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Resumo do artigo Sistema Imune

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FACULDADE PITÁGORAS
Resumo do artigo Sistema Imunitário
Nome: Bruna Paula Santana Nazareth 
Professora: Alessandra 
Odontologia 3º período manhã/ Timbiras 
	
Belo Horizonte 
2020
· Introdução
A função imunológica é dividia em imunidade inata e imunidade adaptativa, sendo que a primeira é uma resposta, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo. É representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em todos os indivíduos. Ademais, as principais células efetoras da imunidade inata são: macrófagos, neutrófilos, células dendríticas e células Natural
Killer – NK. Já a segunda, é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas. Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema específico. Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos. Portanto, as principais características da resposta adquirida são: especificidade e diversidade de reconhecimento, memória, especialização de resposta, autolimitação e tolerância a componentes do próprio organismo. Embora as principais células envolvidas na resposta imune adquirida sejam os linfócitos, as células apresentadoras de antígenos (APCs) desempenham papel fundamental em sua ativação, apresentando antígenos associados a moléculas do complexo de histocompatibilidade principal para os linfócitos T.
· Células dendríticas 
Células dendríticas (DCs) são uma das principais células apresentadoras de antígeno do sistema imune. Tais tecidos e órgãos incluem a pele, estômago, nariz, pulmões e outros órgãos digestivos, embora a formação de células dendríticas ocorra inicialmente em células progenitoras na medula óssea. Portanto, as células dendríticas atuam como um veículo de comunicação entre múltiplas células-chave. Elas funcionam em conjunto com macrófagos e linfócitos para transportar antígenos, que são moléculas que desencadeiam uma resposta imune.
· Neutrófilos 
Os neutrófilos são um tipo de leucócito, sendo, portanto, responsáveis pela defesa e imunidade do organismo. As células dendríticas quando imaturas migram através da corrente sanguínea para entrarem nos tecidos. Entre suas funções estão a fagocitose e a micro pinocitose, ingestão continua de grandes quantidades de fluído extracelular e seu conteúdo. Após o encontro com um patógeno, maturam rapidamente e migram para os nódulos linfáticos, onde realizam a apresentação de antígenos para os linfócitos T.
· Macrófagos
Os macrófagos originam-se dos monócitos, que são células sanguíneas formadas na medula óssea. Esses circulam pela corrente sanguínea até chegar aos locais de destino, onde sofrem diferenciação e passam a desempenhar funções específicas. Ademais, o monócito é um tipo de leucócito e representa a forma imatura do macrófago. A principal diferença ocorrida na transformação do monócito para macrófago é o aumento no número de lisossomos. Portanto, as funções dos macrófagos se caracterizam pela neutralização, ingestão (fagocitose) e destruição de antígenos, além de processar e apresentar antígenos para os linfócitos T e, além disso, secretam várias proteínas citotóxicas que ajudam a eliminar os patógenos. Os monócitos também responsáveis pela fagocitose de antígenos, circulam no sangue e migram continuamente nos tecidos, onde se diferenciam.
· Células Natural Killer
Os linfócitos NK (Natural Killer) são células matadoras naturais e fazem parte de 10-15% dos linfócitos do sangue. Elas lisam (destroem) a células tumorais (estranhas) ou infectadas por vírus sem que estas expressem algum antígeno ativador da resposta imune específica. Este tipo de resposta é chamada de resposta imune inespecífica, pois não há reconhecimento de epítopos e nem formação de células monoclonais específicas ou qualquer memória imunológica (que é sempre específica). Estas células costumam expressar receptores CD de superfície, não existindo nenhum marcador específico para os NK. O marcador mais encontrado e usado atualmente para detectá-los é o CD16 ou o CD56. Ademais, as células NK também lisam células cobertas por IgG. Essa função é denominada de citotoxidade celular dependente de anticorpo. Logo as células NK exercem um papel importante na imunidade celular: a secreção de citocinas.Células NK ativadas por IL-12 podem secretar IFN-Gama que como o citado é um importante ativador de linfócitos Th responsáveis pela imunidade celular. Assim, a ativação natural de células NK pode ser mais um mecanismo de indução da imunidade celular frente a determinados estímulos antigênicos.
· Mastócitos
Os mastócitos são células de vida longa originados da linhagem hematopoética que, após a sua maturação, ainda mantêm sua capacidade proliferativa. Por serem intimamente ligados na ativação da resposta imune de linfócitos T, os mastócitos têm grande importância na defesa contra helmintos e bactérias. A principal função dos mastócitos é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como heparina (anticoagulante), histamina (vasodilatador), serotonina, o fator quimiotático dos eosinófilos na anafilaxia.
· Basófilos
Os basófilos são células importantes para o sistema imune, estando normalmente aumentados em casos de alergia ou inflamação prolongada como asma, rinite ou urticária por exemplo. Os basófilos possuem em sua estrutura inúmeros grânulos, que, em situações de inflamação ou alergia, por exemplo, liberam heparina e histamina para combater o problema. Além disso, estão presentes no sangue em concentrações muito pequenas, sendo os valores normais de referência dos basófilos variam entre 0 - 2% ou 0 - 200/mm3 tanto nos homens como nas mulheres.
· Eosinófilos 
Eosinófilos são um tipo de glóbulo branco do sangue que desempenha um papel importante na resposta do organismo a reações alérgicas, asma e infecção por parasitas. Essas células participam da imunidade protetora contra certos parasitas, mas também contribuem para a inflamação que ocorre em distúrbios alérgicos. Às vezes, os eosinófilos causam inflamação em certos órgãos, o que resulta em sintomas. Geralmente, os eosinófilos constituem menos de 7% dos glóbulos brancos circulantes (de 100 a 500 eosinófilos por microlitro de sangue). Portanto, a quantidade de eosinófilos no sangue é avaliada no leucograma, que é uma parte do hemograma em que são avaliadas as células brancas do organismo. Os valores normais de eosinófilo no sangue são:
Valor absoluto: 40 a 500 células/ µL de sangue - é a contagem total das eosinófilos no sangue;
Valor relativo: 1 a 5% - é a porcentagem dos eosinófilos em relação às outras células do leucograma.
Um exemplo de eosinófilos alto seria por causa de uma alergia, parasitose, doenças inflamatórias ou até mesmo pelo uso de algum remédio. Já exemplos de eosinófilos alto seria as infecções bacterianas agudas, como pneumonia ou meningite. Além disso, redução dos eosinófilos também pode ser resultado da diminuição da imunidade devido a doenças ou uso de medicamentos que alterem a função do sistema imunológico, como os corticoides.
· Sistema Complemento 
O sistema complemento é constituído por uma “cascata” enzimática que ajuda na defesa contra infecções. Muitas proteínas do sistema complemento ocorrem no soro como precursores enzimáticos inativos; outros são encontrados nas superfícies celulares. Ao longo do processo, ocorre a produção de diversos mediadores que alteram a permeabilidade vascular e contribuem para o desenvolvimento da resposta inflamatória. Assim, ocorre a formação do complexo de de ataque à membrana (MAC), que promove a lise osmótica da célula-alvo, favorecendo a eliminação do agente infeccioso. 
Há três vias de ativação do SC: 
1. Clássica:
Os componentes da via clássica costumam ser rotulados com um C e um número (p. ex., C1, C3), com base na ordem em que essas proteínas foram identificadas. Já na via alternativa, os componentes são geralmente classificados por letras (p. ex., fator B, fator D) ou por nome (p. ex., properdina).A ativação da via clássica é dependente de anticorpos, ocorrendo quando C1 interage com complexos antígeno-IgM ou agregados antígeno-Ig; independente de anticorpos, ocorrendo quando poliânions (p. ex., heparina, protamina, DNA e RNA das células apoptóticas), bactérias Gram-negativas ou proteína C reativa reagem diretamente com C1.
2. Alternativa:
A ativação da via alternativa ocorre quando componentes da superfície celular de microrganismos (p. ex., paredes celulares de leveduras, lipopolissacarídeo bacteriano [endotoxina]) ou até Ig (p. ex., fator nefrótico e IgA agregada) quebram pequenas quantidades do componente C3. Essa via é regulada por properdina, fator H e fator acelerador de degradação (CD55). 
3. Via das lectinas ligadoras de manose (MBL).
A ativação da via das lectinas é independente dos anticorpos; ocorre quando a MBL, uma proteína sérica, se liga a grupos de manose, frutose ou N-acetilglicosamina na parede celular bacteriana, na parede de leveduras ou nos vírus. Essa via, por outro lado, lembra estrutural e funcionalmente a via clássica.
As 3 vias de ativação convergem para uma via comum quando a C3 converte-se cliva o componente C3 em C3a e C3b (Vias de ativação do complemento.). A clivagem de C3 pode resultar na formação de MAC, o componente citotóxico do sistema complemento. O MAC causa lise de células estranhas. O fator I, com cofatores incluindo a proteína cofator de membrana (CD46), inativa o C3b e o C4b.
· O complexo de histocompatibilidade principal
O complexo principal de histocompatibilidade  é uma grande região genômica ou família de genes encontrada na maioria dos vertebrados. É a região mais densa de genes do genoma dos mamíferos e possui importante papel no sistema imune, auto-imunidade e no sucesso reprodutivo. As proteínas codificadas pelo MHC são expressas na superfície das células de todos animais com mandíbula, e apresenta tanto antígenos próprios (fragmentos de peptídeos da própria célula) e antígenos externos (fragmentos de microorganismos invasores) para um tipo de leucócito chamado célula T que tem a capacidade de matar ou coordenar a morte de patógenos, células infectadas ou com função prejudicada.
O sistema imune foi desenvolvido para combater a invasão de agentes estranhos no indivíduo. É composto por uma cascata de reações extremamente complexas e por vários constituintes (células, sinalizadores, etc). O componente mais importante desse sistema é o Complexo Principal de Histocompatibilidade ou MHC, seu aspecto mais visível seja a sua extraordinária diversidade genética, que se originou devido às pressões evolutivas que os microrganismos inferiram nos vertebrados com o passar do tempo.
A função do complexo principal de histocompatibilidade é codificar várias proteínas receptoras transmembranas, que atuam no reconhecimento e na apresentação de constituintes dos agentes estranhos, os antígenos (figura 1). Esse grupo genético nos seres humanos receberam a denominação de Antígenos Leucocitários Humanos (HLA).
São dividos em 3 classes:
1. Classe I (que se encontram mais próximos da região telomérica)
2. Classe II (presentes na região centromérica) e classe III (localizado entres os outros dois componentes). Os antígenos de classe I e II são proteínas expressas nas células e tecidos. 
3. Os produtos dos genes de classe III são proteínas encontradas no soro ou outros fluidos do corpo. Os antígenos de classe III não participam da rejeição de transplantes.
· Imunidade Inata no contexto da Resposta Inflamatória 
É a primeira defesa do organismo. A finalidade desse processo é remover o estímulo indutor da
resposta e iniciar a recuperação tecidual local. 
A resposta inflamatória faz parte da resposta imune inata e, por isso, não é uma resposta específica, mas ocorre de maneira padronizada independente do estímulo. O processo inflamatório envolve várias células do sistema imune, mediadores moleculares e vasos sanguíneos. A função da inflamação é eliminar a causa inicial da lesão, coordenar as reações do sistema imune inato, eliminar as células lesadas e os tecidos danificados para iniciar a reparação dos tecidos e restaurar a função. A resposta inflamatória se divide em dois tipos: o primeiro é a inflamação aguda e a segunda fase é a inflamação crônica. A primeira, é uma resposta inflamatória aguda e tem início imediato e dura pouco tempo. Pode ser ocasionada por patógenos orgânicos, radiação ionizante, agentes químicos ou traumas mecânicos. Os principais sinais da resposta inflamatória aguda estão relacionados à resposta vascular com vasodilatação gerando rubor e calor, aumento da permeabilidade vascular gerando edema, aumento da pressão tissular causando dor (tensão e compressão às terminações nervosas), seguindo-se a perda de função. A resposta celular na inflamação aguda é mediada por neutrófilos, basófilos, mastócitos, eosinófilos, macrófagos, células dendríticas e epiteliais. Os principais mediadores químicos envolvidos na inflamação aguda são bradiquinina, fibrinopeptídeos e prostaglandinas; as proteínas do complemento (C3a, C4a e C5a), que induzem a degranulação local dos mastócitos com libertação de histamina; as interleucinas IL-1, IL-6, IL-8 e fator de necrose tumoral TNF-α. 
Assim que ocorre a lesão, as plaquetas liberam proteínas do complemento e os mastócitos degranulam liberando histamina e serotonina, fatores que medeiam a vasodilatação e o aumento da permeabilidade. Os neutrófilos são os primeiros a responder à lesão inflamatória e sua migração para o local é induzida por quimiocinas (IL-8). Estes neutrófilos fagocitam os patógenos e liberam mediadores que contribuem na resposta inflamatória, sendo os mais importantes as quimiocinas que atraem os macrófagos para o local de inflamação. Os macrófagos, ao serem ativados, apresentam fagocitose aumentada e liberação aumentada de mediadores (prostaglandinas e leucotrienos) e citocinas (IL-1, IL-6 e TNF-α). São as citocinas produzidas pelos macrófagos que atraem os leucócitos. A participação dos eosinófilos está mais ligada a infecção por helmintos, assim como a participação dos basófilos está mais ligada a alérgenos e parasitas. A acumulação de células mortas e micro-organismos, em conjunto com fluidos acumulados e várias proteínas, forma o que é conhecido com pus. Mas uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e algumas citocinas iniciam o processo de cicatrização.
Já a segunda, se o agente causador da inflamação aguda persistir dá-se início ao processo de inflamação crônica. Este processo pode durar vários dias, meses ou anos. A inflamação crônica é caracterizada pela ativação imune persistente com presença dominante de macrófagos no tecido lesionado. Os macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só para o agente causador da inflamação, mas também para os tecidos da pessoa. Como consequência, a inflamação crônica é quase sempre acompanhada pela destruição de tecidos. Entre os processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite, asma e processos alérgicos, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais, doença celíaca e diabetes.
· Migração dos leucócitos: moléculas de adesão
Quando há vasodilatação, a velocidade do fluxo sanguíneo diminui e as células circulantes colidem
mais frequentemente com as células endoteliais ativadas que expressam moléculas de superfície capazes de se ligar aos leucócitos. As células endoteliais ativadas expressam altos níveis de moléculas de adesão da família das selectinas, molécula 1 de adesão intercelular (ICAM-1) e molécula 1 de adesão da célula vascular (VCAM-1). A ativação endotelial é ocasionada por subprodutos de micro-organismos, citocinas (IL-1, TNF-α), componentes ativados do SC, fatores da coagulação, histamina e leucotrieno B4. As selectinas são glicoproteínas presentes em leucócitos (L-selectina), endotélio (E-selectina e P-selectina) e plaquetas (P-selectina) que se ligam a moléculas glicosiladas presentes na superfície de outras células e, em geral, medeiam adesãode baixa afinidade entre leucócitos e endotélio. Apesar da baixa afinidade, essa interação é suficiente para atrair os leucócitos para a periferia e promover contato com o endotélio.
· Mediadores solúveis da resposta inflamatória 
Os mediadores da resposta inflamatória são variados e derivam de precursores plasmáticos e celulares, podendo ser classificados de acordo com suas propriedades bioquímicas em: aminas vasoativas, peptídeos vasoativos, produtos de clivagem do SC, mediadores lipídicos, citocinas, quimiocinas e enzimas proteolíticas. Estas categorias não são mutuamente exclusivas e muitos mediadores podem ser designados para mais de um grupo.
1. Histamina: encontra-se amplamente distribuída nos tecidos e sua fonte mais rica são os mastócitos normalmente presentes no tecido conjuntivo adjacente aos vasos; também é encontrada em basófilos e em plaquetas sangüíneas. A histamina pré-formada está presente nas granulações dos mastócitos e é liberada como resposta a diversos estímulos ( traumatismos, reações imunes que envolvam a ligação de Ac aos mastócitos, etc.). É considerada como o principal mediador da fase imediata, e exerce seus efeitos fisiológicos através da interação com 3 diferentes tipos de receptores da célula-alvo, designados H1, H2 e H3. Efeitos da ligação com tais receptores:
 - H1: contração da musculatura lisa dos brônquios, intestino e útero, e aumento da permeabilidade do capilar venoso. Drogas anti-histamínicas bloqueiam estes receptores.
 - H2: aumenta a secreção de ácido gástrico e de muco nas vias aéreas. 
- H3: afeta principalmente a síntese da histamina e sua liberação.
2. Bradicinina: Polipeptídio plasmático de função vasodilatadora, que se forma em resposta à presença de toxinas ou ferimentos. Os receptores para bradicinina B2 são constitutivos e medeiam o aumento do fluxo sanguíneo e da permeabilidade vascular, broncoconstrição e estimulação de receptores algésicos. Os receptores B1 , pouco expressos na maioria dos tecidos em condições normais, são rapidamente induzidos em condições patológicas por vários estímulos pro-inflamatórios, como as citocinas IL-1, IFN-γ e TNF-α.32
3. Neuropeptídeos: Neuropeptídeos são substâncias químicas produzidas e liberadas pelas células cerebrais. Pesquisas indicam que esses neuropeptídios podem fornecer a chave para um entendimento da química da emoção do corpo. Esses flutuam através de, praticamente, todos os fluidos do corpo e são atraídos apenas a receptores específicos. Isto estabelece um sistema de informações no qual os neuropeptídeos ‘falam’ e os receptores ‘ouvem’. Quando for possível documentar o papel que as emoções, expressas através das moléculas de neuropeptídeos, desempenham em afetar o corpo, se tornará claro que as emoções podem ser a chave do entendimento das doenças. Baseada em descobertas sobre a ação dos neuropeptídeos sobre o corpo humano pode-se concluir que a ação deles e seus receptores formam uma rede de informações dentro do corpo; suas implicações são de longo alcance.
4. Ácido araquidônico: Os mediadores lipídicos derivados do ácido araquidônico são produzidos pela ativação de fosfolipases que clivam os fosfolipídios constituintes da membrana celular, gerando prostaglandinas, leucotrienos e PAF (fator ativador de plaquetas). As prostaglandinas têm funções inflamatórias como febre, hiperalgesia e vasodilatação, potencializando edema e contração ou relaxamento da musculatura lisa. Esses mediadores também atuam em processos fisiológicos, como na manutenção da integridade do epitélio das mucosas, manutenção da função renal, reprodução (sobrevivência do feto, implante de ovo, contração do útero durante o parto) proliferação e morte celular. 
5. Quimiocinas: Quimiocinas são uma grande família de pequenas citocinas e seu peso molecular varia de 7 a 15kDa. As quimiocinas e seus receptores são capazes de controlar a migração e a residência de células imunes. Algumas quimiocinas são consideradas pró-inflamatórias e podem ser induzidas durante a resposta imune no sítio de infecção, enquanto outras são consideradas homeostáticas e estão envolvidas no controle da migração celular durante o desenvolvimento ou a manutenção dos tecidos. A importância fisiológica dessa família de mediadores é resultado de sua especificidade − os membros da família de quimiocinas induzem ao recrutamento de subtipos bem definidos de leucócitos.
· Classificação da resposta inflamatória 
A resposta inflamatória é, em geral, benéfica ao organismo, resultando na eliminação de microrganismos por fagocitose ou lise pelo SC, porém em algumas situações, entretanto, pode ter consequências indesejáveis, como, por exemplo, nas reações alérgicas e nas doenças autoimunes. 
 As reações de hipersensibilidade imediata (tipo I) são caracterizadas pela presença de IgE e, em geral, desencadeadas por um antígeno externo (alérgeno). Podem apresentar-se de forma sistêmica, envolvendo múltiplos órgãos, ou de modo mais restrito como na urticária e na rinite alérgica.
 As reações do tipo II dependem da produção de anticorpos das classes IgG e IgM contra um dado antígeno. O fato de a resposta humoral causar dano, em vez de proteção, depende da natureza do antígeno, do isotipo da imunglobulina formada e, principalmente, da especificidade e da avidez dos autoanticorpos em questão. 
 As reações tipo III são causadas pela formação de imunocomplexos (IC) antígeno-anticorpo, que se depositam nos tecidos e ativam o SC. Estão envolvidos apenas os anticorpos capazes de ativar complemento, IgM, IgA e todas as subclasses de IgG, exceto IgG4.
 As reações do tipo IV, ou de hipersensibilidade tardia, são mediadas por LTs, macrófagos, histiócitos e monócitos. Linfócitos T citotóxicos (CD8) causam danos teciduais diretos, enquanto LTs auxiliadores (CD4) secretam citocinas que ativam e recrutam LT citotóxicos, monócitos e macrófagos.

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