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BIOSSEGURANÇA- TIPOS DE RISCOS

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DEFINIÇÃO
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
TIPOS DE RISCO
1. Riscos de Acidentes
2. Riscos Ergonômicos
3. Riscos Físicos
4. Riscos Químicos
5. Riscos Biológicos
1. RISCOS DE ACIDENTES
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
2. RISCOS ERGONÔMICOS
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho".
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc.
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.
Risco Ergonômico - Síndrome de Burnout
Descrição
A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.
Estágios
São doze os estágios de Burnout:
· Necessidade de se afirmar
· Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
· Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
· Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
· Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
· Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
· Recolhimento;
· Mudanças evidentes de comportamento;
· Despersonalização;
· Vazio interior;
· Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
· E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
Sintomas
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional. O professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de "Burnout" em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais depressivos; a terceira desenvolve um transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.
Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação, mas alguns consideram que trabalhadores com determinados traços de personalidade (especialmente de neuroses) são mais suscetíveis a adquirir a síndrome. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).
Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout. Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.
Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com altos níveis de stress podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais de stress. Taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout)
A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividadeé considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas conseqüências bastante sérias.
De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicólogos, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações.
Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Entretanto, pessoalmente, julgamos que essa Síndrome de Burnout seria a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho.
A Síndrome de Burnout em Professores
A burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor.
Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:
· Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
· Atitude e comportamento dos administradores;
· Avaliação dos administradores e supervisores;
· Atitude e comportamento de outros professores e profissionais;
· Carga de trabalho excessiva;
· Oportunidades de carreira pouco interessantes;
· Baixo status da profissão de professor;
· Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
· Alunos barulhentos
· Lidar com os pais.
Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:
· Sentimento de exaustão;
· Sentimento de frustração;
· Sentimento de incapacidade;
· Carregar o estresse para casa;
· Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
· Irritabilidade. 
As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:
· Realizar atividades de relaxamento;
· Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
· Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios;
· Discutir os problemas com colegas de profissão;
· Tirar o dia de folga;
 
Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.
Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:
· Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
· Prover os professores com cursos e workshops;
· Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
· Dar mais assistência;
· Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
· Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.
Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito esmero.
 
 
 
Referências
A review and integration of research on job burnout. Cordes, C. e Dougherty, T. (1993). Academy of Management Review, 18, 621-656. Citado em O'Driscoll, M.P. e Cooper, C.L. (1996).
Sources of Management of Excessive Job Stress and Burnout. em P. Warr Ed.), Psychology at Work Quarta edição. Penguin.
Tailoring treatment strategies for different types of burnout. Farber, B. A. (1998). Artigo apresentado na 106a. convenção anual da American Psychological Association em São Francisco, California
Staff burnout. Freudenberger, H. J. (1974). Journal of Social Issues, 30(1), 159-165.
Authentic leaders creating healthy work environments for nursing practice. Shirey MR. American Journal of Critical Care May 2006. Vol. 15, Iss. 3; p. 256
Taming burnout's flame. Krista Gregoria Lussier. Nursing Management Chicago: Apr 2006. Vol. 37, Iss. 4; p. 14
A Scientific Solution To Librarian Burnout. Craig S. Shaw. New Library World Year 1992 Volume: 93 Number: 5
Stress and Burnout in Library Service. Caputo, Janette S.Phoenix, AZ: Oryx Press, 1991.
An assessment of burnout in academic librarians in America using the Maslach Burnout Inventory. (the MBI) Ray, Bernice, Ph.D., Rutgers. The State University of New Jersey - New Brunswick, 2002, 90 páginas; AAT 3066762
How to conduct research on burnout: advantages and disadvantages of a unidimensional approach in burnout research. Brenninkmeijer V; VanYperen N. Occup Environ Med. 2003; 60 Suppl 1:i16-20
Personal life events and medical student burnout: a multicenter study. Dyrbye LN; Thomas MR; Huntington JL; Lawson KL; Novotny PJ; Sloan JA; Shanafelt TD. Acad Med. 2006; 81(4):374-84
Burnout e controle sobre o trabalho em enfermagem - resultados. Sá, L. O. Enfermagem Oncológica 2006, 34, 15-24.
 
 
 
 
 
3. RISCOS FÍSICOS
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e ponteagudos, etc.
Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
O ruído age diretamente sobreo sistema nervoso, ocasionando:
- fadiga nervosa;
- alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
- hipertensão;
- modificação do ritmo cardíaco;
- modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
- modificação do ritmo respiratório;
- perturbações gastrointestinais;
- diminuição da visão noturna;
- dificuldade na percepção de cores.
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:
– Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.
– Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
– Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.
– Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.
– Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
Vibrações
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Conseqüências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
Radiações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
 
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
Medida médica: exames periódicos.
 Temperaturas Extremas
CALOR - Efeitos:
- desidratação;
 - erupção da pele;
 - câimbras;
 - fadiga física;
 - distúrbios psiconeuróticos;
 - problemas cardiocirculatórios;
 - insolação.
FRIO - Efeitos:
- feridas;
- rachaduras e necrose na pele;
- enregelamento: ficar congelado;
- agravamento de doenças reumáticas;
- predisposição para acidentes;
- predisposição para doenças das vias respiratória
CUIDADOS EM TEMPERATURAS EXTREMAS:
 - proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
 - proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio).
Pressões Anormais
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.
– Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.
– Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).
4. RISCOS QUÍMICOS
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Movimento do produto químico no organismo:
Absorção - é a seqüência à penetração do agente químico no organismo e sua passagem ao sistema circulatório.
Distribuição - o agente percorre, pela corrente sangüínea, os órgãos do corpo.
Fixação ou acumulação - armazenamento do agente nos tecidos dos órgãos onde ele exerça, ou não, atuação.
Eliminação - saída do agente químico do organismo.
Rotulagem de substâncias químicas:
ü O rótulo deve conter a identificação completa do produto químico (nome, fórmula, concentração, etc.) e riscos que apresenta: símbolo e palavra indicativa de risco (corrosivo, tóxico, explosivo, inflamável, irritante, nocivo), palavras convencionais de advertência (perigo, cuidado, atenção) e frases convencionais de medidas preventivas quanto ao risco (mantenha afastado do calor, perigo se inalado, etc.)
ü Quando um produto for acondicionado fora de sua embalagem original, deverá ser identificado através dos seguintes dados mínimos:
– nome do produto e concentração
– data do envasamento ou diluição
– identificação dos riscos
Um sistema de classificação de substâncias químicas quanto às respectivas periculosidade ou nocividade é um importante mecanismo para o estabelecimento de prioridades de avaliação, tratamento e comunicação de riscos.
No contexto de classificação de substâncias perigosas, o perigo esta relacionado com a capacidade de uma substância de causar danos e o grau dessa capacidade depende de suas propriedades intrínsecas.
Sistema de classificação de substâncias químicas quanto a periculosidade ou nocividade:– Estabelece critérios e procedimentos para classificar as substâncias ou misturas em classes de perigos / escalas de gradação da periculosidade e mecanismos de comunicação de perigos / riscos.
– Não se aplica a substâncias ou produtos cuja exposição é intencional (ex. alimentos, remédios, cosméticos)
– Não existe “substância não perigosa”. Existe substância não classificada de acordo com os critérios adotados. Para elas usa-se regras gerais de prevenção e não é necessário cuidados especiais nem comunicação de perigos (rotulagem, fichas de segurança, etc
Classes de perigos – Substâncias ou misturas:
Inflamáveis
São substâncias que podem pegar fogo na presença de uma fonte de ignição (chama, faísca, eletricidade estática, etc.)
Podem ser:
• Facilmente Inflamável
CLASSIFICAÇÃO: Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a 21ºC, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da umidade.
PRECAUÇÃO: evitar contato como ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e manter afastadas de fontes de ignição.
• Extremamente Inflamável
CLASSIFICAÇÃO: Líquidos com ponto de inflamação inferior a 0ºC e o ponto máximo de ebulição 35ºC; gases, misturas de gases (que estão presentes em forma líquida) que com ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente.
PRECAUÇÕES: manter longe de chamas abertas e fontes de ignição.
Explosivo
São substâncias ou misturas que apresentam riscos de explosão sob o efeito de uma chama, do calor, de um golpe ou fricção.
Exemplos:
− TNT - trinitrotolueno
− Ácido pícrico
− Nitrocelulose
− Pólvora negra
− Pólvora branca
PRECAUÇÕES: evitar atrito, choque, formação de faísca e ação do calor.
 
Comburente ou Oxidante
São substâncias que, em caso de incêndio, aumentam a violência da reação e favorecem a propagação rápida do fogo. Podem provocar incêndios espontâneos quando em contato com materiais combustíveis. O incêndio pode ser favorecido e dificultado a sua extinção.
Exemplos:
− Oxigênio
− Ácido nítrico
− Água oxigenada concentrada (ex. 30 vol)
PRECAUÇÕES: evitar qualquer contato com substâncias combustíveis.
Corrosivo
Produtos químicos que destroem o tecido vivo, bem como vestuário, por contato. Exemplo: Ácido Sulfúrico Concentrado
PRECAUÇÕES: não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário.
Nocivas ou perigosas para o meio ambiente
Podem causar danos à flora, fauna, população humana ou degradar o ambiente quando lançados no ar, solo ou águas.
Exemplos:
− Solventes clorados
− CFCs
− ácidos fortes
− cianeto de sódio.
Tóxicas e muito tóxicas
Podem provocar danos graves à saúde ou provocar a morte.
Inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos a saúde
Muito tóxicas são substâncias que, mesmo em doses muito pequenas, podem provocar danos graves ou mesmo a morte. Exemplo: trióxido de arsênico.
Exemplos - tóxicas:
− metanol
− amoníaco
− benzeno.
PRECAUÇÕES: evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
 
Nocivas
São substâncias que podem causar danos à saúde mas em geral não provocam danos sérios imediatos. Somente em doses muito altas podem provocar a morte. (o que é difícil no ambiente de trabalho).
A exposição repetida e prolongada pode provocar danos sérios à saúde.
Exemplos: Tolueno e outros solventes
PRECAUÇÕES: evitar qualquer contato com o corpo humano, observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Segurança na manipulação de produtos químicos- Não fumar, comer, beber ou aplicar maquiagem nos locais onde se manipulam substâncias químicas.
- Nunca pipetar com a boca.
- Não se utilizar do olfato para identificar produtos químicos.
- Não deixar os frascos de produtos voláteis abertos.
- Usar as capelas de exaustão, as câmaras de fluxo laminar e outros equipamentos de proteção coletiva sempre que a natureza dos reagentes ou produtos químicos assim o exijam.
- Usar os equipamentos de proteção individual quando os meios de proteção coletiva não forem suficientes para reduzir a exposição ocupacional aos níveis desejados: luvas, máscaras, óculos, roupa protetora, etc.
- Identificar os rejeitos produzidos.
- Cuidar para que não ocorra a mistura de produtos incompatíveis durante a lavagem de vidrarias;
- Cuidar para não misturar substâncias incompatíveis durante a segregação de resíduos para descarte;
- Antes de realizar uma reação química com produtos desconhecidos consultar a lista de substâncias incompatíveis e fazer um experimento com quantidades reduzidas e condições adicionais de segurança.
5. RISCOS BIOLÓGICOS
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros.
Classificação de risco biológico:
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios:
– Patogenicidade para o homem.
– Virulência.
– Modos de transmissão
– Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.
– Disponibilidade de tratamento eficaz.
– Endemicidade.
Classe de risco 1
O risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo, ou seja, são agentes biológicos que têm baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
Exemplo: Bacillus subtilis
Classe de risco 2
O risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. São agentes biológicos que podem provocar infecções, porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, sendo o risco de propagação limitado. Exemplos: Vírus da Febre Amarela e Schistosoma mansoni.
Classe de risco 3
O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. O patógeno pode provocar infecções no homem e nos animais graves, podendo se propagar de indivíduo para indivíduo, porém existem medidas terapêuticas e de profilaxia. Exemplos: Vírus da Encefalite Equina Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis.
Classe de risco 4
O risco individual e para a comunidade é elevado. São agentes biológicos que representam sério risco para o homem e para os animais, sendo altamente patogênicos, de fácil propagação, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplos: Vírus Marburg e Vírus Ebola.
• Resumindo...
– NB 1- Agentes que não causam doenças
– NB 2- Agentes associados a doenças humanas
 (profilaxia e terapia eficientes)
– NB 3- Agentes exóticos associados à doenças humanas com 
 potencial para transmissão via aerossol
 (profilaxia e terapias limitadas)
– NB 4- Agentes letais (humanos/ambiente)
 (sem profilaxia ou terapia)

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