Ciclo Menstrual

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Ciclo menstrual
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Resumo de Taís Prado
Fisiologia menstrual
O que é normal?
Duração: 3 a 8 dias
Perda sanguínea: 30 a 80 ml
Ciclo: 24 a 34 dias 
Irregularidade do ciclo ocorre geralmente: 
Menarca: pode durar até 5 anos
Menopausa: Pode durar de 5 a 7 anos. 
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É sabido que a “Síndrome Pré-Menstrual”, a famosa TPM, ocorra por prováveis 
distúrbios envolvendo neurotransmissores, como a SEROTONINA. Ocorre geralmente 
em ciclos ovulatórios, e não está associada a níveis baixos de estradiol. O tratamento 
consiste em medidas não farmacológica, além de inibidores seletivos da receptação de 
serotonina (ISRS), primeira linha no tratamento. Essa síndrome geralmente tem início 
entre 25 e 35 anos.
Segundo a FIGO, a DURAÇÃO normal de um ciclo é 24 a 38 dias. A DURAÇÃO DO 
FLUXO é de 4 a 8 dias, enquanto a PERDA SANGUÍNEA é de 20 a 60 ml.
COMPARTIMENTOS DO CICLO MENSTRUAL 
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Hipotálamo
Fica na base do cérebro, base do encéfalo, fica acima do quiasma óptico e abaixo do 
3º ventrículo. Produz GnRH, dopamina, TRH, CRH, GHRH, Ocitocina, Vasopressina. 
O GnRH é um décapeptídeo, secretado de forma pulsátil (intermitente), pelo núcleo 
arqueado. A meia vida do GnRH é muito curta, com cerca de 2 a 4 minutos, por isso 
tem que ter essa liberação intermitente. Tem picos, sendo esses, maiores durante a 
noite e menores durante o dia.
Hipófise
Tem-se a ADENO Hipófise (hipófise anterior) e a NEURO Hipófise.
A hipófise está localizada na sela túrcica. 
→ Neuro-hipófise: Irá liberar Ocitocina e ADH (vasopressina)
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Ocitocina; age no endométrio, estimulando a contração da musculatura uterina. 
Age também nos ductos lactíferos mamários, no período da lactação.
ADH (vasopressina): É o hormônio antidiurético e age reabsorvendo a água livre.
→Adeno-hipófise 
Age produzindo: FSH, LH, TSH, ACTH,GH e Prolactina. 
As gonadotrofinas são: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante 
(LH), essas gonadotrofinas são liberadas em resposta à liberação pulsátil do GnRH. 
Os esteroides (estrogênio e progesterona) também vão afetar a liberação de FSH e LH 
ex: uso de ACO. 
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Ovário 
Síntese de hormônios: 
→ Esteroides: androgênio, estrogênio, progeserona
→ Proteicos: Inibina e Ativina
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Os folículos primordiais contêm um oócito que está paralisado na prófase da primeira 
divisão meiótica, diplóteno. Essa fase fica paralisada até que ocorra o processo de 
ovulação.
Estrogênio
O ovário é a principal fonte de estrôgênio da mulher na menacme (idade reprodutiva). 
Há 3 tipos de estrogênio: Estradiol > Estrona > Estriol. Sendo o Estradiol, mais forte, 
sendo encontrado na mulher jovem em idade reprodutiva; 
Estrona é o segundo mais forte e é produzida no processo de aromatização, conversão 
de androstenediona, principalmente em tecido adiposo, sendo encontrada mais em 
idosas.
Estriol, menos forte, produzido na placenta, somente em gestantes.
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Teoria das duas células
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Duas células vão receber estímulos de duas gonadotrofinas
Células da Teca: Sobre estímulo do LH, vão produzir androgênios.
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Existem receptores de LH na membrana da célula Teca. O LH vai se ligar e vai 
estimular a produção dos androgênios, sendo o colesterol o precursor desta produção. 
Os androgênios produzidos são: Androstenediona (mais fraco) e Testoterona (mas 
forte).
Células da granulosa: São estimuladas pelo FSH, com isso vai ocorrer o processo 
de aromatização, que é a conversão de androgênios em estrogênios. A enzima 
aromatase é a responsável pela conversão do androgênio em estrogênio. A 
andostrenediona vira estrona e testosterona vira estradiol.
O FSH vai se ligar a receptores da célula da granulosa e os androgênios que foram 
produzidos na teca, vão entrar nas células da granulosa, com isso vai ocorrer a 
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aromatização, transformando o androgênio em estrogênio.
Inibinas
Também são hormônios ovarianos: Tem-se a Inibina A e a Inibina B, ambas têm a 
função de INIBIR O FSH. A inibina B inibe o FSH na fase folicular e a inibina A na fase 
lútea.
→ A inibina B é produzida na fase folicular pela célula da granulosa (estímulo do FSH).
→ A inibna A aparece na fase lútea, sendo produzida pelo corpo lúteo.
Ciclo Ovariano e Endometrial
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O ciclo ovariano tem duas fases: fase folicular e fase lútea.
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→ Fase folicular: tem início quando há queda do estrogênio e progesterona, 
concomitante a isso, há aumento do FSH que estimula do desenvolvimento dos 
folículos que foram previamente recrutados. Os folículos produzem estrogênio e inibina 
B. No final da fase folicular, apenas um folículo é considerado dominante, pois ele tem 
+ receptores de FSH, alguns autores consideram que esse folículo dominante tbm 
possa ter + aromatase, + estradiol, + receptores de LH na granulosa. Este folículo 
dominante é quem vai ovular.
No início da fase folicular o aumento do estradiol faz feedback negativo sobre as 
gonadotrofinas, ou seja, tá aumentando estradiol, mas FSH e LH, estão diminuindo. 
Quando o estradiol atinge um pico de 200 picogramas/ml, ocorre uma inversão, o 
estradiol faz feedback positivo, o FSH volta a aumentar, mas principalmente há um 
aumento do LH. O LH atinge um pico, que faz com que o oócito complete a 
primeira divisão meiótica, com isso há a liberação do ovócito que estava no 
folículo. Esse ovócito é liberado 36 horas após o pico do LH.
Na parte final da fase folicular há aumento progressivo de estradiol, atingindo seu pico 
cerca de 3 dias antes da ovulação e persistindo aproximadamente 50 horas. Isso 
resulta em um feedback positivo sobre a secreção de LH, ocorrendo seu pico e, cerca 
de 36 horas depois, a ovulação. O pico de estradiol é que determina a liberação de LH.
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O ciclo endometrial tem duas fases: proliferativa e secretora.
Fase proliferativa: O estradiol estimula a proliferação endometrial, vai ter 
mais mitoses e mais glândulas. A fase uterina proliferativa ocorre em decorrência 
do estímulo estrogênico e corresponde à presença de glândulas endometriais 
curtas e pequenas. É concomitante à fase folicular ovariana, que ocorre antes da 
ovulação (14º dia).
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Fase lútea: O corpo lúteo produz, um pouco de estrogênio, MUITA 
PROGESTERONA e inibina A. A duração desta fase é fixa e dura 14 dias, ao 
contrário da fase folicular que pode ter variação da duração. 
Enquanto que a inibina, a progesterona e a relaxina são produzidas pelo corpo lúteo. A 
inibina age inibindo principalmente a secreção de FSH. A progesterona é 
responsável pela transformação do endométrio em secretório para recepção do 
embrião. A relaxina é um agente vasodilatador potente.
Se o oócito não for fecundado, há um colapso do corpo lúteo, com isso haverá 
diminuição do LH, estrogênio, progesterona e inibina A, com isso ocorre o 
aumento do FSH no final do ciclo, para que haja o recomeço do ciclo menstrual. 
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Se o oócito for fecundado, há implantação do embrição, que faz com que haja 
produção de BhCG e com isso o corpo lúteo se mantém, juntamente com a 
progesterona que vai continuar alta.
Fase secretora: A progesterona é responsável por manter o espessamento 
endometrial. A fase uterina secretória ocorre concomitantemente à fase ovarina 
lútea e representa um endométrio com glândulas longas, tortuosas e dilatadas 
por estímulo da progesterona. Geralmente ocorre após o 14º dia, até o momento 
em que a menstruação ocorre.
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Uma forma de provar que a mulher ovulou é fazendo biópsia do endométrio, se ele tiver 
secretor, significa que teve progesterona o estimulando. 
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Fonte: Sanar e Aula da faculdade