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FARMACOLOGIA
Profª. Drª. Ana Paula Guerreiro Bentes


Farmacodinâmica
Farmacodinâmica
• Estudo da interação das células e tecidos com os 
fármacos; como agem os fármacos. 
• A farmacodinâmica investiga: 
- Locais de ação; 
- Mecanismos de ação; 
- Relação entre dose da droga e magnitude; 
- Efeitos das drogas; 
- Variação das respostas às drogas;
Goodman & Gilman, 2007; Silva, 2002; 
http://daianacamposnutri.blogspot.com.br/2011/03/medicamentos-inibidores-de-apetite-que.html 
Ação e Efeito
• Ação 
local onde o fármaco se liga para alterar fisiologicamente 
a célula - usualmente por meio de receptores. 
• Efeito 
consequência da ação ou a alteração do tecido/organismo 
em razão dessa ligação. 
Goodman & Gilman, 2007; Silva, 2002; 
http://daianacamposnutri.blogspot.com.br/2011/03/medicamentos-inibidores-de-apetite-que.html 
Os efeitos provocados por fármacos não 
induzem novas funções fisiológicas ou 
novas reações químicas no organismo, 
mas simplesmente modificam aquelas 
que já existem.
Locais de ação dos fármacos
• Para exercer suas ações e produzir seus efeitos os 
fármacos precisam atingir seu local de ação ou alvo 
específico; 
• Os locais de ligação são principalmente de natureza 
proteica, como: 
- enzimas; 
- moléculas transportadoras; 
- canais iônicos; 
- receptores;
Silva, 2002; 
• Para produzir seus efeitos a droga deve apresentar certo 
grau de especificidade; 
• Grau de seletividade: 
- droga; 
- paciente; 
- modo de administração; 
• Mecanismos de seletividade: determinam a margem de 
segurança entre os efeitos desejados e os indesejados;
Locais de ação dos fármacos
Silva, 2002; 
tp://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_02/cap_007.html 
Mecanismos de ação dos fármacos
Interação
Componentes 
macromoleculares 
do organismoFármaco
Alterações bioquímicas Alterações fisiológicas
Resposta ao fármaco
Goodman & Gilman, 2007; Yagiela, 2011; 
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?
secao=6&materia_id=55&materiaver=1 
Mecanismos de ação dos fármacos
Interação
Componentes 
macromoleculares 
do organismo
Resposta ao fármaco
Receptores
Macromoléculas - subst. químicas organizadas que 
normalmente se encontram na superfície celular e 
apresentam algum local de ligação. Um fármaco se liga para 
iniciar seus efeitos Goodman & Gilman, 2007; Yagiela, 2011; 
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?
secao=6&materia_id=55&materiaver=1 
Receptores
• Classificação: 
- Receptores ligados a canais de íons; 
- Receptores associados à proteína G; 
- Receptores associados a enzimas; 
- Receptores intracelulares;
Yagiela, 2011;
Intracelular
Lig. canais 
de íons
Associados 
à proteína 
G
Associados 
a enzimas
• Característica principal - ser capaz de se 
alterar após ligação e transmitir, 
induzindo atividade, à célula-alvo.
• As drogas nunca criam novas funções no organismo, apenas 
modificam as funções preexistentes ! terapia gênica: 
exceção;
Tipos de ação das drogas
Ação das drogas Efeitos das drogas
Combinação da droga 
com seu receptor
Alteração conformacional 
do receptor (agonista)
Impedimento da alteração 
conformacional (antagonista)
Alteração final da 
função biológica
Consequência da ação 
da droga
Silva, 2002;
Dose
• Quantidade adequada de uma droga que é necessária para 
produzir certo grau de resposta em determinado pacientes; 
• A dose de uma droga deve ser determinada em função da 
resposta escolhida; 
• Exemplo:
Aspirina
Dose analgésica
Dose anti-inflamatória
Silva, 2002;
• A dose deve ser orientada pela sua potência 
inerente (concentração na qual deve se 
a p r e s e n t a r n o l o c a l - a l v o ) e p e l a s s u a s 
características farmacocinéticas; 
• Dose terapêutica; 
• Dose profilática; 
• Dose tóxica;
Dose
Silva, 2002;
• Dose efetiva (DE50): dose necessária para produzir 
determinada intensidade em 50% dos indivíduos; 
• Dose letal (DL50): quando o efeito observado é a 
morte de 50% dos animais experimentais; 
• Dose de ataque: dose única suficiente para elevar 
rapidamente a quantidade de droga no corpo até a 
concentração terapêutica; 
• Dose de manutenção: mantém as concentrações 
tissulares e sanguíneas no nível terapêutico;
Dose
Silva, 2002;
Teoria da ocupação
D + R DR ! efeito
A magnitude da resposta farmacológica produzida por uma 
droga, que se combina reversivelmente com seu receptor, é 
diretamente proporcional ao número de receptores ocupados 
pela droga;
K1
K2
K3
D=droga; R=receptor.
Goodman & Gilman, 2003; Yagiela, 2011;
• Doses muito pequenas não irão produzir respostas 
mensuráveis; 
• Doses muito altas: saturação dos receptores; 
• A fase de doses mais útil de 
 determinada droga é a que 
 fica entre o limiar e o máximo;
Teoria da ocupação
Dose log
E
fe
it
o
Efeito máximo
Efeito limiar
• Potência: quantidade de droga para produzir 
determinado efeito; 
• Eficácia: resposta máxima que pode ser 
provocada pela droga;
Potência e Eficácia
A petidina é um analgésico menos potente, porém 
igualmente eficaz à morfina
Silva, 2002;
Ex: 10 mg morfina = 100 mg petidina
Potência e eficácia das drogas
A B
CD
Dose Log
E
fe
it
o
Silva, 2002;
Potência e eficácia das drogas
A B
CD
Dose Log
E
fe
it
o
Silva, 2002;
Relação estrutura-atividade (REA)
Afinidade
Capacidade de se ligar ou chegar a um determinado receptor
Atividade intrínseca
Capacidade de uma droga de se ligar a um receptor e promover um efeito
Determinadas pela estrutura química da substância (fármaco)
Goodman & Gilman, 2003; Yagiela, 2011;
Afinidade está relacionado à potência da droga 
Atividade intrínseca está relacionado à eficácia
Obs:
Ligação fármaco-receptor e agonismo
Agonista Antagonista
Fármacos que se ligam aos 
receptores fisiológicos e simulam 
os efeitos dos compostos 
sinalizadores endógenos
Fármacos que se ligam aos 
receptores fisiológicos mas 
não produzem efeito 
regulador, impedem a ligação 
do agonista
Goodman & Gilman, 2003; Yagiela, 2011;
Ligação fármaco-receptor e agonismo
A B
C
D
Dose Log
E
fe
it
o
Agonistas totais
Agonistas parciais
Goodman & Gilman, 2003; Yagiela, 2011;
Receptor
Ligação fármaco-receptor e agonismo
Antagonista
Antagonistas não-competitivos: 
diminui o número efetivo de receptores 
através de ligações irreversíveis, não sendo 
superados por aumento de dose do 
agonista
Antagonistas competitivos: 
se ligam de forma reversível, 
sendo superáveis por uma dose 
alta do agonista
Goodman & Gilman, 2003; Yagiela, 2011;
Agonista inverso: 
afinidade preferencial 
por Ri, produz efeito 
oposto ao agonista 
Ligação fármaco-receptor e agonismo
A
Dose
E
fe
it
o
Agonista total
Influência de um antagonista 
competitivo
Influência de um antagonista não-
competitivo
Goodman & Gilman, 2003; Yagiela, 2011;
A
A
• Janela terapêutica: 
- Faixa entre dose eficaz mínima e a dose máxima 
terapêutica. 
- Os efeitos ótimos só são observados em uma faixa de 
concentrações plasmáticas ou doses de drogas;
Efeitos dos fármacos
Silva, 2002;
Referências
4. YAGIELA, J. A.; NEIDLE, E. A.; DOWD, F. J. Farmacologia e 
Terapêutica para Dentistas. 7. ed. São Paulo: Santos, 2011. 
3. SILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2002.
2. H. P. Rang, M. M. Dale e J. M. Ritter. Farmacologia. 5 ed. , 
Elsevier, Rio de Janeiro, 2005. 
1. GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da 
terapêutica. 10a. ed. Rio Janeiro, Guanabara Koogan, 2003.

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