Buscar

Prova Analise Funcional GABARITO AFC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

GABARITO SUB AFC 
LETICIA RAVAGNANI 
 
 
 
(2,0)Uma mãe procurou atendimento para seu filho em uma clínica-escola de psicologia 
e foi encaminhada para o estágio de Psicologia Clínica na abordagem da Análise do 
Comportamento. Com o intuito de propiciar contingências de aprendizagem, a 
supervisora do estágio levou o caso dessa família para ser discutido na supervisão, que 
era realizada em grupo, com os alunos do nono semestre de psicologia. Descrição do 
cliente: A., sexo masculino, 10 anos, estudante do 4º ano do ensino fundamental, com 
histórico de repetência escolar. Morava em casa própria com os pais e com uma irmã 
mais nova (quatro anos). A família do cliente professava a religião católica. A criança não 
frequentava a igreja com regularidade em função de suas queixas. O cliente participava, 
havia três anos, de atividades no “Clube dos Lobinhos” (clube de escoteiros mirins). A 
mãe relatou que o cliente tinha inabilidades para resolver problemas com seus colegas 
de escola e que ele se esquivava de interagir com meninos de sua idade. Segundo a mãe, 
o cliente não tinha padrão de agressividade em suas relações familiares ou sociais. A 
seguir estão os principais relatos fornecidos pela mãe durante estas sessões: “Eu acho 
que ele tem medo de sair de casa e se divertir como criança”; “Ele fica nervoso e chora 
muito quando convido ele para sair comigo”; “Ele suou frio e teve tremores em uma 
festa de aniversário da família”; “Ele teve uma crise de choro e vomitou em um dos 
passeios dos Lobinhos”; “Ele é muito tímido com gente desconhecida” (com quem ele 
conhece interage adequadamente); “Ele evita sair comigo, e reluta muito pra aceitar os 
meus convites”; “Ele disse que tá com vontade de sair dos Lobinhos, pois ele disse que 
é chato ficar lá”; “Ele não consegue resolver os problemas com seus colegas”; “Ele foge 
de interagir com os meninos da idade dele”. Os pais não insistem para que a criança 
interaja com os amigos, se ele não quer, eles respeitam e o estimulam a brincar com sua 
irmã mais nova ou eles próprios brincam com A. Se ele não quer fazer as tarefas 
escolares, a mãe o ajuda ou faz as tarefas para ele; se ele não quer sair de casa e os pais 
insistem, ele diz que está com dor de cabaça e às vezes vomita e os pais acabam cedendo 
e ficam em casa com receio de ele piorar. O pai se declarou muito exigente e disse na 
frente do filho que está decepcionado com A. por ele já ter repetido o ano e ir mal na 
escola. Com base na teoria da Análise do Comportamento, esta criança está 
apresentando um problema de comportamento, sendo você o psicólogo responsável 
por atender este caso, elabore uma avaliação funcional para o caso (identifique os 
estímulos antecedentes, as respostas e as consequências. 
 
ANTECEDENTES: histórico de repetência escolar, clube de escoteiros mirins 
COMPORTAMENTOS: inabilidades para resolver problemas com seus colegas, 
agressividade em suas relações familiares ou sociais, foge de interagir com os meninos 
da idade dele, passa mal em passeios, diz que está com dor de cabeça e às vezes vomita 
CONSEQUENCIAS: Os pais não insistem para que a criança interaja com os amigos e 
assim acabam mantendo a dificuldade social do filho, mãe o ajuda ou faz as tarefas, pais 
acabam cedendo e ficam em casa com receio de ele piorar 
 
 
 Em qual contexto os comportamentos apresentados abaixo são CRB 1 e qual 
contexto são CRB 2? 
Ilustre cada possibilidade com situações hipotéticas e utilize a terminologia técnica 
adequada. 
 
a) Cliente: Desculpe pelo atraso, estava em casa vendo Tv e esqueci da hora. 
CRB1: CLIENTE QUE TEM DIFICULDADE EM CUMPRIR HORÁRIOS E ORGANZAR A SUA 
AGENDA DE COMPROMISSOES 
CRB2: CLIENTE ANSIOSO, MUITO PREOCUOADO EM FAZER TUDO CERTINHO, ESTE 
COMPORTAMENTO PODE INDICAR QUE ELE ESTÁ MAIS RELAXADO 
 
b) Cliente: Preciso te contar uma coisa super importante que aconteceu quando eu 
estava vindo pra cá 
 
Terapeuta: Imagino que deve ser mesmo importante, podemos começar com este 
assunto na próxima sessão pois o nosso tempo hoje acabou. 
Cliente: Você é realmente muito frio, não se preocupa comigo, Fiquei magoado. 
 
CRB1: CLIENTE QUE TEM DIFICULDADE EM RESPEITAR O LIMITE DOS OUTROS 
CRB2: CLIENTE QUE TEM DIFICULDADE DE FALAR SOBRE COMO SE SENTE 
 
C., sexo feminino, 12 anos, aluna do sétimo ano do ensino fundamental de uma escola 
particular, mora com seus pais e um irmão de sete anos. Ela foi encaminhada para o 
psicólogo pelo neuropediatra em função de “sinais importantes de depressão”. Na 
entrevista inicial, os pais de C. relataram: “C. só chora, não consegue dormir e anda com 
muito medo... Ela não tem muitos amigos; nunca interagiu muito com os outros; nunca 
teve iniciativa, só quando a chamam. Está sempre isolada e triste... Nada está bom para 
ela. Quando chora, fala que é feia. Nenhuma roupa fica bem. Diz que quer morrer, pois 
não nos deixa dormir e com isso está atrapalhando a nossa vida”. Após algumas sessões 
com os pais e com a menina, o psicólogo procurou sistematizar os comportamentos 
mais importantes de C., do pai e da mãe para realizar a avaliação funcional do caso. Os 
problemas de comportamento de C. aumentavam de frequência à noite, após toda a 
família ir dormir. 
 
Em relação a este esboço de avaliação funcional elaborado pelo psicólogo, analise as 
afirmativas: 
I. Os comportamentos de C. são aversivos para o pai e este emite comportamentos de 
fuga, pois saí do quarto e a deixa sozinha. 
II. Os comportamentos de C. são aversivos para seu pai e este como tentativa de eliminá-
los, pune os comportamentos da filha gritando, dando bronca e a deixando sozinha no 
quarto. Essas consequências parecem ter função punitiva para C., pois há uma menor 
probabilidade de a menina repetir os mesmos comportamentos nas noites posteriores. 
III. As consequências apresentadas pelos pais de C., a saber, pai vai dormir com o filho e 
mãe leva C. para dormir com ela, parecem manter todo o encadeamento 
comportamental de C. Os comportamentos indesejados de C. se fortaleceram e, com 
isso, há uma maior probabilidade de eles serem emitidos novamente em situações 
semelhantes. 
IV. Provavelmente, a função dos problemas de comportamento de C. é fugir ou se 
esquivar do medo de dormir e ficar sozinha em seu quarto e seus pais têm seus 
comportamentos reforçados positivamente ao permitirem que ela durma no quarto 
com a mãe. 
Estão CORRETAS as afirmativas: 
I e III 
 
 
“Existem fenômenos que ocorrem sob a pele do organismo, não como causa do 
comportamento, mas como parte das relações funcionais em si. Uma ciência do 
comportamento deve lidar com esses eventos sem presumir que tenham uma natureza 
especial” (BRITTO, Ilma A. Goulart de Souza; ELIAS, Paula Virgínia Oliveira. Análise 
comportamental das emoções. Psicol. Am. Lat., México, n. 16, jun. 2009). Neste sentido, 
com base na compreensão da Análise do comportamento acerca dos episódios 
emocionais, analise as afirmativas a seguir: 
I. As emoções são predisposições para classificar o comportamento em relação às várias 
contingências que o afetam. 
II. Condições corporais fisiologicamente iguais estão presentes em emoções diferentes, 
sendo assim, não se pode analisar os episódios emocionais apenas com base nas 
alterações corporais. 
III. Um episódio emocional altera o desempenho de uma pessoa em relação ao 
comportamento respondente, mas não afeta comportamentos operantes. 
IV. Quando uma pessoa experimenta estados fisiológicos ela sente, isto é, o sentir 
adquire funções estimuladoras. Portanto, sentir pode adquirir função estimuladora 
mediante o qual as emoções podem influenciar o comportamento. 
São verdadeiras: 
I, II, IV. 
 
 
Os procedimentos de Treinamento de Habilidades Comportamentais (THC) são 
normalmente utilizados para ensinar habilidades que podem ser simuladas em uma 
dramatização. Em relação aos componentes de THC, analise as afirmativas seguintes: 
I. O treino é parte importante do THC, porque o psicólogo não pode ter certeza de que 
o aluno aprendeu o comportamentoaté vê-lo se envolver no comportamento 
apropriado. 
II. A modelação envolve instruções adicionais sobre como melhorar o desempenho do 
aluno se houver erros no ensaio. 
III. Na modelação, o psicólogo demonstra o comportamento correto na situação 
adequada. 
IV. O feedback deve ressaltar apenas o sucesso do aluno durante o treino, apresentar 
feedback corretivo pode desmotivar o aluno. 
São verdadeiras: I, III 
 
 
A Terapia Analítica Funcional (FAP) tem como proposta a formulação de caso em termos 
de comportamentos problema e classes de respostas concorrentes, dentro e fora da 
sessão. Essa conceituação é essencial para o trabalho clínico, uma vez que, devido a 
singularidade dos problemas apresentados pelos clientes, o estabelecimento de metas 
terapêuticas depende do entendimento de quais respostas são alvo da intervenção, 
tanto visando à sua redução, quanto à modelagem de respostas concorrentes. Os CRBs 
são o foco do trabalho clínico e dividem-se em três classes distintas, os CRB1, CRB2 e 
CRB3 (POPOVITZ; SILVEIRA, 20142). Sendo assim, leia o recorte a seguir de uma sessão 
de atendimento psicológico e identifique quais foram os tipos de CRB emitidos pela 
cliente: 
Durante toda a sessão, a terapeuta tenta mudar o foco para as metas terapêuticas, 
porém a cliente mantém-se em relatos sobre outros assuntos, se esquivando de discutir 
as mudanças que quer implementar em sua vida. Na conceituação de caso da cliente 
Margarete, levantou-se como CRB1 falar sobre assuntos secundários ao processo 
terapêutico e se esquivar das falas da terapeuta sobre mudar e tomar atitudes. 
Psicóloga: Você tentou fazer aquelas tarefas que combinamos na semana passada? Você 
falou com a sua mãe? 
Cliente: deixa eu te contar, aprendi uma receita de panquecas nova, uma delícia e super 
saudável! [cliente passa a contar sobre a receita.] = CRB _____ 
Psicóloga: [interrompe a cliente, falando junto desta] Margarete, eu sei que você está 
bem preocupada com a sua saúde e que essa receita vai te ajudar a manter uma dieta 
gostosa e saudável, mas eu acho que estamos fugindo um pouco do nosso foco. Lembra 
o que conversamos semana passada, sobre como é importante para você conseguir 
organizar sua rotina, conversar com a sua mãe, conseguir uma promoção no seu 
trabalho? 
Cliente: Sim, você tem razão. Tem um monte de coisas acontecendo na minha vida e eu 
fico fugindo delas, tentando ser agradável para todo mundo. Eu fico me enganando... = 
CRB ____ 
A sequência correta da identificação dos tipos de CRBs emitidos pela cliente é: 
CRB1 e CRB3 
 
Segundo Lucena-Santos, Pinto-Gouveia e Oliveira (2015, p. 51): “De forma geral, as 
terapias de terceira geração [...] focam em cultivar uma atitude de aceitação sem 
julgamentos em relação a todas as experiências humanas, a fim de aumentar o bem-
estar psicológico”. Neste sentido, escolha a alternativa que contenha uma característica 
da Terceira onda de Terapias Comportamentais: 
Foi marcada pelo surgimento de novas propostas de intervenção 
 
“A Análise do Comportamento, como prática que se fundamenta em uma filosofia 
behaviorista, não aceita que as chamados transtornos psiquiátricos sejam tomados 
como causas do comportamento dito patológico, porque esse tipo de “explicação” 
é circular. Circular porque explicar um comportamento por agentes interiores ao 
organismo que se comporta, não esclarece porque a pessoa se comporta da maneira 
como o faz” (ALDINUCCI, B.A.S. A Psicopatologia sob a ótica da Análise do 
Comportamento: aspectos teóricos e clínicos (IV Congresso de psicologia da UNIFIL), v. 
13, n. 04, p. 2014, 2011). A análise do comportamento se posiciona como uma 
abordagem da psicologia que não vê os comportamentos humanos problemáticos como 
“doenças” ou “psicopatologias”, dentro desta perspectiva, escolha a alternativa correta: 
A descrição topográfica fornecida pelos manuais diagnósticos de transtornos 
psiquiátricos resume uma série de comportamentos prováveis de ocorrer. No entanto, 
esses conceitos não fornecem nenhum dado específico sobre uma pessoa, não explicam 
como os problemas de comportamento foram construídos e se mantém. 
 
Com base na perspectiva teórica da Análise do Comportamento, Del Prette e Meyer 
(2012) destacam quatro procedimentos de intervenção: modelação, esvanecimento 
(fading), modelagem e bloqueio de esquiva; sendo que a combinação deles se constitui 
em uma das principais bases de intervenção na psicoterapia com crianças. Sendo assim, 
escolha a alternativa correta: 
O princípio do esvanecimento é o acréscimo e/ou a retirada gradual de estímulos 
antecedentes em uma contingência, com vistas a transferir o controle de uma resposta 
de um estímulo para outro. 
 
Quanto ao conceito de operações motivadoras, analise as afirmativas seguintes e as 
classifique em verdadeiras (V) ou falsas (F): 
( ) Uma operação motivadora tem dois efeitos sobre um operante: pode alterar a 
efetividade dos estímulos consequentes e modificar a frequência da classe de respostas 
que produzem essas consequências. 
( ) Uma operação motivadora se subdivide em operações estabelecedoras (OEs) e 
operações abolidoras (OAs): a OE aumenta a frequência da classe operante relacionada 
a esses estímulos e a OA diminui a frequência da classe operante relacionada a esses 
estímulos. 
( ) Um exemplo de OE é ter comido dois pratos de feijoada no almoço em um sábado 
e recusar um convite para participar de um almoço no domingo, cujo prato principal é 
feijoada. 
( ) Um exemplo de OA é estar em um dia de verão em uma praia e tomar banho de 
mar várias vezes e consumir vários sorvetes para se refrescar. 
Escolha a alternativa correta: V, V, F, F 
 
 
(0,60) Segundo Skinner, emoções e pensamentos são comportamentos encobertos, que 
ocorrem dentro da pele. Nesse contexto podemos afirmar que é correto dizer que: 
 
I) A emoção deve ser analisada em termos de relações entre organismo e ambiente e 
não se restringir às condições corporais momentâneas. 
 
II) Em um episódio emocional (como a ansiedade, a raiva etc, por exemplo) não existe a 
interação entre comportamento operante e respondente. 
 
III) A emoção não é negligenciada pela análise do comportamento, ao contrário, ela é 
compreendida enquanto um fenômeno complexo. 
 
IV) O analista do comportamento ignora e não analisa pensamentos e sentimentos 
 
 (0,60) Segundo Vilas Boas, Banaco e Borges (2012), os “transtornos 
psiquiátricos”, assim como qualquer outro comportamento, são comportamentos 
multideterminados em suas origens e em sua manutenção. 
 
A partir disso, analise o caso abaixo e assinale a alternativa correta. 
 
J., 5 anos, sexo feminino, apresenta desenvolvimento atípico (autismo). Seus pais 
procuraram o clínico analítico-comportamental para que o mesmo explicasse “as 
causas” do transtorno da menina. Nas sessões de avaliação inicial, a partir das 
informações coletadas, o clínico levantou as seguintes hipóteses: 
 
I. Verificou uma determinação no nível filogenético. 
II. Encontrou influência no nível ontogenético, pois os pais superprotegiam a 
menina, dificultando o desenvolvimento (aprendizagem) da criança. 
III. Atribuiu apenas causas orgânicas para o desenvolvimento atípico de J. 
IV. Encontrou influência no nível cultural, pois, na escola, as práticas de exclusão 
que levam à maior diferenciação entre J. e as demais crianças eram frequentes. 
Estão corretas: I, II, IV

Outros materiais