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Procedimento Comum - Jurisprudências

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UNIPLAN – Centro Universitário Planalto do Distrito Federal
Curso/Semestre/Turno: Direito / 5º/ Matutino
Disciplina: Procedimento Comum
Professor: Alessandra D'El-Rei
Atividades de Estudos Domiciliares
Acadêmico: Nazareno Althoff
Matrícula: 02410032297
Assuntos: Atividade 2 – Jurisprudências e Peça.
Jurisprudência STF - Revelia
	EMENTA: Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito do Consumidor e Processual Civil. Prequestionamento. Ausência. Julgamento a revelia. Dano moral. Fatos e provas. Legislação infraconstitucional. Reexame. Impossibilidade. Aplicação da sistemática da repercussão geral na origem. Ausência de previsão legal de recurso para o Supremo Tribunal Federal. Recurso manifestamente incabível. Precedentes.
É inadmissível o recurso extraordinário se a matéria constitucional que nele se alega violada não está devidamente prequestionada. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
Impossibilidade, em recurso extraordinário, do reexame dos fatos e das provas dos autos e da análise da legislação infraconstitucional. Incidência das Súmulas nº 279 e 280/STF.
A jurisprudência da Suprema Corte firmou-se no sentido de não caber recurso ou outro instrumento processual no Supremo Tribunal Federal contra decisão na qual se aplica a sistemática da repercussão geral na origem.
Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 1% (um por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC).
Havendo prévia fixação de honorários advocatícios pelas instâncias de origem, seu valor monetário será majorado em 10% (dez por cento) em desfavor da parte recorrente, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§ 2º e 3º do referido artigo e a eventual concessão de justiça gratuita.
O acórdão diz: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual do Plenário de 5 a 11/10/2018, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade , em negar provimento ao agravo regimental, com imposição de multa de 1% do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto do Relator, Ministro Dias Toffoli (Presidente).
Jurisprudência STF - Reconvenção 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. FALSA ALEGAÇÃO DE CONDUTA CRIMINOSA. IMPROCEDÊNCIA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE.
A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimentos de dispositivos infraconstitucionais torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.
Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e o do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a aferição da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.
A Súmula 279/STF dispõe: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”
É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
In casu, o acórdão recorrido assentou: “Cerceamento de Defesa – Inocorrência – Prova documental robusta e suficiente – Indeferimento de novas provas que não implica em cerceamento de defesa – Pode o Juiz, como destinatário da prova, determinar a realização daquelas que refutar dispensável à formação de seu conhecimento – Nulidade afastada. RESPONSABILIDADE CIVIL – Ressarcimento moral buscado em razão de alegada falsa imputação de conduta criminosa – Improcedência – Pedido de instauração de inquérito policial para apuração de fatos que não se traduzem em falsa acusação – Vítima de estelionato que agiu no exercício regular de direito que possui todo cidadão – Envolvimento do autor com pessoa dada à prática de estelionato que redundou na apuração da prática de receptação – Resultado que não pode ser atribuído a quem formulou a notícia crime e a quem prestou depoimento no IP para elucidação dos fatos – Inexistência de conduta culposa de forma a estabelecer o nexo causal com o dano sofrido que frustra a pretensão indenizatória – Litigância de má-fé – Pretensão deduzida contra fato incontroverso e fundada em conluio da parte adversa com pessoa ligada ao crime sem o mínimo indício de sua existência – Aplicação da sanção mantida –
Reconvenção – Reparação buscada pelo abuso de estar em juízo e atribuição de conduta desonrosa – Conduta de má-fé processual repudiada e reprimida pela legislação, com imposição de sanção de caráter ressarcitório e punitivo –
Finalidade alcançada com a litigância de má-fé que desautoriza o acolhimento do pleito reconvencional – Sentença mantida – Recursos a que se nega provimento”.
Agravo regimental a que se nega provimento, pelos motivos expostos, por unanimidade de votos, nos termos do voto do Relator.
Jurisprudência STJ - Revelia
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREJUÍZO AO ERÁRIO. INDISPONIBILIDADE DE BENS. EXISTÊNCIA DE RECURSO REPETITIVO SOBRE A MATÉRIA. DEVER DO TRIBUNAL DE ORIGEM SEGUIR A ORIENTAÇÃO DO STJ.
Trata-se, na origem, de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo contra o recorrido, pela prática de ato de improbidade administrativa, "consistente na falta de apresentação de defesa em processos trabalhistas, o que culminou com a decretação da revelia e condenação de empresa publica bimunicipal "ao pagamento de verbas rescisórias no valor de R$ 261,472,63 (duzentos e sessenta e um mil, quatrocentos e setenta e dois reais e sessenta e três centavos).
O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.366.721/BA, relator para o acórdão o ilustre Ministro Og Fernandes, sedimentou a possibilidade de "o juízo decretar, cautelarmente, a indisponibilidade de bens do demandado quando presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que cause dano ao Erário."
Ademais, a medida não está condicionada à comprovação de que o réu esteja dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em vista que "o periculum in mora encontra-se implícito no comando legal que rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de improbidade administrativa".
Dessarte, o magistrado possui o dever/poder de, fundamentadamente, decretar a indisponibilidade de bens do demandado, quando presentes fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa.
Ao interpretar o art. 7º da Lei 8.429/1992, o STJ tem decidido que, por ser medida de caráter assecuratório, a decretação de indisponibilidade de bens, incluído o bloqueio de ativos financeiros, deve incidir sobre quantos bens se façam necessários ao integral ressarcimento do dano, levando-se em conta, ainda, o potencial valor de multa civil, excluindo-se os bens impenhoráveis.
Recurso Especial provido, de maneira unânime.
Jurisprudência STJ – Recovenção
EMENTA: RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE ABSTENÇÃO DE USO DE MARCA. RECONVENÇÃO. REGISTRO PERANTE O INPI. EXCLUSIVIDADE. NULIDADE DA MARCA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE NO JUÍZO ELEITO.
Reconvenção movida pela ré em ação de abstenção de uso de marca, alegando ser proprietária da marca registrada em seu nome perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Não pode o Tribunal de Justiça Estadual, em ação de abstenção de uso de marca, afastar o pedido da proprietária da marca declarando a nulidade do registro ou irregularidade da marca, eis que lhe carece competência.
Reconhecida a propriedadeda marca em nome da ré-reconvinte, deve ser reconhecida a exclusividade e deferido o pedido de abstenção de uso de sua marca por parte da autora-reconvinda, enquanto perdurar válido o seu registro perante o órgão autárquico.
Recurso especial provido, por unanimidade, nos termos do voto da relatora.
Cabe ressaltar, no caso exposto, que a recorrente (ré na ação de abstenção), apresentou reconvenção alegando ser proprietária do registro da marca perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. Ambos os litigantes buscavam exclusividade no uso da marca.
Também é pertinente que, no caso, verifica-se que o Tribunal de origem adentrou na análise da própria concessão da marca à ré-reconvinte, para afirmar que o registro concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial não lhe garantiria o uso exclusivo. Ocorre que aquela Corte local, de jurisdição Estadual, sequer tem competência para adentrar a referida matéria e desconstituir a marca ou mesmo qualquer de seus atributos.
Como o próprio Tribunal de origem reconheceu, trata-se de competência da Justiça Federal, com necessária intervenção do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Discute-se na reconvenção o uso da marca registrada. Assim, reconhecido no acórdão que a ré é detentora da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, inviável pronunciamento jurisdicional que a desconstitua nesta sede, devendo ser reconhecido o pedido constante da reconvenção (e-STJ fls. 919) para que a autora-reconvinda se abstenha de utilizar a marca de propriedade da ré-reconvinte.
Em face do exposto, dou provimento ao recurso especial para julgar procedente o pedido da reconvenção e determinar que a autora-reconvinda se abstenha de utilizar a expressão "Poliedro" como marca para designar serviços de ensino e educação, ressalvado o uso de seu nome empresarial já registrado. Custas pela sucumbente e honorários na reconvenção em 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa na reconvenção.
Jurisprudência TJDFT – Revelia
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. CONSUMIDOR. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. INAPLICABILIDADE. ALEGAÇÕES. VEROSSIMILHANÇA. AUSÊNCIA. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA REVELIA. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PESSOA JURÍDICA. NOME EMPRESARIAL. NOME FANTASIA. VÍCIO. INEXISTÊNCIA. A inversão do ônus da prova depende da constatação da hipossuficiência do consumidor ou da verossimilhança de suas alegações, conforme previsto no artigo 6o, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor. Não há verossimilhança na alegação de que o requerido deixou de prestar os serviços contratados, quando há prova nos autos que, preambularmente, atestam situação contrária. Inexiste defeito na representação processual de pessoa jurídica que utiliza o nome fantasia nos autos, quando devidamente registrado no Cadastro da Receita Federal, que atesta se tratar da empresa requerida.
No tocante ao pedido de decretação da revelia, este também não merece prosperar. Importante destacar ser dever do magistrado, enquanto responsável por dirigir o processo, determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios (artigo 139, inciso IX, do Código de Processo Civil). Destaque-se, ainda, o princípio processual da primazia de julgamento do mérito, insculpido nos artigos 4º e 6º, da mesma norma, pelo qual o julgador deve buscar resolver o mérito, evitando extinguir o processo sem análise da lide. Desse modo, não há óbice para que o Magistrado de origem conceda nova oportunidade para a correção dos vícios processuais, desde que não observe evidente inércia ou abuso do direito, o que não foi comprovado pelo recorrente. Essa situação se verifica rotineiramente, quando o juiz determina a emenda da inicial e, por diversos motivos, como quando há emenda parcial, concede novas oportunidades, até que o processo esteja apto a prosseguir.
Ressalte-se, ainda, que o prazo de 10 dias para regularização processual é dilatório, não sendo prazo fatal, peremptório, portanto, não havendo óbice para sua prorrogação, o que não afronta o artigo 321, do Código de Processo Civil.
Em relação ao argumento de que a contestação foi apresentada por Universidade do Vale do Rio Dos Sinos – UNISINOS, apesar de a ré ser na verdade Associação Antônio Vieira, como bem lembrado pelo recorrente, o primeiro é nome fantasia, ao passo que o segundo é o nome empresarial, mas ambos se referem à mesma pessoa jurídica. Os institutos do nome empresarial e do nome fantasia são aspectos da pessoa jurídica, correspondendo à designação do empresário e do estabelecimento, mas que não alteram a personalidade jurídica. Desse modo, o fato de a contestação ter feito menção à UNISINOS não significa ter sido apresentada por terceiro. Na verdade, corresponde à requerida, Associação Antônio Vieira.
Em síntese, a designação da parte ré pelo nome empresarial ou pelo nome fantasia não altera a sua personalidade jurídica, de modo que não é fato apto a desencadear a revelia. Portanto, o recurso foi conhecido e o seu provimento negado.
Por decisão unânime o agravo foi conhecido e desprovido.
Jurisprudência TJDFT – Revelia 1
EMENTA; DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONHECIMENTO. INOVAÇÃO RECURSAL. PRELIMINAR REJEITADA. REVELIA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE FÁTICA. AFASTAMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. OCORRÊNCIA. SENTENÇA CASSADA.
Rejeita-se a alegação de inovação recursal quando a questão objeto da insurgência da parte Recorrente fora apreciada pelo Juiz de origem.
Apesar de a revelia ser inconteste, não há falar em presunção de veracidade fática em razão de a narrativa trazida na petição inicial não encontrar o necessário respaldo nas provas juntadas aos autos (Código de Processo Civil, art. 345, inc. IV).
Diante das peculiaridades do caso concreto, bem como da adstrição do pleito recursal à cassação da sentença, sobressai que a solução adequada da controvérsia pressupõe a realização de prova pericial, especialmente acerca da existência de nexo causal entre a conduta da parte Ré e os danos alegados pela Autora. 
Por derradeiro, consubstanciando a decisão, o Relator argumenta que “à par da polêmica acerca da incidência do Código de Defesa do Consumidor, registro que, como fundamentadamente exposto acima, não há verossimilhança nas alegações trazidas pela Autora/Apelada; quem, devido ao seu porte considerável, tampouco se amolda ao conceito de hipossuficiente, de tal modo que, mesmo se se aventasse a hipótese de aplicação da legislação consumerista, não estariam presentes os requisitos para a inversão do ônus da prova (CDC, art. 6º, VIII). Nesse sentido: TJDFT, acórdão nº 1155750, AP 0700792-57.2018.8.07.0018, Relator Robson Barbosa de Azevedo, 5ª Turma Cível, data de julgamento: 20/2/2019, publicado no DJE: 15/3/2019”.
Com essas considerações, rejeito a preliminar e dou provimento ao recurso para cassar a sentença e determinar o retorno do Feito à origem, a fim de se produzir a prova pericial pleiteada.
A decisão unânime foi por rejeitar a preliminar e prover à Apelação Cível.
Jurisprudência TJDFT - Reconvenção
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. NOTAS PROMISSÓRIAS. FALSIDADE DE ASSINATURAS. CERCEAMENTO DE DEFESA INEXISTENTE. DESNECESSIDADE DE NOVAS PROVAS. INAPLICABILIDADE DAS SANÇÕES PREVISTAS NO ART. 940 DO CÓDIGO CIVIL E NO ART. 702, § 10, DO CPC. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DANO MORAL CONFIGURADO.
Na hipótese a autora ajuizou ação monitória com o intuito de constituir crédito decorrente da pretensa emissão de dez notas promissórias. 1.1. O réu alegou a falsidade das assinaturas e apresentou reconvenção, ocasião em que formulou requerimento para aplicação das sanções previstas no art. 940 do Código Civil e no art. 702, § 10, do CPC, bem como para obter a condenação da autora ao pagamento de indenização por danos morais.
No presente caso a prova pericial foi suficientemente clara a respeito da falsidade das assinaturas do demandado, o que dispensa a produção de outros meios probatórios a respeito da controvérsia fática.
É possível a juntada de novos documentos aosautos somente nas situações previstas no art. 435, parágrafo único, do Código de Processo Civil, hipótese não verificada no presente caso.
A situação jurídica em exame não diz respeito à cobrança de dívida já paga, mas de inexistência dos pretensos títulos que embasaram o ajuizamento da ação monitória. Por essa razão, mostra-se inaplicável a sanção prevista no art. 940 do Código Civil.
O pagamento da multa prevista no art. 702, § 10, do CPC, para o caso de ação monitória proposta indevidamente, requer a comprovação de má-fé, mas esse requisito não se encontra devidamente demonstrado nos autos.
A inscrição indevida em cadastros de inadimplentes (tais como SPC e SERASA) é evento gerador de ato ilícito indenizatório (art. 186 do Código Civil) e sujeita o responsável ao pagamento dos danos morais que, nesse caso, são presumidos.
Preliminar de cerceamento de defesa rejeitada. Apelação interposta pela autora/reconvinda conhecida e não providas.
Recurso interposto pelo réu, ora reconvinte, conhecido e parcialmente provido.
Processo decidido de maneira unânime.
Jurisprudência TJDFT – Reconvenção 1
EMENTA: APELAÇÃO. DIREITO CIVIL. PLANO DE SAÚDE. ENTIDADE DE AUTOGESTÃO. INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. COBRANÇA DE VALORES INDEVIDOS. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. ART. 940 DO CÓDIGO CIVIL. AUSÊNCIA DE PROVA DA MÁ-FÉ DA CREDORA. DANOS MORAIS. INOCORRÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA RECONVENÇÃO. SENTENÇA MANTIDA.
O Superior Tribunal de Justiça, após julgamento realizado pela Segunda Seção, firmou o entendimento de que as regras do Código de Defesa do Consumidor não se aplicam às relações envolvendo entidades de planos de saúde constituídas pela modalidade de autogestão.
A sanção do art. 940 do Código Civil é cabível somente quando comprovada a má-fé do credor ao demandar o devedor por dívida paga. Súmula 159 do Supremo Tribunal Federal e Tema 622 do Superior Tribunal de Justiça.
No presente caso, não se conclui que a autora tenha ajuizado a ação com o objetivo deliberado de se locupletar indevidamente. Na verdade, a autora cobra quantia por aparente erro, sem clareza de um intuito lesivo.
O mero ajuizamento de ação judicial não caracteriza ofensa aos direitos da personalidade, sobretudo em razão do exercício do direito autônomo e abstrato de ação, assegurado no artigo 5º, incisos XXXIV e XXXV da Constituição Federal.
Para o reconhecimento do dever de compensação por danos morais, faz-se necessário que, do contexto fático apresentado pela parte, seja possível identificar uma situação que extrapole a normalidade dos conflitos do dia-a-dia, assim como que essa situação tenha efetivamente violado algum direito da personalidade, o que não ocorreu no caso.
Considerando o princípio da sucumbência, disposto no artigo 85, caput e § 1º, do Código de Processo Civil, a parte vencida na reconvenção será condenada a pagar à parte vencedora as despesas processuais e os honorários advocatícios.
A reconvenção foi julgada improcedente, razão pela qual impõe a condenação da apelante reconvinte ao pagamento de honorários advocatícios.
Apelação cível desprovida por unanimidade.
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Luísa dos Santos Bastos, nascida em 01/01/2010, domiciliada na cidade Alfa, é filha de Maria dos Santos e de Paulo Bastos. A avó paterna, Alice Bastos, goza de confortável situação patrimonial e mora na cidade Delta. Todos os demais avós faleceram antes de Luísa nascer. Maria dos Santos e Paulo Bastos se divorciaram em 04/07/2013, e ficou ajustado que o pai pagaria pensão alimentícia a Luísa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), o que fez até o dia da sua morte, em 25/08/2015.
Paulo Bastos não deixou bens a partilhar, de modo que Luísa nada recebeu de herança. Sem condições de arcar sozinha com a manutenção e educação da filha, já que recebe apenas um salário mínimo nacional de remuneração por mês – valor absolutamente insuficiente para arcar com as necessidades da menor –, Maria dos Santos procura você, como advogado(a), e pergunta o que pode ser feito em relação ao sustento da criança. 
Na qualidade de advogado(a) de Maria dos Santos, elabore a peça processual cabível para a tutela dos interesses da filha desta, que pretende haver R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a título de alimentos.
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
Resposta:
AO JUÍIZO DA __ COMARCA DA VARA DE FAMÍLIA DA CIDADE ALFA ...
LUISA DOS SANTOS BASTOS, brasileira, solteira, menor impúbere, estudante neste ato representada por sua genitora, MARIA DOS SANTOS, brasileira, profissão ..., estado civil ..., portado da Cédula de Identidade ..., regularmente inscrita no CPF sob o número ... , ambas residente e domiciliadas no endereço ..., na Cidade Alfa, estado de ..., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, que ao final subscreve-se, com fundamento na lei 5.478/68, artigos 1.694 e 1.696 do Código Civil (CC), bem como o artigo 229 da Constituição Federal (CF), e demais dispositivos aplicáveis ao caso concreto, propor:
AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
em face de ALICE BASTOS, brasileira, estado civil ..., profissão ..., portadora da Cédula de identidade nº ..., regularmente inscrita no CPF sob nº ..., residente e domiciliada na Cidade Delta, no estado de ..., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Diante do fato de que a alimentanda (requerente) não possui condições de arcar com os custos de uma demanda judicial sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família, necessária se faz a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça previstos nos artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil (CPC), bem como do artigo 4º da Lei 1.060/50 e do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal (CF).
II - DOS FATOS
A Autora é neta legítima da Requerida, conforme certidão de nascimento (anexo). Nascida em decorrência do relacionamento entre Maria dos Santos e Paulo Bastos, os quais se divorciaram em 04/07/2013. Após o divórcio, ficou acordado que o genitor pagaria pensão mensal de R$ 2,000,00 (dois mil reais), o que fez até sua morte em 25/08/2015.
Acontece que, após o falecimento do genitor, a Requerente não dispôs de recursos para prover sua subsistência, tendo em vista que sua mãe, Maria dos Santos, é doméstica e recebe um salário mínimo nacional por mês.
Há de salientar que a Requerida é a única avó viva, tendo em vista que todos os demais avôs faleceram antes da Autora nascer, restando apenas a mãe e a avó paterna com dever, conforme Lei 5.478/68, art. 2º, de promover a garantia de subsistência da Autora. 
Ressalte-se que antes da separação, era o pai quem arcava com todas as despesas do lar, pois a genitora cuidava do lar e da criança. Após a separação, a mãe conseguiu emprego de doméstica, e utilizava a pensão para investir na criança com aulas de inglês, música, além de alimentos, consultas, remédios, vestuário, lazer entre outras despesas que se fazem necessárias para uma existência digna, não se excedendo os limites razoáveis.
Diante disso, não restou alternativa à Requerente, senão a propositura da presente ação, com vistas a ver satisfeito o seu direito de pensão alimentícia em face de sua avó paterna. 
III - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
a) DO DIREITO
O direito a alimentos está expresso na nossa Constituição Federal, mais precisamente no seu artigo 229, que assim nos diz: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista em diversos artigos do Código Civil (CC), como os descritos na sequência.
Tem-se como exemplo o artigo 1.695, do Código Civil (C.C): “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele,de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento”.
De maneira ainda mais objetiva ao proposto, o artigo 1.696, do C.C., diz: “O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros”.
Ora, está claro que o dever de prestação de alimentos não é exclusivo dos genitores, restando que os ascendentes também têm esse dever, como descreve a seguinte jurisprudência: 
APELAÇÃO CÍVEL. REVISÃO DE ALIMENTOS. OBRIGAÇÃO DO ASCENDENTE. EXAME DO BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. SITUAÇÃO FÁTICA ALTERADA. COMPROVAÇÃO DA CAPACIDADE DO ALIMENTANTE. PEDIDO DE DIMINUIÇÃO DA VERBA. ATENDIDA. PROPOSTA DE REDUÇÃO MUITO SIGNIFICATIVA. INVIABILIDADE. SENTENÇA MANTIDA. 1. A fixação da pensão alimentícia se norteia pelo binômio necessidade-capacidade, obedecida a uma análise das condições econômicas de ambas as partes, de forma a se estabelecer um valor que atenda satisfatoriamente às necessidades existenciais do alimentando, sem que isso importe ônus excessivo ao alimentante. Admite-se, ainda, alteração no valor fixado caso haja rompimento do equilíbrio necessário entre os fatores integrantes do referido critério. 2. No caso, houve alteração na fortuna do Alimentante, que perdeu um cargo político que ocupava; porém, tem capacitação profissional, é advogado, e não se produziu prova de que esteja impedido de advogar ou que não tenha clientela. Assim, razoável a diminuição do valor fixado, de modo a atingir um valor mínimo de contribuição para sustento do filho, sem se debitar inteiramente a mantença do menor à genitora. 3. Recurso conhecido e não provido. 
(Acórdão 1198238, 07002946020198070006, Relator: GETÚLIO DE MORAES OLIVEIRA, 7ª Turma Cível, data de julgamento: 28/8/2019, publicado no DJE: 23/9/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
b) DA NECESSIDADE E POSSIBILIDADE
Na atual conjuntura, a genitora da Requerente não possui qualquer condição de arcar com despesas que proporcionem uma qualidade de vida justa a sua filha.
 Por outro lado, a Requerida possui confortável situação patrimonial, demonstrando uma possibilidade concreta de arcar com as despesas mínimas e necessárias em favor de sua neta. Resta fundamentada a viabilidade do binômio necessidade x possibilidade.
c) DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS	
Diante do exposto, mostra-se necessária a fixação de alimentos provisórios em favor da autora, ante a sua necessidade urgente de obtenção de recursos financeiros destinados a prover uma justa qualidade de vida, pois, desde o falecimento do pai (25/08/2015), já são mais de 04 (quatro) anos de muitas necessidades.
 Com base no artigo 300, caput, do Código de Processo Civil (CPC): “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
Ainda mais específico é o artigo 4º da Lei 5.478/68: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”.
Em suma, a Requerente tem plena confiança e espera serenamente que Vossa Excelência, ao analisar a presente inicial, de pronto, defira os alimentos requeridos, como medida da mais pura e lídima justiça.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) A citação do requerida para comparecer em audiência de mediação e conciliação, a ser designada pelo Magistrado;
b) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser hipossuficiente na forma lei, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família;
c) Seja de tudo ouvido o Ministério Público, em conformidade com o artigo 178, II do CPC;
d) A fixação de alimentos provisórios no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) a serem depositados na conta nº ..., agência ..., banco ...;
e) A concessão de todos os meios de prova em direito admitidos, incluindo depoimentos pessoais e documentais;
f) A procedência do pedido de alimentos da presente ação, condenando-se a Requerida na prestação de alimentos definitivos, na proporção de em R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), a serem depositados na conta nº ..., agência ..., banco ...;
g) A condenação da requerida no pagamento das verbas de sucumbência, incluindo as custas processuais e honorárias advocatícios, estes na base de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Cidade Alfa, data ....
Advogado
OAB-DF n.º

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