade de formulação destes diagnósticos fez surgir, ao longo do tempo, métodos de medição dessas áreas verde (SALES, 2004). As discussões teóricas remetem ao conceito de cenário ambiental como a projecção de uma situação futura, para o meio ambiente, tendo em vista a solução de uma situação ou a melhoria de uma condição presente indesejável ou insatisfatória, (FRANCO, 2001). Jara (1998) e Buarque (1999) trabalham na perspectiva de cenários no plano municipal, em especial nas comunidades onde devem ser implementados projectos de desenvolvimento local. Buarque propõe, então, três tipos de tipos de cenários: alternativos, prováveis e normativos ou desejados. Ainda no plano conceitual dos cenários ambientais considera que a: Técnica de Cenários é uma ferramenta de planeamento utilizada na antecipação de futuros, explicitando futuros alternativos e prováveis, diante aos quais se define o conjunto de acções e iniciativas prioritárias ou de antecipação do futuro (BUARQUE, 1999). O desenvolvimento sustentável surge e difunde-se como uma proposta de desenvolvimento diferenciada e, ao mesmo tempo, torna-se uma alternativa viável e não apenas uma utopia ou fantasia organizadora da sociedade, precisamente pelas condições do paradigma de desenvolvimento emergente, principalmente os avanços científicos e tecnológicos, (BUARQUE, 1999). IV: Revisão Bibliográfica CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 11 Assim, percebe-se que a técnica de projecção de cenários é resultante do crescimento urbano, sendo necessário qualificar e quantificar o uso e cobertura do solo através de um diagnóstico geral da situação actual, este actualmente é auxiliado por técnicas de geo – computação e sensoriamento remoto e de SIG, dado a possibilidade que estes oferecem de calibração de modelos e testes de robustez dos mesmos, oferecendo melhores alternativas e probabilidades na antecipação do futuro. CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 12 Capítulo I : Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 13 1. Localização da área de Estudo Figura 2: Localização da área de estudo, Fonte: Adaptado de (CMCN, 2011). Nampula é a cidade capital da província de Nampula, considerada a capital do Norte e a terceira maior cidade do país em termos de infra-estruturas. A Cidade é rodeada inteiramente pelo distrito de Nampula, que tem a sua sede administrativa na vila de Rapale. Possui uma área de 428km² (42.804 ha), com 6 postos administrativos e 18 bairros. Situa-se no centro da província de Nampula, entre 15° 01'35" e 15° 13'15" de latitude Sul e entre 39° 10' 00" e 39° 23' 28" de Longitude Este. 2. Caracterização demográfica 2.1. A dinâmica demográfica O crescimento populacional tem relação directa com o crescimento da mancha urbana, apresentam-se dados de 2007 a 2013 fundamentados no gráfico de barras, de tal forma que a dinâmica demográfica é uma das principais forças motrizes do crescimento das cidades. Os indicadores seleccionados para descrever a dinâmica demográfica na cidade segundo (CMCN, 2011)são: A taxa de crescimento populacional — O crescimento populacional consiste de duas componentes: o O crescimento natural (isto é, o excesso do número de nascimentos sobre o número de mortes, na população da cidade); Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 14 0.00 100,000.00 200,000.00 300,000.00 400,000.00 500,000.00 600,000.00 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 471,717 500,838 518,360 536,020 553,703 571,284 588,669 DADOS DA POPULAÇÃO 6,519.63 1,781.14 421.80 1,988.50 2,180.25 480.58 0.00 1,000.00 2,000.00 3,000.00 4,000.00 5,000.00 6,000.00 7,000.00 0.00 20,000.00 40,000.00 60,000.00 80,000.00 100,000.00 120,000.00 140,000.00 160,000.00 180,000.00 N o d a P o p u la ca o Su p er fí ci e (K m ²) Densidade Populacional N° de Habitantes Densidade Populacional Gráfico 2:Variação da densidade Populacional entre os postos Administrativos, Fonte: (CMCN, 2011) o A migração para a cidade, neste caso a migração campo-cidade motivado pela percepção que a cidade oferece melhores condições e oportunidades comparado com as zonas rurais. É um fenómeno generalizado do mundo em vias de desenvolvimento. A taxa média de crescimento da população é de 4.6% por ano, entre o II RGPH de 1997 e o III RGPH de 2007. A densidade populacional— A média da densidade populacional na cidade em 2007 é 1.182.60 habitante por Km². Assim, se percebe que o posto administrativo central tem a densidade populacional mais alta em relação a sua menor superfície, em virtude do tipo de ocupação habitacional. 3. Evolução das manchas e os vectores de crescimento urbano 3.1. Resultados e análises Para estudo do uso e cobertura do solo considerou-se mancha urbana, toda área que dispõe de algum tipo de serviço público como colecta de lixo, de pavimento nas ruas ou nas vias, zonas residenciais urbanizável e não urbanizável, comercial, industrial, equipamentos públicos e especiais, locais de deposição de lixo, aeroportos, instalações de transporte, Desporto e lazer. Gráfico 1: Dados da população, Fonte: (CMCN, 2011). Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 15 17,503 31,672 69,562 0 20,000 40,000 60,000 80,000 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015C re sc im en to d a m an ch a U rb an a (K m ²) Ano de 2001 a 2013 Gráfico de evolução de crescimento da mancha urbana Gráfico 3: Gráfico com a evolução do crescimento da mancha urbana desde 2001 até 2013 Observa-se que em 2013 a área urbana continua crescendo de forma fragmentada, caracterizada pelo aparecimento de novos núcleos urbanos. Área urbana está invadindo a área agrícola, sendo que esta marca mudança na qualidade do ambiente devido ao lançamento de resíduos domésticos (DUPAS, 2001). Inicialmente, foram colectadas informações preliminares como a determinação temporal da mancha urbana e, posteriormente dos vectores de crescimento. A Figura 3apresenta o crescimento temporal da mancha urbana que definiuo solo urbano consolidado do município de Nampula. Como resultado da análise do crescimento da mancha urbano, pode-se concluir que a área da mancha urbana foi aumentada em aproximadamente quatro (4) vezes no período entre 2001a 2013. Com relação ao crescimento da mancha urbana, deve ser destacado que, em 2001 a mancha urbana já se estendia por 17,5 km², representando o rápido e elevado crescimento do solo urbano é possível elaborar análise rápida sobre a forma geométrica da evolução da mancha urbana. Observa-se que entre 2001 até 2007 a mancha urbana cresceu de maneira regular, evoluindo quase o dobro (de 17.5 a 31.6 Km²) da área precedente. Seis (6) anos depois, houve um crescimento abrupto da mancha urbana de cerca de 69,5km², crescendo preferencialmente para face Noroeste e Este da cidade. 2013 2001 2007 Figura 3: Crescimento da mancha urbana dos anos: 2001, 2007 e 2013 Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 16 Verifica-se que, no ano de 2013, a urbanização apresenta forma fragmentada, diferente da tendência observada para o ano de 2001 no qual o crescimento apresenta padrão concentrado, resultando em maior consumo de recursos naturais e infra-estrutura. Sintetizando 14 anos de evolução da mancha urbana da cidade de Nampula observa-se que a área urbana está a crescer. 17 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) Figura 4 : Resumo da evolução das manchas e os vectores de crescimento urbano dos anos de 2001, 2007 até o ano de 2013 Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula 18 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 4. Visualização e quantificação da situação actual O mapeamento do uso do solo consiste em uma importante ferramenta para avaliação e diagnóstico da situação do mesmo. Com base neste diagnóstico de evolução e condição do uso do solo da região, torna-se possível a elaboração e direcionamento de planos e programas de desenvolvimento para monitoramento do uso da terra e conservação da cobertura vegetal a fim de auxiliar a manutenção ambiental da região do entorno do reservatório de Faunas, dando atenção à protecção ambiental, saneamento aos tipos de uso e ocupação da região, bem como à conservação de remanescentes e matas ciliares, (DE SOUSA & KAWAKUBO, 2012). A partir do estudo sobre o uso da terra e cobertura vegetal na situação ambiental de uma região, é possível compreender a importância da quantificação e da avaliação dos dados, a partir da construção de mapas- modelo, (ARAUJO & Lobão, 2009). Estes mapas auxiliam no entendimento da organização do espaço e suas mudanças, e servem de fonte de dados aos estudos de impacto ambiental em áreas contendo processos erosivos e como indicadores de biodiversidade, fornecendo subsídios a identificação das condições do quadro natural e da ocupação do solo na área de estudo, (PEREIRA & PINTO, 2007). 4.1. Material e métodos O Mapa de uso e cobertura actual do solo foi concebido a partir do zoneamento Municipal, que continha 12 classes diferentes de uso do solo, dentre elas: Solo Urbanizado, Solo Urbanizável, Equipamentos Colectivos e sociais, Equipamentos especiais, Industrias, Agrícola — Agro-pecuária e cultivo, e a classe afecta a estrutura ecológica — Verde de protecção e enquadramento, verde de recreio e lazer, área susceptível a inundações, área húmida alagável e formações montanhosas. Para efeitos de modelagem a classificação original de 12 classes foi reclassificado para 9 classes que representam 9 grupos de uso e cobertura do solo urbano: Uso Agrícola Uso verde de protecção e enquadramento Cursos hídricos Área edificada Uso Agro-pecuária Equipamentos Uso industrial Verde urbano Formações montanhosas Os resultados da quantificação e visualização do existente são apresentados na forma de mapas, gráficos e tabelas. Tabela 2: Quantificação das classes de uso e cobertura actual do solo na cidade de Nampula Classes de uso e cobertura do solo Cidade de Nampula Km² ha % Classe 1: Uso Agrícola 141.366 14.136.60 33,05% Classe 2: Verde de protecção e enquadramento 105.270 10.527.00 24,61% Classe 3: Cursos hídricos 60.798 6.079.80 14,22% Classe 4: Área edificada 59.176 5.917.60 13,84% Classe 5: Uso agro-pecuário 35.319 3.531.90 8,26% Classe 6: Formações montanhosas 18.495 1.849.50 4,32% Classe 7: Equipamentos 5.673 567.30 1,33% Classe 8: Uso industrial 1.372 137.20 0,32% Classe 9: Verde urbano 225 22.50 0,05% TOTAL 427.694 42.769.400 100,00% Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 19 Gráfico 4: Quantificação actual do uso e cobertura do solo da Cidade de Nampula 5. Mapa de Uso e cobertura actual de solo Após a vectorização dos dados colhidos, percebeu-se que o uso actual das terras predominante é agrícola, que representa 33,05% da área total na cidade de Nampula, a área Agro-pecuária corresponde a 8,26% da área total. O segundo uso actual é o verde de protecção e enquadramento, que ocupa cerca de 24,6% da área total, mostrando claramente a comunhão de terras agrícolas e semi – naturais junto a periferia da cidade, sendo que no processo de simulação a urbanização tem lugar nestas áreas por estas mostrarem a disponibilidade para o potencial de dispersão (LOPATKA, et al., 2010), áreas dos cursos hídricos e formações montanhosas ocupam uma percentagem de 14,22% e 4,32%, respectivamente da área total, que pelo seu carácter ambiental estes mostram-se inalteráveis na modelagem. Figura 5: Uso e cobertura do solo 2013 Capitulo I: Panorama da Actual Tendência de Crescimento na Cidade de Nampula 20 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) Capítulo II : Definição de Critérios de Avaliação do Crescimento Disperso CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 21 6. Crescimento disperso Segundo (DGOTDU, 2011), a ocupação dispersa é condicionada pela ocupação urbana e o espaço rural, ou seja, a demanda de ocupação urbana catalisa o espaço contínuo para sua implementação. Nota-se na ocupação dispersa o avanço do urbano sobre o rural e sua natureza híbrida por esta congregar o aglomerado populacional urbano e o espaço rural. A expansão urbana se refere à extensão da urbanização, que é um fenómeno global impulsionado principalmente pelo crescimento da população e migração em grande escala, isto é, expansão das populações humanas distante de áreas urbanas centrais em áreas anteriormente remotas e rurais, em especial, resultando em comunidades de baixa densidade. Nos países em desenvolvimento, como a Índia, onde a população é mais de um bilhão (um sexto da população mundial), a expansão urbana tem efeitos sobre os recursos naturais a um ritmo alarmante(LÓPEZ, BOCCO, MENDOZA, & DUHAU, 2001). 7. Critérios de avaliação em relação ao custo e benefícios. Para se identificara melhor alternativa para o crescimento disperso, teve que se passar de uma fase de definição de critérios, os quais vão ditar a robustez do modelo de decisão. Os critérios serão calibrados tendo em conta o factor custo/benefício em relação a aspectos económicos, políticos e ambientais, eisos critérios definidos: 7.1. Distancia ao núcleo urbano central Neste critério atribui-se maior peso, porque no cenário disperso privilegiam-se os espaços distantes do núcleo urbano, com o objectivo de diminuir a pressão do uso do solo, serviços, infra-estruturas. Sendo para tal, calculado através de uma linha recta (straight line em ArcMap) da extremidade perimetral do núcleo urbano para extremidade superior do aglomerado populacional em seu redor. Atribuiu-se valor positivo quando a distância ao núcleo urbano for maior em relação ao local da alternativa, sendo vista sob ponto de vista político viável pela alocação de novos serviços e infra-estruturas. Unidade km. 7.2. Proximidade as infra-estruturas e serviços Por se prever a necessidade de utilização das infra-estruturas e serviços públicos, e com o objectivo de obter maior área de aproveitamento de espaços para expansão da cidade, atribuiu-se valor positivo a alternativa que tiver mais infra-estruturas e proximidade das mesmas sob ponto de vista económico, reduzindo o custo de implementação de novas infra-estruturas, e valor negativo sob ponto de vista ambiental caso as infra- Ocupação Urbano Espaço Rural Ocupação Dispersa Híbrido (a mistura entre o urbano e o rural se manterá); Avanço do urbano sobre o rural. Capitulo II: Definição de Critérios de Avaliação do Crescimento Disperso Figura 6: Delimitação e caracterização da ocupação dispersa, Fonte: (DGOTDU, 2011) CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 22 estruturas estiverem mais distantes, por implicar na destruição e desgaste dos recursos ecológicos para alocação de novas infra-estruturas. Unidade -/+. 7.3. Presença de formações Montanhosas Considerou-se como determinante negativo as áreas ocupadas por formações montanhosas. Para espaço onde há predominância de formações montanhosas atribuiu-se valor negativo quanto mais formações montanhosas se verificarem. Unidade km2. 7.4. Disponibilidade de espaço contínuo para responder a demanda Neste critério atribuiu-se um valor positivo às áreas com espaço contínuo capaz de responder a demanda até 2019. Considerou-se a espaço contínuo, as áreas livres (Agrícola, verde de protecção e enquadramento e agro-pecuário), sendo subtraído as áreas livres as ocupadas pelos leitos dos rios e sua faixa de protecção (50 m de cada lado da margem do rio, (MOÇAMBIQUE Lei Nº 19/97 de 1 de outubro, 1997), as áreas de infra- estruturas e suas condicionantes (de faixa confinante de 30 m de cada lado da via (MOÇAMBIQUE Lei Nº 19/97 de 1 de outubro, 1997) e as áreas ocupadas pelas montanhas. A este critério atribuiu-se um valor positivo a alternativa com maior espaço contínuo, sob ponto de vista político-económico por se tratar de áreas que implicarão no aproveitamento de espaços para expansão da cidade, e negativo sob ponto de vista ambiental por implicar nos impactos ambientais derivados da destruição dos ecossistemas naturais. Unidade km2. 7.5. Custo de compensações Assumiu-se neste critério que o custo de compensação vária consoante a área edificada, ou seja, quanto mais área edificada tiver em uma alternativa, mais elevado será o custo de compensação. Portanto, as alternativas com menor área para compensar foram atribuídas valor positivo sob ponto de vista económico. Unidade km2. 7.6. Topografia A Topografia demanda grandes movimentos de terra, como aterros ou escavações, ou ainda a construção de estruturas de contenção implicando em elevados custos económicos. Será privilegiado os locais onde a topografia não é de inclinação acentuada (o desnível a cada 10 m não deve ser maior que 1 m), (IOPES, 2007), e para (DUPAS, 2001), não aconselha para fins urbanos declividade superiores a 30% (18,5°). A este critério atribuiu-se um valor positivo, em função do desnível. Melhor quando menos inclinação a alternativa tiver, pois influencia positivamente no aproveitamento espaços para expansão da cidade, dado tratar-se de uma área plana. Unidade -/+. Capitulo II: Definição de Critérios de Avaliação do Crescimento Disperso CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 23 Figura 7: Mapa de bandas espectrais representando a topografia da cidade de Nampula CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 24 Figura 8: Indicação das alternativas para o crescimento disperso no Município de Nampula 8. Identificação de alternativas de crescimento disperso Foram identificadas com base na imagem satélite cinco (5) alternativas definidos sob os limites administrativos da cidade de Nampula em função dos Postos Administrativos, dentre eles o P.A. NAMICOPO, P.A. MUHALA, P.A. MUATALA, P.A. NATIKIRI, P.A. NAPIPINE, exceptuando o P.A.CENTRAL visto que este caracteriza-se por uma ocupação consolidada, não favorecendo para o crescimento disperso. A avaliação dos critérios de formações montanhosas, espaço contínuo e custo de compensação, foi com base na superfície que estes influenciam em relação as alternativas, assim pode se perceber em valores de cálculo qual a alternativa com maior valor de um critério em relação a outras alternativas. A distância ao núcleo urbano central baseou-se na distância em quilómetros lineares, para se perceber qual alternativa esta mais distante do núcleo urbano da cidade de Nampula. Os valores de cálculo de superfície e distância são apresentados na tabela abaixo tendo em conta os critérios definidos. Alternativas Critério P.A. NAMICOPO P.A. MUHALA P.A. MUATALA P.A. NATIKIRI P.A. NAPIPINE Formações montanhosas 11,40 km2 2,65 km2 1,83 km2 1,80 km2 0,78 km2 Espaço contínuo para responder a demanda 85,30 km 2 32,06 km2 34,50 km2 67,48 km2 18,03 km2 Custo de compensação 8,18 km2 20,34 km2 12,21 km2 9,91 km2 9,63 km2 Capitulo II: Definição de Critérios de Avaliação do Crescimento Disperso CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 25 Distancia ao núcleo urbano 2,91 Km 2,04 Km 3,15 Km 7,19 Km 3,96 Km Tabela 3: valor de superfície e distância linear em relação aos critérios descritos 26 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) Capítulo III : Melhor Alternativa para o Crescimento Disperso até ao Ano de 2019 27 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 605760 622423 638530 653961 668678 682659 R² = 0.999 600000 620000 640000 660000 680000 700000 720000 740000 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 P o p u la çã o Anos Cenários futuros de crescimento populacional População Linear (População) 17.503 31.672 69.562 y = 0.0002x - 56.721 R² = 0.8867 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 100,000 200,000 300,000 400,000 500,000 600,000 700,000 C re sc im e n to d a m a n ch a U rb a n a (K m ²) População (habitantes) Dados Area habitada Linear (Area habitada) Gráfico 5: Evolução da população da cidade de Nampula entre 2014 a 2019. Gráfico 6: Relação entre a população e a mancha urbana para os anos de 2001, 2007 e 2013 da cidade de Nampula. 9. Projecção da população até ao ano de 2019 e quantificação da demanda por área habitacional 9.1. Projecção da população Pelos dados do censo da Cidade de Nampula de 2001 até 2013, os cenários de crescimento populacional determinados mostram que a população urbana apresentou crescimento significativo. Em 2013 a população era de 588.669 habitantes, sendo 9,41% concentrados na área urbana em quanto que para o ano de 2019, cenário futuroda população a cidade de Nampula apresentará um crescimento significativo de 682.659 habitantes, sendo 12,42% concentrados na área urbana. Tendo em vista o comportamento urbano da população, o gráfico abaixo prediz a projecção da população até ao ano de 2019. Percebe-se que o crescimento populacional tem relação directa com o crescimento da mancha urbana. São apresentados dados de 2001 a 2013 fundamentados no modelo de regressão linear que representa, de forma satisfatória, o crescimento da área habitada da cidade de Nampula. A relação entre a população (variável exploratória) e a área habitada (variável resposta) indica forte relação positiva, contudo a cidade esta crescer de forma dispersa. Capitulo III: Melhor alternativa para o crescimento disperso até ao ano de 2019 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 28 Desta forma, a Equação foi adoptada para a projecção da área habitada: y = 0.0002x - 56.721 Onde y é a área em Km² e x é a população. Os resultados da projecção do crescimento populacional oriundo do modelo elaborado anteriormente são projectados em conjunto com os dados das áreas e projecções verificadas para a área habitada até 2019. Ano Área (km²) População (habitante) Densidade Hab/km²) Dados 2001 2007 2013 17,503 31,672 69,562 341.535,11 483.571,59 588.669,41 19.512,94 15.268,11 8.462,51 Cenário 2019 79,810 682.658,77 8.553,54 Tabela 4: Estatísticas de crescimento populacional e de mancha urbana da cidade de Nampula. 9.2. Quantificação da demanda por área habitacional Segundo (CMCN, 2011), o padrão de parcela atribuído por família é de 600 m² (20x30 = 0.0006 km²/família), sendo que a media de indivíduos numa família é de 4.6 pessoas (assumindo-se o valor aproximado de 5 pessoas por família para o estudo) segundo (INE, 2007). A população projectada para os próximos 5 anos, com taxa de crescimento de 4,6% (INE, 2007), será de 93.989,36 hab (assume-se a taxa de crescimento total de 95.000 hab) e o espaço contínuo para responder a demanda habitacional até ao ano de 2019 é de 11,4 Km². 10. Identificação da melhor Alternativa A análise da variação dos valores ao longo do processo de avaliação permite verificar como se comportam os diversos elementos a várias escalas, como progridem, qual o seu grau de variação e qual o seu grau de importância no comportamento do sistema, (COSTA, 2010). Definidas as alternativas e os critérios de analise destas foi possível efectuar as combinações entre as alternativas e os valores dos critérios (de 0 a 100) para o conjunto de dados no DEFINITE 2.0. É criado no output um arquivo de log que regista as estatísticas, e cada estatística reflecte o peso de cada critério em relação as alternativas de crescimento. Com base neste processo dos critérios, categorizados como custo ou benefício, o Posto Administrativo de Natikiri identifica-se como melhor alternativa para o crescimento disperso, por superar os outros bairros alternativos em termos de benefícios na maior parte dos critérios estabelecidos. Capitulo III: Melhor alternativa para o crescimento disperso ate ao ano de 2019 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 29 Legenda: Topografia - Peso 10% Distancia ao núcleo urbano – Peso 40% Proximidade as infra-estruturas e serviços - Peso 10% Presença de formações montanhosas - Peso 5% Disponibilidade de espaço contínuo - Peso 20% Custo de compensações 15% Capitulo III: Melhor alternativa para o crescimento disperso ate ao ano de 2019 CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 30 V. Recomendações 10.1. Princípios para urbanização básica De acordo com (MOÇAMBIQUE Decreto Nº 26/06 de 26 de Dezembro, 2006), a urbanização básica é estabelecida quando na zona estão cumulativamente reunidas, pelo menos, as seguintes condições: a. As parcelas ou talhões destinados aos diferentes usos estão fisicamente delimitados; b. O traçado dos arruamentos é parte de uma malha de acessos que integra a circulação de automóveis com acessos pedonais a cada morador; c. Existe fornecimento de água em quantidade e qualidade compatível com os usos através de fontes dispersas, nomeadamente fontanários públicos, poços ou furos; d. Os arruamentos estão arborizados. Conclui-se que o posto Administrativo de Natikiri com espaço contínuo de 67,48 km2, sendo necessário para demanda habitacional até 2019 uma área de 11.4 km² correspondente a 16.89% da área total do posto. Em função do número total de habitantes (95.000 hab) correspondente a 83.33 hab/ha e 16 residências por hectare em valor de calculo, que de acordo com, (Plano de Estrutura da Cidade de Maputo, 2008) corresponde ao uso predominantemente habitacional de baixa densidade (80 hab/ha), menos de 20 residências por hectare. Assim, a visão do plano de estrutura da cidade de Maputo estabelece: a. Densidade Populacional – 80 hab/ha; b. Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) - 0,3; c. Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) - 0,6; d. Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) – 0,5; e. Percentagem de área para Espaços Verdes de Utilização Colectiva – 15% (correspondente a 10.12 Km² da área total de Natikiri); f. Percentagem de área para Equipamentos – 10% (correspondente a 6.74 Km² da área total de Natikiri); g. Parqueamento – um lugar por apartamento. Visão da UN-HABITAT para o modelo de urbanização do século XXI Alta qualidade do espaço público -50%Circulaçãocom espaço público, -Rede de estradas bem conectada - promovendo economia local e desenvolvimento futuro; Densidade adequada e bem estudada -O suficiente para desencadear economias em grande escala e garantir a habitabilidade (pelo menos, 150p/ha); Mistura de usos urbanos -Evitar zoneamento, evitar que as auto-estradas dividimos bairros, 40% de espaço alocado para uso económico; Mobilidade eficiente -Ênfase em distâncias a pé e transportes públicos; Misture estrutura social -Integração Social, diversidade de grupos sociais, arrendamento e propriedade privada, diferentes níveis sociais de arrendamento, 20 - 50% do espaço residencial para os moradores de baixa renda; Energia sustentável -Redução das emissões de gases com coberturas verdes; V: Recomendações CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 31 Normas e regras práticas e aplicáveis -Participativo, democrático, respeito social. CRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 32 VI. Conclusão A criação de cenários de crescimento disperso precisa de estudos detalhados, quanto a uma metodologia que atenda a sua elaboração. Com resultado de análises do crescimento da mancha urbana, pode-se concluir que a cidade de Nampula tende a crescer de forma dispersa, para responder a demanda de espaços devido ao crescimento populacional que tem vindo a aumentar em função de tempo. Os problemas urbanos que se observam em novos bairros da cidade de Nampula como, problemas ambientais, fraca abrangência dos serviços e infra-estruturas básicas.Ocorrem pela falta de um planeamento que integre vários critérios de análise para que se identifique áreas apropriadas para expansão sustentável economicamente, politicamente e ambientalmente, tanto quanto que se desenhe uma forma urbana sustentável. Portanto, analisando a cidade de Nampula sob ponto de vista ambiental, político e económico, o posto administrativo apto para a expansão urbana de forma dispersa é o posto administrativo de Natikiri. VI: ConclusãoCRIAÇÃO DE UM CENÁRIO DE CRESCIMENTO URBANO Um Olhar Para o Cenário de Crescimento Urbano Disperso (Leapfrog) 33 VII. Referências Bibliográficas ARAUJO, A. M., & Lobão, J. d. (2009). Análise do uso e cobertura da terra na Carta Santa luz SC-24-Y-D-III a partir das geotecnologias. Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Natal, Brasil: INPE. AYENI, B. (2005). The design of spatial decision support systems in urban and regional. (H. Timmermans, Ed.) London: E & FN Spo. BUARQUE, S. C. (1999). Metodologia de planejamento do Desenvolvimento Local Sustentável. Brasília: IICA. CARVALHO, A. B., & ARANTES, P. L. (1985). Introdução ao estudo do urbanismo. Viçosa. CENSO. (2007). III — Recenceamento Geral da População. 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