Buscar

conhecimento e gestao2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 232 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 232 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 232 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Cláudia Herrero Martins Menegassi
Fabrício Ricardo Lazilha
Nelson Tenório
Rejane Sartori
Volume 2
CONHECIMENTO 
E GESTÃO
Volume 2
CONHECIMENTO 
E GESTÃO
Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Cláudia Herrero Martins Menegassi
Fabrício Ricardo Lazilha
Nelson Tenório
Rejane Sartori
(Organizadores)
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; CAETANO, Camilla Barreto Rodrigues Cochia; MENEGASSI, 
Cláudia Herrero Martins; LAZILHA, Fabricio Ricardo; TENÓRIO, Nelson; 
SARTORI, Rejane. (org.)
Conhecimento e Gestão. Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano; 
Claudia Herrero Martins Menegassi; Fabricio Ricardo Lazilha; Nelson 
Tenório; Rejane Sartori.(Org.). V. 2. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
232 p.
 
Curso - EaD
1. Gestão. 2. Conhecimento. EaD. I.Título.
CDD 22ª Ed. 658 
 
NBR 12899 - AACR/2 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário João Vivaldo de Souza – CRB-8 - 6828
Organizadores
Profa. Dra. Camilla Barreto Rodrigues 
Cochia Caetano
Centro Universitário Cesumar – 
UniCesumar, Maringá – PR – Brasil
Profa. Dra. Cláudia Herrero Martins 
Menegassi
Centro Universitário Cesumar – 
UniCesumar, Maringá – PR – Brasil
Prof. Me. Fabrício Ricardo Lazilha
Centro Universitário Cesumar – 
UniCesumar, Maringá – PR – Brasil
Prof. Dr. Nelson Tenório
Centro Universitário Cesumar – 
UniCesumar, Maringá – PR – Brasil
Profa. Dra. Rejane Sartori
Centro Universitário Cesumar – 
UniCesumar, Maringá – PR – Brasil
Conselho Editorial 
Prof. Dr. Augusto Cesar Marins Machado
Observatórios Sistema FIEP
Prof. Dr. Carlos Francisco Bitencourt Jorge
Faculdade Católica Paulista
Profa. Dra. Danielly Oliveira Inomata
Universidade Comunitária da Região de 
Chapecó
Profa. Me. Denise Felix da Silva
Universidade de Copenhague – 
Dinamarca
Prof. Dr. Éder Rodrigo Gimenes
Universidade Estadual de Maringá
Prof. Dr. Júlio Ernesto Colla
Universidade Estadual do Paraná
Prof. Me. Lucas Henrique Xavier
Centro Universitário Cesumar
Prof. Dr. Luiz Tatto
Centro Universitário Cesumar
Prof. Me. Paulo Pardo
Faculdade Católica Paulista
Prof. Dr. Régio Marcio Toesca Gimenes
Universidade Federal da Grande 
Dourados
Prof. Dr. Sidarta Ruthes de Lima
Faculdade Dom Bosco
Equipe de Assessoria Técnica 
Profa. Me. Andréia dos Santos Gallo
Profa. Me. Nayara Emi Shimada
Profa. Me. Patrícia Parra
Profa. Me. Yony Brugnolo Alves
Capa 
Nelson Tenório
Diagramação
Santa Ilustra
Revisão textual 
Produção de Materiais – UniCesumar
A gestão se apresenta, no contexto acadêmico e organizacional, 
como um tema amplo, que pode ser compreendido sob 
diferentes perspectivas e analisado a partir de diversas lentes. 
A complexidade que envolve a forma de compreender a gestão, 
analisar seus impactos e resultados, é evidenciada no presente 
livro, que reúne um conjunto de capítulos que têm como foco 
central o Conhecimento e a Gestão. 
O objetivo do primeiro conjunto de capítulos, denominado 
“Negócios: novos modelos de gestão”, é abordar, de forma 
abrangente, temas relacionados à gestão sob diferentes enfoques. 
O primeiro trata da gestão da qualidade na construção civil; o 
segundo traz dois assuntos que são amplamente debatidos nos 
âmbitos acadêmico e empresarial, quais sejam, planejamento 
estratégico e gestão de projetos. O terceiro, quarto e quinto 
capítulos envolvem aspectos financeiros e econômicos da 
gestão de agronegócios e loteamentos, respectivamente. O sexto 
capítulo faz uma análise do modelo de franquias para o mercado 
imobiliário brasileiro. 
 Em seguida, a área “Mobilidade: sistemas de gestão 
de trânsito” parte do entendimento de que as aplicações de 
gerenciamento de tráfego contribuem para tornar as cidades mais 
seguras, com mais acessibilidade e habitabilidade. Nesse sentido, 
os capítulos desse grupo temático apresentam uma reflexão a 
respeito do planejamento e da gestão de trânsito e operações de 
mobilidade urbana, bem como suas implicações na conjuntura 
urbana atual. O sétimo capítulo trata especificamente da cidade 
de São Paulo e o oitavo sobre acidentes nas rodovias, tendo como 
PREFÁCIO
objeto um trecho paranaense. 
Considerando que a tecnologia vem revolucionando a ação 
dos profissionais de marketing e, em especial, fortalecendo a área 
de relacionamento com o consumidor, a área temática “Marketing, 
tecnologia e o relacionamento com o cliente” apresenta dois 
capítulos, sendo que o nono é mais conceitual e o décimo aborda 
a adoção das novas tecnologias para atendimento ao cliente no 
setor bancário e seus impactos no relacionamento e na fidelização. 
Sabemos que no mundo dos negócios a exigência é pela 
produtividade, de modo que as pessoas são avaliadas pelo 
desempenho e pelos resultados, exigindo cada vez mais de si 
mesmas e a gestão de pessoas atua no sentido de apoiá-las, 
proporcionando, entre outras coisas, o desenvolvimento de 
lideranças, a motivação de equipes e um clima organizacional 
positivo. É do tema “Gestão de pessoas na organização privada” 
que se trata o capítulo 11.
A logística e sua relevância para as organizações, ainda que 
virtuais, é o tema tratado nos próximos dois capítulos. O décimo 
segundo aborda a logística aplicada ao comércio eletrônico, 
enfatizando as suas especificidades. O décimo terceiro debate 
como a logística reversa pode ser adotada por uma organização 
para reduzir impactos ambientais e gerar vantagem competitiva. 
Os capítulos 14 e 15 são agrupados na discussão sobre 
Direito e Estado. Teoricamente os conceitos de Estado e de Direito 
são discutidos em esferas diferentes: o Estado na qualidade de 
agente político formal e o Direito na sua concepção jurídico-legal. 
Porém, na prática, esses temas apresentam forte correlação, o 
que inviabiliza analisá-los de forma separada. Nessa perspectiva, 
o Capítulo 14 apresenta uma análise da Administração Pública, 
especificamente no que tange à gestão das finanças públicas, 
por meio do Portal da Transparência. Já o Capítulo 15 oferece 
uma análise do princípio da dignidade da pessoa humana, 
especificamente do direito social à saúde, na concessão de 
medicamentos às pessoas que não possuem condições financeiras 
para adquiri-los. 
Este livro, organizado pelos pesquisadores Camilla Barreto 
Rodrigues Cochia Caetano, Cláudia Menegassi, Fabrício Ricardo 
Lazilha, Nelson Tenório e Rejane Sartori, representa o resultado 
das pesquisas realizadas pelos alunos de cursos de pós-graduação 
lato sensu na modalidade a distância do Centro Universitário 
Cesumar – Unicesumar - representantes dos diversos estados do 
Brasil e traz relevante contribuição para a temática da Gestão e do 
Conhecimento. 
William Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Educação a Distância da UniCesumar
Sumário
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade 
no Ramo das Empresas Construtoras 11
Capítulo 2 - A Importância do Planejamento 
Estratégico na Efetivação da Gestão de 
Projetos
27
Capítulo 3 - Análise da Lucratividade da 
Cultura de Soja 39
Capítulo 4 - Potencial Econômico das 
Águas Subterrâneas para Fins de Utilização 
Agropecuária no Sul do Estado do Piauí
51
Capítulo 5 - Estratégia Financeira para 
Loteamentos Residenciais 67
Capítulo 6 - Análise do Modelo de Negócio 
de Franquias para o Mercado Imobiliário 
Brasileiro
79
Capítulo 7 - Novos Rumos: Polos Geradores 
de Tráfego e a Nova Legislação da Cidade de 
São Paulo
91
Capítulo 8 - Principais Tipos de Acidentes na 
BR–467 107
Capítulo 9 - Marketing e o Relacionamento 
Entre Empresas e Consumidores 123
Capítulo 10 - Utilização de Tecnologias no 
Atendimento Bancário 135
Capítulo 11 - A Influência do Clima 
Organizacional e da Liderança na Motivação 
da Equipe
149
Capítulo 12 - Análise dos Processos Logísticos 
voltados para o E-Commerce Brasileiro 165Capítulo 13 - Logística Reversa Integrada 
como Ferramenta de Redução de Impactos 
Ambientais
179
Capítulo 14 - O Princípio da Dignidade da 
Pessoa Humana e a Cláusula da Reserva do 
Possível na Concessão de Medicamentos
191
Capítulo 15 - Análise da Eficácia da 
Modalidade de Controle Disposto pelo 
Portal da Transparência Quanto ao Custeio 
de Pessoal
211
SOBRE OS ORGANIZADORES 229
João Carlos Nogarolli Silva1
Nayara Emi Shimada 2
1. Graduado em Turismo e Meio Ambiente pela Universidade Estadual do Paraná. 
Pós-graduando em Engenharia e Gestão da Produção pelo Centro Universitário de 
Maringá - UniCesumar.
2. Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2015). 
Graduada em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2012).
Sistema de Gestão da Qualidade no 
Ramo das Empresas Construtoras:
CAPÍTULO 1
Vantagens e Benefícios da Implantação
1. INTRODUÇÃO
Estratégias competitivas para alcançar o sucesso empresarial 
é a busca incessante de qualquer empresa, independente do 
seu ramo de atuação. Nesse sentido, a ferramenta da gestão da 
qualidade cria nas organizações uma cultura voltada para a 
melhoria nos seus sistemas produtivos e, fundamentalmente, na 
busca pela satisfação dos clientes. Desse modo, o tema gestão da 
qualidade será apresentado discorrendo acerca da importância 
da implementação dessa ferramenta estratégica e competitiva no 
ramo de empresas construtoras, demonstrando sua otimização 
referente à produção, redução de custos e imagem.
Diante disso, o presente artigo tem como problema de 
pesquisa o seguinte questionamento: quais são as vantagens e 
benefícios da implementação do sistema de gestão da qualidade 
para a melhoria em processos e produtos no ramo das empresas 
construtoras? Para que seja alcançado, primeiramente será 
12
Conhecimento e Gestão
apresentado o conceito de sistemas de gestão da qualidade; em 
seguida, baseando-se em casos, será descrito quais são as vantagens 
e benefícios auferidas pelas empresas do ramo da construção civil 
com a implantação de sistemas de Gestão da Qualidade; e, por 
fim, será demonstrada a importância da gestão da qualidade como 
estratégia competitiva no planejamento e controle da produção.
Justifica-se esta pesquisa apresentando a implantação 
do sistema de gestão da qualidade em construtoras como um 
facilitador para uma melhor estrutura organizacional, auxiliando 
no planejamento da produção e prestação dos serviços, visando a 
satisfação total dos clientes, minimizando custos e maximizando 
resultados.
Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizado 
um estudo bibliográfico, a fim de retratar acerca da gestão da 
qualidade sobre seus fundamentos e objetivos. Posteriormente, foi 
apresentado casos de sucesso cuja aplicabilidade de um sistema 
de gestão da qualidade em empresas do ramo da construção civil 
obtiveram eficiência e resultados satisfatórios. 
2. SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE: 
PADRÃO ISO 9001 E PBQP-H
O competitivo ambiente empresarial de hoje se modifica muito 
mais rápido do que a anos anteriores, não sendo diferente no 
ramo da construção civil. Nesse sentido, ferramentas de gestão 
da qualidade, cujo princípio e foco está pautado na melhoria de 
desempenho referente aos processos e produtos para atender 
a demanda e satisfação dos clientes, tornam-se aliadas das 
organizações empresariais (MOREIRA, 2013).
13
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
De acordo com Falconi (1999), a gestão da qualidade se 
torna uma gerência focada na melhoria dos processos e produtos, 
constituindo um critério estipulado e que toda organização estará 
envolvida na busca desse resultado. De maneira coordenada, 
possibilita a melhoria geral da organização com vistas a garantir a 
completa satisfação dos clientes.
Nesse sentido, os sistemas de gestão da qualidade servem 
de auxílio à gestão empresarial, aferindo os processos e como 
estes podem beneficiar os produtos e serviços perante os clientes 
(FALCONI, 2010).
Entre os sistemas de gestão da qualidade mais adotadas em 
empresas de construção civil no Brasil, destacam-se a certificação 
NBR ISO 9001 e PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade 
e Produtividade do Habitat). A primeira diz respeito à norma 
mundialmente reconhecida, que define os requisitos para colocar 
um sistema de gestão da qualidade em vigor, auxiliando empresas 
a aumentar sua eficiência e a satisfação do cliente (BICALHO, 
2009).
As empresas do ramo da construção civil também podem 
obter a certificação de um SGQ por meio do PBQP-H. Trata-se de 
um programa da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano 
ligado ao Ministério das Cidades. Seu objetivo é organizar o setor 
da construção civil em torno da melhoria da qualidade do habitat 
e a modernização produtiva (BICALHO, 2009).
O financiamento em instituições bancárias e os programas 
governamentais de habitação destacam-se como os principais 
motivos da busca pela certificação do PBQP-H. Estes são pré-
requisitos, por exemplo, para créditos em instituições públicas e 
privadas para a participação do programa “Minha Casa, Minha 
14
Conhecimento e Gestão
Vida”, do Governo Federal (PBQP-H, 2005).
Fazendo alusão ao sistema de certificação PBQP-H, a 
melhoria da qualidade do habitat e a otimização produtiva são 
os objetivos fundamentais do programa. Para aferir e conceder a 
certificação, surge o SIAC (Sistema de Avaliação da Conformidade 
de Empresas de Serviços e Obras). Seu objetivo é avaliar a 
conformidade do sistema de gestão da qualidade das empresas 
da construção civil, concedendo e monitorando sua aplicação 
(PBQP-H, 2005).
O SIAC, para as empresas construtoras, tem como objetivo 
nortear o desempenho da Gestão da Qualidade nelas. Contudo, 
para a certificação, empresas terceirizadas idôneas devem 
ser contratadas para averiguar sua competência para obter a 
certificação (PBQP-H, 2005). 
Um desses avaliadores destaca-se o LRQA (Lloyd’s 
Register Quality Assurance), um provedor independente de 
serviços, credenciado para conceder certificação em sistemas de 
gestão. A utilização do método PDCA (Plan, Do, Check, Act) é uma 
das ferramentas adotadas para a abordagem da certificação que, 
por meio das etapas de planejamento, execução, controle e ações, 
permite a melhoria contínua nas organizações (LRQA, [2017]).
Essa característica pela busca da melhoria contínua é 
o diferencial em relação a ISO 9001. Existem quatro níveis de 
qualificações progressivas (D, C, B e A), nos quais a empresa 
construtora pode ser certificada (LRQA, [2017]). Além do 
diferencial, torna-se um fator empolgante para as empresas, uma 
vez que estas, tendo um caráter evolutivo, buscarão sempre se 
adaptar para melhorar, almejando o grau máximo de certificação. 
15
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
2.1. CARACTERÍSTICA DO SISTEMA DE GESTÃO DA 
QUALIDADE
Como características fundamentais, o SGQ segue diretrizes 
aplicadas com o objetivo de verificar os processos das organizações 
e de que maneira pode ser otimizado, visando a melhora da 
qualidade dos produtos e na prestação de serviço aos clientes 
(MOREIRA, 2013).
Dentre as vantagens da adoção do SGQ, a ISO 9001:2015 
traz o aumento da credibilidade da construtora frente ao mercado 
consumidor, aumento da competitividade das suas obras no 
mercado, abertura de novos mercados, maior conformidade e 
atendimento às exigências dos clientes, aumento da lucratividade 
e melhores condições para acompanhar e controlar os processos.
Costa (2003) concluiu, após realizar análise de qualidade e 
competitividade entre cinco empresas construtoras, situadas na 
cidade de Curitiba e região metropolitana, que o SGQ contribui 
para que as organizações alcancem uma melhora de desempenho 
em seus processos internos. 
Ressalta-se que a percepção das vantagens e benefícios 
auferidos às empresasconstrutoras refere-se, principalmente, 
à melhoria dos processos e procedimentos (COSTA, 2003). 
Contudo, benefícios, como a melhora da imagem da empresa, a 
definição hierárquica de responsabilidades, prazos cumpridos 
com exatidão e o aumento da satisfação dos clientes, também 
foram destacados como objetivos alcançados após a implantação 
do SGQ (MARTINELLI, 2009).
A organização empresarial que implanta o SGQ garante 
maior competitividade devido a oportunidades que essa 
ferramenta de gestão preconiza. A satisfação dos clientes e melhoria 
16
Conhecimento e Gestão
nos processos internos são benefícios tangíveis que fornecem ao 
gestor poder gerir e mensurar o desempenho da empresa por 
meio de indicadores e detalhamento de cada processo (CHASE; 
JACOBS; AQUILINO, 2006). 
Tendo como diferencial essa padronização nos processos, 
definição e distribuição de funções claras, os custos reduzem 
à medida que se evitam retrabalhos e/ou atividades ociosas, 
aumentando a produção e maximizando os lucros (CHASE; 
JACOBS; AQUILINO, 2006). 
Para as organizações empresariais que implantam os 
sistemas de gestão, seja qual for o mercado de atuação, o cliente é 
sempre o alvo a ser atingido. Nesse sentido, tudo é voltado para 
sua satisfação, pois quanto mais qualidade for ofertada no produto, 
menor identificação de falhas. Este conceito é uma estratégia que 
representa vantagem competitiva frente à concorrência (DEPEXE, 
2006).
Desse modo, nota-se que a implantação do SGQ em 
construtoras é visto pelas organizações como uma ferramenta 
que cria uma gestão empresarial, ou seja, uma metodologia de 
trabalho, visando a melhoria contínua, garantindo a qualidade 
nos produtos que satisfaça os clientes e, também, possibilitando o 
controle dos processos, podendo ser estimada metas e objetivos a 
serem alcançados. 
2.2. CASOS DE SUCESSO: CERTIFICAÇÃO PBQP-H
As características do mercado da construção civil são 
peculiares. O quesito qualidade é um conceito particular para 
cada cliente. Desse modo, cabe as empresas focar uma estratégia 
de produção, buscando atender a necessidade do cliente e 
17
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
explorando as vantagens que o SGQ certificado pode trazer à 
organização (DEPEXE, 2006).
 Ao focar uma estratégia de produção, a vantagem 
competitiva nas organizações empresariais se tornam claras. Cabe 
ao gestor responsável auferir essa vantagem, reconhecendo todas 
as áreas organizacionais e delegando corretamente as funções dos 
colaboradores, visando alcançar os objetivos almejados (CHASE; 
JACOBS; AQUILINO, 2006). 
Silveira et al. (2002) descrevem a implementação do PBQP-H 
em uma empresa que atua na área de construção civil com sede 
em João Pessoa-PB, tendo em sua estrutura organizacional 200 
funcionários. Os benefícios alcançados, conforme os autores, 
foram a melhora da organização da empresa com relação à 
padronização dos processos e ao treinamento da mão de obra e a 
definição das atribuições de funções.
Segundo Silveira et al. (2002), a empresa espera reduzir, 
a partir da evolução para o grau B da certificação, os custos de 
produção por meio da redução de desperdícios, reduzindo o 
preço de venda dos imóveis clientes. 
Neves, Maués e Nascimento (2002) também apresentam 
uma análise da implantação do PBQPH, este estudo realizado na 
cidade de Belém-PA. Foram analisadas 24 empresas construtoras 
que detiveram, como tempo de implantação do programa, cerca de 
16 meses até obterem o grau B da certificação. Como mencionado 
anteriormente, a certificação do PBQP-H é dada em níveis de D a 
A, sendo o grau A a máxima certificação a ser obtida.
Verificou-se que a implantação da certificação trouxe 
benefícios internos e externos às empresas, corrigindo não 
conformidades de controle de documentos e dados e que, após 
18
Conhecimento e Gestão
a implantação do SGQ, as empresas tiveram maior identidade 
e coerência com a política de qualidade da empresa (NEVES; 
MAUÉS; NASCIMENTO, 2002).
Um dos benefícios apontados por Neves, Maués e 
Nascimento (2002) é a definição clara das responsabilidades e 
perfil das pessoas para exercer as funções. O programa estimula 
os colaboradores da empresa, “pois entendem que não estão 
realizando tarefas isoladamente e sim contribuindo para a 
concretização e alcance dos objetivos da empresa como um todo” 
(NEVES; MAUÉS; NASCIMENTO, 2002, p. 06). 
Outro caso passível de analisar foi apresentado por 
Melgaço et al. (2004), em que realizou-se uma pesquisa com 
36 empresas construtoras da região metropolitana de Belo 
Horizonte. Segundo os autores, o principal argumento para a 
implementação da certificação PBQP-H foram as requisições 
das instituições bancárias e a necessidade de melhoria da gestão 
interna. A certificação como ferramenta de propaganda também 
foi mencionada como benefícios e vantagens competitivas.
Mendes e Picchi (2008) avaliam a implantação do PBQP-H 
no estado do Piauí, abordando a percepção do representante 
estadual do PBQP-H. Segundo o representante, as principais 
motivações para a participação no programa é destacada a 
exigência da Caixa Econômica Federal, a busca pela melhoria 
dos processos internos e por um diferencial no mercado. Dentre 
as mudanças observadas, nota-se a melhoria da imagem das 
empresas e os procedimentos internos.
Como benefícios do SGQ, a melhoria na gestão de recursos 
humanos e financeiros, aumento da produtividade e a diminuição 
do retrabalho é apontado também pelo representante do PBQP-H 
19
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
estadual (MENDES; PICCHI, 2008).
Seguindo a linha dos motivos para a adoção do PBQP-H, no 
estudo de Maines (2005), realizado com 37 empresas construtoras 
em Balneário Camboriú-SC, o tema da exigência das instituições 
financeiras também foi constatado.
Com referência aos benefícios alcançados, a melhoria 
interna referente as definições de funções dos colaboradores das 
empresas obtiveram destaque, seguido da publicidade, utilizando 
a certificação como ferramenta de divulgação da marca das 
empresas.
2.3. CASOS DE SUCESSO: CERTIFICAÇÃO ISO 9001 NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
Seguindo os procedimentos descritos na norma ISO 
9001, as construtoras obtêm o certificado que proporciona aos 
clientes a garantia da qualidade que anseiam. De acordo com 
Fraga (2011), os benefícios procedentes da implantação de um 
SGQ certificado na ISO 9001 está na melhora da qualidade dos 
processos, culminando em produtos e serviços padronizados, 
redução de custos e no moral dos colaboradores ao executarem 
tarefas definidas de acordo com especificações preestabelecidas.
Sant’ana Filho (2013) identificou, em seu estudo realizado 
na cidade de Guaratinguetá-SP, em uma construtora de pequeno 
porte com atuação desde 1989, no setor de engenharia civil e 
ambiental, boas práticas relacionadas à eficiência da mão de obra, 
geração de valor à marca e fundamentalmente criando processos 
adequados às necessidades do mercado.
Por meio da implantação do SGQ ISO 9001, a mesa diretora 
da empresa notou ganhos na gestão de recursos, cujo tema é 
20
Conhecimento e Gestão
sempre alvo de discussões financeiras. Seguindo protocolos e 
metas bem definidas, as tomadas de decisões eram realizadas de 
maneira apropriada e inteligentemente direcionadas (SANT’ANA 
FILHO, 2013).
Prosseguindo o mesmo conceito, numa pesquisa 
realizada no município de Mossoró/RN, com 13 construtoras 
de médio porte atuantes no ramo de construções habitacionais, 
foi identificado que as empresas que possuíam SGQ ISO 9001 
afirmaram ter implantado o sistema pela crença de promover 
a qualidade dos produtos e melhora na prestação de serviços 
(LOPES, 2013). Conforme apresenta a autora, as exigências para 
participações em licitações públicas e recursos de instituições 
financeiras são requisições obrigatóriasburocráticas, porém, que 
trazem vantagens significativas frente à concorrência.
 Com relação aos benefícios, as construtoras apresentam 
benefícios comuns tanto nos fatores interno quanto externo à 
empresa. A implantação do SGQ em construtoras promove a 
otimização dos processos, garantindo a qualidade nos serviços de 
produção do produto e o cumprimento dos prazos de entrega. É 
perceptível o ganho de recursos, evitando retrabalhos e redução 
dos custos, e gerando maior satisfação do cliente. Tal satisfação 
tem acarretado em renovações de contratos e propagando a 
imagem das empresas beneficamente, o que resulta em novos 
contratos e maior facilidade de gestão empresarial (LOPES, 2013).
Resumidamente, as construtoras buscam a certificação 
por ser um critério obrigatório na busca de financiamentos, mas 
encontram, nessa ferramenta de gestão, um apoio na melhoria 
dos processos cotidianos da empresa. Portanto, conclui-se 
que a implantação do SGQ ISO 9001 traz benefícios similares 
21
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
às construtoras que o utilizam. Promovendo não somente a 
qualidade com relação aos produtos e serviços prestados, como a 
melhoria interna da empresa. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme os casos apresentados, é notável que os sistemas 
de gestão da qualidade trazem diversos benefícios para as 
construtoras certificadas. Tal sistema é entendido pelo cliente 
como um sinônimo de garantia, ou seja, que o produto comprado 
será em conformidade com o solicitado.
Contudo, o fato da empresa deter certificações de qualidade 
não implica que não haverá falhas ou problemas em seu produto 
ou processo. O que indica é que a mesma buscou adequar-se aos 
critérios propostos pelo SGQ, para que, assim, desenvolvesse um 
trabalho de qualidade condizente ao esperado pelos clientes. 
Por serem os critérios das normas ISO 9001 e PBQP-H 
genéricas, qualquer organização pode requerer a certificação 
desses modelos de SGQ. O dificultador está que, em todos os 
estudos pesquisados, as empresas construtoras obtiveram as 
certificações por meio de contratação de empresa especializada, 
tendo, assim, um custo a ser considerado. Porém, tal custo torna-se 
um investimento, à medida que os benefícios advindos do modelo 
de gestão da qualidade tornam a empresa, não apenas competitiva 
frente ao mercado de trabalho, como também, a imagem de uma 
empresa engajada com a satisfação dos clientes fica evidenciada.
Um fator inquietante está em que nos critérios tanto da ISO 
9001 quanto a PBQP-H apenas está contido o que deve ser feito 
pelas empresas para obterem a certificação, não apresentando 
22
Conhecimento e Gestão
como realizá-lo. Isso acaba desestimulando construtoras de 
pequeno porte a alcançarem essas certificações, o que resulta em 
menos espaço de mercado 
Entretanto, visto as vantagens de participação em licitações 
e diversos benefícios de estímulos financeiros junto aos bancos 
e programas habitacionais brasileiros, cabem às empresas 
construtoras se aterem a essa oportunidade; não apenas obterem 
um SGQ como fator obrigatório para competir no mercado, mas 
sim visando seu foco principal, o cliente. Uma vez que este não é 
apenas seu comprador, e sim um propagador de publicidade que 
pode ser utilizado em benefício da marca empresarial.
Analisando as distintas populações credenciadas em vários 
estados, observa-se uma similaridade entre elas quando se refere 
aos motivos pelos quais aderiram a certificação de um SGQ, e 
aos benefícios e vantagens obtidas pela adesão. Tal semelhança 
decorre a caracterizar como sendo uma busca, não apenas por 
exigência de instituições financeiras ou melhoria de seu sistema 
produtivo, como também faz analisar que pode ser uma exigência 
primeiramente por pressão de outras empresas já terem a 
certificação, fazendo com que outras sigam o modelo, sem que 
compreenda efetivamente quais trunfos, vantagens que esse SGQ 
pode trazer. 
Nesse sentido, o estudo mostrou-se satisfatório ao 
demonstrar as vantagens e benefícios de um sistema de gestão da 
qualidade como um fator importante na organização. Entretanto, 
por não ter sido foco do presente trabalho, a mensuração de custos 
é um fator a ser analisado em trabalhos futuros, voltado a buscar 
informações quanto a demonstrações diretas de quais os custos 
introduzidos à gestão da qualidade. 
23
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
De maneira geral, nota-se uma similaridade entre as 
vantagens e benefícios das empresas certificadas com SGQ; todas 
visando maximizar seus lucros, contudo, com uma gestão centrada 
em procedimentos universalmente reconhecidos. Isso torna a 
empresa não apenas uma vendedora de produtos ou prestação 
de serviços ao cliente, mas um empreendimento pautado em 
diretrizes com foco total na satisfação do cliente. Decorrendo 
simultaneamente a um produto e serviço de qualidade, respeito 
ao consumidor e gerando resultados satisfatórios à empresa. 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9001:2015 
– Sistema de gestão da qualidade – Como usar. Rio de Janeiro. 2015. 
Disponível em: <http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/145-
abnt-nbr-iso-9001>. Acesso em: 14 jul. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9001:2015 
– Sistema de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro. 2015. 
Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/sebrae/norma.
aspx?ID=345041>. Acesso em: 14 jul. 2017.
BICALHO, Felipe Cançado. Sistema de gestão da qualidade para 
empresas construtoras de pequeno porte. 2009. Dissertação (Mestrado 
em Construção Civil) - Escola de Engenharia da Universidade Federal 
de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.pos.demc.ufmg.br/
defesas/031.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2017.
CHASE, Richard B.; JACOBS, F. Robert; AQUILINO, Nicholas J. 
Administração da produção para a vantagem competitiva. 10. ed. Porto 
Alegre: Editora Bookman, 2006.
COSTA, Carlos Alberto. Competitividade sistêmica na construção 
civil: a contribuição efetiva dos sistemas de gestão da qualidade (NBR 
ISO 9001:2000). Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
DEPEXE, Marcelo Dacul. Modelo de Análise da Prática da Qualidade 
em Construtoras: Focos da certificação e custos da qualidade. 
http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/145-abnt-nbr-iso-9001
http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/145-abnt-nbr-iso-9001
24
Conhecimento e Gestão
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade 
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
FALCONI, Vicente. Gerenciamento pelas diretrizes. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010.
______. Qualidade Total: padronização de empresas. 2. ed. Nova Lima, 
Falconi, 1999.
FRAGA, Samira Vitalino. A qualidade na construção civil: Uma breve 
revisão bibliográfica do tema e a implementação da ISO 9001 em 
construtoras de Belo Horizonte. 2011. Monografia (Especialização em 
Construção Civil) - Escola de Engenharia da Universidade Federal de 
Minas Gerais. Disponível em: <http://pos.demc.ufmg.br/novocecc/
trabalhos/pg2/72.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2017.
LLOYD’S REGISTER QUALITY ASSURANCE. Certificação, validação, 
verificação e treinamento em sistemas de Gestão. Disponível em: 
<http://www.lrqa.com.br/Certificacao/PBQP-H-Programa-Brasileiro-
da-Qualidade-e-Produtividade-do-Habitat/>. Acesso em: 14 jul. 2017.
LOPES, Antônia Monaliza Soares. Sistemas de Gestão da Qualidade 
nas Construtoras Habitacionais de Médio Porte de Mossoró/RN. 
2013. Monografia (curso de Ciência e Tecnologia) - Universidade 
Federal Rural do Semi – Árido – UFERSA. Disponível em: <http://
www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/232/TCC%20%20
Monaliza_3.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2017.
MAINES, Alexandre. Avaliação das condições de aplicabilidade do 
projeto SiAC considerando as concepções dos dirigentes de empresas 
construtorasdo município de Balneário Camboriú. 2005. Tese (Pós-
Graduação para obtenção do grau de Doutor em Engenharia de 
Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: 
<https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/101872. Acesso em: 4 
mar. 2017.
MARTINELLI, Fernando Baracho. Gestão da qualidade total. Curitiba: 
Editora Iesde, 2009.
MELGAÇO, Luiz; VIEIRA, Maria; ANDERY, Paulo; FILHO, Eduardo. 
Visão prospectiva sobre a gestão operacional em construtoras 
certificadas no PBQP-H. I Conferência Latino-Americana de Construção 
Sustentável e X Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente 
Construído. 2004. Disponível em: <ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/
AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP1088d.pdf>. 
Acesso em: 25 fev. 2017.
http://www.lrqa.com.br/Certificacao/PBQP-H-Programa-Brasileiro-da-Qualidade-e-Produtividade-do-Habitat/
http://www.lrqa.com.br/Certificacao/PBQP-H-Programa-Brasileiro-da-Qualidade-e-Produtividade-do-Habitat/
http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/232/TCC 
http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/232/TCC 
ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP1088d.pdf
ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP1088d.pdf
25
Capítulo 1 - Sistema de Gestão da Qualidade no Ramo das Empresas Construtoras
MENDES, Alexandre; PICHI, Flávio. Avaliação da implantação de 
sistemas de gestão da qualidade em construtoras do Estado do Piauí. 
XII Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. 2008. 
Disponível em: <http://www.infohab.org.br/entac2014/2008/artigos/
A1494.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2017.
MOREIRA, Daniel. Administração da produção e operações. São Paulo: 
Editora Saraiva, 2013. 
NEVES, Renato Martins das; MAUÉS, Luiz Maurício Furtado; 
NASCIMENTO, Verônica De Menezes. Avaliação do impacto da 
implantação de sistemas de gestão da qualidade em empresas 
construtoras de Belém/PA. 2002. IX Encontro Nacional de Tecnologia 
do Ambiente Construído. Foz do Iguaçu – PR. Disponível em: <http://
www.infohab.org.br/entac2014/2002/Artigos/ENTAC2002_0581_590.
pdf>. Acesso em: 14 jul. 2017.
PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE 
DO HABITAT. Sistema de avaliação da conformidade de empresas de 
serviços e obras da construção civil – SiAC. Brasília. 2005. Disponível 
em: http://pbqp-h.cidades.gov.br/download.php?doc=1b2e194f-15aa-
4975-89dc-22ec492ab26f&ext=.pdf&cd=407. Acesso em: 14 jul. 2017.
SANT’ANA FILHO, Luiz Carlos. Implantação da ISO 9001:2008: Estudo 
de caso em empresa do setor de construção civil. 2013. Monografia 
(Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica) - 
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá - Universidade 
Estadual Paulista. Disponível em: <http://200.145.6.238/bitstream/
handle/11449/120948/000737621.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. 
Acesso em: 14 jul. 2017. 
SILVEIRA, Débora; AZEVEDO, Eline; SOUZA, Dayse; GOUVINHAS, 
Reidson. Qualidade na construção civil: Um estudo de caso em uma 
empresa da construção civil no Rio Grande do Norte. XXII Encontro 
Nacional de Engenharia de Produção. Curitiba – PR, 2002. Disponível 
em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR21_0969.
pdf. Acesso em: 14 jul. 2017.
http://www.infohab.org.br/entac2014/2008/artigos/A1494.pdf
http://www.infohab.org.br/entac2014/2008/artigos/A1494.pdf
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR21_0969.pdf
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR21_0969.pdf
Luís Felipe Bertucci Lima1
Wainer Cristiano Cancian2
1. Graduado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá 
(UEM/2011). Especialista em EAD e as Tecnologias Educacionais pelo Centro 
Universitário de Maringá (UniCesumar/2014). Especialista em Gestão empresa-
rial pela UEM (2013).
2. Pós-graduado em EAD e as Tecnologias Educacionais pela Unicesumar (2015). 
Pós-graduado em MBA em Gestão Empresarial pelo Centro Universitário de Ma-
ringá (Unicesumar/2014). Graduado em Marketing pela Faculdade de Jandaia do 
Sul (FAFIJAN/2011). Mestrando em Gestão do Conhecimento nas organizações 
pela Unicesumar.
A Importância do Planejamento 
Estratégico na Efetivação da Gestão 
de Projetos
CAPÍTULO 2
1. INTRODUÇÃO 
O planejamento estratégico é um processo que visa planejar e 
executar ações considerando uma análise ampla e aprofundada de 
um ambiente para se alcançar objetivos e metas preestabelecidas. 
Tal plano estratégico é a base para a administração de um projeto, 
para se estabelecer um gerenciamento de tomada de decisão eficaz 
envolvendo a utilização de recursos e com o objetivo de fomentar 
um resultado. 
Nesse sentido, este estudo tem o objetivo de analisar 
como o planejamento estratégico construirá diretrizes para 
o desenvolvimento de um projeto, verificando as principais 
ferramentas e metodologias para isso. Assim buscar-se-á descrever 
os processos envolvidos no gerenciamento estratégico de projetos 
que viabilizarão a implantação de tais projetos.
28
Conhecimento e Gestão
O desenvolvimento deste artigo tem, a priori, a relevância 
de apresentar informações e referências para a compreensão 
dos conteúdos propostos no estudo, sobretudo a importância e 
justificativa de se desenvolver um planejamento estratégico eficaz 
e estruturante para um projeto. Também se espera que, com o 
desenvolvimento deste artigo, possibilite-se uma contribuição 
acadêmica para esta área do conhecimento, bem como que o 
mesmo seja útil para o trabalho de outros pesquisadores sobre o 
tema, salientando informações relevantes.
Para o desenvolvimento desse estudo foram abordados 
e estruturados os seguintes tópicos: Planejamento estratégico, 
com a apresentação dos conceitos principais sobre este processo 
de gerenciamento; Gerenciamento de projetos, no qual são 
abordadas definições e explanações sobre a gerência de projetos; e 
a Gestão Estratégica de Projetos, destacando como o planejamento 
estratégico atua e impacta na gestão de projetos.
Dessa forma, o presente artigo buscou, mediante um estudo 
qualitativo através de por meio de bibliográfica, embasamento 
teórico acerca do tema proposto, por meio da utilização de livros 
e artigos científicos. Tal procedimento metodológico se faz 
fundamental no desenvolvimento desse estudo científico para 
dar sustentação à pesquisa, estruturando o levantamento das 
informações.
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O planejamento estratégico consiste em um processo contínuo 
que visa desenvolver a organização e o gerenciamento de ações 
integradas em um ambiente, considerando os atores envolvidos 
29
Capítulo 2 - A Importância do Planejamento Estratégico na Efetivação da Gestão de 
Projetos
que atuam no cenário no qual uma organização opera. Dessa forma, 
o Planejamento Estratégico “é um método formal de considerar 
alternativas relacionadas ao crescimento, desenvolvimento ou 
outras opções de uma empresa, uma organização ou um negócio” 
(STONE, 1992, p. 42).
O ambiente organizacional é composto por diversas 
entidades e situações que impactam em uma organização e em 
suas ações habituais, influenciando em suas rotinas competitivas 
e em suas tomadas de decisão. Assim, é de fundamental 
importância focar no planejamento estratégico para a empresa 
se manter competitiva em um mercado organizacional. Armond 
e Reis (2012) consideram que dentro de uma empresa existem 
níveis diferenciados que terão contatos diferenciados com o 
mercado (clientes, parceiros, governo, bancos etc). Assim, é 
esperado que haja expectativas diferentes para o crescimento da 
empresa e, dessa forma, “o Planejamento Estratégico irá assegurar 
a consistência das expectativas – metas e objetivos” (ARMOND; 
REIS, 2012, p. 293).
A estratégia é um conceito oriundo de aplicações de 
guerra e ações bélicas, entretanto extensamente utilizado em 
múltiplas áreas, sobretudo da administração. Conforme apresenta 
Valeriano (2001, p. 55), o planejamento estratégico consiste em 
uma “arte de preparar e aplicaros meios e especificar os cursos 
da ação, considerando as forças e fraquezas de uma organização 
e as oportunidades e ameaças do ambiente que a cerca”. Nota-
se que o plano estratégico estabelece a fixação de objetivos e, 
consequentemente, os meios para se obtê-los.
Nesse mesmo contexto, Certo e Peter (2010, p. 29) 
conceituam que:
30
Conhecimento e Gestão
O principal propósito do planejamento 
estratégico é melhorar o desempenho 
organizacional porque conscientiza os 
altos executivos e os gerentes de unidades 
das questões que surgem no ambiente da 
empresa. [...] Em geral, essa tarefa inclui a 
preparação de previsões ambientais para 
gerar hipóteses básicas sobre o planejamento 
organizacional e o fornecimento de 
informações mais detalhadas sobre aspectos 
relevantes do ambiente à medida que planos 
organizacionais específicos começam a se 
materializar.
Assim, verifica-se que qualquer tipo de organização possui 
metas e objetivos a serem alcançados e, para que tais projeções se 
tornem realidade, é fundamental a estruturação do planejamento 
estratégico para manter a competitividade e aperfeiçoar as 
competências e eficiência da organização.
Para o estabelecimento de uma gerência estratégica, 
uma empresa deve formular estratégias que a levem a atingir 
os objetivos de longo prazo, considerando desde a formulação, 
implantação e avaliação de suas ações até o plano de ações. Nesse 
cenário, devem-se considerar diversas etapas fundamentais do 
processo, dentre as tais destacam-se o estabelecimento da missão 
ou um propósito para o projeto; avaliação do ambiente (externo); 
avaliação da organização (interno); definição de objetivos de 
longo prazo; estabelecimento de estratégias; execução dos planos; 
avaliação do desempenho; e retroalimentação (VALERIANO, 
2001).
Visto isto, constata-se a importância e complexidade do 
planejamento estratégico de uma organização e/ou um projeto, no 
qual diversas etapas devem ser elencadas e preparadas para que 
todo o processo seja executado de forma eficiente e os objetivos 
31
Capítulo 2 - A Importância do Planejamento Estratégico na Efetivação da Gestão de 
Projetos
alcançados.
Outro ponto fundamental a ser destacado neste processo 
está na implementação de estratégias, pois não basta apenas 
formulá-las; muito mais do que isso, se faz imprescindível sua 
implementação. 
Conforme apresentam Certo e Peter (2010, p. 29):
O sucesso na implementação de estratégias 
consiste no provável resultado obtido por 
uma organização quando ela tem uma 
estratégia claramente definida e implementa 
com eficácia. Uma abordagem de 
implementação é bem selecionada quando 
capitaliza oportunidades, pontos fortes e 
contorna, evita ou minimiza problemas em 
uma organização. A implementação eficaz 
de estratégias exige quatro tipos básicos de 
habilidade de execução – interação, alocação, 
monitoração e organização.
Portanto, para que a estruturação de um planejamento 
estratégico seja eficiente, a implementação das estratégias será 
ponto chave neste processo. Caberá, a partir do desenvolvimento 
de questões inerentes ao controle estratégico, avaliar e fomentar as 
melhores ações a serem desenvolvidas, bem como buscar clareza e 
efetividade nos resultados esperados.
2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Diante de um mercado amplamente competitivo, as 
organizações necessitam implementar um constante processo 
de evolução e criação para continuarem sua sobrevivência com 
um diferencial competitivo. Elas precisam estar prontas para 
enfrentar as rápidas mudanças e adaptar-se às ações do ambiente 
de concorrência em que estão inseridas, ações econômicas, sócias, 
32
Conhecimento e Gestão
tecnológicas, entre outras, que impactarão no desenvolvimento de 
suas atividades. Tais mudanças demandaram das organizações 
novos produtos e serviços, novos processos e planejamentos que 
necessitaram de gerenciamento. A resposta para tal dilema está na 
gestão de projetos e de sua viabilidade.
 Visto isso, a geração de projetos, desde a criação de 
novos produtos e/ou processos às novas diretrizes políticas, 
por exemplo, possibilitam o desenvolvimento de estratégias e 
preceitos que orientarão as empresas em busca de seus objetivos.
Neste contexto, inicialmente, se faz necessária a definição 
do conceito de projeto. Maximiano (2002) apresenta projeto como 
um empreendimento temporário ou uma possível sequência de 
atividades programadas com início, meio e fim, que terá por 
objetivo fornecer um produto ou serviço singular dentro de 
restrições orçamentárias. Assim, nota-se que o desenvolvimento 
de um projeto irá impactar na tomada de ações para se atingir 
um objetivo proposto, no qual serão pré-determinadas diretrizes 
e processos, respeitando prazos previamente determinados e 
condições orçamentárias existentes.
Corroborando com este cenário, Barbi (2007, p. 1) explana 
que:
Gerenciar um projeto é atuar de forma a 
atingir os objetivos propostos dentro de 
parâmetros de qualidade determinados, 
obedecendo a um planejamento prévio de 
prazos (cronograma) e custos (orçamento). 
O gerenciamento de projetos consiste na aplicação de 
conhecimento, técnicas e habilidades específicas para atender às 
propostas do projeto. Por meio da integração de diversas etapas 
e processos, o desenvolvimento e a execução de um projeto serão 
33
Capítulo 2 - A Importância do Planejamento Estratégico na Efetivação da Gestão de 
Projetos
gerenciados. 
Diversas influências organizacionais impactam no 
gerenciamento de projetos:
A cultura, estilo e estrutura da organização 
influenciam a maneira como os projetos 
são executados. O nível de maturidade 
em gerenciamento de projetos de 
uma organização e seus sistemas de 
gerenciamento de projetos também pode 
influenciar o projeto. Quando um projeto 
envolve entidades externas como as que são 
parte de joint ventures ou parcerias, ele será 
influenciado por mais de uma organização 
(PMBOK, 2013 p. 47).
Verifica-se que o gerenciamento de projetos é influenciado 
por diversos fatores organizacionais que atuarão na implementação 
das ações estratégicas de forma sistematizada e estruturada. Ainda 
neste contexto, Cleland e Ireland (2002) indicam que as funções 
principais relacionadas à gerência de projetos são o planejamento, 
organização, motivação, direção e controle. Estas funções visam 
planejar os procedimentos e técnicas a serem definidas para 
projetar a organização em busca de determinados objetivos 
e metas, levando em consideração os recursos necessários e 
disponíveis no ambiente, além de ressaltar diretrizes na tomada 
de decisão dos envolvidos e definir padrões de desempenho para 
avaliar o andamento e execução do projeto.
Portanto, na gestão de projetos, deve-se considerar a 
estrutura organizacional da empresa para a condução dos 
projetos, visando o estabelecimento do melhor sistema para 
atender às necessidades do empreendimento. Leal e Castro (2016, 
p. 25) destacam que “a gerência de projeto é empregada como 
um processo para que a estratégia de utilização de projetos leve 
34
Conhecimento e Gestão
ao alcance das metas, objetivos e missão da organização e traga 
benefícios à organização e seus envolvidos”.
Assim, a gerência de projetos visa oferecer benefícios para 
as diversas áreas de uma organização e aos diferentes grupos 
de stakeholders envolvidos no projeto. Para tanto, tem-se como 
premissa a necessidade do desenvolvimento de um planejamento 
estratégico e sua orientação efetiva para a viabilização do projeto.
2.2. GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE PROJETOS
A gerência de projetos é instituída para efetivar uma missão 
que é o motivo do empreendimento e também para alcançar os 
objetivos propostos. E, diante das mudanças ambientais e desafios 
encontrados ao longo do processo de sustentação de um projeto, 
o gerenciamento estratégico tem a finalidade de estruturar um 
equilíbrio nas ações a serem tomadas e permitir uma aplicaçãoefetiva da gerência estratégica.
Esta contextualização pode ser verificada conforme 
apresentam Leal e Castro (2016, p. 16): 
A prática da gestão estratégica de projetos 
nas organizações leva a promessa de 
ampliação dos níveis de racionalidade nas 
decisões empresariais, mediante adequado 
conhecimento dos fatores internos e externos 
que influenciam de forma determinada o seu 
funcionamento.
Logo, a racionalização das estratégias por parte do 
gerenciamento de projetos determinará ações a serem tomadas 
frente aos recursos disponíveis, empregando vantagens 
competitivas e agregando valor ao projeto. A criação de 
competências estratégicas ao longo de um projeto resultará em 
35
Capítulo 2 - A Importância do Planejamento Estratégico na Efetivação da Gestão de 
Projetos
valores a serem proporcionados aos produtos e/aos clientes do 
projeto.
O processo do gerenciamento estratégico é uma maneira 
de estabelecer a direção a ser seguida pelo projeto, consolidando 
uma integração das melhores estratégias mediante uma análise do 
ambiente, considerando as ameaças e oportunidades sob o aspecto 
externo e também as forças e fraquezas sob o aspecto interno. 
Para Valeriano (2001, p. 65) “a gerência estratégica formula, 
implementa e avalia linhas de ação multidepartamentais que 
levam um projeto a atingir seus objetivos de longo prazo, relativos 
a seus produtos, mercado, cliente [...]”. Dessa forma, a gestão 
estratégica é a habilidade de aplicar com eficácia os recursos 
existentes e explorar as conjunturas favoráveis, visando alcançar 
determinados objetivos predefinidos no planejamento estratégico.
O gerenciamento estratégico impulsionará um projeto a 
uma estruturação eficaz de suas premissas, considerando que ele 
possibilitará um desempenho valioso ao projeto, proporcionado 
valores e resultados. Milosevic e Srivannaboon (2006, p. 99) 
indicam isto ao propor que “[...] quando as organizações têm 
seus projetos relacionados à estratégia, [elas] são mais capazes de 
alcançar suas metas organizacionais”.
Implementar um gerenciamento estratégico em projetos 
possibilitará maiores chances de se obter sucesso, pois criará um 
cenário coerente e sustentará a performance do projeto. “Quanto 
melhor for a implementação da estratégia empresarial e quanto 
mais proficiente for a sua execução, maior será a chance de que 
a empresa tenha um desempenho saudável” (THOMPSON; 
STRICKLAND III, 2003, p. 2).
Portanto, o planejamento estratégico é de fundamental 
36
Conhecimento e Gestão
importância na efetivação da gestão de projetos, pois estruturará 
um ambiente favorável ao desenvolvimento do empreendimento; 
deve estabelecer critérios estratégicos para a tomada de 
decisão, cuidando para que a alocação dos recursos seja 
eficaz e, consequentemente, a obtenção dos objetivos traçados 
fundamentada é uma orientação estratégica. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Na medida em que os projetos são necessários e desenvolvidos 
pelas empresas, elas enfrentam desafios e obstáculos em seu 
progresso e implementação; a alocação eficiente dos recursos 
disponíveis no ambiente se torna um requisito fundamental e 
necessário para o sucesso do projeto e, para que todo este cenário 
seja possível, o planejamento estratégico é parte integrante e 
impactante do processo.
O planejamento estratégico permitirá que seja traçado um 
caminho com clareza a ser percorrido pelo empreendimento, 
considerando as forças e fraquezas do ambiente interno, bem 
como as oportunidades e ameaças do ambiente externo, para, 
assim, propor critérios estratégicos na tomada de decisão e, 
consequentemente, obtenção dos objetivos e metas.
Logo, o gerenciamento estratégico de projeto viabilizará a 
execução de um empreendimento adequado, propiciando meios 
eficientes e resultados eficazes e, dessa forma, ajustando um plano 
de ação para a tomada de decisão estratégica.
O desenvolvimento deste trabalho contribuiu para a 
discussão de como o planejamento estratégico é vital em uma 
gestão de projeto e pode servir de base para trabalhos futuros 
37
Capítulo 2 - A Importância do Planejamento Estratégico na Efetivação da Gestão de 
Projetos
relacionados à temática. Espera-se que o tema desenvolvido seja 
permanentemente considerado relevante no meio, acurando novos 
conhecimentos e atualizações acerca do planejamento estratégico.
REFERÊNCIAS 
BARBI, F. C. Os 7 passos do gerenciamento de projetos. Disponível 
em: <http://www.microsoft.com/brasil/msdn/tecnologias/carreira/
gerencprojetos.mspx> Acesso em: 16 out. 2016. 
CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração Estratégica. Planejamento 
e implantação de estratégias. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do 
Brasil, 2010.
CLELAND, D. I.; IRELAND, L. R. Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: 
Reichmann & Affonso, 2002.
LEAL, G. C. L.; Castro, S. C. Conceitos de projetos e de Viabilidade. 
Maringá: UniCesumar, 2016.
MAXIMIANO, Antonio C. A. Administração de projetos. Como 
transformar ideias em resultados. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
MILOSEVIC, D.; SRIVANNABOON, S. A theoretical framework 
for aligning project management with businesss strategy. Project 
Management Journal, v. 37, n. 3, p. 98-110, aug. 2006.
PROJECT MANAGENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento de 
Projetos (Guia PMBOK). 5. ed. Editora Project Management, 2013.
REIS, E. P.; ARMOND, A. C. Empreendedorismo. Curitiba: IESDE 
Brasil S.A., 2012.
STONE, Bob. Marketing direto. São Paulo: Nobel, 1992.
THOMPSON, A. A.; STRICKLAND III, A. J. Planejamento estratégico: 
elaboração, implementação e execução. São Paulo: Thompson Pioneira, 
2003. 
VALERIANO, Dalton L. Gerenciamento Estratégico e Administração 
por Projetos. São Paulo: Makron Books, 2001.
38
Conhecimento e Gestão
Fernanda Faulstich1
Paulo Henrique Franzão Silva2
Análise da Lucratividade da Cultura 
de Soja:
O Estudo de Caso dos Cooperados da 
Agrária entre o Período de 2010 a 2016
CAPÍTULO 3
1. Graduada em Agronomia pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicen-
tro). Pós-graduanda em EaD em Gestão do Agronegócio pelo Centro Universitário 
de Maringá (Unicesumar).
2. Graduado em Tecnologia em Agronegócio pela Unicesumar (2013). Especialista 
em EAD e as Tecnologias Educacionais pela Unicesumar (2015). MBA em Agrone-
gócio pela Unicesumar (2015).
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho refere-se a um estudo de caso de uma 
produtora agrícola, cuja área localiza-se no distrito de Entre 
Rios, município de Guarapuava (PR). O estudo envolveu o 
levantamento dos custos produtivos provenientes da cultura de 
soja dos anos 2010 a 2016.
O tema foi escolhido por se tratar da principal commoditie 
do agronegócio brasileiro, a qual lhe confere uma das maiores 
lucratividades. No entanto, fica evidente aos produtores 
primários envolvidos na cadeia de produção da soja que os custos 
de produção, a cada ano, se apropriam de um pedaço cada vez 
maior do lucro obtido.
Sendo assim, cabe ao presente trabalho verificar a 
sustentabilidade da cadeia, isto é, estimar a margem líquida 
que a produtora obtém com a semeadura da soja no decorrer 
40
Conhecimento e Gestão
dos anos, avaliando a geração de capital ativo ou passivo. Com 
isso, a produtora em questão será capaz de alinhar melhor a sua 
atividade.
Para tanto, os dados de custo de produção, de produtividade 
e valor de venda serão adquiridos junto à assistência técnica da 
cooperativa da qual a produtora faz parte. Depois, os dados serão 
tabulados em planilha do Excel e analisados estatisticamente por 
meio dos softwares Sisvar®.
O artigo alavancará os dados pertinentes em dois tópicos, 
sendo que no primeiro será abordada a base histórica da cultura da 
soja, seguido pelo panorama nacional relacionado aos valores de 
mercado no decorrer dos anos. Posteriormente, será evidenciada 
na metodologia a variação entre os dados por meio de modelos 
estatísticos, e, por fim, as considerações finais.
2. CADEIA PRODUTIVA DA SOJA
2.1. EVOLUÇÃODA CULTURA DA SOJA
A cultura entrou efetivamente no cenário nacional na década 
de sessenta. A sua produção foi possível devido a três fatores: a 
cultura cafeeira, responsável pelo maior volume de exportação da 
época, entrou em declínio de produção e comercialização mundial; 
encontrou-se na cultura da soja uma opção para a rotação de 
culturas para o trigo; e houve uma campanha para promover a 
produção suína e avícola no país, necessitando, assim, de maiores 
volumes de soja para a alimentação destes animais (APROSOJA 
BRASIL, 2002a).
Segundo o mesmo autor, a elevação do preço da soja em 
41
Capítulo 3 - Análise da Lucratividade da Cultura de Soja
1970 estimulou agricultores e governo, passando-se, então, a 
investir em tecnologia visando a adaptação da soja às condições 
edafoclimáticas brasileiras, passando a competir mundialmente 
pelo mercado da soja. Assim, deu-se inicio à expansão do 
mercado e das exportações, incrementando a produção agrícola 
com ampliação de pesquisas e implantação de novas tecnologias 
para o setor.
Assim, a soja e todos os seus produtos e subprodutos do 
complexo assumiram grande importância na economia brasileira, 
além de gerar renda para os diversos elos da cadeia agroindustrial 
(MARGARIDO; SOUSA 1998).
2.2. PANORAMA DA SOJA 
O mercado da soja comporta-se de forma diferenciada ao 
longo dos anos, refletindo diretamente sobre o custo de produção 
e consequente na lucratividade do produtor rural. O ano-safra de 
2009/2010 caracterizou-se pela expansão das áreas produtoras 
de soja em território nacional. Os fatores que induziram essa 
ampliação foram os menores custos de produção se comparada 
com a cultura do milho, principal concorrente, assim como aos 
baixos preços de mercado do milho, gerando maior liquidez 
à cultura da soja, aquecendo os mercados interno e externo em 
relação à oleaginosa (AGROANALYSIS, 2016a). 
Foi um ano com a presença do evento climático El niño, 
com distribuição homogênea das precipitações, mantendo a 
produção elevada (JACOBSEN, 2010). Entretanto, enquanto que 
a produção foi excelente, o valor de venda ao agricultor foi abaixo 
das expectativas. Uma das razões para isso foi a abundância da 
42
Conhecimento e Gestão
safra mundial, reduzindo as cotações da soja (CONAB, 2010).
Já no ano seguinte, safra 2010/2011, houve a influência 
da La niña, ou seja, principalmente o Sul do Brasil sofreu com 
estiagem, sendo que algumas regiões tiveram suas produtividades 
comprometidas. Assim como o Brasil, a China, grande consumidora 
de soja, também obteve frustação de safra, necessitando recorrer 
à importação da oleaginosa, aquecendo o mercado e elevando 
as cotações. Em resumo, o ano foi proveitoso para aqueles que 
não tiveram suas áreas atingidas pela seca, uma vez que houve 
a oportunidade de bons preços e custos de produção reduzidos 
(AGRONALYSIS, 2016b). 
Na safra 2011/2012, as commodities em geral tiveram um 
bom preço. Juntamente, houve maior investimento dos produtores 
em vista de aumentar suas produções e, consequentemente, suas 
margens de lucro. Este maior investimento é sinônimo de custo de 
produção superior, uma vez que o produtor rural passa a investir 
um percentual maior de seu capital na sua atividade, sendo que 
o retorno veio com produtividades superiores às do ano anterior 
(FILHO et al. 2011).
Devido à quebra de rendimento norte-americano por conta 
da seca, as exportações para a China tiveram seu volume elevado 
no ano-safra de 2012/2013, resultando na elevação das cotações. 
Além disso, as produções obtidas pelos produtores foram 
recordes até então, resultado do maior investimento em máquinas, 
implementos e tecnologia. Em resumo, foi um excelente ano aos 
agricultores brasileiros (AGROANALYSIS, 2016c).
Diferentemente da safra anterior, a safra 2013/2014 teve 
seus custos de produção maiores, além de as condições climáticas 
desfavorecerem a atividade agrícola, uma vez que chuvas em 
43
Capítulo 3 - Análise da Lucratividade da Cultura de Soja
excesso ou estiagem em diferentes regiões do território nacional 
subtraíram o volume colhido, provocando reação positiva no 
preço dos grãos (FILHO et al. 2014).
Na safra 2014/2015 houve recorde de produção na safra 
estadunidense, resultando em uma queda dos preços no mercado 
mundial. Em contrapartida, houve a valorização do dólar devido 
ao início da crise nacional, sustentando os preços e favorecendo o 
produtor, uma vez que a produtividade foi boa em decorrência do 
clima favorável (FILHO, 2015). 
E, por fim, a safra 2015/2016 foi caracterizada pelo El 
niño, resultando em altas produtividades, somada pelo elevado 
valor de venda pela valorização do dólar em decorrência da 
intensificação da crise brasileira. No entanto, valorizaram-se 
também os insumos, incorrendo em maiores custos de produção 
(SEVERO; SOPRANA, 2015).
3. LUCRATIVIDADE OBTIDA 
COM A CULTURA DA SOJA
Quando falamos de lucratividade referimo-nos a um indicador 
de desempenho. Com o acompanhamento deste indicador, é 
possível conhecer o retorno financeiro do negócio, assim como 
fundamentar a tomada de decisões para eventuais alterações 
do sistema de gestão, corte de gastos e até a venda da empresa. 
Quando um negócio não é rentável, o empresário passa a ter 
despesas ao invés de lucro, tornando o negócio insustentável 
(ZUINI, 2016). 
O produtor rural procura no cultivo da soja maiores 
rentabilidades em decorrência dos menores custos de produção 
44
Conhecimento e Gestão
associados aos lucros expressivos. Segundo o estudo de Vivan et 
al. (2015), evidenciou-se que, no período de 1961 a 2010, a cultura 
da soja realmente foi a que apresentou menores custo de produção 
se comparada com as culturas de milho e feijão, principais 
concorrentes da soja. 
Outro fator que coloca a soja em lugar de destaque em 
relação aos valores de venda é o consumo crescente. Suas principais 
finalidades são a exportação do próprio grão principalmente para 
a China, outra grande consumidora, uma vez que a soja é uma 
das bases alimentares dos chineses; emprega-se o grão da soja 
também para a formulação de rações animais; além da produção 
de biodiesel, sendo que 80,0% do biodiesel brasileiro é feito à base 
de óleo da soja (APROSOJA BRASIL, 2016b).
Mesmo mostrando-se uma cultura rentável, os produtores 
de soja vêm enfrentando dificuldades econômicas, por exemplo: os 
custos de produção elevam-se desproporcionalmente aos preços 
pagos ao produtor, uma vez que faltam políticas de garantia de 
preço mínimo. Tudo isso associado aos riscos relacionados às 
condições climáticas, pragas e doenças enfrentadas pela cultura. 
Resumindo, o produtor necessita aumentar a sua produção com 
quantidade reduzida de recursos financeiros (HIRAKURI et al. 
2016).
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
A pesquisa realizada é de natureza exploratória, uma vez que 
permitiu a análise de diversos pontos do objeto em estudo. 
Em geral, as pesquisas exploratórias envolvem levantamentos 
bibliográficos e técnicas observacionais com as quais se analisa 
45
Capítulo 3 - Análise da Lucratividade da Cultura de Soja
as questões práticas que envolvem o problema da pesquisa 
(ALMEIDA, 2014). 
Primeiramente, utilizou-se a técnica observacional em 
busca de um problema comum na região de Guarapuava e para 
levantamento de dados iniciais. Esta técnica procura examinar 
fatos do que se pretende estudar na menção de obter determinados 
aspectos da realidade (ALMEIDA, 2014).
Em seguida, evidenciado o problema, procedeu-se com a 
pesquisa bibliográfica em busca de explicações das razões das 
oscilações nos rendimentos dos produtores de soja. Este tipo de 
pesquisa busca aproximar o pesquisador do tema proposto, além 
de proporcionar fundamentação teórica e auxiliar na delimitação 
do problema.
4.1. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 
Os dados de produtividade, preço de venda e custo de 
produção foram obtidos por meio da assistênciatécnica da 
Cooperativa Agrária Agroindustrial, localizada no distrito de Entre 
Rios, Município de Guarapuava (PR). A área produtiva referente 
a este trabalho foi de uma agricultora cooperada, tomando-se a 
cultura da soja como referência. As informações dos anos de 2010 
a 2016 foram tabuladas e analisadas estatisticamente por meio 
do software Sisvar®. Foi realizada uma pesquisa documental, 
obtendo-se como base o histórico de dados obtido por meio da 
Cooperativa citada. 
A Cooperativa Agrária Agroindustrial foi fundada em 5 de 
maio de 1951 com a chegada dos imigrantes alemães refugiados 
da Segunda Guerra Mundial, objetivando apoiar 500 famílias de 
46
Conhecimento e Gestão
Suábios do Danúbio a reiniciarem suas vidas em terras brasileiras. 
Possui como visão o desenvolvimento, produção e comercialização 
de produtos agroindustriais e serviços, por meio de agregação de 
valor, com tecnologia adequada e qualidade superior, visando 
sempre à satisfação de seus clientes, com respeito ao indivíduo, 
ao meio ambiente e aos princípios cooperativistas. Sua visão 
compreende se tornar referência nacional em tecnologia de 
produção agroindustrial e gestão cooperativista. Sendo, para 
tanto, norteada pelos seus valores, os quais são: ética, inovação, 
qualidade, respeito, humildade, comprometimento, tradição e 
trabalho em equipe.
Seus principais produtos destinados à comercialização são 
o malte, utilizado por grande número de cervejarias nacionais e 
internacionais; sementes para semeadura das culturas de soja, 
trigo, cevada e aveia; rações para nutrição das mais diversas 
espécies animais; óleo degomado e farelo de soja; diferentes tipos 
de farinhas de trigo; e grits e flakes de milho.
4.2. TÉCNICA UTILIZADA 
O método utilizado para a realização da pesquisa documental 
foi o levantamento de dados, assim como questionamentos 
abertos à produtora com relação às individualidades de cada ano-
safra. Após a coleta de dados, deverá ser realizada a tabulação 
dos dados em forma de tabelas, a análise dos dados obtidos e a 
interpretação dos resultados.
Uma pesquisa documental foi realizada para o 
levantamento dos dados necessários para embasá-la. Os dados 
foram coletados de fonte fidedigna - neste cenário, a Cooperativa 
47
Capítulo 3 - Análise da Lucratividade da Cultura de Soja
Agrária Agroindustrial e os dados interpretados e comparados 
para concluir o projeto (ALMEIDA, 2014). 
4.3. ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS 
RESULTADOS 
Na Tabela 1, é possível visualizar a produtividade por 
unidade de área, o valor de venda dos grãos, a margem bruta 
obtida com a venda da soja, o custo total por unidade de área e a 
margem líquida da produtora nos anos/safra 2009/10, 2010/11, 
2011/12, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16.
Com esses dados, é possível considerar que a cultura da soja 
apresentou um incremento médio de produtividade e elevação do 
custo a cada ano/safra de forma significativa. No entanto, com o 
mercado nacional e internacional favorável em relação ao grão em 
questão, o produtor ainda consegue obter um lucro líquido por 
unidade de área cada vez mais expressiva.
Tabela 1 – Análise da lucratividade do produtor com a cultura da soja 
nos anos-safra de 2009/2010 a 2015/2016.
ANO 
SAFRA
PRODU-
TIVIDA-
DE /HA 
VALOR 
DE 
VENDA
LUCRO 
BRUTO/HA 
CUSTO 
TOTAL/HA 
MARGEM 
LÍQUIDA/
HA 
2009/10 3418,73 a R$ 37,22 a R$ 2.120,75 a R$ 572,71 a R$ 1.548,04 a
2010/11 3510,38 b R$ 45,52 b R$ 2.663,44 b R$ 674,16 b R$ 1.989,28 b
2011/12 3636,04 c R$ 59,23 c R$ 3.589,20 c R$ 621,44 c R$ 2.967,76 c
2012/13 4025,12 d R$ 58,00 d R$ 3.890,83 d R$ 836,85 d R$ 3.053,98 d
2013/14 4155,56 e R$ 66,70 e R$ 4.619,43 e R$ 1.128,74 e R$ 3.490,69 e
2014/15 5399,43 f R$ 62,51 f R$ 5.625,68 f R$ 1.808,12 f R$ 3.817,56 f
2015/16 5266,71 g R$ 77,57 g R$ 6.808,58 g R$ 1.555,98 g R$ 5.252,60 g
*Valores seguidos de letras iguais não diferem entre si nas colunas pelo 
teste de Tukey a 99,0% de significância.
Fonte: os autores (2016).
48
Conhecimento e Gestão
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Evidenciou-se que a cultura da soja foi e continua sendo de 
extrema importância para a evolução e sobrevivência humana, 
mostrando-se recurso básico para a alimentação, principalmente 
dos povos asiáticos.
O mercado da soja mostra-se crescente devido à elevação 
do consumo do grão na alimentação humana e animal. No 
entanto, é necessário que haja prudência e avaliação constante do 
mercado para determinação de maior nível de investimento. Uma 
vez que o Brasil não possui garantia de preço mínimo e por se 
tratar de uma atividade de elevado risco, principalmente devido à 
suscetibilidade às condições climáticas, é preciso que haja cautela 
e planejamento antecipado.
Com o cultivo crescente e intensivo da soja, surgem, a cada 
ano, novas pragas e moléstias que atacam a cultura. Sendo assim, 
não só um bom planejamento econômico é necessário, como 
também um acompanhamento adequado de medidas preventivas 
que não agridam o meio ambiente, tendo sempre em mente o 
manejo de sistemas sustentáveis.
Com a realização do presente trabalho, pode-se concluir 
que o custo de produção total por hectare foi crescente ao longo 
dos anos-safra avaliados. Porém, mesmo assim, a produtora 
obteve margem líquida por hectare positiva em decorrência da 
elevação da produtividade por hectare, assim como o valor de 
venda dos grãos de soja e, consequentemente, o lucro bruto por 
hectare. Sendo assim, a cultura da soja foi e permanece sendo 
viável, viabilizando ao produtor rural um lucro líquido crescente 
no decorrer dos anos analisados.
49
Capítulo 3 - Análise da Lucratividade da Cultura de Soja
REFERÊNCIAS 
AGROANALYSIS. A expansão geográfica da soja. Agroanalysis, 
mar./2010. Disponível em: <http://www.agroanalysis.com.br/3/2010/
mercado-negocios/safra-200910-ii-a-expansao-geografica-da-soja>. 
Acesso em: 09 ago. 2016a.
______.Preços Aquecidos agitam plantio. Agroanalysis, jan./2011. 
Disponível em: <http://www.agroanalysis.com.br/1/2011/mercado-
negocios/safra-201011-precos-aquecidos-agitam-plantio>. Acesso em: 
09 ago. 2016b.
______.Infraestrutura limita competitividade. Agroanalysis, mar./2013. 
Disponível em: <http://www.agroanalysis.com.br/3/2013/mercado-
negocios/safra-201213-ii-infraestrutura-limita-competitividade>. Acesso 
em: 10 ago. 2016c. 
ALMEIDA, S. do. C. D. Metodologia da pesquisa. Centro Universitário 
de Maringá. Maringá: Núcleo de Educação a Distância, 2014. 
APROSOJA BRASIL. A história da soja. Disponível em: <http://
aprosojabrasil.com.br/2014/sobre-a-soja/a-historia-da-soja/>. Acesso 
em: 09 ago. 2016a. 
APROSOJA BRASIL. Uso da soja. Disponível em: <http://
aprosojabrasil.com.br/2014/sobre-a-soja/uso-da-soja/>. Acesso em: 20 
ago. 2016b. 
CONAB. Acompanhamento de safra brasileira: grãos, quarto 
levantamento, janeiro 2010. Brasília: Conab, 2010.
HIRAKURI, M. H. et al. Custos e rentabilidade. Disponível em: 
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/soja/arvore/
CONTAG01_17_271020069131.html>. Acesso em: 01 set. 2016.
JACOBSEN, L.A. Safra de grãos 2009/10: uma breve análise. Revista 
Plantio Direto. Passo Fundo, ed. 117, mai./jun. 2010. Disponível em: 
<http://www.plantiodireto.com.br/?body=cont_int&id=987>. Acesso 
em: 09 ago. 2016.
FILHO, L. R. R.; AGUIAR, G. A. M.; JUNIOR, A. M. T. Boa rentabilidade 
em 2014. Soja. Agroanalysis. abr. 2014 Disponível em: <http://www.
agroanalysis.com.br/4/2014/mercado-negocios/soja-boa-rentabilidade-
em-2014>. Acesso em: 11 ago. 2016.
http://www.agroanalysis.com.br/3/2013/mercado-negocios/safra-201213-ii-infraestrutura-limita-competitividade
http://www.agroanalysis.com.br/3/2013/mercado-negocios/safra-201213-ii-infraestrutura-limita-competitividade
http://www.agroanalysis.com.br/4/2014/mercado-negocios/soja-boa-rentabilidade-em-2014
http://www.agroanalysis.com.br/4/2014/mercado-negocios/soja-boa-rentabilidade-em-2014http://www.agroanalysis.com.br/4/2014/mercado-negocios/soja-boa-rentabilidade-em-2014
FILHO, L. R. R. et al. De onde vem o dinheiro? Mais tecnologia e 
investimento na safra 2011/12. Agroanalysis. dez. 2011 disponível em: 
<http://www.agroanalysis.com.br/12/2011/mercado-negocios/mais-
tecnologia-e-investimentos-na-safra-201112-de-onde-vem-o-dinheiro>. 
Acesso em: 10 ago. 2016.
FILHO, L. R. R. Dólar garante melhor preço. Soja e milho. Agronalysis. 
abr./2015. Disponível em: <http://agroanalysis.com.br/index.
php/4/2015/mercado-negocios/soja-e-milho-dolar-garante-o-melhor-
preco>. Acesso em: 10 ago. 2016.
SEVERO, K.; SOPRANA, P. Sete desafios para a safra de soja 2015/2016. 
Disponível em: <http://www.canalrural.com.br/noticias/mercado-e-
cia/sete-desafios-para-safra-soja-2015-2016-56886>. Acesso em: 10 ago. 
2016.
MARGARIDO, M. A.; SOUSA, E. L. L. A formação de preços da soja 
no Brasil. Revista de economia agrícola, São Paulo, v. 45, n. 2, p. 52-61, 
1998. 
VIVAN, G. A. et al. Rendimento e rentabilidade das cultura da soja, 
milho e feijão cultivados sob condições de sequeiro. Semina: Ciências 
Agrárias, Londrina, v. 36, n. 5, p. 2943-2950, set./out. 2015.
ZUINI, Priscila. Como calcular a rentabilidade de sua empresa? 
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-
calcular-a-rentabilidade-da-sua-empresa/>. Acesso em: 01 set. 2016.
 
http://www.agroanalysis.com.br/12/2011/mercado-negocios/mais-tecnologia-e-investimentos-na-safra-201112-de-onde-vem-o-dinheiro
http://www.agroanalysis.com.br/12/2011/mercado-negocios/mais-tecnologia-e-investimentos-na-safra-201112-de-onde-vem-o-dinheiro
http://agroanalysis.com.br/index.php/4/2015/mercado-negocios/soja-e-milho-dolar-garante-o-melhor-preco
http://agroanalysis.com.br/index.php/4/2015/mercado-negocios/soja-e-milho-dolar-garante-o-melhor-preco
http://agroanalysis.com.br/index.php/4/2015/mercado-negocios/soja-e-milho-dolar-garante-o-melhor-preco
Paulo Cesar Albach1
Leonardo Cassaro2
1. Pós-graduando em EaD Gestão Empresarial pelo Centro Universitário Cesumar 
– Unicesumar, 2016. Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Es-
tadual de Ponta Grossa – UEPG.
2. Pós-Graduação em Comércio e Negócios Internacionais pela Unicesumar; 
Graduação em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela Faculdade 
Maringá.
Potencial Econômico das 
Águas Subterrâneas para Fins 
de Utilização Agropecuária 
no Sul do Estado do Piauí
CAPÍTULO 4
1. INTRODUÇÃO
A agropecuária e o agronegócio do Brasil lideram a produção 
mundial de alimentos e o incremento no produto interno bruto - 
PIB. Negociações geradas por estes setores impulsionam índices 
de emprego e renda de trabalhadores dentro e fora do país.
A região Nordeste, especificamente o MATOPIBA (composta 
por macrorregiões envolvendo os Estados do Maranhão, Piauí, 
Tocantins e Bahia) desponta como uma das últimas fronteiras 
agrícolas nacionais, caracterizada pelas condições favoráveis de 
solo, clima e logística privilegiada.
Somadas a essas condições, o volume hídrico subterrâneo 
disponível para captação no Nordeste carece ser estudado a fim 
de garantir à população o acesso ao saneamento básico e usos 
econômicos das águas.
52
Conhecimento e Gestão
O presente artigo objetiva contemplar abordagens da 
literatura disponível quanto ao potencial de aproveitamento do 
uso das águas subterrâneas do aquífero “Cabeças”, localizado na 
Bacia Sedimentar do Rio Parnaíba, ao sul do Estado do Piauí, para 
fins de desenvolvimento econômico agropecuário regional.
Pretende-se neste estudo analisar as características 
quanto à importância social, pública e econômica dos aquíferos 
subterrâneos do sul do Piauí e confrontar informações quanto 
à viabilidade, impedimentos e programas de investimento na 
utilização do aquífero “Cabeças”, para satisfazer as atividades 
econômicas e viabilidade no atendimento de produtores rurais 
e as restrições e exigências da legislação ambiental brasileira 
quanto ao uso econômico das águas subterrâneas para viabilizar 
os projetos e promover o desenvolvimento regional.
2. ÁGUA
O êxito das diferentes civilizações quanto aos aspectos de 
crescimento e desenvolvimento, sobreviver e prosperar social 
e economicamente com suas populações está diretamente 
relacionado ao recurso natural água na qualidade e quantidade 
disponível, métodos de aproveitamento e a capacidade de 
transformação regida pela disponibilidade hídrica no meio 
ambiente.
2.1. A ÁGUA NO CONTEXTO GLOBAL
No meio ambiente, a água é componente essencial para 
a manutenção da vida, sendo regida pelo ciclo hidrológico. A 
53
Capítulo 4 - Potencial Econômico das Águas Subterrâneas para Fins de Utilização 
Agropecuária no Sul do Estado do Piauí
continuidade de todas as espécies está associada à incondicional 
presença da água (TUNDISI, MATSUMURA-TUNDISI, 2011).
De acordo com Reis, Fadigas e Carvalho (2012), das formas 
disponíveis e com acesso pelo homem, as águas subterrâneas 
representam a maior fração reserva da água doce mundial, 
permanecendo armazenadas em aquíferos a profundidades 
variadas. 
No Brasil, a água doce representa cerca de 12% do volume 
mundial, enquanto que na América Latina este volume representa 
53% de todos os recursos hídricos. O objetivo da ONU para o 
século XXI é o de melhorar as condições de acesso, uso eficiente 
da água para consumo humano e nas atividades econômicas, 
por meio de debates integrados que promovam a inovação e 
o desenvolvimento sustentável em projetos para maximizar 
a distribuição e o reaproveitamento, combater a exploração 
desenfreada, desperdício, degradação ambiental, poluição e má 
qualidade da água (REIS, FADIGAS e CARVALHO, 2012).
2.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO 
NORDESTE BRASILEIRO
No Nordeste brasileiro, região abrangente da maior porção 
de terras do Semiárido do país, a média pluviométrica oscila com 
índices de 200 a 800 mm/ano, sendo considerado o semiárido 
mais chuvoso do planeta, entretanto com uma distribuição 
muito irregular e alta taxa de evapotranspiração, o que impacta 
diretamente na oferta hídrica (FILHO; FEITOSA e XAVIER, 2012).
Filho, Feitosa e Xavier (2012) consideram que além dos 
fatores climáticos adversos, a história da região mostra que fora 
54
Conhecimento e Gestão
prejudicada no passado pela concentração da posse e uso da água 
entre os mais abastados, fato agravado pelas ainda praticadas 
políticas governamentais ineficientes que conduzem somente 
medidas paliativas, sem pensar em soluções definitivas para o 
problema da seca. 
Filho, Feitosa e Xavier (2012) foram categóricos em afirmar: 
“é importante salientar que os efeitos da seca no semiárido do 
estado não é uma questão de falta de água, mas, sobretudo, de 
gerenciamento de seus recursos hídricos”, que trazem à realidade 
da importância do desenvolvimento sustentável e gestão dos 
recursos naturais. 
2.3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL APLICADO NA 
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Andrade (2015) cita que a Constituição Brasileira estabelece 
que as riquezas minerais do país pertençam à União, cabendo 
ao proprietário da terra apenas o seu direito de uso, conforme 
determinação da Política Nacional de Recursos Hídricos 
instituídos pela Lei 9.433 de 1997.
Schmidt (2007) destaca que para a exploração hídrica 
subterrânea, antes da implantação de um poço, é preciso que se 
tenha conhecimento do perfil litológico do solo, perfil das rochas 
e a vazão média esperada e necessária para o projeto, visto que 
o custo da construção é tido como oneroso, e essas informações 
serão de suma importância para sua aprovação perante o órgão 
ambiental.
Em termos ambientais, Landau, Guimarães e Souza (2014) 
relacionam que o impacto da captação desenfreada, somadas 
55
Capítulo 4 - Potencial Econômico das Águas Subterrâneas para Fins de Utilização 
Agropecuária no Sul do Estado do Piauí
as práticas intensivas de manejo do solo sem responsabilidade 
podem acarretar perdas significativas no rendimento

Outros materiais