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A IRA DE UM ANJO

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A IRA DE UM ANJO - BETH THOMAS
Sinopse
O filme foi baseado na história real de Beth Thomas, uma criança que foi severamente abusada sexualmente e apresentou comportamentos violentos. O vídeo retrata alguns trechos do processo terapêutico real e alguns depoimentos, da criança em duas fases, dos pais e do terapeuta. No filme, a trama aborda um drama familiar, focando na menina (catherine) de 07 anos que foi adotada junto ao irmão (Eric) por uma família bem-sucedida e até então feliz. Problemas começam a aparecer com o estranho comportamento da Catherine, que consegue influenciar maleficamente o irmãozinho, manipular os adultos ao seu redor, mostrando um lado violento e negro de sua personalidade. O casal imagina então que isso se deve ao passado desconhecido dessa criança, antes de desistir da adoção, os pais vão buscar respostas na história de vida da criança. As angústias vividas por esses pais, que se esforçam imensamente para amar a filha, apesar desse comportamento, são retratadas no filme.
Diagnóstico e Sintomas
· CID-10 - F60.2 Transtorno de personalidade antissocial
· DSM – V – 312.81 – F91.1 Transtorno de Conduta
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA:
· Transtorno de Conduta Grave: Os sintomas apresentados por Beth incluem agressão a pessoas e animais, com utilização de armas que causam danos físicos graves, de forma cruel, além de iniciar brigas físicas quando contrariada e quando acometida por excesso de raiva; mente frequentemente para evitar punições. Apresenta emoções pró-sociais limitadas, com ausência de culpa ou remorso após agressões a pessoas e animais, sem preocupar-se com as consequências de seu comportamento agressivo; mostra insensibilidade e falta de empatia
· Tais sintomas podem ser indicados, também, como traços de Transtorno de Personalidade Antissocial. Os sintomas primários são: indiferença pelos sentimentos alheios, desrespeito por normas e regras sociais, incapacidade de manter relacionamentos, descarga de agressão incluindo violência, ausência de sentimento de culpa e propensão a culpabilizar os outros.
· OBS: Este diagnóstico em questão tem como critério base a idade mínima de 18 anos. Caso Beth permanecesse com sintomas descritos acima após completar 18 anos poderia ter como hipótese diagnóstica um transtorno de personalidade, que viria a ser confirmado ou não mediante a avaliação.
Fundamentação Teórica
Influências do Desenvolvimento
Beth foi abusada sexualmente, com um ano de idade, pelo seu pai biológico, tendo suas necessidades básicas negligenciadas: a alimentação, higiene, cuidado e afeto. Ela e seu irmão, John (Eric), foram tirados das mãos de seus pais pelo Conselho tutelar e levados à uma casa de adoção. Quando adotados por seus novos pais, Beth PASSOU a ver a figura masculina como um estímulo aversivo.
· SEGUNDO Caballo, o sentimento que a criança tem por ter sido lesada, ficará para sempre devido ao abuso sexual. Sentimentos de culpa e desamparo são questões que têm relação com a cognição que podem ser registradas e modificadas pela reestruturação cognitiva.
· Pesquisas que utilizam a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) como tratamento, têm proporcionado melhores resultados quando comparada com outras formas de tratamento para crianças e adolescentes com sintomas de ansiedade, depressão e problemas comportamentais decorrentes de violência sexual
· principais técnicas de TCC para o tratamento de abuso sexual infantil: elementos educativos, auto registro, treinamento em habilidades de relaxamento, reestruturação cognitiva, representação de papéis e prática “in vivo” das habilidades aprendidas.
· PARA Barletta, se os sintomas aparecem antes dos 10 anos de idade, é mais provável que continuem até a adolescência e se caracterize no transtorno de conduta ou evolua para um transtorno de personalidade antissocial.
· nos dias atuais não existe um exame padrão para diagnosticar transtorno de conduta. se faz necessário que o clínico colha todos os dados possíveis da criança, dos pais, da escola e comunidade, e que utilize todos os métodos disponíveis como: entrevista, análise funcional das interações coercitivas, medidas de auto – informe, teste de inteligência/ rendimentos e informes da comunidade.
Questões situacionais
A adoção foi uma situação que desencadeou muitos comportamentos antissociais, uma vez que Beth foi maltratada e viveu em condições sub-humanas nos seus primeiros anos de vida e por isso, passa a desconfiar do carinho e cuidado que os novos pais estão lhe dando. As condutas antissociais eram desencadeadas por questões específicas no novo lar. Uma das situações, foi quando o seu pai adotivo lhe deu um beijo de boa noite e ela ficou assustada, ruminando a experiência que tivera com o seu pai biológico.
Fatores Biológicos, Genéticos e Médicos
· Biológicos: Sono perturbado, com muitos pesadelos; masturbação com episódios recorrentes onde faz sangrar a prória genitália e chegando a ser hospitalizada por isso; necessidades básicas não supridas, quando mais nova
· GenéticoS: Não encontrado.
· Médicos: Acompanhamento terapêutico e internação para tratamento intensivo em uma casa especial de tratamento para crianças com transtorno severo de comportamento.
Conceituação Cognitiva
Pontos fortes/Recursos
C) consequência
(ação e emoção)
b) pensamento
O ponto forte utilizado como recurso por Beth foi a família. O fato de os pais adotivos terem permanecido com uma postura acolhedora, dando-lhe carinho, atenção e afeto, mesmo com os comportamentos que ameaçavam a segurança da família, foi de extrema importância para o tratamento da garota.
Foi através de tais cuidados que Beth encontrou recursos internos para lidar com os traumas que lhe acometiam desde a primeira infância, sendo capaz, ao longo do tratamento, de receber o carinho que os pais lhe davam e retribuí-lo, separando a imagem negativa internalizada do pai negligente dos atuais pais – que demonstraram significativa estrutura para lidar com os comportamentos antissociais da filha adotiva, sendo sensíveis o suficiente para compreender que seus comportamentos eram provenientes de uma infância de maltrato, permanecendo com a guarda com irmãos mesmo mediante a proposta de devolvê-los ao abrigo.
Emoção: Raiva e medo.
Ação: Vai até o quarto dos pais adotivos e tenta matar o pai.
A) evento
“Vou matar meus pais”
1) Tem pesadelos com seu pai biológico
Planos de Tratamento
Emoção: Prazer e alívio da raiva.
Ação: Dar agulhadas no cachorro.
“Vou descontar em alguma coisa”
2) Brigar com a mãe
Emoção: Raiva e angústia
Ação: Se debater, jogar coisas no chão e agredir os outros ao redor.
“Não quero lembrar disso” “Não quero sofrer”
“Já fui muito mal tratada”
3) Ao ser instigada a lembrar de coisas do passado na terapia
Diante de tais comportamentos, utiliza-se como técnica básica, a tríplice behaviorista S:R-C para a analise funcional, a fim de entender os comportamentos apresentados. Com tal técnica, será possível identificar o que aconteceu antes e depois da situação, com o objetivo de visualizar os reforços (sejam positivos ou negativos) instalados na situação para que tal comportamento se mantenha. Por exemplo: Beth tenta matar seu pai adotivo, deve-se analisar o que aconteceu antes desse comportamento (o sonho que desencadeou medo) e depois da tentativa, um suposto alívio, pois aparentemente está conseguindo se defender de um possível ataque, como de fato aconteceu antigamente.
Após a analise funcional, é possível identificar os seus pensamentos e as crenças disfuncionais utilizando as técnicas da TCC, como a conceitualização cognitiva e a identificação dos erros cognitivos, com a finalidade de fazer com que a paciente perceba e tente mudar sua visão com relação aos pensamentos e comportamentos apresentados no ato da situação aversiva.
Uma técnica muito eficaz da abordagem cognitivo-comportamental, é o Treino de Habilidade Social (THS), que ajudará Beth a interagir e a se socializar não somente com a nova família e o irmão, mas no contexto social. Essa técnica ajudará na inserção de habilidades sociais, tais como: tolerar frustrações,se relacionar com as pessoas, persistir diante de dificuldades, solucionar conflitos, manter a autoestima e nas relações interpessoais. Diante de adversidades, os déficits em H.S., prejudicam a qualidade de vida do indivíduo e de quem com eles convivem, tais déficits, diminuem as chances de sucesso, Influenciando na autopercepção e no autoconceito de si.
Com o T.H.S., será possível ajudar a paciente no que diz respeito à empatia, auto-monitoria e civilidade. Inclusive, pode ser uma técnica educativa a ser utilizada pelos pais da paciente.
Objetivos do Tratamento
Hipóteses de Trabalho
· O primeiro objetivo consiste em diminuir ou zerar por completo a probabilidade que a paciente cause danos a si ou outros. A forma de alcançá-lo seria propondo formas alternativas de expressar-se ao ficar com raiva, procurando formas alternativas reagir, ao invés de simplesmente responder à fúria violentando o seu irmão ou pegando a faca para atacar o pai.
· O segundo objetivo envolve fazer com que a paciente tenha empatia, sentimento no qual faz a pessoa se colocar no lugar do outro; entender que a sua agressão pode machucar o outro e que essa tal ciência impeça Beth de ter comportamentos que põe em risco a integridade do outro.
· O terceiro objetivo será fazer com que Beth tenha uma conduta sexualmente saudável, deixando de se masturbar até sangrar. Tal objetivo tem como proposta, desenvolver amor próprio e evitar qualquer comportamento (sexual ou não) de automutilação.
· O quarto objetivo se estrutura através da aceitação da autoridade dos pais, sem querer vingar-se ou causar-lhes danos.
· No quinto objetivo, fazer com que ela não generalize a figura masculina como um estímulo aversivo que lhe machucará ou fará algum mal.
· Neste penúltimo objetivo, envolve torná-la o mais sociável possível, desenvolvendo habilidades sociais para que ela possa ter círculos de amigos, assim como qualquer criança normal, a fim de ter reforço positivo de acordo com o aumento da frequência de comportamentos adaptativos.
· E por fim, uma dimensão indispensável para ter comportamentos adaptativos, consiste na sensibilidade afetiva ao que sente e ao que se percebe do outro, pois serão através dessa dimensão afetiva que a pessoa vai significar as suas novas experiências como eventos positivos da vida.
Como técnicas específicas, pode utilizar a técnica de resolução de problemas, onde envolverá os aspectos comportamentais, cognitivos e afetivos da paciente. No caso de Beth, conseguirá explicitar seus próprios direitos e desejos de forma assertiva sem ferir os outros ao seu redor.
Para um resultado eficaz, seria utilizado também o questionamento socrático, a fim de explorar os pensamentos automáticos. Outra técnica específica que deve ser utilizada, é o Role-play, que fará a paciente vivenciar a situação no outro lado, no qual a mesma não está acostumada. Por exemplo: o fato de Beth ferir os animais e o seu irmão. Ela não se importa com a dor sentida por eles, nem mesmo com o que poderá acontecer após essa situação. O Role-play fará com que perceba o dano que está cometendo e isso a ajudará no que diz respeito à ausência de culpa e a importância de perceber os sentimentos e os desejos dos outros. As técnicas de relaxamento para controlar a ansiedade e os medos que possivelmente aparecem, são muito benéficas para a manutenção de um estado comportamental mais calmo diante de situações que lhe são aversivas.
Nas hipóteses de trabalho, podemos citar alguns comportamentos que são parecidos nos dois possíveis diagnósticos – transtorno de personalidade antissocial e transtorno de conduta – não deixando de falar que tais comportamentos foram desencadeados após o abuso sexual em sua infância, causado pelo seu pai biológico. Foram utilizadas técnicas de tratamentos na tentativa de amenizar ou até mesmo extinguir tais comportamentos a fim de trazer uma melhor qualidade de vida e auxiliar na inclusão de comportamentos pró-sociais.
Os principais sintomas são: Dificuldade de se relacionar com as pessoas, agressividade, falta de empatia, desrespeito às normas e regras sociais e ausência de sentimento de culpa.

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