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UNIP EAD
	CONTEÚDOS ACADÊMICOS
	BIBLIOTECAS
	MURAL DO ALUNO
	TUTORIAIS
	LABORATÓRIOS
1. ESTUDOS DISCIPLINARES X 6673-10_SEI_LP_0418_R_20201 
 
2. CONTEÚDO
 
3. Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I
· 
· 
ESTUDOS DISCIPLINARES X (6673-10_SEI_LP_0418_R_20201)
· CONTEÚDO
	Usuário
	ROSELY MARIA DE MELO ALEIXO
	Curso
	ESTUDOS DISCIPLINARES X
	Teste
	QUESTIONÁRIO UNIDADE I
	Iniciado
	11/04/20 11:25
	Enviado
	11/04/20 11:28
	Status
	Completada
	Resultado da tentativa
	4,5 em 5 pontos  
	Tempo decorrido
	2 minutos
	Resultados exibidos
	Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente
· Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Uma coisa é saber a língua, isto é, dominar as habilidades de uso da língua em situações concretas de interação, entendendo e produzindo enunciados, percebendo as diferenças entre uma forma de expressão e outra. Outra coisa é saber analisar uma língua dominando conceitos e metalinguagem a partir dos quais se fala sobre a língua, se apresentam suas características estruturais e de uso.”
GERALDI, J. W. (org). O texto na sala de aula. Cascavel: Paraná: Assoeste/UNICAMP, 1984.
A partir do texto, avalie a adequação das seguintes propostas de atividades de ensino da língua portuguesa.
I - O professor seleciona o gênero a ser trabalhado com a turma de acordo com seu interlocutor e seus objetivos de ensino. A partir da seleção, elabora uma série de atividades articuladas que possibilitem ao aluno interagir com o gênero discursivo, percebendo as características contextuais, textuais e linguísticas; e compreendendo como esses níveis em interação concorrem para a construção de sentido.
II - O professor, a partir de determinado gênero discursivo, elabora situações que levem o aluno a perceber o uso efetivo da língua, a observar as escolhas lexicais, as construções sintáticas, o uso de articuladores e modalizadores, em função da interlocução e das interações comunicativas, e os efeitos de sentido produzidos.
III - O professor seleciona um texto pertencente a determinado gênero discursivo previsto no programa. A partir disso, escolhe determinados elementos gramaticais nele recorrentes para, então, conceituá-los e criar exercícios de fixação, além de elaborar questões de leitura e interpretação textual.
Assinale a alternativa que indica as afirmativas que expressam atividade(s) de ensino adequada(s).
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e II.
	Respostas:
	a. 
II, apenas.
	
	b. 
III, apenas.
	
	c. 
I e II.
	
	d. 
I e III.
	
	e. 
I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: o trabalho com gêneros textuais é adequado ao ensino da língua portuguesa, uma vez que desenvolve a competência linguístico-discursiva do aluno. Com base na situação de comunicação em que se insere o gênero textual proposto, o professor deve levar o aluno a perceber o uso efetivo da língua.
	
	
	
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Entre os conteúdos que fazem parte da trajetória acadêmica do graduando em Letras, destacam-se os níveis de análise da língua, os quais permeiam os estudos de aquisição da língua materna e tornam-se, portanto, referência básica nos estudos da linguagem.”
SCARPA, E. M. Aquisição da linguagem. In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (Orgs.). Introdução à linguística. São Paulo: Cortez, 2001.
Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Nos estudos sobre aquisição da língua materna, a aquisição do sistema entonacional, da acentuação e da estrutura silábica pertence ao nível fonológico; entretanto, tais processos contribuem para o desenvolvimento dos níveis morfológico, sintático, semântico e pragmático, embora sejam estudados separadamente.
PORQUE
II - Os níveis de análise da língua estabelecem redes de relações entre si e, portanto, o estudo do funcionamento de cada nível, de forma estanque, deve ser considerado um critério meramente metodológico.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
	
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I.
	
	c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
	
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
	
	e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: o aspecto fonológico pode levar a questões de outros níveis, como o semântico, por exemplo. A divisão em níveis de análise atende a critérios metodológicos, mas é importante que se tenha a visão global.
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Estudos linguísticos têm mostrado que o português brasileiro apresenta particularidades que o distinguem do português europeu, tais como segue:
1 - Uso de relativas com pronome lembrete/resumitivo:
Maria é uma pessoa que eu gosto muito dela.
2 - Uso do pronome reto na posição de objeto:
Gosto muito da Maria, mas eu não vejo ela há muitos anos.
3 - Topicalização com pronome lembrete:
A Maria, eu não vejo ela há muitos anos.
Com relação ao tema, avalie as seguintes explicações sócio-históricas para esse distanciamento:
I - O multilinguismo do período colonial brasileiro, envolvendo as línguas portuguesa, africanas e indígenas.
II - A vinda da família real para o Brasil e sua instalação no Rio de Janeiro, relusitanizando a colônia.
III - Tráfico constante de africanos para trabalhar como mão de obra escrava e a aquisição do português como L2 a partir de diversos modelos.
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e III.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
II, apenas.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
II e III.
	
	e. 
I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: realmente, o multilinguismo do período colonial brasileiro, envolvendo as línguas portuguesa, africanas e indígenas; associado à imposição da aquisição da língua portuguesa, do colonizador, pelos falantes de outras línguas de forma abrupta e massiva, teve, e ainda tem, papel importante na formação das variantes brasileiras da língua e na maneira como o PB se diferencia do PE. O tráfico constante de africanos para trabalhar como mão de obra escrava e a aquisição do português como L2 a partir de diversos modelos tiveram, de fato, grande importância na constituição histórica das variantes do PB e de suas importantes diferenças com relação ao PE.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Restos
Minha Nossa Senhora do Bom Parto! O caminhão do lixo já deve ter passado! Eu juro, seu poliça, foi nessa lixeira aqui! Nessa mesminha! Eu vim catar verdura, sempre acho umas tomate, umas cenoura, uns pimentão por aqui. Tudo bonzinho, é só lavar e cortar os pedaço podre, que dá pra comer... Aí quando eu puxei umas folha de alface, levei o maior susto. Quase desmaiei, até. Eu, uma mulher assim fornida que nem o seu poliça tá vendo, imagina: fiquei de pernas bamba. Me deu até tontura. Acho que também por causa do fedor... Uma carniça que só o senhor cheirando pra saber. Mas eu juro por tudo que é mais sagrado! Tinha sim um anjinho morto nessa lixeira! Nessa aqui! Coitadinho... Deve ter se esgoelado de tanto chorar. A gente via pela sua carinha de sofrimento. Ele tava com a boquinha aberta, cheinha de tapuru. Eu nem reparei se era menino ou menina, porque eu fiquei morrendo de pena... E de medo, também... Os olho... É do que mais me alembro... Esbugalhado, mas com a bola preta virada pra dentro, sabe? Ai! Soltei um berro e saí correndo.”
SERAFIM, L. Restos. In: SOUTO, A. Variação Linguística e texto literário: perspectivas para o ensino. Cadernos do CNLF, v. XIV, n. 4, t. 4, 2010, p. 3310 (com adaptações).
Considerando a variedade linguística utilizada pela personagem do texto, avalie as afirmativas a seguir:
I - A redução do verbo “estar”, como em “tá” e “tava”, é uma característica evidenciadana fala de sujeitos escolarizados e não escolarizados.
II - A eliminação da marca de plural, como em “os pedaço” e “pernas bamba”, é um traço das variedades linguísticas populares faladas e escritas.
III - A prótese do fonema /a/ em “alembro” é uma característica associada à história da língua portuguesa.
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I, II e III.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
III, apenas.
	
	c. 
I e II.
	
	d. 
II e III.
	
	e. 
I, II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: a redução do verbo “estar”, como em “tá” e “tava”, é, de fato, uma característica evidenciada na fala de sujeitos escolarizados e não escolarizados. Tais fenômenos representam metaplasmos de supressão: aférese e apócope em “tá” e apenas aférese em “tava”. Estratos mais escolarizados da população costumam usar “os pedaços” e “pernas bambas”, sem o apagamento da marca de plural do segundo elemento e de acordo com a norma culta prescrita pelas gramáticas.
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Texto 1
“Toco a sua boca com um dedo, toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se, pela primeira vez, a sua boca entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. [...] Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto [...] as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem, com um perfume antigo e um grande silêncio. (...) E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela.”
CORTÁZAR, J. O jogo da amarelinha. Trad. Fernando Castro Ferro. 14 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009 (com adaptações).
 
Texto 2
“Alguns cientistas acreditam que a união dos lábios evoluiu porque facilita a seleção de parceiros. ‘O beijo envolve uma troca bem complicada de informações – olfativa, tátil e de ajustes de postura – que costuma acionar mecanismos neurológicos sofisticados e também inconscientes, o que permite às pessoas determinar subjetivamente até que grau elas são geneticamente incompatíveis’, afirma o psicólogo evolucionista Gordon G. Gallup, professor da Universidade de Albany e da Universidade do Estado de Nova York. [...] Dos 12 ou 13 nervos cranianos que afetam a função cerebral, cinco estão em ação quando beijamos e carregam mensagens dos nossos lábios, língua, bochechas e nariz para o cérebro – que capta informações sobre temperatura, sabor, cheiro e movimentos de toda a situação. Parte dessa informação chega ao córtex somatossensorial, faixa de tecido na superfície cerebral responsável pela leitura das informações vindas do corpo. Ciência comprova a importância do beijo.”
Fonte: http://www.cmba.org.br
 
Os textos 1 e 2 apresentam, sob diferentes perspectivas, a temática do beijo. Nesse contexto, avalie as afirmativas a seguir:
I - A utilização de palavras de cunho científico no texto 2, como “córtex somatossensorial”, dificulta o entendimento do texto pelo público leitor.
II - A expressão “a dor é doce”, no texto 1, é incoerente, uma vez que os vocábulos “dor” e “doce” estão relacionados a percepções sensoriais diferentes.
III - A presença de apenas uma citação, no texto 2, é prejudicial à argumentação do texto, que, por isso, perde credibilidade.
IV - O uso constante de palavras que se referem à 1ª pessoa, no texto 1, reforça a subjetividade própria de um texto literário.
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
IV.
	Respostas:
	a. 
I.
	
	b. 
IV.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
II e III.
	
	e. 
II e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: o foco narrativo em primeira pessoa é comum em textos literários e expressa a subjetividade do narrador.
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Os casos de interpretação ambígua em textos jornalísticos ocorrem muitas vezes porque o leitor só lê a manchete, não o texto total. Considerando o exposto, avalie as manchetes transcritas a seguir:
I - “Jovem tenta assaltar PM com arma de brinquedo e é baleado na zona sul de São Paulo” (http://noticias.r7.com).
II - “A ONU está à procura de um técnico para ocupar o cargo de diretor daquele centro de estudos sobre a pobreza que vai instalar no Rio” (http://pagina20.uol.com.br).
III - “Macarrão levou Eliza Samudio para ser morta por amar Bruno, diz advogado do goleiro” (http://noticias.uol.com.br).
IV - “Governo inclui vacina contra hepatite A no calendário de vacinação do SUS” (http://g1.globo.com.br).
É correto afirmar que há ambiguidade apenas em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, II e III.
	Respostas:
	a. 
I e IV.
	
	b. 
II e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
I, II e III.
	
	e. 
I, II e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: no título, não se sabe quem estava com a arma de brinquedo: o jovem ou o policial. No trecho, a oração adjetiva “que vai instalar no Rio” deveria referir-se ao centro de estudos. No entanto, a proximidade do pronome relativo com o substantivo “pobreza” dá a entender que é a pobreza que será instalada. A elipse do sujeito na oração “por amar Bruno” provoca ambiguidade. Não se sabe quem ama o goleiro: Elisa ou Macarrão.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Os professores de línguas devem estabelecer um sistema de avaliação que enfatize o processo de aprendizagem e não somente testes padronizados que avaliem o resultado final. Todavia, ao considerarmos o atual contexto de avaliação na maioria das escolas regulares brasileiras, a forma mais comum de avaliação usada pelos professores é a que visa a constatar o avanço dos alunos em determinados tópicos ou conteúdos. Um dos principais problemas desse tipo de avaliação é a ênfase em aspectos quantitativos, o que resulta em perspectiva somativa e descontextualizada.
Considerando a avaliação e seu papel no processo de ensino-aprendizagem, avalie as afirmativas a seguir:
I - A praticidade de um teste padronizado está relacionada à contextualização ou à integração das diferentes partes do teste.
II - A utilização de um teste que apresente muitos exercícios gramaticais é considerada o método mais válido na avaliação da habilidade de fala de um estudante de segunda língua.
III - A aplicação de um teste cujas questões estão relacionadas ao mesmo tema e em que os aspectos estruturais da língua se apresentam imersos e contextualizados tem alto nível de autenticidade.
IV - O uso de testes apresenta problemas quando são enfatizados aspectos quantitativos e desconsiderados outros aspectos relevantes do processo de ensino-aprendizagem.
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III e IV.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
I e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
I, II e IV.
	
	e. 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: questões contextualizadas e relacionadas a um mesmo tema aumentam a confiabilidade do teste e permitem sua validação interna, podendo ser consideradas mais “autênticas” como instrumentos de avaliação.
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Claro, ao abrirmos a possibilidade de que vida extraterrestre inteligente exista...”
No fragmento, o vocábulo claro projeta uma opinião do autor do texto.
Outro exemplo em que a palavra ou expressão sublinhada cumpre função semelhante é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Infelizmente, até agora nada foi encontrado fora da Terra.
	Respostas:
	a. 
Desde então, ideias sobre a pluralidade dos mundos têm ocupado...
	
	b. 
Por mais de 40 anos, cientistas vasculham os céus...
	
	c. 
Infelizmente, até agora nada foi encontrado fora da Terra.
	
	d. 
Nesse caso, quão diferentes seriam dos deuses.
	
	e. 
Durante as viagens, o homem não encontrou sinal de vida extraterrestre.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: modalizadores são palavras ou expressões que projetam um ponto de vista do enunciador acerca do que está sendo enunciado,revelando diferentes intenções comunicativas. Com o uso de "infelizmente", por exemplo, fica clara a expectativa do autor de que fosse encontrado sinal de vida extraterrena, assim como a frustração dessa expectativa.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Science Fiction
O marciano encontrou-me na rua
e teve medo de minha impossibilidade humana.
Como pode existir, pensou consigo, um ser
que no existir põe tamanha anulação de existência?
Afastou-se o marciano, e persegui-o.
Precisava dele como de um testemunho.
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se
no ar constelado de problemas.
E fiquei só em mim, de mim ausente.”
Carlos Drummond de Andrade. Nova reunião. São Paulo: José Olympio, 1983.
 
É possível observar a ocorrência de um recurso discursivo indicado pelos vocábulos “me” e “consigo”. Esse recurso pode ser definido como:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Presença de mais de um enunciador.
	Respostas:
	a. 
Emprego de duas figuras de estilo.
	
	b. 
Presença de mais de um enunciador.
	
	c. 
Reiteração da ótica do sujeito poético.
	
	d. 
Alusão à diversidade de personagens.
	
	e. 
Ambiguidade discursiva.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: os vocábulos “me” e “consigo” contribuem para explicitar as diferentes vozes com que o poema é estruturado, seja do sujeito poético (me), seja do marciano (consigo).
	
	
	
· Pergunta 10
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	“A equipe brasileira deverá vencer a competição. Não só possui os melhores atletas, como também o técnico é dos mais competentes. Além disso, tem treinado bastante e está sendo apontada pela imprensa como a favorita.”
Nesse enunciado, há a recorrência da relação discursivo-argumentativa do tipo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Comparação.
	Respostas:
	a. 
Disjunção.
	
	b. 
Justificação ou explicação.
	
	c. 
Comparação.
	
	d. 
Conjunção.
	
	e. 
Conclusão.
	
	
	
	este
	QUESTIONÁRIO UNIDADE II
	Iniciado
	11/04/20 12:53
	Enviado
	11/04/20 12:55
	Status
	Completada
	Resultado da tentativa
	5 em 5 pontos  
	Tempo decorrido
	2 minutos
	Resultados exibidos
	Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente
· Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Tradicionalmente, a poesia do Romantismo brasileiro é dividida em três diferentes gerações. Sobre elas, estão corretas as seguintes proposições:
I - A primeira geração do Romantismo brasileiro ficou marcada pela inovação temática e pelo experimentalismo. Também conhecida como a fase heroica do Romantismo, tinha como principal projeto literário a retomada dos modelos clássicos europeus;
II - O sofrimento, a dor existencial, a angústia e o amor sensual e idealizado foram os principais temas da literatura produzida durante a segunda fase do Romantismo. Seus principais representantes foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire;
III - Da primeira fase do Romantismo brasileiro destacam-se nomes como José de Alencar e Gonçalves Dias, responsáveis por imprimir em nossa literatura o sentimento de nacionalismo e anticolonialismo;
IV - Entre as principais características da poesia romântica da terceira geração, estão o interesse por temas religiosos, os dualismos que bem representam o conflito espiritual do homem do início do século XIX, o emprego de figuras de linguagem e o uso de uma linguagem rebuscada;
V - O Condoreirismo, importante corrente literária que marcou a terceira geração da poesia romântica no Brasil, teve como principal representante o poeta Castro Alves, cujo engajamento na poesia social lhe rendeu a alcunha de “poeta dos escravos”.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
II, III e V, apenas.
	Respostas:
	a. 
II, III e V, apenas.
	
	b. 
I e IV, apenas.
	
	c. 
II, IV e V, apenas.
	
	d. 
II e IV, apenas.
	
	e. 
I e III, apenas.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: a primeira fase é nacionalista e anticolonialista com destaque para o indianismo. Os autores mais importantes são Gonçalves Dias e José de Alencar. A segunda fase é chamada de ultrarromântica e tem como nomes mais importantes Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, entre outros. A terceira fase é chamada de condoreira e tem como o autor de maior destaque Castro Alves, o poeta dos escravos.
	
	
	
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Veja a imagem e os textos 1 e 2 a seguir:
 
Fabiano, Sinhá Vitória e os meninos, em cena do filme Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. Disponível em: https://aprovadonovestibular.com/vidas-secas-livro-para-download.html. Acesso em: 24 fev. 2020.
 
Texto 1
 
A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. (...) Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo.
RAMOS, G. Vidas secas. 106.ª ed. São Paulo: Record, 1985, p. 117.
 
Texto 2
 
Veio a seca, maior, até o brejo ameaçava de se estorricar. Experimentaram pedir a Nhinhinha: que quisesse a chuva. — “Mas, não pode, ué...” (...). Daí a duas manhãs quis: queria o arco-íris. Choveu. E logo aparecia o arco-da-velha, sobressaído em verde com vermelho — era mais um vivo cor-de-rosa. Nhinhinha se alegrou, fora do sério, à tarde do dia com a refrescação. Fez o que nunca lhe vira, pular e correr por casa e quintal. — “Adivinhou passarinho verde?”
ROSA, J. G. Primeiras estórias. In: Ficção completa. v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 403.
 
Levando em conta a inter-relação literatura e outros sistemas culturais, assinale a opção correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A resistência de Fabiano a ficar na fazenda, “pedindo a Deus um milagre”, é quebrada pela realidade dura da seca, evidenciada pelo despovoamento da fazenda.
	Respostas:
	a. 
O espaço representado por Guimarães Rosa reproduz o cenário de seca construído por Graciliano Ramos.
	
	b. 
A religiosidade de Guimarães Rosa e Graciliano Ramos está representada nas crenças populares, nas rezas dos personagens bem como na esperança de intervenção divina.
	
	c. 
A resistência de Fabiano a ficar na fazenda, “pedindo a Deus um milagre”, é quebrada pela realidade dura da seca, evidenciada pelo despovoamento da fazenda.
	
	d. 
Ao tratar do milagre, a linguagem dos dois fragmentos se aproxima, sobretudo quanto ao caráter lírico da abordagem religiosa.
	
	e. 
As adversidades vividas pelos personagens revelam as condições de pobreza dos grupos sociais representados, mas são superadas mediante a intervenção divina.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: a alternativa “C” é a correta, pois Fabiano pede ajuda a Deus. O emprego da conjunção adversativa “mas” confirma a quebra sugerida pela questão: a impossibilidade da ajuda de Deus.
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir:
Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doce e trabalhador alugado. Estou convencido de que nenhum desses ofícios me daria os recursos intelectuais necessários para engendrar esta narrativa. Magra, de acordo, mas em momentos de otimismo suponho que há, nela, pedaços melhores que a literatura de Gondim. Sou, pois, superior a Mestre Caetano e a outros semelhantes. Considerando, porém, que os enfeites do meu espírito se reduzem a farrapos de conhecimento apanhados sem escolha e mal cosidos, devo confessar que a superioridade que me envaidece é bem mesquinha.   
Disponível em: https://www.mesalva.com/enem-e-vestibulares/exercicios/literatura/modernismo-de-45-terceira-geracao/modernismo-de-45-terceira-geracao-lista-3/ff82db75355. Acesso em: 24 fev. 2020.  
No trecho acima, de São Bernardo, de Graciliano Ramos, o narrador reflete sobre questões que dizem respeito, diretamente, à sua competência para desenvolver uma narrativa autobiográfica. Essa competência é explicitamente postaem dúvida em outras passagens do romance, como, por exemplo, em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As pessoas que me lerem, terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem.
	Respostas:
	a. 
As pessoas que me lerem, terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem.
	
	b. 
Começo declarando que me chamo Paulo Honório, peso oitenta e nove quilos e completei cinquenta anos pelo São Pedro.
	
	c. 
João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante. Calculem.
	
	d. 
E eu vou ficar aqui, às escuras, até não sei que horas, até que, morto de fadiga, encoste a cabeça na mesa e descanse uns minutos.
	
	e. 
Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: a alternativa “A” é a correta, pois Paulo Honório, o narrador, confessa-se incapaz de produzir literatura, confiando que são os leitores, se o quiserem, que deverão “traduzir” o escrito em “linguagem literária”.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir:
A designação de Realismo, dada a esse movimento, é inadequada, pois o realismo ocorre em todos os tempos como um dos polos da criação literária, sendo a tendência para reproduzir nas obras os traços observados no mundo real (...). Sob vários aspectos, o romance romântico foi cheio de realismo, pois a ficção moderna se constituiu justamente na medida em que visou, cada vez mais, a comunicar ao leitor o sentimento da realidade, por meio da observação exata do mundo e dos seres.
CANDIDO, A.; CASTELLO, J. A. Presença da literatura brasileira.
 
Aceitando-se o que diz o trecho anterior, é correto afirmar que são fortes os pontos de contato entre o romance romântico brasileiro ocupado com a vida urbana e a burguesa, e o romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Sim, pois em ambos os casos o quadro histórico e social têm peso decisivo para a criação romanesca.
	Respostas:
	a. 
Sim, pois em ambos os casos a motivação essencial é a da consolidação do sentimento nacionalista.
	
	b. 
Não, já que o antirromantismo de Machado de Assis desviou-o do drama urbano e burguês.
	
	c. 
Não, já que Machado de Assis, em sua fase madura, circunscreveu a sua ficção à análise psicológica.
	
	d. 
Sim, pois em ambos os casos o quadro histórico e social têm peso decisivo para a criação romanesca.
	
	e. 
Sim, pois, em ambos os casos, o estímulo inicial é a expressão otimista do processo de formação de uma sociedade.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: o escritor realista Machado de Assis tirou proveito da sua arte literária para não só criar um romance no qual o plano simbólico tem um papel importante, como também para criar personagens que representam os tipos e os comportamentos comuns ao contexto histórico daquele período.
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos 1 e 2 a seguir:
Texto 1
 
O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus.
BORGES, J. L. A biblioteca de Babel. In: Ficções.
 
Texto 2
 
Sertão velho de idades. Porque – serra pede serra – e dessas, altas, é que o senhor vê bem: como é que o sertão vem e volta. Não adianta de dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, tão distantes. Rumor dele se escuta. Sertão sendo do sol e os pássaros: urubu, gavião – que sempre voam, às imensidões, por sobre... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dele...
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas.
 
Encontram-se, nesses textos, dois espaços ficcionais bastante representativos, respectivamente, das obras de Borges e de Guimarães Rosa. Apesar das fortes diferenças entre esses espaços, eles apresentam uma característica essencial em comum. Qual é ela?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
O sentido de uma totalização: a biblioteca e o sertão são apresentados como universos de máxima abrangência.
	Respostas:
	a. 
O sentido de uma totalização: a biblioteca e o sertão são apresentados como universos de máxima abrangência.
	
	b. 
O sentido de um anacronismo: a biblioteca e o sertão expressam valores ultrapassados.
	
	c. 
O sentimento de superioridade do homem em relação à natureza.
	
	d. 
O sentimento de autossuficiência do indivíduo, confiante na razão.
	
	e. 
O sentido de uma insuficiência: o espaço explorado não estimula o pensamento metafísico.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: a alternativa correta é a “A”, que indica como característica essencial comum aos espaços descritos um sentido de totalização: a biblioteca e o sertão.
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos a seguir:
Texto 1
 
Em casa, os amigos do jantar não se metiam a dissuadi-lo. Também não confirmavam nada, por vergonha uns dos outros; sorriam e desconversavam. (...) Rubião via-os fardados; ordenava um reconhecimento, um ataque, e não era necessário que eles saíssem a obedecer; o cérebro do anfitrião cumpria tudo. Quando Rubião deixava o campo de batalha para tornar à mesa, esta era outra. Já sem prataria, quase sem porcelanas nem cristais, ainda assim aparecia aos olhos de Rubião regiamente esplêndida. Pobres galinhas magras eram graduadas em faisões, assados de má morte traziam o sabor das mais finas iguarias da Terra. (...) Toda a mais casa, gasta, pelo tempo e pela incúria, tapetes desbotados, mobílias truncadas e descompostas, cortinas enxovalhadas, nada tinha o seu atual aspecto, mas outro, lustroso e magnífico.
Adaptado de: ASSIS, M. de. Quincas Borba. São Paulo: W. M. Jackson Editores, 1955, p. 317-319.
 
Texto 2
 
A uns, a ironia no tratamento da cor local e de tudo que seja imediato pareceu uma desconsideração. Faltaria a Machado o amor de nossas coisas. Outros saudaram nele o nosso primeiro escritor com preocupações universais. Uma contra, outra a favor, as duas convicções registram a posição diminuída que acompanha a notação local no romance de Machado, e concluem daí para a pouca importância dela. Uma terceira corrente vê Machado sob o signo da dialética do local e do universal. Em Quincas Borba, o leitor, a todo o momento, encontra, lado a lado e bem distintos, o local e o universal. A Machado não interessava a sua síntese, mas a sua disparidade, a qual lhe parecia característica.
Adaptado de: SCHWARZ, R. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 167-170.
 
De acordo com o texto de Roberto Schwarz, acerca da recepção crítica da obra de Machado de Assis, assinale a opção que interpreta corretamente o trecho de Quincas Borba, referente ao delírio do protagonista Rubião.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
O aspecto “lustroso e magnífico” que Rubião dava às “cortinas enxovalhadas” acentua a disparidade crítica da obra machadiana, que, pela tensão entre o local e o universal, descortina a vida nacional.
	Respostas:
	a. 
O aspecto “lustroso e magnífico” que Rubião dava às “cortinas enxovalhadas” acentua a disparidade crítica da obra machadiana, que, pela tensão entre o local e o universal, descortina a vida nacional.
	
	b. 
A divisão da crítica quanto à recepção da obra de Machado de Assis é um falso problema, pois, como se vê em Quincas Borba, o pitoresco e o exotismo românticos continuam presentes no texto machadiano.
	
	c. 
Rubião, incapaz de enxergar a realidade como ela de fato era, confirma, com o seu delírio, a tendência crítica que vê, na obra de Machadode Assis, uma atitude de desconsideração para com a realidade nacional.
	
	d. 
A identificação de Rubião com o imperador francês corresponde à da obra de Machado de Assis com os modelos literários universais, o que reafirma a recepção crítica que saudava a universalidade da obra do escritor.
	
	e. 
A ironia machadiana presente na obra Quincas Borba, evidenciada na imagem de as “galinhas magras” se transformarem em “faisões”, confirma as opiniões críticas que concebem a obra de Machado como a negação do aspecto nacional e a valorização do universal.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: a tensão entre o local e o universal está no delírio de Rubião e no seu desejo de poder: realidade desejada em contraponto à vida que ele levava – “lustroso e magnífico” versus “cortinas enxovalhadas”.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o capítulo LXXI, do livro Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
 
O senão do livro
 
Começo o arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...
E caem! – Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como quaisquer outras belas e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar... Heis de cair.
ASSIS, M. de. Memórias póstumas de Brás Cubas.
 
No contexto, a locução “Heis de cair”, na última linha do texto, exprime a(o):
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Certeza de que uma dada ação irá se realizar.
	Respostas:
	a. 
Resignação ante um fato presente.
	
	b. 
Suposição de que um fato pode vir a ocorrer.
	
	c. 
Certeza de que uma dada ação irá se realizar.
	
	d. 
Ação intermitente e duradoura.
	
	e. 
Desejo de que algo venha a acontecer.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: a locução verbal “heis de cair” demonstra a “certeza de que uma dada ação irá se realizar”, indicação da alternativa “C”. A locução refere-se à inevitabilidade da morte, metaforizada pelas folhas do cipreste que caem.
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Examine as seguintes afirmações relativas aos romances brasileiros do século XIX, nos quais a escravidão aparece e, em seguida, considere os três livros citados:
I - Tão impregnado mostrava-se o Brasil de escravidão, que até o movimento abolicionista pôde servir, a ela, de fachada;
II - De modo flagrante, mas sem julgamentos morais ou ênfase especial, indica-se a prática rotineira do tráfico transoceânico de escravos;
III - De modo tão pontual quanto incisivo, expõe-se o vínculo entre a escravidão e a prática de tortura física.
A - Memórias de um Sargento de Milícias.
B - Memórias Póstumas de Brás Cubas.
C - O Cortiço.
As afirmações I, II e III relacionam-se, de modo mais direto, respectivamente, com os romances:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
C, A, B.
	Respostas:
	a. 
B, A, C.
	
	b. 
C, A, B.
	
	c. 
A, C, B.
	
	d. 
B, C, A.
	
	e. 
A, B, C.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: no livro naturalista O Cortiço, João Romão recebe um diploma de “sócio benemérito” dos abolicionistas, prêmio que sugere, ironicamente, o comportamento do explorador português. No livro Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, o tráfico negreiro é tratado como uma atividade comercial comum e normal, sem haver julgamentos morais quanto à escravidão no Brasil. No livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, Prudêncio, escravo da família do narrador quando criança, é alvo de maus- tratos de Brás Cubas, que o chicoteia e o xinga.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Considere o fragmento do romance Os Maias, de Eça de Queirós, a seguir:
Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em flagrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); então, o romancista de Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos antigos Apolos; então, Tomás Alencar, que (...) passava, ele próprio, uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) – de ora em diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar, atentamente, o jornal, o livro, o teatro. 
Disponível em: https://www.livros-digitais.com/eca-de-queiros/os-maias/141. Acesso em: 24 fev. 2020.
 
No trecho, quem relata é o narrador em terceira pessoa que se aproveita, dentre outros recursos, do discurso indireto livre. Considerado o contexto cultural em que a obra foi produzida, é correto afirmar que, nesse relato, o uso da ironia:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Produziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
	Respostas:
	a. 
Permitiu que o narrador, aderindo aos sentimentos de Tomás Alencar, criticasse a estética realista/naturalista, traduzindo a visão de Eça de Queirós.
	
	b. 
Produziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
	
	c. 
Criou um discurso de natureza metalinguística: o tema é a arte de Tomás Alencar, que, embora romântico, procura compor segundo o estilo das obras de Zola.
	
	d. 
Propiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as razões do juízo desfavorável de Eça de Queirós acerca das propostas da geração das Conferências do Cassino Lisbonense.
	
	e. 
Criou as referências (tédio no casamento, maridos como figuras bestiais, amantes apolíneos) que aproximam Tomás Alencar do autor de Madame Bovary, o que justifica a sua aversão ao Realismo/Naturalismo. 
	Feedback da resposta:
	Resposta: B
Comentário: a alternativa correta é a “B”, pois, se considerarmos que o escritor Eça de Queirós fazia parte da corrente Realista-Naturalista, podemos afirmar que o pensamento de Tomás Alencar difere do pensamento do escritor português, criando o efeito de inversão irônica, ao invés de concordância.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	 Leia o texto a seguir:
Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em flagrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); então, o romancista de Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais,e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos antigos Apolos; então, Tomás Alencar, que (...) passava, ele próprio, uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) – de ora em diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar, atentamente, o jornal, o livro, o teatro. 
Disponível em: https://www.livros-digitais.com/eca-de-queiros/os-maias/141. Acesso em: 24 fev. 2020.
 
O crítico José Guilherme Merquior, ao analisar a questão da literatura na Modernidade, afirma:
 
... a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da “vacuidade do ideal”; emerge a tradição moderna como literatura crítica.
 
Disponível em: https://www.academia.edu/6674703/Modernismo_de_vanguarda_e_tradi%C3%A7%C3%A3o_liter%C3%A1ria_brasileira_Carlos_Drummond_de_Andrade_em_perspectiva_%C3%BAnica. Acesso em: 24 fev. 2010.
 
O ideal esvaziado de conteúdo, assinalado pelo crítico, no texto de Eça de Queirós:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Pode ser associado a “escangalhando a catedral romântica”.
	Respostas:
	a. 
Constitui a busca do “paladino da moral”.
	
	b. 
É considerado a causa da ação de “celebrar a missa durante tantos anos”.
	
	c. 
Pode ser associado a “escangalhando a catedral romântica”.
	
	d. 
Está tomado como o sinônimo de “palpitação mesma da vida”.
	
	e. 
É tido como a consequência da “propaganda do amor ilegítimo”.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Comentário: o termo “vacuidade do ideal”, utilizado pelo crítico José Guilherme Merquior, mantém estreitas relações com a expressão “escangalhando a catedral romântica”, presente no texto de Eça de Queirós.
	
	
	
Sábado, 11 de Abril de 2020 12h55min59s GMT-03:00

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