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9_Direito_do_Trabalho_relacoes_de_trabalho

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DIREITO EMPRESARIAL 
Prof.: ADV. Lázaro P. Dourado 
 
1 
 
9 – Direito do Trabalho 
• Relação de Trabalho 
• Relação de Emprego 
• Características da Relação de Emprego 
 
Relação de Emprego: 
A relação de emprego ocorre quando estão presentes os requisitos do art. 3º da CLT, ou seja, temos 
uma relação de emprego quando há a prestação de serviços de natureza não eventual a empregador, 
sob a dependência deste e mediante salário. Destaca-se que a prestação de serviços tem que 
ser intuitu personae, ou seja, apenas aquela pessoa pode fazer, sendo a mesma insubstituível para 
aquela tarefa. 
Desse modo, estando presentes todos os requisitos previstos no art. 3º da CLT, haverá uma relação 
de emprego e qualquer eventual problema, deverá ser discutido na Justiça do Trabalho. 
Relação de Trabalho: 
A relação de trabalho ocorre quando algum dos requisitos do art. 3º da CLTnão são preenchidos, ou 
seja, basta que um, e apenas um, daqueles critérios não seja suprido para que tenhamos uma relação 
de trabalho. 
Se a prestação dos serviços é eventual, temos a relação de trabalho; se a prestação de serviços não é 
sob dependência de empregador, temos a relação de trabalho; se para prestar aquele serviço não há 
o pagamento de salário, teremos a relação de trabalho; e por fim, se pessoa que prestar aquele serviço 
puder ser substituída, haverá a relação de trabalho. 
Geralmente, a relação de trabalho decorre de uma obrigação de fazer, em outras palavras, quando as 
partes estabelecem uma relação de trabalho, estipula-se, em mesmo nível de direitos e deveres, o que 
será prestado, sem que nenhuma parte tenha preferência sobre a outra, ou seja, estão equiparadas. 
Na relação de emprego, o empregado é o hipossuficiente quando comparado ao empregador, ou seja, 
estão em desigualdade, tanto é que a CLT protege os direitos dos empregados, e estes devem recorrer 
sempre à Justiça do Trabalho. 
No passado, antes da edição da Emenda Constitucional nº 45, quando falávamos de uma relação de 
trabalho, usávamos o Código Civil para dirimir qualquer dúvida, visto que, era a legislação aplicáve l 
àquela época. Desse modo, qualquer eventual discussão, teria a Justiça Comum como local. 
Todavia, com a edição da emenda acima mencionada, o art. 114 da CF passou a dizer que competir ia 
à Justiça do Trabalho, processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios; 
Desse modo, em uma relação de trabalho, a justiça competente para dirimir qualquer problema, 
passou a ser, também, a Justiça do Trabalho. 
Um exemplo de relação de trabalho é, um trabalhador autônomo, que presta serviços, de vez em 
quando, à uma empresa. Ex: Desenhista cria logotipo para empresa. Esse profissional participa de 
uma relação de trabalho, visto que não preenche os requisitos do art. 3º da CLT, ou seja, sua 
prestação de serviços será eventual, não ficará sob dependência do empregador e não receberá um 
salário, mas sim uma contraprestação em dinheiro equivalente à criação do logotipo. 
Um exemplo de relação de emprego, é de um operador de máquinas, que trabalha 5 dias por semana, 
40 (quarenta) horas, sob ordens e dependência de seu empregador, além de receber salário para 
efetuar seus serviços e tirar sua subsistência a partir do mesmo. 
É importante frisar que, toda pessoa que trabalhar com carteira assinada, já é considerada empregado, 
sendo uma redundância falar “empregado com carteira assinada”. 
 
Características 
• Subordinação jurídica: O empregado não controla a forma da prestação de serviço, que se insere 
na estrutura da atividade econômica desenvolvida pelo(a) empregador(a). 
DIREITO EMPRESARIAL 
Prof.: ADV. Lázaro P. Dourado 
 
2 
 
• Pessoa Física: o serviço somente é prestado por pessoa física para ser caracterizado como relação 
de emprego e protegido pela legislação trabalhista, o serviço prestado por pessoa jurídica e tutelado 
pelo direito civil 
• Pessoalidade: A prestação do serviço é incumbência de uma pessoa física específica, cuja 
substituição é relevante. 
• Não-eventualidade: O serviço é prestado de forma contínua, reiterada, permanente ou constante, e 
não se esgota com a própria execução. 
• Onerosidade: A prestação de serviço não é gratuita, e acontece por meio da contraprestação em 
dinheiro ou outras formas de pagamento. 
• Legitimidade: Em geral, o emprego é regido por leis ou regulamentos de trabalho e/ou contratos 
legais. 
 
Empregador é a pessoa física ou jurídica que contrata alguém para lhe prestar serviço 
como empregado. 
Conforme a conceituação do art. 2.º da Consolidação das Leis do Trabalho do Brasil, o empregador 
pode ser uma empresa, o próprio Estado, os empregadores domésticos e as instituições sem fins 
lucrativos (sindicatos, ONGs etc.). 
O maior empregador da atualidade é o setor de serviços, ultrapassando o comércio, a indústria, e 
o setor agropecuário, que já foram os maiores empregadores em distintas épocas da humanidade. 
A lei confere ao empregador certas prerrogativas sobre o trabalho do empregado, que consistem no 
seu poder diretivo, que lhe permite fixar tarefas, designar a realização de horas extraordinárias (nos 
devidos limites), escolher a época da concessão das férias do empregado, fixar metas, controlar a 
efetiva realização do trabalho, impor sanções, rescindir unilateralmente o contrato quando lhe for 
conveniente, entre outras, respeitados os direitos previstos em Lei e na Constituição. 
Outros exemplos de direitos previstos na constituição que o empregador deve garantir aos seus 
empregados são relacionados a questões como a necessidade de pagamento de uma indenização 
compensatória ou seguro-desemprego caso não haja justa causa para efetuar uma despedida arbitrária, 
superioridade de salários em casos específicos como trabalhos noturnos, teto de carga horária de 
quarenta e quatro horas semanais e oito horas por dia de trabalho, aviso prévio de no mínimo trinta 
dias e seguro contra acidentes de trabalho. 
Por outro lado, cabe ao empregador o ônus de assumir integralmente o risco do negócio, fornecer ao 
empregado todos os instrumentos a fim da realização das tarefas, disponibilizar equipamentos de 
proteção, pagar o salário e os encargos sociais, além de outros deveres previstos em lei. 
Empregado 
Empregado é a pessoa contratada para prestar serviços para um empregador, numa carga 
horária definida, mediante salário,que pode ser realizado por horas trabalhadas ou trabalho entregue. 
Empregados de algumas áreas ou setores também podem receber gratuidades, bônus no pagamento ou 
até mesmo receber ações de empresas em parte do salário. O serviço necessariamente tem de ser 
subordinado, qual seja, o empregado não tem autonomia para escolher a maneira como realizará o 
trabalho, estando sujeito às determinações do empregador. O conceito de empregado encontra-se 
previsto no art. 3.º da Consolidação das Leis do Trabalho. A relação entre o empregado e o empregador 
é denominada relação de emprego. 
Apesar da subordinação, o empregado tem uma série de direitos, como por exemplo, as férias, 
a gratificação natalina (também chamado 13º salário), o aviso prévio, licença maternidade, entre 
outros. No caso de rescisão de contrato de trabalho, é necessário aviso prévio de trinta dias, podendo 
o empregador dispensar o empregado de cumpri-lo. Quando o empregador rescinde o contrato, o 
empregado tem direito a verbas rescisórias, aviso prévio, décimo terceiro proporcional, férias vencidas 
e proporcionais e 40% do valor depositado no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 
Quando o empregado rescinde o contrato, o mesmo deve anunciar o aviso prévio ao empregador e 
DIREITO EMPRESARIAL 
Prof.: ADV. Lázaro P. Dourado 
 
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trabalhar durante o período, caso não for dispensado, tendo direito somente ao décimo terceiro 
proporcional e às férias vencidas. 
Benefícios do empregado 
Em algunstipos de emprego, os empregados podem receber benefícios, que são várias compensações 
não-salariais fornecidas ao empregado, além de seus salários. Os benefícios podem incluir: alojamento 
(fornecido pelo empregador ou pago pelo empregador), seguro de grupo (saúde, assistência 
odontológica, vida, etc.), renda por invalidez, aposentadoria, creche, reembolso de mensalidade, 
licença por doença, férias (remuneradas ou não), previdência social, participação nos lucros, 
financiamento de educação e outros benefícios especializados. Em alguns casos, como os trabalhadores 
empregados em regiões remotas ou isoladas, os benefícios podem incluir refeições. Os benefícios dos 
empregados podem melhorar a relação entre empregado e empregador e reduzir a rotatividade de 
empregados. 
 
Atividades 
1. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços a empregador com as características 
de 
A) pessoalidade, continuidade, exclusividade e subordinação. 
B) pessoalidade, continuidade, onerosidade e subordinação. 
C) pessoalidade, continuidade, confidencialidade e subordinação. 
D) pessoalidade, continuidade, onerosidade e independência jurídica. 
E) impessoalidade, continuidade, onerosidade e independência jurídica. 
2. Conforme previsto em lei, a existência da relação de emprego somente se verifica quando estiverem 
presentes algumas características, dentre as quais NÃO se inclui a 
A) continuidade. 
B) pessoalidade. 
C) onerosidade. 
D) subordinação. 
E) exclusividade. 
3. A respeito da relação de emprego e dos seus sujeitos, é INCORRETO afirmar: 
A) A relação de emprego se desenvolve com pessoalidade, ou seja, o empregado tem que prestar o 
serviço pessoalmente, não podendo mandar qualquer pessoa trabalhar em seu lugar. 
B) Empregado é sempre pessoa física. 
C) Entidade beneficente, sem finalidade lucrativa, pode ser empregadora. 
D) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o 
trabalho intelectual, técnico e manual. 
E) Empregador é sempre pessoa jurídica. 
4. João foi contratado pela empresa A, empresa de trabalho temporário, para trabalhar como auxiliar 
de cozinha na empresa B, uma fábrica de chocolates, nos moldes da Lei nº 6.019/1974, em virtude do 
aumento das atividades por causa da Páscoa. João iniciou suas atividades na empresa B em 21/03/2011 
e trabalhou ininterruptamente, nas mesmas condições, até 05/10/2011, quando a empresa B dispensou 
os seus serviços. João não recebeu qualquer pagamento relacionado à extinção do contrato de trabalho. 
 
Considerando as questões acima apresentadas, em eventual Reclamação Trabalhista decorrente da falta 
de pagamento das verbas rescisórias, quem deve ser responsabilizada pelas verbas devidas a João e 
por quê? 
A) Empresa A, porque o vínculo jurídico do trabalhador temporário se estabelece com a empresa de 
trabalho temporário. 
B) Empresa B, porque é ilegal a contratação de trabalhadores por empresa interposta, formando-se o 
vínculo diretamente com o tomador dos serviços. 
DIREITO EMPRESARIAL 
Prof.: ADV. Lázaro P. Dourado 
 
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C) Empresa B, porque o contrato de trabalho temporário teria sido descaracterizado, uma vez que não 
foi observado o prazo legal de vigência, formando-se o vínculo empregatício com essa empresa. 
D) Empresas A e B, subsidiariamente, pois o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas 
obrigações. 
E) Empresas A e B, solidariamente, pois o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade solidária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações. 
5. Há um prazo para o empregador anotar a data da admissão, a remuneração e as condições especiais 
do registro - se elas existirem - na CTPS do empregado, a contar da data de sua admissão. 
Esse prazo é de 
A) 24 horas. 
B) 48 horas. 
C) 72 horas. 
D) uma semana. 
E) um mês. 
6. Quando um trabalhador é contratado, seu registro será obrigatoriamente feito pelo empregador. 
Para esse registro, segundo a CLT, podem ser adotados livros, fichas ou cadastro no sistema eletrônico, 
conforme 
A) instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
B) instruções a serem expedidas pelo respectivo sindicato. 
C) modelo único aprovado pelo Ministério do Trabalho. 
D) modelo único aprovado pelo respectivo sindicato. 
E) modelo único aprovado pelo Ministério do Trabalho e pelo respectivo sindicato. 
7. Segundo a Lei no 11.788/08 (Lei do Estágio), 
A) o estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária 
regular e obrigatória, no qual o estagiário poderá ou não, receber bolsa ou outra forma de 
contraprestação a ser acordada. 
B) o estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas 
aulas presenciais, poderá ter jornada de até 44 (quarenta e quatro) horas semanais, desde que isso esteja 
previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. 
C) é assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, 
período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado obrigatoriamente durante suas férias escolares. 
D) a celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente 
dispensa a celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a 
instituição de ensino. 
E) a jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a 
parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de 
compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar 4 (quatro) horas diárias e 
20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino 
fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos. 
8. Conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, são requisitos legais para 
configuração da relação de emprego: 
A) subordinação jurídica, pessoalidade na prestação dos serviços e exclusividade na contratação. 
B) onerosidade, eventualidade dos serviços e subordinação jurídica. 
C) pessoalidade na prestação dos serviços, autonomia na prestação laboral e remuneração. 
D) subordinação jurídica, continuidade e pessoalidade na prestação dos serviços. 
E) obtenção de resultado na prestação de serviços, onerosidade e não eventualidade dos serviços.

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