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SSiisstteemmaa NNeerrvvoossoo O sistema nervoso tem apenas 2kg, cerca de 3% do peso corporal total. É um dos menores sistemas, porém é o mais complexo dos sistemas do corpo. Tem bilhões de neurônios, e mais ainda células da neuroglia.. De maneira geral, possui três funções básicas principais. FFuunnççõõeess ddoo SSiisstteemmaa NNeerrvvoossoo O sistema nervoso executa tarefas complexas. Nos permite sentir vários odores, falar, ter lembranças, e ainda ele gera sinais que controlam os movimentos corporais e regula o funcionamento dos órgãos internos. Estas diversas atividades podem ser agrupadas em 3 funções básicas: Sensitiva (aporte), Integradora (processamento), e Motora (saída). Função Sensitiva: (é responsável por receber/sentir os estímulos vindos do meio interno e externo.) Os receptores sensitivos detectam os estímulos, como a elevação da pressão arterial, ou estímulos externos (ex.: uma gota de água caindo no braço). Essas informações são levadas para o encéfalo e para a medula espinal por meio dos nervos cranianos e espinais. Função Integradora: (recebe as informações sensitivas, armazena uma parte delas, e toma decisões sobre comportamentos apropriados a serem tomados dependendo do estímulo recebido). O sistema nervoso processa as informações sensitivas, analisando- as e tomando as decisões adequadas para cada resposta. Função motora: (envia uma resposta aos estímulos, geralmente de contração muscular ou secreção glandular.) Após o processamento das informações sensitivas, o sis. Nervoso pode desencadear uma resposta motora específica por meio da aticação de efetores (músculos e glândulas) por intermédio dos nervos cranianos e espinais. A estimulação dos efetores causa a contração dos músculos e a secreção de hormônios pelas glândulas. Organização do Sistema Nervoso Anatomicamente: É diividido em SNC e SNP. O Sistema Nervoso Central é o sistema que esta localizado centralmente no nosso corpo, é composto pelo encéfalo e a medula espinal. Muitos tipos de informações sensitivas são integradas e correlacionadas. É responsável pelas tarefas mais complexas, e a maior parte dos estímulos de contração muscular e secreção glandular partem dele. Esta ligado aos receptores sensitivos, músculos e glândulas que estão na periferia do corpo, e se conecta a essas estruturas periféricas através do SNP. O Sistema Nervoso Periférico é formado por nervos cranianos (emergem do encéfalo) e nervos espinais (emergem da medula espinal) . São responsáveis por conduzir impulsos nervosos para dentro e para fora do SNC Neuronios Aferentes/sensitivos: responsáveis por levar as informações da periferia do corpo para o SNC. Neuronios Eferentes/motores: responsáveis por levar informações do SNC para a periferia. Neurônios de associação /interneuronios São responsáveis por comunicar os neurônios sensitivos aos neurônios motores. O SNP tem a sua subdivisão: somático e autonomo Somático: é composto por neurônios sentiviso cutâneos, neurônios sensitivos especiais, e neurônios motores que mandam informações para os músculos esqueléticos. O sistema nervoso somático é a porção do sis nervoso periférico que controla nossas reações VOLUNTARIAS Autônomo: é composto pelos neurônios motores que mandam informações para os músculos lisos, pro músculo cardíaco e para as glândulas. É a parte do SNP responsável pelas reações INVOLUNTARIAS. O SNA Tem subdivisões = Simpatico e Parassimpatico De maneira geral, eles possuem ações opostas. O simpático está mais ativado em ações de tensão e stress – aumenta a frequência cardíaca, dilata os brônquios, as pupilas O parassimpático controla situações de calmaria – controla as funções digestivas, diminui a freq cardíaca, etc. SSSNNNCCC É a parte central do sistema nervoso, e segundo a anatomia é composto pelo encéfalo e pela medula espinal.. O SNC processa muitos tipos diferentes de informações sensitivas, e também é a fonte dos pensamentos, das emoções,e das memórias. A maioria dos sinais que estimulam a contração muscular e a liberação de secreções glandulares se origina no SNC. Encéfalo O encéfalo é a parte que está localizada no crânio e contém cerca de 85 bilhões de neurônios. Se divide em cérebro, tronco encefálico e cerebelo. Cérebro é o centro de integrações e comando do sistema nervoso. É constituído pelo telencéfalo e diencéfalo. o Telencéfalo: é o centro superior, o local do controle motor geral, tomada de decisões e da interpretação sensitiva. o Diencéfalo: atua modulando o movimento, algumas sensibilidades se tornam conscientes no diencéfalo, controla a parte autônoma do sistema nervoso, regulação endócrina e ciclo circadiano. Dentro do Diencéfalo está o Tálamo e o Hipotálamo, Epitálamo, e Subtálamo. III Ventrículo É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares. Tálamo O tálamo, com comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo, é uma estrutura localizada no diencéfalo, entre o córtex cerebral e o mesencéfalo, formada fundamentalmente por substância cinzenta (núcleos de neurônios) do encéfalo. São duas massas neuronais situadas na profundidade dos hemisférios cerebrais. Funções do Tálamo: Sensibilidade; Motricidade; Comportamento Emocional; Ativação do Córtex; Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta. Hipotálamo O hipotálamo é a região do encéfalo (diencéfalo) de vertebrados relativamente pequenos, localizado sobre o tálamo, cuja função é manter a homeostase, isto é, o equilíbrio das funções internas corporais em ajustamento ao ambiente, principalmente por meio da coordenação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino. Funções do Hipotálamo Controle do sistema nervoso autônomo; Regulação da temperatura corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do sono e da vigília; Regulação da ingestão de alimentos; Regulação da ingestão de água; Regulação da diurese; Regulação do sistema endócrino; Geração e regulação de ritmos circadianos. Epitálamo https://pt.wikipedia.org/wiki/Dienc%C3%A9falo https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rtex_cerebral https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rtex_cerebral https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesenc%C3%A9falo https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_cinzenta https://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncia_cinzenta https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9falo https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rios_cerebrais Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana Com exceção da comissura posterior, todas as formações não endócrinas do epitálamo pertencem ao sistema límbico, estando assim relacionados com a regulação do comportamento emocional. Subtálamo Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Tronco Encefálico é a parte mais primitiva do nosso sistema nervoso central, é a porção do SNC situada entre a medula espinhal e o diencéfalo, sendo quase na sua totalidade intracraniano (apenas uma porção do bulbo é exocraniana). Ocupa a fossa craniana posterior diante do cerebelo. o Mesencéfalo: É a menor parte do tronco encefálico. Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. Na face anterior encontra uma depressão que separa o mesencéfalo da ponte chamada de sulcopontino superior. Na face posterior do mesencéfalo distingue-se uma lâmina quadrigêmea, os colículos. Os colículos superiores recebem informações visuais e os colículos inferiores fazem parte da via auditiva. O mesencéfalo é responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo. o Ponte: Situa-se entre o bulbo e o mesencéfalo. É uma grande massa ovoide. É cortada por longos feixes de fibras orientadas transversalmente, a fibra transversal da ponte. A ponte participa de algumas atividades do bulbo. Interfere no controle da respiração, é um centro de transmissão de impulsos para o Scerebelo e atua ainda, como passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula. o Bulbo: Tem a forma de um cone e é a parte mais caudal do tronco encefálico. Sua parte inferior está ligada à medula espinhal e a parte superior à ponte. Seu limite superior se encontra no nível do sulco bulbo-pontino (margem inferior da ponte) e seu limite inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal https://pt.wikipedia.org/wiki/Dienc%C3%A9falo https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerebelo se encontra no nível do forame magno. O Bulbo recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas, chamadas de vida vegetativa, como: batimentos cardíacos, respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de engolir. Cerebelo O cerebelo é composto por uma parte central de substância branca, coberta por uma fina camada de substância cinzenta, que representa o córtex cerebelar Tem a função de manutenção do equilíbrio e postura, do controle do tônus muscular, aprendizagem motora, e de ajustar os movimentos corporais. Medula Espinal A medula espinal conecta-se com o encéfalo por meio do forame magno do occpital, e está envolvida pelos ossos da coluna vertebral. Possui cerca de 100 milhões de neurônios. Tem a função de transmitir informações do encéfalo para a periferia do corpo e vice-versa, é responsável por coordenar atividades musculares e reflexos. É protegida pelo canal vertebral., pelas menings, liquor, espaço peridural (fica entre a dura mater e o canal vertebral, e nele há um coxim de tecido adiposo e conjuntivo, é o espaço aonde é aplicada a anestesia peridural). A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se geralmente em L2. A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. Forma e Estrutura da Medula A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações(áreas gordinhas) denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar. Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores. A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal. É o local que sai os neurônios e os nervos, que invervam os membros superiores/braços, formando o plexo braquiale a intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal. É o local onde sai os nervos responsáveis por invervar os membros inferiores e formar o plexo lombrossacro. Os nervos que saem da parte final da parte sacral, se projetam para baixo, e formam uma estrutura semelhante a uma cauda de cavalo. E no final forma uma estrutura chamada cone medular A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos: longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. Segmentos medulares A medula espinal apresenta 31 segmentos, em cada um dos segmentos se origina um par de nervos espinais. A divisão dos segmentos para cada região da medula espinal é: 8 segmentos cervicais: o primeiro par de nervos espinais emerge entre o osso occipital e a margem superior do atlas, desta forma entre as vértebras CVII e TI está localizado o oitavo par de nervos cervicais. 12 segmentos torácicos: que originam 12 pares de nervos espinais torácicos, que emergem nos forames intervertebrais, inferiormente a sua vértebra correspondente. 5 segmentos lombares: que originam cinco pares de nervos espinais lombares, que emergem nos forames intervertebrais, inferiormente a sua vértebra correspondente. 5 segmentos sacrais: que originam cinco pares de nervos espinais sacrais. 1 segmento coccígeo: que origina um par de nervos espinais coccígeo. Disposição de substância branca e cinzenta na medula espinal Na medula espinal a substância branca está localizada externamente, enquanto que, a substância cinzenta é interna. A substância branca é constituída por fibras nervosas mielínicas que possuem direção ascendente ou descendente. Está separada por funículos, pelos sulcos da superfície da medula. Nos funículos encontramos os principais tratos ou fascículos (vias) de condução de estímulos: Funículo anterior: localizado entre a fissura mediana anterior e o sulco ântero-lateral. ; - Tratos ou fascículos: trato espinotalâmico anterior (via para o tato protopático e pressão); trato corticospinal anterior (via motora, não cruzada na decussão das pirâmides); trato tetospinal (movimento reflexos da cabeça por estímulos visuais); trato reticulospinal anterior (relacionado com movimentos posturais); trato vestibulospinal anterior (controle sobre a musculatura para a manutenção do equilíbrio). Funículo lateral: localizado entre os sulcos ântero-lateral e póstero- lateral. -Tratos ou fascículos: trato espinotalâmico lateral (temperatura e dor); tratos espinocerebelares anterior e posterior (propriocepção inconsciente); trato corticospinal lateral (via motora, cruzada na decussação das pirâmides); trato reticulospinal lateral (relacionado com movimentos posturais e marcha); trato rubrospinal (controle dos músculos distais). Funículo posterior: localizado entre os sulcos póstero-lateral e mediano Esse funículo é subdividido pelo sulco e septo intermédio posterior em duas áreas, fascículo grácil (medialmente), e o fascículo cuneiforme (lateralmente). O fascículo grácil (do latim gracilis – delgado) estende-se por toda a medula espinal, carregando informações proprioceptivas conscientes e tato epicrítico dos membros inferiores e metade inferior do tronco. O fascículo cuneiforme (do latim cuneos – cunha, e formis – forma de) se forma na região torácica alta, seguindo para a região cervical da medula. Conduz estímulos proprioceptivos conscientes e tato epicrítico da parte superior do tronco e membros superiores.A substância cinzenta da medula é constituída por corpos de neurônios, fibras nervosas amielínicas e células gliais. Apresenta a forma da letra H, a parte transversal do H é denominado de coluna intermédia, enquanto que, as barras do H são as colunas anteriores e posteriores. As colunas anteriores e posteriores são encontradas em todos os segmentos da medula espinal, as primeiras são motoras e, as segundas sensitivas. Nas regiões torácica e lombar alta é encontrada a coluna lateral (contém neurônios pré-ganglionares simpáticos). Coluna anterior: apresenta um grande número de neurônios das regiões cervical e lombossacral, nessas regiões as colunas anteriores apresentam dois grupos de neurônios, o grupo medial (para os músculos proximais dos membros), e o grupo lateral (para os músculos distais dos membros). Na região torácica, as colunas anteriores apresentam um único agrupamento de neurônio (medialmente), para os músculos axiais. Coluna posterior: recebe estímulos sensitivos. As diferentes categorias sensitivas alcançam a coluna posterior em pontos determinados. No ápice da coluna posterior as aferências são do trato espinotalâmico, para a modulação de dor (área conhecida como substância gelatinosa). Coluna lateral: localiza nas regiões torácica e lombar alta. Formada pelos corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares simpáticos. SSSNNNPPP Também denomidado parte periférica do sistema nervoso, segundo a terminologia anatômica. É formado por todo o tecido nervoso fora do SNC. Os componentes são os nervos, gânglios, plexos entéricos e os receptores sensitivos. Nervo é um feixe composto por centenas de milhares de axônios, associados a seu tecido conectivo e seus vasos sanguíneos, que se situa fora do encéfalo e da medula espinal. o Nervos Cranianos: são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo. De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos. Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero- posteriores do pescoço. São eles: III – Nervo Oculomotor ; IV – Nervo Troclear VI – Nervo Abducente XI – Nervo Acessório XII – Nervo Hipoglosso Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: I – Nervo Olfatório ; II – Nervo Óptico VIII – Nervo Vestibulococlear Os Mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V – Trigêmeo VII – Nervo Facial IX – Nervo Glossofaríngeo X – Nervo Vago. Nervo olfatório nervo sensitivo que atua no olfato humano. Nervo óptico nervo sensitivo que atua na visão. Nervo oculomotor possui uma parte sensitiva e outra motora. Atua nos movimentos dos olhos e na sensibilidade muscular. Nervo troclear possui uma parte sensitiva e outra motora. Também atua na visão, principalmente na movimentação do bulbo do olho. Nervo trigêmeo possui uma parte motora e outra sensitiva. A parte motora atua na mastigação. Já a parte sensitiva atua, principalmente, nas sensações (térmica, dor e toque). Nervo abducente a parte sensitiva atua na movimentação dos bulbos oculares. Já a parte motora atua na estimulação dos músculos retos laterais. Nervo facial a parte sensitiva atua na sensibilidade muscular e gustatória. Já a parte motora tem funções ligadas as expressões faciais, secreção de saliva e também de lágrimas. Nervo vestibulococlear possui funções relacionadas, principalmente, ao equilíbrio e à audição. Nervo glossofaríngeo a parte sensitiva atua nas sensações gustatórias e sensibilidade muscular. Já a parte motora age na secreção de saliva. Nervo vago a parte sensitiva atua, principalmente, em sensações com dor, toque e sensação térmica. A parte motora atua na produção de voz, tosse, frequência cardíaca, deglutição e secreção de enzimas digestivas. Nervo acessório a parte sensitiva atua na sensibilidade muscular. Exerce também funções motoras relacionadas a deglutição e movimentação da cabeça. Nervo hipoglosso a parte motora tem funções relacionadas às movimentações da língua. A parte sensitiva atua na sensibilidade muscular. o Nervos Espinais: São 31 pares que emergem da medula espinal. Todos são mistos. Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal e ventral. A raiz dorsal ou posterior é a parte da medula espinhal onde se localizam os neurônios sensoriais. Nela encontra- se o gânglio, região dilatada onde estão os corpos dos neurônios sensoriais somáticos e visceral. Já a raiz ventral ou anterior é a parte da medula espinhal formada pelos axônios dos neurônios motores somáticos e motor visceral, situados na medula espinhal. Os nervos espinhais deixam a coluna vertebral pelos forames intervertebrais que são pequenas aberturas laterais. Ramo anterior do nervo espinal: os ramos anteriores dos nervos espinais formam os plexos nervosos nas regiões cervical e lombossacral. Na região torácica o ramo anterior do nervo espinal não forma plexo, constituindo o nervo intercostal. Ramo posterior do nervo espinal: se dirige posteriormente, para inervar a musculatura do dorso e região cutânea. Os ramos posteriores não formam plexos. Apenas os três primeiros ramos posteriores cervicais são nominados (C1 – n. suboccipital, C2 – n. occipital maior e C3 – n. occipital terceiro) Os ramos anteriores dos nervos espinais constituem os plexos nervosos. Os plexos nervosos são: Plexo cervical: formado pelos ramos anteriores de C1 até C4. Plexo braquial: formado pelos ramos anteriores de C5 até T1. Plexo lombar: formado pelos ramos anteriores de L1 até L4. Plexo sacral: formado pelos ramos anteriores de L4 até S5. Cada nervo segue um caminho definido e supre uma região especifica do corpo. Os nervos espinais são: 8 cervicais(C1 – C8) 12 torácicos(T1 – T12) 5 lombares(L1 – L5) 5 sacrais(S1 – S5) 1 coccígeo Estrutura de proteção dos Nervos Os nervos são protegidos por fibras nervosas. São elas epineuro, perineuro e endoneuro. Epineuro: é a camada mais externa, envolvendo todo o nervo. É constituído de tecido conjuntivo denso modelado, rico em vasos sanguíneos e composto por colágeno tipo I e fibroblastos. Perineuro: reveste cada fascículo nervoso e é derivado de invaginações do epineuro. É formado por camadas concêntricas de fibroblastos envolvidos por lâmina basal e unidos por junções de oclusão (barreira hemato-nervosa). Endoneuro: rodeia cada fibra nervosa. É constituído por tecido conjuntivo frouxo produzido pelas células de Schwann, composto por colágeno reticular (tipo III) e alguns poucos fibroblastos. Também possui capilares em seu interior, os quais são revestidos por endotélio - não fenestrado, unido por junções de oclusão. Gânglios: são acúmulos de neurônios e células satélite fora do sistema nervoso, pequenas massas de tecido nervoso compostas primariamente por corpos celulares que se localizam fora do encéfalo e da medula espinal. Estas estruturas têm íntima associação com os nervos cranianos e espinais. São protegidos pelo epineuro ganglionar. Continuação dos componentes do SNP Plexos Entéricos: são extensas redes neuronaislocalizadas nas paredes de órgãos do sistema digestório. Os neurônios destes plexos ajudam a regular o sistema digestório. Receptor Sensitivo: é a estrutura do sistema nervoso que monitora as mudanças nos ambientes externo ou interno. São exemplos de receptores sensitivos ou receptores táteis da pele, os fotorreceptores do olho e os receptores olfatórios do nariz. DDiivviissããoo ddoo SSNNPP É dividido em SNS(sistema nervoso SOMÁTICO), SNA (sistema nervoso AUTONOMO), e SNE (sistema nervoso ENTÉRICO). SNS: é composto por neurônios sensitivos que transmitem informações para o SNC a partir de receptores somáticos na cabeça, no tronco, nos membros e de receptores para o sentido da visão, audição, gustação e do olfato. E por neurônios motores que conduzem impulsos nervosos do SNC exclusivamente para os músculos esqueléticos. Como essas respostas motoras podem ser controladas conscientemente, a ação desta parte do SNP é voluntária. SNA: é formada por neurônios sensitivos que levam informações de receptores sensitivos autônomos que são localizados especialmente em órgãos viscerais como o estômago e os pulmões; para o SNC, e por neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do SNC para o músculo liso, m. cardíaco e as glândulas. A parte motora do SNA é dividida em simpática(ex: aumentam a frequência cardíaca, está relacionada com ações de emergência, as respostas de luta ou de fuga) e parassimpática(ex:diminuem a frequência cardíaca, está relacionada nas ações de repouso e digestão). SNE: é o “cérebro intestino”, involuntária. Antigamente era considerado parte do SNA. É composto por mais de 100 milhões de neurônios que estão dentro do plexo entérico e se estendem pela maior parte do sis. Digestório. A maioria desses neurônios funcionam independentemente do SNA e em parte do SNC. E esses neurônios controla, no sistema digestorio as contrações do músculo liso para impulsionar o alimento, as secreções dos órgãos (como o suco gástrico) e a atividade das células endócrinas, secretoras de hormônios. Divisão funcional do sistema nervoso Utilizando o critério funcional, podemos dividir o sistema nervoso em duas partes: somática e visceral. Parte somática : é a parte do sistema nervoso que relaciona o ser com o meio externo. As alterações do ambiente estimulam a parte somática do sistema nervoso, que por uma cadeia de neurônios leva as informações até centros superiores (via aferente). Após o processamento das informações, os centros superiores influenciam órgãos alvos (os músculos estriados esqueléticos – via eferente). Parte visceral: Controla a homeostase do organismo, integrando as funções das diversas vísceras do corpo. Informações provenientes das vísceras são transmitidas aos centros superiores (via aferente). Após o processamento das informações estímulos eferentes são levados para os músculos lisos, músculo estriado cardíaco ou glândulas (via eferente). A estimulação eferente pode ser inibitória ou excitatória para aquela víscera. Os estímulos eferentes são conduzidos pelas partes simpática ou parassimpática da divisão autônoma do sistema nervoso. Na maior parte dos casos as partes simpática e parassimpática são antagonistas. A inibição ou excitação do órgão dependerá da interação entre o neurotransmissor (liberado pelas partes simpática ou parassimpática) com o receptor de membrana (localizado na víscera alvo). Parte autônoma do sistema nervoso A parte autônoma do sistema nervoso coordena o controle visceral, mantendo a homeostase do organismo. A via aferente informa os centros superiores das alterações que ocorrem nas vísceras, enquanto que a via eferente atua sobre elas (glândulas, músculo liso e músculo estriado cardíaco). A via eferente da parte autônoma do sistema nervoso é composta por duas divisões: simpática e parassimpática. Geralmente, as divisões apresentam ações antagônicas nos órgãos alvos. A resposta será excitatória ou inibitória dependend o do órgão (ou seja, a interação entre o neurotransmissor liberado e o receptor de membrana). O centro de controle da parte autônoma do sistema nervoso está localizado no hipotálamo. Existem algumas semelhanças anatômicas entre as vias das divisões simpática e parassimpática: Ambas apresentam dois neurônios. O primeiro neurônio está localizado na parte central do sistema nervoso. O segundo neurônio forma o gânglio motor (autônomo). A localização dos gânglios simpáticos e parasssimpáticos são diferentes Unindo os neurônios estão as fibras: pré-ganglionares (conecta o primeiro e o segundo neurônios), e as fibras pós-ganglionares (conecta o segundo neurônio como órgão alvo). Características da divisão simpática O primeiro neurônio da divisão simpática está localizado na coluna lateral da medula espinal (segmentos torácicos e lombares altos). O segundo neurônio da divisão simpática forma os gânglios paravertebrais e pré- vertebrais. Os gânglios paravertebrais se estendem ao longo da coluna vertebral, ao lado do corpo da vértebra. Os gânglios pré-vertebrais se localizam na origem dos principais troncos arteriais abdominais. As fibras pré-ganglionares simpáticas são curtas e mielinizadas. As fibras pós-ganglionares são longas e amielínicas. O neurotransmissor da fibra pré- ganglionar é a acetilcolina (constitue o sistema de neurotransmissão colinérgica), enquanto que na fibra pós- ganglionar éa noradrenalina (que constituem o sistema de neurotransmissão adrenérgica). As fibras pré- ganglionares, originadas na coluna lateral da medula, alcançam a raiz anterior dos nervos espinais. Desta forma, os nervos espinais se comunicam com a cadeia ganglionar simpática, por meio dos ramos comunicantes brancos e cinzentos. O ramo comunicante branco é constituído por fibras pré-ganglionares, e os ramos comunicantes cinzentos pelas fibras pós-ganglionares. Características da divisão parassimpática O primeiro neurônio da divisão parassimpática está localizado no tronco encefálico (núcleos dos nervos: oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) e na parte sacral da medula espinal. O segundo neurônio da divisão parassimpática forma os gânglios localizados próximos ou nas paredes das vísceras. No trato gastrintestinal os gânglios formam os plexos parassimpáticos submucoso e mioentérico. As fibras pré- ganglionares parassimpáticas são longas e mielinizadas. As fibras pós- ganglionares são curtas e amielínicas. O neurotransmissor das fibras pré e pós-ganglionares é a acetilcolina. As fibras pré-ganglionares, originadas na coluna lateral da medula, alcançam a raiz anterior dos nervos espinais. Desta forma, os nervos espinais se comunicam com a cadeia ganglionar simpática, por meio dos ramos comunicantes brancos e cinzentos. O ramo comunicante branco é constituído por fibras pré-ganglionares, e os ramos comunicantes cinzentos pelas fibras pós-ganglionares. Proteção do Sistema Nervoso O tecido nervoso central é muito delicado e não responde bem a uma lesão e dano. 1ª Camada de proteção: é formada pelo crânio que envolve o encéfalo, e pela coluna vertebral que envolve a medula espinal. 2ª Camada de proteção: é composta pelas meningues, que são as 3 membranas que se situam entre o arcabouço ósseo e o tecido nervoso do encéfalo e da medula espinal. Esse espaço entre as meninges ainda contém o liquior, que é um liquido que envolve o sistema nervoso central em um abiente sem peso, e fornece um coxim hidráulico que absorve a energia. As meninges que são classificadas como três: dura-máter,aracnoide e pia-máter. Dura-máter É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência da dura- máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura- máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça. Pregas da Dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca- se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são: Foice do Cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios. Tenda do Cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. Foice do Cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares. Diafragma da Sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisára. Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios da dura- máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular junto com o sistema venoso. Aracnoide: É uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnoideo que contem liquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnoideos do encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnoide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnoides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnoide. Cisternas Subaracnoideas: a aracnoide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnoideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnoideo, as cisternas subaracnoideas, que contém uma grande quantidade de liquor. As cisternas mais importantes são as seguintes: Cisterna Magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnoideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de liquor através de punções. Cisterna Pontina: situada ventralmente a ponte. Cisterna Interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular. Cisterna Quiasmática: situada diante o quiasma óptico. Cisterna Superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado pelos clínicos. Cisterna da Fossa Lateral do Cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério. Granulações Aracnoides: em alguns pontos da aracnoide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnoideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnoideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnoideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o liquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnoide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do liquor, que neste ponto, vai para o sangue. Pia-máter É a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnoideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnoideo, contendo liquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso. Espaço entre as Meninges: O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural. LIQUOR É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnoideo e as cavidades ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central, transporte de íons e nutrientes Formação, Absorção e Circulação do Liquor: O liquor é produzido nos plexos corioides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corioides nos ventrículos, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o liquor passa para o espaço subaracnoideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnoideas que se projetam para o interior da dura- máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do liquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnoideo da medula, o liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnoideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. A circulação do liquoré extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do liquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente contribuindo para empurrar o liquor através das granulações aracnoideas. Esquema – Circulação do Liquor EEmmbbrriioollooggiiaa Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurônios surgiram na superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente. Dos três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que esta em contato com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso. O primeiro indicio de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural . O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso. O sistema nervoso começa a sua formação a partir da quarta semana de vida, formando o tubo neural. Esse processo é denominado de neurulação. As células localizadas no ectoderma, sobre o notocorda, se espessam (caracterizando o neuroectoderma – origem do sistema nervoso). Esse espessamento forma no ectoderma uma estrutura denominada de placa neural (que formará no desenvolvimento cerca de 100 bilhões de neurônios). Posteriormente, a placa neural sofre uma invaginação, o sulco neural. Com o desenvolvimento o sulco neural se transforma na goteira neural, com duas cristas neurais presas. Ao final da terceira semana de vida a goteira neural se desprende do ectoderma, formando o tubo neural e, nas regiões laterais do tubo neural são formadas as cristas neurais. No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas:prosencéfalo,mesencéfal o e rombencéfalo. Com o subseqüente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo. HHHiiissstttooolllooogggiiiaaa O tecido nervoso é pobre em matriz extracelular, e tem células altamente especializadas. O sist. nervoso consiste basicamente em dois tipos de células: as Células da Glia e os Neurônios. As Células da Glia tem a função de sustentar, nutrir e proteger os neurônios e ainda mantêm a homeostase no líquido intersticial que banha os neurônios. São aproximadamente de 10 a 50 trilhões de neuroglias. Os neurônios são as unidades básicas do processamento da informação, sendo especializados na condução de impulsos nervosos. Eles proporcionam https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/ https://www.infoescola.com/fisiologia/homeostase/ a maioria das funções exclusivas do sistema nervoso. Como sentir, pensar, lembrar, controlar a atividade muscular e regular as secreções glandulares. São aproximadamente 100 bilhões de neurônios. Neurônios Os neurônios são células nervosas que apresentam excitabilidade elétrica, ou seja, a capacidade de responder a um estímulo e converte-lo em um potencial de ação, trata-se de uma célula extremamente especializada com funções que uma vez perdidas não serão restabelecidas, isto é, são células incapazes de se reproduzirem. A célula neural possui um corpo celular ou soma, uma série de prolongamentos,denominadas dendrito e uma região de comunicação mais espessa, denominada axônio. Este axônio prende-se ao corpo celular através de uma região denominada cone de implantação ou simplesmente Hillock. Na porção terminal do axônio encontramos pés ou botões terminais onde através de vesículas químicas haverá comunicação interneuronal. Essas comunicações poderão ser químicas ou elétricas, vale destacar que no organismo humano há prevalência de sinapses (regiões de comunicações) químicas. Uma capa fosfolipídica, muitas vezes, envolve estes axônios sendo denominadas bainha de mielina, uma espécie de isolante elétrico que acelera a condução do impulso nervoso. Corpo Celular ou Soma no Neuronio abriga o núcleo, é a região que mantem o neurônio vivo, onde se inicia o estimulo elétrico. Produz toda a eletricidade. Do corpo celular saem diversas ramificações chamadas de dendritos, e através dele um neurônio pode se ligar a mais de 10k de neurônios. Fazem a comunicação dos estímulos nervosos. Axônio: transmite/conduz o impulso elétrico do corpo celular para o terminal sináptico, pode chegar a ter até 1m de comprimento. Ficam envolvidas pela bainha de mielina (reveste) é feita de gordura, e é um isolamento elétrico para o axônio, e ela também é responsável pelo aumento da velocidade de condução do impulso nervoso. Nodos de Ranvier: interrupções entre cada bainha de mielina. Terminal Sináptico É importante porque a parte final dele(botão sináptico) se une a outro neurônio(pelos dendritos) mas eles não podem ter atrito entre si, então o botão sinaptico produz a vesícula sináptica, que contem os neurotransmissores, e o neurotransmissor é uma substancia quimica que excita o 2º neuronio (pós-sináptico) transmitindo a informação contida no 1º neuronio. Os neurônios podem ainda ser divididos em: Unipolares: possuem um corpo celular e um axônio. Bipolares: possuem um dendrito, um corpo celular e um axônio. Pseudounipolares: possuem um corpo celular e somente um prolongamento, que se comporta como dendrito em uma de suas porções e como axônio na outra porção. Multipolares: possuem um corpo celular, vários dendritos e um axônio. Constituem a maioria dos neurônios do tecido nervoso. Sinapse É a região localizada entre neurônios onde agem os neurotransmissores (mediadores químicos), transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular. O espaço entre as membranas das células é chamado fenda sináptica. A membrana do axônio que gera o sinal e libera as vesículas na fenda é chamada pré-sináptica, enquanto que a membrana que recebe o estímulo através dos neurotransmissores é chamada pós-sináptica. Existem 4 tipos de junções sinápticas: Sinapses do SNC Axo-dentrítica: a membrana pós-sináptica está em um dentriro. Axo-somática: a membrana pós-sinpática está no corpo celular Axo-axônicas: a membrana pós-sináptica está em um outro axônio. Dendro-dendríticas: quando alguns neurônios especializados, os dendritos formam, na realidade, sinapses entre si. Tipos de Sinapse Sinapses Químicas Ocorrem através de um mediador químico (neurotransmissor) é a minoria que existe no sistema nervoso, e é a q mais ocorre no cérebro. O estimulo só ocorre em uma direção. Para ter uma sinapse química precisa de no mínimo 2 neuronios (1 neuronio ou neuronio pré sinaptico e 2 neuronio pos sinapstico) Os neurotransmissores estão entro das vesículas sinápticas. Existem um vão entre os 2 neurônios, chamada de fenda sináptica. As sinapses químicas podem ser excitatórias ou inibitórias, de acordo com o tipo de sinal que conduzem. Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for a despolarização, iniciando o potencial de ação, então será uma sinapse excitatória. Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for de hiperpolarização, a ação resultante será inibitória do potencial de ação, portanto nesse caso há uma sinapse inibitória. SinapsesElétricas Nessas sinapses não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções comunicantes (gap junctions). Essas junções são canais que conduzem íons, obtendo respostas quase imediatas, isso quer dizer que o potencial de ação é gerado diretamente. PERMITEM O LIVRE FLUXO DE IONS entre os neurônios, fluem dos 2 sentidos. São mais rápidas, e permitem o livre fluxo de íons dos dois lados da membrana. O estimulo é bi direcional. Ocorre atrito Como Ocorrem as Sinapses? Geralmente a sinapse ocorre entre o axônio de um neurônio e o dendrito do neurônio seguinte, mas também pode ocorrer do axônio diretamente para o corpo celular, ou entre do axônio do neurônio para uma célula muscular. Os impulsos nervosos são sinais elétricos que afetam os íons da membrana do neurônio. O estímulo ocorrido em algum ponto do neurônio é transmitido através de mudanças bruscas de carga elétrica, fenômeno chamado potencial de ação, que percorre todo o neurônio. Ao chegar na terminação do axônio o sinal elétrico é transmitido por meio de vesículas contendo neurotransmissores, substâncias químicas encarregadas de levar esse estímulo à célula vizinha. Os neurotransmissores fazem com que íons (partículas com carga elétrica) sejam levados de uma célula a outra, alterando o potencial elétrico e gerando o potencial de ação. A energia não é criada e nem destruída, e sim transfmormada A energia que percorre o axônio é elétrica, mas quando chega no terminal sináptico ela é convertida em energia química e é transformada em neurotransmissor que fica guardada dentro da vesícula sináptica que conduz os neurotransmissores, e ao fundir na membrana, ela abre e libera o neurotransmissores na fenda, e gera uma grande quantidade de neurotransmissores, que se ligam na membrana pós sináptica. Como o ocorre a liberação do neurotransmissores: A vesícula sináptica anda e libera o neurotransmissores na fenda, que estimula a membrana pos sináptica, e esse estimulo químico vira estimulo elétrico no 2 neuronio, que se liga ao músculo e ele faz a contração. Potencial de ação Um potencial de ação ou impulso é uma sequência rápida de eventos que diminui e reverte o potencial de membrana e posteriormente o leva novamente para seu estado de repouso. Um potencial de ação tem duas fases principais: a fase de despolarização e a fase de hiperpolarização É a capacidade das células conduzirem sinais elétricos e assim conduzirem informações umas as outras. Permitem a comunicação por grandes distancias no corpo. Durante a fase de despolarização, o potencial de membrana se torna menos negativo, atinge o zero, e então se torna positivo. Na fase de repolarização, o potencial de membrana volta ao padrão de repouso de −70 mV. Após a fase de repolarização pode acontecer uma fase de pós hiperpolarização, durante a qual o potencial de membrana se torna temporariamente mais negativo que no repouso. Dois tipos de canais dependentes de voltagem se abrem e se fecham durante um potencial de ação. https://www.todamateria.com.br/neurotransmissores/ A fase de pós hiperpolarização ocorre quando os canais de K+ dependentes de voltagem permanecem abertos após o término da fase de repolarização. Neuronio polarizado: carga positiva fora e negativa dentro Despolarização: a carga positiva fica dentro e a negativa fora, e com isso o sódio entra e os canais de sódio de abrem, e os íons entram facilmente pela membrana plasmática e torna a membrana interna positiva em relação a membrana externa, e chegam em 4mili volts e acontecendo isso se abre canais de potássio,e o potássio que esta em grande quantidade na célula, sai da célula e ela sofre repolarização, a parte interna da membrana volta a ficar negativa e a externa positiva, e entra no período refratário, que impede a despolarização de acontecer novamente. O estímulo nervoso é unidirecional por isso, só vai despolarizando em um sentido(frente) Bainha de mielina acelera a velocidade do impulso nervoso tem caracteristicas saltatorias, e invés de percorrer todo o prolongamento do axonio, ele cai saltando, e aumenta ate 6x a velocidade do impulso nervoso , porque a mensagem passa pelos nódulos de ranvier . Vamos ter a ocorrencia do potencial de ação em locais de condução de energia elétrica, em células como os neuronios, células musculares, e em determinados tipos de glândulas Na parte intracelular quem predomina é o POTASSIO, e na externa quem predomina é o CLORETO E SÓDIO (sal) e no meio interno predomina as cargas elétricas negativas, e no meio externo predominam as cargas elétricas positivas. E quando essas células são excitavas acontece a inversão da polaridades, e acontece em um tempo muito curto (a despolarização – onde ocorre o potencial de ação). Temos mais sódio do lado externo e mais potássio o lado interno, e para despolarizar precisamos que o sódio entre na célula, para aumentar a carga positiva no interior da célula. Variação do potencial de membrana em repouso = é a diferença da carga elétrica do meio interno e externo. Ao estar em repouso a troca de sódio e potássio não está ocorrendo. Quando é necessário desencadear um potencial de ação, inicia a entrada de sódio na célula, e essa ação é relativamente lenta porque o sódio vai entrando na célula pelos canais iônicos, mas ao sódio ir entrando na célula o meio interno fica cada vez mais positivo e acontece o potencial limiar, q é a inversão de polaridade abrupta, e inverte a carga das células. É onde ocorre a despolarização. Conforme o meio interno fica positivo ele ativa os canais iônicos, e ativa tudo de uma única vez o que faz o sódio entrar em grande quantidade. Quando a variação do potencial da membrana fica positiva, a característica do meio intra e extra se invertem (intra positivo e extra negativo) Chega um momento que o sódio para de entrar, e os canais são fechados pelas variações de condições elétricas da célula. Assim que os canais de sódio se fecham, os canais de potássio se abrem (esta mais concentrado no interior) e ocorre a REPOLARIZAÇÃO que é onde ocorre a abertuda dos canais de potássio, e o potássio começa a sair, e o potencial de membrana começa a cair, e sofre a hiperpolarização (voltagem -95) chamados de fechamento tardio dos canais de potássio. BOMBA DE POTASSIO = joga o sódio de dentro para fora, e o potássio que esta para fora, para dentro (serve para manter o equilíbrio elétrico da célula) E após isso, volta as condições normais, que é o potencial de repouso. Isso tudo dura aproximadamente 8 mili segundos. Potenciais Graduados É um pequeno desvio do potencial da membrana que torna a membrana mais polarizada(parte interna mais negativa) ou menos polarizada(parte interna menos negatica). Quando a resposta torna a membrana mais polarizada ela é chamada de potencial graduado hiperpolarizante, e quando a resposta deixa a membrana menos polarizada é chamada de potencial graduado despolarizante. Ocorre quando um estímulo causa a abertura ou fechamento de canais mecanoativados ou ativados por ligantes na membrana plasmática de uma célula excitável. Os potenciais graduados acontecem principalmente nos dendritos e no corpo celular do neurônio. Substâncias Substância Cinzenta é assim chamada porque mostra essa coloração quando observada macroscópicamente. Estão concentrados os corpos celulares de neurônios, fibras amielínicas, além de células da glia como os oligodendrócitos, astrócitos protoplasmáticos e micróglia. É responsável por interpretar os impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produzir impulsose coordenar atividades musculares e reflexos. A substância cinzenta inclui regiões do cérebro envolvidas no controle muscular, percepção sensorial - como visão e audição, memória, emoções e fala. Substância Branca: É a área interna do encéfalo de cor esbranquicada. Essa coloração é graças a presença de mielina que envolve alguma s células nervosas, é rica de axônio mielínicos e amielinicos. Células Gliais As células gliais compõem o tecido nervoso junto com os neurônios. As células da glia, também chamadas gliócitos ou neuróglias, podem ser de dois tipos: microglias ou macroglias. Além de fornecer nutrientes, proteção e ajudar na sustentação do tecido nervoso, possuem outras importantes funções, como a modulação dos impulsos elétricos. Função Embora sejam muito mais numerosas, constituindo cerca de 80% do tecido nervoso, durante muito tempo eram tidas apenas como responsáveis por alimentar os neurônios. No entanto, estudos mais recentes mostraram que as glias além de nutrir, proteger e ajudar na sustentação do tecido nervoso, também regulam as sinapses pelos neurotransmissores. . Também são responsáveis pela neurogênese, ou seja, formação de novos neurônios. Microglias: São células bem menores do que as outras glias. Possuem corpo celular com poucos prolongamentos com algumas ramificações curtas. As micróglias têm função semelhante aos dos macrófagos (células do sistema imunitário), isto é, fazem a fagocitose. https://www.todamateria.com.br/macrofagos/ Está relacionada com a proteção do sistema nervoso. São ativadas quando há lesões, infecções ou doenças degenerativas, o que a faz proliferar intensamente e realizar a fagocitose de agentes invasores como vírus. Macroglias Existem quatro tipos de macroglias mais conhecidos: astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann. Astrócitos Os astrócitos são as células gliais maiores e mais comuns, compõem cerca de metade do cérebro. Há vários subtipos relacionados com funções diversas em especial o metabolismo dos neurotransmissores, sua captação e o funcionamento das sinapses. Essas células compõem a barreira hemato-encefálica que é uma proteção do sistema nervoso central a agentes tóxicos presentes no sangue. Células de Schwann As células de Schwann são responsáveis pela formação da bainha de mielina nos neurônios do sistema nervoso periférico. Elas se enrolam em volta dos axônios, isolando-os eletricamente. Os espaços entre as células formam descontinuidades na bainha de mielina formando os nódulos de Ranvier. A mielinização do axônio torna a propagação do impulso elétrico mais rápida e eficiente, o que também se deve aos saltos produzidos pela descontinuidade dos nódulos. Células Satélite São achatadas e envolvem os corpos celulares dos neurônios nos gânglios do SNP. Fornecem suporte estrutural e regulam a troca de substancias entre os corpos celulares neuronais e o liquido intersticial. Oligodendrócitos Os oligodendrócitos possuem poucos prolongamentos. Participam do processo de mielinização dos neurônios do sistema nervoso central, ou seja, da formação da bainha de mielina que envolve e protege os axônios. Células Ependimárias As células ependimárias ou ependimócitos são células de revestimento do sistema nervoso. Elas revestem os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula.
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