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____________________________________________________________________________ 
 
YS ADVOCACIA & ASSESSORIA JURÍDICA 
email: ysadvocacia@gmail.com 
AO DOUTO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE XXXXXX. 
XXXXXXXXXXXX, brasileira, convivente, assistente 
administrativa, portadora da cédula de RG nº XXXXX e inscrita 
no CPF sob nº XXXXXXX, residente e domiciliado na Rua da 
XXXXX, XXX, XXXX, CEP: XXXXX. 
P.I,S.R, brasileiro, menor, portador da cédula de RG: 
xxxxxx e inscrito no CPF sob o nº xxxxx, com endereço no 
mesmo acima informado, representado por sua genitora 
acima qualificada vem respeitosamente, por meio dos seus 
Advogados, infra assinado, os bels WAGNER SOUZA 
SANTOS, brasileiro, convivente, advogado, inscrito na OAB-
BA sob nº 56.457 e YAN SANTOS DE JESUS 
NASCIMENTO, brasileiro, convivente, advogado, inscrito na 
OAB/BA: 54175, com endereço profissional na Avenida 
Landulfo Alves, 164A, Centro, Sala 02, Ubatã-Bahia, CEP: 
45550-000;ajuizar 
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C 
ALIMENTOS E PARTILHA DE BEM 
em face de XXXXXXXX, brasileiro, convivente, trabalhador 
autônomo, RG e CPF não informados, residente e domiciliado na 
Praça Antônio Elói, nº 66, Centro, Ponto de Referências: Ao lado 
da casa de “XXX, na Cidade de XXX, CEP: XXXXX, pelos motivos 
e fatos que passa a expor. 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
A requerente atualmente arca com todas despesas do lar, tendo sob sua 
responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com 
as despesas processuais. 
 
Para tal benefício a autora junta declaração de hipossuficiência e comprovante 
de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem 
comprometer sua subsistência, conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo 
Civil de 2015. 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado 
na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro 
no processo ou em recurso. 
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na 
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos 
autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. 
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos 
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a 
concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, 
determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos 
pressupostos. 
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de 
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
 
 
 
 
____________________________________________________________________________ 
 
YS ADVOCACIA & ASSESSORIA JURÍDICA 
email: ysadvocacia@gmail.com 
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao 
benefício da gratuidade de justiça: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE 
SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência Judiciária 
indeferida - Inexistência de elementos nos autos a indicar que 
o impetrante tem condições de suportar o pagamento das 
custas e despesas processuais sem comprometer o sustento 
próprio e familiar, presumindo-se como verdadeira a 
afirmação de hipossuficiência formulada nos autos 
principais - Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de 
Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura 
Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro Central - 
Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública; Data do 
Julgamento: 23/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019) 
Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do requerente, 
sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas 
processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina: 
"Não se exige miserabilidade, nem estado de 
necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou 
faturamento máximos. É possível que uma pessoa natural, 
mesmo com bom renda mensal, seja merecedora do benefício, 
e que também o seja aquela sujeito que é proprietário de bens 
imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade 
judiciária é um dos mecanismos de viabilização do 
acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter 
acesso à justiça, o sujeito tenha que comprometer 
significativamente sua renda, ou tenha que se 
desfazer de seus bens, liquidando-os para angariar 
recursos e custear o processo." (DIDIER JR. Fredie. 
OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 
6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60) 
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição 
Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de 
justiça ao requerente. 
DOS FATOS 
 
As partes constituíram União Estável de fato por anos. Durante a união nasceu 
o menor XXXXXXXXXXXX, conforme documento anexo. 
 
Porém a relação foi rompida após impossibilidade de convivência. 
 
Nesse rompimento, foi acordado entre as partes que o Requerido auxiliaria na 
manutenção do menor com a quantia que lhe fosse possível. 
 
Contudo, tal fato não vem ocorrendo, inclusive a requerente já buscou 
solucionar a questão da pensão alimentícia do menor, por meio da conciliação, mas não 
logrou êxito, sendo inclusive tratada de forma áspera e ameaçadora, conforme BO 
POLICIAL anexo. 
 
 
 
 
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email: ysadvocacia@gmail.com 
 
O Requerido não deposita qualquer valor, dificultando o sustento e formação da 
criança, assim deixando de cumprir a sua parcela de responsabilidade no sustento do 
menor, obrigando a interposição desta ação. 
 
Além disso, durante a União Estável as partes adquiriram o patrimônio, qual 
seja, um imóvel conforme descrição anexa, que deve ser objeto de partilha. 
 
Ademais, ante a existência da convivência pública, contínua e duradoura e 
estabelecida com o objetivo de constituição de família, o nascimento da prole e os 
direitos inerentes e aquisição de patrimônio, surge a necessidade do reconhecimento de 
tal relação para fins de divisão patrimonial, bem como a obrigação do requerido em 
prover alimentos ao filho menor, devidamente registrado, conforme documentação, 
obviamente levando em consideração o binômio: necessidade/capacidade. 
 
DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
No que pese a paternidade comprovada mediante o Registro Geral do menor 
anexado aos autos e o dever de prove alimentos ao filho menor pelos pais, aliada a 
possibilidade de concessão da tutela antecipada nos termos do CPC/15 para tal fim, 
tem-se necessário a fixação de alimentos provisórios, ao menos em 30% do salário 
mínimo vigente, com vistas a suprir as necessidades do infante. 
 
Os alimentos provisórios tem fundamento amparo na Lei 5.478/68 em seu Art. 
4º "As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos 
pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita." 
 
No presente caso dois elementos ficam perfeitamente caracterizados, a 
probabilidade do direito e o risco da demora, vejamos: 
 
A PROBABILIDADE DO DIREITO resta caracterizada diante da 
demonstração inequívoca do vínculo familiar e de responsabilidade alimentar prevista 
no Art. 1.694 do Código Civil. 
 
Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pela natureza alimentar da 
presente ação, indispensável à subsistência do Autor, ou seja, tal circunstância confere 
grave risco de perecimento do resultado útil do processo, conforme leciona Humberto 
Theodoro Júnior: 
 
"um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse 
demonstrado pela parte", em razão do "periculum in mora", risco esse 
que deve ser objetivamente apurável, sendo que e a plausibilidade do 
direito substancial consubstancia-se no direito "invocado por quem 
pretenda segurança, ou seja, o "fumus boni iuris" (in Curso de Direito 
Processual Civil, 2016. I. p. 366). 
Nesse sentido: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO 
DE DECISÃO. REJEIÇÃO DA TESEDO ALIMENTANTE PARA QUE 
OS ALIMENTOS PROVISÓRIOS ARBITRADOS EM FAVOR DA FILHA 
INCIDAM DA CITAÇÃO. DIES A QUO QUE DEVE OBSERVAR A DATA 
DO ARBITRAMENTO. EXEGESE DO ARTIGO 4º DA LEI N. 
5.478/1968. PRECEDENTES DESTA CORTE. INTERLOCUTÓRIO 
MANTIDO. 
"Ao contrário dos alimentos definitivos, ou seja, aqueles 
 
 
 
 
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fixados na sentença - os quais, a teor do art. 13, § 2º, da Lei 
5.478/68, são devidos a partir da citação do devedor -, os 
alimentos provisórios, fixados liminarmente, são passíveis de 
exigibilidade a partir de seu arbitramento, pois visam 
atender, desde logo, as necessidades do alimentado" (TJSC, 
Agravo de Instrumento n. 2013.044826-2, Des. Eládio Torret Rocha, j. 
3/4/2014). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Agravo 
de Instrumento n. 4011281-46.2017.8.24.0000, da Capital, rel. Des. 
Selso de Oliveira, Quarta Câmara de Direito Civil, j. 28-02-2019) 
 
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de 
dano irreparável, sendo imprescindível a fixação de alimentos provisórios 
em valor de 30% do salário mínimo vigente, nos termos do Art. 4º da Lei 
5.478/68. 
 
 
DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL 
 
O Código Civil dispõe claramente os requisitos para o reconhecimento da União 
Estável: 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união 
estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de 
constituição de família. 
 
Conforme relatado, a Autora e o Requerido conviveram pública e 
socialmente como se marido e mulher fossem, e juntos, constituíram família, 
empenharam-se na educação dos filhos e na administração do lar conjugal, 
enquadrando-se nos termos do Código Civil em seu art. 1.723 caput, e art. 1º da Lei 
Federal 9.278/96. 
 
A jurisprudência há muito já reconhece a figura da união estável a casos 
similares ao tecido nesta ação: 
"Constitui união estável a convivência sob o mesmo teto, com 
publicidade, notoriedade, comunhão de vida e de interesses, tal como 
se casados fossem. 2. A união estável assemelha-se a um casamento 
de fato e indica uma comunhão de vida e de interesses, reclamando 
não apenas publicidade e estabilidade, mas, sobretudo, um nítido 
caráter familiar, evidenciado pela affectio maritalis, que restou 
comprovado nos autos. Recurso desprovido." (TJRS, Apelação 
70075687350, Relator(a): Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, 
Sétima Câmara Cível, Julgado em: 28/02/2018, Publicado em: 
05/03/2018) 
Portanto, passa a demonstrar o pleno atendimento aos requisitos previstos no 
Código Civil, quais sejam: 
Publicidade e notoriedade da relação: A publicidade da 
relação fica perfeitamente demonstrada pelas fotos nas redes sociais, 
fotos de eventos que o casal frequentava conjuntamente. 
Continuidade: O casal possuía um relacionamento 
 
 
 
 
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duradouro por anos, inclusive construindo um imóvel. 
Caráter familiar - affectio materialis: O objetivo de 
constituição de família fica perfeitamente demonstrada com a 
comunhão de vida e interesses entre o casal, afinal, além de morar no 
mesmo imóvel, o casal constituíram dívidas e planos em comum e 
tiveram um filho. 
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE 
DECLARAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL E SUA DISSOLUÇÃO PARA 
FINS DE MEAÇÃO. PRELIMINARES REJEITADAS. UNIÃO 
ESTÁVEL CONFIGURADA. MEAÇÃO DE BENS HAVIDOS NA 
CONSTÂNCIA DA RELAÇÃO. NECESSIDADE. RECURSO 
CONHECIDO E IMPROVIDO. (...) A análise dos requisitos para 
configuração da união estável deve centrar-se na conjunção 
de fatores presente em cada hipótese, como a affectio 
societatis familiar, a participação de esforços, a posse do 
estado de casado, a continuidade da união, e também a 
fidelidade. (TJPA, Apelação 0003346-94.2011.8.14.0005, 
2018.01500006-65, 188.502, Relator(a): JOSE MARIA TEIXEIRA DO 
ROSARIO, 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em: 
10/04/2018, Publicado em: 17/04/2018) 
Por esses motivos, e por estarem presentes os requisitos legais, há que ser 
reconhecida a UNIÃO ESTÁVEL, para que, em decorrência desta, surtam os 
efeitos legais pertinentes diante da dissolução aqui pleiteada. 
Assim, comprovada a união estável, e não havendo mais, qualquer possibilidade 
de reconciliação ante os argumentos fáticos e de direito, os quais demonstram que a 
REQUERENTE não possui mais condições de prorrogar a união demonstrada, requer 
de Vossa Excelência o RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL, cumulada com 
a sua DISSOLUÇÃO. 
DA GUARDA 
Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente, resguardar 
os direitos e interesses do menor, devendo ser conduzida a presente ação ao fim de 
atendê-los. 
A legislação brasileira, em atenção às necessidades dos menores, previu no 
Código Civil, em seu artigo 1.583 as condições mínimas que genitor deve prover para 
que a guarda lhe seja atribuída, in verbis: 
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. 
 
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só 
dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por 
guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de 
direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, 
concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. 
 
 
 
 
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Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos interesses do 
menor, conforme assevera ampla jurisprudência: 
"A guarda deve atender, primordialmente, ao 
interesse da menor. No caso, estando a menor sob os cuidados da 
família de uma amiga de infância, situação sui generis, e não 
demonstrando interesse em conviver com a mãe e nem com o pai, 
não há justificativa para a concessão da guarda paterna." (Apelação 
Cível Nº 70075548941, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do 
RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 
22/11/2017). 
 
"A supremacia do interesse do menor, além da 
vontade manifestada, é o critério a ser utilizado para a 
escolha do seu guardião, no caso, o pai, considerando o conjunto 
probatório." (TJ-DF 20150610021684 - Relator: FERNANDO 
HABIBE, 4ª TURMA CÍVEL, DJE : 13/12/2017 . Pág.: 236/244) 
Dessa forma, a guarda deve ser conduzida conforme os termos e condições a 
seguir. 
DA GUARDA UNILATERAL 
 
Não obstante a orientação pela guarda compartilhada instituída pela Lei 
13.058/14, cabe ao Magistrado a sensibilidade de conceber que não se trata de uma 
regra absoluta, afinal, os interesses do menor devem prevalecer sobre qualquer ato 
normativo. 
 
No presente caso, não presentes os requisitos necessários à boa convivência 
familiar a justificar a guarda compartilhada, o deferimento da guarda unilateral é 
medida que se impõe. 
 
Nesse sentido, busca a intervenção deste judiciário, a fim de que as crianças 
detenham uma vida digna com aquele que possa lhe prover as melhores condições. 
Afinal, retirar a guarda da mãe só pode ocorrer em casos extremos, conforme 
leciona a doutrina sobre o tema: 
"No entender de Sílvio de Salvo Venosa, a mãe, 
costumeiramente, é mais apta, e teria melhores condições de exercer 
a guarda dos filhos de tenra idade, devendo, somente em casos muito 
extremos, ser dela retirada (...)." (MADALENO, Rolf. MADALENO, 
Ana Carolina Carpes. Síndorme da alienação parental. Importância 
da detecção. 5ª ed. Forense: 2017. Kindle edition. p. 626) 
Novamente, importa colacionar respeitável entendimento dos Tribunais, os 
quais refletem a decisão mais justa a ser tomada: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA. MENORES. 
GUARDA MATERNA. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. A 
situação retratada aos autos, bem como a prova, denotam 
que a mãeostenta melhor condição para cuidar e se 
 
 
 
 
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email: ysadvocacia@gmail.com 
responsabilizar pelas filhas menores. RECURSO 
DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70073754525, Sétima Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles 
Ribeiro, Julgado em 26/07/2017). 
Diante todo o exposto, resta demonstrada a inviabilidade da guarda 
compartilhada e necessária: GUARDA UNILATERAL NA FIGURA DA MÃE, que 
possui os requisitos necessários para a tutela do menor. 
 
DOS ALIMENTOS 
 
Após analisadas todas as circunstâncias que cercam a presente demanda, 
importa adentrar num tema de grande relevância, a responsabilidade pelos Alimentos. 
 
A lei estabelece sabiamente os parâmetros a serem seguidos para que a 
prestação de Alimentos seja firmada, devendo atender ao binômio 
Necessidade/Possibilidade. 
Nas palavras da doutrinadora Maria Berenice Dias: 
"O fundamento do dever de alimentos se encontra no 
princípio da solidariedade, ou seja, a fonte da obrigação 
alimentar são os laços de parentalidade que ligam as pessoas que 
constituem uma família, independentemente de seu tipo: casamento, 
união estável, famílias monoparentais, homoafetivas, socioafetivas 
(eudemonistas), entre outras." (Maria Berenice Dias, Manual de 
Direito das Famílias - Edição 2017, e-book, 28. Alimentos) 
Ou seja, o direito a alimentos busca preservar o bem maior da vida e assegurar a 
existência do indivíduo que depende deste auxílio para sobreviver. 
Assim, considerando o binômio necessidade/capacidade é de bom alvitre que os 
alimentos provisórios sejam determinados no patamar de 30 % do seus rendimentos ou 
na impossibilidade de se determinar o valor dos proventos, que fixe-se em 30% do 
salário mínimo. 
DA PARTILHA DE BENS NA UNIÃO ESTÁVEL 
De acordo com o artigo 1.725 do Código Civil, "Na união estável, salvo contrato escrito 
entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da 
comunhão parcial de bens." 
No regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se TODOS os bens 
que sobrevierem ao casal na constância da relação, devendo incluído na 
partilha, os seguintes bens: 
1. Imóvel residência conforme descrito nos documentos em anexo. 
 
 
 
 
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Assim, reconhecida judicialmente a existência de unão estável, considerando 
tratarem-se de bens adquiridos na constância da relação, devem compor a partilha, 
conforme precedentes sobre o tema: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DE 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. RECONHECIMENTO DA 
COMUNICABILIDADE DA BENFEITORIA EDIFICADA EM 
TERRENO DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA DO COMPANHEIRO, 
DO SALDO BANCÁRIO EXISTENTE AO TEMPO DA SEPARAÇÃO E 
DA MOTOCICLETA. SUB-ROGAÇÃO NÃO COMPROVADA. 
MANUTENÇÃO.1. Afirmada judicialmente a união estável, e 
não existindo pacto escrito em sentido diverso, incidem na 
hipótese as regras do regime da comunhão parcial de bens 
(art. 1.725 doCC), havendo, sob esse prisma, presunção de 
que os bens adquiridos na constância da relação e a título 
oneroso são frutos do trabalho e da colaboração comum, 
pertencendo, assim, a ambos, em condomínio e em partes 
iguais. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70080005051, 
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo 
Moreira Lins Pastl, Julgado em 04/04/2019) 
Considerando o regime de comunhão parcial de bens adotado, comunicam-se os 
bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, nos termos do Art. 1658 do 
Código Civil. 
Dessa forma, a partilha deve ser ser feita nos seguintes termos: 
Quinhão de 50% para o companheiro do imóvel descrito nos documentos em anexo. 
Razões pelas quais requer o provimento da presente ação. 
DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, REQUER: 
1. A tramitação prioritária da demanda, nos termos do art. Art. 152 §1º da Lei 
8.069/90; 
2. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de 
Processo Civil; 
3. O arbitramento de alimentos provisórios, em 30% do salário mínimo vigente, a 
ser depositado na conta bancária da requerente a ser informada nos autos; 
4. A citação do réu para responder a presente ação, querendo; 
 
 
 
 
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5. O deferimento da ação para 
a.1) Reconhecer e dissolver a União Estável; 
a.2) A manutenção da guarda do menor com a genitora; 
a.3) Realizar a partilha de todo o patrimônio construído enquanto pertencentes à União 
Estável; 
a.4) O deferimento do montante estabelecido como alimentos ao filho no percentual de 
30% sobre os rendimentos do Réu ou em caso de impossibilidade de manutenção dos 
alimentos provisórios em 30% do mínimo, a serem pagos em conta bancária. 
6. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a testemunhal 
mediante designação de audiência; 
7. Seja designada audiência de conciliação, e não havendo êxito, seja designada 
audiência de Instrução e Julgamento para a oitiva das partes e testemunhas; 
8. Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do artigo 698, do 
CPC; 
9. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros 
previstos no art. 85, §2º do CPC. 
Nestes Termos Pede e Espera Deferimento. 
Dá-se à causa o valor R$ 1.000,00 (um mil reais) . 
Ubatã-BA, 18 de Fevereiro de 2020. 
 
 
WAGNER SOUZA SANTOS 
ADVOGADO 
OAB/BA: 56457 
 
 
 
YAN SANTOS DE JESUS NASCIMENTO 
ADVOGADO 
OAB/BA: 54175

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