Nutrição Parenteral e Cuidados de Enfermagem

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1 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 
Nutrição Parenteral 
 
Nutrição parenteral (NP) consiste na 
administração de solução nutricional 
diretamente na circulação sistêmica, 
por via IV, para suprir às 
necessidades nutricionais quando a 
alimentação oral/ enteral não é 
suficiente ou é contraindicada. 
A nutrição parenteral 
parcial fornece somente parte das 
necessidades nutricionais diárias, 
suplementando a ingestão oral. 
Muitos pacientes hospitalizados 
recebem glicose ou soluções de 
aminoácidos por esse método. 
A nutrição parenteral total (NPT) 
supre todas as necessidades 
nutricionais diárias. Pode ser 
utilizada tanto em hospitais como 
em domicílio. Como as soluções de 
NPT são concentradas, pode 
ocorrer trombose das veias 
periféricas, sendo necessário 
acesso venoso central. 
O enfermeiro é o responsável 
pela administração da NP e pela 
prescrição dos cuidados de 
enfermagem em ambientes 
hospitalar, ambulatorial e domiciliar. 
 
É indicada para pacientes que não 
toleram todo o aporte calórico 
proteico calculado pela via oral ou 
enteral, ou para pacientes sob o 
risco de desnutrição que necessitam 
manter-se em jejum por dias 
consecutivos 
A NPT só deve ser indicada para 
pacientes com trato gastrointestinal 
não funcionante ou que apresentam 
distúrbios que requerem repouso 
intestinal, como falência intestinal 
devido: 
− Interferência de doença de 
base em ingestão, digestão 
ou a absorção dos alimentos; 
− Estados hipermetabólicos 
como grandes queimados, 
pacientes sépticos, 
politraumatismo extenso, 
pancreatite aguda, fístulas 
intestinais de alto débito; 
− Falência intestinal devido a: 
Íleo paralítico e mecânico 
(pós-operatório); 
− Trauma; 
− Doença inflamatória 
intestinal; 
− Enterocolite (aids, 
quimioterapia/ radioterapia); 
− Ressecção intestinal 
(síndrome do intestino curto); 
− Câncer gastrointestinal; 
− Pacientes pediátricos 
neonatos; 
− Colite ulcerativa complicada 
ou em período perioperatório; 
− Hemorragia gastrointestinal 
persistente; 
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− Abdome Agudo/Íleo paralítico 
prolongado; 
(COMPÊNDIO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL, 2018; CARVALHO et al., 2014; 
MARCHINNI et al., 1998). 
 
Fase aguda ("fase de refluxo") 
durante as primeiras horas após o 
trauma, cirurgia ou o aparecimento 
de uma infecção grave 
Choque circulatório não resolvido 
Lactato sérico> 3 mmol/l 
Hipóxia (paO2 <7,2) 
Insuficiência cardíaca crônica com 
retenção hídrica (exceto em 
pacientes com evidente má 
absorção e a nutrição enteral 
mostrou-se inefetiva); 
Insuficiência renal crônica sem 
tratamento dialítico (exceto em 
pacientes com perda calórico-
protéica severa ou com severas 
alterações gastrointestinais). 
NP é contraindicada caso o 
paciente possa ser suficientemente 
alimentado por via oral ou enteral, 
por exemplo, através uma sonda 
nasogástrica ou PEG, 
respectivamente. 
(COMPÊNDIO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL, 2018; CARVALHO et al., 2014; 
MARCHINNI et al., 1998). 
 
Pneumotórax; 
Embolia gasosa; 
Cateter obstruído ou deslocado; 
Sepse; 
Hiperglicemia; 
Hipoglicemia de rebote; 
Sobrecarga de líquidos; 
Deficiência de ácidos graxos 
essenciais; 
Distúrbios eletrolíticos; 
 Gastrite; 
Úlcera de estresse; 
 
 3 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 
Periférica: as veias superficiais, 
antecubital e cefálica são as mais 
utilizadas na infusão de soluções 
com baixa osmolaridade; em geral o 
limite aceito é de aproximadamente 
800 mOsm. 
Na via periférica, o aporte oferecido 
é menor em relação às 
necessidades proteico-calóricas 
diárias. Examinar continuamente o 
local da punção, observando sinais 
inflamatórios e trocar o acesso em 
cerca de 72 h para evitar flebite. 
Central: a administração da solução 
de alta osmolaridade é realizada por 
meio de diversos tipos de cateter 
vascular, cuja extremidade distal é 
posicionada na veia cava superior. 
A técnica de passagem do cateter 
deve ser rigorosamente asséptica, 
com paramentação adequada, 
conforme preconizado pela 
instituição. Após a inserção, é 
necessária a confirmação da 
posição do cateter por meio de 
radiografia antes de iniciar a infusão 
O uso de cateter central por 
inserção periférica (PICC) também 
pode ser recomendado. 
 
Alguns diagnósticos relacionados a 
NP: 
Nutrição desequilibrada: menos que 
as necessidades corporais; 
Risco de desequilíbrio eletrolítico; 
Risco de desequilíbrio do volume de 
líquidos; 
Risco de glicemia instável; 
Risco de infecções; 
 
Armazenar a solução sob 
refrigeração, em temperatura entre 
2 e 8°C 
Administrar a solução em 
temperatura ambiente; 
Utilizar técnica asséptica na punção 
do frasco que contém a solução e 
no manejo do cateter venoso; 
O acesso vascular deve ser 
exclusivo para NP, evitar a infusão 
concomitante de medicações ou 
outras soluções pela mesma via; 
Utilizar bomba infusora para 
controlar o fluxo de infusão e 
prevenir sobrecarga de volume e 
alterações metabólicas e 
cardiocirculatórias; 
Controlar a glicemia capilar 
regularmente; a correção da 
hiperglicemia é realizada com 
administração de insulina regular; 
 4 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 
Evitar desconexão do cateter na 
interrupção da infusão pelo risco de 
contaminação da solução e de 
colonização do cateter; 
Se for necessário interromper a 
infusão, substituir por solução de 
glicose a 10% na mesma velocidade 
de infusão para prevenir 
hipoglicemia; 
Atenção para o controle laboratorial 
e clínico diário quanto aos riscos de 
complicações metabólicas 
Na suspeita de eventos adversos, 
interromper imediatamente a 
infusão da solução; coletar amostra 
de sangue para hemocultura e da 
solução para análise laboratorial. 
Referências Bibliográficas: 
Compêndio de nutrição parenteral, 2018. Disponível em: https://www.fresenius-
kabi.com/br/documents/compendio_10_05_2018.pdf 
JORDAN, Caíque; PASSOS, Rômulo. Enfermagem Nutrição. Curso completo 
de enfermagem para concurso. 
KAWAMOTO, Emilia Emi; FORTES, Julia Ikeda. Fundamentos de 
Enfermagem, 3º edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2011. 
Nutrição Parenteral: tudo que você precisa saber. Blog Sanar Saúde. 
Disponível em: https://www.sanarsaude.com/blog/farmacia-farmaceutico-artigo-
nutricao-parenteral 
THOMAS, David R. Nutrição Parenteral Total (NPT). Manual MSD versão para 
profissionais da saúde. 2018. Disponível em: 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-
nutricionais/suporte-nutricional/nutri%C3%A7%C3%A3o-parenteral-total-npt 
 
 
 
 
https://www.fresenius-kabi.com/br/documents/compendio_10_05_2018.pdf
https://www.fresenius-kabi.com/br/documents/compendio_10_05_2018.pdf
https://www.sanarsaude.com/blog/farmacia-farmaceutico-artigo-nutricao-parenteral
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https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/suporte-nutricional/nutri%C3%A7%C3%A3o-parenteral-total-npt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/suporte-nutricional/nutri%C3%A7%C3%A3o-parenteral-total-npt