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1 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA PROPRIEDADE: é uma peculiaridade do material em termos do tipo e da intensidade da resposta a um estímulo específico que lhe é imposto. As definições das propriedades são feitas de maneira independente da forma e do tamanho do material. • MECÂNICA: relaciona deformação com uma carga ou força aplicada; • ELÉTRICA: o estímulo é um campo elétrico; • TÉRMICA: capacidade calorífica e condutividade térmica; • MAGNÉTICA: demonstram a resposta de um material à aplicação de um campo magnético; • ÓTICA: o estímulo é a radiação eletromagnética ou a luminosa; • QUÍMICA: indica a reatividade química dos materiais. 2 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 3 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ASPECTO ECONÔMICO Preço e disponibilidade Capacidade de reciclagem FÍSICA GERAL Densidade MECÂNICA Módulo de elasticidade Resistência à deformação e à tração Dureza Plasticidade e maleabilidade Limite de fadiga Limite de resistência à deformação a quente (creep) Resiliência Tenacidade TÉRMICA Condutividade térmica Calor específico Coeficiente de expansão térmica ELÉTRICA E MAGNÉTICA Constante dielétrica Permeabilidade magnética INTERAÇÃO AMBIENTAL Oxidação Corrosão Desgaste PRODUÇÃO Facilidade no processamento Soldabilidade Temperabilidade ESTÉTICA Cor / Textura Sensação táctil UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 4 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PROPRIEDADES Propriedades mecânicas gerais Propriedades gerais não- mecânicas Propriedades de superfície Preço e disponibilidade Propriedades de produção – facilidade de fabricação, união e acabamento Propriedades estéticas – aparência, textura, sensação táctil PROJETO UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 5 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS RELATIVAS DE MATERIAIS À TEMPERATURA AMBIENTE UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua resposta ou deformação a uma carga ou força que está sendo aplicada. Propriedades importantes: resistência, dureza, ductilidade. As propriedades mecânicas dos materiais são verificadas pela execução de experimentos de laboratório cuidadosamente programados, que reproduzem mais fielmente possível as condições de serviço: normas. As normas técnicas mais comuns são elaboradas pelas: ASTM (American Society for Testing and Materials) ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) O comportamento mecânico pode ser verificado através de um ensaio tensão-deformação: uma carga estática é aplicada uniformemente sobre uma seção reta ou superfície de um material. 6 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas Ilustração esquemática de como uma carga produz deformação em (a) Tração, (b) Compressão, (c) Cisalhamento e (d) Torção. 7 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Um dos ensaios mecânicos de tensão-deformação mais comuns é o de tração. Ele pode ser usado para avaliar diversas propriedades mecânicas dos materiais que são importantes em projetos. Teste mecânico que apresenta a melhor relação entre informações obtidas e custo/complexidade de ensaio. Ponto de partida para a caracterização e especificação do material. Consiste em submeter um corpo de prova de geometria definida, a um esforço crescente de tração, aplicado continuamente até a fratura e no simultâneo registro do alongamento em função da força aplicada. Utilizam-se sensores que permitem medir a tensão aplicada e a deformação promovida (extensômetros). 8 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração 9 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Equipamento e Corpo de Prova de Testes de Tração UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Corpo de prova padrão para ensaios de tração – comprimento da parte útil deve ser pelo menos 4 vezes o diâmetro. 10 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Corpo de prova padrão para ensaios de tração – comprimento da parte útil deve ser pelo menos 4 vezes o diâmetro. 11 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Exemplo: Chapa da liga de alumínio A5052 12 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Antes do ensaio. Início da fratura. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração A carga e o alongamento são normalizados de acordo com os seus respectivos parâmetros de tensão de engenharia e deformação de engenharia. 13 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS σ= F A0 ε= li− l 0 l 0 = Δl l0 = Tensão de engenharia (MPa ou psi) F = carga instantânea aplicada em direção perpendicular à seção reta da amostra (N ou lbf) A0 = área da seção reta original antes da aplicação de qualquer carga (m2 ou in2) = Deformação de engenharia l0 = comprimento original antes de qualquer carga ser aplicada li = comprimento instantâneo UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração 14 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Curvas Tensão-Deformação UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Resistência à tração Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Conceitos Módulo de elasticidade (E) Tensão limite de escoamento (e) Tensão limite de resistência a tração (t) Ductilidade Resiliência Tenacidade 15 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração 16 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Propriedades Mecânicas de Vários Materiais à Temperatura Ambiente UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Elástica Quando a carga aplicada é de tração, a peça tensionada se torna ligeiramente mais longa. A remoção da carga permite que o material retorne as suas dimensões originais. No caso da carga ser compressiva, a peça se torna ligeiramente menor. A deformação elástica é resultado de um pequeno alongamento da célula unitária na direção da carga trativa, ou uma pequena contração no caso da carga ser compressiva. Dentro dessa chamada “fase elástica”, a deformação é proporcional à tensão correspondente à força aplicada. A relação entre a tensão e a deformação é chamada de “MÓDULO DE ELASTICIDADE” (Módulo de Young), que é uma característica típica de cada material. 17 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Elástica Dentro de certos limites, a deformação é proporcional à tensão (a lei de Hooke é obedecida) 18 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS E é o Módulo de Elasticidade e pode ser considerado como uma medida de rigidez, ou uma resistência do material à deformação elástica. Quanto maior o módulo, mais rígido será o material ou menor será a deformação elástica que resultará da aplicação de uma dada tensão. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Lei de Hooke: = E Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Elástica 19 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS - Valores do módulo de elasticidade para materiais cerâmicos são caracteristicamentesemelhantes aqueles para os metais; para polímeros, eles são menores. - Estas diferenças são uma consequência direta dos diferentes tipos de ligação atômica nos 3 tipos de materiais. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Regime Elástico Coeficiente de Poisson () para alongamento ou compressão - Qualquer alongamento ou compressão de uma estrutura cristalina em uma direção, causada por uma força uniaxial, produz um ajustamento nas dimensões perpendiculares à direção da força. 20 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA x z Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Regime Elástico Coeficiente de Poisson () para tensões de cisalhamento - Tensões de cisalhamento produzem deslocamento de um plano de átomos em relação ao plano adjacente A deformação elástica de cisalhamento é dada ( ): = tg 21 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Módulo de Cisalhamento ou de Rigidez Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Regime Elástico Forças de compressão, cisalhamento e torção - O comportamento elástico também é observado quando forças compressivas, tensões de cisalhamento ou de torção são impostas ao material. Fenômeno de escoamento - Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza dúctil, como aços baixo teor de carbono. - Caracteriza-se por um grande alongamento sem acréscimo de carga. 22 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Regime Elástico Tensão de Escoamento - y = tensão de escoamento (corresponde a tensão máxima relacionada com o fenômeno de escoamento) - De acordo com a curva “a”, onde não observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento. - Alguns aços e outros materiais exibem o comportamento da curva “b”, ou seja, o limite de escoamento é bem definido (o material escoa - deforma-se plasticamente - sem praticamente aumento da tensão). Neste caso, geralmente a tensão de escoamento corresponde à tensão máxima verificada durante a fase de escoamento. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Não ocorre escoamento propriamente dito Escoamento Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Regime Elástico Tensão de Escoamento - y = tensão de escoamento (corresponde a tensão máxima relacionada com o fenômeno de escoamento) - Quando NÃO observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento, a tensão de escoamento corresponde à tensão necessária para promover uma deforma- ção permanente de 0,2% ou outro valor especificado (obtido pelo método gráfico indicado na figura ao lado). PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica - É provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade. - É irreversível porque é resultado do deslocamento permanente dos átomos e portanto não desaparece quando a tensão é removida. 25 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica Resistência à Tração (kgf/mm2) - Corresponde à tensão máxima aplicada ao material antes da ruptura. - É calculada dividindo-se a carga máxima suportada pelo material pela área de seção reta inicial. 26 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica Tensão de Ruptura (kgf/mm2) - Corresponde à tensão que promove a ruptura do material. - O limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da ruptura. 27 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica Ductilidade em termos de alongamento - Corresponde ao alongamento total do material devido à deformação plástica. onde lo e lf correspondem ao comprimento inicial e final (após a ruptura), respectivamente. 28 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA ductilidade %alongamento = (lf - lo/lo)x100 Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica Ductilidade expressa como alongamento - Como a deformação final é localizada, o valor do alongamento só tem significado se indicado o comprimento de medida. Ex: Alongamento: 30% em 50 mm 29 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica Ductilidade expressa como estricção - Corresponde à redução na área da seção reta do corpo, imediatamente antes da ruptura. Os materiais dúcteis sofrem grande redução na área da seção reta antes da ruptura. Estricção= área inicial-área final área inicial 30 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Elástica Resiliência - Corresponde à capacidade do material de absorver energia quando este é deformado elasticamente. - A propriedade associada é dada pelo módulo de resiliência (Ur): Ur= esc2/2E - Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de elasticidade e baixo módulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas). 31 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA esc Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Deformação Plástica Tenacidade - Corresponde à capacidade do material de absorver energia até sua ruptura. 32 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA tenacidade Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Tensão e Deformação Reais ou Verdadeiras A curva de tensão x deformação convencional, estudada anteriormente, não apresenta uma informação real das características tensão e deformação porque se baseia somente nas características dimensionais originais do corpo de prova ou amostra e que na verdade são continuamente alteradas durante o ensaio. 33 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Tensão e Deformação Reais ou Verdadeiras 34 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA TENSÃO REAL (r) r = F/Ai onde Ai é a área da seção transversal instantânea (m2) DEFORMAÇÃO REAL (r) dr = dl/l r = ln li/lo Se não há variação de volume: Ai.li = Ao.lo r = ln Ao/Ai Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração Tensão e Deformação Reais ou Verdadeiras 35 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA RELAÇÃO ENTRE TENSÃO REAL E CONVENCIONAL r = (1+ ) RELAÇÃO ENTRE DEFORMAÇÃO REAL E CONVENCIONAL r = ln(1+ ) Estas equações são válidas para situações até a formação da estricção (pescoço) Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração TENSÃO CORRETA PARA A REGIÃO ONDE INICIA-SE A FORMAÇÃO DO PESCOÇO 36 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA r = Kn K e n são constantes que dependem do material e dependem do tratamento dado ao material, ou seja, se foram tratados termicamente ou encruados correta A tensão correta de ruptura é devido a outros componentes de tensões presentes, além da tensão axial. Propriedades Mecânicas: Ensaios de Tração TENSÃOCORRETA PARA A REGIÃO ONDE INICIA-SE A FORMAÇÃO DO PESCOÇO 37 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA r = Kn K = coeficiente de resistência (quantifica o nível de resistência que o material pode suportar) n = coeficiente de encruamento (representa a capacidade com que o material distribui a deformação) 38 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Exercícios: 1) Um corpo de prova de algum metal tendo uma seção transversal retangular de 10,8 mm x 12,5 mm é tracionada uniaxialmente com uma força de 34.300 N, produzindo apenas deformação elástica. Dado que o módulo de elasticidade desse metal é 79 GPa, calcule a deformação resultante. 2) Considere uma liga de latão (Cu-Zn) cujo comportamento em ensaio de tração é apresentado na figura abaixo. Um corpo de prova cilíndrico com comprimento de 630 mm deve alongar apenas 0,11 mm quando uma carga de 53.500N é aplicada. Sob essas condições, qual é o raio do corpo de prova? 39 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 3) Considere o mesmo material do exercício anterior. Um corpo de prova cilíndrico com diâmetro de 20 mm e comprimento de 188 mm é tensionado uniaxialmente . Calcule a tensão (em MPa) necessária para promover uma redução no diâmetro de 0,0105 mm. Assuma um valor de coeficiente de Poisson de 0,34. 4) Para uma liga de bronze (Cu-Sn), a tensão em que a deformação plástica se inicia é 267 MPa e o módulo de elasticidade é 115 GPa. (a) Qual é a máxima carga (em N) que pode ser aplicada em um corpo de prova que tem um área de seção transversal de 300 mm2 sem deformação plástica? (b) Se o comprimento inicial do corpo de prova é 137 mm, qual é o máximo comprimento (em mm) que o mesmo pode ser tensionado sem sofrer deformação plástica? 5) Uma barra cilíndrica de metal com diâmetro de 18,8 mm e comprimento de 198 mm é deformada elasticamente com uma força de 49.400 N. Dado que o módulo elástico e o coeficiente de Poisson do metal são 67,1 GPa e 0,34, respectivamente, determine: (a) Qual o alongamento (em mm) que o corpo de prova irá sofrer na direção da tensão aplicada. (b) A mudança no diâmetro (em mm) do corpo de prova. Indique um aumento no diâmetro com um número positivo e uma redução no diâmetro com um número negativo. 6) Uma liga metálica tem uma tensão de escoamento de 805 MPa e um modulo elástico de 107 GPa. Calcule o módulo de resiliência dessa liga (em J/m3 – que é equivalente a Pa), dado que a mesma apresenta um comportamento linear elástico em tensão-deformação. 7) Um corpo de prova metálico cilíndrico com 48,5 mm de comprimento e diâmetro de 9,72 mm é tensionado em tração uniaxial. Uma tensão verdadeira de 369 MPa causa uma deformação plástica do corpo de prova para um comprimento de 54,7 mm. Dado que o expoente de encruamento é 0,20, calcule a tensão verdadeira (em MPa) necessária para alongar plasticamente um corpo de prova do mesmo material de 48,5 mm para um comprimento de 57,2 mm. 40 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Propriedades Mecânicas: Ensaios de Dureza Razões para a utilização do ensaio: São simples e baratos – normalmente, nenhum corpo de prova especial precisa ser preparado e os equipamentos de ensaio são relativamente baratos; O ensaio é não-destrutivo – o corpo de prova não é fraturado, nem excessivamente deformado; uma pequena impressão é a única deformação; O limite de resistência à tração pode ser estimado a partir de dados obtidos no ensaio de dureza. Tipos: Dureza Rockwell (HR); Dureza Brinell (HB); Microdureza Knoop (HK) e Vickers (HV). UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 41 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Propriedades Mecânicas: Ensaios de Dureza Um pequeno penetrador é forçado contra a superfície de um material a ser testado, sob condições controladas de carga e taxa de aplicação; Faz-se a medida da profundidade ou do tamanho da impressão resultante, que é relacionada a um índice de dureza. Quanto mais macio o material, maior e mais profunda a impressão e menor o índice de dureza. UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 42 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Dureza Rockwell (HR) É o método mais comumente utilizado para medir a dureza, pois são muito simples de executar e não exigem habilidade especial; A dureza Rockwell é obtida através de várias combinações entre cargas e penetradores, que permitem o ensaio de metais e ligas, desde os mais duros até os mais macios; Tipos de penetradores utilizados: esférico (esfera de aço temperado); cônico (cone de diamante, com ângulo de 120° e ponta ligeiramente arredondada). Índice de dureza é determinado pela diferença na profundidade de penetração que resulta da aplicação de uma carga inicial menor seguida por uma carga principal maior. 43 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Dureza Rockwell (HR) Existem 2 tipos de ensaios: Rockwell e Rockwell superficial. Rockwell: carga menor 10 kgf; carga principal 60, 100 e 150 kgf Rockwell superficial: carga menor 3 kgf; carga principal 15, 30 e 45 kgf. 44 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Dureza Brinell (HB) Consiste na compressão lenta de uma esfera de aço sobre a superfície do metal e na medida do diâmetro da impressão produzida. O diâmetro do penetrador de aço endurecido (ou carbeto de tungstênio) é de 10,0 mm. As cargas variam entre 500 e 3000 kgf, em incrementos de 500 kgf e é mantida constante por um tempo específico (entre 10 e 30 s). O diâmetro da impressão resultante é medido com um microscópio especial, utilizando uma escala que está gravada na sua ocular. Esse diâmetro medido é então convertido ao número HB apropriado com o auxílio de um gráfico (apenas uma escala). 45 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 46 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Ensaio de Dureza Brinell UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 47 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Dureza Brinell (HB) 48 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Microdureza Vickers (HV) A microdureza Vickers utiliza um penetrador formado por uma pirâmide de diamante, produzindo uma impressão na forma de pirâmide invertida, conforme figura abaixo. Formação da impressão Vickers. Determina-se a média das diagonais da impressão. 49 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 50 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Microdureza Vickers (HV) 51 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Microdureza Vickers (HV) A microdureza com um penetrador em forma de pirâmide alongada (Knoop) permite a medição da dureza em regiões finas de camadas de metal depositado ou endurecido e mesmo de camadas de certas tintas. Também bastante usado para materiais frágeis. Comparação entre os penetradores (a) Vickers e (b) Knoop e suas respectivas impressões. 52 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Ensaio de Dureza UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 53 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Tabela de Conversão de Valores de Dureza UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 54 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICAEnsaios de Dureza Relação entre valores de Dureza e LR: Para a maioria dos aços: LR (MPa) = 3,45 x HB LR (psi) = 500 x HB 55 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Corpos de Prova em Forma de Disco e de Ensaio de Torção UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 56 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Ensaio de Flexão UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Ensaios de Fadiga 57 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Curvas S-N UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Ensaios de Fluência 58 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Curvas de Fluência UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA Ensaios de Impacto 59 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Corpos de Prova de Ensaios de Impacto UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 60 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Falhas e Fratura de Materiais em Ensaios de Tensão Uniaxial UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 61 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Fratura de Corpos de Prova em Ensaios de Tração UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 62 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Fratura Dúctil UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 63 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Temperatura de Transição UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 64 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Fratura Frágil UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 65 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Fratura Intergranular UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA 66 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Fratura em Fadiga UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIAS MECÂNICA, PRODUÇÃO E MECATRÔNICA
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