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Legislacao Especial II - Aula 02 - Lei de Abuso de Autoridade _ Parte II - 2017071816041940

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Legislação Especial | Material de Apoio 
Prof. Daniel Sini 
Lei de Drogas 
Condução de embarcação ou aeronave após uso de drogas 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de 
outrem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva 
ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) 
a 400 (quatrocentos) dias-multa. 
Figura qualificada 
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 
(seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de 
transporte coletivo de passageiros. 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder 
familiar, guarda ou vigilância; 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou 
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais 
de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de 
tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes 
públicos; 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de 
intimidação difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída 
ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
Delação premiada 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na 
identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, 
no caso de condenação, terá pena reduzida de um (1/3) terço a (2/3) dois terços. 
Lei dos crimes de Tortura 
Art. 5º, CF/88 
III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. 
Lei n° 9.455, de 7 de abril de 1997 
1. Tortura-confissão ou tortura-prova: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
2. Tortura para o crime: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
3. Tortura discriminatória ou racial: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
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 Legislação Especial | Material de Apoio 
Prof. Daniel Sini 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
4. Tortura-pena ou tortura-castigo: 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso 
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
5. Tortura de preso ou pessoa sujeita à medida de segurança: 
§1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou submetida a medida de segurança a sofrimento físico 
ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida de legal. 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
6. Tortura por omissão: 
§2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las: 
Pena - detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
7. Tortura qualificada: 
§3º. Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima a pena será de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos; 
se resulta morte, a pena é de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos. 
Causa de aumento de pena: 
§4° A pena aumenta-se de 1/6 até 1/3 se: 
I – se o crime for cometido por agente público; 
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) 
anos; 
III - se o crime é cometido mediante sequestro. 
Perda do cargo em crime de tortura: 
§5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo 
dobro da pena aplicada. 
Vedações: 
§6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
§7º O condenado por crime previsto nesta lei, salvo a hipótese do §2º, iniciará o cumprimento da pena em regime 
fechado. 
Lei de Abuso de Autoridade 
Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965. (Projeto de Lei do Senado n° 280, de 2016) 
Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as 
autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. 
Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição: 
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a 
respectiva sanção; 
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade 
culpada. 
Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de 
autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, 
se as houver. 
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de 
natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. 
§1° - Sanção administrativa: advertência, repreensão, suspensão do cargo por prazo de 5 a 180 dias, destituição de 
função, demissão ou demissão a bem do serviço público. 
§2° - Sanção civil: pagamento de indenização; 
§3° - Sanção penal: 
a) Multa; 
b) Detenção, 10 dias a 6 meses; 
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Legislação Especial | Material de Apoio 
Prof. Daniel Sini 
c) Perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até 3 (três)
anos.
Art. 3º Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: 
a) à liberdade de locomoção;
Art. 5º, XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
b) à inviolabilidade do domicílio;
Art. 5°, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
c) ao sigilo da correspondência;
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigaçãocriminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
f) à liberdade de associação;
Art. 5°, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular.
h) ao direito de reunião;
Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente.
i) à incolumidade física do indivíduo;
Art. 5º, XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: 
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;
LXI – Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada pela autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
XLI – A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa,
desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;
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 Legislação Especial | Material de Apoio 
Prof. Daniel Sini 
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, 
custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; 
 
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de 
poder ou sem competência legal; 
 
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo 
oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Incluído pela Lei nº 7.960, de 21/12/89) 
 
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