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1 PROTOCOLO MEDICAMENTOSO EM ODONTOPEDIATRIA Drug Protocol in Pediatric Dentistry Fonseca, ACR¹; Siqueira GC 1; Carneiro, PMRC 2 ; Cardoso, NMM 3. ¹ Aluna do Curso de Odontologia da FACSETE, Sete Lagoas, MG, Brasil. 1 Aluna do Curso de Odontologia da FACSETE, Sete Lagoas, MG, Brasil. 2 Professora do Curso de Odontologia da FACSETE, Sete Lagoas, MG, Brasil. 3 Consultora Científica e Clínica, Lumi Dental, Helsinque, Finlândia. Resumo: O presente estudo tem como finalidade orientar e amenizar, algumas dificuldades encontradas pelos acadêmicos da Faculdade de Sete Lagoas, em relação à prescrição dos principais medicamentos utilizados na clínica Odontopediátrica; assim como, esclarecer as dúvidas em relação às prescrições das classes medicamentosas dos analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e ansiolíticos para pacientes pediátricos. Os medicamentos mais comumente prescritos em Odontopediatria serão classificados especificamente em nome genérico (princípio ativo), nome comercial, posologia e intervalo de dose. Esta revisão de literatura foi realizada por meio da busca de artigos científicos publicados no PubMed. Os descritores utilizados foram “protocolo”, “medicamento” e “odontopediatria”. Utilizou-se como critério de inclusão: artigos originais, publicados em diversos periódicos e escritos em português e inglês. Portanto, este protocolo apresenta o propósito de auxiliar estudantes na compreensão da prescrição medicamentosa em Odontopediatria e desenvolver a melhor formulação de receitas dos mesmos, para cada situação específica. Palavras-chave: ‘’protocolo’’, ‘’medicamento’’, ‘’odontopediatria’’, ‘’posologia’’. Abstract: This study aims to guide and alleviate some of the difficulties encountered by the students of Seven Lakes College in relation to the prescription of the main drugs prescribed in the Dental Pediatric Clinic; as well as to clarify the doubts regarding the prescriptions of the drug classes of painkillers, antibiotics, 2 anti-inflammatories and anxiolytics for pediatric patients. The most commonly prescribed medications in Pediatric Dentistry will be classified specifically in generic name (active ingredient), commercial name, dosage and dose interval. This systematic review was performed by searching for scientific articles published in PubMed. The descriptors used were "protocol", "medication" and "pediatric odontopediatrics". The inclusion criteria used were: original articles published in several journals and written in Portuguese and English. Therefore, this protocol has the purpose of helping students to understand the drug prescription in pediatric dentistry and to develop the best formulation of prescriptions for each specific situation. Keywords: ''protocol'', ''medication'', ''pediatric dentistry'', ''posology''. 3 INTRODUÇÃO Na Odontologia são prescritos medicamentos para crianças com a finalidade de controle de dor, inflamações e infecções, em diversas situações clínicas. Considerando que, a prescrição medicamentosa em crianças e adultos se difere, a correta dosagem nos pacientes infantis mostra-se de extrema importância. Sabe-se que, diversas vezes, o profissional e estudante da área odontológica apresentam dificuldades em prescrever medicamentos, tais como, analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e ansiolíticos para pacientes pediátricos. Diante desta realidade, este estudo sugere a elaboração de um protocolo medicamentoso, podendo ser aplicado pelos cirurgiões dentistas e graduandos, com a finalidade de orientar a prescrição destes fármacos. Dessa forma, espera- se diminuir as dificuldades encontradas, quanto à correta escolha medicamentosa e adequada posologia para o paciente infantil, considerando a necessidade e/ou individualidade de cada paciente. É fundamental que seja selecionada a melhor forma de administração e esquema posológico do medicamento proposto, para que ocorra uma efetividade no tratamento dos fármacos em Odontopediatria. Assim como, é indispensável, uma maior atenção para pacientes com um histórico de hipersensibilidade a determinados fármacos; ressalta-se, portanto, que este relato é repassado pelo responsável da criança para o profissional, durante uma detalhada anamnese. Devido à evolução ao passar dos anos, é notável o aumento de medicamentos prescritos na Odontopediatria. Portanto, foi realizada uma revisão de literatura acerca da importância de cada classe medicamentosa para estes pacientes. As principais classes medicamentosas são: analgésicos, antibióticos, anti- inflamatórios e ansiolíticos. Diante disto, o presente trabalho sugere um protocolo, a ser utilizado na Clínica de Odontopediatria da FACSETE, baseado nos medicamentos mais utilizados no cotidiano clínico desta especialidade; sendo, portanto listada pela opção de escolha mais adequada, seguindo os critérios de sua farmacologia. 4 ESTRATÉGIAS DE PESQUISA A revisão sistemática foi realizada com artigos científicos selecionados na base de dados eletrônica PubMed. Os descritores utilizados na busca foram “protocolo”, “medicamento” e “odontopediatria”. O operador lógico “AND” foi utilizado para combinação dos descritores para rastreamento das publicações. Não foi estipulados data de publicação, em qualquer idioma, sites acadêmicos, Os critérios de inclusão e exclusão são apresentados na tabela 01. A busca, seleção e leitura dos artigos foram realizadas independentemente por duas pesquisadoras. Efetuou-se uma análise inicial para escolha dos artigos a serem incluídos com base no título e resumo daqueles encontrados na busca. Tabela 01: Critérios de inclusão e exclusão definidos no estudo. Critérios de inclusão Critérios de exclusão Artigos escritos em qualquer idioma. Cartas ao editor, Relatos de caso, Imagem. Artigos publicados em qualquer periódico Artigos que não completavam o escopo do estudo Artigos originais Disponibilidade de texto completo 5 Revisão de Literatura Discutida O protocolo medicamentoso tem a função de orientar a prescrição de várias classes de medicamentos, em diversas situações encontradas na clínica odontológica, buscando diminuir erros nas posologias e prescrições para os pacientes. Em Odontopediatria a forma de prescrição mais segura e conveniente recomendada é a via oral, podendo ser indicada para crianças de 0 a 12 anos na forma líquida, sendo em gotas, xarope ou suspensão, devido à praticidade e maior aceitação para a criança e/ou adolescentes. Optando-se por fármacos que sejam apresentados em suspensão ou gotas, apresentando uma facilidade ao acerto da dose indicada e atingindo uma melhor aceitação pela criança. Vale advertir que, na maioria das drogas na forma líquida apresenta um alto teor de açúcar, favorecendo na facilidade da criança em adquiri-lo. Porém, devido ao alto nível de sacarose a probabilidade de surgir uma cárie é alta, sendo assim, recomenda-se ao responsável a necessidade de uma boa higiene bucal da criança após o uso do medicamento 1. Mesmo que existam fórmulas posológicas adaptadas do adulto, é importante ressaltar que para a administração de medicamentos para pacientes pediátricos, deve seguir à dose estabelecida conforme o peso corpóreo do paciente, na qual terá uma maior eficiência de prescrição e proporção. Nos casos de crianças com o peso superior a 30 quilogramas (kg), já é recomendado à administração igual a doses de adulto1. Segundo Guedes-Pinto, Bönecker e Rodrigues2 a quantidade de medicamentos a ser transferido ao paciente, deve ser calculada através do seu peso corporal. Porém, é comum os responsáveis não relatar o peso da criança. Com isso, Estrela3, Andrade4 e Guedes-Pinto5 afirmam que,quando o responsável não reconhece a situação corporal do paciente, devemos utilizar um cálculo dando assim, uma proximidade do peso da criança, através da fórmula para os pacientes até 10 anos: Peso (kg) = idade x 2 + 9 Por exemplo, criança com 8 anos: Peso = (8 x 2) + 9 = 25 kg 6 Assim como citado acima, a melhor forma de administração medicamentosa para Odontopediatria será a forma líquida e a sua indicação deve ser escrita em mililitros (ml), porém as formulações/ apresentação dos medicamentos são em mg/ml, podendo assim, causar dúvidas ao profissional ou estudante que irá escrever a receita. Frente a dúvida, encontra-se na literatura fórmulas capazes de facilitar a exata quantidade de miligramas (mg) ou mililitros (ml) ideal para o paciente. Podendo utilizar as fórmulas de Clark, Young e Law. Guedes-Pinto, Bönecker e Rodrigues2 afirmaram a necessidade de aplicar duas regras de três. Por exemplo, Amoxicilina 125 mg/5 ml a cada oito horas para um paciente de 20 kg. Sabendo-se que esta medicação pode ser prescrita na posologia de 40 mg/kg/dia, ou seja, em três tomadas diárias, serão 13,3 mg/kg a dose6. a) 13,3 mg – 1 kg x mg – 20 kg Resolvendo a regra de três, encontramos para x = 266,6 mg. O paciente precisa tomar 266,6 mg a cada oito horas, no entanto, fornecemos para a criança um medicamento líquido, e mais uma conta deverá ser feita. b) 125 mg – 5 ml 266 mg – y ml Resolvendo a regra de três, encontramos para y = 10,6 ml. A criança deverá então tomar 10,6 ml da suspensão 125 mg/5 ml a cada oito horas. Sabendo a importância de esclarecer dúvidas dos estudantes relacionadas a medicamentos, será detalhado a seguir, as classes medicamentosas e seus respectivos fármacos mais utilizados . 1. Analgésicos Os analgésicos estão dentre os medicamentos mais consumidos pelas crianças e adultos com ou sem prescrição por um profissional, pois possui a função de eliminar a dor aguda e não aguda rapidamente7. Devido à criança não apresentar a capacidade de mensuração da sua própria dor, pode ocorrer uma má interpretação do correto nível de sua sintomatologia frente à quantidade e 7 necessidade deste fármaco a ser ingerido. Sendo assim, há a necessidade da correta avaliação do seu nível de dor, medo, ansiedade e mentiras relatadas pelo paciente e seu responsável. Portanto, é aconselhável que o profissional esteja sempre atualizado em relação aos medicamentos2. Na Odontologia o uso do Paracetamol ou da Dipirona é suficiente para eliminar a dor leve a moderada2. O medicamento de primeira escolha em Odontopediatria é o Paracetamol, devido à força que possui em relação ao efeito analgésico e antipirético, além de inibir a síntese de prostaglandinas 3. Mas caso administrado com alimentos, a sua função pode diminuir, sendo assim, o Paracetamol deve ser consumido sempre uma hora antes ou duas horas depois das refeições 7. O paracetamol deve ser empregado por via oral (gotas), sendo administrado na proporção de uma gota por quilo da criança até a dosagem máxima de 35 gotas. Para crianças a dose terapêutica deste medicamento situa-se na faixa de 10 a 15 mg/kg/dose de 06/06 horas, com seus efeitos alcançados em 30-60 minutos 4. Considerando o público infantil alérgico ao Paracetamol, uma boa alternativa terapêutica é a Dipirona Sódica. Este fármaco é seguro, elimina a dor e não possui risco de nenhuma síndrome e nem aplasia medular. Em alguns países este fármaco foi banido por apresentar suspeitas ao risco de efeitos adversos como agranulocitose e anemia aplásica, mas por meio de estudos em vários países, foi mostrado que este medicamento é seguro e não possui risco e nenhuma associação de aplasia medular. Sendo assim, a dipirona sódica é a melhor opção medicamentosa para a eliminação de dor em crianças alérgicas ao analgésico de primeira escolha 7. A Dipirona Sódica deve ser administrada via oral (gotas), sendo empregada na dose de 10mg/kg/dose respeitando o período de 06/06 horas. Lembrando-se que deve ser empregada a razão de 01 gota para cada 02 quilos da criança até a dosagem máxima de 20 gotas, esta pode ser diluída em uma quantidade pequena de refrigerante ou suco devido ao sabor amargo 4. Conforme abaixo a tabela 02 indicando a primeira e segunda escolha detalhadamente, em relação a esta classe, e as tabelas 03 e 04 indicando a orientação de solução em gotas relacionada ao peso. 8 Tabela 02: Descrição dos analgésicos em relação ao nome genérico (princípio ativo), nome comercial, posologia e intervalo de dose. Nome genérico Nome comercial Posologia Intervalo de Dose 1ª Paracetamol Aminofen®, Dolocid®, Dôrico®, Tylenol®. 10 – 15 mg/kg/dose 06/06 Horas 2ª Dipirona Sódica Anador®, Analgesil®, Dipiran®, Dipiron®, Doralex®, Doratyl®, Magnopyrol®, Nevralgina®, Novalgina®, Novalgex®. 10 mg/kg/dose 06/06 Horas ANDRADE4. Tabela 03: Sugestão de prescrição do em solução do Paracetamol oral em gotas relacionado ao peso da criança. Peso (kg) (média de idade) Dose Solução oral em gotas 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração 5 a 8 gotas 9 a 15 gotas 16 a 23 gotas 24 a 30 gotas CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder a dose máxima que seria de 35 gotas). 9 Tabela 04: Sugestão de prescrição do Dipirona Sódica em solução oral em gotas relacionado ao peso da criança. Peso (kg) (média de idade) Dose Solução oral em gotas 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração 3 a 4 gotas 5 a 8 gotas 8 a 12 gotas 12 a 15 gotas CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 20 gotas). 2. Antibióticos Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados como bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando promovem a inibição do crescimento microbiano 8. Este medicamento é dividido em três classes: Penicilinas, Macroleídos e Lincosamidas. Cada um tem a sua própria função, na qual o uso destes está voltado para crianças que apresentam com dor, febre, aumento de volume localizado entre outros 5. Atualmente, a ampicilina e amoxicilina possuem o espectro de ação compatível, porém a amoxicilina possui uma melhor absorção e menos efeitos adversos, sendo assim, será o medicamento de primeira escolha para combater infecções bucais. A amoxicilina deve ser consumida via oral, possuindo sua dose pediátrica de 20-50 mg/kg/dia com intervalo de 08/08 horas9-10. É importante relatar que em casos de doses mais elevadas, em aproximadamente 20% dos casos, pode ser causa de diarréia11. Para segunda escolha de antibióticos é sugerido prescrever a Azitromicina. É a mais indicada para os casos de pacientes com alguma intolerância a Amoxicilina. A Azitromicina é consumida através da dosagem oral variando de 500-600mg, no mercado é encontrada nas formas de comprimido, cápsula, suspensão e injetável. Porém, para as crianças a forma recomendada será a suspensão, devido a sua maior facilidade de administração12. 10 Sua dosagem varia de acordo com a idade do paciente. Por exemplo, para as crianças de 6 meses até 16 anos será de 5-12mg/kg no primeiro dia, seguidas por 5/6 mg/kg uma vez ao diadurante 2-5 dias. É importante frisar que em caso de dose única, o máximo a ser consumido será de 10 a 12mg/kg/dia. A profilaxia para endocardite é um dos casos em que esta é utilizada, sendo consumida 30-60 minutos antes do procedimento 9-12-13. 2.1. Regimes de administração de antibióticos Nos casos em que os pacientes necessitam do uso de antibióticos existem duas formas de administração: terapêutica e profilática. 2.1.1. Esquema para utilização da antibioticoterapia terapêutica pediátrica Analisando o quadro clínico do paciente, o profissional irá estabelecer a importância e a necessidade de utilizar o antibiótico terapêutico. Casos como trismo, febre, ferimento na cavidade bucal, edema facial agudo decorrido de infecção dentária, reimplante de dentes permanentes avulsionados, são situações nas quais indica-se a prescrição desta classe medicamentosa14. Conforme a tabela 05 abaixo se indica a primeira e segunda escolha detalhadamente, em relação a esta classe, e as tabelas 06, 07 e 08 indicam a orientação de solução em ml relacionado ao peso. Tabela 05: Descrição dos antibióticos em relação ao nome genérico (princípio ativo), nome comercial, posologia e intervalo de dose. Nome genérico Nome comercial Posologia Intervalo de dose 1ª Amoxicilina Amoxil®, Hiconcil®, Hincomox®, Medxil®, Moxiplus®, Novamox®, Novocilin®, Novoxil®, Penvicilin®. 20 - 50 mg/kg/dose 08/08 horas 2ª Azitromicina Atromicin®, AZI®, Azitrax®, Astro®, Azitromin®, Novatrex®, Zimicina®, Zitril®, Zitromax®. 10-12 mg/kg/dose 24/24 horas AMATO NETO9; MARCUCCI10; AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRIC DENTISTRY12. 11 Tabela 06: Sugestão de prescrição da Amoxicilina de 125mg/kg/dia para menores de 20kg. Peso (kg) (média de idade) Dose Solução oral em ml 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 16 a 20 kg (4 a 6 anos) Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração 3,3 a 5,3 ml 6 a 10 ml 10,6 a 13,3 ml CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 2g). Tabela 07: Sugestão de prescrição da Amoxicilina de 250mg/kg/dia para Crianças acima de 20kg. Peso (kg) (média de idade) Dose Solução oral em ml 21 a 23 kg (4 a 6 anos) 24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose a cada administração Dose a cada administração 7 a 7,6 ml 8 a 10 ml CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 2g). 12 Tabela 08: Sugestão de prescrição de Azitromicina de 10 mg/kg/dia em solução oral em ml relacionado ao peso da criança. Peso (kg) (média de idade) Dose única Solução oral em ml 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose única Dose única Dose única Dose única 1,25 a 2 ml 2,25 a 3,75 ml 4 a 5,75 ml 6 a 7,5 ml CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 10 ml 21). 2.1.2-Esquema para utilização da antibioticoterapia profilática pediátrica. O objetivo da antibioticoterapia profilática esta em evitar previamente o risco de infecção frente ao paciente imuno debilitado, portador de válvulas cardíacas, malformação cardíaca congênita, doença reumática, algum tipo de prolapso da válvula mitral, pacientes com história de endocardite bacteriana previa e próteses, principalmente articulares 15. A dose de ataque medicamentoso é usada 1 hora antes do procedimento com Amoxicilina de 20 a 50mg/kg para crianças de 0 a 30 kg, usada em forma de suspensão oral. E com crianças acima de 35 kg é considerado adulto, usando 2 a 4 Comprimidos de 500mg (1 a 2g) 15. Já para pacientes alérgicos ao uso de Amoxicilina, pode-se usar Azitromicina de 15 mg/kg, com dose máxima de 10 ml. Como detalhado nas tabelas 09, 10, 11, 12. 13 Tabela 09: Medicação e sua correta posologia Via Medicações (genéricos) Posologias infantis (única dose 1 hora antes do procedimento). Oral Amoxicilina 50 mg/kg de peso (máximo de 500 mg) Oral Azitromicina (alérgicos a penicilina) 15 mg/kg de peso (máximo de 10 ml) GUEDES-PINTO6,15 Tabela 10: Posologia da dose da Amoxicilina 125mg/5ml para tratamento profilático. Princípio Ativo Peso (kg) (média de idade) Solução oral em ml Amoxicilina 125mg/5ml 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 10 a 16 ml 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 18 a 30 ml 16 a 20 kg (4 a 6 anos) 32 a 40 ml Tabela 11: Posologia da dose da Amoxicilina 250mg/5ml para tratamento profilático. Princípio Ativo Peso (kg) (média de idade) Solução oral em ml Amoxicilina 250mg/5ml 21 a 23 kg (4 a 6 anos) 21 a 23 ml 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 24 a 30 ml 14 Tabela 12: Posologia da dose da Azitromicina 200mg/5ml para tratamento profilático. Princípio Ativo Peso (kg) (média de idade) Solução oral em ml Azitromicina 200mg/5ml 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 1,25 a 2 ml 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 2,25 a 3,75 ml 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 4 a 5,75 ml 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 6 a 7,5 ml 3. Anti-inflamatórios Os anti-inflamatórios não esteróides apresentam com sua prescrição restrita em crianças, pelo fato da falta de estudo clinico em pacientes abaixo de 12 anos. O Ibuprofeno é o único fármaco desta classe indicado para a Odontopediatria16. Foi publicado pelo Laboratório produtor do Nimesulida em maio de 2005, um alerta desaconselhando o uso da mesma, em crianças menores de 12 anos, devido ao relato de dois pacientes em Portugal, que desenvolveram a Síndrome de Reye (comprometimento cerebral), podendo ter como causa principal a ingestão do Nimesulida 16-17. O anti-inflamatório utilizado com uma dosagem errada pode causar efeitos colaterais como diarréia, náuseas, vômitos, dor abdominal, entre outros efeitos gastrointestinais17. Na classe medicamentosa citada, é recomendada sua prescrição em pacientes que apresentam falha ao uso do analgésico, alguma doença crônica, febre reumática16, traumas por instrumentação, cirurgias ou em quadros clínicos que ocorrem manifestações de dor, edema, trismo e/ou limitação de abertura bucal, podendo ser substituído pelo Ibuprofeno11,16,19. O medicamento de escolha da classe citada acima é o Ibuprofeno, o mesmo apresenta eficácia analgésica e antitérmica 11. Gregori e Campos 20 relataram que, para crianças menores de 12 anos, a dosagem ideal é de 30-70 mg/kg/dia dividida em três ou quatro vezes ao dia. Para as crianças acima de 12 anos pode- 15 se prescrever a dosagem 300-600 mg, dividido em três ou quatro vezes ao dia. Pereira21 em seu estudo, afirmou ser recomendado dosagem via oral do Ibuprofeno para pacientes infantis 5-10 mg/kg/dose, a cada seis horas. Sendo que as formulações indicadas são de 50 mg/ml crianças abaixo de 20 kg e de 100 mg/ml crianças acima de 20 kg13.Assim como citado na tabela 13 a descrição em relação ao nome comercial, posologia e intervalo de dose, e na tabela 14 a solução oral em gotas. Tabela 13: Descrição dos anti-inflamatórios em relação ao nome genérico (princípio ativo), nome comercial, posologia e intervalo de dose. Nome genérico Nome comercial Posologia Intervalo de dose 1ª Ibuprofeno Adivil®, Alivium®, Artril®, Benotrin®, Dalsy®, Doretrim®, Motrin®, Sanafen®. 5-10 mg/kg/dose 06/06horas ou 08/08 horas GUEDES-PINTO5 ;PEREIRA21. Tabela 14: Sugestão de prescrição do Ibuprofeno em solução oral em gotas relacionado ao peso da criança. Peso (kg) (média de idade) DoseSolução oral em gotas 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração Dose a cada administração 5 a 8 gotas 9 a 15 gotas 16 a 23 gotas 24 a 30 gotas CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder ate a dose máxima que seria de 35 gotas). 4. Ansiolíticos Criados no final da década de 50, os ansiolíticos vem se tornando um grande aliado para atendimento clínico odontológico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estipula-se que o Brasil é o país que apresenta 9,3 por cento da população infantil com ansiedade e 5,8 por cento sofrem de depressão, esses 16 dados, faz com que o Brasil ganhe o título de país com maior taxa de pessoas com transtorno de ansiedade do mundo7. Um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão significa ansiedade, na qual é caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho22. Desse modo, a conduta clínica deve ser mais humana com os pacientes, conversando e explicando o que iremos fazer. Técnicas como: ‘’dizer, mostrar e fazer ‘’ e ‘’reforço positivo’’ são aconselhadas a serem usadas para que evite o uso de antidepressivos. Este é um dos fatores que impede a realização de um correto procedimento, sendo assim, necessária a prescrição de ansiolíticos para o paciente infantil7. Os ansiolíticos indicados para Odontopediatria são Diazepam e Midazolam23. Os mesmos devem ser usados com cautela, pois podem provocar depressão e síndrome do pânico. Com isso, deve ser redobrado o cuidado em relação à dosagem e o intervalo de admissão do fármaco para obter uma terapia eficaz e sem toxicidade7. A ansiedade e o medo ao tratamento odontológico ainda persistem em boa parte da população, sendo gerados pelo uso de materiais perfurantes, como agulhas e limas, instrumentais com sons desagradáveis e que apresentam vibrações. Relatos de parentes ou amigos que tiveram experiências negativas em consultas clínicas, além da falta de delicadeza do profissional perante o paciente pode ser um dos fatores traumáticos, consequentemente causando o medo na criança24. É fundamental que o profissional tenha habilidade de controlar a dor e a ansiedade da criança para atingir o seu objetivo ao final do atendimento. A dor e a ansiedade ao lado do medo são os principais agentes causadores de traumas e de mau comportamento do paciente. Com isso, cerca de 40% da população evita procurar atendimento odontológico, causando assim um agravo no quadro clinico do paciente25. Recentemente, foi visto a necessidade de prescrever medicamentos pré- operatórios, para pacientes pediátricos. São eles os ansiolíticos, que são medicamentos cujos componentes químicos atuam no controle da ansiedade com efeitos que incidem sobre as emoções, o humor e o comportamento26. Através de pesquisas realizadas para obtermos melhores informações sobre a classe dos ansiolíticos, foi observada, a enorme divergência entre autores perante a correta prescrição deste para o pacientes. Sendo assim, após o profissional ter esgotados todas as técnicas de condicionamento para obter uma melhora comportamental do paciente, é necessária uma tríade, em prol da criança, existindo assim uma prática colaborativa entre a família, Odontopediatra e 17 Médico Pediatra, para decidir qual melhor medicamento a ser prescrito para o paciente. 18 Receitas Profissionais da área da saúde, principalmente em Odontologia, estão liberados a prescrever diversos medicamentos. Porém, sugerem-se alterações aos dois tipos de receitas existentes27. Receitas comuns, onde são prescritos medicamentos mais simples, como analgésicos e anti-inflamatórios, devem conter informações como, identificação do profissional (nome do profissional, CRO, endereço e telefone do consultório), cabeçalho (nome e endereço do paciente) forma de admissão (uso interno ou externo), inscrição (Nome do medicamento; concentração e quantidade), orientação (informações de como fazer uso da medicação, horários das tomadas ou aplicações dos medicamentos e duração do tratamento). Ao final de toda a prescrição deve-se conter data, assinatura e carimbo do profissional27. Além destas classes medicamentosas citadas acima, o CD pode também prescrever medicamentos na qual precisa de uma liberação da ANVISA, como os antibióticos, AINES e ansiolíticos, desde que para uso odontológico27. A indicação desses fármacos deve ser descritos em forma semelhante à receita comum, porém deve ser descritos, obrigatoriamente, em duas vias. Via esta, que deve ficar uma com o paciente e uma com a farmácia27. Os estudantes da área Odontológica estão resguardados pela PORTARIA SVS/MS nº. 344/98 (artigos 38 e 55, § 1º), em relação à liberação da prescrição da receita27. Importante também, anexarmos no prontuário do paciente, uma cópia da receita passada ao paciente27. 19 Resultados As informações presentes neste trabalho podem ser consideradas como guia aos acadêmicos para uma correta prescrição de medicamentos para pacientes em Odontopediatria. Eliminando assim, qualquer dosagem duvidosa no ato da prescrição. Lembrando que, em Odontopediatria, a administração do fármaco prescrito deve ser relacionada ao peso da criança com a posologia do medicamento. Sua melhor forma de administração é por via oral, variando em xarope, gotas e suspensão, devido à dificuldade de ingestão destes fármacos pelas crianças. Deve-se ressaltar que a forma de administração destes medicamentos requer dosagens em mililitros e na grande maioria das vezes é necessário a conversão da dose do medicamento que vem referenciada em miligramas. Para tanto, deve- se usar como referência o peso da criança. Estrela3, Andrade4 e GUEDES- PINTO5 afirmam que a formula mais comum da determinação do peso da criança até 10 anos será utilizando a fórmula idade x 2+9. Podendo ressaltar também a utilização de várias fórmulas prescritas na literatura para encontrar a concentração e posologia. Sendo possível o uso da fórmula de Clark, Young e Law13. Como ressaltado nesta revisão, foi construído um protocolo medicamentoso em Odontopediatria e uma tabela contendo as principais afecções bucais mais comuns encontradas no cotidiano das clínicas Odontopediatrica, com o intuito de ser aplicado nas clínicas pediátricas da Faculdade de Sete Lagoas. As informações podem ser encontradas nas tabelas 12 e 13 abaixo. 20 Tabela 15: Protocolo dos medicamentos mais utilizados na Odontopediatria. Classe Medicamentosa Escolha Medicamento Posologia Kg / Idade Gotas Intervalo de dose Analgésicos 1ª Paracetamol 200 mg/ml 10 – 15 mg/kg/dose 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 5 a 8 gotas 06/06 horas (4 doses diárias) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 9 a 15 gotas 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 16 a 23 gotas 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 24 a 30 gotas 2ª Dipirona Sódica 500 mg/ml 10 mg/kg/dose 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 3 a 4 gotas 06/06 horas (4 doses diárias) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 5 a 8 gotas 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 8 a 12 gotas 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 12 a 15 gotas 21 22 Classe Medicamentosa Escolha Medicamento Posologia Kg / Idade Mililitros (ml) Intervalo de dose Antibióticos 1ª Amoxicilina 125mg/5ml (abaixo de 20kg) 50 mg/kg/dose 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 3,3 a 5,3 ml 08/08 horas (3 doses diárias) 9 a 15 kg (1a 3 anos) 6 a 10 ml 16 a 20 kg (4 a 6 anos) 10,6 a 13,6 ml 1ª Amoxicilina 250mg/5ml (acima de 20kg) 50 mg/kg/dose 21 a 23 kg (4 a 6 anos) 7 a 7,6 ml 08/08 horas (3 doses diárias) 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 8 a 10 ml 23 ❖ É necessário duas regra de três para conversão da dosagem de medicamentos de mg/ml . 1ª Regra de três: usar a dose do antibiótico por kg/dia e o peso da criança, para descobrir a quantidade de mg a serem administradas. Classe Medicamentosa Escolha Medicamento Posologia Kg / Idade Mililitros (ml) Intervalo de dose Antibióticos 2ª Azitromicina 200mg/5ml 10-12 mg/kg/dose 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 1,25 a 2 ml 24/24 horas (1 doses diárias) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 2,25 a 3,75 ml 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 4 a 5,75 ml 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 6 a 7,5 ml Azitromicia (10 mg/kg/dia) 10mg ----------- 1 kg Xmg -------------peso do paciente X = mg do peso do paciente Amoxicilina (50 mg/kg/dia) 50mg ---------- 1 kg Xmg ------------peso do paciente X= mg do peso paciente 24 ❖ Após encontrar a quantidade de mg necessária para o paciente, é realizada a 2ª regra 2ª Regra de três: calcular a quantidade de ml a ser administrada. Amoxicilina (125 mg/5ml pacientes abaixo de 20kg) 125mg ---------------------------- 5ml 1ª regra de três mg ------------ X X= ml a ser administrada Amoxicilina (250 mg/5ml pacientes acima de 20kg) 250mg ---------------------------- 5ml 1ª regra de três mg ------------ X X= ml a ser administrada Azitromicina ( 200 mg/5ml ) 200mg --------------------------- 5ml 1ª regra de três mg ------------ X X= ml a ser administrada 25 Classe Medicamentosa Escolha Medicamento Posologia Kg / Idade Gotas Intervalo de dose Anti- inflamatório 1ª Ibuprofeno 50mg/ml abaixo de 20kg 5 – 10 mg/kg/dose 5 a 8 kg (3 a 6 meses) 5 a 8 gotas 06/06 horas (4 doses diárias) Ou 08/08 horas (3 doses diárias) 9 a 15 kg (1 a 3 anos) 9 a 15 gotas 1ª Ibuprofeno 100mg/ml acima de 20kg 16 a 23 kg (4 a 6 anos) 16 a 23 gotas 24 a 30 kg (7 a 9 anos) 24 a 30 gotas 26 Tabela 16 - Doenças mais frequentes da Odontopediatria e seus respectivos medicamentos. Classe Medicamentosa Doenças mais frequentes na Odontopediatria Analgésicos Úlcera traumática Gengivoestomatite Herpética Primária AFTAS Abcesso Dentário Cirurgia de menor e maior complexidade Traumatismo dentário Elástico separador ortodôntico Infecção Odontológica com Edema Extraoral Antibióticos Abcesso Dentário Periocoronarite Infecção Odontológica com Edema Extraoral Anti-inflamatórios Cirurgias de maior complexidade Infecção Odontológica com Edema Extraoral ANDRADE4; MARCUCCI10; PRABHU28. Obs: Adequar para cada classe medicamentosa à dose de acordo com o peso do paciente. 27 Para prescrição medicamentosa é extremamente importante à utilização de um correto receituário. Sendo assim, segue abaixo um guia de receituário a ser utilizado na clínica. RECEITUÁRIO NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: 1-Medicamento de escolha Tomar x gotas no intervalo de y/y horas, durante z dias. Sete Lagoas, ______ de _______________de _______. Av. Dr. Renato Azeredo. 2.403 – Chácara do Paiva – Sete Lagoas Telefax: (31) 3773-3268 Opção 2 – Site: www.facsete.edu.br IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL OU DA INSTITUIÇÃO. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE. FORMA DE ADMISSÃO. INSCRIÇÃO E ORIENTAÇÃO: Nome do medicamento, concentração e quantidade. E informações de como fazer o uso da medicação, horários das tomadas ou aplicações e duração do tratamento. ASSINATURA E CARIMBO DO PROFISSIONAL. DATA, ENDEREÇO E TELEFONE. 28 1. Paracetamol _____200mg/ml________ 1 frasco Dar x gotas (dependendo do peso da criança) de 06/06 horas. Ou 2. Dipirona ________ 500mg/ml_______ 1 frasco Dar x gotas (dependendo do peso da criança) de 06/06 horas. Modelo de receituário Analgésico RECEITUÁRIO NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: Sete Lagoas, ______ de _______________de _______. Av. Dr. Renato Azeredo. 2.403 – Chácara do Paiva – Sete Lagoas Telefax: (31) 3773-3268 Opção 2 – Site: www.facsete.edu.br 29 1. Amoxicilina suspensão_ 125mg/5ml___ 1 vidro Dar x ml (dependendo do peso da criança) de 08/08 horas. Obs: Usar essa concentração para pacientes abaixo de 20kg OU 2. Amoxicilina suspensão_ 250mg/5ml___ 1 vidro Dar x ml (dependendo do peso da criança) de 08/08 horas. Obs: Usar essa concentração para pacientes acima de 20kg. OU 3. Azitromicina suspensão _200mg/5ml___ 1 vidro Dar x ml (dependendo do peso da criança) de 24/24 horas. Modelo de receituário de Antibioticoterapia Terapêutica RECEITUÁRIO NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: Sete Lagoas, ______ de _______________de _______. Av. Dr. Renato Azeredo. 2.403 – Chácara do Paiva – Sete Lagoas Telefax: (31) 3773-3268 Opção 2 – Site: www.facsete.edu.br 30 1. Amoxicilina suspensão_ 125mg/5ml___ 1 vidro Dar x ml (dependendo do peso da criança) 01 hora antes do atendimento. Obs: Usar essa concentração para pacientes abaixo de 20kg OU 2. Amoxicilina suspensão_ 250mg/5ml___ 1 vidro Dar x ml (dependendo do peso da criança) 01 hora antes do atendimento. Obs: Usar essa concentração para pacientes acima de 20kg. OU 3. Azitromicina suspensão _200mg/5ml___ 1 vidro Dar x ml (dependendo do peso da criança) 01 hora antes do atendimento. Modelo de receituário de Antibioticoterapia Profilática RECEITUÁRIO NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: Sete Lagoas, ______ de _______________de _______. Av. Dr. Renato Azeredo. 2.403 – Chácara do Paiva – Sete Lagoas Telefax: (31) 3773-3268 Opção 2 – Site: www.facsete.edu.br 31 1. Ibuprofeno _______50mg/ml_____ 1 frasco Dar x gotas ( dependendo do peso da criança) de 06/06 ou em 08/08 horas. Obs: Usar essa concentração para pacientes abaixo de 20kg. OU 2. Ibuprofeno _______100mg/ml_____ 1 frasco Dar x gotas ( dependendo do peso da criança) de 06/06 ou em 08/08 horas. Obs: Usar essa concentração para pacientes acima de 20kg.Sete Lagoas, ______ de _______________de _______. Av. Dr. Renato Azeredo. 2.403 – Chácara do Paiva – Sete Lagoas Telefax: (31) 3773-3268 Opção 2 – Site: www.facsete.edu.br Modelo de receituário de Anti-inflamatórios RECEITUÁRIO NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: 32 Conclusão Em virtude dos fatos mencionados, levando a acreditar que dúvida sobre prescrição medicamentosa não é algo raro de acontecer. Por todos esses aspectos há uma infinita importância de um estudo adequado e de qualidade. Perante estas observações, o presente trabalho auxilia a amenizar as dúvidas de uma prescrição. É de imensa responsabilidade e importância, que neste momento não haja dúvidas ou erros de concentração, tendo em vista que estamos frente a uma atitude que pode melhorar ou piorar a situação apresentada pelo paciente. Conclui-se então, que este trabalho tem a função de aplicar o protocolo na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Sete Lagoas, na função de ajudar os acadêmicos e profissionais de Odontologia a ter a correta escolha frente aos fármacos prescritos. 33 Referências 1. CORRÊA MSNP. Odontopediatria na Primeira Infância- Uma visão multidisciplinar. 4. ed. v. 1. São Paulo: Quintessence, 2017. 2. GUEDES-PINTO, AC.; BÖNECKER, M.; RODRIGUES, C. R. M. D. Fundamentos de Odontologia: Odontopediatria. Livraria Santos Editora, 2009. 3. ESTRELA, C. Dor odontogênica. v. 13 ed. Artes Médicas LTDA, 2001. 4. ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 2ª ed. São Paulo, Artes Médicas – Divisão Odontológica, 2006. 5. GUEDES-PINTO, AC. Odontopediatria. 9ed. São Paulo: Santos, 2016. 6. VERDI DC; PROTOCOLO MEDICAMENTOSO EM ODONTOPEDIATRIA. Departamento de Estomatologia, Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná; 2011. 7. CARMO, E. D.; AMADEI, S. U.; PEREIRA, A. C.; SILVEIRA, V. Á. S.; ROSA, L. E. B.; ROCHA, R. F. Prescrição medicamentosa em odontopediatria. Revista Odontol. UNESP, Araraquara, v. 38, n. 4, p. 256- 262, jul./ago. 2009. 8. GUIMARÃES DO, MOMESSO LS, PUPO* MT. ANTIBIOTICS: therapeutic importance and perspectives for the discovery and development of new agents. Quím. Nova vol.33 no.3 São Paulo 2010. 9. AMATO NETO, Vicente, LEVI, G.C. Efeitos adversos dos antibióticos. In: antibióticos na prática médica. 4. ed. São Paulo: Rocca, 1994. 10. MARCUCCI,G. Fundamentos de odontologia-estomatologia. II série, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005. 11. WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica para dentistas. 3ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2007. 12. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRIC DENTISTRY. Policy on acute pediatric dental pain management. Pediatr Dent 2018; 40 (6):101-3. 34 13. MASSARA MLA, REDUA PCB. Manual de referência para procedimentos clínicos em Odontopediatria. 2. Ed. São Paulo: Santos, 2013. 14. Arquivo Brasileiro de Odontologia v.11 n.2 2015, Avaliação da antioticoterapia na Odontologia. 15. ASSIS II,PULIDO LL. Indicação de profilaxia antibiótica na odontopediatria, Centro Universitário São Lucas, Porto Velho; 2018. 16. ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ª. Ed. Artes Médicas. 2014. 17. BRICKS, LF. Analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios não hormonais:Toxicidade. Pediatria(São Paulo ), v.20, 1998. 18. BRICKS, LF.;SILVA, CAA. Recomendações para o uso de anti- inflamatórios não hormonais em pediatria. Pediatria (São Paulo), v.27, 2005. 19. SILVA, P. Farmacologia, 7a ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006. 20. GREGORI, C.; CAMPOS, AC.Cirurgia buco-dento-alveolar. 2a ed. São Paulo, Sarvier Editora de Livros Médicos LTDA, 2014. 21. PEREIRA, M.B.B. Urgência e Emergências em Odontopediatria- Primeiros anos de vida. Curitiba, Editora Maio,2001. 22. ANA REGINA GL, CASTILLO A, ROGÉRIA RECONDOB, FERNANDO R ASBAHRC E GISELE G MANFROD. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22 s.2 São Paulo Dec. 2000. 23. CAVALCANTE LB; SANABEI ME; MAREGAII T; GONÇALVES JR; LIMA FCBA. Conscious sedation: a backup resource for providing dental care to uncooperative children. Arq. Odontol. vol.47 no.1 Belo Horizonte Jan./Mar. 2011. 24. COGO K, BERGAMASCHI CC, YATSUDA R, VOLPATO MC, ANDRADE ED. Sedação consciente com benzodiazepínicos em odontologia Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo. 2006. 25. GAUJAC C, SANTOS HT, GARÇÃO MS, SILVA JÚNIOR, J, BRANDÃO JRMCB, SILVA TB. Sedação consciente em odontologia. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009. 35 26. bFIGUEREDO, K.C. Uso de medicamentos ansiolíticos: uma abordagem sobre o uso indiscriminado. Artigo Científico. Santa Maria: UINFRA. 2012. 27. BATISTA C;CROSP- Guia prático Vol.1, São Paulo, acessado 11/2019. 28. PRABHU, S. R. Medicina oral. 1ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2007. Sabe-se que, diversas vezes, o profissional e estudante da área odontológica apresentam dificuldades em prescrever medicamentos, tais como, analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e ansiolíticos para pacientes pediátricos. Diante desta realidade... É fundamental que seja selecionada a melhor forma de administração e esquema posológico do medicamento proposto, para que ocorra uma efetividade no tratamento dos fármacos em Odontopediatria. Assim como, é indispensável, uma maior atenção para pacient... Devido à evolução ao passar dos anos, é notável o aumento de medicamentos prescritos na Odontopediatria. Portanto, foi realizada uma revisão de literatura acerca da importância de cada classe medicamentosa para estes pacientes. As principais classes m... Diante disto, o presente trabalho sugere um protocolo, a ser utilizado na Clínica de Odontopediatria da FACSETE, baseado nos medicamentos mais utilizados no cotidiano clínico desta especialidade; sendo, portanto listada pela opção de escolha mais adeq... Revisão de Literatura Discutida O protocolo medicamentoso tem a função de orientar a prescrição de várias classes de medicamentos, em diversas situações encontradas na clínica odontológica, buscando diminuir erros nas posologias e prescrições para os pacientes. Em Odontopediatria a forma de prescrição mais segura e conveniente recomendada é a via oral, podendo ser indicada para crianças de 0 a 12 anos na forma líquida, sendo em gotas, xarope ou suspensão, devido à praticidade e maior aceitação para a criança... Mesmo que existam fórmulas posológicas adaptadas do adulto, é importante ressaltar que para a administração de medicamentos para pacientes pediátricos, deve seguir à dose estabelecida conforme o peso corpóreo do paciente, na qual terá uma maior eficiê... Os analgésicos estão dentre os medicamentos mais consumidos pelas crianças e adultos com ou sem prescrição por um profissional, pois possui a função de eliminar a dor aguda e não aguda rapidamente7. Devido à criança não apresentar a capacidade de mens... Na Odontologia o uso do Paracetamol ou da Dipirona é suficiente para eliminar a dor leve a moderada2. O medicamento de primeira escolha em Odontopediatria é o Paracetamol, devido à força que possui em relação ao efeito analgésico e antipirético, além ... ANDRADE4. Tabela 03: Sugestão de prescrição do em solução do Paracetamol oral em gotas relacionado ao peso da criança. CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder a dose máxima que seria de 35 gotas). Tabela 04: Sugestão de prescrição do Dipirona Sódica em solução oral em gotas relacionado ao peso da criança. CORRÊA1. Obs: Dosemáxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 20 gotas). 2. Antibióticos Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados como bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando promovem a inibição d... Atualmente, a ampicilina e amoxicilina possuem o espectro de ação compatível, porém a amoxicilina possui uma melhor absorção e menos efeitos adversos, sendo assim, será o medicamento de primeira escolha para combater infecções bucais. A amoxicilina de... Sua dosagem varia de acordo com a idade do paciente. Por exemplo, para as crianças de 6 meses até 16 anos será de 5-12mg/kg no primeiro dia, seguidas por 5/6 mg/kg uma vez ao dia durante 2-5 dias. É importante frisar que em caso de dose única, o máxim... AMATO NETO9; MARCUCCI10; AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRIC DENTISTRY12. Tabela 06: Sugestão de prescrição da Amoxicilina de 125mg/kg/dia para menores de 20kg. CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 2g). Tabela 07: Sugestão de prescrição da Amoxicilina de 250mg/kg/dia para Crianças acima de 20kg. CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 2g). Tabela 08: Sugestão de prescrição de Azitromicina de 10 mg/kg/dia em solução oral em ml relacionado ao peso da criança. CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder até a dose máxima que seria de 10 ml 21). 3. Anti-inflamatórios Os anti-inflamatórios não esteróides apresentam com sua prescrição restrita em crianças, pelo fato da falta de estudo clinico em pacientes abaixo de 12 anos. O Ibuprofeno é o único fármaco desta classe indicado para a Odontopediatria16. Foi publicado pelo Laboratório produtor do Nimesulida em maio de 2005, um alerta desaconselhando o uso da mesma, em crianças menores de 12 anos, devido ao relato de dois pacientes em Portugal, que desenvolveram a Síndrome de Reye (comprometimento cere... Na classe medicamentosa citada, é recomendada sua prescrição em pacientes que apresentam falha ao uso do analgésico, alguma doença crônica, febre reumática16, traumas por instrumentação, cirurgias ou em quadros clínicos que ocorrem manifestações de do... Tabela 14: Sugestão de prescrição do Ibuprofeno em solução oral em gotas relacionado ao peso da criança. CORRÊA1. Obs: Dose máxima diária (procurar não exceder ate a dose máxima que seria de 35 gotas). 4. Ansiolíticos Criados no final da década de 50, os ansiolíticos vem se tornando um grande aliado para atendimento clínico odontológico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estipula-se que o Brasil é o país que apresenta 9,3 por cento da população infantil... Um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão significa ansiedade, na qual é caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho22. Desse modo, a conduta clínica deve ser mais humana com ... Os ansiolíticos indicados para Odontopediatria são Diazepam e Midazolam23. Os mesmos devem ser usados com cautela, pois podem provocar depressão e síndrome do pânico. Com isso, deve ser redobrado o cuidado em relação à dosagem e o intervalo de admissã... NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE USO ORAL: NOME DO PACIENTE ENDEREÇO DO PACIENTE 1. CORRÊA MSNP. Odontopediatria na Primeira Infância- Uma visão multidisciplinar. 4. ed. v. 1. São Paulo: Quintessence, 2017. 2. GUEDES-PINTO, AC.; BÖNECKER, M.; RODRIGUES, C. R. M. D. Fundamentos de Odontologia: Odontopediatria. Livraria Santos Editora, 2009. 3. ESTRELA, C. Dor odontogênica. v. 13 ed. Artes Médicas LTDA, 2001. 4. ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 2ª ed. São Paulo, Artes Médicas – Divisão Odontológica, 2006. 5. GUEDES-PINTO, AC. Odontopediatria. 9ed. São Paulo: Santos, 2016. 7. CARMO, E. D.; AMADEI, S. U.; PEREIRA, A. C.; SILVEIRA, V. Á. S.; ROSA, L. E. B.; ROCHA, R. F. Prescrição medicamentosa em odontopediatria. Revista Odontol. UNESP, Araraquara, v. 38, n. 4, p. 256-262, jul./ago. 2009. 8. GUIMARÃES DO, MOMESSO LS, PUPO* MT. ANTIBIOTICS: therapeutic importance and perspectives for the discovery and development of new agents. Quím. Nova vol.33 no.3 São Paulo 2010. 10. MARCUCCI,G. Fundamentos de odontologia-estomatologia. II série, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005. 12. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRIC DENTISTRY. Policy on acute pediatric dental pain management. Pediatr Dent 2018; 40 (6):101-3. 13. MASSARA MLA, REDUA PCB. Manual de referência para procedimentos clínicos em Odontopediatria. 2. Ed. São Paulo: Santos, 2013. 14. Arquivo Brasileiro de Odontologia v.11 n.2 2015, Avaliação da antioticoterapia na Odontologia. 16. ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ª. Ed. Artes Médicas. 2014. 19. SILVA, P. Farmacologia, 7a ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006. 22. ANA REGINA GL, CASTILLO A, ROGÉRIA RECONDOB, FERNANDO R ASBAHRC E GISELE G MANFROD. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22 s.2 São Paulo Dec. 2000. 23. CAVALCANTE LB; SANABEI ME; MAREGAII T; GONÇALVES JR; LIMA FCBA. Conscious sedation: a backup resource for providing dental care to uncooperative children. Arq. Odontol. vol.47 no.1 Belo Horizonte Jan./Mar. 2011. 26. bFIGUEREDO, K.C. Uso de medicamentos ansiolíticos: uma abordagem sobre o uso indiscriminado. Artigo Científico. Santa Maria: UINFRA. 2012.
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