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Controle de Constitucionalidade

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A ideia de controle de constitucionalidade está ligada à supremacia da 
Constituição sobre todo o ordenamento jurídico e, também, à de rigidez 
constitucional e proteção dos direitos fundamentais [...] O fundamento do controle 
é o de que nenhum ato normativo, que lógica e necessariamente dela decorre, 
pode modificá-la ou suprimi-la” (Alexandre de Moraes). 
Controle Prévio ou Preventivo: realizado durante o processo legislativo de formação 
da lei ou ato normativo. 
Finalidade: evitar que norma inconstitucional ingresse no ordenamento jurídico. 
Pode ser realizado pelo: 
 
a) Legislativo: nas “Comissões de Constituição e Justiça” da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal; nas Discussões e Votações no Plenário; 
b) Executivo: veto jurídico (art. 66 §1º, da CF/88). 
c) Judiciário: Exceção. Garantia do devido processo legislativo. Mandado de 
Segurança Individual. Direito do Parlamentar de participar de um processo 
legislativo juridicamente hígido, em conformidade com as regras 
constitucionais (Cf. STF: MS 20257/DF, Rel. Min. Décio Miranda; MS 
23.565/DF, Rel. Min. Celso de Mello). 
 
Controle Posterior ou Repressivo: A análise da constitucionalidade recai diretamente 
sobre a lei ou ato normativo já editado. 
Finalidade: expurgar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo contrário à 
Constituição: 
Controle Repressivo em relação ao Órgão Controlador: a) Político; b) Jurisdicional, 
Judiciário ou Jurídico; c) Misto. 
Pode ser realizado pelo: 
 
a) Legislativo: Art. 49, V, da CF/88; e Medidas Provisórias (“relevância e 
urgência” – artigo 62 da CF/88); 
 
b) Judiciário. Regra geral. Controle Difuso + Controle Concentrado de 
constitucionalidade = Controle Jurisdicional Misto. 
 
Origem: 1803 - Suprema Corte norte-americana: Juiz John Marshal (caso Marbury X 
Madison). No Brasil, desde a Constituição de 1891. 
Pressupostos: a) existência de caso concreto a ser analisado pelo Judiciário; b) a 
declaração de inconstitucionalidade se dá de forma incidental (incidenter tantum), 
prejudicial ao mérito. 
Legitimados: qualquer pessoa concretamente atingida em sua esfera jurídica pela lei ou 
ato inconstitucional. 
Competência: qualquer Juiz ou Tribunal. Cláusula de Reserva de Plenário (ou Cláusula 
do Full Bench) - art. 97 da CF/88. 
Tipo de Ação: o controle difuso de constitucionalidade pode ser realizado em qualquer 
tipo de ação, até em Ação Civil Pública (Cf. STF: RCL 1.733/SP, Rel. Min. Celso de Mello e 
RCL 633-6/SP, Rel. Min. Francisco Rezek). 
Efeitos: a) inter partes; b) ex tunc (retroativo); c) não vinculante aos demais órgãos do 
Poder Judiciário; 
Efeitos para terceiros: Com a decisão definitiva de mérito declaratória da 
inconstitucionalidade da lei, o STF deve comunicar o Senado Federal para que este, nos 
termos do art. 52, X, da CF/88, suspenda, no todo ou em parte, a execução da lei. 
Observação 
Com a edição da Resolução do Senado, os efeitos da decisão atingirão a todos (erga 
omnes), porém com eficácia ex nunc (não retroativa) a partir da sua publicação na Imprensa 
Oficial. 
Origem: Constituição austríaca de 1920 (Tribunal Constitucional). No Brasil, desde a 
Constituição de 1946 (EC no 16/1965). 
Pressupostos: a) análise da lei ou ato normativo em tese, in abstracto, de forma 
genérica e impessoal. Tem por objetivo principal a declaração de (in)constitucionalidade de 
uma norma, independentemente de um caso concreto; b) processo objetivo, sem partes. 
Normas em tese – “preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da 
generalidade, impessoalidade e abstração” (STF, MS 23.331, Rel. Min. Celso de Mello). 
Processo Objetivo – “Nele não figuram partes, no sentido estritamente processual, mas 
entes legitimados a atuar institucionalmente, sem outro interesse que não o da preservação 
do sistema de direito” (ZAVASCKI, Teori Albino. Processo Coletivo. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2006, p. 262). 
Súmula 266/STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”. 
Legitimados: Arts. 36, III; 103, I a IX; 125, §2º;129, IV, da CF/88; Arts. 2º e 13 da Lei 
9.868/1999; Art. 2º da Lei 9.882/1999; Art. 2º da Lei 12.562/2011 
Competência: Supremo Tribunal Federal (arts. 36 e 102, I, “a” e §1º, CF/88); 
Tipo de Ação: a) ADI genérica; b) ADI interventiva; c) ADI por omissão; d) ADC (ou 
ADECON); e) ADPF. 
Efeitos: Art. 102, §2º, da CF/88. 
Competência: Supremo Tribunal Federal (Art. 102, I, “a”, CF/88). 
Legitimação: Art. 103, I a IX, CF/88. 
 
 
É do Poder Judiciário a palavra final sobre a constitucionalidade de leis no Brasil. O 
Poder Executivo e o Legislativo detêm controles prévios à vigência da norma, como, por 
exemplo, veto jurídico presidencial, comissões temáticas. Uma vez em vigor, cabe aos 
Tribunais aferir se o ato normativo é ou não compatível com a Constituição Federal. 
Para o exame, o ordenamento jurídico admite duas vias de controle: difusa e 
concentrada. 
Todo órgão judicial exerce, dentro de sua competência, o controle difuso. 
Nessa via, o juiz deixa de aplicar lei que, no caso concreto, revela conteúdo 
incompatível com a regra constitucional. Nesse caso, questiona-se a compatibilidade de 
modo indireto, em face de uma situação particular, por meio de um incidente processual. 
 
Já o controle concentrado se limita ao Supremo Tribunal Federal (STF) quando a 
norma paradigma é a Constituição Federal e aos Tribunais de Justiça Estaduais, quando 
a norma paradigma é a Constituição Estadual. 
Nele, verifica-se a constitucionalidade do texto legal em si, isto é, da norma em 
abstrato. A análise, portanto, independe de aplicação a um caso concreto. 
Os tribunais só podem declarar inconstitucionalidade por voto da maioria absoluta do 
Plenário ou do seu Órgão Especial. Assim, o quórum no STF é de 6 dos 11 ministros. 
Trata-se da cláusula de reserva de Plenário. 
Quatro dispositivos, previstos na CF e regulados em 1999, servem ao controle 
concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória de 
Constitucionalidade (ADC), Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 
e Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO). 
As ADIs, ADCs e ADPFs, em especial, aceleram a solução de controvérsias 
constitucionais. A decisão quanto a elas, comumente, anula o ato desde a criação (ex tunc), 
vale para todos (erga omnes) e vincula o Poder Judiciário e a Administração Pública. 
As três também admitem modulação de efeitos, por dois terços dos votos. 
ADI  A ação pode ter como objeto lei ou ato normativo federal, estadual e emenda 
constitucional, bem como atos normativos primários, tais como regimento interno dos 
Tribunais e resoluções do CNJ. 
Pode-se contestar todo o conteúdo ou parte dele. 
ADC  Função oposta tem a ADC, que cobra posição do STF sobre o ajuste de norma 
federal à Constituição. 
A intenção é resolver incerteza gerada por leituras diferentes entre Tribunais. 
Se a lei é JULGADA PROCEDENTE, juízes não podem mais se negar a aplicá-la 
sob pretexto de que seria inconstitucional. 
ADPF A ação pode questionar o ato normativo apenas em face de preceitos tidos 
como essenciais à CF, o que reduz o alcance ante a ADI, apta a contestar qualquer ponto. 
Também só pode ser proposta caso a questão não se adeque a nenhum dos três outros 
dispositivos, conforme o princípio da subsidiariedade. 
A ADPF é, ainda, o meio pelo qual o STF aprecia lei anterior à Constituição vigente e 
lei municipal de especial relevância e que afete valor fundamental. 
ADO  Por sua vez, a ADO volta-se para o controle das omissões inconstitucionais, se 
a autoridade responsável pela edição do ato normativo prevista na Constituição deixa de 
elaborá-lo. O que enseja a ADO é a lesão à efetividade de norma constitucional. 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, conhecida como ADIN advém do 
controle concentrado de constitucionalidade e é promovida mediante ação judicial,e está 
prevista nos artigos 102 I, “a” e 103 da CF/88. 
 
Legitimados: 
 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
 VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Objeto 
 
O que se busca neste tipo de ação é a lei ou ato normativo que se mostrarem 
incompatíveis com o sistema, ou seja, a invalidação da lei ou ato normativo pelo Poder 
Judiciário. 
Entende-se por leis todas as espécies normativas definidas na Constituição Federal de 
1988 no artigo 59, sendo: emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções, bem como os tratados 
internacionais. 
Os atos normativos compreende-se em resoluções administrativas dos Tribunais, atos 
estatais de conteúdo derrogatório, as resoluções administrativas, desde que incidam sobre 
atos de caráter normativo. 
Restrições 
 
Não podem ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade: 
 
a) as súmulas de jurisprudência, pois não possuem o grau de normatividade qualificada 
(obrigatoriedade); 
b) regulamentos de execução ou decreto (ato normativo do Executivo), pois não têm 
autonomia - trata-se de questão de legalidade e não de constitucionalidade; 
c) Norma decorrente de poder constituinte originário; 
d) lei municipal, pois a Constituição Federal só previu para federal e estadual; 
e) lei distrital: O Distrito Federal acumula a competência dos Estados e Municípios, 
assim se tratar de matéria municipal não será objeto de ADIN, mas se, tratar de matéria 
estadual será objeto de ADIN. Ex: lei distrital tributária tratava na primeira parte de ICMS e 
na segunda de ISS, só a primeira parte é objeto de ADIN. 
Todavia no caso de regulamento ou decreto autônomo será objeto de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, podendo, até mesmo, ser objeto de controle repressivo no Poder 
Legislativo, quando importar em abuso de poder regulamentar. 
Procedimento 
 
A propositura da ADI ocorre mediante a elaboração da petição inicial, o que de acordo 
com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI n.º 2.187-7/BA, e 
com base no parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 9.882/99, que menciona que a petição 
inicial indicará o dispositivo de lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos 
jurídicos do pedido, bem como o pedido e suas especificações. 
A petição inicial, quando subscrita por advogado, deverá vir acompanhada de 
instrumento de procuração e será apresentada em 2 vias, devendo conter cópias da lei ou do 
ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação (art. 
3º, parágrafo único da Lei 9.868/99). 
Assim que proposta a ação, o requerente não poderá desistir ou fazer acordo, pois 
vigora o princípio da indisponibilidade da instância e o processo não é subjetivo (art. 5º da 
Lei 9.868/99). 
O Relator poderá indeferir liminarmente a inicial inepta, não fundamentada e a 
manifestamente improcedente (art. 4º da Lei 9.868/99). Da decisão que indefere a petição 
inicial, cabe agravo de instrumento (art. 4º, parágrafo único da Lei 9.868/99). 
Procedimento 
 
O Relator pedirá informações aos órgãos ou autoridades das quais emanou a lei ou ato 
normativo impugnado (art. 6º da Lei 9.868/99). Tais informações devem ser prestadas no 
prazo de 30 dias, contados do recebimento do pedido (art. 6º, parágrafo único da Lei 
9.868/99). 
Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral 
da União e o Procurador-Geral da República, que deverão se manifestar, cada qual no prazo 
de 15 dias (art. 8º da Lei 9.868/99). 
Vencidos os prazos, o Relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros e 
pedirá dia para julgamento (art. 9º da Lei 9.868/99). 
De acordo com o artigo 103 §1º, da CF/88, o Procurador-Geral da República deverá ser 
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de 
competência do Supremo Tribunal Federal, o que aqui ele atuará como fiscal da lei (custos 
legis). 
Conforme o §3º do artigo 103 da CF/88 quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o 
Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. 
Procedimento 
 
A declaração de inconstitucionalidade será proferida pelo voto da maioria absoluta 
dos membros do STF (Pleno), desde que presente o quórum de instalação da sessão de 
julgamento, que são de oito ministros. 
Assim, declara o ato como nulo (aquele que não produz efeitos válidos e, portanto, não 
pode ser convalidado). 
Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela 
expedição do ato. 
A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição 
de embargos de declaração, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
Efeitos da Decisão 
 
A ação direta de inconstitucionalidade tem caráter dúplice, pois conforme estabelece o 
artigo 24 da Lei 9.868/99, proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação 
direta a ação direta ou procedente eventual ação declaratória e, no mesmo passo, proclamada 
a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação 
declaratória. 
A decisão no controle concentrado produzirá efeitos contra todos (erga omnes), e 
também efeito retroativo, ex tunc, retirando do ordenamento jurídico o ato normativo ou lei 
incompatível com a Constituição. Trata-se, portanto de ato nulo. 
Pedido de Medida Cautelar 
 
Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente de acordo 
com o art. 102, I, “p” da Constituição Federal de 1988, o pedido de cautelar nas ações direta 
de inconstitucionalidade. 
Pedido de Medida Cautelar 
 
Os legitimados para o pedido de Medida cautelar na ação direta de 
inconstitucionalidade são: 
 
a) o Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos 
Deputados; d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; f) o Procurador-Geral da 
República; g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; h) partido político 
com representação no Congresso Nacional; i) confederação sindical ou entidade de classe de 
âmbito nacional. 
Pedido de Medida Cautelar - Concessão 
 
A medida cautelar será concedida, após audiência do requerido, através de maioria 
absoluta do Plenário, 6 ministros observado o quórum de instalação na sessão de julgamento 
(presença de 8 ministros), e gerará a suspensão da eficácia da lei ou ato normativo 
impugnado, de acordo com o previsto no artigo 10 da Lei 9.868/99 observado o disposto no 
artigo 22 da Lei 9.868/99. 
Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por 
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após 
a audiência dos órgãos ou autoridades que emanaram a lei ou ato normativo impugnado, que 
deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias” (art. 10 da Lei 9.868/99). 
No período de recesso o Presidente do Supremo pode conceder a liminar 
monocraticamente, mas depois será submetida ao Plenário. 
O Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União também podemser 
ouvidos no prazo de 3 dias, se o relator julgar indispensável (art. 10, §1º da Lei 9.868/99). 
No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos 
representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela 
expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal de acordo com o artigo 
10, §2º da Lei 9.868/99. 
Pedido de Medida Cautelar - Concessão 
 
 A medida cautelar será concedida sem audiência do requerido (“inaudita altera parte”) 
em caso de excepcional urgência e gerará suspensão da eficácia da lei. 
Em caso de excepcional urgência o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a 
audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado 
de acordo com o previsto no art. 10, §3º da Lei 9.868/99. 
 A medida cautelar sempre será incidental, nunca preparatória. 
Na inicial, destina-se um capítulo à medida cautelar com seus fundamentos “fumus boni 
iuris” (demonstração da viabilidade jurídica da tese) e “periculum in mora” (demonstração 
de que a inconstitucionalidade pode gerar consequências graves). 
Pedido de Medida Cautelar - Efeitos 
 
A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos (erga omnes), será concedida, com 
efeito, “ex nunc”, (não retroage) salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia 
retroativa de acordo com art. 11, §1º da Lei 9.868/99. 
Enquanto a decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” e “ex nunc”, a 
decisão de mérito tem eficácia “ex tunc” (retroage), ou seja, vai retroceder àquele período 
que não tinha sido atingido pela cautelar. 
 
Bases: Artigos 59, 102 inciso I, alínea a, 103, da Constituição Federal de 1988, e artigos 
3 a 8, 10, 11, 22 todos da Lei 9.868/99 – (Regulamenta a disciplina processual das Ações 
Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade). 
A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) foi introduzida no ordenamento 
jurídico pela Emenda Constitucional n.º 3/93 com a alteração da redação do artigo 102, 
inciso I alínea a, e acréscimo do §2º ao referido artigo, bem como o §4º ao artigo 103, todos 
da Constituição Federal, tendo o sua disciplina processual sido regulamentada pela Lei 
9.868/1999. 
Objeto 
 
O objeto da referida ação é lei ou ato normativo federal. 
 
Competência 
 
O órgão competente para apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade é o STF 
de acordo com o artigo 102, I, a, da Constituição Federal de 1988. 
Legitimados 
 
Serão os mesmos para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI): 
a) o Presidente da República; 
b) a Mesa do Senado Federal; 
c) a Mesa da Câmara dos Deputados; 
d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
f) o Procurador-Geral da República; 
g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
h) partido político com representação no Congresso Nacional; 
i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. . 
Procedimento 
 
O procedimento na ADC é o mesmo a ser seguido que na ADI genérica, só que aqui o 
Advogado-Geral da União não será citado, visto que não há ato ou texto impugnado. 
É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura. 
A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não 
podendo ser objeto de ação rescisória. 
Na ADC, é requisito obrigatório a demonstração de controvérsia relevante sobre a 
norma objeto da demanda (art. 14, III da Lei 9.868/99). 
A decisão da ADC, por maioria absoluta dos membros do STF, também produz efeitos 
“erga omnes” (contra todos), “ex tunc” (retroage) e vinculante em relação aos demais órgãos 
do Poder Judiciário e Poder Executivo. 
Não produz efeito vinculante apenas em relação ao Poder legislativo. 
Procedimento 
 
Tendo em vista que quando o Supremo Tribunal Federal decide a ADC decide também 
a prejudicial em todos os processos concretos, haverá diversidades processuais nos processos 
concretos: 
a) Se o juiz não tinha decidido: não decidirá mais, irá se reportar ao que o STF já 
decidiu, julgando a ação improcedente. 
b) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade e transitou: o efeito vinculante 
não tem força capaz de rescindir automaticamente a sentença transitada em julgado, mas 
pode servir de fundamento para ação rescisória e cabe liminar. 
c) Se o juiz já tinha decidido pela constitucionalidade, mas não transitou. Houve 
recurso e a decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal 
confirma a decisão do Juiz, aplicando a decisão do STF no recurso da parte. 
d) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade, mas não transitou. Houve 
recurso e a decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal 
irá desfazer a decisão do juiz. 
Medida Cautelar 
 
Competência – a competência para decidir sobre a medida cautelar na ação 
declaratória de constitucionalidade cabe ao Supremo Tribunal Federal. 
 
Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida cautelar sempre será incidental, 
nunca preparatória. 
 
Concessão da medida - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta 
de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de 
constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam 
o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da 
ação até seu julgamento definitivo. (art. 21 da Lei 9868/99). 
Efeitos da Decisão 
 
A decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” (contra todos) e 
vinculante, em razão do poder geral de cautela do Supremo Tribunal Federal. 
 
Bases: artigo 102, inciso I alínea a, e § 2º, § 4º do artigo 103, todos da Constituição 
Federal, e artigos 13 a 28 da Lei 9.868/1999 (Normas das Ações Direta de 
Inconstitucionalidade e Declaratória de Constitucionalidade). 
Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados na Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 no Título II, sendo que esses direitos são classificados como gêneros nos seguintes 
grupos a saber: 
 
a) direitos e deveres individuais e coletivos; 
b) direitos sociais; 
c) direitos de nacionalidade; 
d) direitos políticos; 
e) partidos políticos. 
 
O artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, trata dos direitos e deveres 
individuais e coletivos, espécie do gênero direitos e garantias fundamentais. 
Os direitos são bens e vantagens prescritos na norma constitucional enquanto as garantias são 
instrumentos através dos quais se assegura o exercício dos aludidos direitos que preventivamente os 
repara, caso violados. 
Através da Lei n.º 9.882/99 que regulamentou o §1º do artigo 102 da Constituição Federal, foi 
introduzido em nosso ordenamento jurídico um instrumento de proteção dos direitos e garantias 
fundamentais, ora denominado de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADFP) a 
ser utilizado perante o Supremo Tribunal Federal. 
Objeto e hipóteses de cabimento 
 
A ADPF será cabível, seja na modalidade de ação autônoma, seja por equivalência ou equiparação. 
O objeto da arguição é evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder 
Público, o que aqui é a previsão de arguição autônoma. 
Pode-se dizer que as espécies de ADPF são duas: arguição preventiva (evitar lesão) e arguição 
repressiva (reparar lesão). 
Na hipótese da ADPF ser por equivalência ou equiparação será quando for relevante o fundamento 
da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os 
anteriores à Constituição. 
Nessa hipótese, deverá ser demonstrada a divergência jurisdicional, ou seja, a comprovação da 
controvérsia judicial, relevante a aplicação do ato normativo, violador do preceitofundamental. 
Preceito Fundamental 
 
Os preceitos fundamentais englobam os direitos e garantias fundamentais da Constituição, bem 
como os fundamentos e objetivos fundamentais da República, de forma a consagrar maior efetividade às 
previsões constitucionais. 
Legitimados 
 
As partes legitimadas para propor a ADPF serão os legitimados para a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADIN) sendo: a) o Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a 
Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa de Assembleia Legislativa; e) o Governador de Estado; f) a 
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; g) o Governador de 
Estado ou do Distrito Federal; h) o Procurador-Geral da República; i) o Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil; j) partido político com representação no Congresso Nacional; l) confederação 
sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de ADPF ao Procurador-
Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu 
ingresso em juízo. 
Procedimento 
 
Proposta a ação de ADPF perante o Supremo Tribunal Federal, por um dos legitimados, deverá o 
relator sorteado analisar a regularidade formal da petição inicial que deverá conter: a) a indicação do 
preceito fundamental que se considera violado; b) a indicação do ato questionado; c) a prova da 
violação do preceito fundamental; d) o pedido, com suas especificações; e) se for o caso, a comprovação 
da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se 
considera violado. 
A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em 
duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a 
impugnação. 
Indeferimento 
 
Liminarmente, o relator, não sendo o caso de arguição, faltante um dos requisitos apontados, ou 
inepta a inicial, indeferirá a petição inicial, sendo cabível o recurso de Agravo, no prazo de cinco dias, 
para atacar tal decisão. 
Não será admitida ADPF quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade, aqui 
aplica-se o princípio da subsidiariedade em que o condiciona o ajuizamento da ação que para ser 
proposta não deverá existir qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade, o que já está pacificado 
pelo Supremo Tribunal Federal este tema. 
Concessão de Liminar pelo STF 
 
O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir 
pedido de medida liminar na ADPF. 
Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o 
relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. 
O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o 
Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. 
A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de 
processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a 
matéria objeto da ADPF, salvo se decorrentes da coisa julgada. 
Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela 
prática do ato questionado, no prazo de dez dias. 
Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a arguição, 
requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a 
questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e 
autoridade na matéria. 
Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por 
requerimento dos interessados no processo. 
Julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
 
Decorrido o prazo das informações, ou seja, dez dias, o relator lançará o relatório, com cópia a 
todos os ministros, e pedirá dia para julgamento. 
O Ministério Público, nas arguições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco 
dias, após o decurso do prazo para informações. 
A decisão sobre a ADPF somente será Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou 
órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de 
interpretação e aplicação do preceito fundamental. 
O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão 
posteriormente. 
Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte 
dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. 
A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder 
Público. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de ADPF, e tendo em 
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal 
Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir 
que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser 
fixado. 
A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em ADPF é irrecorrível, não podendo 
ser objeto de ação rescisória. 
Cabimento de Reclamação 
 
Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, 
na forma do seu Regimento Interno. 
 
Fonte: artigos 102, 103 da Constituição Federal e artigos 1º ao 13 da Lei 9.868/1999 (Arguição de 
Descumprimento de Preceito Fundamental). 
Conceito 
 
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão - ADO é a ação pertinente para tornar efetiva 
norma constitucional em razão de omissão de qualquer dos Poderes ou de órgão administrativo. 
Como a Constituição Federal possui grande amplitude de temas, algumas normas constitucionais 
necessitam de leis que a regulamentem. A ausência de lei regulamentadora faz com que o dispositivo 
presente na Constituição fique sem produzir efeitos. 
Desta forma, a ADO tem o objetivo de provocar o Judiciário para que seja reconhecida a demora 
na produção da norma regulamentadora. Caso a demora seja de algum dos Poderes, este será 
cientificado de que a norma precisa ser elaborada. Se for atribuída a um órgão administrativo, o 
Supremo Tribunal Federal determinará a elaboração da norma em até 30 dias. 
Previsão Constitucional 
 
A Constituição Federal de 1988 adotou a ação de inconstitucionalidade por omissão em seu art. 
103, § 2°: 
 
§2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em 
se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
 
A Lei 12.063/2009, que acresceu o Capítulo II-A à Lei 9.868/1999, trouxe a disciplina processual 
para a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO. 
Espécies de Omissão 
 
A omissão poderá ser total ou parcial. 
 
A omissão total, quando não houver o cumprimento constitucional do dever de legislar. 
A omissão parcial, quando houver lei integrativa infraconstitucional, porém de forma insuficiente 
 
A inconstitucionalidade por omissão parcial poderá ser parcial propriamente dita ou parcial 
relativa. 
 
Omissão parcial propriamente dita – a lei existe, mas regula de forma deficiente o texto. 
Omissão parcial relativa - surge quando a lei existe e outorga determinado benefício à certa 
categoria mas deixa de concedê-lo a outra, que deveria ter sido contemplada. 
 
Ressalte-se que o Poder Judiciário não tem poder legislativo, portanto não pode aumentar 
vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia (Súmula 339 do Supremo Tribunal 
Federal). 
Procedimentos 
 
Apetição inicial da Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão indicará: 
 
a) a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever 
constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; 
 
b) o pedido, com suas especificações. 
 
A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 
(duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão. 
A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão liminarmente 
indeferidas pelo relator. 
Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. 
Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência. 
Os titulares legitimados poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a 
juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como 
apresentar memoriais. 
O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser 
encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. 
O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 
(quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. 
Medida Cautelar 
 
Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria 
absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22 da Lei n.º 9.868/99 poderá conceder medida 
cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que 
deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. 
A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo 
questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de 
procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. 
O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da República, no prazo de 3 (três) 
dias. 
No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes 
judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na 
forma estabelecida no Regimento do Tribunal. 
Concedida à medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do 
Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 
(dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão 
inconstitucional. 
Decisão 
 
Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, da Lei n.º 
9.868/99 será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. 
Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no 
prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo 
em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido. 
Deve ser proposta como pressuposto para haver a decretação da intervenção federal ou até mesmo 
estadual, pelos Chefes do Executivo, por não terem sido observados alguns princípios essenciais 
estabelecidos pelas Constituições (Federal e Estadual). 
Diz-se, assim, que a ADIN interventiva visa a resguardar os princípios sensíveis: 
 
a) forma republicana; 
b) sistema representativo e regime democrático; 
c) direitos da pessoa; 
d) autonomia municipal; 
e) prestação de contas da administração pública, direta ou indireta; 
f) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e da saúde. 
ADIN Interventiva Federal 
 
O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os princípios 
sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, sendo estes os elencados no artigo 34, VII, isto é, 
quando a lei estadual contrapor-se a: 
 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; 
 
A aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o Supremo 
Tribunal Federal é o detentor da competência para julgá-lo. 
ADIN Interventiva Estadual 
 
Esta, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal desrespeitar os princípios indicados 
na Constituição Estadual e por isso, o Estado necessitar intervir, servindo também como pressuposto 
desta intervenção. A competência para o julgamento desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que 
teve os princípios de sua Constituição desrespeitados, devendo ser proposta pelo Procurador Geral de 
justiça, conforme prevê o artigo 129, IV, da Constituição Federal. 
Por esse critério, a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal fica a cargo de qualquer órgão do Poder Judiciário. Essa inconstitucionalidade da norma legal 
será argida em uma outra ação cujo objetivo seja distinto da inconstitucionalidade, isto é, em outra 
relação jurídica de direito material. 
No controle difuso, o interessado arguirá a inconstitucionalidade da lei e o juiz, a reconhecendo, 
afastará a incidência da norma assim considerada no caso concreto. A repercussão, por isso, é inter 
partes. A norma tida por inconstitucional continuará vigente, exceto para aquele caso concreto. 
O processo em que é arguida a inconstitucionalidade da norma pode, através de recursos, 
especialmente do Recurso Extraordinário disciplinado no art. 102, III da CF, chegar ao Supremo 
Tribunal Federal. Se o STF declarar inconstitucional aquela norma, em decisão definitiva, comunicará 
essa decisão ao Senado Federal que, nos termos do art. 52, X da CF poderá suspender a sua execução. 
Com essa suspensão de execução pelo Senado Federal, aí sim a norma dada por inconstitucional e assim 
declarada no método difuso não mais terá eficácia. A decisão que antes tinha incidência inter partes 
passa a tê-la erga omnes. Essa incidência, entretanto, se dá ex nunc, isto é, a partir da suspensão 
procedida pelo Senado Federal.

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