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Questões de Direito Penal

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1.
		(OAB Exame Unificado XIV) Isadora, mãe da adolescente Larissa, de 12 anos de idade, saiu um pouco mais cedo do trabalho e, ao chegar à sua casa, da janela da sala, vê seu companheiro, Frederico, mantendo relações sexuais com sua filha no sofá. Chocada com a cena, não teve qualquer reação. Não tendo sido vista por ambos, Isadora decidiu, a partir de então, chegar à sua residência naquele mesmo horário e verificou que o fato se repetia por semanas. Isadora tinha efetiva ciência dos abusos perpetrados por Frederico, porém, muito apaixonada por ele, nada fez. Assim, Isadora, sabendo dos abusos cometidos por seu companheiro contra sua filha, deixa de agir para impedi-los. Nesse caso, é correto afirmar que o crime cometido por Isadora é
	
	
	
	comissivo próprio.
	
	
	comissivo.
	
	
	omissivo impróprio.
	
	
	omissivo próprio.
	
	
	omissivo por comissão.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Wallace foi denunciado pela prática de estupro no dia 12 de julho de 1990, por volta das 22h30. Tinha na época quase 21 anos, visto que fora nascido em 13 de julho. Do fato, restou condenado em 15 de agosto de 1995, tendo o magistrado aplicado a pena mínima de 6 anos de reclusão face à incidência dos institutos repressores da Lei de crimes hediondos , Lei n.8072 de 25 de julho de 1990. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre conflito de leis penais no tempo, assinale a alternativa correta:
	
	
	
	a sentença está incorreta, pois ela foi prolatada quando a Lei dos Crimes Hediondos já estava produzindo seus efeitos, havendo ofensa ao princípio da ultratividade
	
	
	a sentença está correta, pois ela foi prolatada quando a Lei dos Crimes Hediondos já estava produzindo seus efeitos, não havendo ofensa alguma ao art. 2º do CP, que trata do princípio da culpabilidade, o qual inclusive previsto na Constituição Federal em seu art. 5º , XL
	
	
	a sentença está correta, pois ela foi prolatada quando a Lei dos Crimes Hediondos ainda não estava produzindo seus efeitos, não havendo ofensa alguma ao art. 2º do CP, que trata do princípio da irretroatividade da lei penal severa, o qual inclusive previsto na Constituição Federal em seu art. 5º , XL
	
	
	aberratio ictus
	
	
	a sentença está incorreta, pois ela foi prolatada quando a Lei dos Crimes Hediondos já estava produzindo seus efeitos, havendo ofensa ao art. 2º do CP, que trata do princípio da irretroatividade da lei penal severa, o qual inclusive previsto na Constituição Federal em seu art. 5º , XL
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Quanto ao tempo do crime (art. 4°, CP), é CORRETO afirmar:
	
	
	
	Para nosso Código Penal, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, mesmo que ainda seja outro o momento do resultado, vez que adotada a teoria da atividade.
	
	
	O adolescente Leonardo, um dia antes de completar 18 anos, querendo ainda aproveitar-se de sua inimputabilidade, desfere tiros contra a vítima Leandro, que somente vem a falecer uma semana depois. Neste caso, graças à adoção da teoria do resultado pelo nosso Código Penal, Leonardo não se verá livre de responder pelo crime de homicídio.
	
	
	Para o Código Penal, considera-se praticado o crime quando o agente atinge o resultado, ainda que seja outro o momento da ação ou omissão, vez que adotamos a teoria da atividade.
	
	
	Para o Código Penal, vez que adotada a teoria da ubiquidade ou mista, considera-se praticado o crime quando o agente atinge o resultado nos crimes materiais, ou no caso dos delitos de mera conduta, no momento da ação ou omissão.
	
	
	No caso dos crimes permanentes - exceções que são à teoria do resultado adotada pelo Código Penal - considera-se praticado o delito no momento do início da execução.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão,ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura- Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/ Vunesp 2006)
	
	
	
	A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência.
	
	
	A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei.
	
	
	A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda.
	
	
	A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade
	
	
	A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, pois trata-se de pluralidade de crimes.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Um adolescente de 17 anos e 06 meses, recém-casado, atirou contra uma senhora de 65 anos, ferindo-a gravemente. Socorrida por policiais, ela permaneceu em estado de coma, falecendo 09 meses após o incidente. Diante desta conduta o sujeito ativo:
	
	
	
	Não será responsabilizado penalmente, mas pelo ECA, pois era adolescente no momento da prática da ação delituosa e pelo fato do nosso ordenamento jurídico ter adotado a teoria da atividade, em relação ao tempo do crime.
	
	
	Responderá nos termos do Código Penal, por homicídio, pois o resultado morte ocorreu, quando tinha mais de 18 anos e em razão da adoção pelo nosso código penal pátrio da teoria do resultado.
	
	
	Será responsabilizado pelo crime de lesão corporal previsto no Código Penal.
	
	
	Não será responsabilizado penalmente, pois a lei não descreve a conduta do agente
	
	
	Responderá de acordo com o Código penal, por ser emancipado em razão do casamento. Pouco importando o momento da ação ou do resultado.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro adotou, respectivamente, as teorias da(do) (Defensor/RN/2006)
	
	
	
	atividade e ubiquidade.
	
	
	ubiquidade e resultado.
	
	
	resultado e ubiquidade.
	
	
	resultado em ambos os casos
	
	
	ubiquidade e ambiguidade.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Com relação à aplicação da lei penal no tempo, assinale a alternativa correta:
	
	
	
	a lei penal mais benéfica é retroativa, todavia apenas atinge os efeitos penais da condenação.
	
	
	a lei excepcional ou temporária aplicar-se-á aos fatos ocorridos durante o período de sua vigência, desde que não tenha sido revogada;
	
	
	em virtude da abolitio criminis cessam a execução e os efeitos principais da sentença condenatória, como a imposição de pena, permanecendo os efeitos secundários, como a reincidência e a menção do nome do réu no rol dos culpados.
	
	
	a lei posterior, que de qualquer modo favoreça o agente, aplica-se aos fatos anteriores, decididos por sentença condenatória, desde que em trâmite recurso;
	
	
	a lei penal mais benéfica é retroativa e ultrativa, enquanto a mais severa nunca possui extratividade;
	
	
	
	 
		
	
		8.
		No delito de roubo com emprego de ameaça por arma de fogo, o agente não responde pelo delito de porte ilegal de arma de fogo separadamente, mas apenas pelo roubo majorado. De acordo com os estudos realizados sobre o conflito aparente de normas, a assertiva esta correta, pois aplica-se o principio
	
	
	
	Da especialidade.
	
	
	Da confiança.
	
	
	Da subsidiariedade.
	
	
	Da consunção.
	
	
	Da adequação social.

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