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Resumo Livro Quadro da Arquitetura no Brasil 2

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FACULDADE ANHANGUERA DE JUNDIAÍ 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DO LIVRO 
“QUADRO DA ARQUITETURA NO BRASIL” 
 
 
 
 
 
 
 
JOAO CLÉBER DOS SANTOS | RA: 336322311448 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2018 
 
 
FACULDADE ANHANGUERA DE JUNDIAÍ 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DO LIVRO 
 “QUADRO DA ARQUITETURA NO BRASIL” 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Atelier de Projetos de Arquitetura do 
curso de Arquitetura e Urbanismo da 
Faculdade Anhanguera de Jundiaí como 
requisito parcial para obtenção de nota do 
1º Semestre, sob a orientação da 
Professora Mariana Abreu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2018 
 
 
 
RESUMO 
 
REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: 
Perspectiva, 2014 
 
 
A obra mostra as mudanças arquitetônicas no Brasil desde o período colonial até 
o desenvolvimento planejado de Brasília. O autor, em muitos pontos, busca relacionar 
a arquitetura implantada no lote e o desenvolvimento do urbanismo. 
O modo de vida dos brasileiros, incluindo seus hábitos e seus comportamentos 
e o desenvolvimento tecnológico, entre outras variáveis de cada período, fica claro o 
reflexo que teve na arquitetura e urbanismo do país. Isto mostra que as mudanças 
históricas modificaram a arquitetura, a forma de implantação, e com consequência o 
urbanismo. Uma das características que chama a atenção no livro são as ilustrações 
que facilitam a compreensão do texto de maneira rápida e clara; entretanto foram pouco 
utilizadas. 
O assunto é abordado de maneira cronológica contando os fatos e as 
modificações arquitetônicas e urbanísticas, sempre destacando os motivos das 
transformações. As construções durante o período colonial ocorrem com a mão de obra 
escrava, com tecnologia precária, sem equipamentos adequados e seguindo tradições 
que garantia a aparência das casas portuguesas. A arquitetura e o lote urbano, seguiam 
padrões rígidos tornando as cidades uniformes e monótonas. As vias públicas eram 
sem calçamento e passeios. As coberturas eram de duas águas e evita-se utilizar 
calhas. Com o passar do tempo os padrões passaram a ser menos rígidos e as 
modificações foram acontecendo aos poucos, como o desenvolvimento da cobertura 
de quatro aguas, a substituição de beiras por calhas ou condutores, além do uso de 
platibandas e a multiplicação de ruas, calçadas e passeios. A separação de classes 
sociais refletida na arquitetura. Pessoas mais importantes tinham suas casas 
construídas de pedra e barro e normalmente viviam nos sobrados com piso de assoalho 
(casas de porão alto e sobrado com porão); pessoas mais pobres viviam em casas 
térreas com piso de chão batido. Raramente se utilizava tijolo ou pedra e cal e as 
técnicas construtivas eram de pau-a-pique, adobe ou taipa de pilão. A distância entre 
as classes sociais perdura e aumenta a cada dia. Mesmo com a decadência da 
 
 
escravidão e o trabalho remunerado, a riqueza está sob o poder de poucas pessoas e 
o domínio que antes acontecia com a escravidão ocorre agora, século XXI, através do 
endividamento e com o desrespeito as condições de trabalho. Ainda hoje a classe 
média tenta copiar as casas dos mais ricos, como aconteceu no século XIX, momento 
em que a arquitetura passou a ser desenvolvida por profissionais e, por influência de 
estrangeiros, houve o incentivo e o desenvolvimento dos bairros jardins. No século atual 
os bairros passam a ser condomínios fechados, com muros altos, criando literalmente 
barreiras e distanciamento maior entre ricos e pobres. 
Com a integração do país no mercado mundial, a abertura dos portos permitiu a 
importação de equipamentos e por consequência a alteração da aparência das 
construções, além do aumento da imigração e o aperfeiçoamento das técnicas 
construtivas. O desenvolvimento da imigração ajudou a difundir a arquitetura 
neoclássica, com tipos mais refinados de construção e aos poucos foi-se abandonando 
as velhas soluções coloniais. Com as mudanças nos códigos, ocorrem mudanças nas 
implantações e dimensões dos lotes. Os recuos das casas passaram a ser mais 
frequentes, com esquemas de implantação afastados dos vizinhos e com jardins 
laterais. A entrada foi transferida para a lateral e a introdução do paisagismo trouxe 
mais arejamento e iluminação. Nota-se o desaparecimento da uniformidade marcante 
do período colonial e o desenvolvimento do Ecletismo, além da introdução da Art 
Nouveau e Neocolonial, movimentos modernistas que trouxeram renovações nas 
formas de implantação. As cidades passaram a ter serviços de agua, redes de esgoto, 
abastecimento, iluminação e transporte coletivo. A melhora na higiene com as 
instalações hidráulicas mudou os costumes e passou-se a instalar banheiros com agua 
corrente nas residências. As casas passaram a ser mais afastada em relação as vias 
públicas e com o desenvolvimento das calçadas, jardins começaram a ser 
incorporados. 
Com o desenvolvimento da indústria aparecerem os arranha céus. Todavia, a 
indústria brasileira ainda era fraca no século XIX, e muitos equipamentos e materiais 
ainda eram importados. O aumento de operários devido a industrialização fez surgir os 
bairros e as vilas operárias para acomodação. As construções eram feitas pelos 
proprietários, amigos e vizinhos, com padrões mínimos de construção e higiene. O 
surgimento das favelas ocorre por conta das dificuldades sociais e econômicas, além 
da rigidez e atraso na formulação dos lotes. Nota-se a despreocupação com aspectos 
 
 
urbanísticos e o distanciamento do progresso entre pequenos centros e grandes 
centros, além da desatualização das vias de transporte. Um dos maiores problemas 
enfrentados pelas grandes cidades atualmente está relacionado as vias de trânsito e 
os meios de transporte. Assim como ocorreu o crescimento, o excesso e a 
concentração populacional, séculos passados, hoje a ineficiência no sistema de 
transporte público, entre outros fatores, contribuem para o excesso de automóveis nas 
vias, responsáveis pelos longos congestionamentos e entre outros problemas. 
O desenvolvimento de uma nova paisagem urbana, como é a cidade de Brasília, 
exigiu a racionalização do sistema viário, sem desconsiderar o pedestre. Com 
propostas renovadoras, através da divisão da cidade em setores, nos mostra uma nova 
perspectiva, sendo exemplo de uma cidade planejada e integradora. Apesar disso, o 
planejamento é permanente, buscando sempre soluções urbanísticas mais avançadas 
e atualizadas, capazes de garantir o mínimo de conforto, seja externamente através 
dos parques e jardins ou internamente com iluminação e ventilação favorável, por 
exemplo, devendo envolver diversos profissionais. 
O desenvolvimento urbano deve ser racional, em que cada área territorial possui 
funções, formando um conjunto de acordo com a finalidade. Seguindo este princípio, o 
autor mostra que deve haver controle das relações entre arquitetura e urbanismo, e o 
fio condutor para a racionalização das estruturas urbanas e o relacionamento entre 
cada elemento ou conjunto é feita através das vias de circulação. Por ser um livro que 
relata fatos, ele continua atual e objetivo para todos aqueles que tenham interesse no 
desenvolvimento e mudanças ocorridas na arquitetura e urbanismo do país. Assim 
como hoje, a dinâmica dos acontecimentos, seja ela política, econômica, 
comportamental e cultural nos mostra que tudo isso tem impacto nas construções 
arquitetônicas e por consequência na infraestrutura urbana. Analisando o passado 
podemos tentar imaginar as tendências para o futuro, buscando, antecipadamente, as 
soluções arquitetônicas e urbanísticas, sempre fazendo a conexão entre as mais 
diversas áreas, como foi feito pelo autor.

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