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FUSÃO - PETROBRÁS E TAG.pdf

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1
14
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
FUSÃO – PETROBRÁS E TAG
VALDIVA MAGALHÃES, RENARIA FREITAS, LUANA COELHO, MAIKO ANDRADE, JORDAN RODRIGUES, ANA KELLY, EDINALVA 
PROF. RAUL ALFONSIN
PALMAS – TO
2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO	2
2. HISTÓRIA PETROBRÁS	3
 2.1. O INÍCIO.....................…………………………………………………………………...…….3
 2.1. TRAJETÓRIA..............……………………………………………………………...…...…….4
 2.3. O PRÉ-SAL………...…………………………………………………………………………...4
 2.4. MARCA…………………...……………………………………………………………………..5
 2.5. PREMIAÇÕES.………………...……………...…………………………………………….....5
 3. HISTÓRIA DA TAG – TRANSPORTADORA ASSOCIADA DE GÁS……………….…………6
 4. A VENDA DA TRANSPORTADORA ASSOCIADA DE GÁS (TAG) S.A…………………......8
 4.1. MOTIVO DE VENDA (FUSÃO)……………………………………………………………….8
 5. VALOR DE VENDA………………………………………………………………………………..11
 6. OBJETIVO DA FUSÃO DA PETROBRAS E TAG……………………………………………..12
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
1. INTRODUÇÃO
A Petróleo Brasil S/A (Petrobras) foi criada no dia 3 de outubro de 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas, tendo como principal objetivo a exploração petrolífera no Brasil em prol da União e a origem da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG) remonta a 2002.
A Petrobras atua nos seguintes segmentos: exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica, bicombustíveis, além de outras fontes energéticas renováveis. 
Neste momento, a Transportadora mantinha uma malha de gasodutos de mais de 6,5 mil quilômetros de extensão, atravessando 12 estados ecobrindo todo o litoral sudeste e nordeste do país. A empresa transportava nada menos que 226,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e garantia o abastecimento de refinarias, usinais termelétricas, fábricas e distribuidoras estaduais. Com isso, era e ainda é a principal garantidora do transporte de uma das principais fontes de energia de nosso país.
A fusão dessas empresas se darem pela conquista destes objetivos é alcançada através da aplicação de uma Gestão Empresarial que prioriza:
• A excelência nos serviços prestados;
• A integridade e segurança de operação no transporte de gás;
• A execução dos projetos nos prazos, qualidade e custos previstos;
• A eficiência e a disciplina de capital na gestão;
• A manutenção da prioridade no crescimento orgânico, mas atento às oportunidades dentro do segmento de transporte de gás.
A operação é a maior já realizada pela Petrobras, no âmbito de seu processo de desinvestimentos. O empreendimento consiste em 4,5 mil quilômetros que ligam as regiões Norte e Nordeste, e integra os planos do governo de quebrar o monopólio da estatal no mercado de gás natural.
2. HISTÓRIA PETROBRÁS
A Petróleo Brasil S/A (Petrobras) foi criada no dia 3 de outubro de 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas, tendo como principal objetivo a exploração petrolífera no Brasil em prol da União, impulsionado pela campanha popular iniciada em 1946, cujo slogan era “o petróleo é nosso”. No dia 3 de outubro de 2013, a empresa completou 60 anos. Consiste numa empresa estatal de economia mista, ou seja, é uma empresa de capital aberto, sendo o Governo do Brasil o acionista majoritário. A Petrobras atua nos seguintes segmentos: exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica, bicombustíveis, além de outras fontes energéticas renováveis. 
As instalações da Petrobras foram concluídas em 1954 e sua sede está localizada na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras refinarias da empresa foram herdadas do Conselho Nacional de Petróleo, sendo a de Materipe, na Bahia, e Cubatão, no estado de São Paulo. A produção de petróleo teve início nesse mesmo ano e supria apenas 1,7% do consumo nacional.
Visando expandir sua produção, a Petrobras criou, em 1968, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes), cujo objetivo era proporcionar aparato tecnológico para a expansão da empresa no cenário petrolífero global. O Cenpes se tornou o maior centro de pesquisa da América Latina, recebendo vários prêmios do setor petrolífero mundial.
A Petrobras deu continuidade aos seus projetos expansionistas, nesse sentido, foi criada, em 1970, a Petrobras Distribuidora, sendo responsável pela comercialização de produtos derivados de petróleo. Os resultados foram satisfatórios, pois a empresa se tornou líder, em 1975, na comercialização de derivados de petróleo, mantendo essa posição até os dias atuais.
Com investimentos em qualificação profissional e aparatos tecnológicos, a Petrobras tem apresentado fortalecimento econômico a cada ano. O processo de ascensão teve início desde a sua criação com as consequentes descobertas de reservas petrolíferas. Entre as principais estão:
1974 – Localizada na costa norte do Rio de Janeiro e sul do estado do Espírito Santo, a Bacia de Campos possui cerca de 100 mil quilômetros quadrados, sendo, até então, a mais importante reserva petrolífera do Brasil. Sua produção é responsável por 80% do petróleo nacional.
1985 – Localizada na Bacia de Campos, o campo de Marlim foi descoberto em janeiro de 1985. Ele está a uma distância de aproximadamente 110 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro.
2.1. O Início
O Conselho Nacional do Petróleo (CNP) iniciou, em 1938, o trabalho de estruturação da exploração de petróleo no Brasil.
No Brasil, um grupo de nacionalistas defendia que a exploração do petróleo fosse monopólio do Estado. Enquanto isso, outro grupo defendia que privados, nacionais ou estrangeiros poderiam explorá-lo.
Nesse contexto é elaborado, em 1948, o Estatuto do Petróleo, cujo objetivo era regularizar a questão da exploração petrolífera considerando a concorrência no ramo.
A comissão que elaborou esse projeto de lei não acreditava na possibilidade de o Estado conseguir manter sozinho a exploração do petróleo.
Os nacionalistas entram em ação ao lançar um movimento popular que teve a frase “O petróleo é nosso” como slogan. Como resultado, anos depois, pela Lei n.º 2004, é criada a Petrobras, cuja fiscalização ficou a cargo do Conselho Nacional do Petróleo.
Em 1997, porém, pela Lei n.º 9478, de 6 de agosto, a Petrobras deixa de deter o monopólio do setor petroleiro do Brasil, mantendo, porém, o seu lugar de maior petrolífera do país.
2.2. Trajetória
Em 1961 é fundada a primeira refinaria da Petrobras, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. É uma das maiores e mais importantes refinarias do Brasil.
Em 1963 é criado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimentos (Cenpes), no Rio de Janeiro. É um dos mais importantes centros de pesquisa aplicada do Mundo.
Em 1968 é construída a primeira plataforma auto-elevatória - a P-I. Ela foi responsável pela primeira descoberta de petróleo no mar do Brasil, mais precisamente em Sergipe.
Em 1971 é fundada a Petrobras Distribuidora, no Rio de Janeiro. É a maior empresa do Brasil na área de distribuição de de petróleo e seus derivados. Está, também, presente na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Paraguai e no Uruguai.
Em 1974 é descoberta a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Tem cerca de 100 mil quilômetros quadrados. Nessa região operam várias plataformas, sendo as principais pertencentes à cidade de Macaé, que é a principal produtora de petróleo no Brasil, por isso recebe, nacional e internacionalmente, o título de Capital Nacional do Petróleo.
Em 2007 é descoberto o Pré-Sal, na Bacia de Santos, no litoral do estado de São Paulo.
2.3. O Pré-Sal
A descoberta de reservas de petróleo localizada por baixo de uma crosta de sal, em águas profundas poderá triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris. Atualmente, a sua produção já corresponde a 20% da produção de petróleo, cuja tendência é crescer substancialmente. Tal crescimentonum reduzido espaço de tempo é um recorde no desempenho da Petrobras. 
Por todo esse processo histórico de evolução, atualmente a Petrobras é a maior empresa da América Latina, a quarta maior empresa petrolífera de capital aberto do planeta e a quarta maior empresa de energia do mundo. Sua atuação expandiu para outros países, estando presente em 27 nações diferentes.
2.4. Marca
Levando em conta o caráter nacionalista, o nome e o logotipo da Petrobras sofreram algumas alterações. O seu primeiro logotipo lembra, em formato e cores, a bandeira do Brasil.
Em 2000, considerando a internacionalização da empresa, foi lançada uma alteração ao nome para Petrobrax. Mas, a insatisfação das pessoas que defendiam que o final do seu nome tinha de manter o bras de Brasil, fez com o que o mesmo se mantivesse.
2.5. Premiações
Ao longo dos anos, a Petrobras tem sido premiada. Citamos alguns prêmios e certificações recebidas pela empresa:
Seis vezes entre as Dez Marcas Brasileiras Mais Valiosas - Ranking da Interbrand.
1.º lugar no setor petroquímico em As Empresas mais Admiradas do Brasil, em 2013, bem como, 8.º lugar em Os 10 Líderes Mais Admirados - Revista Carta Capital.
Melhor Empresa do Setor de Petróleo e Gás, em 2013 - Época Negócios 360.º.
Onze vezes consecutivamente premiado na categoria combustível do Prêmio Folha Top of Mind.
Troféu Transparência 2014 - Associação dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e Serasa Experian.
2.º lugar Empresas dos Sonhos dos Jovens - Cia de Talentos, em parceria com a empresa Nextview People.
5.º lugar em Marca Mais Valiosa do Brasil de 2014 - Ranking promovido pela consultoria BrandAnalytics e pelo instituto inglês Millward Brown.
Líder entre as Maiores Indústrias - Ranking anual Melhores & Maiores 2014, da revista Exame.
Pela sétima vez Melhor Empresa de Petróleo e Gás - Valor 1000 - 14ª edição do Anuário Valor 1000, em 2014.
Nona Maior Companhia de Energia do Mundo - Consultoria IHS Energy 50, em 2014.
Operação Lava Jato
Desde 2014 a Petrobras está envolvida num escândalo de desvio e lavagem de dinheiro, o maior esquema de corrupção da história do Brasil.
O caso, que está sendo investigado pela Polícia Federal, envolve políticos e grandes empreiteiras. Já levou à prisão várias pessoas, incluindo executivos e ex-executivos da Petrobras, bem como à apreensão de uma quantia avultada de dinheiro, bens e armas.
A própria sede da empresa foi objeto de busca e foi quebrado o seu sigilo bancário em algumas operações.
3. HISTÓRIA DA TAG – TRANSPORTADORA ASSOCIADA DE GÁS
A Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG) atua no segmento de transporte de gás natural por meio de gasodutos.
A TAG é proprietária e gestora de importante parcela dos ativos de transporte de gás natural do país, distribuídos entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, dispondo de uma capacidade firme contratada de movimentação de gás natural de 74,67 milhões m³/dia, proporcionando maior confiabilidade e segurança de suprimento a todos os segmentos de mercado.
Com a integração das malhas Nordeste e Sudeste, bem como a ampliação da capacidade e flexibilidade do sistema para a movimentação do gás efluente dos diferentes pontos de oferta, os investimentos estão hoje voltados para a construção de diversos pontos de entrega para atendimento ao crescimento do mercado, assim como para a realização de melhorias das instalações, visando prover um melhor desempenho operacional.
A origem da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG) remonta a 2002, quando sua razão social era Transportadora de Gás Campinas-Cubatão S.A. (TCC). Em 2004, tornou-se Transportadora Amazonense de Gás S.A. (TAG) e, em 2006, a razão social foi alterada para Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG).
Em 30 de janeiro de 2008, a TAG incorporou a Transportadora Nordeste e Sudeste S.A. (TNS) e a Transportadora Capixaba de Gás S.A. (TCG). Em 18 de agosto de 2010, a Transportadora Urucu Manaus S.A. (TUM) e em 30 de janeiro de 2012, a Transportadora Gasene S.A.
Em 11 de junho de 2014, a TAG passou a ser uma empresa controlada diretamente pela Petrobras, mediante a transferência das ações detidas pela Petrobras Gás S.A. – GASPETRO para a Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
Em 15 de dezembro 2014, seguindo recomendação do acionista controlador, a TAG adquiriu a totalidade das ações da Nova Transportadora do Sudeste S.A. – NTS e da Nova Transportadora do Nordeste S.A. – NTN.
Em 04 de abril de 2017, a Petrobras efetuou a operação de venda de 90% das ações da empresa na rede de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a Brookfield.
No dia 08 de abril de 2019, a ENGIE e a CDPQ fizeram a oferta vencedora no processo de aquisição de 90% de participação na TAG. No dia 13 de junho do mesmo ano, houve o pagamento dos valores envolvidos na transação e aquisição de 90% do capital social da empresa pela Aliança Transportadora de Gás Participações S.A., formada pela ENGIE e CDPQ, assumindo o controle da empresa.
Continua em ritmo acelerado o esquartejamento da Petrobras para que seus pedaços sejam entregues aos abutres do mercado financeiro internacional. Se o processo começou com os próprios governos petistas, no segundo mandato de Dilma Rousseff, continuando durante o governo de Michel Temer, o atual presidente Jair Bolsonaro e seu indicado para presidir a estatal, Roberto Castello Branco, não querem deixar por menos. Além de continuar com as vendas que não foram exitosas nos governos anteriores, anunciam planos de privatizações mais rápidos e audaciosos que os seus antecessores.
Sem maiores escrúpulos ou preocupações, Castello Branco, referindo-se às gestões anteriores, afirma que “as pessoas fazem planos e promessas [de privatizações] para três anos depois”. Após lamentar tal lentidão, conclui dizendo: “Precisamos aumentar o retorno para os acionistas rápido”. Esta declaração foi feita em Houston, nos Estados Unidos, onde a mensagem pôde chegar a quem realmente interessa para o atual presidente da empresa.
Poderíamos argumentar sobre o absurdo de um presidente de uma estatal com a envergadura da Petrobras, que definitivamente é um dos instrumentos econômicos e de segurança mais importantes de nosso país, colocando os interesses imediatos de acionistas na frente dos interesses estratégicos mais elementares da nação brasileira. Essa postura, é importante frisar, é crime tipificado em lei: nenhuma empresa estatal com capital aberto para o mercado de ações, como é o caso da Petrobras, pode colocar os interesses dos acionistas na frente dos interesses nacionais. Poderíamos argumentar sobre tudo isso, se confiássemos um tiquinho que fosse no discurso patriótico-de-araque da quadrilha que se acomodou no governo federal – ao contrário, não temos dúvidas de que se trata de um ajuntado de vassalos da pior espécie.
Se não esperamos nada do governo ou do suposto “Estado democrático de direito” brasileiro, resta-nos a tarefa de tentar denunciar, para o conjunto de nosso povo, sobre o crime que está sendo cometido em plena luz do dia; crime apresentado diuturnamente pelos grandes monopólios midiáticos como forma de “combater a corrupção” ou “melhorar a eficiência do Estado” e louvado em nome da “liberdade de mercado”. Quando toda esta liberdade se revela como a liberdade para um pequeno grupo de empresários monopolizar as riquezas nacionais – portanto, atuar de modo a suprimir ou controlar a concorrência em seu favor –, revela-se também o cinismo, a hipocrisia e o crime de todos os envolvidos neste terrível esquartejamento.
4. A venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) S.A.
4.1. Motivo da venda (fusão)
Criada em 3 de dezembro de 2006 a partir da fusão de várias transportadoras regionais ligadas de alguma forma às operações de Petrobras, a Transportadora Associada de Gás (TAG) S.A. foi uma solução encontrada para garantir a segurança da distribuição de energia no país. Mesmo com todas suas limitações, estabeleceu-se como instrumentofundamental do sistema de companhia de energia integrada que se tornava a Petrobras. Foi neste sentido que, em 2014, a gestão da subsidiária Gaspetro decidiu reduzir suas participações na TAG e transferir suas ações para a Petrobras, que passou a controla-la.
Neste momento, a Transportadora mantinha uma malha de gasodutos de mais de 6,5 mil quilômetros de extensão, atravessando 12 estados ecobrindo todo o litoral sudeste e nordeste do país. A empresa transportava nada menos que 226,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e garantia o abastecimento de refinarias, usinais termelétricas, fábricas e distribuidoras estaduais. Com isso, era e ainda é a principal garantidora do transporte de uma das principais fontes de energia de nosso país.
Em 2016, parte deste patrimônio já começou a ser entregue ao capital privado. A Nova Transportadora do Sudeste (NTS), dona e operadora de mais de 2,5 mil quilômetros de gasodutos na região mais lucrativa e estratégica do país, foi vendida por míseros US$ 5 bilhões para o fundo de investimentos canadense Brookfield [2]. Como este fundo já possuía inserção no ramo de energia em nosso país, a tão propagada liberalização do setor a partir da abertura para as privatizações, ameaça criar outro monopólio: desta vez um monopólio privado e controlado por estrangeiros (em geral, norte-americanos e europeus).
A lista de propriedades da Brookfield em nosso país é longa e inclui, entre outras coisas: “41 hidrelétricas, cinco parques eólicos e três usinas de geração de energia a partir da biomassa, além de linhas de transmissão, portos, ferrovias, milhares de hectares de terras e florestas, edifícios comerciais e residenciais e seis shopping centers (...)”. Ainda que apresentem uma receita líquida de mais de R$ 15 bilhões em 2017, atuando em 20 estados brasileiros, empregam apenas 20 mil pessoas – uma média de mil pessoas por estado. A maioria de seus investimentos se concentra na especulação imobiliária e no controle de infraestrutura básica.
A falta de lógica envolvida nesta venda pode ser rapidamente ilustrada pelos dados: apesar de ter pago apenas US$ 5 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) pela NTS em 2016, vemos que o valor de ativos geridos pela Brookfield aumentou de R$ 43,3 para 77 bilhões: um aumento de R$ 34 bilhões, 14 bilhões a mais do que investiram comprando a transportadora brasileira. Ainda que tenham feito uma outra compra no valor de US$ 1 bilhão no mesmo ano, o aumento de valor dos ativos permanece sem explicação se não considerarmos a desvalorização voluntária da empresa que a Petrobras estava vendendo. Não é à toa que a Brookfield recebeu da revista Euromoney o prêmio de “melhor negócio no setor de transporte de óleo e gás” por esta compra [3].
Outro ponto a ser considerado sobre a venda da NTS, que também se aplica integralmente ao caso da TAG como um todo, é o fato de que a Petrobras é dependente de suas malhas de gasodutos para escoar todo o gás que ela extrai, incluso o enorme e valioso montante extraído do pré-sal. Este setor tende ao monopólio, dado os enormes investimentos que exige, a íntima relação com a segurança energética do país e a complexidade da instalação das redes de gasodutos (sendo que a própria geografia não permite que haja uma grande variedade de caminhos e opções de construção de malhas). As malhas da NTS e da TAG simplesmente não podem ser substituídas da noite para o dia e a Petrobras precisa delas.
É por isso que desde a venda da NTS em 2016, a estatal é obrigada a pagar taxas para transportar o seu gás pelos gasodutos que ela continua operando e que controlava anos antes.
O absurdo do cínico do crime fica evidente quando, em um relatório da administração da própria Petrobras, em 2017, admitiu que em menos de dois anos os custos com tarifas pagas para a Brookfield já haviam alcançado o “faturamento” de US$ 5 bilhões que os canadenses haviam pagado para a estatal [4]. Todo este lucro que jorrou nas contas dos investidores e acionistas canadenses por conta destas tarifas não lhes exigiu 1 centavo a mais de investimentos: não houve nem a modernização dos gasodutos nem a construção de novos.
Mas a hipocrisia dos defensores das privatizações, entretanto, não possui limites: querem repetir o mesmo crime com a TAG, que ainda mantém uma malha de mais 4 mil quilômetros, cada um deles absolutamente indispensáveis para a manutenção do caráter estratégico da Petrobras.
Novamente, é um fundo de investimentos canadense, o Caisse de Dépôt et Placementdu Québec (CDPQ), em conjunto com o monopólio franco-belga Engie, que fizeram as ofertas que tendem a arrebatar os gasodutos brasileiros. Os “gestores” indicados pelo governo de Jair Bolsonaro para entregar a Petrobras estimam arrecadar míseros US$ 8,6 bilhões com o negócio. Outra mixaria que será devolvida pela Petrobras aos compradores estrangeiros com poucos anos de pagamentos obrigatórios de tarifas pelo uso dos gasodutos.
Mas não há insanidade ou estupidez alguma na gestão privatizante conduzida pelo governo Bolsonaro na Petrobras. Ela é parte de um programa de governo consciente e claro para quem quiser ver: trata-se do projeto de entrega das riquezas naturais e da infraestrutura brasileira para o capital privado, especialmente aos monopólios estrangeiros. Este é um governo que nos foi imposto para garantir que a rapina continue e se aprofunde com todas as garantias (incluso a repressão da resistência popular) e facilidades possíveis aos agentes imperialistas. E como se não bastasse a subserviência patente deste governo, os grupos interessados no assalto aos gasodutos brasileiros dispuseram alguns milhões de reais para pagar um poderoso lobby para garantir seus interesses junto ao Estado brasileiro, conforme demonstrado no brilhante texto do blog do Roberto Moraes [5].
O povo brasileiro não tem nada a ganhar entregando de bandeja suas principais riquezas naturais e sua infraestrutura estratégica para um punhado de estrangeiros famintos de lucros rápidos e fáceis. A venda de qualquer subsidiária da Petrobras é um crime contra o povo brasileiro e um ataque ao futuro dos trabalhadores de nosso país e só poderá ser defendida em um processo de luta que ultrapassa em muito as formas institucionais tradicionais. Essas lutas, inevitavelmente, virão.
5. VALOR DE VENDA
A operação de venda de 90% das ações da Transportadora Associada de Gás S.A (TAG), subsidiária Petrobras, para o consórcio formado pela franco belga Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placementdu Québec (CDPQ) foi concluída nesta quinta-feira (13/6), com o pagamento de R$ 33,5 bilhões, informaram as companhias. Comunicados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por Petrobras e por Engie Brasil Energia explicam que, do valor total da transação, aproximadamente R$ 2 bilhões foram destinados à liquidação da dívida da TAG com o BNDES.
"A Petrobras continuará a utilizar os serviços de transporte de gás natural prestados pela TAG, por meio dos contratos já vigentes entre as duas companhias, sem qualquer impacto em suas operações e na entrega de gás natural para seus clientes", informou a estatal.
A operação é a maior já realizada pela Petrobras, no âmbito de seu processo de desinvestimentos. O empreendimento consiste em 4,5 mil quilômetros que ligam as regiões Norte e Nordeste, e integra os planos do governo de quebrar o monopólio da estatal no mercado de gás natural.
O fechamento do negócio era inicialmente esperado para meados de maio, ficou suspenso enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) julgava a necessidade de aprovação do Congresso para a privatização de estatais e suas subsidiárias. Com a decisão do plenário do STF de que operações de venda ou perda de controle acionário de subsidiárias não precisam do aval dos parlamentares, mas somente a chamada 'empresa-mãe', a venda foi destravada.
Antes da decisão da Suprema Corte, o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bahr, já havia indicado que a companhia estava pronta para concluir o negócio assim que houvesse uma definição. A aquisição foifinanciada por meio de títulos e dívidas e foi estruturada através de dez parceiros financeiros. A Petrobras, vendedora da transportadora de gás, permanece com uma participação de 10% na companhia.
6. OBJETIVO DA FUSÃO DA PETROBRÁS E TAG
Os principais objetivos do corpo gestor da TAG são: proporcionar uma geração de caixa estável e remunerar os acionistas, através de uma gestão que privilegia a operação com confiabilidade e segurança dos seus bens e colaboradores, e observando o Programa de Integridade Operacional do Sistema Petrobras.
A conquista destes objetivos é alcançada através da aplicação de uma Gestão Empresarial que prioriza:
• A excelência nos serviços prestados;
• A integridade e segurança de operação no transporte de gás;
• A execução dos projetos nos prazos, qualidade e custos previstos;
• A eficiência e a disciplina de capital na gestão;
• A manutenção da prioridade no crescimento orgânico, mas atento às oportunidades dentro do segmento de transporte de gás; e
• As melhores práticas de Recursos Humanos.
No exercício social de 2018, a TAG apresentou faturamento bruto de R$ 5.969 milhões, EBITDA da ordem de R$ 4.714 milhões e Ativo Imobilizado totalizando R$ 12.716 milhões, consolidando-se na posição de maior transportadora de gás natural do Brasil e uma das maiores empresas do Sistema Petrobras, em termos de Receita e Resultado Operacionais.
Visando a excelência em custos e a eficiência administrativa e operacional, a TAG conta com um corpo funcional reduzido, composto por gerentes e coordenadores com reconhecida experiência em suas áreas de atuação, além de manter contrato próprio de suporte às atividades administrativas. Além disso, a TAG utiliza a estrutura do Sistema Petrobras, por intermédio de contrato de compartilhamento de custos e despesas, abrangendo processos tais como: contabilidade, tributário, execução financeira, infraestrutura, tecnologia da informação e despacho aduaneiro.
A Companhia utiliza o Sistema Integrado de Gestão Empresarial, através de uma ferramenta reconhecida no mercado como modelo para integração de processos e gestão de dados.
Em consonância com as iniciativas do Sistema Petrobras para aprimorar a governança, a TAG vem implementando um conjunto de ações com foco na melhoria de seus controles internos e padrões.
A operação e a manutenção dos dutos de transporte da TAG são efetuadas pela Petrobras Transporte S.A.
(TRANSPETRO) – contratada pela TAG para operar sua infraestrutura operacional (inclusive as unidades de compressão próprias) e promover a movimentação e entrega do gás natural, além de empresas contratadas para prestação de serviço de compressão de gás natural.
Por meio do sistema BDEMQ GAS (Banco de Dados de Estoque, Movimentação e Qualidade) é realizado o acompanhamento e certificação dos volumes movimentados diariamente.
Em complemento ao sistema BDEMQ GAS, o sistema SAGa (Sistema de Alocação de Gás) permite a distribuição dos volumes entre os diversos pontos de recepção e pontos de entrega de gás, proporcionando maior controle operacional e agilidade no faturamento.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://petrobras.com.br/pt/quem-somos/trajetoria/
https://www.todamateria.com.br/historia-da-petrobras/
www.correiobraziliense.com.br › noticia › internas_economia,762697
ntag.com.br

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