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Aula 9 - Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

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Prática V – 17/04/2020 – Aula 9 
TEMA: Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
(ADI por OMISSÃO ou ADO) - Direito Constitucional 
 
ROTEIRO 
1. Endereçamento 
a. STF 
2. Qualif. legitimado ATIVO 
a. Partido Progressista 
i. Exemplo: 
1. PARTIDO PROGRESSISTA, CNPJ..., ENDEREÇO ELETRÔNICO..., 
ENDEREÇO COMPLETO... (com representação regular no 
Congresso Nacional) por seu PRESIDENTE (qualificação com 
endereços)... . 
3. Advogado 
a. 77, V, CPC 
4. Fundamentação 
a. 12-A da lei 9868/99 
b. 102 , I, “a” da CF 
5. Verbo 
a. PROPOR (ver art. 12-A 9868/99) 
6. Nome da peça 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
 
7. Qualificação do Legitimado passivo 
a. Governador Estado de Santa Catarina 
b. Exemplo: 
i. “por omissão do Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina” 
Ou “por omissão legislativa de responsabilidade do Exmo. Sr. 
Governador do Estado de Santa Catarina...(nome completo)..., 
nacionalidade..., estado cilvil... profissão... RG... CPF... end. Eletrônico... 
end. Completo... 
8. Da representação no Congresso Nacional* 
a. Exemplo: 
i. Por oportuno, esclarece que o Partido Progressista, legitimado NEUTRO 
OU UNIVERSAL, tem regular representação no Congresso Nacional, o que 
informa em atenção ao que preceitua o art. 2º, inciso VIII da lei 9868/99 
e art. 103, inciso VIII da CF. 
9. Medida cautelar 
a. deve ser formulado pedido de concessão da medida cautelar inaudita altera pars 
(com fulcro na Lei Federal nº 9.868/99), para que seja concedido a fixação de 
prazo para a edição da Lei Complementar, considerando os requisitos 
ensejadores para o deferimento da medida. 
b. Perdas salariais relevantes 
c. Prejuízos acumulados e experimentados pelos servidores 
d. Excepcional RELEVÂNCIA E URGÊNCIA 
e. Fundamentação Art. 12-F da lei 9868/99 
10. Fatos 
a. Breve síntese do caso 
i. Atenção na menção aos prejuízos experimentados pelos servidores não 
contemplados nas leis em vigor... 
b. Ver grifos 
i. OBS: eventual “desídia” 
 
11. Fundamentos jurídicos 
a. Omissão legislativa por parte do Chefe do Executivo Estadual do dever de 
encaminhar ao Poder Legislativo Estadual projeto de lei que regulamente a 
revisão geral anual 
i. RELEVÂNCIA e URGÊNCIA 
b. Inobservância à obrigatoriedade estabelecida no art. 37, X da CF + 9868/99 art. 
12-A 
12. Pedidos 
a. Confirmação de cautelar 
b. Notificação do Governador para INFORMAÇÕES 
c. Notificação (intimação) do AGU (art. 12-E, §2º da 9868/99) 
d. Intimação do PGR (art. 12-E §3º da 9868/99) “necessário parecer” 
e. Procedência 
i. Declarada a omissão (art 12-H caput 9868/99) 
ii. Prazo de 30 dias (art. 12-H, §1º da 9868/99) 
 
13. Provas 
a. 369 CPC 
b. Devidamente instruída conforme 12-B, parágrafo único da 9868/99 
i. Exemplo: 
1. “Por oportuno, informa que a presente segue regularmente 
instruída em atenção ao que dispõe o artigo 12-B, parágrafo 
único da lei 9868/99”. 
 
14. Valor da causa 
a. Estimativo  291 CPC 
i. Exemplo: 
1. R$ ...,... 
15. Fechamento 
a. Deferimento 
b. Local/data 
c. Advogado/OAB.UF 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 
 
O Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, por seu Presidente, 
procura você advogado do partido na intenção de que seja promovida a competente 
ação em face do descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do 
disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos 
servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos 
servidores públicos do Estado de Santa Catarina. 
Alega o Partido a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de 
encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, 
na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores públicos 
daquela unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição 
Federal. 
A agremiação política afirma que a última revisão remuneratória ocorrida naquele 
Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003. Sustenta que os 
servidores acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação. 
Assevera que, mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o 
Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o 
comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto 
pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela 
ausência, nas leis orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as 
perdas salariais dos servidores, pretende propor ação para ver declarada a omissão, 
tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art. 37, X, da Carta 
Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. 
Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei 
específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para 
reajuste dos vencimentos. 
Na qualidade de advogado, redija a peça cabível atentando, necessariamente, para os 
seguintes aspectos: 
a) competência do órgão julgador; 
b) legitimidade; 
c) argumentos jurídicos pertinentes; 
d) tutela de urgência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
PARTIDO PROGRESSISTA, com representação no Congresso Nacional, 
representado por seu Presidente...,CNPJ nº..., com sede na..., bairro..., cidade ..., por 
seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., 
endereço que indica para fins do artigo 106, do CPC/2015, devidamente constituído, 
conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9868/99), vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 103, §2º, da 
CRFB/88, sendo também disciplinada nos artigos 12-A a 12-H da Lei nº9868/99, 
alterada pela Lei nº12.063/2009 que acrescentou à lei nº9.868, de 10 de novembro de 
1999, o Capítulo II-A , propor: 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
 
Com base no artigo 103, §2º, da CRFB/88 e na Lei nº 9868/99, por omissão do 
EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA em face do 
descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no 
artigo 37, X, , da Constituição Federal, esperando que seja recebida e seguindo as 
formalidades de estilo, seja distribuída e ao final declarada a mora do Poder 
competente, que inviabiliza a aplicação da norma constitucional, conforme será de 
mostrando ao longo da presente petição, nos termos e motivos que passa a expor. 
 
 
DA LEGITIMIDADE 
 
A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente encontra 
assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta corte, 
segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática “...os partidos 
políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, 
independentemente da matéria versada na norma atacada” “O reconhecimento da 
legitimidade ativa das agremiações partidárias para a instauração de controle 
normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vinculo de pertinência, constitui 
natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais, que justificam a 
existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos.” (STF – ADI 1396). 
Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal encontra-se 
dispensado de demonstrar Pertinência Temática. 
 
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é de competência originária do STF o 
processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. É 
certo que frente a omissão legislativa federal que se discute no caso em questão, a 
competência originária do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada. 
 
DO CABIMENTO 
 
A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever, porquantoo 
princípio fundamental do Estado de Direito Republica no exige que o poder político 
deve ser exercido para a realização não de interesses particulares, mas do bem com 
um do povo (res publica). Segue-se daí que toda competência dos órgãos públicos, 
em lugar de simples faculdade ou direito subjetivo, representa incontestavelmente um 
poder-dever. 
Assim, ao dispor a Constituição da República que o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário são “Poderes da União, independentes e harmônicos entre si” (artigo 2°), 
reforça o princípio que se acaba de lembrar, pois quando os órgãos estatais 
constitucionalmente dotados de competência exclusiva deixam de exercer seus 
poderes-deveres, o Estado de Direito desaparece. Sabe-se ser imprescindível, para o 
cabimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão a existência de um 
direito previsto na Constituição Federal que não possa ser exercido por ausência de lei 
especifica e, no caso em tela, tal direito, pode ser encontrado no artigo 37, X da 
CRFB/1988. 
 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
Trata-se de ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão, proposta 
pelo Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, considerando o 
descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no 
artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores 
públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores 
públicos do Estado de Santa Catarina. É nítida a omissão do Governador do Estado 
de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que 
regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da 
remuneração dos servidores públicos dessa unidade da Federação, conforme o 
disposto no art. 37, X, da Constituição Federal. 
 
Cabe salientar que a última revisão remuneratória ocorrida nesse Estado-
membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003, assim os servidores 
acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação, e mesmo 
após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual 
pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o comportamento 
omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes 
pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis 
orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos 
servidores, pretende a presente ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a 
inexistência de norma regulamentadora do art.37, X, da Carta Magna, pretendendo-se 
também o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. Governador 
do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico, 
destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos 
vencimentos. Considerando os fatos acima expedidos, é nítido o direito que ora se 
pleiteia, dado o caráter obrigatório da revisão geral anual prevista no inc. X, do artigo 
37, da CF/88, sendo certo que deve ser fixado um prazo razoável para que o 
Governador proponha a lei reclamada, prazo este de acordo com art. 103, §2º, da Lei 
Maior, ou ao menos qualquer outro prazo razoável que faça respeitar as garantias 
constitucionais dos servidores públicos catarinenses. 
 Não restam dúvidas o direito a revisão geral anual dos índices de remuneração e 
subsídios dos servidores públicos estaduais, sendo esse direito um fortalecer da 
Garantia de irredutibilidade, sendo certo que a mora do Poder Executivo em propor a 
lei revisora para cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e 
autárquica, vem gerando sérios prejuízos aos servidores, violando de forma clara a 
garantia de irredutibilidade, pois o texto Constitucional assegura a anualidade e a 
igualdade de condições de todos os servidores, sem distinção, devendo ocorrer por 
intermédio de lei específica, sob pena de violar o princípio constitucional da igualdade 
(artigo 5º da CRFB/88) Ademais, a omissão perpetrada pelo Excelentíssimo Sr. 
Governador afronta também, ainda que indiretamente, os preceitos constitucionais 
estribados no artigo 6º, caput, da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação, 
saúde, lazer etc, não apenas para per si, mas também para sua família, pois a 
ausência de reajuste priva diretamente o servidor do exercício de tais direitos, 
considerando abaixa do poder aquisitivo. 
Por fim, e não menos importante, cabe ressaltar que se esta a incorrer em 
crime de responsabilidade, posto que tal omissão atenta contra o cumprimento da 
Constituição Federal, situação que se enquadra no artigo 85, inciso, VII, da CRFB/88, 
pelo que deve ser reconhecida e declarada a inconstitucionalidade por omissão DA 
CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR 
 Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar inaudita 
altera pars (com fulcro na Lei Federal nº 9868/99), para que seja concedido a fixação 
de prazo para a edição da Lei Complementar, considerando os requisitos ensejadores 
para o deferimento da medida, já que o fumus boni iuris reside na omissão legislativa 
de norma garantidora do direito revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma 
data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de 
Santa Catarina, e o periculum in mora no fato de que os servidores encontram-se 
desemparados em sua regulamentação, restando impedidos de exercer direito 
constitucional. 
 
DO PEDIDO 
 
Pelo exposto, requer a V.Exª.: 
1. Com fulcro no artigo 12-F da Lei nº 9868/99, o deferimento de medida cautelar 
para, fixar prazo na forma do artigo 103, § 2º, da CRFB/88 ou qualquer outro prazo 
entendido por razoável para que o Chefe do Poder Executivo providencie a lei 
Complementar de forma a atender o artigo 37, X , da CRFB/88; 
2. A notificação do Exmo. Sr. Governador do Estado..., para que como 
órgão/autoridade responsável pela elaboração da Lei, manifeste-se, querendo, no 
prazo legal; 
3. A notificação, caso Vossa Excelência entenda pertinente, do Exmo. Sr. Advogado-
Geral da União para se manifestar sobre o mérito da presente ação, no prazo de 15 
(quinze) dias, nos termos do artigo 12-E, §2º, da Lei nº 9868/99; 
4. A oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República para que emita o seu parecer, 
nos termos do artigo 12-E, §3º, da Lei nº 9868/99; 
5. A procedência do pedido para que seja declarada a mora legislativa do Exmo. Sr. 
Governador do Estado na elaboração da Lei específicado artigo 37, X, da CRFB/88 
 
DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 
14, parágrafo único, da Lei 9868/99, em especial documental (em anexo cópia das 
decisões judiciais). 
 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 Atribui a causa o valor de R$ xxxxxxxx 
 
 
Pede deferimento, 
Local, data 
 
Advogado/OAB

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