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Relatorio estagio acadêmico I_Farmácia Digital

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
 
 
 
Mariane Jardim De Castro Ferreira 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maio-Ananindeua/PA 
2022
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 
2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA .................................................................................... 5 
3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA ............................................................................................ 8 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................... 10 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 12 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 13 
 
 
 
 
4 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Com a Constituição Federal de 1988 a saúde passou a ser direito de todos e dever do 
Estado, garantida conforme preconiza o seu Artigo 196, garantida mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução dos riscos de doenças, bem como o acesso universal e 
igualitário às ações e serviços de saúde. 
A Assistência Farmacêutica (AF) engloba um conjunto de ações voltadas à promoção, 
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como 
insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional. Para que o profissional 
farmacêutico exerça as ações de Assistência Farmacêutica no estabelecimento onde é 
responsável, ele precisa conhecer muito bem os conceitos e suas responsabilidades 
profissionais, assim como incrementar suas habilidades, para a forma e o alcance do 
atendimento ao paciente. Quando o farmacêutico entende bem esse seu papel, com o 
direcionamento clínico promovido por essa assistência, ele consegue resultados significativos 
na farmacoterapia do paciente podendo até criar ou melhorar protocolos de atendimento, 
baseados na evidência que ele mesmo obteve a partir dos resultados alcançados. 
Existem diversas ações inovadoras acontecendo, em todo o Brasil, dentro das farmácias 
comunitárias e que estão provocando uma verdadeira revolução na área farmacêutica, 
demonstrando que realizar uma dispensação farmacêutica qualificada não é utopia ou mero 
academicismo sem valor prático. Muitas farmácias comunitárias perceberam que precisavam 
ser diferentes, e resolveram adotar a atuação clínica do profissional como diferencial 
competitivo no enfrentamento da concorrência de grandes redes do varejo farmacêutico. 
Dispensar medicamentos é um ato farmacêutico que traz inúmeros benefícios aos pacientes e 
muito valoriza o profissional. Sua atuação na dispensação garante o direito da população à 
informação e reafirma a toda a sociedade o verdadeiro papel do farmacêutico como profissional 
de saúde. 
 
 
 
 
 
 
5 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
 
 
2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o papel do farmacêutico não é 
somente garantir a otimização da terapia medicamentosa por meio da fabricação e 
abastecimento dos medicamentos, mas também é responsável no que diz respeito às 
informações e ao aconselhamento daqueles que prescrevem e utilizam esses produtos. Na área 
da saúde pública, uma das funções do farmacêutico é garantir que o paciente tenha um 
tratamento seguro e faça melhor uso dos medicamentos disponíveis (OMS, 2004). 
Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e 
recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo 
essencial e visando ao acesso e uso racional. A Assistência Farmacêutica não pode ser 
concebida como simples atendimento da demanda de medicamentos gerada nos serviços, mas 
sim como parte integrante da Política Nacional de Saúde, envolvendo um conjunto de ações 
voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo 
essencial. (OLIVEIRA, SciELO-Editora FIOCRUZ, 2007). Esse conjunto envolve a pesquisa, 
o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, 
programação, aquisição, distribuição, prescrição, dispensação, garantia da qualidade dos 
produtos e serviços, acompanhamento e avaliação da sua utilização, na perspectiva da obtenção 
de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. 
A assistência farmacêutica é a essência das atividades realizadas em qualquer ambiente 
onde o farmacêutico atua. Isso porque ela direciona as funções que o profissional precisa 
executar ou supervisionar em qualquer estabelecimento de comércio de medicamentos. Além 
disso, as etapas avaliadas dentro da assistência farmacêutica são as principais atividades 
buscadas nas auditorias do ramo, pois os processos devem estar alinhados às exigências 
sanitárias. Sendo assim, o cumprimento efetivo desses processos é crucial para manter o nível 
de excelência nos atendimentos prestados ao paciente e na eficácia na produtividade e 
segurança das atividades executadas. Historicamente, o foco das avaliações em saúde esteve, 
na maioria das vezes, ligado aos gastos e estrutura. Entretanto, considerando as mudanças no 
cenário da AF já mencionadas, tornou-se necessário avaliar também as ações ocorridas a partir 
da reorientação do papel do farmacêutico no Brasil e sua atuação na atenção direta aos usuários. 
(SOARES, Saúde em Debate, v. 44, p. 411-426, 2020.). 
Todo profissional de saúde assume um compromisso com a saúde e até mesmo com a 
vida de cada indivíduo que passa em uma farmácia, hospital ou consultório. A qualificação 
profissional capacita o farmacêutico a orientar cada paciente de acordo com suas necessidades, 
além de desenvolver medicamentos seguros e eficazes no tratamento de doenças. A Assistência 
Farmacêutica domiciliar engloba todas as práticas da atenção farmacêutica no estabelecimento 
farmacêutico, mas tem como diferencial a realização de um plano de adesão totalmente 
adaptado aos fatores sociais e familiares em que o usuário está inserido. (ROCHA, Arlete 
Sousa;Revista de Iniciação científica e extensão, v. 3, n. 1, p. 390-400, 2020.). 
A atuação do farmacêutico no setor público de saúde é recente e mesmo com os avanços, 
sua integração nos sistemas ainda está quantitativa e qualitativamente muito longe das 
necessidades reais. O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores exemplos da 
aplicabilidade da Assistência Farmacêutica e dependente de muitas ações de planejamento para 
que não faltem medicamentos (PEREIRA; FREITAS, 2008; BOVO; WISNIEWSKIP; 
MORSKEI, 2009). O papel do farmacêutico está voltado para ações de gestão do medicamento 
e está envolvida com o ciclo da assistência farmacêutica, sendo este caracterizado pelas etapas 
6 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
de seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação. A seleção de 
medicamentos pode ser entendida como um processo de escolha dos medicamentos, baseada 
nos critérios de menor toxicidade, com segurança e eficácia clínica, com custo baixo em dias e 
em duração preservando a qualidade e para auxiliar esta seleção é de fundamental importância 
a formação de uma Comissão Farmacêutica e Terapêutica (CFT). Esta comissão deve ser 
formada por um farmacêutico, diretor clínico e administrativo, enfermeiros e várias 
especialidades médicas tendo por finalidade elaborar a relação de medicamentos, bem como 
atualizá-la e realizar ações de promoção do uso racional de medicamentos. A programação que 
consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para atender determinada demanda de 
serviços, em um período definido de tempo,e que possua influência direta sobre o 
abastecimento e o acesso aos medicamentos. A programação nas compras é um ponto muito 
importante na atenção à saúde, pois garantirá disponibilidade dos medicamentos e, desta forma, 
evitar-se interrupção no tratamento dos usuários. A aquisição é o processo de compra dos 
medicamentos, com base na programação feita, visando suprir as necessidades destes. Para 
efetivar a aquisição de medicamentos faz-se necessário estabelecer alguns critérios, como, 
modalidade, forma de aquisição, origem dos recursos, periodicidade, relação de medicamentos, 
dentre outros. Por conseguinte, para o cumprimento destes critérios necessita-se de 
profissionais capacitados nas mais diversas áreas que não apenas 10 da saúde, assim como o 
cumprimento de algumas leis, como, por exemplo, a Lei nº 8.666/93 que trata das normas de 
licitação e contratos com a Administração Pública. O armazenamento, etapa subsequente, tem 
como objetivo principal garantir a qualidade dos medicamentos, desde o seu recebimento até a 
sua dispensação, e isso se dá através da manutenção do espaço físico adequado e controle de 
estoque. A distribuição de medicamentos é uma atividade que consiste no suprimento de 
medicamentos às unidades de saúde para posterior dispensação aos usuários. Ela deve se dar de 
acordo com as necessidades das unidades solicitantes, procurando garantir rapidez na entrega e 
com segurança, controle e transporte adequado. A dispensação de medicamentos é definida pela 
Política Nacional de Medicamentos como “o ato do profissional farmacêutico de proporcionar 
um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta a apresentação de uma 
receita, elaborada por um profissional autorizado”. Neste momento o farmacêutico deverá 
informar bem como orientar o paciente quanto o uso correto do medicamento. São elementos 
importantes da orientação, entre outro. Com base nos estudos realizados, o serviço farmacêutico 
é de suma importância no SUS não só no seu trabalho individual, mas principalmente com toda 
a equipe de saúde. 
Definir as atribuições do farmacêutico no ambiente de trabalho é mais difícil do que 
parece, uma vez que a profissão tem ampla atuação dentro do setor de saúde. Mas, 
resumidamente, o responsável técnico por uma farmácia ou drogaria desenvolve atividades 
clínicas e não clínicas. O principal beneficiário das ações do farmacêutico, sendo o compêndio 
das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as 
funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação 
da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na 
qualidade de vida do paciente. (GARCIA, v. 8, n. 4, p. 792-803, 2022.). O trabalho 
desempenhado pelo farmacêutico, em farmácias e drogarias, vai além da dispensação de 
medicamentos. Para melhor organização dos serviços de assistência à saúde no SUS faz-se 
necessário reconhecer o farmacêutico como membro vital da equipe e que o mesmo possa 
exercer plenamente as seguintes atividades: Garantir a qualidade dos medicamentos; Dispensar 
medicamentos; Analisar as complexidades da cadeia de distribuição e os princípios da 
manutenção e renovação dos estoques; Analisar custos aplicados aos medicamentos; Deter 
informações técnicas sobre os insumos; Aconselhar e orientar os usuários quanto ao uso dos 
medicamentos; Avaliar os resultados clínicos através de um acompanhamento 
farmacoterepêutico. Diante de todo o exposto, percebe-se que o farmacêutico é uma peça 
7 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
importante na atenção à saúde, transmitindo informações tanto àqueles que prescrevem quanto 
aos usuários dos medicamentos, bem como acompanhando os resultados terapêuticos destes. 
Neste caso, a dispensação precisa ser documentada, assim como os demais procedimentos na 
farmácia. Vale ressaltar que o farmacêutico não trabalha sozinho, mas interage com uma equipe 
multidisciplinar, sempre visando à qualidade do atendimento e dos produtos oferecidos, o custo 
benefício para economicidade da gestão e o acesso a informação segura aos usuários do serviço 
de saúde. 
O profissional farmacêutico enfrenta desafios, assim como em qualquer outra profissão. 
Considerando a quantidade de ramificações que surgem a partir da graduação, esses desafios 
mudam de acordo com a área de atuação. Os desafios são muitos, mas com vontade e motivação, 
tanto por parte dos profissionais envolvidos, quanto por parte do governo brasileiro, que deve 
se mostrar disposto a buscar estratégias para modificar o cenário atual, será possível a conquista 
da cultura da inovação no Brasil. (DO COUTO, Vigilância Sanitária em Debate, v. 4, n. 2, p. 
2-7, 2016.). Um deles está relacionado exatamente com a quantidade de funções que esse 
profissional pode desempenhar. Embora essas funções sejam descritas por lei, alguns 
profissionais encontram dificuldades na conscientização sobre suas funções e acabam por ter 
suas capacidades negligenciadas. 
O papel do farmacêutico é de grande destaque na atenção à saúde, principalmente se for 
aberto espaço pelos gestores e pela equipe de saúde para que o mesmo realize suas funções 
efetivamente. Sendo exercido o papel assistencial do farmacêutico, o paciente que buscar o 
serviço terá um apoio melhor no seu tratamento, pois terá um profissional especializado para 
lhe apresentar o medicamento prescrito, sua posologia, bem como os benefícios que terá se fizer 
o tratamento corretamente, que acarretará consequentemente na diminuição de agravos naquela 
região. Ele influencia ainda no uso racional dos medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA 
 
O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos não 
hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. As farmácias comunitárias no 
Brasil são, em sua maioria, privadas, de propriedade particular, mas existem também farmácias 
públicas, sejam elas vinculadas à rede nacional de farmácias populares ou às esferas públicas 
municipais ou estaduais. (Bareta GMS.2003;4(2):105-12.). A farmácia é considerada um 
estabelecimento de saúde (Lei 13021 de 2014) e de interesse público com o dever de garantir a 
continuidade dos cuidados prestados ao paciente. De fácil acesso à população, é um espaço que 
se caracteriza pela prestação de cuidados de saúde de elevada diferenciação técnico-científica, 
que tenta servir a comunidade sempre, com a maior qualidade. Na farmácia comunitária, 
realizam-se atividades dirigidas para o medicamento e atividades dirigidas para o paciente. O 
principal objetivo é a dispensação de forma humanizada de produtos (medicamentos, 
cosméticos, correlatos) em condições que possam minimizar os riscos do uso dos medicamentos 
e que permitam a avaliação dos resultados clínicos, podendo assim, reduzir os riscos associados 
aos mesmos. 
Durante a atenção e a assistência farmacêutica o farmacêutico é capaz de estabelecer 
um relacionamento com o seu paciente a fim de obter a otimização do tratamento 
farmacológico. Nessa etapa é possível realizar a identificação, prevenção e resolução de 
problemas relacionados ao uso dos medicamentos, inserindo o farmacêutico na atenção 
primária à saúde do paciente (CORRER E OTUKI, 2013). 
De acordo com a Resolução CFF 357/01, ao dispensar medicamentos, o farmacêutico 
deve explicar clara e detalhadamente ao paciente o benefício do tratamento, conferindo-se a sua 
perfeita compreensão, adotando os seguintes procedimentos: 
I. Fornece toda a informação necessária para o uso correto, seguro e eficaz dos 
medicamentos, de acordo com as necessidades individuais do usuário; 
II. Reforçar por escrito ou com material de apoio adequado, as orientações verbais 
prestadas; 
III. Ressaltar as contraindicações, interações e possíveis efeitos secundáriosdo 
medicamento; 
IV. Procurar os meios adequados para certificar-se de que o paciente não tem 
dúvidas sobre o modo de ação dos medicamentos, a forma de usar (como, 
quando e quanto), a duração do tratamento, possíveis efeitos adversos e 
precauções especiais. 
“A dispensação não configura apenas o momento em que determinada prescrição é 
aviada. Não é a troca de mercadorias por receita médica. Tão, ou mais importante que o 
medicamento recebido pelo paciente, são as informações envolvidas e as dúvidas esclarecidas”. 
(Pepe, V. L. E. & Castro, C. G. S. O, 2000.) 
O farmacêutico, como componente da equipe de saúde, tem ainda a obrigação 
profissional de oferecer informação que promova o uso seguro e adequado dos medicamentos 
e deve apoiar o paciente na aprendizagem de novos comportamentos que implicam o 
cumprimento do tratamento. Pelo seu conhecimento dos medicamentos e do paciente (por 
razões de proximidade), deve ser um conselheiro insubstituível, no caso de sintomas menores, 
e um indutor à consulta médica, caso seja necessário. O paciente de uma farmácia, 
independentemente de estar à procura de orientação farmacêutica para seu problema de saúde, 
ou de já estar trazendo em mãos uma receita para ser aviada, necessita ser atendido pelo 
farmacêutico, que é o responsável legal pela dispensação. 
9 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
Além da dispensação, atualmente, o conceito de Cuidados Farmacêuticos engloba um 
conjunto de processos clínicos tais como a dispensação, a indicação, a revisão da terapêutica, a 
educação para a saúde, a farmacovigilância, o segmento farmacoterapêutico e, no âmbito geral, 
o conceito designado como o uso racional do medicamento. Dessa forma, as farmácias 
comunitárias funcionam como um posto avançado de cuidados à saúde e fogem da realidade de 
meros estabelecimentos comerciais geradores de lucros. O paciente é o centro das atividades 
do farmacêutico. A população apresenta necessidades ligadas ao uso de medicamentos que 
devem ser atendidas pelo sistema de saúde como um todo. Para que o medicamento possa ser 
utilizado como recurso terapêutico de forma segura e racional, várias ações ligadas à gestão do 
produto, do processo de uso e dos resultados devem acontecer no tempo certo e com a qualidade 
certa. Os serviços prestados pelo farmacêutico à população nas farmácias comunitárias, 
públicas ou privadas, devem estar articulados à rede de atenção à saúde. (Mendes EV. 
2010;15(5):2297-305.). Os farmacêuticos nas farmácias comunitárias, através de medidas 
educativas, vêm abordando vários temas ligados à saúde, aumentando o conhecimento dos 
pacientes sobre sua enfermidade e melhorando a adesão ao tratamento, promovendo assim de 
forma estratégica o uso racional dos medicamentos. Os serviços de saúde devem constituir uma 
rede integrada que permita prestar uma assistência contínua a determinada população – no 
tempo certo, no lugar certo, com o custo certo e com a qualidade certa – e que se responsabiliza 
pelos resultados sanitários e econômicos relativos a essa população. (Mendes EV. 
2010;15(5):2297-305.). As farmácias são importantes locais para busca de atendimento e 
possível porta de entrada de pacientes no sistema de saúde. Os farmacêuticos são os 
profissionais de saúde mais disponíveis para a população em geral. Assim, os serviços 
farmacêuticos são tão importantes para o cuidado ao paciente quanto os serviços fornecidos por 
outros profissionais de saúde. Isto proporciona aos farmacêuticos comunitários a oportunidade 
de prover aconselhamento aos pacientes, interagir e discutir suas necessidades, fornecer 
informação sobre medicamentos e sobre o cuidado de doenças, incluindo a busca de outros 
profissionais. Portanto, suas ações apoiam o sistema de saúde e adquirem confiança pública. 
 
 
 
 
10 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
1. Fluxograma sobre a organização da farmácia comunitária 
 
Organização 
da farmácia 
comunitária
Dispensação
Cuidados 
clinicos
Revisão da 
terapeutica
Educação 
para a saúde
Farmacovigilâ
ncia
Farmacoterap
eutica
11 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
2. Fluxograma do ciclo da assistência farmacêutica e exemplificar o papel do 
farmacêutico em cada etapa. 
Ciclo de 
assistência
farmacêutica
Seleção
•Medicamentos e 
insumos:Aqui 
ocorre a escolha de 
medicamentos, com 
base em criterio 
epdemiológico, 
técnico e 
econômico
Programação
•Estimativa de consumo: 
Nesta etapa são 
estimadas as 
quantidades necessárias 
a serem adquiridas para 
cuprir determinada 
demanda de serviços, 
por determinado 
período de tempo.
Aquisição
•Qualificação de 
fornecedores: É um 
conjunto de procedimentos 
e efeitos para efetivar o 
processo de compra dos 
medicamentos, de acordo 
com uma programação 
estabelecida, buscando 
garantir a qualidade 
necessária, pelos melhores 
preços e com a agilidade 
que o sistema requer.
Armazenamento
•Estocagem:Consiste em 
procedimentos técnicos 
e administrativos que 
buscam garantir as 
condições adequadas de 
recepção, 
armazenamento, 
conservação e de um 
controle de estoque 
eficaz.
Distribuição
• Logística/ 
transporte: É o 
processo de entrega 
dos medicamentos às 
unidades de saúde em 
quantidade, qualidade 
e tempo oportuno.
Dispensação
•Entrega ao paciente:A 
prescrição é o instrumento 
no qual se apoia a 
dispensação. De acordo 
com a PNM, a ‘prescrição 
de medicamentos’ é o “ato 
de definir o medicamento a 
ser consumido pelo 
paciente, com a respectiva 
dosagem e uração do 
tratamento.
12 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Muito ainda precisa ser feito para que a assistência farmacêutica seja considerada 
efetiva e de qualidade, mas já houve muitos passos positivos dados no sentido do 
desenvolvimento dos serviços de saúde no Brasil. A promoção da saúde é um dos alicerces do 
exercício farmacêutico, principalmente por meio da disposição de uma de assistência e atenção 
de qualidade e eficientes. Nesse aspecto, incluem-se a orientação e o acompanhamento dado 
por um profissional farmacêutico plenamente qualificado durante a farmacoterapia. O 
acompanhamento do uso dos medicamentos e a utilização de informações armazenadas durante 
a prática farmacêutica ajudariam bastante no desenvolvimento de mais estratégias para auxiliar 
no combate ao uso inadequado do medicamento, principalmente quando promovida e 
empregada pela assistência farmacêutica, o que seria fundamental para qualquer programa 
nacional de promoção do uso racional de medicamentos feito pelo governo. Por fim, se há o 
direito a uma saúde integral, universal e com equidade sendo este um princípio capital da 
Constituição, então se tem direito a uma assistência farmacêutica que preze todos os seus 
pilares, entre eles o direito à informação segura quanto ao uso racional de medicamentos e que 
esta possa ser disponibilizada facilmente à população pelo profissional que atenda todas essas 
condições: farmacêutico generalista. 
A realidade profissional do farmacêutico comunitário tem sofrido, nos últimos anos, mudanças 
significativas. Por um lado, o extenso quadro legislativo que regula o setor tem sido alvo de 
várias modificações. Por outro lado, houve uma alteração do paradigma da atividade 
farmacêutica, que, com o aparecimento do conceito de “cuidados farmacêuticos”, deixou de se 
focar apenas no medicamento, para dar mais importância ao doente e às suas necessidades 
assistenciais. Assim, a atividade do farmacêutico comunitário, enquanto especialista do 
medicamento, abrange não só a preparação e dispensa de medicamentos, mas também a sua 
utilização racional, bem como a prestação de esclarecimentos e aconselhamento, a 
sensibilização para a adesão à terapêutica e a adoção de estilos de vida saudáveis, a 
farmacovigilância e as técnicas de gestão necessáriaspara uma maior eficácia nos serviços 
prestados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
 
REFERÊNCIAS 
 
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CASTRO, Claudia Garcia Serpa. Assistência farmacêutica e acesso a 
medicamentos. SciELO-Editora FIOCRUZ, 2007. 
2. SOARES, Leticia Santana da Silva; BRITO, Evelin Soares de; GALATO, Dayani. 
Percepções de atores sociais sobre Assistência Farmacêutica na atenção primária: a 
lacuna do cuidado farmacêutico. Saúde em Debate, v. 44, p. 411-426, 2020. 
3. ROCHA, Arlete Sousa; GIOTTO, Ani Cátia. A Importância da Assistência 
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para o Brasil Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas.Brazilian Journal of 
Pharmaceutical Sciences vol. 44, n. 4, out./dez., 2008. 
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FARMACÊUTICO E SUAS ATRIBUIÇÕES NA FARMÁCIA COMERCIAL. Revista 
Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 4, p. 792-803, 
2022. 
6. DO COUTO, Marcus Vinícius Lima et al. Principais obstáculos que dificultam a 
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Sanitaria em Debate, v. 4, n. 2, p. 2-7, 2016. 
7. https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/componentes-da-
assistencia-farmaceutica-no-sus/ceaf. 
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2001. Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia. 
11. CORRER, C.J.; OTUKI, M.F. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto 
Alegre: Artmed, 454p, 2013. 
12. Pepe, V. L. E. & Castro, C. G. S. O, 2000. A interação entre prescritores, 
dispensado- res e pacientes: informação compartilhada como possível benefício 
terapêutico. Cad. Saúde Pública vol.16 n.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2000. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/componentes-da-assistencia-farmaceutica-no-sus/ceaf
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/componentes-da-assistencia-farmaceutica-no-sus/ceaf

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