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Menacme – período reprodutivo Menopausa · Entre 45 e 55 anos · Diagnosticada após 12 meses consecutivos em amenorreia · Caracteriza-se por uma amenorreia hipergonadotrófica em decorrência da população folicular, que não responde mais às gonadotrofinas, fato que leva, em geral, a um estado de hipoestrogenismo (com exceção de algumas pacientes obesas, que poderão apresentar grande conversão periférica da androstenediona de origem suprarrenal e ovariana em estrona, que é um estrogênio fraco, mas biologicamente ativo). · Climatério e menopausa são termos que se confundem porque ambos expressam a falência gradual da função gonadal feminina com decréscimo da produção de estrogênio. Contudo, é importante notar que climatério é um período; já menopausa é uma data! · Menopausa Precoce: Ocorre quando a última menstruação natural acontece antes dos 40 anos. Período Perimenopausa: Período que se inicia antes da menopausa com ciclos menstruais irregulares, acompanhados ou não de manifestações vasomotoras, e termina 12 meses após a menopausa. Período Pós-menopausa: Período que se inicia um ano (12 meses) após a última menstruação e vai até os 65 anos de idade. Origem dos estrogênios e androgênios no sexo feminino · Os hormônios naturais mais importantes são: androgênios (testosterona, androstenediona, di-hidrotestosterona e de-hidroepiandrosterona), estrogênios (estradiol, estrona e estriol) e progestogênios (progesterona e 17OH progesterona). · Estrógenos · Proliferação endometrial · Observe que todos os estrógenos derivam da aromatização de andrógenos precursores · Ovário e placenta sintetizam mais ativamente a enzima aromatase, que converte andrógenos em estrógenos, mas outros tecidos não reprodutores, como tecido adiposo, neurônios hipotalâmicos e músculo, também podem aromatizar andrógenos a estrógeno. · O 17β-estradiol é o estrógeno de ocorrência natural mais potente, enquanto estrona e estriol são menos potentes. · Os estrogênios circulantes nas mulheres em idade reprodutiva são constituídos de uma combinação de estradiol com a estrona (menos potente). · O estradiol é o principal estrogênio produzido pelos ovários durante a menacme. · Sua produção deriva diretamente da síntese pelos folículos em desenvolvimento e da conversão da estrona. · A estrona é secretada diretamente pelos ovários e também pode ser oriunda da conversão da androstenediona nos tecidos periféricos (adiposo, muscular, hepático) · Por isso mulheres obesas tem maior risco para câncer de endométrio · Embora uma pequena quantidade de estriol seja produzida por meio de conversão periférica em mulheres não grávidas, sua produção é limitada principalmente à placenta durante a gravidez. · Após a menopausa, a maior parte do estrógeno circulante deriva do tecido adiposo, que também constitui a principal fonte de estrógenos circulantes nos homens. · · · Androgênios · Os androgênios são convertidos a estrogênios em muitos tecidos, mas a conversão ocorre principalmente a partir da aromatase na pele e no tecido adiposo. · Os ovários produzem principalmente a androstenediona e testosterona, além de pequena quantidade de Desidroepiandrosterona (DHEA). · As adrenais também contribui com aproximadamente 50% da produção diária de androstenediona, 90% da produção de DHEA e, praticamente, com toda a forma sulfatada de DHEA (SDHEA). · Cerca de 25% da testosterona circulante é secretada pelos ovários, 25% pelas suprarrenais e os 50% restantes são produzidos a partir da conversão periférica de androstenediona. · · Os progestágenos consistem em progesterona – precursor comum da síntese de testosterona e estrógeno Prática · Estrogênios · Os estrogênios clássicos são compostos esteroides de 18 carbonos · O principal estrogênio C-18 sintético é o etinilestradiol, que é utilizado nos contraceptivos orais combinados. · Metabolismo · Postulou-se que dieta, consumo de álcool, tabagismo, exercício, estresse, doenças tireoidianas podem alterar o metabolismo dos esteroides · Transporte · Aproximadamente 38% do estradiol encontra-se ligado à SHBG · Os esteroides ligados à globulina transportadora de hormônios sexuais (SHBG) são considerados inativos. · Estrogênios e hormônio tireoidiano aumentam a expressão da SHBG. · Contrariamente, os androgênios reduzem os níveis séricos das SHBG. · 60% à albumina · o etinilestradiol circula quase que exclusivamente ligado à albumina, o que aumenta sua biodisponibilidade. · O restante circula livre. · Progesteronas · Proliferação endometrial · Tem a capacidade de bloquear o receptor de estrogênio impedindo seu efeito proliferativo · São classificados de acordo com sua origem em derivados · Da progesterona (17-hidroxiprogesterona) · primeira geração · Da testosterona (19-nortestoterona) · primeira geração · noretisterona · biodisponibilidade de 50 a 70% VO · segunda geração · levonorgestrel · Da espironolactona (17-alfa-espirolactona). Hipotálamo · O hipotálamo é influenciado pelas conexões com a ponte, tálamo e sistema líbico mediante secreção de neurotransmissores como noradrenalina, serotonina, dopamina, ácido gama-aminobutírico, entre outros · S. líbico · As emoções (estresse, depressão, ansiedade, fobias) podem influenciar a liberação pulsátil do GnRH · Norepinefrina · Dopamina · Inibe a síntese de prolactina · A dopamina é considerada o fator de inibição da secreção de Prolactina (PRL). · O Hormônio Tireotrófico (TRH) é considerado o maior estimulador da síntese de PRL. · Serotonina e Melatonina · Inibem a secreção de gonadotrofinas · A melatonina é sintetizada na glândula pineal e seu sítio de ação principal é o hipotálamo, inibindo os pulsos de GnRH. · Se produzida de forma elevada na infância, pode inibir o amadurecimento sexual · Endorfinas · são peptídeos com ação semelhante à morfina · Estudos sugerem que as beta-endorfinas inibem a liberação de FSH e LH pela hipófise. · as mulheres atletas têm níveis mais elevados de endorfinas cerebrais, as quais podem constituir um dos mecanismos responsáveis pela ocorrência de amenorreia nestas pacientes. · Substância P · Sua elevação no SNC está associada à hiperprolactinemia e à consequente diminuição das gonadotrofinas hipofisárias · Leptina · É proteína produzida nos adipócitos que atua informando o cérebro sobre a quantidade de tecido adiposo no organismo. · Nos obesos seus níveis estão aumentados, porém não há sensação de saciedade pela presença de insensibilidade endógena. · baixas ou elevadas concentrações de leptina são responsáveis pelo desequilíbrio do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano. · Mulheres excessivamente magras (anoréticas) têm diminuição dos níveis de leptina acarretando disfunção ovulatória e menstrual. · Menians com IMC maior tem menarca mais precoce · · GnRh · A liberação tem que ser pulsátil para o hipotálamo responder! · Análogos do GnRh · A administração contínua de análogos do GnRH leva ao fenômeno chamado de downregulation, no qual os receptores gonadotróficos sensíveis ao GnRH são reduzidos. · A administração intermitente de análogos de GnRH leva a up-regulation, aumentando o número de receptores. · Controla dois hormônios hipotalâmicos · Deve ser secretado de forma pulsátil para uma função adequada · Fase folicular · pulsos frequentes e de pequena amplitude · a cada 60-90 minutos · Fase folicular tardia · Aumento da frequência e amplitude desses pulsos · Fase lútea · Aumento gradativo do intervalo entre os pulsos · Amplitude maior do que na fase folicular, mas diminui progressivamente no transcorrer de duas semanas · cada 210-270 minutos após a ovulação (2ª fase ou fase lútea). · · Pulsos modulados pelo sistema supra-hipotalâmico norepinefrina-dopamina · influência estimuladora da norepinefrina e inibidora da dopamina. Hipotálamo · Padrão pulsátil é diretamente relacionado à secreção pulsátil do GnRH, porém a modulação da frequência e amplitude é resultado da retroação dos esteroides ovarianos no hipotálamo e na hipófise. · A administração crônica tanto de estrogênios como de progestagênios, bloqueia o eixo HHO e, consequentemente,a ovulação (pílulas anticoncepcionais). · Prolactina · Inibida pela dopamina · Estimulada pelo TSH · quando há hipotireoidismo, poderá haver hiperprolactinemia. · A PRL em doses fisiológicas atua mantendo os receptores de LH no corpo lúteo, permitindo adequada produção de progesterona na segunda fase do ciclo. · Ocitocina · Contração muscular uterina que ocorre durante o parto; · Contrações mioepiteliais dos ductos lactíferos mamários que ocorrem durante o reflexo de ejeção do leite. Ovários · Dinâmica · Vida fetal · Em torno da 20ª semana de gestação, existem aproximadamente sete milhões de folículos primordiais. · Cada um deles contém um oócito “paralisado” na prófase da primeira divisão meiótica (diplóteno), até que o processo de ovulação se inicie. · Este pool de folículos imaturos vai se reduzindo dramaticamente, até que, ao nascimento, cada ovário possui cerca de um milhão de folículos primordiais. · Menarca · Na menarca, eles se restringirão a 300.000 a 400.000 folículos em ambos os ovários. · Menacme · Durante a menacme, em cada ciclo menstrual, quase 1.000 folículos são recrutados e quase a totalidade deles sofre atresia, pois, em geral, apenas um é predestinado à ovulação. · Menopausa · Na época da menopausa, o ovário será constituído basicamente por estroma denso, com apenas raros oócitos dispersos remanescentes. · Classificação funcional · Folicular: neste compartimento o principal produto de secreção é o estrogênio. · A inibina B também é produzida pelas células da granulosa. · Corpo Lúteo: o principal produto é a progesterona. A inibina A também é produzida pelo corpo lúteo (células da granulosa luteinizadas). · Estroma: os principais produtos são os androgênios. · Esteroidogênese · principal fonte produtora de estrogênios na menacme · possuem dois tipos de células: teca e granulosa. · tem a capacidade de sintetizar os três hormônios sexuais · A progesterona tem ação conhecida na segunda fase do ciclo menstrual · Os androgênios são utilizados como precursores dos estrogênios · Os ovários não possuem a enzima 21 beta hidroxilase nem 11 beta hidroxilase, portanto não produzem aldosterona nem cortisol · Teoria das duas células e das duas gonadotrofinas · Células da teca sob estímulo de FSH sintetizam androgênios (principalmente androstenediona e testosterona) · Células da granulosa convertem os androgênios em estrogênios (estradiol e estrona) pela ação da enzima aromatase · Inibina também é produzida no ovário inibindo a secreção do FSH · Menopausa · O ovário perde sua função reprodutora, mas não a endócrina, mesmo que em proporções bem inferiores às observadas na menacme · Não havendo mais folículo, haverá diminuição nos níveis de estradiol e inibina e, consequentemente, elevação dos níveis de FSH e LH. · O LH estimulará células do estroma ovariano, mantendo a produção de androstenediona e testosterona, em proporções reduzidas. · Estes hormônios androgênicos ganharão a circulação e serão convertidos a estrona no tecido gorduroso (conversão periférica). Ciclo menstrual · O 1º dia da menstruação é considerado o 1º dia do ciclo. · A duração do ciclo normal varia de 21 a 35 dias (média de 28 dias). · 28 + ou – 7 dias · Polimenorreia e oligomenorreia · O fluxo menstrual dura aproximadamente dois a seis dias · 5 + ou – 2 dias · Hipermenorreia e hipomenorreia · Perda sanguínea de 20 a 60 ml · 40 + ou – 20 ml · Uma xícara de cafezinho · Medir pela quantidade de absorventes · mais de 6 absorventes ou tampões cheios/dia) · Menorragia – aumento do volume · FSH · Eleva-se já no final do ciclo anterior · Responsável pelo crescimento folicular · Atua aumentando o número de receptores de FSH e LH nas células da granulosa e aumenta a síntese de inibina e ativina (ação inibitória e estimulatória seletiva da liberação do próprio FSH). · quanto maior o número de receptores de LH melhor será o funcionamento do corpo lúteo · o folículo que possuir maior concentração de receptores crescerá mais e será o folículo dominante, sintetizando inibina e estradiol em maiores concentrações. · Os demais folículos sofrem atresia e o dominante é conduzido à ovulação. · LH · Na fase folicular as concentrações de LH são baixas e com a elevação do estradiol no meio ciclo há incremento da liberação do hormônio luteotrófico, o responsável direto pela ovulação (pico no meio ciclo). · Inibina B · Estimulado pelo FSH · tem ação seletiva inibindo o FSH, não interferindo na liberação de LH. · secretada principalmente pelas células da granulosa de folículos maduros, mediante o estímulo de FSH. · Ela se eleva durante a fase folicular, diminui antes do pico de LHovulação e se mantém baixa durante a fase lútea · Inibina A · Estimulado pelo LH · é secretada pelas células do corpo lúteo (células granulosas luteinizadas) sob controle de LH. · Aumenta na fase folicular tardia e atinge sua concentração máxima no dia do início do pico do LH. Após leve redução, a concentração de inibina A volta a subir em paralelo com a progesterona e atinge um platô durante o meio da fase lútea. · as células germinativas ficam circundadas por uma camada simples de células da granulosa Fase folicular · Este processo dura cerca de 10 a 14 dias. · A duração do ciclo menstrual é determinada pela variação na duração da fase folicular · O retrocontrole negativo sobre o FSH é liberado ainda na fase lútea do ciclo precedente, com a diminuição da progesterona, do estradiol e da inibina A, observando-se um aumento do FSH nos primeiros dias da fase folicular. · Seu aumento é o sinal para o recrutamento folicular · Aproximadamente 15 ou mais folículos são recrutados a cada ciclo. · Foliculo primordial · oócito, paralisado no estágio diplóteno da prófase I meiótica envolto por uma única camada fusiformes de células da granulosa · A fase inicial do crescimento folicular envolve respostas que não dependem da regulação hormonal (dentro do próprio ovário) · O período de tempo transcorrido entre o estado de um folículo primário até o pré-ovulatório é de 85 dias. · Portanto, o folículo que atinge a ovulação num determinado ciclo foi recrutado três ciclos antes. · Folículo primário · Ocorre a transformação no puberdade · O folículo primordial torna-se um folículo primário com a multiplicação das células da granulosa · Diferenciação das células do estroma em teca interna e teca externa, que independe da estimulação pelas gonadotrofinas. · Folículo pré-antral · A partir do estímulo pelo FSH – recruta 8 – 10 foliculos · As células da granulosa secretam uma camada lipoproteíca, a zona pelúcida · Teoria das duas células e das duas gonadotrofinas · Células da teca possuem apenas receptores para o LH e sob estímulo dele sintetizam androgênios (principalmente androstenediona e testosterona) · Células da granulosa possuem apenas receptores FSH (no estágio final do folículo antral também possuem receptores LH) e sob o estímulo dele convertem os androgênios em estrogênios (estradiol e estrona) pela ação da enzima aromatase · conversão de um microambiente androgênico em estrogênico · depende da sensibilidade crescente do folículo ao FSH (mediada pelo próprio FSH) e pela crescente influência do estrogênio. · Se ocorre produção androgênios em níveis muito elevados, pela limitada capacidade de aromatização dos folículos, o microambiente folicular torna-se muito androgênico e ocorre atresia do folículo · Se não ocorrer estímulo pelo FSH o elemento dominante no líquido foliculares desses folículos será os androgênios que opõe-se à proliferação da granulosa e acarreta degeneração do oócito. · Dominância folicular – seleção do quinto ao sétimo dia do ciclo. · Folículo com maior atividade da enzima aromatase, um maior número de receptores de FSH e por uma expressão de receptores de LH também nas células da granulosa. · O estrogênio exerce influência positiva, de sinergismo, na ação do FSH dentro do folículo selecionado (aumenta a ação local do FSH), porém exerce retrocontrole negativo sobre o FSH removendo o suporte de gonadotrofinas dos outros folículos. · A conversão em umfolículo com microambiente estrogênico seleciona este folículo e o destina a ovular. · O folículo selecionado precisa completar seu desenvolvimento até o estágio pré-ovulatório, mesmo com níveis decrescentes de FSH · Folículo antral (secundário) · A influência sinérgica do estrogênio e do FSH promove um aumento na produção de líquido folicular, que se acumula nos espaços intercelulares da granulosa que, posteriormente, se coalesce e forma uma cavidade líquida, o antro folicular, rico em estrogênios produzidos pelas células da granulosa. · No estágio final do desenvolvimento do folículo antral, o FSH induz o aparecimento de receptores de LH também nas células da granulosa, o que permite que o folículo responda melhor ao pico de LH · Folículo pré-ovulatório · Células da granulosa tornam- -se maiores e as da teca ricamente vascularizadas. · Durante a fase folicular tardia, os níveis de estrogênio aumentam rapidamente, e atingem seu pico cerca de três dias antes da ovulação · A concentração de estradiol deve ser maior do que 200 pg/ml e deve persistir por aproximadamente 50 horas para que ocorra a liberação de LH · O LH promove a luteinixação das células da granulosa no folículo dominante que passa a produzir progesterona podendo ser detectado 12-24 horas antes da ovulação · Tem pico de estrógeno 12 horas depois tem pico de LH e 12 horas depois ovula · A progesterona facilita o feedback positivo do estridiol e também age diretamente contribuindo para a elevação do FSH e LH · O LH estimula as células da teca dos folículos em atresia a produzirem androgênios · Este fato pode estimular a libido da mulher, e aumentar a frequência de relações sexuais no período pré-ovulatório. Fase ovulatória · A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o início da elevação dos níveis de LH e cerca de 10 a 12 horas após seu pico máximo. · Oócito · Quando ocorre a onda de LH acontece a transição da prófase I para a metáfase I e a extrusão do primeiro corpúsculo polar na metáfase II (que se desintegra) · A meiose só se completa após a penetração do espermatozoide e a liberação do segundo corpúsculo polar. · Luteinização · Um pequeno aumento da progesterona ocorre 12 a 24 horas antes da ovulação importância na indução da onda de FSH e LH por aumentar os efeitos do estradiol e por efeitos diretos · Por outro lado, a elevação progressiva na progesterona pode atuar de modo a terminar o pico de LH, pois, sob concentrações mais elevadas, é exercido um efeito de feedback negativo. · Além disso a progesterona aumenta a distensibilidade da parede folicular(a parede torna-se delgada e estirada) · A expulsão do oócito ocorre após a ação de enzimas proteolíticas induzidas pelo LH e FSH e progesterona que digerem o colágeno. · Ovulação · Prostaglandinas E e F e do LH, acontece contração das células musculares da parede folicular · Proteases, as quais ativam a colagenase que irá digerir o colágeno presente na parede do folículo · A rotura folicular se acompanha de eliminação do óvulo e do líquido folicular para a cavidade peritoneal. · Pode haver uma irritação local e, consequentemente, a dor abdominal (dor do meio ou Mittelschmerz) referida por algumas mulheres. Fase lútea · Sua duração é normalmente fixa e é de 14 dias. · O aumento dos níveis de progesterona de forma aguda caracteriza esta fase. · Os níveis máximo ocorrem em torno do oitavo dia após a ovulação, coincidentemente com os maiores níveis estrogênicos e com a maior vascularização do endométrio. · Antes da ruptura do folículo as células da granulosa começam a aumentar de tamanho e assumem um aspecto caracteristicamente vacuolado, associado ao acúmulo de pigmento amarelo, a luteína. · Uma vez liberado o oócito, a estrutura dominante passa a ser chamada de corpo lúteo ou corpo amarelo. · Paralemamente as mudanças estruturais que ocorrem no ovário antes da ovulação observa-se um aumento do fluxo sanguíneo intrafolicular, além de um aumento na permeabilidade capilar. · O aumento na vascularização local favorece o aporte do LDL-colesterol, substrato importante na síntese de progesterona. · Os capilares penetram na granulosa, atingem a cavidade central e, usualmente, preenchem-na com sangue. · Ocasionalmente, o crescimento dos vasos e o sangramento resultarão em um corpo lúteo hemorrágico · O corpo lúteo necessita de um estímulo ininterrupto apoio tônico do LH e um estímulo apropriado de FSH · O estrogênio é necessário para a síntese de receptores de progesterona no endométrio · Uma quantidade inadequada de receptores de progesterona pode levar a uma preparação inadequada do endométrio, e representar, portanto, uma possível causa de abortamento precoce. · Ele não continua profliferando o endométrio devido a progesterona que inibe o receptor de estrogênio · A elevação progressiva na progesterona atua de modo a terminar o pico de LH e no interior do ovário, na supressão de novos crescimentos foliculares. · O pico de LH diminui gradativamente até valores baicos na fase lútea tardia o que leva a luteólise e degeneração do corpo lúteo · Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o funcionamento lúteo até que a esteroidogênese placentária se estabeleça plenamente · A regressão do corpo líuteo leva a uma queda dos níveis circulantes de estradiol, progesterona e inibina A. · O decréscimo da inibina A remove a influência supressora sobre a secreção de FSH pela hipófise e este volta a se elevar alguns dias antes da menstruação.
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