Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GRUPO SER EDUCACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Mariane Jardim De Castro Ferreira RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO I Maio-Ananindeua/PA 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA .................................................................................... 5 3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA ............................................................................................ 8 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................... 10 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 12 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 13 4 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 1 INTRODUÇÃO Com a Constituição Federal de 1988 a saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado, garantida conforme preconiza o seu Artigo 196, garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de doenças, bem como o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. A Assistência Farmacêutica (AF) engloba um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional. Para que o profissional farmacêutico exerça as ações de Assistência Farmacêutica no estabelecimento onde é responsável, ele precisa conhecer muito bem os conceitos e suas responsabilidades profissionais, assim como incrementar suas habilidades, para a forma e o alcance do atendimento ao paciente. Quando o farmacêutico entende bem esse seu papel, com o direcionamento clínico promovido por essa assistência, ele consegue resultados significativos na farmacoterapia do paciente podendo até criar ou melhorar protocolos de atendimento, baseados na evidência que ele mesmo obteve a partir dos resultados alcançados. Existem diversas ações inovadoras acontecendo, em todo o Brasil, dentro das farmácias comunitárias e que estão provocando uma verdadeira revolução na área farmacêutica, demonstrando que realizar uma dispensação farmacêutica qualificada não é utopia ou mero academicismo sem valor prático. Muitas farmácias comunitárias perceberam que precisavam ser diferentes, e resolveram adotar a atuação clínica do profissional como diferencial competitivo no enfrentamento da concorrência de grandes redes do varejo farmacêutico. Dispensar medicamentos é um ato farmacêutico que traz inúmeros benefícios aos pacientes e muito valoriza o profissional. Sua atuação na dispensação garante o direito da população à informação e reafirma a toda a sociedade o verdadeiro papel do farmacêutico como profissional de saúde. 5 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o papel do farmacêutico não é somente garantir a otimização da terapia medicamentosa por meio da fabricação e abastecimento dos medicamentos, mas também é responsável no que diz respeito às informações e ao aconselhamento daqueles que prescrevem e utilizam esses produtos. Na área da saúde pública, uma das funções do farmacêutico é garantir que o paciente tenha um tratamento seguro e faça melhor uso dos medicamentos disponíveis (OMS, 2004). Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e uso racional. A Assistência Farmacêutica não pode ser concebida como simples atendimento da demanda de medicamentos gerada nos serviços, mas sim como parte integrante da Política Nacional de Saúde, envolvendo um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo essencial. (OLIVEIRA, SciELO-Editora FIOCRUZ, 2007). Esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, prescrição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação da sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. A assistência farmacêutica é a essência das atividades realizadas em qualquer ambiente onde o farmacêutico atua. Isso porque ela direciona as funções que o profissional precisa executar ou supervisionar em qualquer estabelecimento de comércio de medicamentos. Além disso, as etapas avaliadas dentro da assistência farmacêutica são as principais atividades buscadas nas auditorias do ramo, pois os processos devem estar alinhados às exigências sanitárias. Sendo assim, o cumprimento efetivo desses processos é crucial para manter o nível de excelência nos atendimentos prestados ao paciente e na eficácia na produtividade e segurança das atividades executadas. Historicamente, o foco das avaliações em saúde esteve, na maioria das vezes, ligado aos gastos e estrutura. Entretanto, considerando as mudanças no cenário da AF já mencionadas, tornou-se necessário avaliar também as ações ocorridas a partir da reorientação do papel do farmacêutico no Brasil e sua atuação na atenção direta aos usuários. (SOARES, Saúde em Debate, v. 44, p. 411-426, 2020.). Todo profissional de saúde assume um compromisso com a saúde e até mesmo com a vida de cada indivíduo que passa em uma farmácia, hospital ou consultório. A qualificação profissional capacita o farmacêutico a orientar cada paciente de acordo com suas necessidades, além de desenvolver medicamentos seguros e eficazes no tratamento de doenças. A Assistência Farmacêutica domiciliar engloba todas as práticas da atenção farmacêutica no estabelecimento farmacêutico, mas tem como diferencial a realização de um plano de adesão totalmente adaptado aos fatores sociais e familiares em que o usuário está inserido. (ROCHA, Arlete Sousa;Revista de Iniciação científica e extensão, v. 3, n. 1, p. 390-400, 2020.). A atuação do farmacêutico no setor público de saúde é recente e mesmo com os avanços, sua integração nos sistemas ainda está quantitativa e qualitativamente muito longe das necessidades reais. O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores exemplos da aplicabilidade da Assistência Farmacêutica e dependente de muitas ações de planejamento para que não faltem medicamentos (PEREIRA; FREITAS, 2008; BOVO; WISNIEWSKIP; MORSKEI, 2009). O papel do farmacêutico está voltado para ações de gestão do medicamento e está envolvida com o ciclo da assistência farmacêutica, sendo este caracterizado pelas etapas 6 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital de seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação. A seleção de medicamentos pode ser entendida como um processo de escolha dos medicamentos, baseada nos critérios de menor toxicidade, com segurança e eficácia clínica, com custo baixo em dias e em duração preservando a qualidade e para auxiliar esta seleção é de fundamental importância a formação de uma Comissão Farmacêutica e Terapêutica (CFT). Esta comissão deve ser formada por um farmacêutico, diretor clínico e administrativo, enfermeiros e várias especialidades médicas tendo por finalidade elaborar a relação de medicamentos, bem como atualizá-la e realizar ações de promoção do uso racional de medicamentos. A programação que consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para atender determinada demanda de serviços, em um período definido de tempo,e que possua influência direta sobre o abastecimento e o acesso aos medicamentos. A programação nas compras é um ponto muito importante na atenção à saúde, pois garantirá disponibilidade dos medicamentos e, desta forma, evitar-se interrupção no tratamento dos usuários. A aquisição é o processo de compra dos medicamentos, com base na programação feita, visando suprir as necessidades destes. Para efetivar a aquisição de medicamentos faz-se necessário estabelecer alguns critérios, como, modalidade, forma de aquisição, origem dos recursos, periodicidade, relação de medicamentos, dentre outros. Por conseguinte, para o cumprimento destes critérios necessita-se de profissionais capacitados nas mais diversas áreas que não apenas 10 da saúde, assim como o cumprimento de algumas leis, como, por exemplo, a Lei nº 8.666/93 que trata das normas de licitação e contratos com a Administração Pública. O armazenamento, etapa subsequente, tem como objetivo principal garantir a qualidade dos medicamentos, desde o seu recebimento até a sua dispensação, e isso se dá através da manutenção do espaço físico adequado e controle de estoque. A distribuição de medicamentos é uma atividade que consiste no suprimento de medicamentos às unidades de saúde para posterior dispensação aos usuários. Ela deve se dar de acordo com as necessidades das unidades solicitantes, procurando garantir rapidez na entrega e com segurança, controle e transporte adequado. A dispensação de medicamentos é definida pela Política Nacional de Medicamentos como “o ato do profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta a apresentação de uma receita, elaborada por um profissional autorizado”. Neste momento o farmacêutico deverá informar bem como orientar o paciente quanto o uso correto do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outro. Com base nos estudos realizados, o serviço farmacêutico é de suma importância no SUS não só no seu trabalho individual, mas principalmente com toda a equipe de saúde. Definir as atribuições do farmacêutico no ambiente de trabalho é mais difícil do que parece, uma vez que a profissão tem ampla atuação dentro do setor de saúde. Mas, resumidamente, o responsável técnico por uma farmácia ou drogaria desenvolve atividades clínicas e não clínicas. O principal beneficiário das ações do farmacêutico, sendo o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente. (GARCIA, v. 8, n. 4, p. 792-803, 2022.). O trabalho desempenhado pelo farmacêutico, em farmácias e drogarias, vai além da dispensação de medicamentos. Para melhor organização dos serviços de assistência à saúde no SUS faz-se necessário reconhecer o farmacêutico como membro vital da equipe e que o mesmo possa exercer plenamente as seguintes atividades: Garantir a qualidade dos medicamentos; Dispensar medicamentos; Analisar as complexidades da cadeia de distribuição e os princípios da manutenção e renovação dos estoques; Analisar custos aplicados aos medicamentos; Deter informações técnicas sobre os insumos; Aconselhar e orientar os usuários quanto ao uso dos medicamentos; Avaliar os resultados clínicos através de um acompanhamento farmacoterepêutico. Diante de todo o exposto, percebe-se que o farmacêutico é uma peça 7 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital importante na atenção à saúde, transmitindo informações tanto àqueles que prescrevem quanto aos usuários dos medicamentos, bem como acompanhando os resultados terapêuticos destes. Neste caso, a dispensação precisa ser documentada, assim como os demais procedimentos na farmácia. Vale ressaltar que o farmacêutico não trabalha sozinho, mas interage com uma equipe multidisciplinar, sempre visando à qualidade do atendimento e dos produtos oferecidos, o custo benefício para economicidade da gestão e o acesso a informação segura aos usuários do serviço de saúde. O profissional farmacêutico enfrenta desafios, assim como em qualquer outra profissão. Considerando a quantidade de ramificações que surgem a partir da graduação, esses desafios mudam de acordo com a área de atuação. Os desafios são muitos, mas com vontade e motivação, tanto por parte dos profissionais envolvidos, quanto por parte do governo brasileiro, que deve se mostrar disposto a buscar estratégias para modificar o cenário atual, será possível a conquista da cultura da inovação no Brasil. (DO COUTO, Vigilância Sanitária em Debate, v. 4, n. 2, p. 2-7, 2016.). Um deles está relacionado exatamente com a quantidade de funções que esse profissional pode desempenhar. Embora essas funções sejam descritas por lei, alguns profissionais encontram dificuldades na conscientização sobre suas funções e acabam por ter suas capacidades negligenciadas. O papel do farmacêutico é de grande destaque na atenção à saúde, principalmente se for aberto espaço pelos gestores e pela equipe de saúde para que o mesmo realize suas funções efetivamente. Sendo exercido o papel assistencial do farmacêutico, o paciente que buscar o serviço terá um apoio melhor no seu tratamento, pois terá um profissional especializado para lhe apresentar o medicamento prescrito, sua posologia, bem como os benefícios que terá se fizer o tratamento corretamente, que acarretará consequentemente na diminuição de agravos naquela região. Ele influencia ainda no uso racional dos medicamentos. 8 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos não hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. As farmácias comunitárias no Brasil são, em sua maioria, privadas, de propriedade particular, mas existem também farmácias públicas, sejam elas vinculadas à rede nacional de farmácias populares ou às esferas públicas municipais ou estaduais. (Bareta GMS.2003;4(2):105-12.). A farmácia é considerada um estabelecimento de saúde (Lei 13021 de 2014) e de interesse público com o dever de garantir a continuidade dos cuidados prestados ao paciente. De fácil acesso à população, é um espaço que se caracteriza pela prestação de cuidados de saúde de elevada diferenciação técnico-científica, que tenta servir a comunidade sempre, com a maior qualidade. Na farmácia comunitária, realizam-se atividades dirigidas para o medicamento e atividades dirigidas para o paciente. O principal objetivo é a dispensação de forma humanizada de produtos (medicamentos, cosméticos, correlatos) em condições que possam minimizar os riscos do uso dos medicamentos e que permitam a avaliação dos resultados clínicos, podendo assim, reduzir os riscos associados aos mesmos. Durante a atenção e a assistência farmacêutica o farmacêutico é capaz de estabelecer um relacionamento com o seu paciente a fim de obter a otimização do tratamento farmacológico. Nessa etapa é possível realizar a identificação, prevenção e resolução de problemas relacionados ao uso dos medicamentos, inserindo o farmacêutico na atenção primária à saúde do paciente (CORRER E OTUKI, 2013). De acordo com a Resolução CFF 357/01, ao dispensar medicamentos, o farmacêutico deve explicar clara e detalhadamente ao paciente o benefício do tratamento, conferindo-se a sua perfeita compreensão, adotando os seguintes procedimentos: I. Fornece toda a informação necessária para o uso correto, seguro e eficaz dos medicamentos, de acordo com as necessidades individuais do usuário; II. Reforçar por escrito ou com material de apoio adequado, as orientações verbais prestadas; III. Ressaltar as contraindicações, interações e possíveis efeitos secundáriosdo medicamento; IV. Procurar os meios adequados para certificar-se de que o paciente não tem dúvidas sobre o modo de ação dos medicamentos, a forma de usar (como, quando e quanto), a duração do tratamento, possíveis efeitos adversos e precauções especiais. “A dispensação não configura apenas o momento em que determinada prescrição é aviada. Não é a troca de mercadorias por receita médica. Tão, ou mais importante que o medicamento recebido pelo paciente, são as informações envolvidas e as dúvidas esclarecidas”. (Pepe, V. L. E. & Castro, C. G. S. O, 2000.) O farmacêutico, como componente da equipe de saúde, tem ainda a obrigação profissional de oferecer informação que promova o uso seguro e adequado dos medicamentos e deve apoiar o paciente na aprendizagem de novos comportamentos que implicam o cumprimento do tratamento. Pelo seu conhecimento dos medicamentos e do paciente (por razões de proximidade), deve ser um conselheiro insubstituível, no caso de sintomas menores, e um indutor à consulta médica, caso seja necessário. O paciente de uma farmácia, independentemente de estar à procura de orientação farmacêutica para seu problema de saúde, ou de já estar trazendo em mãos uma receita para ser aviada, necessita ser atendido pelo farmacêutico, que é o responsável legal pela dispensação. 9 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital Além da dispensação, atualmente, o conceito de Cuidados Farmacêuticos engloba um conjunto de processos clínicos tais como a dispensação, a indicação, a revisão da terapêutica, a educação para a saúde, a farmacovigilância, o segmento farmacoterapêutico e, no âmbito geral, o conceito designado como o uso racional do medicamento. Dessa forma, as farmácias comunitárias funcionam como um posto avançado de cuidados à saúde e fogem da realidade de meros estabelecimentos comerciais geradores de lucros. O paciente é o centro das atividades do farmacêutico. A população apresenta necessidades ligadas ao uso de medicamentos que devem ser atendidas pelo sistema de saúde como um todo. Para que o medicamento possa ser utilizado como recurso terapêutico de forma segura e racional, várias ações ligadas à gestão do produto, do processo de uso e dos resultados devem acontecer no tempo certo e com a qualidade certa. Os serviços prestados pelo farmacêutico à população nas farmácias comunitárias, públicas ou privadas, devem estar articulados à rede de atenção à saúde. (Mendes EV. 2010;15(5):2297-305.). Os farmacêuticos nas farmácias comunitárias, através de medidas educativas, vêm abordando vários temas ligados à saúde, aumentando o conhecimento dos pacientes sobre sua enfermidade e melhorando a adesão ao tratamento, promovendo assim de forma estratégica o uso racional dos medicamentos. Os serviços de saúde devem constituir uma rede integrada que permita prestar uma assistência contínua a determinada população – no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo e com a qualidade certa – e que se responsabiliza pelos resultados sanitários e econômicos relativos a essa população. (Mendes EV. 2010;15(5):2297-305.). As farmácias são importantes locais para busca de atendimento e possível porta de entrada de pacientes no sistema de saúde. Os farmacêuticos são os profissionais de saúde mais disponíveis para a população em geral. Assim, os serviços farmacêuticos são tão importantes para o cuidado ao paciente quanto os serviços fornecidos por outros profissionais de saúde. Isto proporciona aos farmacêuticos comunitários a oportunidade de prover aconselhamento aos pacientes, interagir e discutir suas necessidades, fornecer informação sobre medicamentos e sobre o cuidado de doenças, incluindo a busca de outros profissionais. Portanto, suas ações apoiam o sistema de saúde e adquirem confiança pública. 10 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 1. Fluxograma sobre a organização da farmácia comunitária Organização da farmácia comunitária Dispensação Cuidados clinicos Revisão da terapeutica Educação para a saúde Farmacovigilâ ncia Farmacoterap eutica 11 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 2. Fluxograma do ciclo da assistência farmacêutica e exemplificar o papel do farmacêutico em cada etapa. Ciclo de assistência farmacêutica Seleção •Medicamentos e insumos:Aqui ocorre a escolha de medicamentos, com base em criterio epdemiológico, técnico e econômico Programação •Estimativa de consumo: Nesta etapa são estimadas as quantidades necessárias a serem adquiridas para cuprir determinada demanda de serviços, por determinado período de tempo. Aquisição •Qualificação de fornecedores: É um conjunto de procedimentos e efeitos para efetivar o processo de compra dos medicamentos, de acordo com uma programação estabelecida, buscando garantir a qualidade necessária, pelos melhores preços e com a agilidade que o sistema requer. Armazenamento •Estocagem:Consiste em procedimentos técnicos e administrativos que buscam garantir as condições adequadas de recepção, armazenamento, conservação e de um controle de estoque eficaz. Distribuição • Logística/ transporte: É o processo de entrega dos medicamentos às unidades de saúde em quantidade, qualidade e tempo oportuno. Dispensação •Entrega ao paciente:A prescrição é o instrumento no qual se apoia a dispensação. De acordo com a PNM, a ‘prescrição de medicamentos’ é o “ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e uração do tratamento. 12 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Muito ainda precisa ser feito para que a assistência farmacêutica seja considerada efetiva e de qualidade, mas já houve muitos passos positivos dados no sentido do desenvolvimento dos serviços de saúde no Brasil. A promoção da saúde é um dos alicerces do exercício farmacêutico, principalmente por meio da disposição de uma de assistência e atenção de qualidade e eficientes. Nesse aspecto, incluem-se a orientação e o acompanhamento dado por um profissional farmacêutico plenamente qualificado durante a farmacoterapia. O acompanhamento do uso dos medicamentos e a utilização de informações armazenadas durante a prática farmacêutica ajudariam bastante no desenvolvimento de mais estratégias para auxiliar no combate ao uso inadequado do medicamento, principalmente quando promovida e empregada pela assistência farmacêutica, o que seria fundamental para qualquer programa nacional de promoção do uso racional de medicamentos feito pelo governo. Por fim, se há o direito a uma saúde integral, universal e com equidade sendo este um princípio capital da Constituição, então se tem direito a uma assistência farmacêutica que preze todos os seus pilares, entre eles o direito à informação segura quanto ao uso racional de medicamentos e que esta possa ser disponibilizada facilmente à população pelo profissional que atenda todas essas condições: farmacêutico generalista. A realidade profissional do farmacêutico comunitário tem sofrido, nos últimos anos, mudanças significativas. Por um lado, o extenso quadro legislativo que regula o setor tem sido alvo de várias modificações. Por outro lado, houve uma alteração do paradigma da atividade farmacêutica, que, com o aparecimento do conceito de “cuidados farmacêuticos”, deixou de se focar apenas no medicamento, para dar mais importância ao doente e às suas necessidades assistenciais. Assim, a atividade do farmacêutico comunitário, enquanto especialista do medicamento, abrange não só a preparação e dispensa de medicamentos, mas também a sua utilização racional, bem como a prestação de esclarecimentos e aconselhamento, a sensibilização para a adesão à terapêutica e a adoção de estilos de vida saudáveis, a farmacovigilância e as técnicas de gestão necessáriaspara uma maior eficácia nos serviços prestados. 13 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital REFERÊNCIAS 1. OLIVEIRA, Maria Auxiliadora; BERMUDEZ, Jorge Antonio Zepeda; OSÓRIO-DE- CASTRO, Claudia Garcia Serpa. Assistência farmacêutica e acesso a medicamentos. SciELO-Editora FIOCRUZ, 2007. 2. SOARES, Leticia Santana da Silva; BRITO, Evelin Soares de; GALATO, Dayani. Percepções de atores sociais sobre Assistência Farmacêutica na atenção primária: a lacuna do cuidado farmacêutico. Saúde em Debate, v. 44, p. 411-426, 2020. 3. ROCHA, Arlete Sousa; GIOTTO, Ani Cátia. A Importância da Assistência Farmacêutica em Home Care. Revista de Iniciação científica e extensão, v. 3, n. 1, p. 390-400, 2020. 4. PEREIRA, L. R. L., FREITAS, O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas.Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 44, n. 4, out./dez., 2008. 5. GARCIA, Neudimar Soares; DE ANDRADE, Leonardo Guimaraes. O FARMACÊUTICO E SUAS ATRIBUIÇÕES NA FARMÁCIA COMERCIAL. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 4, p. 792-803, 2022. 6. DO COUTO, Marcus Vinícius Lima et al. Principais obstáculos que dificultam a inovação em instituições públicas da área farmacêutica no Brasil. Vigilancia Sanitaria em Debate, v. 4, n. 2, p. 2-7, 2016. 7. https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/componentes-da- assistencia-farmaceutica-no-sus/ceaf. 8. . Bareta GMS. Pharmaceutical care in community pharmacies of the city of Campina Grande do Sul. Visão Acadêmica. 2003;4(2):105-12. 9. Mendes EV. Redes de atenção à saúde. Ciênc Saúde Colet. 2010;15(5):2297-305. 10. BRASIL.CONSELHO FEDERAL DE FARMÁ- CIA. Resolução n.357, de 20 de abril de 2001. Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia. 11. CORRER, C.J.; OTUKI, M.F. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed, 454p, 2013. 12. Pepe, V. L. E. & Castro, C. G. S. O, 2000. A interação entre prescritores, dispensado- res e pacientes: informação compartilhada como possível benefício terapêutico. Cad. Saúde Pública vol.16 n.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2000. https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/componentes-da-assistencia-farmaceutica-no-sus/ceaf https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/componentes-da-assistencia-farmaceutica-no-sus/ceaf
Compartilhar