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2019 02 OAB Controle de Constitucionalidade Séfora Junqueira 2pp

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10/09/2019
OAB
Controle de Constitucionalidade
[GÓES, 2018, p. 29]
QUANTO AO 
MOMENTO DE 
REALIZAÇÃO DO 
CONTROLE
Controle Preventivo
feito antes de a norma entrar 
no mundo jurídico
Controle Repressivo
feito depois de a 
norma entrar no 
mundo jurídico
QUANTO À NATUREZA 
DO ÓRGÃO 
CONTROLADOR
Controle Político
feito pelos poderes 
legislativo e executivo
Controle Judicial ou 
jurídico
feito pelo poder 
judiciário
QUANTO AO ÓRGÃO 
JUDICIAL QUE EXERCE 
O CONTROLE
Controle difuso
feito por qualquer 
órgão do poder 
judiciário
Controle concentrado
feito exclusivamente 
pelo Supremo 
Tribunal Federal
QUANTO À FORMA 
DE CONTROLE 
JUDICIAL
Controle por via 
incidental
feito a partir de um 
caso concreto
Controle por via 
principal
Feito de forma abstrata de 
lei ou ato normativo em 
tese
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FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase
O Estado Alfa promulgou, em 2018, a Lei Estadual X, concedendo unilateralmente isenção sobre o tributo incidente em
operações relativas à circulação interestadual de mercadorias (ICMS) usadas como insumo pela indústria automobilística.
O Estado Alfa, com isso, atraiu o interesse de diversas montadoras em ali se instalarem. A Lei Estadual X, no entanto,
contraria norma da Constituição da República que dispõe caber a lei complementar regular a forma de concessão de
incentivos, isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal. Em razão
da Lei Estadual X, o Estado Beta, conhecido polo automobilístico, sofrerá drásticas perdas em razão da redução na
arrecadação tributária, com a evasão de indústrias e fábricas para o Estado Alfa.
Diante do caso narrado, com base na ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A. O Governador do Estado Beta não detém legitimidade ativa para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade
em face da Lei Estadual X, uma vez que, em âmbito estadual, apenas a Mesa da Assembleia Legislativa do respectivo ente
está no rol taxativo de legitimados previsto na Constituição.
B. A legitimidade do Governador do Estado Beta restringe-se à possibilidade de propor, perante o respectivo Tribunal de
Justiça, representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da
Constituição Estadual.
C. A legitimidade ativa do Governador para a Ação Direta de Inconstitucionalidade vincula-se ao objeto da ação, pelo que
deve haver pertinência da norma impugnada com os objetivos do autor da ação; logo, não podem impugnar ato
normativo oriundo de outro Estado da Federação.
D. O Governador do Estado Beta é legitimado ativo para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei
Estadual X, a qual, mesmo sendo oriunda de ente federativo diverso, provoca evidentes reflexos na economia do Estado
Beta.
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FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase
O Estado Alfa promulgou, em 2018, a Lei Estadual X, concedendo unilateralmente isenção sobre o tributo incidente em
operações relativas à circulação interestadual de mercadorias (ICMS) usadas como insumo pela indústria automobilística.
O Estado Alfa, com isso, atraiu o interesse de diversas montadoras em ali se instalarem. A Lei Estadual X, no entanto,
contraria norma da Constituição da República que dispõe caber a lei complementar regular a forma de concessão de
incentivos, isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal. Em razão
da Lei Estadual X, o Estado Beta, conhecido polo automobilístico, sofrerá drásticas perdas em razão da redução na
arrecadação tributária, com a evasão de indústrias e fábricas para o Estado Alfa.
Diante do caso narrado, com base na ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A. O Governador do Estado Beta não detém legitimidade ativa para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade
em face da Lei Estadual X, uma vez que, em âmbito estadual, apenas a Mesa da Assembleia Legislativa do respectivo ente
está no rol taxativo de legitimados previsto na Constituição.
B. A legitimidade do Governador do Estado Beta restringe-se à possibilidade de propor, perante o respectivo Tribunal de
Justiça, representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da
Constituição Estadual.
C. A legitimidade ativa do Governador para a Ação Direta de Inconstitucionalidade vincula-se ao objeto da ação, pelo que
deve haver pertinência da norma impugnada com os objetivos do autor da ação; logo, não podem impugnar ato
normativo oriundo de outro Estado da Federação.
D. O Governador do Estado Beta é legitimado ativo para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei
Estadual X, a qual, mesmo sendo oriunda de ente federativo diverso, provoca evidentes reflexos na economia do
Estado Beta.
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Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica – ADI
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,
a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de
lei ou ato normativo federal;
Legitimidade ativa para o Controle Abstrato
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
I. o Presidente da República;
II. a Mesa do Senado Federal;
III. a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV. a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal;
V. o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI. o Procurador-Geral da República;
VII. o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII.partido político com representação no Congresso Nacional;
IX. confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Universais ou neutros
Especiais ou interessados
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Art. 155. Compete aos Estados e ao DF instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior; [ICMS]
§ 2º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte:
XII - cabe à LC:
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do DF, isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVIII - Primeira Fase
Numerosas decisões judiciais, contrariando portarias de órgãos ambientais e de comércio exterior, concederam autorização
para que sociedades empresárias pudessem importar pneus usados. Diante disso, o Presidente da República ingressa com
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), sustentando que tais decisões judiciais autorizativas da
importação de pneus usados teriam afrontado preceito fundamental, representado pelo direito à saúde e a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado.
A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A. A ADPF não se presta para impugnar decisões judiciais, pois seu objeto está adstrito às leis ou a atos normativos federais
e estaduais de caráter geral e abstrato, assim entendidos aqueles provenientes do Poder Legislativo em sua função
legislativa.
B. A ADPF tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, ainda que de
efeitos concretos ou singulares; logo, pode impugnar decisões judiciais que violem preceitos fundamentais da
Constituição, desde que observada a subsidiariedade no seu uso.
C. Embora as decisões judiciais possam ser impugnadas por ADPF, a alegada violação do direito à saúde e a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado não se insere no conceito de preceito fundamental, conforme rol taxativo
constante na Lei Federal nº 9.882/99.
D. A ADPF não pode ser admitida, pois o Presidente da República, na qualidade de chefe do Poder Executivo, nãodetém
legitimidade ativa para suscitar a inconstitucionalidade de ato proferido por membros do Poder Judiciário, sob pena de
vulneração ao princípio da separação dos poderes.
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FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVIII - Primeira Fase
Numerosas decisões judiciais, contrariando portarias de órgãos ambientais e de comércio exterior, concederam autorização
para que sociedades empresárias pudessem importar pneus usados. Diante disso, o Presidente da República ingressa com
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), sustentando que tais decisões judiciais autorizativas da
importação de pneus usados teriam afrontado preceito fundamental, representado pelo direito à saúde e a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado.
A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A. A ADPF não se presta para impugnar decisões judiciais, pois seu objeto está adstrito às leis ou a atos normativos federais
e estaduais de caráter geral e abstrato, assim entendidos aqueles provenientes do Poder Legislativo em sua função
legislativa.
B. A ADPF tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, ainda que
de efeitos concretos ou singulares; logo, pode impugnar decisões judiciais que violem preceitos fundamentais da
Constituição, desde que observada a subsidiariedade no seu uso.
C. Embora as decisões judiciais possam ser impugnadas por ADPF, a alegada violação do direito à saúde e a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado não se insere no conceito de preceito fundamental, conforme rol taxativo
constante na Lei Federal nº 9.882/99.
D. A ADPF não pode ser admitida, pois o Presidente da República, na qualidade de chefe do Poder Executivo, não detém
legitimidade ativa para suscitar a inconstitucionalidade de ato proferido por membros do Poder Judiciário, sob pena de
vulneração ao princípio da separação dos poderes.
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Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,
a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental,
decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo
Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado do parágrafo único em §
1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)
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Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
Objeto
Lei 9.882/99
Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta
perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a
preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito
fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à
Constituição;
Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
O conceito de “preceito fundamental”
Decisões sobre:
 a estrutura básica do Estado
 o catálogo de direitos fundamentais
 os chamados princípios sensíveis
[BARROSO, 2016]
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FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVII - Primeira Fase
O Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão definitiva de mérito proferida em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade, declarou inconstitucional determinada lei do Estado Alfa.
Meses após a referida decisão, o Estado Sigma, após regular processo legislativo e sanção do Governador, promulga uma lei
estadual com teor idêntico àquele da lei federal que fora declarada inconstitucional pelo STF.
Com base no ordenamento jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A. As decisões proferidas em sede de controle concentrado, como no caso da Ação Direta de Inconstitucionalidade, gozam
de efeitos erga omnes e vinculam o Poder Legislativo e o Poder Executivo; logo, a inconstitucionalidade da lei do Estado
Sigma pode ser arguida em reclamação ao STF.
B. A norma editada pelo Estado Sigma, ao contrariar decisão definitiva de mérito proferida pela Suprema Corte, órgão de
cúpula do Poder Judiciário ao qual compete, precipuamente, a guarda da Constituição, já nasce nula de pleno direito e
não produz quaisquer efeitos.
C. A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade não possui efeito
vinculante, razão pela qual inexiste óbice à edição de lei estadual com teor idêntico àquele de outra lei estadual que fora
declarada inconstitucional pela Suprema Corte.
D. A referida decisão proferida pelo STF, declarando a inconstitucionalidade da lei do Estado Alfa, apenas vincula os demais
órgãos do Poder Judiciário e a administração pública direta e indireta, não o Poder Legislativo em sua função típica de
legislar; logo, pode ser proposta nova ADI.
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FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVII - Primeira Fase
O Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão definitiva de mérito proferida em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade, declarou inconstitucional determinada lei do Estado Alfa.
Meses após a referida decisão, o Estado Sigma, após regular processo legislativo e sanção do Governador, promulga uma lei
estadual com teor idêntico àquele da lei federal que fora declarada inconstitucional pelo STF.
Com base no ordenamento jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A. As decisões proferidas em sede de controle concentrado, como no caso da Ação Direta de Inconstitucionalidade, gozam
de efeitos erga omnes e vinculam o Poder Legislativo e o Poder Executivo; logo, a inconstitucionalidade da lei do Estado
Sigma pode ser arguida em reclamação ao STF.
B. A norma editada pelo Estado Sigma, ao contrariar decisão definitiva de mérito proferida pela Suprema Corte, órgão de
cúpula do Poder Judiciário ao qual compete, precipuamente, a guarda da Constituição, já nasce nula de pleno direito e
não produz quaisquer efeitos.
C. A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade não possui efeito
vinculante, razão pela qual inexiste óbice à edição de lei estadual com teor idêntico àquele de outra lei estadual que fora
declarada inconstitucional pela Suprema Corte.
D. A referida decisão proferida pelo STF, declarando a inconstitucionalidade da lei do Estado Alfa, apenas vincula os
demais órgãos do Poder Judiciário e a administração pública direta e indireta, não o Poder Legislativo em sua função
típica de legislar; logo, pode ser proposta nova ADI.
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Decisão de mérito do STF no controle abstrato
Efeito vinculante
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
(...)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal,
nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Decisão de mérito do STF no controle abstrato
Efeito vinculante
CF/88
Não atinge o Poder Legislativo
“... a proibição erigiria mais um fator de resistência conducente ao inconcebível
fenômeno da fossilização da Constituição.”
Ministro Cezar Peluzo
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FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXV - Primeira Fase
O chefe do Poder Executivo do município Ômega, mediante decisão administrativa, resolve estender aos servidores inativos
do município o direito ao auxílio-alimentação, contrariando a Súmula Vinculante nº 55 do Supremo Tribunal Federal.
Para se insurgir contra a situação apresentada, assinale a opção que indica a medida judicial que deve ser adotada.
A. Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de questionar o decreto.
B. Mandado de injunção, com o objetivo de exigir que o Poder Legislativo municipal edite leiregulamentando a matéria.
C. Reclamação constitucional, com o objetivo de assegurar a autoridade da súmula vinculante
D. Habeas data, com o objetivo de solicitar explicações à administração pública municipal.
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FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXV - Primeira Fase
O chefe do Poder Executivo do município Ômega, mediante decisão administrativa, resolve estender aos servidores inativos
do município o direito ao auxílio-alimentação, contrariando a Súmula Vinculante nº 55 do Supremo Tribunal Federal.
Para se insurgir contra a situação apresentada, assinale a opção que indica a medida judicial que deve ser adotada.
A. Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de questionar o decreto.
B. Mandado de injunção, com o objetivo de exigir que o Poder Legislativo municipal edite lei regulamentando a matéria.
C. Reclamação constitucional, com o objetivo de assegurar a autoridade da súmula vinculante
D. Habeas data, com o objetivo de solicitar explicações à administração pública municipal.
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Súmula vinculante – a não submissão enseja reclamação
CF/88
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
(...)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
Efeito vinculante – a não submissão enseja reclamação
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade
de suas decisões;
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FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIV - Primeira Fase
Considere a seguinte situação hipotética: Decreto Legislativo do Congresso Nacional susta Ato Normativo do Presidente da
República que exorbita dos limites da delegação legislativa concedida.
Insatisfeito com tal Iniciativa do Congresso Nacional e levando em consideração o sistema brasileiro de controle de
constitucionalidade, o Presidente da República pode
A. deflagrar o controle repressivo concentrado mediante uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF), pois não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de decreto legislativo.
B. recorrer ao controle preventivo jurisdicional mediante o ajuizamento de um Mandado de Segurança perante o Supremo
Tribunal Federal.
C. deflagrar o controle repressivo político mediante uma representação de inconstitucionalidade, pois se trata de um ato do
Poder Legislativo.
D. deflagrar o controle repressivo concentrado mediante uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), uma vez que o
decreto legislativo é ato normativo primário.
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FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIV - Primeira Fase
Considere a seguinte situação hipotética: Decreto Legislativo do Congresso Nacional susta Ato Normativo do Presidente da
República que exorbita dos limites da delegação legislativa concedida.
Insatisfeito com tal Iniciativa do Congresso Nacional e levando em consideração o sistema brasileiro de controle de
constitucionalidade, o Presidente da República pode
A. deflagrar o controle repressivo concentrado mediante uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF), pois não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de decreto legislativo.
B. recorrer ao controle preventivo jurisdicional mediante o ajuizamento de um Mandado de Segurança perante o Supremo
Tribunal Federal.
C. deflagrar o controle repressivo político mediante uma representação de inconstitucionalidade, pois se trata de um ato do
Poder Legislativo.
D. deflagrar o controle repressivo concentrado mediante uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), uma vez que o
decreto legislativo é ato normativo primário.
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Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica – ADI
Objeto
 Lei
 Ato normativo
primário
CF/88
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIII - Primeira Fase
A lei federal nº 123, sancionada em 2012, é objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta por partido político com
representação no Congresso Nacional. O referido diploma legal é declarado materialmente inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), em março de 2014.
Em outubro de 2016, membro da Câmara dos Deputados apresenta novo projeto de lei ordinária contendo regras idênticas
àquelas declaradas materialmente inconstitucionais.
Tomando por base o caso apresentado acima, assinale a afirmativa correta.
A. A decisão proferida pelo STF produz eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos órgãos dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive nas suas funções típicas; logo, o novo projeto de lei ordinária, uma vez
aprovado pelo Congresso Nacional, será nulo por ofensa à coisa julgada.
B. Em observância ao precedente firmado na referida Ação Direta de Inconstitucionalidade, o plenário do STF pode, em
sede de controle preventivo, obstar a votação do novo projeto de lei por conter regras idênticas àquelas já declaradas
inconstitucionais.
C. A decisão proferida pelo STF não vincula o Poder Legislativo ou o plenário do próprio Tribunal em relação a apreciações
futuras da temática; logo, caso o novo projeto de lei venha a ser aprovado e sancionado, a Corte pode vir a declarar a
constitucionalidade da nova lei.
D. A decisão proferida pelo STF é ineficaz em relação a terceiros, porque o partido político com representação no Congresso
Nacional não está elencado no rol constitucional de legitimados aptos a instaurar o processo objetivo de controle
normativo abstrato.
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FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIII - Primeira Fase
A lei federal nº 123, sancionada em 2012, é objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta por partido político com
representação no Congresso Nacional. O referido diploma legal é declarado materialmente inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), em março de 2014.
Em outubro de 2016, membro da Câmara dos Deputados apresenta novo projeto de lei ordinária contendo regras idênticas
àquelas declaradas materialmente inconstitucionais.
Tomando por base o caso apresentado acima, assinale a afirmativa correta.
A. A decisão proferida pelo STF produz eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos órgãos dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive nas suas funções típicas; logo, o novo projeto de lei ordinária, uma vez
aprovado pelo Congresso Nacional, será nulo por ofensa à coisa julgada.
B. Em observância ao precedente firmado na referida Ação Direta de Inconstitucionalidade, o plenário do STF pode, em
sede de controle preventivo, obstar a votação do novo projeto de lei por conter regras idênticas àquelas já declaradas
inconstitucionais.
C. A decisão proferida pelo STF não vincula o Poder Legislativo ou o plenário do próprio Tribunal em relação a
apreciações futuras da temática; logo, caso o novo projeto de lei venha a ser aprovado e sancionado, a Corte pode vir
a declarar a constitucionalidade da nova lei.
D. A decisão proferida pelo STF é ineficaz em relação a terceiros, porque o partidopolítico com representação no Congresso
Nacional não está elencado no rol constitucional de legitimados aptos a instaurar o processo objetivo de controle
normativo abstrato.
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Decisão de mérito do STF no controle abstrato
Efeito vinculante
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
(...)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal,
nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
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FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXI - Primeira Fase
A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato
normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional.
A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à
recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência
de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a
inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto.
De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível
A. está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução constitucionalmente expressa é o afastamento da
incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional.
B. não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato
normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo.
C. está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno
do Tribunal de Justiça do Estado Alfa.
D. está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a
inconstitucionalidade do ato normativo.
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FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXI - Primeira Fase
A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato
normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional.
A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à
recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência
de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a
inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto.
De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível
A. está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução constitucionalmente expressa é o afastamento da
incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional.
B. não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato
normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo.
C. está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno
do Tribunal de Justiça do Estado Alfa.
D. está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a
inconstitucionalidade do ato normativo.
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A cláusula de reserva de plenário e a cisão funcional de competência
CF/88
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou
dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
Cláusula full bench
ou
Princípio do colegiado
A cláusula de reserva de plenário e a cisão funcional de competência
Súmula Vinculante 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de
órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público,
afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Resguarda a cláusula 
de reserva de plenário
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FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XX - Primeira Fase
Inconformado com decisão proferida em sede de primeiro grau da Justiça Estadual, que reconheceu a licitude da exigência de
prévio depósito de dinheiro como condição para a admissibilidade de recurso administrativo, em clara afronta à Súmula
Vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal, João busca orientação jurídica com conceituado advogado.
Assinale a opção que apresenta a medida judicial que deve ser apresentada para que, em consonância com o sistema
jurídico-constitucional brasileiro, João, como legitimado, possa buscar a cassação da supramencionada decisão judicial.
A. Ingressar com reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, por contrariar Súmula Vinculante por ele aprovada.
B. Interpor recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal, pelo fato de a decisão ofender a interpretação
constitucional sumulada pelo Tribunal.
C. Propor ação direta de inconstitucionalidade, perante o Tribunal de Justiça ou o Supremo Tribunal Federal, por a referida
decisão conter explícita inconstitucionalidade.
D. Arguir o descumprimento de preceito fundamental, já que a decisão está baseada em ato administrativo contrário à
inteligência da CRFB/88.
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FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XX - Primeira Fase
Inconformado com decisão proferida em sede de primeiro grau da Justiça Estadual, que reconheceu a licitude da exigência de
prévio depósito de dinheiro como condição para a admissibilidade de recurso administrativo, em clara afronta à Súmula
Vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal, João busca orientação jurídica com conceituado advogado.
Assinale a opção que apresenta a medida judicial que deve ser apresentada para que, em consonância com o sistema
jurídico-constitucional brasileiro, João, como legitimado, possa buscar a cassação da supramencionada decisão judicial.
A. Ingressar com reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, por contrariar Súmula Vinculante por ele aprovada.
B. Interpor recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal, pelo fato de a decisão ofender a interpretação
constitucional sumulada pelo Tribunal.
C. Propor ação direta de inconstitucionalidade, perante o Tribunal de Justiça ou o Supremo Tribunal Federal, por a referida
decisão conter explícita inconstitucionalidade.
D. Arguir o descumprimento de preceito fundamental, já que a decisão está baseada em ato administrativo contrário à
inteligência da CRFB/88.
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Súmula vinculante – a não submissão enseja reclamação
CF/88
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
(...)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XX - Primeira FaseUm Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências
necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia
transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam
descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei,
determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública.
Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na
hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A. O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda
que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis.
B. O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal,
poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do
projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes.
C. O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade
formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do
Presidente da República.
D. O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a
remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder
Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis.
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FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XX - Primeira Fase
Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências
necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia
transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam
descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei,
determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública.
Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na
hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A. O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda
que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis.
B. O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal,
poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do
projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes.
C. O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade
formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do
Presidente da República.
D. O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a
remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder
Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis.
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Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei
ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em
parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do
recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.
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[GÓES, 2018, p. 29]
QUANTO AO 
MOMENTO DE 
REALIZAÇÃO DO 
CONTROLE
Controle Preventivo
feito antes de a norma entrar 
no mundo jurídico
Controle Repressivo
feito depois de a 
norma entrar no 
mundo jurídico
QUANTO À NATUREZA 
DO ÓRGÃO 
CONTROLADOR
Controle Político
feito pelos poderes 
legislativo e executivo
Controle Judicial ou 
jurídico
feito pelo poder 
judiciário
QUANTO AO ÓRGÃO 
JUDICIAL QUE EXERCE 
O CONTROLE
Controle difuso
feito por qualquer 
órgão do poder 
judiciário
Controle concentrado
feito exclusivamente 
pelo Supremo 
Tribunal Federal
QUANTO À FORMA 
DE CONTROLE 
JUDICIAL
Controle por via 
incidental
feito a partir de um 
caso concreto
Controle por via 
principal
Feito de forma abstrata de 
lei ou ato normativo em 
tese
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de
índices;
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos,
na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento 
de sua remuneração;
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XIX - Primeira Fase
O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus
contornos constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância assumida pelo
instituto, determinada associação de classe procura seu advogado e solicita esclarecimentos a respeito dos legitimados a
requerer a edição da súmula vinculante, dos seus efeitos e do órgão que pode editá-la.
Com base no fragmento acima, assinale a opção que se apresenta em consonância com os delineamentos desse instituto.
A. Pode ser editada pelos tribunais superiores quando houver reiteradas decisões, proferidas na sua esfera de competência,
que recomendem a uniformização de entendimento junto aos órgãos jurisdicionais inferiores.
B. Estão legitimados a propor a sua edição, exclusivamente, os legitimados para o ajuizamento da ação direta de
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, estabelecidos no Art. 103 da Constituição Federal.
C. Pode dizer respeito a qualquer situação jurídica constituída sob a égide das normas brasileiras, de natureza constitucional
ou infraconstitucional, e ser especificamente direcionada à resoluçãode um caso concreto, nele exaurindo a sua eficácia.
D. A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário, não
podendo, porém, atingir o Poder Legislativo.
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FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado XIX - Primeira Fase
O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus
contornos constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância assumida pelo
instituto, determinada associação de classe procura seu advogado e solicita esclarecimentos a respeito dos legitimados a
requerer a edição da súmula vinculante, dos seus efeitos e do órgão que pode editá-la.
Com base no fragmento acima, assinale a opção que se apresenta em consonância com os delineamentos desse instituto.
A. Pode ser editada pelos tribunais superiores quando houver reiteradas decisões, proferidas na sua esfera de competência,
que recomendem a uniformização de entendimento junto aos órgãos jurisdicionais inferiores.
B. Estão legitimados a propor a sua edição, exclusivamente, os legitimados para o ajuizamento da ação direta de
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, estabelecidos no Art. 103 da Constituição Federal.
C. Pode dizer respeito a qualquer situação jurídica constituída sob a égide das normas brasileiras, de natureza constitucional
ou infraconstitucional, e ser especificamente direcionada à resolução de um caso concreto, nele exaurindo a sua eficácia.
D. A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário,
não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo.
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Súmula vinculante – a não submissão enseja reclamação
CF/88
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
(...)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
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Súmula vinculante
Lei 11.417/2006
Art. 1º Esta Lei disciplina a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante pelo Supremo Tribunal Federal e dá outras providências.
Art. 2º O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas
decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.
§ 1º O enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração
pública, controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre idêntica questão.
Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera 
a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, disciplinando a 
edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de 
súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, e dá 
outras providências.
Súmula vinculante
Lei 11.417/2006
Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais 
Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o 
cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera 
a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, disciplinando a 
edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de 
súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, e dá 
outras providências.
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Súmula vinculante
Lei 11.417/2006
Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula
vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido
após esgotamento das vias administrativas.
§ 2º Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida
com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.
Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera 
a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, disciplinando a 
edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de 
súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, e dá 
outras providências.
FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVIII - Primeira Fase
Muitos Estados ocidentais, a partir do processo revolucionário franco-americano do final do século XVIII, atribuíram aos
juízes a função de interpretar a Constituição, daí surgindo a denominada jurisdição constitucional.
A respeito do controle de constitucionalidade exercido por esse tipo de estrutura orgânica, assinale a afirmativa correta.
A. A supremacia da Constituição e a hierarquia das fontes normativas destacam-se entre os pressupostos do controle de
constitucionalidade.
B. A denominada mutação constitucional é uma modalidade de controle de constitucionalidade realizado pela jurisdição
constitucional.
C. O controle concentrado de constitucionalidade consiste na análise da compatibilidade de qualquer norma
infraconstitucional com a Constituição.
D. O controle de constitucionalidade de qualquer decreto regulamentar deve ser realizado pela via difusa.
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FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVIII - Primeira Fase
Muitos Estados ocidentais, a partir do processo revolucionário franco-americano do final do século XVIII, atribuíram aos
juízes a função de interpretar a Constituição, daí surgindo a denominada jurisdição constitucional.
A respeito do controle de constitucionalidade exercido por esse tipo de estrutura orgânica, assinale a afirmativa correta.
A. A supremacia da Constituição e a hierarquia das fontes normativas destacam-se entre os pressupostos do controle de
constitucionalidade.
B. A denominada mutação constitucional é uma modalidade de controle de constitucionalidade realizado pela jurisdição
constitucional.
C. O controle concentrado de constitucionalidade consiste na análise da compatibilidade de qualquer norma
infraconstitucional com a Constituição.
D. O controle de constitucionalidade de qualquer decreto regulamentar deve ser realizado pela via difusa.11
O Judicial Review
Marbury v. Madison
USA - 1803
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O Judicial Review
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USA - 1803
O Judicial Review
Marbury v. Madison
USA - 1803
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Controle de 
constitucionalidade
Supremacia 
da 
Constituição
Rigidez 
constitucional
Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica – ADI
Objeto
 Lei
 Ato normativo
primário
CF/88
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
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FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVIII - Primeira Fase
A Lei Z, elaborada recentemente pelo Poder Legislativo do Município M, foi promulgada e passou a produzir seus efeitos
regulares após a Câmara Municipal ter derrubado o veto aposto pelo Prefeito. A peculiaridade é que o conteúdo da lei é
praticamente idêntico ao de outras leis que foram editadas em milhares de outros Municípios, o que lhe atribui inegável
relevância. Inconformado com a derrubada do veto, o Prefeito do Município M, partindo da premissa de que a Lei Z possui
diversas normas violadoras da ordem constitucional federal, pretende que sua inconstitucionalidade seja submetida à
apreciação do Supremo Tribunal Federal.
A partir das informações acima, assinale a opção que se encontra em consonância com o sistema de controle de
constitucionalidade adotado no Brasil.
A. O Prefeito do Município M, como agente legitimado pela Constituição Federal, está habilitado a propor arguição de
descumprimento de preceito fundamental questionando a constitucionalidade dos dispositivos que entende violadores
da ordem constitucional federal.
B. A temática pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito
fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
C. A Lei Z não poderá ser objeto de ação, pela via concentrada, perante o Supremo Tribunal Federal, já que, de acordo com
o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, atos normativos municipais só podem ser objeto de
controle, caso se utilize como paradigma de confronto a Constituição Federal, pela via difusa.
D. Os dispositivos normativos da Lei Z, sem desconsiderar a possibilidade de ser realizado o controle incidental pela via
difusa, podem ser objeto de controle por via de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por
qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
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FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVIII - Primeira Fase
A Lei Z, elaborada recentemente pelo Poder Legislativo do Município M, foi promulgada e passou a produzir seus efeitos
regulares após a Câmara Municipal ter derrubado o veto aposto pelo Prefeito. A peculiaridade é que o conteúdo da lei é
praticamente idêntico ao de outras leis que foram editadas em milhares de outros Municípios, o que lhe atribui inegável
relevância. Inconformado com a derrubada do veto, o Prefeito do Município M, partindo da premissa de que a Lei Z possui
diversas normas violadoras da ordem constitucional federal, pretende que sua inconstitucionalidade seja submetida à
apreciação do Supremo Tribunal Federal.
A partir das informações acima, assinale a opção que se encontra em consonância com o sistema de controle de
constitucionalidade adotado no Brasil.
A. O Prefeito do Município M, como agente legitimado pela Constituição Federal, está habilitado a propor arguição de
descumprimento de preceito fundamental questionando a constitucionalidade dos dispositivos que entende violadores
da ordem constitucional federal.
B. A temática pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito
fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
C. A Lei Z não poderá ser objeto de ação, pela via concentrada, perante o Supremo Tribunal Federal, já que, de acordo com
o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, atos normativos municipais só podem ser objeto de
controle, caso se utilize como paradigma de confronto a Constituição Federal, pela via difusa.
D. Os dispositivos normativos da Lei Z, sem desconsiderar a possibilidade de ser realizado o controle incidental pela via
difusa, podem ser objeto de controle por via de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta
por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
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Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,
a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental,
decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo
Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado do parágrafo único em §
1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)
Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
Legitimidade ativa
CF/88
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade:
I. o Presidente da República;
II. a Mesa do Senado Federal;
III. a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV. a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V. o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI. o Procurador-Geral da República;
VII. o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII. partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX. confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Rol taxativo
Numerus clausus
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Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
Legitimidade ativa
Lei 9.882/99
Art. 2o Podem propor arguição de descumprimento de preceito fundamental:
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade;
II- qualquer pessoa lesada ou ameaçada por ato do Poder Público. VETADO
Razões do veto
A disposição insere um mecanismo de acesso direto, irrestrito e individual ao
Supremo Tribunal Federal sob a alegação de descumprimento de preceito
fundamental por "qualquer pessoa lesada ou ameaçada por ato do Poder Público". A
admissão de um acesso individual e irrestrito é incompatível com o controle
concentrado de legitimidade dos atos estatais (...)
Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
Legitimidade ativa
Lei 9.882/99
Art. 2o Podem propor arguição de descumprimento de preceito fundamental:
(...)
§ 1º Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação,
solicitar a propositura de arguição de descumprimento de preceito fundamental ao
Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do
pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.
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FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVII - Primeira Fase
Determinado Tribunal de Justiça vem tendo dificuldades para harmonizar os procedimentos de suas câmaras, órgãos
fracionários, em relação à análise, em caráter incidental, da inconstitucionalidade de certas normas como pressuposto para o
enfrentamento do mérito propriamente dito. A Presidência do referido Tribunal manifestou preocupação com o fato de o
procedimento adotado por três dos órgãos fracionários estar conflitando com aquele tido como correto pela ordem
constitucional brasileira.
Apenas uma das câmaras adotou procedimento referendado pelo sistema jurídico-constitucional brasileiro. Assinale a opção
que o apresenta.
A. A 1ª Câmara, ao reformar a decisão de 1º grau em sede recursal, reconheceu, incidentalmente, a inconstitucionalidade
da norma que dava suporte ao direito pleiteado, entendendo que, se o sistema jurídico reconhece essa possibilidade ao
juízo monocrático, por razões lógicas, deve estendê-la aos órgãos recursais.
B. A 2ª Câmara, ao analisar o recurso interposto, reconheceu, incidentalmente, a inconstitucionalidade da norma que
concedia suporte ao direito pleiteado,fundamentando-se em cristalizada jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
sobre o tema.
C. A 3ª Câmara, ao analisar o recurso interposto, reconheceu, incidentalmente, a inconstitucionalidade da norma que
concedia suporte ao direito pleiteado, fundamentando-se em pronunciamentos anteriores do Órgão Especial do próprio
Tribunal.
D. A 4ª Câmara, embora não tenha declarado a inconstitucionalidade da norma que conferia suporte ao direito pleiteado,
solucionou a questão de mérito afastando a aplicação da referida norma, apesar de estarem presentes os seus
pressupostos de incidência.
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FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVII - Primeira Fase
Determinado Tribunal de Justiça vem tendo dificuldades para harmonizar os procedimentos de suas câmaras, órgãos
fracionários, em relação à análise, em caráter incidental, da inconstitucionalidade de certas normas como pressuposto para o
enfrentamento do mérito propriamente dito. A Presidência do referido Tribunal manifestou preocupação com o fato de o
procedimento adotado por três dos órgãos fracionários estar conflitando com aquele tido como correto pela ordem
constitucional brasileira.
Apenas uma das câmaras adotou procedimento referendado pelo sistema jurídico-constitucional brasileiro. Assinale a opção
que o apresenta.
A. A 1ª Câmara, ao reformar a decisão de 1º grau em sede recursal, reconheceu, incidentalmente, a inconstitucionalidade
da norma que dava suporte ao direito pleiteado, entendendo que, se o sistema jurídico reconhece essa possibilidade ao
juízo monocrático, por razões lógicas, deve estendê-la aos órgãos recursais.
B. A 2ª Câmara, ao analisar o recurso interposto, reconheceu, incidentalmente, a inconstitucionalidade da norma que
concedia suporte ao direito pleiteado, fundamentando-se em cristalizada jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
sobre o tema.
C. A 3ª Câmara, ao analisar o recurso interposto, reconheceu, incidentalmente, a inconstitucionalidade da norma que
concedia suporte ao direito pleiteado, fundamentando-se em pronunciamentos anteriores do Órgão Especial do
próprio Tribunal.
D. A 4ª Câmara, embora não tenha declarado a inconstitucionalidade da norma que conferia suporte ao direito pleiteado,
solucionou a questão de mérito afastando a aplicação da referida norma, apesar de estarem presentes os seus
pressupostos de incidência.
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10/09/2019
A cláusula de reserva de plenário e a cisão funcional de competência
CF/88
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou
dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
Cláusula full bench
ou
Princípio do colegiado
A cláusula de reserva de plenário e a cisão funcional de competência
Súmula Vinculante 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de
órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público,
afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Resguarda a cláusula 
de reserva de plenário
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10/09/2019
A cláusula de reserva de plenário e a cisão funcional de competência
CPC/2015
Art. 948. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do 
poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à 
turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
Art. 949. Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, 
onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao 
órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento 
destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
[GÓES, 2018, p. 62]
FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVI - Primeira Fase
A Medida Provisória Z, embora tendo causado polêmica na data de sua edição, foi convertida, em julho de 2014, na Lei Y.
Inconformado com o posicionamento do Congresso Nacional, o principal partido de oposição, no mês seguinte, ajuizou Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) atacando vários dispositivos normativos da referida Lei. Todavia, no início do mês de
fevereiro de 2015, o Presidente da República promulgou a Lei X, revogando integralmente a Lei Y, momento em que esta
última deixou de produzir os seus efeitos concretos.
Nesse caso, segundo entendimento cristalizado no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
A. deverá a ADI seguir a sua regular tramitação, de modo que se possam discutir os efeitos produzidos no intervalo de
tempo entre a promulgação e a revogação da Lei Y.
B. deverá a ADI seguir a sua regular tramitação, de modo que se possam discutir os efeitos produzidos no tempo entre a
edição da Medida Provisória Z e a revogação da Lei Y.
C. deverá ser reconhecido que a ADI perdeu o seu objeto, daí resultando a sua extinção, independentemente de terem
ocorrido, ou não, efeitos residuais concretos.
D. em razão da separação de poderes, deverá ser reconhecida a impossibilidade de o Supremo Tribunal Federal avaliar as
matérias debatidas, sob a ótica política, pelo Poder Legislativo.
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FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado XVI - Primeira Fase
A Medida Provisória Z, embora tendo causado polêmica na data de sua edição, foi convertida, em julho de 2014, na Lei Y.
Inconformado com o posicionamento do Congresso Nacional, o principal partido de oposição, no mês seguinte, ajuizou Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) atacando vários dispositivos normativos da referida Lei. Todavia, no início do mês de
fevereiro de 2015, o Presidente da República promulgou a Lei X, revogando integralmente a Lei Y, momento em que esta
última deixou de produzir os seus efeitos concretos.
Nesse caso, segundo entendimento cristalizado no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
A. deverá a ADI seguir a sua regular tramitação, de modo que se possam discutir os efeitos produzidos no intervalo de
tempo entre a promulgação e a revogação da Lei Y.
B. deverá a ADI seguir a sua regular tramitação, de modo que se possam discutir os efeitos produzidos no tempo entre a
edição da Medida Provisória Z e a revogação da Lei Y.
C. deverá ser reconhecido que a ADI perdeu o seu objeto, daí resultando a sua extinção, independentemente de terem
ocorrido, ou não, efeitos residuais concretos.
D. em razão da separação de poderes, deverá ser reconhecida a impossibilidade de o Supremo Tribunal Federal avaliar as
matérias debatidas, sob a ótica política, pelo Poder Legislativo.
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Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica – ADI
Objeto
Normas jurídicas
 primárias e
 vigentes
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Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica – ADI
Objeto:
Normas jurídicas vigentes
“[...] a declaração em tese de ato normativo que não mais
existe, transformaria a ação direta em instrumento processual
de proteção de situações jurídicas pessoais e concreta.”
Alexandre de Moraes
FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado XV - Primeira Fase
O Supremo Tribunal Federal editou súmula com efeito vinculante. Pedro, advogado, deseja pleitear o cancelamento da
referida súmula. Nos termos da Constituição Federal, considerando a legitimação para propor aprovação ou cancelamento de
súmula junto ao Supremo Tribunal Federal, Pedro poderá provocar o seguinte legitimado:
A. o interessado que tenha tido a repercussão geral de seu recurso extraordinário reconhecida pelo STF
B. a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de qualquer estado da Federação
C. a Mesa de Câmara dos Vereadores de município que tenha interesse direto na súmula
D. o Partido Político com representação no Congresso Nacional.
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FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado XV - Primeira Fase
O Supremo Tribunal Federal editou súmula com efeito vinculante. Pedro, advogado, deseja pleitear o cancelamento da
referida súmula. Nos termos daConstituição Federal, considerando a legitimação para propor aprovação ou cancelamento de
súmula junto ao Supremo Tribunal Federal, Pedro poderá provocar o seguinte legitimado:
A. o interessado que tenha tido a repercussão geral de seu recurso extraordinário reconhecida pelo STF
B. a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de qualquer estado da Federação
C. a Mesa de Câmara dos Vereadores de município que tenha interesse direto na súmula
D. o Partido Político com representação no Congresso Nacional.
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Súmula vinculante
CF/88
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na
forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica.
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Súmula vinculante
CF/88
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
Súmula vinculante
Lei 11.417/2006
Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais 
Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o 
cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera 
a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, disciplinando a 
edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de 
súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, e dá 
outras providências.
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FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado XV - Primeira Fase
A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), regulada pela Lei nº 9.882/99, tem por objeto evitar ou
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Com base no legalmente disposto sobre a ADPF, assinale a opção correta.
A. Face à extraordinariedade da ADPF, a decisão de indeferimento liminar da petição inicial é irrecorrível.
B. De acordo com a Lei nº 9.882/99, vige o principio da subsidiariedade quanto ao cabimento da ADPF.
C. A decisão proferida em ADPF produzirá somente efeitos erga omnes e ex tunc.
D. O prefeito de qualquer município pode propor ADPF contra lei local perante o STF.
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FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado XV - Primeira Fase
A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), regulada pela Lei nº 9.882/99, tem por objeto evitar ou
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Com base no legalmente disposto sobre a ADPF, assinale a opção correta.
A. Face à extraordinariedade da ADPF, a decisão de indeferimento liminar da petição inicial é irrecorrível.
B. De acordo com a Lei nº 9.882/99, vige o principio da subsidiariedade quanto ao cabimento da ADPF.
C. A decisão proferida em ADPF produzirá somente efeitos erga omnes e ex tunc.
D. O prefeito de qualquer município pode propor ADPF contra lei local perante o STF.
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Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF
Lei 9.882/99
Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não
for o caso de arguição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum
dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.
§ 1o Não será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental
quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de
cinco dias.
FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XII - Primeira Fase
Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a alternativa INCORRETA.
A. É impossível o esclarecimento de matéria de fato em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade.
B. A União Nacional dos Estudantes não tem legitimidade para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade.
C. Não se admite a desistência após a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade.
D. Os efeitos da decisão que afirma a inconstitucionalidade da norma em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, em
regra, são ex tunc.
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XII - Primeira Fase
Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a alternativa INCORRETA.
A. É impossível o esclarecimento de matéria de fato em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade.
B. A União Nacional dos Estudantes não tem legitimidade para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade.
C. Não se admite a desistência após a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade.
D. Os efeitos da decisão que afirma a inconstitucionalidade da norma em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, em
regra, são ex tunc.
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XII - Primeira Fase
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, a Ação Declaratória de Constitucionalidade e a Ação Direta de Inconstitucionalidade
por Omissão estão regulamentadas no âmbito infraconstitucional pela lei 9.868/99, que dispõe sobre o processo e
julgamento destas ações perante o Supremo Tribunal Federal.
Tomando por base o constante na referida lei, assinale a alternativa incorreta.
A. Podem propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão os mesmos legitimados para propositura da Ação
Direta de Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade.
B. Cabe no âmbito da Ação Declaratória de Constitucionalidade a concessão de medida cautelar.
C. As decisões proferidas em Ação Direta de Inconstitucionalidade e em Ação Declaratória de Constitucionalidade possuem
o chamado efeito dúplice.
D. Enquanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação Declaratória de Constitucionalidade não admitem desistência,
a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão admite a desistência a qualquer tempo.
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XII - Primeira Fase
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, a Ação Declaratória de Constitucionalidade e a Ação Direta de Inconstitucionalidade
por Omissão estão regulamentadas no âmbito infraconstitucional pela lei 9.868/99, que dispõe sobre o processo e
julgamento destas ações perante o Supremo Tribunal Federal.
Tomando por base o constante na referida lei, assinale a alternativa incorreta.
A. Podem propor a Ação Diretade Inconstitucionalidade por Omissão os mesmos legitimados para propositura da Ação
Direta de Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade.
B. Cabe no âmbito da Ação Declaratória de Constitucionalidade a concessão de medida cautelar.
C. As decisões proferidas em Ação Direta de Inconstitucionalidade e em Ação Declaratória de Constitucionalidade possuem
o chamado efeito dúplice.
D. Enquanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação Declaratória de Constitucionalidade não admitem
desistência, a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão admite a desistência a qualquer tempo.
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ADI – ADC - ADO
Lei 9.869/99
Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão,
não se admitirá desistência. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XI - Primeira Fase
No que concerne à reclamação constitucional, assinale a afirmativa correta.
A. A reclamação pode ser utilizada como sucedâneo de recurso, segundo a jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal
Federal.
B. A Súmula do Supremo Tribunal Federal despida de eficácia vinculante é paradigma apto a dar ensejo ao conhecimento da
reclamação.
C. A reclamação é cabível, ainda que já tenha ocorrido o trânsito em julgado do ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
D. A reclamação pode ser utilizada tanto para a preservação da competência do Supremo Tribunal Federal quanto do
Superior Tribunal de Justiça.
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XI - Primeira Fase
No que concerne à reclamação constitucional, assinale a afirmativa correta.
A. A reclamação pode ser utilizada como sucedâneo de recurso, segundo a jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal
Federal.
B. A Súmula do Supremo Tribunal Federal despida de eficácia vinculante é paradigma apto a dar ensejo ao conhecimento da
reclamação.
C. A reclamação é cabível, ainda que já tenha ocorrido o trânsito em julgado do ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
D. A reclamação pode ser utilizada tanto para a preservação da competência do Supremo Tribunal Federal quanto do
Superior Tribunal de Justiça.
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Súmula vinculante
CF/88
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na
forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica.
Súmula vinculante
CF/88
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XI - Primeira Fase
“a jurisprudência do STF caminha no sentido de não admitir a
reclamação como sucedâneo de recurso (Rcl 10677 AgR,
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 07/11/2013,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-248 DIVULG 13-12-2013 PUBLIC 16-12-
2013)”
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XI - Primeira Fase
STF
Súmula 734
Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o
ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do
Supremo Tribunal Federal.
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http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=734.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
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Súmula vinculante
CF/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas 
decisões;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas 
decisões;
FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XI - Primeira Fase
Após reiteradas decisões sobre determinada matéria, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou enunciado de Súmula
Vinculante determinando que “é inconstitucional lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. O Estado X, contudo, não concordando com a posição do Supremo Tribunal
Federal (STF), edita lei dispondo exatamente sobre os sistemas de consórcios e sorteios em seu território.
A partir da situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
A. O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá, de ofício, declarar a inconstitucionalidade da norma estadual produzida em
desconformidade com a Súmula.
B. Qualquer cidadão poderá propor a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante que, nesse caso, será declarada
mediante a decisão de dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
C. É cabível reclamação perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a validade da lei do Estado X que dispõe
sobre os sistemas de consórcios e sorteios em seu território.
D. A súmula possui efeitos vinculantes em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal, mas não vincula o Poder Legislativo na sua atividade legiferante.
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Após reiteradas decisões sobre determinada matéria, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou enunciado de Súmula
Vinculante determinando que “é inconstitucional lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. O Estado X, contudo, não concordando com a posição do Supremo Tribunal
Federal (STF), edita lei dispondo exatamente sobre os sistemas de consórcios e sorteios em seu território.
A partir da situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
A. O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá, de ofício, declarar a inconstitucionalidade da norma estadual produzida em
desconformidade com a Súmula.
B. Qualquer cidadão poderá propor a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante que, nesse caso, será declarada
mediante a decisão de dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
C. É cabível reclamação perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a validade da lei do Estado X que dispõe
sobre os sistemas de consórcios e sorteios em seu território.
D. A súmula possui efeitos vinculantes em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, mas não vincula o Poder Legislativo na sua atividade legiferante.
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FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado XI - Primeira Fase
STF
SÚMULA VINCULANTE 2
É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que
disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e
loterias.
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http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumulaVinculante
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Súmula vinculante
CF/88
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante

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