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Farmácia Integrada-NP1 (1)

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1 
 
Classified Personnel Information 
 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
BRUNO MATHEUS REIS COELHO SOARES – D2984G9 
CESAR GUSTAVO FLORIANO – D31EIG0 
ISABELA DE CÁSSIA DA SILVA – N1288F0 
JOSÉ HENRIQUE DA ROCHA DANETTI – N1298F6 
NATHÁLIA MARLA GERALDO MACEDO – N181290 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS CLÍNICOS NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas - SP 
2020 
 
2 
 
Classified Personnel Information 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS CLÍNICOS NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Farmácia Integrada, ministrado pelo 
professor Humberto Stelita, do 7º Semestre 
do Curso de Farmácia da UNIP – 
Universidade Paulista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas – SP 
2020 
 
 
 
 
 
3 
 
Classified Personnel Information 
RESUMO 
 
 
O farmacêutico executa importante papel no cuidado ao usuário da atenção 
primária, ao proporcionar ações emancipadoras de autocuidado, educação em saúde, 
promoção da saúde e do uso racional de medicamentos. Nesse contexto, este trabalho 
tem por objetivo, fazer uma revisão integrativa da literatura, que objetivou analisar os 
tipos e os benefícios dos serviços farmacêuticos clínicos desenvolvidos na atenção 
primária à saúde do Brasil. O seguimento farmacoterapêutico é o serviço mais estudado, 
enquanto a dispensação e a orientação são as atividades realizadas com maior 
frequência pelos farmacêuticos da atenção primária. Já na esteira dos benefícios, a 
literatura demonstra a coexistência, a importância e a multidimensionalidade dos 
serviços farmacêuticos clínicos na promoção da saúde e do uso racional de 
medicamentos pela comunidade adstrita. 
 
Palavras-chave: assistência farmacêutica, uso racional de medicamentos, atenção 
farmacêutica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Classified Personnel Information 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................5 
2. ATRIBUÇÕES DO FARMACÊUTICO E FARMÁCIA CLÍNICA....................................7 
3. RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013..................................................8 
3.1 CUIDADO CENTRADO NO PACIENTE....................................................................8 
3.2 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS....................................................................8 
3.3 PLANO DE CUIDADO...............................................................................................9 
3.4 CONSULTA FARMACÊUTICA...............................................................,..................9 
4. DEFINIÇÃO DAS ATRIBUÇÕES................................................................................,,.........10 
5. PERSPECTIVAS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO BRASIL..........................................12 
6. CONCLUSÃO........................................................................................................................14 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Classified Personnel Information 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nas décadas passadas, após inúmeros eventos trágicos correlacionado ao uso de 
medicamentos, diversos países entenderam que o profissional farmacêutico seria 
importante para a gestão e controle do uso racional de medicamentos. Baseada nessa 
concepção nasceu a chama farmácia clínica, uma área na qual o farmacêutico é 
agregado a equipes multiprofissionais de saúde e oferece seus conhecimentos para 
assegurar uma maior segurança do paciente com ligação ao uso de medicamentos 
(ROSSIGNOLI et al, 2019). 
A princípio, a execução da farmácia clínica esteve mais focada no processo de uso 
dos medicamentos. Resultado disso foi a emissão do relatório da conferência da 
Organização Mundial de Saúde em Nairob (Quênia), em 1985, denominado Uso 
Racional de Medicamentos. Tempos depois passou a ser chamado de cuidados 
farmacêuticos. É significativo destacar que nesse período (antes, durante e após o 
surgimento da farmácia clínica), a responsabilidade do farmacêutico passou da produção 
de medicamentos para o controle de uso do produto, para chegar, por fim, à contribuição 
na melhoria dos resultados em saúde (ROSSIGNOLI et al, 2019). 
Essa área nova de atuação, não atingiu um nível de efetivação esperado. Com isso, 
foram realizados diversos estudos (em farmácias) com o intuito de reconhecer os 
obstáculos para a implementação de serviços farmacêuticos. Concluiu-se que a maior 
barreira para a implementação deste serviço estava na remuneração dos profissionais, 
mas também a falta de apoio dos encarregados e entidades profissionais. (Hossain et al, 
2017). 
Pesquisas praticadas no sistema público de saúde, apresentou de forma clara a 
falta de apoio dos governantes da saúde como um dos obstáculos (BRAZINHA et al, 
2014). Ainda que alguns países já tenham começado a resolver os impasses para a 
implementação, surge um novo desafio que é garantir a sustentabilidade deste serviço. 
Predispunha-se que existia um número de serviços farmacêuticos limitado a ser 
realizado, o que foi confirmado por entendimentos definido quais seriam eles. Uma visão 
mais avançada, apontou um elenco não limitado de serviços. A concepção atual de 
desenho dos serviços, fundamentada nas instruções da chama ciência de 
implementação, determina que os primeiro passo para um desenho racional de serviços 
passe por uma análise da situação e das necessidades dos pacientes e do sistema todo 
de saúde (SABATER-HERNÁNDEZ et al, 2016; DURKS et al, 2017). Após vencer essa 
 
6 
 
Classified Personnel Information 
etapa, devem ser determinados os objetivos específicos do serviço e operar com uma 
busca de protótipos e posicionamentos teóricos que aguentem a efetividade das 
intervenções e a sustentabilidade do serviço como um todo. Exclusivamente após 
finalizar essas etapas é que se deve desenhar o serviço em termos operacionais. 
Certamente, um dos equívocos mais importantes no desenho de alguns serviços 
farmacêuticos que não tiveram êxito tenha sido determinar um serviço ímpar e vasto, 
com objetivos excessivamente cobiçosos. Deste modo, a baixa taxa de efetivação de 
serviços farmacêuticos poderia estar mais agregada a desenhos inadequados do que 
às barreiras anteriormente mencionadas. Reconhecido este problema, seria adequado 
iniciar um processo de redesenvolvimento que questionem cada um dos fundamentos 
do serviço, afim de assegurar que o serviço farmacêuticos clínico tenha evidência de 
sua eficácia (ROSSIGNOLI et al, 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Classified Personnel Information 
2. ATRIBUIÇÕES DO FARMACEUTICO E FARMÁCIA CLÍNICA 
 
No que se diz respeito ao conceito de farmácia clínica, existem várias definições, 
embora todas elas englobam as mesmas características. Entre uma delas podemos citar: 
Farmácia Clínica é a área do currículo farmacêutico que lida com a atenção ao 
paciente com ênfase na farmacoterapia. A Farmácia Clínica procura desenvolver uma 
atitude orientada ao paciente. A aquisição de novos conhecimentos é consequência do 
desenvolvimento de habilidades de comunicação interprofissional e com o paciente. 
(MILLER-HOBERT at el 1968) 
As atribuições clínicas do farmacêutico visam à promoção, proteção e recuperação 
da saúde. Segundo a proposta, são atribuições clínicas do farmacêutico estabelecer e 
conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente, segundo preceitos profissionais 
e bioéticos, e participar da avaliação da farmacoterapia. 
Ele deve contribuir para que o paciente utilize os medicamentos nas doses, vias de 
administração e duração adequadas e de forma segura, pois assim ele terá condições 
de realizar o tratamento conformerecomendado pela equipe de saúde. 
A farmácia Clínica reconectou o farmacêutico com a área da saúde, elevando esse 
profissional a um novo patamar e reaproximando-o da figura central, o paciente, trouxe 
um novo sentido para a profissão farmacêutica. Vamos falar um pouco sobre o papel 
deste profissional na farmácia clínica e na saúde. 
 O Uso Irracional de Medicamentos é um problema de saúde mundial, anualmente 
milhares de pessoas morrem devido a intoxicações com fármacos. 
 O farmacêutico é o profissional responsável por promover o uso racional de 
medicamentos, através da educação em saúde, dispensação segura de medicamentos, 
otimização da farmacoterapia, garantindo segurança e efetividade no tratamento 
farmacológico, além de ser o profissional responsável pela identificação e resolução de 
Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM). Dessa forma, atuando junto à 
equipe multidisciplinar, o farmacêutico promove, saúde e qualidade de vida para os 
pacientes. 
 Por esses motivos, o farmacêutico tem papel de grande relevância na saúde sendo 
necessário difundir conhecimento sobre a importância de se ter esse profissional atuante 
nos serviços de saúde junto à equipe multidisciplinar. 
As atribuições do farmacêutico clínico foram definidas pela resolução nº 585 de 29 
de agosto de 2013 
https://pfarma.com.br/
 
8 
 
Classified Personnel Information 
 
3. RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013 
 Esta resolução regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico que, por 
definição, constituem os direitos e responsabilidades desse profissional no que concerne 
a sua área de atuação. É necessário diferenciar o significado de “atribuições”, escopo 
desta resolução, de “atividades” e de “serviços”. As atividades correspondem às ações 
do processo de trabalho. O conjunto de atividades será identificado no plano institucional, 
pelo paciente ou pela sociedade como “serviços”. 
Os diferentes serviços clínicos farmacêuticos, por exemplo, o acompanhamento 
farmacoterapêutico, a conciliação terapêutica ou a revisão da farmacoterapia 
caracterizam-se por um conjunto de atividades específicas de natureza técnica. A 
realização dessas atividades encontra embasamento legal na definição de atribuições 
clínicas do farmacêutico. Abaixo, seguem listados alguns conceitos indispensáveis para 
o entendimento da resolução. 
 
3.1 Cuidado centrado no paciente: 
 
Relação humanizada que envolve o respeito as crenças, expectativas, 
experiências, atitudes e preocupações do paciente ou cuidadores quanto as suas 
condições de saúde e ao uso de medicamentos, na qual o farmacêutico e paciente 
compartilham a tomada de decisão e a responsabilidade pelos resultados em saúde 
alcançados. 
 
3.2 Uso racional de medicamentos: 
 
A Organização Mundial de Saúde diz que há uso racional de medicamentos quando 
pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses 
adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor 
custo para si e para a comunidade. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Classified Personnel Information 
3.3 Plano de cuidado: 
 
Planejamento documentado para a gestão clínica das doenças, de outros 
problemas da saúde e da terapia do paciente, delineado para atingir os objetivos do 
tratamento. Inclui as responsabilidades e atividades pactuadas com o farmacêutico, a 
definição das metas terapêuticas, as intervenções farmacêuticas, as ações a serem 
realizadas pelo paciente e o agendamento para retorno e acompanhamento. 
 
3.4 Consulta farmacêutica: 
 
Atendimento realizado pelo farmacêutico ao paciente, respeitando os princípios 
éticos e profissionais, com a finalidade de obter os melhores resultados com a 
farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em 
saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classified Personnel Information 
 
 
4. DEFINIÇÃO DAS ATRIBUÇÕES 
O papel do farmacêutico clínico foi definido nas atribuições destacadas para esse 
profissional na resolução. São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado 
à saúde, nos âmbitos individual e coletivo: 
 
I – Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente; 
 
II - Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de saúde, ações 
para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e de 
outros problemas de saúde; 
 
III - Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o paciente 
utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas doses, frequência, 
horários, vias de administração e duração adequados, contribuindo para que o mesmo 
tenha condições de realizar o tratamento e alcançar os objetivos terapêuticos; 
 
IV – Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e técnicos; 
 
V – Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros membros 
da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição, substituição, ajuste 
ou interrupção da farmacoterapia do paciente; 
 
VI – Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os 
demais membros da equipe de saúde; 
 
VII - Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro ambiente 
adequado, que garanta a privacidade do atendimento; 
 
VIII - Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o 
propósito de prover cuidado ao paciente; 
 
IX - Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do paciente; 
 
X - Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente, a fim de 
proceder à avaliação farmacêutica; 
 
XI - Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional, com a 
finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia; 
 
XII - Avaliar resultados de exames clínico-laboratoriais do paciente, como instrumento 
para individualização da farmacoterapia; 
 
XIII - Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados de 
farmacocinética clínica; 
 
XIV - Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de 
acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde; 
 
11 
 
Classified Personnel Information 
 
XV - Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos medicamentos 
e a outros problemas relacionados à farmacoterapia; 
XVI - Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indesejadas e 
clinicamente significantes; 
 
XVII - Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente; 
 
XVIII - Pactuar com o paciente e, se necessário, com outros profissionais da saúde, as 
ações de seu plano de cuidado; 
 
XIX - Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente, família, 
cuidadores e sociedade; 
 
XX - Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções farmacêuticas realizadas, 
construindo indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados; 
 
XXI - Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração de 
medicamentos ao paciente; 
 
XXII - Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto à administração 
de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações, quando couber; 
 
XXIII - Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente; 
 
XXIV - Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medicamentos em uso pelo paciente 
durante os processos de admissão, transferência e alta entre os serviços e níveis de 
atenção à saúde; 
 
XXV - Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade com vistas ao 
processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de saúde autolimitados; 
 
XXVI - Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua competência 
profissional; 
 
XXVII - Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento, e realizar ações 
para a sua promoção; 
 
 XXVIII - Realizar ações de rastreamento em saúde, baseadas emevidências técnico-
científicas e em consonância com as políticas de saúde vigentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Classified Personnel Information 
5. PERSPECTIVAS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO BRASIL 
Seguindo tendência mundial, o Brasil vive um movimento de intensa reestruturação 
na área do medicamento que permeia o sistema de saúde, envolvendo a formação e 
prática dos profissionais de saúde, bem estar e qualidade devida. A implantação e 
implementação de ações preconizadas pelo SUS, a reestruturação das diretrizes 
curriculares dos cursos da área de saúde, em especial a farmacêutica (Brasil, 2001), a 
atuação conjunta da ANVISA, do Ministério da Saúde e da OPAS, vem fortalecendo as 
ações voltadas à racionalidade no emprego dos medicamentos, principalmente após a 
implantação dos genéricos. 
Este cenário favorece mudanças e abre possibilidades para a introdução de novas 
práticas na atenção primária à saúde. No entanto, como estão estruturadas as unidades 
de saúde, básicas ou distritais (SUS), o modelo tecnológico de Atenção Farmacêutica é 
difícil, porém não impossível, de ser implantado, devido em parte às condições inerentes 
ao atendimento. 
Na maioria das unidades de saúde, o fluxo de usuários é alto e os recursos 
humanos escassos, portanto o tempo de atendimento é sacrificado em benefício do 
processo de gestão. O serviço farmacêutico é o elo final da cadeia, o usuário, quase 
sempre, cansado pela espera, na fila da farmácia ou outra, está mais preocupado com a 
redução do tempo do que com a orientação propriamente dita. Nesta realidade, o tempo 
investido na orientação representa para o usuário maior desconforto e para o 
farmacêutico maior probabilidade de reclamações (Araújo, Freitas, 2006). 
Segundo Oliveira et al. (2005), a implantação da Atenção Farmacêutica nas 
Farmácias Comunitárias enfrenta obstáculos que incluem o vínculo empregatício do 
profissional farmacêutico e a rejeição do programa por gerentes e proprietários, além da 
insegurança e desmotivação por parte dos farmacêuticos, devido ao excesso de trabalho 
e falta de tempo para se dedicar ao atendimento, perdendo a concorrência para os 
balconistas em busca de comissões sobre vendas. Há necessidade de estimular a 
atuação profissional, principalmente de acadêmicos, sendo esse o primeiro passo para 
o sucesso da Atenção Farmacêutica, uma vez que a sociedade começa a reconhecer a 
importância do atendimento realizado pelo farmacêutico (Oliveira et al., 2005). 
Segundo a análise dos autores dessa revisão, para a implementação da Atenção 
Farmacêutica, no Brasil, são necessárias: 
a) mudança de paradigma, ou seja, as tecnologias devem ser adequadas e 
baseadas no acolhimento e nas necessidades dos usuários. Esta mudança, não 
 
13 
 
Classified Personnel Information 
depende só da prática do farmacêutico e, sim, todo o serviço deve estar empenhado em 
estabelecer uma relação de confiança e respeito mútuo, entre o usuário e o provedor do 
cuidado, permitindo a superação das barreiras que impedem o estabelecimento do 
diálogo; 
b) avaliar a capacitação e o perfil do profissional farmacêutico para esta nova 
atividade e, se necessário, desenvolver estratégias para prepará-los e treiná-los, cuja 
pedra fundamental, pelo menos no plano teórico, foi lançada nas novas diretrizes 
curriculares para os cursos de Farmácia “Formação Generalista” (Chaud, Gremião, 
Freitas, 2004; Brasil, 1996; Brasil, 2001). O sistema formador deve aproveitar as 
modificações propostas no “Farmacêutico Generalista”, incluir nos currículos dos cursos 
de Farmácia treinamento clínico e em ambulatórios, aprendizagem baseada em soluções 
de problemas, de modo a ampliar seus conhecimentos em fisiopatologia, medicamentos 
e terapêutica. Além do conhecimento técnico, a formação deve contemplar o 
desenvolvimento de habilidades de comunicação em linguagem adequada com a equipe 
de saúde e, principalmente, com o usuário; 
c) criação e validação, social e econômica, de modelo tecnológico de Atenção 
Farmacêutica. Este deve permitir, frente à nossa realidade, demonstrar ou não que os 
benefícios por ela proporcionados, ou seja, redução das reações adversas, das 
interações medicamentosas e dos agravamentos da patologia, devido a maior adesão 
ao regime terapêutico prescrito tenha maior valor monetário do que os custos de sua 
implantação e manutenção. Em caso positivo, este seria o argumento decisivo para 
convencer os gestores dos serviços de saúde da necessidade e das vantagens da 
implantação do serviço de Atenção Farmacêutica. No Brasil, há farmacêuticos, 
isoladamente, que buscam alternativas para desenvolver a Atenção Farmacêutica, 
entretanto pode-se observar que, na maioria dos casos, esse novo processo está 
associado às Universidades e seus docentes. De maneira geral, podemos considerar 
que a atividade de Atenção Farmacêutica ainda é incipiente no Brasil, tanto no setor 
público quanto no privado. Para a implementação efetiva da Atenção Farmacêutica no 
setor público, devem-se conscientizar os gestores que esta atividade reduz custos para 
o sistema saúde e melhora a qualidade de vida. No setor privado, pode representar o 
diferencial de atendimento, que contribui para a fidelidade do cliente. 
 
 
 
 
14 
 
Classified Personnel Information 
CONCLUSÃO 
A expansão das atividades clínicas do farmacêutico ocorreu, em parte, como 
resposta ao fenômeno da transição demográfica e epidemiológica observado na 
sociedade. A crescente morbimortalidade relativa às doenças e agravos não 
transmissíveis e à farmacoterapia repercutiu nos sistemas de saúde e exigiu um novo 
perfil do farmacêutico. 
Nesse contexto, o farmacêutico contemporâneo atua no cuidado direto ao paciente, 
promove o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde, redefinindo 
sua prática a partir das necessidades dos pacientes, família, cuidadores e sociedade. 
Por fim, é preciso reconhecer que a prática clínica do farmacêutico em nosso país 
avançou nas últimas décadas. Isso se deve ao esforço visionário daqueles que criaram 
os primeiros serviços de Farmácia Clínica no Brasil, assim como às ações lideradas por 
entidades profissionais, instituições acadêmicas, organismos internacionais e iniciativas 
governamentais. 
As distintas realidades e as necessidades singulares de saúde da população 
brasileira exigem bastante trabalho e união de todos. O êxito das atribuições descritas 
nesta resolução deverá ser medido pela efetividade das ações propostas e pelo 
reconhecimento por parte da sociedade do papel do farmacêutico no contexto da saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Classified Personnel Information 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AMERICAN COLLEGE OF CLINICAL PHARMACY. The definition of clinical 
pharmacy. Pharmacotherapy, v. 28, n. 6, p. 816-7, 2008. 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. 
DEPARTAMENTO DE SISTEMAS E REDES ASSISTENCIAIS. Protocolos Clínicos e 
Diretrizes Terapêuticas: medicamentos excepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 
2002. 604 p. 
 
BRAZINHA, Isabel; FERNANDEZ-LLIMOS, Fernando. Barriers to the implementation of 
advanced clinical pharmacy services at Portuguese hospitals. International journal of 
clinical pharmacy, v. 36, n. 5, p. 1031-1038, 2014. 
 
DURKS, Desire et al. Use of intervention mapping to enhance health care professional 
practice: a systematic review. Health Education & Behavior, v. 44, n. 4, p. 524-535, 
2017. 
 
HOSSAIN, Lutfun N. et al. Meta-síntese qualitativa de barreiras e facilitadores que 
influenciam a implementação dos serviços comunitários de farmácia: perspectivas 
de pacientes, enfermeiros e médicos generalistas. BMJ open , v. 7, n. 9 de 2017. 
 
ARAÚJO, A.L.A.; FREITAS, O. Concepções do profissional farmacêutico sobre a 
assistência farmacêutica na unidade básica de saúde: dificuldades e elementos 
para a mudança. Rev. Bras. Ciên. Farm.,v.42, n.1, p.137-46, 2006. 
 
ROSSIGNOLI, Paula et al. Inovação em serviços farmacêuticos clínicos no componente 
especializado da assistência farmacêutica do Estado do Paraná. Revista de Saúde 
Pública do Paraná, v. 2, n. 1, p. 125-139, 2019. 
 
SABATER-HERNÁNDEZ, Daniel et al. Intervention mapping for developing pharmacy-
based services and health programs: A theoretical approach. American Journal of 
Health-System Pharmacy, v. 73, n. 3, p. 156-164, 2016. 
 
 
16 
 
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