Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Princípios gerais de Ação de um Fármaco: Farmacodinâmica: Estudo de ações e efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação no organismo Depende da Via de Adm, Consistência do fármaco, processo de Farmacocinética e dai dentro do Organismo entra o processo de Farmacodinâmica - Um fármaco não agirá a menos que esteja ligado - As moléculas dos fármacos precisam exercer alguma influência química sobre um ou mais constituintes das células para produzir uma resposta farmacológica Fármaco + Alvo Terapêutico = Efeito - O efeito do fármaco produz uma modificação - A interação química pode ocorrer por Pontes de Hidrogênio e Forças de Van Der Waals - são interações intermoleculares fracas para ocorrer dinamismo das moléculas de fármaco nos receptores Ação: Alterações bioquímicas ou fisiológicas que modificam funções celulares É a parte que se refere a eficácia dos medicamentos e ao surgimento de reações adversas - Ações específicas: combatem diretamente a causa das doenças. Ex. antibióticos - Ações inespecíficas: aliviam manifestações clínicas. Ex. analgésicos, anti-inflamatórios FarmacologiaFarmacologiaFarmacologia Aula 4: 17. 03 Efeito ou resposta É a consequência da ação, clinicamente observável ou mensurável Influenciáveis por fatores concomitantes ao uso dos fármacos: dieta, exercício físico, horário de administração, regularidade de uso, interações medicamentosas, farmacocinética, idade. Ação Farmacológica: 1. Receptores específicos de um tipo celular: - Efeitos mais específicos: o fármaco se liga a um determinado alvo celular, bem como o alvo proteico deve reconhecer unicamente essa classe de fármaco - Menos efeitos adversos Ação Resposta 2. Receptores comuns a outras células: Ações generalizadas Mais efeitos adversos e potencial toxicidade Nenhum fármaco é totalmente específico nas suas ações, o aumento da dose afeta outros alvos diferentes do alvo principal, podendo resultar em efeitos adversos ! Teoria da ocupação dos receptores A intensidade do efeito farmacológico é proporcional à fração de receptores ocupados, e será máxima quando todos os receptores estiverem ocupados A relação dosagem- frequencia decorre da diferente sensibilidade dos indiv, que, como regra, exibem uma distribuição logarítmica - as dosagens terapêuticas recomendadas serão apropriadas para a maioria dos pacientes, mas não necessariamente para cada indivíduo (devido às diferenças na Cinética ou na sensibilidade do órgão - alvo) - Farmacogenética estuda essas diferenças no indivíduais E max → efeito máximo do fármaco (saturação dos receptores) EC50 → [ ] do fármaco que produz metade (50%) do efeito máximo Curva dose - resposta: A medida que aumento a dose - aumenta resposta Mas existe um limite para essa curva devido ao número finito de receptores que temos... A resposta máxima se dá quando todos os receptores estiverem ocupados (proporcional ao número de receptores) Essa curva tem um comportamento diferente, a medida que aumenta a dose - aumenta efeito até o ponto de inflexão (EC50) e a medida que eu aumento a dose - aumenta efeito, mas não como antes Se mede 50% da dose porque 100% é muito difícil de determinar por ser uma parte reta da curva Potência → refere-se a concentração (EC50) ou dose (ED50) de um fármaco requerida para produzir 50% do efeito máximo (Emáx). A potência depende: - Da afinidade dos receptores para ligar o fármaco (fármaco com maior potência geralmente apresenta maior afinidade pelos receptores, mesmo em menores concentração) - Da eficiência com que a interação fármaco- receptor causa resposta - Pode determinar a dose administrada (potência exige doses) Eficiência → reflete a relação dose-resposta - Eficácia máxima = máximo de efeito atingido com uma determinada dose de um fármaco Eficiencia Potencia (dose) A EFICÁCIA MÁXIMA (Emáx) é prioridade frente a potência por ser a resposta máxima - é o que mais se precisa porque se prioriza resolver o problema Esta habilidade depende da via de administração, aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos Fármacos com alta potencia - baixa dose Fármacos pouca potencia - dose mais alta Tolerância, dessensibilização e taquifilaxia Variações em indivíduos na resposta aos fármacos: Diminuição da resposta como consequência da administração continuada - Dessensibilização ou taquifilaxia: Diminuição de resposta imediata (em questão de minutos) - Tolerância: Diminuição de resposta após mais tempo de administração (pode ser após dias ou períodos maiores de tempo/trat e pode evoluir para dependência principalmente com opióides) Esses processos englobam: 1. alteração conformacional em receptores 2. depleção de mediadores (substâncias intermediárias essenciais) 3. translocação ou internalização de receptores 4. adaptação fisiológica (pode haver diminuição do efeito do fármaco) 5. alteração no metabolismo dos fármacos (administração repetida da mesma dose leva à uma redução progressiva da concentração plasmática do fármaco, pois aumenta sua degradação) Interação ligante x receptor Receptor → é a molécula alvo onde os mediadores fisiológicos solúveis produzem seus efeitos, no nosso organismo isso ocorre o tempo todo através de hormônios, Neurotransmissores, mediadores inflamatórios (processos de sinalização celular normais)... Que se ligam a receptores e quando temos o uso de medicamentos ele vai limitar algum desses mediadores que já existentes Ligante → é a molécula que vai entrar e constitui o sinal químico = fármaco, ligante endógeno Os receptores não existem em função dos fármacos, e sim devido aos processos de sinalização celular normais Em virtude das interações com receptores, os fármacos NÃO CRIAM efeitos, mas sim, MODULAM funções já existentes Como ocorre a interação fármaco - receptor? A ocupação de um receptor por uma molécula de um fármaco pode ou não resultar na ativação desse receptor o receptor, quando ativado pela molécula ligada, acaba desencadeando uma resposta tecidual, via transdução do sinal - AGONISTAS: Estimulam determinadas ações; possuem afinidade + eficácia (age no organismo) - ANTAGONISTAS: Possuem afinidade e não possui eficácia, ele apenas bloqueia receptores/ estressando o organismo e promovendo a homeostase (faz o organismo agir por si só) Afinidade: capacidade de ligar receptores farmacológicos Eficácia = atividade intrínseca: Capacidade de ativar receptor farmacológico - causar uma interação intracelular que vai resultar uma resposta Agonista Pleno: Ao ligar-se a um receptor os Antagonistas, não alteram o estado conformacional do mesmo, mas impede a ação de outro fármaco ou ligante endógeno - Impede processos biológicos como alergia, dor, febre, inflamação (reações de defesa)... Ao ligar-se a um receptor os Agonistas, alteram o estado conformacional do mesmo, resultando em uma resposta biológica. Classes de Agonistas: Desempenha o efeito máximo nos receptores de um determinado tecido Agonista Parcial: Um agonista que em um tecido, sob condições específicas, não pode desempenhar o efeito máximo como outro agonista (pleno) desempenharia nesses mesmos receptores desse mesmo tecido Re sp os ta Dose Antagonista competitivo/ Reversível: Antagonista não competitivo/ Irreversível: Classes de Antagonistas: Todos os medicamentos Agonistas são e eles competem pelo mesmo sítio de ligação/ receptor fármaco (que é exclusivo) com o Agonista (fármaco ou ligante endógeno) e impede a ação dele - ligação reversível Substancias intoxicantes, medicamentos NÃO usam desse mecanismo; os agonista e antagonista podem se ligar ao receptor simultaneamente, produzindo menor ativação do receptor; antagonista reduz ou previne a ação do agonista - ligação irreversível pois com o tempo inativa o receptor Antagonista Químico (ou Neutralização): Antagonismo Farmacocinético: Antagonismo Fisiológico: Outros tipos de Antagonistas: 2 substâncias se combinam em solução, e uma impede a açãoda outra. Não se deve administrar quando isso acontece. Exemplo: cefepime e midazolam O “antagonista” reduz a concentração do fármaco ativo em seu sítio de ação. Exemplo: anticoncepcional e norfloxacino 2 fármacos cujas ações opostas no organismo tendem a se anular mutuamente. Exemplo: ACh e Noradrenalina Caroline de Neque
Compartilhar