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ANATOMIA TOPOGRAFICA DE CARNÍVOROS(2)

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Universidade Tuiuti Do Paraná
Anatomia Veterinária Aplicada
Trabalho realizado sob a orientação da Profª Maria Aparecida Alcântara.
Aluna: Samanta Nice Ramos Silva
Curitiba 2019
SUMÁRIO
1. REGIÃO CERVICALDA.......................................................................................6
1.1 ESÔFAGO..............................................................................................9
1.1.1 GATO E CÃO.......................................................................9
1.1.2 BOVINOS.............................................................................9
1.1.3 EQUINO.............................................................................10
1.1.4 SUÍNO................................................................................10
1.2 FARINGE..............................................................................................11
1.2.1 CÃO E GATO.....................................................................11
1.2.2 BOVINO E EQUINO............................................................11
1.2.3 SUÍNO................................................................................12
1.3 TRAQUEIA............................................................................................12
1.3.1 CÃO E GATO......................................................................12
1.3.2 EQUINO.............................................................................13
1.3.3 BOVINO..............................................................................13
1.3.4 SUÍNO................................................................................13
1.4 LARINGE..............................................................................................13
1.4.1 CÃO E GATO......................................................................13
1.4.1.1 CARTILAGEM..............................................................13 
1.4.2 BOVINOS...........................................................................14
1.4.3 EQUÍNOS...........................................................................14
1.4.4 SUÍNO................................................................................15
1.5 CAVIDADE TORÁCICA........................................................................15
1.5.1 REGIÕES DO TÓRAX........................................................17
1.5.2 CAVIDADE TORÁCICA......................................................18
1.5.3 ESTRUTURAS LINFÁTICAS DO TÓRAX..........................18
1.5.4 PLEURA.............................................................................18
1.5.5 PULMÕES..........................................................................18
1.5.6 CÃO E GATO......................................................................20
1.5.7 EQUÍNOS...........................................................................20
1.5.8 BOVINOS...........................................................................20
1.5.9 SUÍNOS..............................................................................20
1.6 CORAÇÃO............................................................................................21
1.6.1 LOCALIZAÇÃO E POSIÇÃO..............................................23
1.6.2 CÃO E GATO......................................................................23
1.6.3 BOVINOS...........................................................................23
1.6.4 EQUINO.............................................................................24
1.6.5 SUÍNO................................................................................24
1.6.6 PERICÁRDIO.....................................................................24
1.7 DIAFRÁGMA.........................................................................................25
1.8 REGIÃO ABDOMINAL..........................................................................27
1.9 TOPOGRÁFIA VISCERAL....................................................................29
1.10PERITÔNIO.........................................................................................30
1.11ESTÔMAGO........................................................................................30
1.11.1 CÃO E GATO.......................................................................31 
1.11.2 BOVINOS.............................................................................33
1.11.3 EQUINOS.............................................................................34
1.11.4 SUÍNOS................................................................................24
1.12 INTESTINO DELGADO (DUODENO,JEJUNO, ÍLEO).......................34
1.12.1 JEJUNO E ÍLEO...................................................................35
1.12.2 CÃO E GATO.......................................................................35
1.12.3 BOVINOS.............................................................................37
1.12.4 EQUINOS.............................................................................39
1.12.5 SUÍNOS................................................................................39
1.13FÍGADO...............................................................................................40
1.13.1 LOCALIZAÇÃO.....................................................................41
1.13.2 LOBAÇÃO............................................................................41
1.13.3 CÃO E GATO.......................................................................41
1.13.4 BOVINOS.............................................................................42
1.13.5 EQUINOS.............................................................................44
1.13.6 SUÍNOS................................................................................45
1.14 VESÍCULA BILIAR..............................................................................45
1.14.1 CÃO E GATO.......................................................................45
1.14.2 BOVINOS.............................................................................46
1.14.3 EQUINOS.............................................................................46
1.14.4 SUÍNOS................................................................................46
1.15 PANCREAS.........................................................................................46
1.15.1 CÃO E GATO........................................................................47
1.15.2 BOVINOS.............................................................................48 
1.15.2 EQUINOS.............................................................................48
1.15.3 SUÍNOS................................................................................48
1.16 BAÇO..................................................................................................49
1.16.1 VASCULARIZAÇÃO DO BAÇO............................................49 
1.16.2 CÃO, GATO..........................................................................49 
1.16.3 PILARES DO DIAFRAGMA..................................................49
1.16.4 RUMINANTE........................................................................50
1.16.5 EQUINO................................................................................50
1.16.6 SUÍNO..................................................................................51
1.17 RINS52
1.17.1 CÃO E GATO.......................................................................53
1.17.2 BOVINOS.............................................................................53
1.17.3 EQUINOS.............................................................................55
1.17.4 SUÍNOS................................................................................56
1.18 CAVIDADE PÉLVICA.........................................................................57
1.19 INERVAÇÃO, VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM LINFÁTICA DAS PAREDES PÉLVICAS................................................................................57 
1.20VESÍCULA URINÁRIA.........................................................................591.21 BEXIGA URINÁRIA E URETRA FEMININA E MASCULINA..............60 
1.21.1 CÃO E GATO.......................................................................60
1.21.2 EQUINOS.............................................................................61 
1.21.3 BOVINOS.............................................................................62 
1.21.4 SUÍNOS................................................................................63 
2. 2 ORGÃOS REPRODUTIVOS MASCULINOS E FEMININOS.........................64
2.1 DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS REPRODUTIVOS FEMININOS................................................................................................66
2.2 CÃO E GATO.......................................................................................67
2.2.1 ÚTERO...................................................................................69
2.2.2 VAGINA, VESTÍBULO E VULVA...........................................70
2.2.3 ESCROTO E TESTÍCULOS...................................................71
2.2.4 URETRA E GLÂNDULAS REPRODUTIVAS ACESSÓRIAS.72
2.2.5 PÊNIS E PREPÚCIO.............................................................73
2.3EQUINOS..............................................................................................77
2.3.1ÓRGÃOS REPRODUTIVOS FEMININOS..............................77
2.3.1.1 AS TUBAS UTERINAS.......................................................78
2.3.1.2 ÚTERO................................................................................78
2.3.1.3VAGINA................................................................................79
2.3.1.4VESTÍBULO E VULVA.........................................................79
2.3.1.5 VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO..................................80
2.4 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS MASCULINOS........................................81
2.4.1ESCROTO E TESTÍCULOS....................................................81
2.4.2 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS PÉLVICOS...............................83
2.4.3 PÊNIS E PREPÚCIO.............................................................84
2.5 BOVINOS.............................................................................................85
2.5.1 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS FEMININOS............................85
2.5.1.1OVÁRIO E TUBA UTERINA................................................85
2.5.1.2ÚTERO................................................................................86
2.5.1.3VAGINA................................................................................87
2.5.1.4VESTÍBULO E VULVA.........................................................88
2.5.1.5 VASCULARIZAÇÃO............................................................89
2.5.2ÓRGÃOS REPRODUTIVOS MASCULINOS..........................89
2.5.2.1ESCROTO E TESTÍCULOS.................................................89
2.5.2.2ÓRGÃOS REPRODUTIVOS DA PELVE.............................91
2.5.2.3PÊNIS E PREPÚCIO...........................................................91
2.6SUÍNOS.................................................................................................93
2.6.1 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS FEMININOS.............................93
2.6.1.1 OVÁRIO E TUBA UTERINA................................................93
2.6.1.2 ÚTERO................................................................................94
2.6.1.3 VAGINA, VESTÍBULO E VULVA........................................94
2.6.2 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS MASCULINOS.........................94
2.6.2.1 ESCROTO E TESTÍCULO..................................................94
2.6.2.2 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS PÉLVICOS............................95
2.6.2.3 PÊNIS E PREPÚCIO..........................................................96 
2.6.2.4 ANUS E RETO....................................................................96
2.7 CÃO E GATO RETO E ÂNUS..............................................................97
2.8EQUINOS..............................................................................................98
2.9BOVINOS..............................................................................................98
2.10SUÍNOS...............................................................................................99
3. BIBLIOGRAFIA................................................................................................100
ANATOMIA TOPOGRAFICA DE CARNÍVOROS (CÃES, GATOS), BOVINOS, SUÍNOS E EQUINOS
1 - REGIÃO CERVICALDA
A região cervical ventral inclui apenas a área de superfície que cobre a traqueia na parte exterior.
A região laríngea, o sulco jugular e a fossa jugular também se incluem nessa região. O músculo esterno-hióideo, o músculo omo-hióideo (com exceção do cão e do gato) e os músculos que se posicionam lateralmente a esses dois, os músculos esterno tireóideos, aparecem após a remoção da pele e da fáscia cervical superficial. No equino, os músculos do osso hioide se combinam em seu segmento caudal para formar um único músculo largo. A veia tireóidea caudal corre paralela ao lado ventral da traqueia quase exatamente na linha média. O istmo da tireoide canina normalmente aparece entre a 5a e 8a cartilagens traqueais, mas pode não estar presente em raças de cães de pequeno porte. 
No equino, o istmo é formado por tecido conectivo e se inicia na 3a cartilagem traqueal, enquanto no bovino ele se inicia na 2a cartilagem traqueal. A fáscia cervical superficial se ramifica em uma camada superficial e outra profunda. 
A camada superficial se fixa ao ligamento da nuca. Lateralmente, essa camada se divide novamente e tem uma fusão com a parte cervical do músculo cutâneo. A fáscia cervical profunda também se divide em uma camada superficial e outra profunda, também denominada lâmina pré-traquea da fáscia cervical, forma a continuação caudal da sutura da linha média iniciada pela camada superficial da fáscia cervical superficial. 
Essa estrutura formada pelas duas fáscias forma uma bainha, denominada vagina carótica, situada próxima à traqueia. A bainha carotídea contém as seguintes estruturas:
● Artéria carótida comum; 
● Tronco vago simpático; 
● Veia jugular interna (exceto no equino).	
Dorsalmente às vértebras cervicais, a camada superficial da fáscia cervical profunda forma septos entre os músculos cervicais. 
A camada profunda da fáscia cervical profunda cobre as faces ventrais do músculo longo da cabeça e do músculo longo do pescoço, também se conecta à camada superficial da fáscia cervical profunda por tecido conectivo frouxo. 
Ela envolve o esôfago, e contribui não apenas para a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical, mas também para a bainha carotídea. 
Além disso, essa camada contém o nervo laríngeo recorrente e o tronco traqueal. As diversas camadas das fáscias cervicais fornecem vias para vasos e nervos, e criam espaços que contêm várias glândulas (glândula parótida, glândula tireoide) e linfonodos (linfonodos retrofaríngeos e linfonodos cervicais profundos).
Região cervical dorsal
O pescoço contém as seguintes camadas:
· Pele; 
· Tela subcutânea; 
· Fáscia cervical superficial; 
· Aponeuroses do músculo cleidocefálico e do músculo esplênio; 
· Ligamento nucal e, lateralmente a essa estrutura, o músculo espinal da cabeça e o músculo longuíssimo da cabeça; 
· Músculos retos dorsais maior e menor da cabeça e, lateralmente a esses músculos, o músculo oblíquo cranial da cabeça; 
· Articulação atlanto-occipital, cápsula articular (membrana atlanto-occipital); 
· Periósteo; 
· Espaço epidural e dura-máter espinal; 
· Camada externa da aracnoide espinal; 
· Cisterna cerebelo medular.
Bolsas sinoviais: Duas bolsas sinoviais facultativas estão presentes na região cervical dorsal: as bolsas subligamentosas nucais cranial e caudal, posicionam-se sob a parte funicular do ligamento nucal. A bolsa cranial se encontra sob a origem do ligamento.
Bolsas sinoviais Duas bolsas sinoviais facultativas estão presentes na região cervical dorsal: as bolsas subligamentosas nucais cranial e caudal. Nessa região, essas bolsas posicionam-se sob a parte funicular do ligamentonucal. A bolsa cranial se situa sob a origem do ligamento nucal e apresenta tendência a processos inflamatórios (bursite) e de doenças, especialmente no equino e no bovino (fístulas na cernelha, bursite nucal).
Anatomia topográfica e aplicações clínicas 683
Fálico cranial à articulação do ombro. Na altura desses linfonodos, a artéria cervical superficial se divide em seus dois ramos terminais. O nervo acessório (XI) atravessa o ângulo dorsal formado pelos músculos braquiocefálico, omotransverso e trapézio.
Região cervical dorsal Estratigrafia (no plano mediano) O pescoço contém as seguintes camadas:
· Pele; 
· Tela subcutânea; 
· Fáscia cervical superficial; 
· Aponeuroses do músculo cleidocefálico e do músculo esplênio; 
· Ligamento nucal e, lateralmente a essa estrutura, o músculo espinal da cabeça e o músculo longuíssimo da cabeça; 
· Músculos retos dorsais maior e menor da cabeça e, lateralmente a esses músculos, o músculo oblíquo cranial da cabeça; 
· Articulação atlanto-occipital, cápsula articular (membrana atlanto-occipital); 
· Periósteo; 
· Espaço epidural e dura-máter espinal; 
· Camada externa da aracnoide espinal; 
· Cisterna cerebelomedular.
Bolsas sinoviais Duas bolsas sinoviais facultativas estão presentes na região cervical dorsal: as bolsas subligamentosas nucais cranial e caudal. Nessa região, essas bolsas posicionam-se sob a parte funicular do ligamento nucal. A bolsa cranial se situa sob a origem do ligamento nucal e apresenta tendência a processos inflamatórios (bursite) e de doenças, especialmente no equino e no bovino (fístulas na cernelha, bursite nucal).
Estruturas da cavidade cervical:
· Linfonodos mandibulares
· Veia maxilar Tronco traqueal
· Veia jugular interna
· Glândula parótida
· Veia linguofacial
· Veia labial inferior
· Ducto parotídeo
· Veia submentual 
· Veia jugular externa
· Veia omobraquial
· Veia tireóidea caudal
· 1º e 2º nervos cervicais 
· Nervo laríngeo recorrente (X) 
· Tronco vagossimpático 
· Glândula tireoide 
· Glândula mandibular
1.1 ESÔFAGO
Na maior parte são iguais em todas as espécies, com diferenças q serão mostradas a seguir.
1.1.1 GATO E CÃO 
O esôfago se divide em partes cervical, torácica e abdominal. É o canal ente a faringe e o estomago, se inicia dorsalmente a cartilagem cricóide da laringe e termina na cárdia do estomago. 
Sua origem, passa para a esquerda da traqueia, na entrada da cavidade torácica ele se posiciona na lateral esquerda da traqueia. Atravessa a maior parte do pescoço, todo o tórax e termina ao entrar no abdômen.
1.1.2 BOVINOS
Esôfago: o esôfago encontra-se numa porção dorsolateral à traqueia (mas essa localização pode variar), e a nível de 3ª vértebra cervical desvia-se lateralmente à esquerda da traqueia a nível de 5ª vértebra cervical e retorna a porção dorsal até o hiato esofágico. 
Não é possível observar em qual porção se apresenta, a menos que o corte tenha atingido o terço cranial do pescoço para se observar as estruturas laringianas, a partir daí até seu terço distal a única mudança da estrutura está no diâmetro do diafragma.
1.1.3 EQUINO
Esôfgo: o esôfago é um órgão que varia muito seu comprimento nos equinos de acordo com o tamanho do animal, tendo em média de 125 a 200 cm, sendo dividido em porções cervical, torácica e abdominal, e é dividido em camadas fibrosa (túnica adventícia), muscular (túnica muscular), submucosa (tela submucosa) e membrana mucosa. 
Consiste em tubo músculo membranoso de origem faringiana que segue dorsal a laringe até o cárdia do estômago. A porção cervical é localizada dorsal e a esquerda da traqueia, e segue em posição dorsal depois da entrada torácica e cruza para a direita do arco aórtico no mediastino, dorsal a base do coração. Tem como função conduzir alimento, água e secreções salivares ao estômago e ao restante do trato digestivo.
1.1.4 SUÍNO
Esôfago: o esôfago é um tubo muscular que se estende da faringe ao estômago, caudal ao diafragma. A extremidade adja ente à faringe é mantida fechada pelo M. cricofaríngeo, que passa de sua origem na cartilagem cricóidea sobre o aspecto dorsal da esôfago proximal. Embora não seja um musculo esfíncter no senso estrito, o movimento desse musculo comprime a abertura do esôfago contra a cartilagem cricóidea, funcionando como um esfíncter para essa extremidade do esôfago. 
A mucosa do esôfago tem pregas longitudinais proeminentes que permitem considerável dilatação transversal do lúmen para acomodar a passagem do bolo alimentar. O epitélio é o tipo pavimentoso estratificado, sendo mais ou menos queratinizado de acordo com a aspereza do alimento habitual. 
A túnica muscular do esôfago consiste em duas camadas que se cruzam obliquamente na parte proximal do esôfago, assume uma configuração espiralada na região mesoesofágica e forma uma camada interna circular e uma externa longitudinal nas partes mais distais. O músculo muda de estriado para liso no terço caudal do esôfago em equinos e logo cranial em suínos, mas em ruminantes é estriado em todo seu comprimento.
A partir da faringe o esôfago dorsal a traqueia inclina-se um pouco para a esquerda no pescoço, na região mesocervical, passando novamente dorsal à traqueia, e a aorta, através do mediastino, atravessando o diafragma no hiato esofágico. Na cavidade abdominal, o esôfago une-se ao estômago. 
1.2 FARINGE
A faringe é a passagem comum de alimento e ar, caudal as cavidades oral e nasal, sendo revestida por mucosa e circundada por músculos. A faringe pode ser dividida de forma arbitrária em parte nasal da faringe (nasofaringe), parte oral da faringe (orofaringe) e a parte laríngea da faringe (laringofaringe).
Os músculos das paredes da faringe são responsáveis pelo direcionamento do ar, do alimento e líquidos, assim o ar da cavidade nasal é direcionado para a laringe ventral e o alimento e líquidos vão para o esôfago dorsal.
As vias do ar e das substâncias deglutidas precisam cruzar-se na faringe; a disfunção faríngea pode ter consequências graves para a via respiratória, que precisa ser protegida para que nela não entre qualquer alimento.
Na maior parte são iguais em todas as espécies, com diferenças q serão mostradas a seguir.
1.2.1 CÃO E GATO
Faringe: parte laríngea se prolonga desde o óstio intra faríngeo até a entrada do esôfago e a laringe. A epiglote vai para a parte laríngea da faringe e é acompanhada dos dois lados pelos recessos piriformes. A faringe é um órgão de dupla função, onde fara o encaminhamento de alimento para o tubo digestório e ar para o respiratório. 
É constituído por um mecanismo valvular, composto por músculos, ossos e cartilagens. A faringe possui três porções: nasofaringe (responsável pela passagem exclusiva de ar); orofaringe (responsável pela passagem facultativa de ar e alimento) e laringo- faringe (ponto de encontro entre os dois sistemas).
A nasofaringe apresenta no seu teto, as tonsilas faríngeas e um óstio faríngeo da tuba auditiva, onde a pressão atmosférica poderá entrar em equilíbrio entre orelha média e ambiente externo, evitando rupturas do tímpano.
1.2.2 BOVINO E EQUINO
Faringe, situa-se atrás da boca e continua até o esôfago.
 Dividida em: Nasofaringe, trato respiratório.
Orofaringe, trato digestório.
Laringofaringe, tratos digestório e respiratório é a maior parte da faringe. É na laringofaringe que há a entrada para a laringe, que apresenta a epiglote, ventral ao palato mole, exceto em equinos, que fará o direcionamento para a continuidade do trato digestório ou respiratório. O recesso faríngeo no equino é um nicho mediano no ângulo caudodorsal da parte nasal da faringe (nasofaringe).
1.2.3 SUÍNO
Faringe: o suíno tem um divertículo faríngeo que se abre na parede dorsal da faringe, perto do começo do esôfago. Ao passar uma sonda gástrica ou administrar medicações, é preciso cuidado para que ela não entre no divertículo.
1.3 TRAQUEIA
A traquéia é constituída por um tubo com anéis cartilaginosos.  Ela faz a condução do ar entre a laringe e os bronquíolos nos pulmões. Esse órgão termina por bifurcar-se em dois brônquios, sendoum direito e um esquerdo, que penetram nos pulmões ramificando-se.
 É composto por anéis cartilaginosos para evitar dobras na via aérea traqueal devido à esforços do animal. Esses anéis são gradualmente substituídos ao longo do percurso por placas irregulares de tamanho menor.
A parede da traqueia é composta de mucosa interna, camada média fibrocartilagínea e camada adventícia. Possui glândulas mucosas que produzem uma camada protetora. O muco resultante é deglutido.
Os músculos da traqueia se apresentam na parte externa dos carnívoros e interna nas demais espécies.
Tem irrigação da artéria carótida e a drenagem é feita pelas veias jugulares e bronco-esofágicas.
Na maior parte são iguais em todas as espécies, com diferenças q serão mostradas a seguir.
1.3.1 CÃO E GATO
A camada mais profunda é formada pela camada pré-traqueal da fáscia cervical profunda e pela adventícia traqueal. 
1.3.2 EQUINO
Traqueia- Cartilagens traqueais, ligamentos anulares (entre as bordas das cartilagens) - Músculo traqueal - Túnica mucosa (reveste internamente a traquéia) - Bifurcação traqueal (externa) - Carina traqueal (Interna) - Parede membranosa.
Se prolonga desde a cartilagem cricóidea da laringe até sua bifurcação
1.3.3 BOVINO
A traqueia emite um brônquio traqueal do lado direito, aproximadamente ao nível da terceira costela que após o brônquio penetrar no pulmão, se divide em brônquios cranial e caudal. A traqueia bifurca-se nos brônquios principais direito e esquerdo.
1.3.3 SUÍNO
Cranialmente a bifurcação traqueal, encontra-se o brônquio traqueal, sua função é ventilar o lobo cranial direito, pulmão direito.
1.4 LARINGE
1.4.1 CÃO E GATO
Órgão tubular, constituído de cartilagens, músculos e ligamentos, comunica a FARINGE com a TRAQUEIA; 
Localização: Entre os Ramos da Mandíbula, sustentada na base do crânio pelo Aparelho Hioide. Regula a entrada de ar na traqueia, impede a entrada de ingesta na traqueia durante a deglutição, também faz parte da fonação.
1.4.1.1 CARTILAGEM 
O formato da cartilagem e algumas estruturas menores podem mudar de espécie para espécie. Esse órgão é formado por quatro tipos de cartilagem:
 Cartilagem epiglótica- é predominantemente rostral, composta de cartilagem elástica e flexível, ela pode se inclinar para proteger a entrada da laringe durante a deglutição;
Cartilagem tireóidea- é maior dentre os quatro tipos, forma a maior parte do assoalho da laringe, sua parte mais rostral corresponde ao “pomo de Adão”, é hialina e susceptível a alterações da idade.
 Cartilagem epiglótica- é predominantemente rostral, composta de cartilagem elástica e flexível, ela pode se inclinar para proteger a entrada da laringe durante a deglutição;
Cartilagem tireóidea- é maior dentre os quatro tipos, forma a maior parte do assoalho da laringe, sua parte mais rostral corresponde ao “pomo de Adão”, é hialina e susceptível a alterações da idade;
Cartilagem cricóide- também é hialina e sujeita a alterações da idade, ela consiste de uma lâmina e um arco;
Cartilagem aritenóide- possui formato irregular, é predominantemente hialina mas possui processo corniculado elástico.
Alguns animais possuem ainda cartilagens corniculadas, exceto os gatos, e cuneiforme, presentes apenas em cães e equinos.
Localização: Junto aos primeiros anéis traqueais, um pouco mais profundamente, na região cervical. É composta de um lobo direito e outro esquerdo, unidos no seu polo caudal por meio de um istmo conjuntivo.
Músculos Intrínsecos da laringe: - M. Cricotireóideo - M. Cricroaritenóideo (dorsal e lateral) - M. Aritenóideo transverso - M. Tireoaritenóideo.
Na maior parte são iguais em todas as espécies, com diferenças q serão mostradas a seguir.
1.4.2 BOVINOS
A laringe dos bovinos é limitada pela margem baixa e curva da epiglote e acima das extensões corniculadas das cartilagens aritenóideas . A intubação é dificultada por uma ligeira curva caudal da entrada. 
O vestíbulo não possui ventrículo mediano ou lateral e suas paredes laterais inclinam-se até a glote. O tamanho da fenda glótica varia com a fase da respiração; porém, quando na respiração calma, as mudanças não são notadas. 
A relação com os linfonodos retrofaríngeos mediais é importante; quando muito inchados podem comprimir seriamente a laringe, bem como a faringe.
1.4.3 EQUÍNOS
A laringe mantém-se suspensa pelo aparelho hioide e é parcialmente contida no espaço intermandibular, deve-se prestar mais atenção para a incisura profunda na parte ventral da cartilagem tireóidea, pois permite um acesso muito conveniente ao interior após incisão do ligamento cricotireóideo. Uma proeminência rostral à incisura e a parte ventral do arco cricoideo fornecem os pontos de referência necessários.
A mucosa forma bolsas externas (ventrículos) que passam lateralmente entre as pregas vocais e vestibulares, mas permanecem protegidas da lâmina tireóidea. A entrada ventricular é suficientemente ampla para permitir a colocação de um trépano empregado na eversão do saco em um dos tipos de cirurgia para “ronqueira”. A condição conhecida como ronqueira, devido ao som estridente emitido na inspiração, é comum dessa interferência em cavalos de alto desempenho. Em sua forma severa, é caracterizada pela falta da cartilagem aritenóidea e da prega vocal.
O nervo esquerdo dá uma volta no arco aórtico e tem relação próxima com o linfonodo traqueobronquial e outros no interior do tórax.
 
1.4.4 SUÍNO
A mais importante característica desse órgão é que ele é arredondado, formado com a traqueia. A presença de ventrículos laterais, tem sido citada como causa das dificuldades encontradas quando a intubação é requerida para administração de anestesia por inalação. A laringe situa-se caudal ao espaço intermandibular, e sua proeminência pode ser palpada no meio do pescoço.
1.5 CAVIDADE TORÁCICA
O espaço interior do tórax é chamado de cavidade torácica e está dividido em três partes: duas cavidades pleurais e mediastino.
E é protegido pela caixa torácica.
As cavidades pleurais são separadas uma da outra, e com os pulmões elas ocupam a maior parte da cavidade torácica. 
O pulmões e suas membranas de revestimento (pleuras), ocupam as laterais da cavidade torácica.
Pleuras são uma camada de tecido epitelial, que reveste a parede da caixa torácica, quanto as vísceras dessa cavidade. A pleura que reveste a cavidade pela parede e chamada de pleura parietal e o tecido que reveste as vísceras é chamado de pleura visceral, esse mesmo tecido reveste o coração e é chamado de pericárdio.  
O mediastino que é o espaço entre as regiões pleuropulmonares, se estende no sentido crânio-caudal da abertura torácica superior ao diafragma, é composto por: coração, as partes torácicas dos grandes vasos, da traqueia, do esôfago, o timo, a parte do sistema nervoso autônomo, e sistema linfático. 
O mediastino cranial é grande dorsalmente onde são encontrados, a traqueia e o esôfago que permanecem lado a lado conforme passam pela entrada torácica, ele a veia cava cranial e o tronco braquiocefálico e seus ramos estão dentro de uma grande quantidade de tecido adiposo. O mediastino cranial contém linfonodos, vasos torácicos internos, tecido adiposo, e em animais jovens o timo, essa parte se estreita com a regressão do timo fornecendo mais espaço para os pulmões.
A parte dorsal do mediastino médio é um pouco mais estreita que o coração ele contém o final da traqueia o esôfago e o arco aórtico, as estruturas que formam as raízes dos pulmões e o linfonodos. Sua face direita e achatada, mas a horta torna-se lateralmente saliente à esquerda encaixando-se no pulmão esquerdo. 
A parte média nesse ponto contém o coração dentro do pericárdio, enquanto a parte ventral entre o pericárdio e o esterno é pregueada, assemelhando-se ao omento maior, é vazia exceto pela presença do ligamento frênico pericárdico, que fixa o pericárdio ao esterno e ao diafragma mais frouxo que a fixação feita pelo ligamento esternopericárdico das grandes espécies.
 A parte triangular dorsal do mediastino caudal contém aorta a veia azigos direita e mais ventralmenteo esôfago. A parte ventral situa-se entre o pericárdio e o diafragma do qual se aproxima ao longo de uma linha deslocada à esquerda que chega alcançar a parede torácica próxima a nona articulação costocondral. Existe uma distância entre o mediastino e a prega envolvendo a veia cava que é ocupado pelo lobo acessório do pulmão direito.
Os sulcos musculares superficiais são: 
· Sulco peitoral lateral 
· Sulco peitoral médio 
A margem tricipital, situado caudalmente ao músculo de mesmo nome. 
A área da cavidade torácica que não é coberta pelos membros torácicos é composta por: Pele e tela subcutânea; Fáscia superficial do tronco (com camadas superficiais e profundas envolvendo o músculo cutâneo do tronco); Profunda do tronco; Camada musculoesquelética (músculos das costelas e músculos dos espaços intercostais, e os vasos sanguíneos e nervos segmentares); Fáscia endotorácica; Pleura costal. Regiões 
As regiões mais importantes da cavidade torácica são: Região pré-esternal; Região esternal; Região cardíaca; Região costal. 
As seguintes linhas horizontais imaginárias são úteis para auxiliar a orientação na cavidade torácica: Linha da tuberosidade coxal (LT, uma linha craniocaudal através de cada tuberosidade coxal paralela ao solo); Linha da articulação do ombro ou linha central do tórax (LA, uma linha craniocaudal através da articulação do ombro paralela ao solo); Linha do olécrano ou linha lateral desde o esterno (LO, uma linha craniocaudal através de cada olécrano paralela ao solo).
1.5.1 REGIÕES DO TÓRAX
As limitações do tórax é formado pela parede dorsal do tórax, que é formada pelas vértebras torácicas, paredes laterais (FIGURA 1 E e D), são formados por músculos intercostais externos, internos músculo grande dorsal e músculo cutâneo do tronco. 
A parede ventral do tórax é formada pelo esterno, cartilagens costais, musculo transverso do tórax e músculos peitorais. 
A parede caudal do tórax é formada por músculo diafragma (FIGURA 1 n° 10) que possui as porções tendinosa e muscular.
Possui uma abertura cranial onde passam estruturas importantes como veias, artérias, esôfago (hiato esofágico e abertura dos grandes vasos).
 Figura 1
Os principais vasos e nervos intercostais situam-se caudomedialmente às costelas, sob a fáscia endotorácica. Vasos adicionais oriundos dos troncos torácicos internos seguem as margens craniais das costelas na parte ventral dos espaços intercostais (Fig. 1).
Figura 1
1, veia jugular interna; 2, veia jugular externa; 3, artéria vertebral; 4, artéria subclávia direita; 5, veia cava cranial; 6, artéria torácica interna; 7, artéria intercostal; 8, m. transverso do toráx; 9, artéria musculofrênica; 10, diafragma; 11, cartilagem xifoide; 12, artéria epigástrica cranial.
1.5.2 CAVIDADE TORÁCICA
Região do corpo onde estão situadas as costelas, que apresenta um formato de cone truncado que, dependendo da espécie e/ou raça, pode ser mais ou menos alongado e ser mais achatado ou aberto lateralmente.
Aloja os pulmões e o coração.
Na posição cranial, abertura oval permissível à passagem de estruturas entram ou saem do tórax primeira vértebra torácica, primeiro par de costelas e pré –esterno.
Na posição caudal -> músculo diafragma mantem essa abertura hermeticamente fechada -> última vértebra torácica, último par de costelas e metaesterno
Na posição dorsal -> vértebras torácias e extremidades dorsais das costelas
Na posição ventral -> esterno e cartilagens costais
Na posição lateral -> corpos das costelas
1.5.3 ESTRUTURAS LINFÁTICAS DO TÓRAX
 
Os linfonodos do tórax, juntos em quatro centros drenam a linfa das paredes torácicas e de estruturas adjacentes e desembocam no ducto torácico ou, os mais craniais, diretamente dentro das veias na entrada torácica.
1.5.4 PLEURA
A pleura é uma membrana serosa que reveste internamente a cavidade do tórax, formando dois compartimentos fechados, as cavidades pleurais direita e esquerda, separadas ao nível do plano mediano por uma área denominada mediastino, no qual estão contidos vários órgão como o coração, a traquéia, o esôfago, etc. 
Embora a pleura forme um revestimento contínuo da parede e dos órgãos torácicos, ela é dividida em pleura parietal e visceral ou pulmonar que revestem internamente a parede do tórax e o s pulmões respectivamente
1.5.5 PULMÕES
São órgãos respiratór ios onde se realizam as trocas gasosas no processo de hematose, são pares e ocupam quase toda a cavidade pleural. 
No indivíduo, os pulmões sempre contêm ar e crepitam quando comprimidos. Os pulmões apresentam denominadas fissuras. Cada pulmão está dividido e m lobos. 
Os brônquios são divididos por partes. Todos os mamíferos domésticos possuem um lobo cranial e um lobo caudal nos dois pulmões. Possuem também um lobo acessório no pulmão direito. Todos eles com exceção do cavalo, a presentam um lobo médio no pulmão direito. 
Nos ruminantes, o pulmão direito apresenta quatro lobos (cranial, médio, caudal e acessório) e duas fissuras interlobares (cranial e cauda l), e uma única fissura interlobar. 
Os lobos craniais dos pulmões direito e esquerdo, estão divididos por uma fissura pouco profunda, (interlobar) em partes cranial e caudal. Os pulmões são de cor clara, ligeiramente rosada, nos viventes, podendo, em alguns animais, a presentarem de cor acinzentada em sua superfície, principalmente os cães que vivem e m grandes cidades, devido a poluição do ar inspirado. 
O tamanho dos pulmões varia de acordo com seu estado funcional, dilatando-se na inspiração e retraindo-se na expiração. 
Após a morte ou depois de se abrirem as cavidades pleurais eles também reduzem de tamanho. O pulmão esquerdo é sempre menor que o direito e o peso em conjunto dos dois pulmões não ultrapassam 5% do peso corporal. 
Os elementos que entram ou saem do pulmão, constituem a raiz do pulmão e o ponto de entrada ou de saída destes elementos recebem o nome de hilo pulmonar. 
A margem dorsal dos pulmões segue a linha da tuberosidade coxal lateralmente ao músculo iliocostal. A margem cranial dos pulmões é formada pela margem caudal das cabeças longas do músculo tríceps (sulco do músculo ancôneo) dos membros torácicos. Em animais de pequeno porte, essa margem pode ser deslocada cranialmente.
Na região mediastino, encontra-se o Timo uma glândula que produz anti-corpos quando os animais são jovens, a medida que o animal cresce essa glândula tende a desaparecer, caso isso não ocorra essa glândula, se transforma num Timoma uma espécie de tumor cancerígeno.
1.5.6 CÃO E GATO
Em carnívoros o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos, lobos cranial, caudal, médio e acessório, a incisura cardíaca divide os dois primeiros. O lobo cranial desse pulmão é ventilado por um brônquio traqueal separado. A lobulação pulmonar é bem visível.
1.5.7 EQUÍNOS
Em equinos o pulmão direito com lobos cranial e caudal com lobo acessório e pulmão esquerdo com lobos cranial e caudal.
 
1.5.8 BOVINOS
Em ruminantes o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial, caudal, médio e acessório. Presença do brônquio traqueal.
1.5.9 SUÍNOS
Em suínos o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial, caudal, médio e acessório. No pulmão direito o lobo cranial possui porção cranial e caudal, presença do brônquio traqueal, e possui a incisura cardíaca que divide os dois primeiros. 
O lobo cranial desse pulmão é ventilado por um brônquio traqueal separado. A lobulação pulmonar é bem visível.
1.6 CORAÇÃO
O coração é o órgão central que, por contrações rítmicas, bombeia sem interrupção o sangue através dos vasos sanguíneos. No adulto, ele consiste em quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. 
Os dois átrios são separados por um septo interno, assim como os dois ventrículos, mas o átrio e o ventrículo de cada um dos lados comunicam-se por meiode uma ampla abertura. 
O coração, portanto, é constituído por duas bombas combinadas em um único órgão. 
A bomba direita recebe o sangue venoso do corpo e o envia ao tronco pulmonar, que o conduz aos pulmões para oxigena-lo novamente, a bomba esquerda recebe o sangue oxigenado dos pulmões através das veias pulmonares e o lança na aorta, que o distribui ao corpo.
O tamanho e a anatomia variam nas diferentes espécies. No eqüino, seu formato é o de um cone irregular e um tanto achatado. 
Está inserido e m sua base pelos grandes vasos, mas fora isso fica inteiramente livre no pericárdio. 
Ele é assimétrico na posição, as quantidades (por peso) à direita e esquerda do plano mediano sendo de uma proporção de aproximadamente 4:5. 
O peso médio do coração é de aproximadamente 4 Kg ( 0 ,4% do peso corporal). O eixo longo (do meio da base até o ápice) está direcionado ventral e caudalmente. A base do coração está direcionada dorsalmente e sua parte mais e levada situa-se aproximadamente, na junção do terço dorsal e médio do diâmetro dorsoventral do tórax. 
O ápice situa-se centralmente dorsal a ultima esternébra. No bovino , 5/7 do coração 70%) encontram -se no lado esquerdo do plano mediano do tórax, devido ao grande tamanho do pulmão direito. 
No adulto pesa 2 ,5 Kg , ou de cerca de 0,4 a 0,5 do peso do corpo. O comprimento da base a o ápice é relativamente maior que no equino, sendo a base menor. No ovino, também é cônico e alongado, o peso absoluto varia de 2 20 a 240g e sua percentagem de peso é de 0,45 e 0,50%. Este órgão é formado de 4 cavidades, sendo 2 átrios, direito (esternocostal) e esquerdo (diafragmática), que são convexas e marcadas pelos sulcos que indicam a divisão d o coração em quatro câmaras. Internamente os átrios estão separados pelo septo interatrial. 
Os dois ventrículos, direito e esquerdo, estão separados pelo septo cardíaco que se evidenciam superficialmente, na parte correspondente a divisão dos ventrículos (septo interventricular). 
O septo interventricular está situado obliquamente, de modo que na superfície, a que é convexa, está voltada cranialmente e para a direita; a outra face que está voltada para dentro do ventrículo esquerdo é côncava e voltada caudalmentepara a esquerda. 
Uma parte é fina e membranosa e a outra é expessa e muscular. Músculo cardíaco é o miocárdio, também tem os musculatura esquelética, estriada cardíaca, e musculatura lisa.
O coração também é constituído de três túnicas: 
· EPICÁRDIO - é a camada mais externa;
· MIOCÁRDIO- é a camada mais espessa e é constituído de tecido muscular estriado cardíaco; corresponde à túnica média dos vasos; 
· ENDOCÁRDIO - é a camada mais interna, semelhante em sua constituição à camada íntima d os vasos sanguíneos, porém sem a lâmina elástica interna entre o endocárdio e o miocárdio.
Mediastino do tórax, 60% voltado para o lado esquerdo, vista dorsal, pulmões esquerdo e direito.
Câmaras direitas craniais, câmeras esquerdas caudais. 
Vista lateral esquerda acesso as grandes artérias, vista lateral direita acesso as grandes veias.
· Grande circulação: Coração bombeia sangue para todo corpo;
· Pequena circulação: Circulação entre o coração e os pulmões. 
Dependendo da espécie, o ápice do coração pode estar mais inclinado caudalmente (carnívoros). Na base do coração, localizam-se os grandes vasos – Artéria Aorta, A. Tronco Pulmonar, Veias cavas - Cranial e caudal e Veia Pulmonar.
O Coração direito é mais cranial e o Coração Esquerdo é mais caudal. O ápice do coração se encontra no lado esquerdo. A linfa é uma fração do plasma perdida nos tecidos, e os vasos linfáticos recuperam esse plasma trazendo-o de volta ao sangue. 
Artérias conduzem sangue rico em Oxigênio e Veias conduzem sangue pobre em Oxigênio.
1.6.1 LOCALIZAÇÃO E POSIÇÃO 
Circundado pelos pulmões e protegido pelas costelas 
Voltado à esquerda do plano mediano 
Ventralmente à cavidade torácica 
Base orientada dorsalmente 
Ápice se encontra junto ao esterno 
Localizado no MEDIASTINO 
Espaço existente entre as 2 cavidades pleurais que contém os pulmões E e D
 
1.6.2 CÃO E GATO
O coração canino é ovoide. Seu eixo longitudinal forma um ângulo de cerca de 45° com o esterno; a base, portanto, situa-se crânio dorsalmente e o ápice rombo permanece próximo à junção do esterno com o diafragma, um pouco à esquerda da linha mediana.
O ângulo entre o eixo do coração e o esterno, e o espaço entre o ápice e o diafragma variam mais consideravelmente do que se sugere. O ângulo é maior, e a forma do coração é mais cônica nas raças de tórax profundo. 
Devido à posição inclinada do coração, uma fina camada de tecido pulmonar se localiza entre o coração e a parede torácica esquerda, resultando em sons cardíacos mais pronunciados no lado esquerdo. A valva atrioventricular direita possui apenas duas grandes cúspides em muitos (se não em todos) os cães.
O coração do gato se estende da terceira (ou quarta) à sexta (ou sétima) costelas. Uma parte pequena é coberta pela sobreposição dos membros torácicos no animal em estação, devido ao fato de que o tríceps não se estende além da quarta costela. 
O eixo longitudinal do coração forma um ângulo mais agudo com o esterno, o que resulta em maior área de contato esternal do que na maioria dos cães.
1.6.3 BOVINO
O coração bovino é construído de acordo com o plano geral dos mamíferos e não apresenta nenhuma diferença estrutural importante. O átrio direito recebe a veia ázigos esquerda, por meio do seio coronário. 
Ocasionalmente mantém comunicação com o átrio esquerdo através de um forame oval aberto; este é apenas ocasionalmente acessível para sondagem e sem significância. 
Dois ossículos são encontrados no tecido conjuntivo relacionado com as válvulas semilunares da valva da aorta; eles não são exclusivos dos bovinos, como muitas vezes se supõe, mas se desenvolvem mais precocemente nessa espécie. 
A artéria coronária esquerda é dominante, a direita se restringe a um percurso circunflexo.
1.6.4 EQUINO
O coração situa-se na parte ventral do mediastino médio, diretamente cranial ao diafragma e coberto em grande parte pelos membros torácicos. 
O coração forma um cone irregular e lateralmente comprimido; a maior parte se localiza do lado esquerdo do plano mediano e é disposto de forma que seu eixo se curve caudoventralmente e para a esquerda. 
Existe grande variação nos tamanhos do coração: em animais puros-sangues é maior, tanto relativa quanto absolutamente, que em outros cavalos de comparável porte e peso.
1.6.5 SUÍNO
O coração é pequeno, apenaS 0,3% do peso corporal. O tamanho do coração não acompanhou o ritmo muito acelerado de crescimento dos modernos e melhorados suínos, que alcançam um peso de 115 kg aos cinco ou seis meses de idade. O coração ocupa a metade ventral da cavidade torácica, estendendo-se entre a segunda e a quinta costela.
1.6.6 PERICÁRDIO
O pericárdio envolve quase que completamente o coração, o pericárdio é essencialmente um saco seroso fechado que está tão profundamente invaginado pelo coração que seu lume é reduzido a uma pequena fenda capilar. 
Entre eles contém fluido seroso, quantidade suficiente apenas para facilitar a movimentação da parede cardíaca contra sua cobertura. As camadas visceral e parietal do pericárdio são contínuas uma à outra em uma complicada reflexão que segue sobre o átrio e as raízes dos grandes vasos. 
A camada visceral é tão proximamente aderida à parede do coração que pode ser considerada um componente dela, o epicárdio. 
A camada parietal possui grossa cobertura externa fibrosa (Fig. 7-5/6) que se une à camada adventícia dos grandes vasos dorsalmente e se continua em um ligamento no ápice ventral do saco. Este geralmente se liga ao esterno (ligamento esternopericárdico; Fig. 7-5/8), mas se fixa no diafragma (ligamento frenicopericárdico) nas espécies em que o eixo cardíaco é mais oblíquo. 
Esse ligamento impõe uma severa restrição à mobilidade do coração, embora pequenos movimentos ocorram em cada movimentação respiratória.
1.7 DIAFRÁGMA
É um órgão muscular dividido em duas partes,com estruturas musculares, tem uma porção muscular (nº 1, 2, 3 4) e uma porção tendínea (nº5, 5’ ) e tem duas estruturas musculares volumosas que são os pilares diafragmáticos( nº 1, 2) e tem como ponto de fixação os corpos vertebrais das primeiras vértebras lombares (nº 14) visível no teto da cavidade torácica ou teto do tronco.
Figura 2
Na parte interna, toda sua borda é fixada na face medial das costelas no sentido diagonal, na porção mais distal da face medial das acompanhado a arcada costal ou arco costal que é a divisão entre o tórax e abdômen.
O diafragma não é considerado um órgão e sim uma estrutura musculoesquelética e possui uma ligação direta com o sistema respiratório, pois parte da força de movimento deste sistema vem do diafragma. 
Tem também uma ligação direta com as vísceras da cavidade abdominal e relações com os grandes vasos que os oferece suporte. No caso de vísceras o diafragma oferece suporte através do ligamento do fígado e ligamento falciforme. O diafragma dá suporte ao esôfago (nº 8), principalmente a veia cava caudal (nº10) e por entre os pilares do diafragma passa a Artéria Aorta (nº 6).
1.8 REGIÃO ABDOMINAL
Nos limites externos as estruturas como as costelas ou a arcada costal, ajudam a delimitar cranialmente o abdôme, a porção palpável nos animais é somente aquela que está depois da última costela em sentido caudal, no entanto o fígado, o estômago e o baço ficam alojados sob a arcada costal e são, portanto, vísceras abdominais uma vez que estão retro diafragmáticos ou retrofrênico.
O abdômen por si só começa após a última costela, entretanto, ele se vai na direção do tórax em virtude do formato côncavo do diafragma, ou seja, o diafragma é o limite mais cranial entre abdômen e tórax, têm-se como referências as últimas costelas, e em limite cranial interno do abdômen é o diafragma.
Ventralmente encontra-se uma anastomose com a musculatura contralateral. Quando se observa o abdômen por uma vista lateral ele vai finalizar na porção mais baixa e ventral, justamente na área que se une com a outra musculatura formando a linha Alba.
 Se na porção cranial observa-se o diafragma na porção ventral haverá a linha Alba, formada pela anastomose da musculatura que compõe a parede lateral do abdômen, lateralmente vamos ter formando os limites laterais abdominais somente a musculatura, pele, tecido subcutâneo e adiposo.
Caudalmente o limite do abdômen vai ser a crista pectínea na borda cranial da asa do íleo. Em grandes animais existe densidade muscular em relação às demais espécies, pois temos no ruminante, o rumem, um gigantesco saco que se situa no lado esquerdo do abdômen, e no equino grande parte do lado direito, ocupado pelo ceco, especialmente nas bordas ou nas porções mais ventrais do abdômen, tanto que o ceco faz relações com o apêndice xifoide, abaixo e a direita temos o ceco, no caso do bovino não há essa relação, diferentemente das demais espécies.
A primeira parte que fica próxima à região do xifoide, e chamada de região xifoideia, o quadrante que fica abaixo das cartilagens costais são regiões hipocondrais, direito e esquerdo, no lado direito dessa região é possível palpar rins e fígado e no lado esquerdo pode-se conseguir palpar rim esquerdo.  Abaixo da região hipocondral encontra-se a região de flanco ou vazio e entre elas a região umbilical ou epigástrica, região inguinal direita e esquerda e região pubiana. 
O Abdômen é formado por quatro músculos que formam a cavidade abdominal e que protegem os órgãos e estruturas abdominais. A primeira musculatura mais externa e superficial de todas é o músculo oblíquo abdominal externo, que se originam da região do corpo da 4ª costela até aproximadamente a 13ª costela, além disso, as últimas fibras podem ter inserção numa estrutura chamada de fáscia toracolombar e ainda uma porção dessas fibras se inserem na bainha do músculo reto abdominal.
Abaixo do oblíquo externo encontra-se o músculo oblíquo abdominal interno, essas musculaturas se originam da aponeurose ou da fáscia toracolombar na porção mais superior e se inserem na bainha do músculo reto abdominal.
O músculo reto é circulado por uma bainha, essa bainha é formada pela inserção das bainhas do músculo obliquo abdominal externo e interno e transverso abdominal. Nessa região de bainha passa a veia umbilical no caso de neonatos que posteriormente torna-se o ligamento umbilical.
Essas estruturas irão desde o anel inguinal interno até o anel inguinal externo. E permite a passagem de grandes vasos e nervos gênito femorais e no caso dos machos a passagem das gônadas, (testículos) a camada mais superficial do músculo oblíquo interno forma a porção dorsal e cranial e na remoção do oblíquo abdominal externo fica visível na porção mais profunda formando tanto a porção mais cranial quanto na porção lateral desse forame.
Nessa região passa os vasos, nervos e gônadas, eventualmente quando essa estrutura de inserção abdominal é fragilizada e em algumas condições de caráter hormonal, pode ocorrer que a porção mais externa dessa musculatura fica flácida e se dilata sendo possível extravasar vísceras, especialmente intestino e no caso das fêmeas o útero.
Os suprimentos sanguíneos são representados por 4 artérias (duas do lado direito e duas do lado esquerdo) epigástrica Cranial que é continuidade da artérias torácica e assim que emite a frênica dorsal ela torna-se a epigástrica cranial. Esta passa entre os músculos retos abdominais e oblíquos abdominais artéria epigástrica caudal.
No abdome observa-se uma estrutura amarelada esbranquiçada recobrindo todas as vísceras com exceção do fígado e baço, essa estrutura é chamada de omento, essa estrutura não recobre esses órgãos por ser originadas da curvatura maior do estômago se reverter e inserir na porção ventral desses órgãos lateralmente a veia cava.
O omento irá formar o ligamento gastroesplênico ele se dobra do estômago sobre o baço e em sentido caudal. Existem várias estruturas de sustentação do intestino, a primeira e mais comum delas é o mesoduodeno no teto da cavidade abdominal, mesorreto e mesocólon e fixando no estômago parcialmente ao teto o ligamento gastroesplênico, ou seja, o omento é um reflexo desse ligamento (gastroesplênico) em sentido caudal. O omento serve como via de transporte de vasos até as alças intestinais.
1.9 TOPOGRÁFIA VISCERAL
A disposição geral das vísceras é determinada pela forma da cavidade nas quais elas estão contidas; sua disposição detalhada é influenciada pelas características individuais de fixação, motilidade e distensão. 
Como a cavidade peritonial é hermeticamente fechada e a maior parte do conteúdo é incompressível, qualquer alteração na posição ou no contorno de um órgão deve ser seguida pelo ajuste da parede abdominal ou por uma alteração recíproca em um órgão vizinho. Dessa forma, uma alteração trivial em um órgão pode manter em movimento uma reação em cadeia que se estende para todas as partes do abdome. 
O peso do conteúdo abdominal é considerável, especialmente nos grandes herbívoros. 
O conteúdo “flutua” no líquido seroso e as forças gravitacionais são opostas em consequência da tensão desenvolvida, tanto ativa quanto passivamente, pelas estruturas da parede abdominal, da tração cranial no diafragma exercido pela pressão negativa no tórax e, em menor e incerta extensão, pelo mesentério e vasos que suportam órgãos particulares. 
A essência da situação pode ser demonstrada esquematicamente (Fig. 3-34). Observa-se que a pressão interna varia em diferentes níveis no abdome; é menor que a pressão ambiente na maior parte da porção dorsal, igual a ela em um nível específico e cada vez relativamente maior em direção ao assoalho do abdome. 
Isso explica a concavidade da parte dorsal do flanco muito evidente nos bovinos e também a tendência para entrada de ar no reto quando a exploração retal é mal feita. Evidentemente, as pressões internas locais também variam com as alterações respiratórias na pressão intratorácica e com a postura.
O papel do mesentério e outros ligamentos na determinação datopografia visceral é controverso. 
Alguns dos mais robustos ligamentos, por exemplo, aqueles entre o fígado e o diafragma, ancoram órgãos de maneira bem firme; outros são muito frágeis para desempenhar um papel significativo, e os órgãos aos quais se ligam precisam ser mantidos no lugar por contato mútuo e pela “suspensão” do diafragma. 
Certamente se soltam assim que o ar é introduzido na cavidade peritonial. Supõe-se que a aparência de abdome abaulado, familiar em muitas pessoas idosas, se deva, em parte, à perda de elasticidade nos pulmões com resultante redução da “tração” diafragmática. 
Algumas das artérias que se ramificam a partir da aorta para suprir os órgãos abdominais possuem uma adventícia inusitadamente espessa, e isso pode permitir que sustentem algum peso quando o mesentério circundante estiver plenamente tensionado. 
1.10 PERITÔNIO
O peritônio é uma extensa membrana serosa, formada essencialmente por tecido conjuntivo, que reveste o interior das paredes da cavidade abdominal e expande-se para cobrir a maior parte dos órgãos que contém. Deste modo, considera-se que, embora a membrana seja ininterrupta, é composta por duas camadas ou folhas, o peritônio parietal e o peritônio visceral.
1.11 ESTÔMAGO
No estômago existe três regiões distintas, cárdica, fúndica e pilórica, a região fúndica e região de cárdia, são as mais capaz de se dilatar. 
Ao chegar no piloro em secções longitudinais do estômago, a espessura da parede deste órgão tende a ficar ligeiramente mais grossa e via de regra percebe-se que em animais domésticos principalmente nos monogástricos as porções mais fáceis de se dilatar são as regiões mais altas do cárdia e fúndica, essas regiões em termos fisiológicos são as áreas que disparam a sensação de saciedade quando estão tensas, informando ao cérebro quando o órgão está cheio, isso ocorre geralmente de maneira tardia.
Nas áreas de região pilórica, produz uma substância denominada de fator intrínseco que funciona como potencial carreador de absorção de algumas vitaminas do complexo B.
A região fúndica se projeta dorsalmente é uma porção mais alta, é a região do cárdia ligeiramente mais alargada, e nessa região que tende a começar a ocorrer o processo de vômito.
O corpo e o fundo são colocados à esquerda da linha média, e tem contato íntimo com diafragma e fígado, e a porção mais distal do estômago que caminha ao piloro fica mais à esquerda, em compensação o piloro se projeta para o lado direito. Quando o estômago está repleto, ele faz relação íntima com o assoalho da cavidade abdominal, dependendo do grau de repleção deste órgão, o baço se move e pode chegar a ficar junto ao assoalho da cavidade abdominal.
A parede abdominal ventral é suprida por quatro pares de artérias originadas da região esternal e pélvica, respectivamente. A artéria epigástrica cranial superficial se ramifica da artéria torácica interna e se estende entre os músculos abdominais e a pele. Ela supre a região cranial ao umbigo (é aumentada em cadelas lactantes). A artéria epigástrica cranial se estende profundamente ao reto, entre ele e a sua bainha. A artéria epigástrica caudal superficial, um ramo da pudenda externa, é distribuída subcutaneamente e também supre o prepúcio; a artéria epigástrica caudal é originada do tronco pudendo epigástrico e avança primeiramente pela margem lateral e, em seguida, pela superfície profunda do músculo reto. Os conjuntos caudais e craniais dos vasos se fundem.
A parede abdominal é inervada em segmentos. O segmento cranial da parede abdominal é inervado por continuações dos nervos intercostais. No segmento caudal, os nervos ventrais lombares assumem a inervação da parede do corpo: o nervo ilio-hipogástrico (no cão, os nervos ilio-hipogástricos cranial e caudal), o nervo ilioinguinal, o nervo genitofemoral e o nervo cutâneo lateral do fêmur.
1.11.1 CÃO E GATO
O cão tem um estômago simples que exibe a forma, apenas quando se encontra moderadamente repleto. 
O fundo e o corpo são unidos discretamente e têm uma grande capacidade de expansão, enquanto a parte pilórica, cilíndrica e de parede mais espessa, tem menor capacidade de aumento. 
O fundo se projeta dorsalmente para a esquerda da parte cárdica, de encontro ao fígado. 
A parte cárdica é geralmente maior e isso pode estar relacionado com a facilidade com que os cães vomitam. 
Por outro lado, o piloro é estreito e, não raramente, pode ocorrer estenose em animais jovens. Quando o órgão estiver vazio, o corpo também se torna mais ou menos cilíndrico e o fundo forma um alargamento dorsal bulboso.
Quando o órgão tiver muito distendido, todas as partes, exceto o canal pilórico, se unem formando um saco comum. A capacidade do estômago varia de 0,5 a 6,0 L com uma média de 2,5 L; portanto, é relativamente grande em relação ao tamanho corporal.
O estômago recebe o sangue de todos os três ramos da artéria celíaca, que se divide imediatamente após deixar a aorta entre os pilares do diafragma. Portanto, os ramos para o estômago chegam à direita do fundo e dorsal à parte cárdica. 
A artéria esplênica supre ramos curtos à medida que atravessa a superfície caudal do fundo, antes de chegar ao baço. Um ramo mais substancial (artéria gastro epiploica esquerda; acompanha a curvatura maior até uma anastomose com a artéria gastro epiploica direita (um ramo da artéria hepática). 
A artéria, gástrica esquerda supre o fundo, a região cárdica e se ramifica para o esôfago, antes de acompanhar a curvatura menor para uma anastomose com a artéria gástrica direitaum ramo adicional da artéria hepática. 
As arcadas arteriais que acompanham as curvaturas originam ramos de tamanhos moderados para partes adjacentes de ambas as superfícies. 
As artérias são, na maior parte, acompanhadas por veias satélites que contribuem como veias gastro esplênicas e gastroduodenais para a veia porta. Os vasos linfáticos gástricos desembocam nos linfonodos hepáticos, mas podem passar primeiro pelos linfonodos gástricos e esplênicos. Os grandes vasos estão ausentes das faixas entre as curvaturas, sendo então o local indicado para incisão. 
A superfície parietal pode ser exposta e aberta por uma incisão paracostal ou mediana (um procedimento comum para a recuperação de corpos estranhos), porém a superfície visceral é inacessível, a não ser que a bolsa omental seja aberta primeiro. O volvo gástrico é relativamente comum, especialmente em raças de tórax profundo. 
Nessa condição, o estômago distendido gira ao redor do esôfago (normalmente, em sentido horário, conforme observado por trás, entre 270° e 360°) e faz com que o esôfago se feche na área da parte cárdica. A extremidade pilórica do estômago, não suficientemente presa pelo omento menor e pelo ducto biliar, se move ventralmente e para a esquerda, esticando a parte cranial do duodeno pela superfície ventral da parte cárdica. 
A lâmina ventral do omento maior, ainda presa à curvatura maior do estômago, cobre a superfície ventral do estômago deslocado e é visível quando se entra na cavidade abdominal durante a cirurgia. 
A rotação comprime as veias provocando congestão do estômago e ingurgitamento do baço. A posição do baço varia conforme o grau do volvo e pode até girar sobre seu próprio pedículo. 
A rotação do estômago no sentido anti-horário é possível em até 90°; o piloro e o antro se movem dorsalmente ao longo da parede abdominal direita e, nesse caso, não há deslocamento do omento sobre a superfície ventral do estômago. 
O estômago do gato é mais flexionado sobre si próprio e a parte pilórica quase não alcança a metade direita do abdome. Uma grande distensão também é menos comum em gatos, que costumam ser menos gulosos que os cães. 
O estômago do gato é normalmente similar ao do cão; a sua topografia e a dos intestinos aparecem nas radiografias das Figuras 14-13, 14-14 e 14-16. As vilosidades no estômago, observadas em radiografias de contraste, são poucas e proporcionalmente menores em gatos do que em cães. 
A estenose pilórica causada por hipertrofia da musculatura lisa circular do piloro pode ser encontradaem gatos siameses.
1.11.2 BOVINOS
O estômago de ruminantes tem quatro compartimentos: o rúmen, retículo, omaso e abomaso. Coletivamente, estes órgãos ocupam quase 3/4 da cavidade abdominal, enchendo virtualmente todo o lado esquerdo e estendendo significativamente ao lado direito.
O retículo relaciona-se com o diafragma e é unido ao rúmen por uma dobra de tecido. O rúmen, o maior dos pré-estômagos, é propriamente saculado por colunas musculares que são chamadas saco dorsal, ventral, caudodorsal e caudoventral. Em muitos aspectos, o retículo pode ser considerado uma bolsa cranioventral do rúmen; a ingesta flui livremente entre estes dois órgãos. O retículo é conectado ao esférico omaso por um túnel pequeno, o orifício retículo-omasal. O abomaso é o estômago glandular ou verdadeiro do ruminante.
O interior do rúmen, retículo e omaso é exclusivamente coberto com epitélio estratificado escamoso, semelhante ao que é observado no esôfago. Cada um destes órgãos tem estrutura mucosa muito distinta, embora dentro de cada órgão, alguma variação regional em morfologia possa ser observada. A superfície interior do rúmen forma numerosas papilas que variam em forma e tamanho, desde pequenas e pontiagudas a longas e folhadas.
O epitélio reticular é lançado em dobras que formam camadas poligonais que dão ao retículo, uma aparência de colmeia. Dentro do omaso ocorrem dobras longitudinais largas que lembram as páginas de um livro (um termo comumente utilizado para o omaso é livro). As pregas omasais são acumuladas com ingesta finamente moída e representam aproximadamente um terço da área de superfície total dos pré-estômagos. Epitélio estratificado, escamoso como achado no rúmen não é normalmente considerado um tipo de epitélio absortivo.
Papilas ruminais são muito ricamente vascularizadas e os ácidos graxos voláteis abundantes produzidos por fermentação são prontamente absorvidos através do epitélio. Sangue venoso dos pré-estômagos, como também do abomaso, leva estes nutrientes absorvidos até a veia porta. Ultrapassando estes compartimentos, a digesta chega ao intestino delgado e ao intestino grosso.
1.11.3 EQUINOS
Equinos são monogástricos, possuem uma estômago simples (câmera gástrica),diferente dos ruminantes como o boi, a cabra, entre outros que possuem duas câmeras ( poligástricos) o processo de digestão se dá no Ceco e grande cólon  intestino delgado que é responsável pela parte mais importante absorção dos nutrientes ele e estreito e mede 2 metros ( e os segmentos do intestino grosso que tem a função de digestão do material fibroso da dieta). 
1.11.4 SUÍNOS
O estômago é do tipo simples, apresentando fundo, corpo e região pilórica. Os dois primeiros estão confinados ao lado esquerdo do abdome, porém podem se estender além do plano mediano, quando o estômago estiver totalmente distendido. Eles estão cranialmente relacionados ao fígado e ao diafragma. 
A região pilórica se estende para a direita e está também em contato com o fígado. 
Todas as partes estão caudalmente relacionadas às diversas partes do intestino; a principal região relacionada é a região da alça espiral do cólon ascendente. 
Somente quando o estômago está inteiramente distendido faz contato com o assoalho abdominal e, à esquerda, se estende além da proteção da caixa torácica. Uma característica única no suíno dentre as espécies domésticas é a presença de um divertículo cônico (divertículo do estômago), projetado caudalmente a partir do fundo.
1.12 INTESTINO DELGADO (DUODENO,JEJUNO, ÍLEO)
Uma das mais importantes informações a se saber sobre intestino delgado está na localização de duodeno para não mexer nessa porção do órgão, isso se deve ao fato que aderido à curvatura do estômago e envolto no duodeno está o pâncreas. Intervenções nessa região pode causar uma pancreatite por ser um glândula bastante sensível.
O ID vai ser de 3 a 5 vezes maior que o tamanho do corpo no caso de pequenos animais e em grandes animais essa taxa tende ser maior chegando ate 15 vezes o tamanho do animal.
O duodeno é a região mais curta em todos os animais, faz a flexura cranial, margeia a cavidade do abdômen fazendo um íntimo contato dorsalmente com a parede lateral direita. Desce pela lateral da cavidade abdominal até fazer a flexura caudal, quando volta praticamente no meio, fica subvertebral onde se abre no jejuno.
Suas relações, dorsalmente com o lobo pancreático, que na curvatura cranial do duodeno encontra-se aderido junto à curvatura maior do estômago. Imediatamente caudal ao piloro, ventralmente relaciona-se com o jejuno e medialmente com o cólon ascendente. No equino as relações são mais importantes pois, na hora de fazer a inspeção intestinal para localizar a área que esta gerando a cólica, precisa correr todo o intestino fazendo palpação e verificar onde está obstruído ou necrosado.
1.12.1 JEJUNO E ÍLEO
Forma uma massa que ocupa a região entre estômago e bexiga bem ventral, basicamente a diferença entre as espécies está no diâmetro desses órgãos, porém as estruturas são as mesmas. Dorsalmente faz relação com a porção descendente do duodeno à esquerda com rins e músculos sublombares, e ventral e cranial com o omento.
Íleo faz relação direta com Jejuno, ceco, e cólon.
1.12.2 CÃO E GATO
O intestino delgado é relativamente curto, talvez três ou quatro vezes o comprimento corporal e apenas o duodeno mede cerca de 25 cm. A parte cranial curta do duodeno passa dorsalmente e à direita sobre a superfície visceral do fígado, quase oposta ao nono espaço intercostal. 
Ela continua caudalmente, além do sistema porta, como duodeno descendente, que acompanha a parede abdominal direita para alcançar um ponto entre a quarta e sexta vértebra lombar. Na sua passagem está relacionado dorsalmente ao lobo direito do pâncreas, ventralmente à massa jejunal e medialmente ao cólon ascendente e ao ceco. 
O mesentério do duodeno descendente começa relativamente longo, mas encurta na flexura caudal, onde o intestino está ancorado pelo teto abdominal. Uma prega adicional (duodenocólica), com uma margem caudal livre, prende o duodeno ao mesocólon descendente neste ponto. 
O duodeno ascendente, iniciando na flexura caudal, é melhor fixado do que o segmento anterior e avança, perto da linha mediana, entre o cólon descendente à esquerda e a raiz do mesentério. Ele gira ventralmente no limite cranial do teto para continuar como jejuno. Outras relações dessa parte são, dorsalmente, o limite medial do rim esquerdo e, ventralmente, a massa jejunal.
O duodeno ascendente, iniciando na flexura caudal, é melhor fixado do que o segmento anterior e avança, perto da linha mediana, entre o cólon descendente à esquerda e a raiz do mesentério. 
Ele gira ventralmente no limite cranial do teto para continuar como jejuno. Outras relações dessa parte são, dorsalmente, o limite medial do rim esquerdo e, ventralmente, a massa jejunal.
O jejuno e o curto íleo formam uma massa que ocupa a parte ventral do abdome entre o estômago e a bexiga urinária. 
As flexuras do jejuno são bem móveis e, à primeira vista, a sua distribuição parece aleatória; uma análise mais detalhada mostra que há algum padrão na distribuição. As principais flexuras sagitais da parte proximal estão posicionadas bem cranialmente às flexuras mais transversas da parte distal. 
O mesentério suspenso é relativamente comprido e oferece pouca contenção, permitindo que o intestino se mova livremente sobre o assoalho para acompanhar, por exemplo, os movimentos respiratórios. 
Dorsalmente, a massa jejunal se estende até o duodeno descendente à direita e o rim e os músculos sublombares à esquerda. As flexuras jejunais estão totalmente relacionadas ventralmente ao omento maior dobrado; cranialmente, apenas a lâmina profunda interfere entre elas e o estômago. 
O íleo surge na extremidade caudal da massa e avança à direita abrindo-se no cólon ascendente, abaixo da primeira ou segunda vértebra lombar.
A junção ileocecocólica é peculiar, pois o íleo e o cólon estão alinhados e formam um tubo contínuo que é unilateralmente unido pelo ceco. (Emoutras espécies, é o ceco e o cólon que se encontram de ponta a ponta.) O ceco é curto, apesar de variar de comprimento, e retorcido. 
Ele é unido ao íleo por uma prega (ileocecal) curta e é orientado craniocaudalmente, apesar de a sua extremidade cega arredondada poder apontar para qualquer direção. O ceco se comunica com o cólon adjacente ao óstio ileal. O ceco está posicionado à direita da raiz do mesentério e se relaciona dorsalmente ao rim direito, ao duodeno descendente e ao pâncreas lateralmente e ao jejuno ventralmente. 
Ele está posicionado abaixo da segunda articulação lombar e, portanto, está amplamente nivelado com a maior parte caudal do arco costal. 
O ceco do gato é pequeno e tem forma de vírgula. Surpreendentemente, ele pode ser localizado através da palpação da firme junção ileocecólica no nível da quarta vértebra lombar. A estrutura firme pode ser confundida com um tumor ou intussuscepção.
O cólon, com 65 cm de comprimento em média, é apenas um pouco mais largo do que o intestino delgado. 
Ele é facilmente identificado pelo seu direcionamento cranial à raiz do mesentério e pela sua descida quase reta à esquerda, em direção à pelve, onde entra dorsalmente à bexiga urinária (e útero). 
A parte ascendente curta está posicionada à direita, entre o duodeno descendente e a raiz do mesentério, e normalmente entra em contato com a parte pilórica do estômago. O mesocólon estreito permite pouca mobilidade. 
O cólon transverso estende-se da direita para esquerda, cranial à raiz do mesentério e ventral ao lobo esquerdo do pâncreas. Ele está preso mais frouxamente e inserido no abdome; normalmente, é a parte mais baixa do cólon, quando radiografado em vista lateral. 
A inserção livre, às vezes, faz com que ele dobre sobre si próprio, parecendo apenas uma flexura conectando o colón ascendente ao descendente. 
O cólon descendente é, sem dúvida, o segmento mais longo. Passa caudalmente, à esquerda da raiz mesentérica, para alcançar a cavidade pélvica, onde continua como o reto. 
Está relacionado dorsalmente ao rim esquerdo e aos músculos sublombares e ventralmente à massa jejunal; pode estar posicionado sobre a parede abdominal esquerda. O cólon descendente é o único segmento do intestino grosso do cão que pode ser facilmente palpado. Nenhuma parte do cólon está posicionada retroperitonealmente.
1.12.3 BOVINOS
Os intestinos são divididos em duas porções, as quais sofrem, ainda, subdivisões:
Intestino Delgado: duodeno (porção ativa de digestão e absorção), jejuno (porção para absorção) e íleo (porção para absorção e reabsorção);
Intestino Grosso: ceco (saco cego), colo (parte mais volumosa do intestino grosso) e reto (termina no ânus).
As alças intestinais ocupam os dois terços posteriores do lado direito do abdômen. O rúmen cheio desloca as alças intestinais para a direita da linha média. A digestão enzimática, que se iniciou no abomaso com a quimosina (bezerro) ou a pepsina (bovino adulto), é completada no intestino delgado com a participação das enzimas pancreáticas (tripsina, quimiotripsina, amilase pancreática, lipase) e de outras enzimas intestinais (lactase, maltase, sacarase, dissacaridases e outras).
Portanto, é no intestino delgado (especialmente no duodeno e jejuno) onde ocorrerá a maior parte da digestão e absorção dos nutrientes (proteínas, lípides, minerais e vitaminas), ao passo que a maior parte dos carboidratos já foi fermentada no rúmen.
As paredes internas (mucosas) do intestino delgado são revestidas por inúmeras projeções papilares chamadas vilos ou vilosidades, que servem para aumentar a superfície de absorção destes nutrientes. A digestão enzimática desenvolve-se nas primeiras semanas de vida do bezerro, quando começa a ingerir nutrientes que exigem clivagem: dissacarídeos, amido e lipídeos.
No intestino grosso, o processo de decomposição, síntese e conversão são mediadas por enzimas bacterianas. É justamente neste órgão que a maior parte da água ingerida será absorvida. Existe no intestino grosso, uma população microbiana semelhante à do rúmen, mas bem menor em número. Estes microrganismos fermentam o pouco substrato que lá chega, da mesma forma que os do rúmen, produzindo ácidos graxos voláteis e proteínas microbianas. Ocorre também certa digestão da celulose, pelas enzimas destes mesmos microrganismos. As vitaminas B e K, assim como no rúmen, também são sintetizadas neste órgão. Existe absorção destes nutrientes produzidos no intestino grosso, mas ela é bastante limitada.
MUCOSA: epitélio simples cilíndrico - enterócito (célula absortiva), células caliciformes, células endócrinas.
Células caliciformes: diferença regional
Células endócrinas
Duodeno tem vilos e pregas circulares; glândulas intestinais proeminentes; nódulos linfáticos espaçados. 
Jejuno semelhante ao duodeno; vilos pequenos e em menor quantidade; mucosa e submucosa com nódulos linfáticos; o resto é típico.
 Íleo semelhante ao jejuno; possui em especial células caliciformes em maior quantidade; e submucosa com grande quantidade de tecido linfóide;
1.12.4 EQUINOS
O comprimento do intestino delgado é de cerca de 20 metros sendo este dividido em duodeno, jejuno e íleo. 
A mucosa apresenta vilosidades de 0,5 a 1mm revestidas por células epiteliais cilíndricas as quais possuem projeções filiformes (microvilosidades) o que aumenta a superfície para absorção, além de células caliciformes responsáveis pela secreção de muco e glândulas que secretam suco entérico. 
Abaixo da mucosa encontra-se a camada muscular lisa que é responsável pelo peristaltismo, os movimentos servem tanto para misturar o conteúdo como também para propulsão através de contrações rítmicas em sentido crânio-caudal, a velocidade é de cerca de 20 cm por minuto. 
Após aproximadamente 15 cm da saída do estômago localiza-se o divertículo duodenal onde desembocam sucos pancreático e hepático.
1.12.5 SUÍNOS
O duodeno também está arranjado de forma semelhante à do cão, descendo em direção à pelve, antes de voltar a seguir em frente, à esquerda da raiz do mesentério, e se inclinar ventralmente para dar sequência ao jejuno. O ducto biliar se abre cerca de 3 cm abaixo do piloro e o ducto pancreático (acessório), único, cerca de 10 cm adiante. As duas aberturas são sustentadas por papilas.
O jejuno encontra-se arranjado em várias alças pequenas suspensas pelo mesentério, que fornece maior liberdade de posicionamento. A maior parte se encontra na metade direita do abdome, ventralmente e em direção à pelve, porém algumas partes podem estar em contato com o flanco esquerdo, atrás da alça espiral do cólon. Assim como os outros órgãos abdominais, o jejuno deve acomodar sua posição às condições do estômago, e em marrãs, às do útero.
Assim como o intestino do equino, o intestino grosso possui ampla capacidade, sendo composto por uma série de bolsas, com duas (no cólon) e três (no ceco) tênias que se posicionam ao longo de sua extensão. 
A disposição peculiar presente no ceco e no cólon ascendente nesse animal, único entre as espécies domésticas, resulta de uma rotação superior a 360° feita pela curvatura do intestino, que é herniada no cordão umbilical desde seu desenvolvimento inicial. 
A parte caudal é levada para fora da curvatura, incluindo a junção cecocólica, para a esquerda do eixo mesentérico, onde permanece por todo o desenvolvimento tardio e até a vida adulta. O cólon ascendente se inicia no lado esquerdo e somente atinge sua continuação usual em cólon transverso no lado direito do abdome em consequência da reversão de sua direção, como descrito a seguir. 
O ceco e o cólon devem ser considerados juntos, como uma combinação formando uma massa cônica, afilada ventralmente, suspensa a partir do teto do abdomen. O ceco, com capacidade por volta de dois litros, tem sua origem abaixo do rim esquerdo e estende-se ventral ou caudoventralmente, de encontro ao flanco esquerdo, na sua extremidade arredondada e em fundo cego. 
O cólon ascendente está arranjado ao redor do mesentério, como um cone que aponta ventralmente até alcançar o assoalho abdominal (com

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