Buscar

farmacologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA CIÊNCIAS BIOMÉDICAS II 
 
Farmacologia
É a ciência que engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físicas e químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção, biotransformação e excreção dos fármacos para uso terapêutico ou não. 
Medicamento
Legislação portuguesa: 
Toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas.
Que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas
Terminologia farmacêutica: 
Substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica.
oms:
Toda substância ou associação de substâncias utilizadas para modificar o sistema fisiológico para o benefício do organismo.
Evolução histórica da terapêutica
POVOS PRIMITIVOS
A terapia das doenças envolvia:
Crenças e ritos mágicos
Produtos de origem natural, mineral, vegetal e animal
antiguidade clássica
Grega
A doença resultava de um desequilíbrio entre as qualidades do organismo
Terapia associada a cultos mágico-religiosos
Romana
Cirurgia Dietética
Purgantes Sangrias
Clisteres Diuréticos
Exercício Físico Cozimentos
Infusões Pastilhas
Pós Supositórios
 Árabe 
Os vastos conhecimentos sobre alquimia levaram à descoberta de:
Água-régia
Ácido sulfúrico
Ácido nítrico
de técnicas
Desenvolvimento
 
 Destilação
 Sublimação
 Cristalização
 Filtração 
 Portugal medieval 
 Figuras representativas das práticas médico-farmacêuticas: São Frei Gil e Pedro Julião (Pedro Hispano)
As terapias médicas estavam associadas a superstições, tratamentos mágico-religiosos e práticas árabes. Também eram usados produtos naturais
· Produtos usados:
Origem vegetal: funcho, malvas, arruda, entre outros.
Origem animal: leite de cabra, mel, fel de cabra
 Em 1461…
· D. Afonso V regulamenta o exercício das profissões médica e farmacêutica.
· Nos boticários fazia-se a conservação dos simples e a preparação de medicamentos. Contudo, estão-lhe vedadas as práticas médicas.
 Portugal Renascentista 
· Garcia da Horta escreveu um livro onde fala sobre algumas substâncias usadas com fim terapêutico.
Século xx 
· Utilização e generalização de substâncias químicas como partes integrantes dos medicamentos.
· Industrialização do medicamento.
· Técnicas analíticas (ultracentrifugação, eletroforese cromatografia)
· Síntese de moléculas orgânicas (DNA, hemoglobina, vitamina D e A…)
· Novas formas farmacêuticas (cápsulas, injetáveis, pós efervescentes, granulados, drageias, comprimidos, emulsões).
[ DEFINIÇÕES ]
 MEDICAMENTO
· Toda a substância ou composição que possua propriedades curativas ou preventivas das doenças e dos seus sintomas, do homem ou do animal, com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou a restaurar, corrigir ou modificar as suas funções.
 Substância ativa
· Toda a matéria de origem humana, animal, vegetal ou química, à qual se atribui uma atividade apropriada para constituir um medicamento
 FORMA FARMACÊUTICA
· Estado final que as substâncias ativas apresentam depois de submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado.
 Droga
· Produto de natureza animal, vegetal ou mineral empregue na preparação de medicamentos.
· Matéria-prima de uso farmacêutico ou não, significando tanto os produtos naturais como os obtidos por síntese.
· Droga é toda a substância que introduzida no organismo vivo modifica uma ou mais das suas funções (OMS).
 Fármaco 
· Todas as drogas utilizadas em farmácia e dotadas de ação farmacológica ou, pelo menos, de interesse médico.
· Igual a “substância ativa”: toda a matéria de origem humana, animal, vegetal ou química, à qual se atribui uma atividade apropriada para constituir um medicamento.
Droga 
Fármaco
 Remédio
· Todos os meios como fim de prevenir ou curar doenças. Certos medicamentos, como ousados com fim de diagnóstico, não podem ser considerados remédios, já que esta palavra implica a ideia de profilaxia ou cura .
· São remédios não só os medicamentos, mas também os agentes de natureza física ou psíquica a que se recorre na terapêutica.
 Agentes físicos 
 Aeroterapia Climaterapia
 Helioterapia Radioterapia
 Termoterapia Eletroterapia
 Hidroterapia Talassoterapia
 Cinesiterapia
 Agentes psíquicos
Ação psicológica desempenhada pelo médico ou psicólogo junto do paciente, a qual vai desde simples confiança que lhe traz calma e bem-estar, aos tratamentos mentais de foro psiquiátrico(psicanálise).
Medicamento alopático
· Medicamento feito de acordo com as técnicas alopatas. 
· Pode-se definir a alopatia como a "cura pelo contrário", ou seja, o medicamento causa um efeito contrário à doença, melhorando-a ou curando-a; 
· Utilizam-se doses elevadas de fármacos;
· Pretende-se obter um efeito terapêutico.
Medicamento homeopático
· Medicamento obtido a partir de substâncias ou matérias-primas homeopáticas, de acordo com um processo de fabrico descrito na FE, ou na sua falta, em farmacopeia utilizada de modo oficial num Estado-membro e, que pode ter vários princípios;
· Utilizam quantidades mínimas de substâncias ativas (obtidas através de diluições e dinamizações sucessivas);
· Visam obter sinais/sintomas semelhantes aos da própria doença, para assim o organismo reagir e curar a doença por si só;
· Baseia-se em 3 princípios: Similitude, Infinitesimalidade, Totalidade.
Medicamento à base de plantas
Medicamento que deve ter uma das seguintes características:
· Ter exclusivamente como substâncias ativas uma ou mais substâncias derivadas de plantas
· Ter uma ou mais substâncias derivadas de plantas em associação com uma ou mais preparações à base de plantas.
· Ter uma ou mais preparações à base de plantas
 MATÉRIA-PRIMA
Toda a substância ativa, ou não, que se emprega na preparação de um medicamento, quer permaneça inalterável quer se modifique ou desapareça no decurso do processo.
 EXCIPIENTE
Toda a matéria-prima que, incluída nas formas farmacêuticas, se junta às substâncias ativas ou suas associações para servir-lhes de veículo.
 ADJUVANTE
Toda a matéria-prima que, incluída nas formas farmacêuticas, se junta às substâncias ativas ou suas associações e também aos excipientes para possibilitar a preparação e a estabilidade do medicamento, modificar as suas propriedades organoléticas ou determinar as propriedades físico-químicas do medicamento e a sua biodisponibilidade
Farmacologia geral: estuda o entendimento geral do funcionamento com uma todos os grupos de drogas.
Farmacologia clínica: estuda a aplicação clínica das drogas.
Farmacoterapia: escolha da melhor forma de tratamento para o paciente.
Farmacotécnica: estudo e desenvolvimento de formulações farmacêuticas para o desenvolvimento da melhor apresentação para os medicamentos.
Farmacogenética: estudo das variações genéticas que causam diferenças nas respostas individuais aos fármacos.
Farmacoeconomia: determinação e análise dos custos de uma terapia.
Farmacovigilância: identificação e avaliação dos efeitos e dos riscos do uso dos tratamentos farmacológicos na população por meio da deteção, registo e avaliação das reações adversas aos medicamentos.
Farmacoepidemiologia: estudo do uso e dos efeitos dos medicamentos na população.
Formas farmaceuticas- Sólida 
Cápsulas
Cápsulas moles
Cápsulas duras
Cápsulas gastro resistentes
Cápsulas de libertação modificada
Pós e granulados
Aplicação local 
Uso oral
Inalação
Lápis
SupositóriosÓvulos
Comprimidos
Revestidos
Gastro resistentes
Libertação modificada
Não revestidos
Efervescentes
Solúveis
Dispersáveis
Gomas para mascar 
Formas Farmacêuticas –Semi-sólidas
Pomadas oftálmicas
Pomadas propriamente ditas (hidrófobas, absorventes de água e hidrófilas)
Cremes(hidrófobos e hidrófilos)
Geles(hidrófobos e hidrófilos) 
Pastas(hidrófobas e hidrófilas) 
Formas Farmacêuticas-Líquidas
Líquidos de aplicação cutânea
Champôs
Espumas
Linimentos
Loções
Colírios
Líquidos para inalação
Líquidos para irrigação
Uso auricular
Líquidos para uso oral
Soluções
Suspensões
Emulsões
Xaropes
Formas
Formas Farmacêuticas –Uso parentérico
Requisitos:
Estéreis
· Preparações injetáveis
· Preparações injetáveis para perfusão
· Preparações para uso
· Parentérico depois de diluídas
· Pós para uso parentérico
· Implantes
Classificação segundo o número de substâncias ativas
Medicamento simples: apenas um fármaco 
Ex. paracetamol; clopidogrel; ibuprofeno
Medicamento composto mais que um fármaco 
Ex. amoxicilina+ ác. Clavulânico; hidroclorotiazida+ captopril
Classificação segundo a forma de emprego, via de administração
Uso interno
· O medicamento destina-se a ser administrado no interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais ou acidentais;
· Ex. de vias de administração: oral, rectal, nasal, vaginal, auricular, parenteral, traqueopulmonar
· Visa ter uma ação sistémica
 Uso externo
· O medicamento destina-se a ser aplicado na superfície do corpo ou em mucosas facilmente acessíveis do exterior;
· Visa ter uma ação local.
………………………………………...
· Um medicamento administrado, por ex., na mucosa rectal pode ser de uso interno (supositório) ou externo (pomada).
· Não é só a forma farmacêutica que condiciona a ação interna ou externa, mas a zona (ou profundidade) onde o medicamento é aplicado.
· Ex. uma pomada que seja aplicada com uma cânula é de uso interno.
Os medicamentos de uso interno podem empregar-se externamente, mas, na maioria dos casos, os medicamentos de uso externo não podem ser administrados no interior do organismo.
Medicamentos Especializados/Especialidades
Não são consideradas especialidades farmacêuticas:
•Medicamentos produzido sem série que constem da FP ou que tenham por único princípio ativo um produto nela inscrito;
•Cosmética para cabelo, quando no rótulo ou na literatura que o acompanha não se declare que se destinam a tratamento sintomático ou curativo de situação patológica;
•Artigos de penso (gazes, ligaduras, algodões), mesmo que contenham substâncias medicamentosas;
•Lápis medicamentos os utilizados com o desinfetantes ou cicatrizante;
•Produtos alimentícios, em cuja literatura não se indiquem propriedades terapêuticas especificas. 
Preparações farmacêuticas apresentadas no mercado em embalagem própria, destinada a ser entregue ao consumidor e com uma designação ou marca privativa.
Classificação farmacoterapêutica dos medicamentos
A classificação farmacoterapêutica diz respeito à identificação dos fármacos, realizada de acordo com as suas finalidades terapêuticas 
I. Medicamentos anti-infeciosos
II. Sistema Nervoso Cebrospinal
III. Sistema nervoso vegetativo
IV. Aparelho Cardiovascular
V. Sangue
VI. Aparelho Respiratório 
VII. Aparelho digestivo 
VIII. Aparelho geniturinário
IX. Hormonas e medicamentos usados em doenças endócrinas.
X. Aparelho músculo-esquelético
XI. Medicação anti alérgica
XII. Nutrição
XIII. Corretivos da volémica e das alterações hidroelétroliticas
XIV. Medicamentos de dermatologia
XV. Medicamentos de aplicação tópica no ouvido
XVI. Medicamentos de aplicação tópica em oftalmologia 
XVII. Antineoplásicos e imunomoduladores
XVIII. Medicamentos usados no tratamentos de intoxicações 
XIX. Meios de diagnóstico
XX. Vacinas e imunoterápicos 
XXI. Outros…
Vias de administração
· Via oral 
· Administrados por injeção
· via intravenosa(IV) 
· Via intramuscular (IM)
· Via intratecal 
· Via subcutânea (SC)
· Via sublingual e bucal
· Via retal e Via Vaginal
· Via ocular e via otológica
· Via nasal
· Inalação e nebulização
· Via cutânea 
· Via transdérmica 
Via oral
Medicamentos: 
· Líquidos
· Cápsulas
· Comprimidos 
· Comprimidos mastigáveis 
Via mais conveniente e, geralmente, a mais segura e menos dispendiosa
Limitações devido ao trajeto do medicamento pelo trato digestivo
A via oral não pode ser utilizada por exemplo:
· Quando a pessoa não pode tomar nada pela boca
· Quando o medicamento deve ser administrado rapidamente ou em dose muito precisa ou elevada
· Quando este é mal ou irregularmente absorvido pelo trato digestivo
Via parental
· SUBCUTANEA (SC)
· INTRAMUSCULAR (IM)
· INTRAVENOSA ( na veia)
· INTRATECAL ( ao redor da medula espinhal)
sublingual e bucal
Sob a língua (tomados via sublingual) 
Entre a gengiva e os dentes (via bucal) 
São colocados, para que possam se dissolver e ser absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos que ficam sob a língua. 
A via sublingual é especialmente boa para nitroglicerina, que é utilizada para aliviar a angina de peito, devido à sua absorção rápida e ao facto de o medicamento entrar imediatamente na corrente sanguínea, sem necessidade de passar primeiro pela parede intestinal e pelo fígado. 
Via retal
A absorção é rápida, uma vez que o revestimento do resto é fino e a irrigação sanguínea á abundante 
Prescrevem-se supositórios quando:
· alguém não pode tomar um medicamento por via oral devido a náuseas, 
· impossibilidade de deglutir
· restrições alimentares, como acontece antes e depois de muitas intervenções cirúrgicas.
Via vaginal
Podem ser administrados em forma de:
· Solução
· Comprimido 
· Creme
· Gel
· Ovulo ou anel
Esta via é usada para administrar estrogénio a mulheres durante a menopausa para aliviar sintomas vaginais, como secura ou vermelhidão.
OCULAR
As substâncias ativas, podem ser misturados com substâncias inativas para produção de um líquido, gel ou pomada para serem aplicados no olho.
Colírios podem sair dos olhos muito rapidamente, impedindo uma boa absorção. Fórmulas em gel e pomada mantêm o medicamento em contato com a superfície do olho durante mais tempo, mas podem embaçar a visão.
medicamentos oculares são utilizados quase sempre devido a seus efeitos locais.
otologica ou auricular
Usados para tratar inflamação e infeção de ouvido
Gotas com soluções ou suspensões são aplicadas no canal externo.
Os efeitos colaterais generalizados são ausentes ou mínimos.
Via nasal
Inalado e absorvido através da fina membrana mucosa que reveste as fossas nasais, ele precisa ser transformado em pequenas gotículas no ar (atomizado). Uma vez absorvido, o medicamento entra na corrente sanguínea.
Atua rapidamente.
VIA INALATORIA
Agem especificamente nos pulmões, são medicamentos tais como: 
· Aerossolizados medicamentos antiasmáticos em recipientes de doses controladas (chamados inaladores).
· Administrar gases utilizados para anestesia geral.
Os medicamentos administrados por inalação pela boca devem ser atomizados em partículas menores do que os administrados por via nasal, para que seja possível que o medicamento passe pela traqueia e entre nos pulmões. 
A profundidade atingida pelo medicamento nos pulmões depende do tamanho das gotículas. Gotículas menores alcançam maior profundidade, o que aumenta a quantidade de medicamento absorvido.
No interior dos pulmões, elas são absorvidas e entram na corrente sanguínea.
NEBULIZÇÃO
Devem ser aerossolizados em pequenas partículas para alcançarem os pulmões
A nebulização requer o uso de dispositivos especiais, geralmente sistemas ultrassónicos ou nebulizadores a jato
A utilização apropriada de um dispositivo ajuda a aumentar a quantidade de medicamento libertado nos pulmões.
VIA CUTANÊA 
São utilizados por seus efeitos locais e, assim, são mais comumente usados no tratamento de distúrbios da pele superficiais 
O medicamento é misturado com substâncias inativas.
Dependendo da consistência dessas substâncias inativas, a formulação pode ser:
· Pomada
· Creme 
· Loção
· Solução
· Pó
· Gel
via transdérmica
Sãodisponibilizados no corpo todo através de um adesivos obre a pele
Esses medicamentos são misturados a uma substância química (como o álcool) que intensifica a penetração pela pele e entrada na corrente sanguínea sem uso de injeções.
Através de um adesivo, o medicamento pode ser administrado lentamente e de forma constante, durante muitas horas, dias ou até mesmo mais tempo.
Como resultado, os níveis do medicamento no sangue podem ser mantidos relativamente constantes.
Dose vs posologia
Dose: quantidade de um medicamento administrar 
Posologia: 
· Forma de utilizar os medicamentos ↠ Número de vezes e quantidade a ser utlizado a cada dia. Isto varia :
· Função do paciente
· Da doença que esta sendo tratada 
· Do tipo de medicamento.
· Está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica do medicamento em questão
· Um esquema posológico racional baseia-se na pressuposição de que existe uma concentração-alvo que irá produzir o efeito terapêutico desejado.
· conceito de janela terapêutica, que compreende a concentração plasmática mínima necessária para fazer o efeito e a concentração máxima acima da qual o fármaco irá apresentar efeitos tóxicos
· Ex: 1 id; 2id; 3id,…
Margem ou janela terapêutica
= a Índice Terapêutico
Refere-se à faixa de valores de doses que otimizam o equilíbrio entre a eficácia e a toxicidade do medicamento, de forma a atingir o melhor efeito terapêutico sem levar a efeitos colaterais ou toxicidade considerada inaceitável.
Alguns gráficos exemplo
Modos de exprimir a concentração de fármacos
Percentagem massa por massa
por cento m/m exprime o número de gramas de substância em 100 gramas do produto final
Percentagem massa por volume
por cento m/V exprime o número de gramas de substância em 100 mililitros do produto final
Percentagem volume por volume
por cento V/V exprime o número de mililitros de substância em 100 mililitros de produto final
 NOTASexpressão "por cento", sem outra indicação, refere-se a massa por massa.
A expressão "partes por milhão (ppm)", sem outra indicação, refere-se a massa por massa.
Armazenamento de medicamentos
Quando se menciona uma temperatura sem indicação numérica, os termos gerais utilizados têm o seguinte significado:
· Congelado ou no congelador (temperatura inferior a -15°C)
· Refrigerado ou no frigorífico (2 a 8°C)
· Frio (8 a 15°C)
· Temperatura ambiente (5 a 25°C)
Farmacocinética
Vs
Farmacodinâmica
Farmacocinética
Área da farmacologia que estuda o destino dos fármacos no organismo, desde a administração até a eliminação do organismo (“o que o corpo faz ao fármaco”).
Abrange os processos de absorção, distribuição, biotransformação/metabolismo e eliminação (ADME).
A ideia de cinética (movimento) é adequada para ilustrar esta área da farmacologia, pois indica a movimentação dos fármacos pelo organismo.
Farmacocinética Clínica
Aplicação dos métodos farmacocinéticos na terapia com fármacos
Envolve uma aproximação multidisciplinar a estratégias de doseamento individual otimizado, baseadas no estado do doente e nas considerações específicas deste.
A idade, sexo, genética, e diferenças étnicas podem resultar em diferenças farmacocinéticas que podem afetar o outcome da terapia com fármacos.
Estudo das diferenças farmacocinéticas dos fármacos em vários grupos populacionais é denominado de farmacocinética de população.
Quando fármacos com índices terapêuticos estreitos são usados em pacientes, é necessário monitorizar os níveis plasmáticos do fármaco através da recolha de amostras de sangue.
 A farmacocinética e os serviços de análises de fármacos necessários para a monitorização segura do fármaco são providenciados por serviços clínicos farmacocinéticos. 
O objetivo é minimizar os efeitos adversos.
Taxicocinética
Aplicação dos princípios farmacocinéticos ao design, conduta e interpretação dos estudos de segurança do fármaco e usados na validação da dose experimental usada em animais.
Os dados taxicocinéticos ajudam na interpretação de descobertas toxicológicas em animais e extrapolação dos resultado s para os humanos.
São feios em animais durante o desenvolvimento pré-clínico do fármaco e podem continuar depois do fármaco ter sido testado em teste clínicos .
Toxicologia clínica é o estudos dos efeitos adversos dos fármacos e de substâncias tóxicas no corpo.
Fase bio farmacêutica
Libertação
O fármaco para que possa exercer a sua ação tem de ser libertado (desagregação da molécula) .Esta libertação pode ser rápida ou lenta.
Dissolução
Para atravessar as membranas biológicas, o princípio ativo deve estar disperso no estado molecular, em meio aquoso, no local de absorção. 
A velocidade de dissolução do princípio ativo é função das suas características físico-químicas e do pH do meio de absorção.
Esta fase depende de:
· Propriedades farmacêuticas, formulação e vias de administração
· Cumprimento da prescrição (compliance).
Fase Farmacocinética
Relacionada com a transformação, in vivo, do princípio ativo.
Estudo em função do tempo, dos diferentes aspetos (absorção, distribuição, metabolismo e eliminação) da transformação de um princípio ativo no organismo.
Absorção
O fármaco atravessa as membranas biológicas do local de absorção e entra na circulação sanguínea 
.No caso de uma absorção gastrointestinal, o princípio ativo é primeiro transportado pela veia porta ,para o fígado, antes de atingir a circulação sistémica.
Distribuição
O princípio ativo, na circulação sistémica, pode ligar-se a proteínas plasmáticas e difundir-se em certos órgãos ou tecidos, contendo ou não recetores farmacológicos. 
O volume de distribuição e a percentagem de ligação às proteínas plasmáticas são características de um princípio ativo e determinam a amplitude da distribuição deste no espaço vascular e extra vascular.
Volume de distribuição (Vd)
Se a concentração plasmática é muito baixa, o Vd será muito alto, indicando que está acumulado nalgum tecido; pelo contrário, se o fármaco está muito ligado a proteínas a Concentração plasmática será alta e o V
Metabolismo ou biotransformação
Conjunto de reações bioquímicas que produzem modificações na estrutura química dos fármacos. Estas modificações podem produzir metabolitos inativos, ativos ou produtos com uma atividade farmacológica distinta da do fármaco original. 
As alterações metabólicas produzem-se mediante dois tipos de reações que se conhecem como reações de Fase I e reações de Fase II.
 
Reações de Fase I
Podem ser reações de oxidação (hidroxilações, N e O-desalquilações), redução ou hidrólise. 
Estas reações podem introduzir um grupo reativo na estrutura do fármaco, que aumenta a sua atividade química.
As reações de fase I mais frequentes são as oxidações, catalisadas por um sistema enzimático complexo conhecido como sistema de oxigenases de função mista. O sistema enzimático mais importante é o sistema do citocromo P-450(CYP), de que fazem parte cerca de 100 isoenzimas. 
As isoenzimas mais importantes para o metabolismo de fármacos em humanos são as CYP3A4, 2D6, 2C19 e 2C9.
 Reações de fase II
Podem ser reações de conjugação, que normalmente inativam o fármaco.
 Em termos gerais estas reações atuam sobre o grupo reativo introduzido nas reações de fase I, adicionando um substituinte maior como um glucuronilo, um sulfato ou um acetilo, que diminuem a lipossolubilidade e favorecem por isso a eliminação renal ou biliar.
Eliminação 
O princípio ativo é eliminado sob a forma inalterada ou sob a forma de vários metabolitos geralmente inativos, ou sob ambas as formas, em proporções variáveis
O rim é o principal órgão de excreção do princípio ativo inalterado e dos metabolitos mais hidrossolúveis.
Enquanto que o fígado é o principal local da sua biotransformação.
O princípio ativo ou os seus metabolitos excretados na bílis podem ser reabsorvidos (circulação entero-hepática)
.
A eliminação é avaliada por 3 parâmetros farmacocinéticos:
· Constante de velocidade de eliminação
· Tempo de semivida de eliminação
· Clearance
Esta fase depende de:
· Características fármaco cinéticasdo fármaco
· Características fisiológicas do doente
Farmacocinética 
Curvas concentração-tempo
Colheita de amostra
Métodos invasivos: 
· colheita de amostras de sangue,
· fluido espinhal, 
· fluido sinovial, 
· biópsia 
· qualquer tipo de método que necessite de intervenção parental ou cirúrgica no paciente.
Métodos não invasivos: 
· Urina
· Fezes
· Saliva
· Ar expirado
· Qualquer tipo de método que possa ser recolhido sem intervenção parental ou cirúrgica no paciente.
Concentração do fármaco no sangue, plasma e soro
O sangue total contém os elementos celulares incluem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e várias proteínas, como albumina e globulinas.
No geral, o soro e o plasma são usados na medição da concentração do fármaco. Para obter o soro, o sangue total coagula e o soro é recolhido do sobrenadante depois de centrifugação.
O plasma é obtido do sobrenadante do centrifugado do sangue total ao qual foram adicionados anticoagulantes, como a heparina. Assim as proteínas presentes no soro e no plasma são diferentes. 
O plasma está presente em todos os tecidos do corpo e assumindo que o fármaco no plasma está em equilíbrio dinâmico com os tecidos, variações na concentração do fármaco no plasma vão refletir mudanças na concentração do fármaco nos tecidos.
Curva concentração no plasma-tempo
São geradas pela medição da concentração do fármaco em amostras de plasma recolhidas em vários intervalos de tempo depois do fármaco ter sido administrado.
A concentração do fármaco em cada amostra de sangue é traçada num gráfico em função do tempo que a respetiva amostra foi removida. 
À medida que o fármaco atinge a circulação sistémica, a concentração deste no plasma vai aumentar até um nível máximo.
Normalmente a absorção do fármaco é mais rápida que a sua eliminação.
À medida que o fármaco é absorvido para a circulação sistémica, o fármaco e distribuído para todos os tecidos no corpo e simultaneamente eliminado.
A eliminação do fármaco pode englobar excreção ou biotransformação ou a combinação de ambos
MEC (concentração mínima efetiva) 
MTC (concentração mínima toxica do fármaco) 
Assumindo que a concentração do fármaco no plasma está em equilíbrio com os tecidos:
MEC reflete a concentração mínima do fármaco necessária ao nível dos recetores para produzir o efeito farmacológico desejado. 
MTC representa a concentração do fármaco necessária para produzir efeito tóxico.
A intensidade do efeito farmacológico é proporcional ao número dos recetores do fármaco ocupados, que é refletido na observação de que elevadas concentrações de fármaco no plasma produzem uma grande resposta farmacológica, até um nível máximo.
A duração da ação do fármaco:
Diferença entre o início e o tempo em que o fármaco atinge o MEC.
A farmacocinética pode também descrever a curva níveis no plasma-tempo em termos de pico do nível plasmático, tempo para atingir o pico do nível plasmático área sob a curva ou AUC. 
O tempo para atingir o pico do nível plasmático é o tempo da concentração máxima do fármaco no plasma e é um marcador para a taxa média de absorção do fármaco. 
O pico do nível plasmático ou concentração máxima do fármaco está relacionado com a dose, com a constante de absorção e eliminação do fármaco. 
O AUC está relacionado com a quantidade de fármaco absorvido.
Vias de Administração
[Via Entérica]
ORAL
cARACTERISTICAS
É a via de administração mais utilizada;
A absorção realiza-se no estômago e no intestino ↠ Importância do pH do meio e pKa do fármaco
Utilização de drageias com revestimento entérico que só se desagrega a pH intestinal (fármacos irritantes)
Utilização de preparações de absorção prolongada (evitar múltiplas administrações diárias)
Vantagens
Cómoda;
Económica;
Permite a auto-administração;
Oferece uma absorção satisfatória que condiciona a obtenção de concentrações orgânicas eficazes e relativamente estáveis (com a administração convenientemente espaçada das doses parciais).
Desvantagens 
Existência de um tempo de latência (intervalo entre o momento de administração e o aparecimento dos efeitos) que pode ser maior ou menor conforme os casos ↠ inconveniente em caso de urgência;
Muitos fármacos são irritantes↠ a sua administração por esta via torna-se difícil ou até mesmo impossível, principalmente em tratamentos longos ou quando há patologia no TGI;
Inativação pelo conteúdo do tubo digestivo;
Administração conjunta com outros fármacos ↠ reações físico-químicas que destroem um dos fármacos ou impedem a sua conveniente absorção;
Fármacos rápida e intensamente metabolizados pelo fígado podem ser bem absorvidos, mas não chegam a atuar.
Baixa biodisponibilidade: tempo de esvaziamento gástrico, transito intestinal, forma farmacêutica e alimentos.
fARMOCINÉTICA
A intensidade de absorção oral de um medicamento varia de indivíduo para indivíduo e, no mesmo indivíduo, de uma altura para outra de acordo com diversos fatores (ex. trânsito intestinal, pH do meio, presença de alimentos).
Absorção realizada fundamentalmente por difusão passiva, mas em casos especiais realiza-se por transporte ativo.
SUBLINGUAL
Características
A pequena espessura do epitélio da mucosa bucal e a rica vascularização desta ↠ condições favoráveis à absorção do medicamento
Vantagens
Rápida absorção
Auto-administração
Escapa à metabolização hepática (evita efeito de primeira passagem)
Desvantagens
Sabor desagradável
Medicamentos irritantes não podem ser administrados por esta via
Usada em casos raros
FARMOCINÉTICA
A absorção do fármaco por esta via, conduz o fármaco diretamente para a veia cava superior (evita efeito de 1ª passagem)
RETAL
VANTAGENS
Cerca de 50% do medicamento escapa à metabolização hepática inicial
Possibilidade de autoadministração
Utilizado em crianças pequenas e doentes com vómitos ou inconscientes
DESVANTAGENS
O contacto do medicamento com a superfície absorvente fortemente prejudicada pelas fezes ↠ administração feita após o doente ter evacuado ou depois de lhe fazer um clister de limpeza ↠ pouco prático quando as administrações têm que ser repetidas em intervalos regulares
Ação irritante aceitável na administração oral pode ser intolerável por via rectal
Absorção irregular
FARMOCINÉTICA
Mucosa intestinal capaz de absorver medicamentos principalmente por difusão passiva
[Via Parentérica]
SUBCUTÂNEA
Caracteristicas
Em vez de se injetar o medicamento, “implanta-se” (cirurgia) um comprimido no tecido subcutâneo, o qual vai constituir um “depósito” lentamente absorvido (efeito terapêutico longo)
vantagens
Absorção mais lenta
Permite a administração de quantidades de líquido apreciáveis
Nalguns casos possibilita a auto-administração (ex. insulina)
dESVANTAGENS
Tolera pior os medicamentos irritantes (que a via intramuscular)
INTRAVENOSA
CARACTERISTICAS
Deve ser usada apenas quando não se podem utilizar outras vias de administração
Atualmente utilizam-se seringas pré-esterilizadas
Uma injeção endovenosa deve ser sempre feita lentamente
vANTAGENS
Atingem-se imediatamente as concentrações sanguíneas máximas após a injeção ↠ importante em casos de urgência
Permite a utilização de medicamentos que se absorvem mal por outras vias mais cómodas ou que são parcialmente destruídos antes de serem absorvidos
Administração de grande quantidade de líquidos (infusão gota a gota) e de soluções que não podem ser administradas por via intramuscular ou subcutânea
Possibilidade de controlar a administração de medicamentos com pequena margem de segurança (medicamentos cujas concentrações sanguíneas eficazes são muito próximas das concentrações tóxicas)
DESVANTAGENS
Só se podem administrar soluções aquosas
É necessário pessoal especializado
Ocorrência de reações anafiláticas graves e risco de embolismo
Aparecimento de efeitos cardiovasculares e respiratórios graves
FARMOCINÉTICA
Não se verifica absorção
O pico máximo da concentração é atingido no instante inicial da administração.
INTRAMUSCULAR
CARATERISTICAS
Via frequentemente utilizada
Muito útil sempre que não se podeou não é conveniente utilizar a via oral
vANTAGENS 
Todos os medicamentos que conseguem atravessar a parede capilar e que não tenham capacidade irritante apreciável podem, em princípio ser administrados por esta via, dependendo da velocidade de absorção e de outros fatores como a área de contacto, o tempo de irrigação, a dimensão da molécula e o tipo de preparação
Suspensões absorvidas lentamente constituem uma mais valia na terapêutica ↠fica depositada no músculo e é progressivamente absorvida ↠ evita-se injeções frequentes
desvantagens
Absorção condicionada pela solubilidade e gradiente de concentração.
Irritação local
Dor no local da injeção e, por vezes, formação de abcessos assépticos
Impossibilidade de auto-administração e de administração de grandes volumes de líquidos
Risco de infeção local
farmocinéyica
As soluções aquosas são melhor absorvidas que as soluções oleosas ou as suspensões.
DÉRMICA 
CARACTERISTICAS
Aplicação do creme faz-se geralmente sobre uma área de pele fina e glabra
VANTAGENS
Permite obter níveis sanguíneos eficazes durante muito tempo após a administração sem grandes picos de concentração causadores de efeitos colaterais
Podem-se substituir administrações repetidas por outras vias por uma única aplicação diária
DESVANTAGENS
Aparecimento de intoxicações
Pouco utilizado para administração sistémica de fármacos, podendo levar ao aparecimento de efeitos indesejáveis
FARMACINETICA
Medicamentos muito lipofílicos e moléculas relativamente pequenas atravessam a pele com relativa facilidade e são absorvidos com regularidade
INALATÓRIA
CARACTERISTICAS
A pequena espessura do epitélio pulmonar, a sua riquíssima vascularização e a extensa área
Rápida absorção
VANTAGENS
Fármacos com coeficiente de partilha relativamente elevado bem absorvidos por esta via, por difusão passiva (administração sob a forma de aerossol)
DESVANTAGENS
No caso de broncoconstrição o fármaco pode não alcançar o tecido alvo
É administrado em pequenas doses
A proporção da dose depende da força de inalação do utente
FARMACOCINETICA
Os mais fácil e rapidamente absorvidos são os de baixo peso molecular e altamente lipossolúveis, gasosos ou voláteis
Fármacos não lipossolúveis, moléculas grandes e partículas sólidas podem ser absorvidas através dos alvéolos pulmonares
Via intra-óssea
Habitualmente praticada por punção do esterno.
Nalguns casos utilizada em substituição da via endovenosa para infusão de soluções volumosas, de sangue ou soros.
Absorção fácil e rápida como resultado da permeabilidade da parede dos capilares da medula óssea devido à existência de largos espaços entre as células endoteliais.
Via intratecal
Destinada à deposição no SNC de moléculas que, de outra forma, dificilmente alcançariam concentrações terapêuticas, devido à dificuldade em transporem a BHE.
Transporte
de fármacos
Os processos absorção, distribuição, biotransformação e excreção estão dependentes da capacidade das moléculas atravessarem as membranas. 
O movimento através das membranas biológicas é necessário para a absorção pelo organismo, para a distribuição para os vários tecidos do corpo, incluindo o local ativo, e para a eliminação do corpo. 
O movimento é conhecido como transporte, um termo que é usado frequentemente mais especificamente para descrever os processos e sistemas de transporte (transportadores) que facilitam movimento através das membranas.
2 tipos de proteínas associadas às estruturas membranares:
Proteínas Integrais: 
Não são passiveis de ser extraídas sem que haja destruição da própria membrana;
Papel importante na travessia membranar de substâncias.
Proteínas PerifEricas:
Podem ser extraídas sem destruição da integridade das membranas; 
Papel praticamente irrelevante na passagem de substâncias de um lado para o outro da membrana, funcionando basicamente como enzimas
A permeabilidade do fármaco no local de absorção para a circulação sistémica está intimamente relacionada com a estrutura molecular do fármaco e as propriedades físicas e bioquímicas das membranas celulares. Uma vez no plasma, o fármaco pode ter de atravessar membranas biológicas para chegar ao seu local da ação. Portanto, as membranas biológicas representam potencialmente uma barreira à “entrega” do fármaco
 
 PROCESSO DE TRANSPORTE
Transecular d envolve a passagem do fármaco através das células e é uma via muito comum de transporte de fármacos
Paracelular d uma vez que existem fármacos que são tão polares que não conseguem atravessar a membrana lipídica, movimentam-se através de canais estreitos entre as células
Muitos fármacos ligam-se às proteínas do plasma e componentes dos tecidos.
 A ligação é geralmente reversível e normalmente é tão rápida que o equilíbrio é estabilizado dentro de milissegundos
Difusão Passiva
Difusão Passiva
Se uma molécula tiver baixo peso molecular e se for lipofílica, as membranas celulares não são uma barreira na
difusão e absorção dos fármacos.
É um processo no qual as moléculas difundem espontaneamente de uma região de maior concentração para uma região de menor concentração.
É um processo passivo, pois não há gasto de energia.
Não é saturável, ou seja, segue uma cinética de ordem 1.
Se os dois lados das membranas têm a mesma concentração, o movimento para a frente é contra-balançado pelo movimento para trás das moléculas.
Quando um dos lados tem maior concentração, num dado momento, o número de moléculas que se movimentam para a frente é maior que o número de moléculas que se movimentam para trás. Como resultado, haverá uma transferência de moléculas para o lado com menor concentração, como indicado na figura com uma seta maior
A velocidade de transferência e denominada por fluxo e está representada por um vetor para mostrar a sua direção no espaço.
A tendência de as moléculas se moverem em todas as direções é natural, uma vez que possuem energia cinética e colidem umas com as outras no espaço
Propriedades que determinam a permeabilidade:
Tamanho
Lipocilicidade
Carga (grau de ionização)
Tamanho:
O tamanho molecular tem um pequeno impacto na difusão de substâncias na água. 
Todavia, tem um impacto maior no movimento através das membranas. 
Devida à relativa rigidez das membranas celulares que impedem o movimento dos fármacos.
Movimento Paracelular ↠ tamanho molecular é o primeiro determinante do transporte
Lipocilicidade:
Geralmente fármacos mais lipofílicos atravessam melhor as membranas.
Pequenos fármacos não ionizados e lipossolúveis tendem a atravessar as membranas lipídicas transcelularmente com facilidade.
Carga:
Alguns fármacos estão parcialmente ionizados a pH fisiológico.
Hipótese da partição de pH ↠ Apenas a fração não polar e não ionizada do fármaco penetra na membrana e no equilíbrio, as concentrações das espécies não ionizadas são iguais em ambos os lados, mas a concentração total pode ser diferente devido à diferença no grau de ionização.
O grau de ionização é importante na determinação do movimento através das membranas
Características da membrana
A transferência do fármaco pode ocorrer por movimento através de grandes aberturas na membrana.
 O movimento do plasma através das membranas (um processo convectivo) aumenta o transporte. 
Outro determinante da permeabilidade é a espessura da membrana (a distância que a molécula tem que atravessar). 
Quanto menor a distância, maior a permeabilidade.
O transporte de fármacos ocorre até ao equilíbrio, ou seja, até as concentrações se igualarem nas fases aquosas de ambos os lados da membrana. 
O equilíbrio é encontrado mais rapidamente com a grande permeabilidade aos fármacos e quando existe um grande área de superfície de contacto com a membrana
Transporte mediado
TRANSPORTE MEDIADO
Embora muitos fármacos sejam transportados passivamente através das células, para muitos outros o transporte é facilitado.
Pode dividir-se em: Transporte ativo e Difusão facilitada
Transporte Ativo
· É um processo de transporte transmembranar mediado que tem um papel importante na absorção gastrointestinale nas
· secreções renais e biliares de muitos fármacos e metabolitos.
· Alguns fármacos insolúveis nos lípidos que se assemelham a metabolitos fisiológicos (como 5-fluorouracilo) são absorvidos pelo trato gastrointestinal por este processo.
· É caracterizado por transportar o fármaco contra o gradiente de concentração ↠ da região de menor concentração para a região de maior concentração do fármaco. Sendo assim um sistema com gasto de energia.
· É um processo especializado que requer um transportador que se liga ao fármaco para formar um complexo transportador-
· fármaco que transporta o fármaco através da membrana e que depois se dissocia do fármaco no outro lado da membrana.
· O transportador pode ser altamente seletivo para o fármaco.
· Fármacos de estrutura semelhante podem competir para o mesmo mecanismo de transporte
Quando um fármaco é absorvido por difusão passiva, a velocidade da absorção aumenta linearmente (A).
No entanto quando é absorvido por um processo de transporte mediado, a velocidade da absorção do fármaco aumenta com a concentração até os transportadores estarem completamente saturados (B). 
A maiores concentrações, a velocidade da absorção do fármaco mantém-se constante (ou de ordem zero).
 Difusão Facilitada 
· Também é um sistema de transporte mediado.
· Difere do transporte mediado, pois o fármaco move-se a favor do gradiente de concentração.
· Este sistema não necessita de energia.
· Uma vez que este sistema é mediado por transportadores, pode ficar saturado e ser estruturalmente seletivo para um fármaco e pode ocorrer competição cinética para fármacos de estrutura semelhante.
· Parece ter um papel menor a nível de absorção.
Transporte mediado no Intestino:
•Alguns sistemas de transporte mediado estão presentes na borda em escova do intestino e na membrana baso lateral, para a absorção de iões específicos e nutrientes essenciais para o corpo.
· Alguns fármacos são absorvidos devido à semelhança estrutural de substratos naturais
P-glicoproteína ou proteína de permeabilidade
· Transportador dependente de ATP
· Localizado em muitos órgãos e tecidos
· Desempenha um papel importante na secreção hepática para a bílis de muitos fármacos, na secreção renal de muitos outros e na velocidade de absorção de alguns fármacos no TGI
· Principal transportador de efluxo presente na barreira hemato-encefálica
 Transporte vesicular
· É um processo que envolve as partículas ou dissolve materiais pela célula.
· A pinocitose e a fagocitose são formas de transporte vesicular, que difere pelo tipo de material ingerido.
· A pinocitose refere-se ao engolfamento de solutos ou fluidos.
· A fagocitose refere-se o engolfamento de partículas maiores ou macromoléculas.
· A endocitose e a exocitose são processos de movimento de macromoléculas específicas para dentro e para fora da célula, respetivamente.
· Durante estes processos, a membrana da célula invagina-se para rodear o material para depois engolir o material para dentro da célula. Posteriormente, a membrana da célula que contém o material forma uma vesícula ou vacúolo no interior da célula
 Transporte por poros
Pequenas moléculas (como ureia, água e açúcar) são capazes de atravessar a membrana rapidamente se a membrana tiver canais ou poros. 
Embora os poros não tenham sido observados microscopicamente, o modelo de penetração do fármaco através de poros aquosos é usado para explicar a excreção renal e a recaptação de fármacos pelo fígado.
As proteínas de transporte podem formar um canal aberto através da membrana lipídica da célula.
Pequenas moléculas, incluindo fármacos, movem-se através destes canais por difusão mais rapidamente do que noutras partes da membrana.
 Formação de pares de iões 
Fármacos eletrólitos fortes (muito ionizados) ou moléculas com carga, como por exemplo compostos com azoto quaternário.
Eletrólitos fortes que tenham carga a pH fisiológico penetram pobremente nas membranas.
Quando o fármaco ionizado é ligado com uma carga oposta, é formado um par iónico cuja carga global é neutra. Este complexo neutro difunde-se mais facilmente através da membrana.
Corrente Sanguínea
Vs
Permeabilidade
limite de perfusão 
O movimento do fármaco através das membranas não pode ser separado das considerações de perfusão (expressa por mL/min por massa).
Quando o movimento através da membrana ocorre facilmente, o passo lento ou o que limita a velocidade em todo o processo é a perfusão e não a permeabilidade.
A velocidade inicial do movimento do fármaco para os tecidos é determinada pela velocidade de distribuição que depende da corrente sanguínea
limite de permeabilidade
Na permeabilidade o que está em causa é a penetração na membrana e não a distribuição do fármaco.
-- O aumento da espessura da membrana conduz a um aumento na resistência
-- A resistência aumenta com o tamanho e a polaridade da molécula
Natureza reversível do transporte:
•O transporte através das membranas é geralmente bidirecional
•Transporte unidirecional entre TGI e sangue ↠ permite absorção
•Existem adsorventes que atuam para reduzir a absorção sistémica e para
acelerar a remoção de fármacos do corpo.
bIODISPONIBIDADE
A biodisponibilidade de um fármaco está relacionada com a quantidade deste que chega na sua forma ativa ao alvo onde é suposto atuar.
Ionização (pKa):
O estado de ionização de uma molécula afeta a sua solubilidade e Lipocilicidade, e indiretamente, outras propriedades tais como permeabilidade, volume de distribuição, metabolismo e excreção
Dissolução e solubilidade
A solubilidade é uma propriedade que é estudada em fases iniciais durante o desenvolvimento de fármacos uma vez que apenas os compostos dissolvidos podem atravessar a membrana gastrointestinal. 
Trata-se de um parâmetro essencial para a dissolução de compostos após a administração oral.
O processo de solubilidade depende da área de superfície do sólido que se está a dissolver e da solubilidade do fármaco na superfície desse mesmo sólido.
A solubilidade é inversamente proporcional ao número e tipos de funções lipofílicas dentro da molécula e à compactação do empacotamento cristalino da molécula.
Um excesso de Lipocilicidade é também uma causa comum de fraca solubilidade e pode levar a uma fraca e errática absorção do fármaco após administração oral.
Lipofilicidade
É o principal parâmetro físico-químico ligado à permeabilidade da membrana e, consequentemente, a absorção e distribuição de fármacos.
Os coeficientes de partição octanol/água (log P) e distribuição (log D) são muito utilizados para fazer estimativas para a penetração de membranas e permeabilidade, incluindo a absorção gastrointestinal, travessia da BHE e correlação com as propriedades farmacocinéticas, nomeadamente absorção e distribuição.
Os 2 grandes componentes da Lipocilicidade são o peso molecular e ligações de hidrogénio.
Peso molecular, forma e flexibilidade
O peso molecular pode ser um fator limitante relativamente à absorção oral.
Existe uma propriedade medida, área de secção cruzada, que é obtida
por medições da atividade de superfície.
Esta propriedade é útil para discriminar compostos que conseguem aceder o cérebro dos que são demasiado grandes para atravessar a BHE.
O número de ligações rotativas pode ser tomado como uma medição da flexibilidade do composto.
 Ligações de hidrogénio 
 
A capacidade de um soluto realizar pontes de hidrogénio correlaciona-se bem com a difusão passiva, sendo reconhecida como uma importante componente do conceito de lipofilicidade 
Anfifilicidade
O balanço os grupos hidrofílicos e hidrofóbicos de uma molécula definem a sua anfifilicidade.
A sua medição pode ser utilizada para prever efeitos nas membranas que possam levar a citotoxicidade ou fosfolipidose.
Permeabilidade:
Uma vez que a via oral é preferível para administrar um fármaco, uma estimativa da absorção precoce potencial é altamente desejável. 
Os métodos utilizados para avaliar a permeabilidade são um compromisso entre a alta capacidadee a alta previsibilidade, os quais são de facto, preditivos para ambas, permeabilidade e absorção
CINÉTICA DE ORDEM ZERO
REACÇÕES DE ORDEM ZERO
•Implica uma velocidade de eliminação constante em relação à concentração
•A concentração de fármaco no plasma diminui linearmente com o tempo, eliminando uma concentração fixa de fármaco por unidade de tempo
REACÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM
•A velocidade do processo é diretamente proporcional à concentração do fármaco.Aumenta ou diminui se a concentração do fármaco for maior ou menor
•A concentração de fármaco no plasma diminui de forma exponencial em função do tempo, é eliminado uma percentagem fixa de fármaco numa unidade de tempo. É a cinética de eliminação da maioria dos fármacos utilizados na clínica médica
Exemplo:
Um farmacêutico pesa exatamente 10g de um fármaco e dissolve em 100mL de água. A solução é conservada na estufa e as amostras são removidas periodicamente e analisa-se o fármaco.
O farmacêutico obtém os seguintes dados:
•A concentração de fármaco declina 5 mg/mL por cada intervalo de 2 horas
•A construção de um gráfico da concentração do fármaco versus tempo irá resultar numa linha linear, logo é de ordem 0
Um farmacêutico pesa exatamente 10g de um fármaco e dissolve em 100mL de água. A solução é conservada na estufa e as amostras são removidas periodicamente e analisa-se o fármaco. 
O farmacêutico obtém os seguintes dados:
Os valores das concentrações do fármaco podem ser traçados diretamente com o logaritmo da concentração do fármaco versus o tempo, logo é de 1ª ordem.
 !!!IMPORTANTE!!!
Resumo:
ABSORÇÃO: O fármaco atravessa as membranas biológicas do local de absorção e entra na circulação sanguínea. No caso de uma absorção gastrointestinal, o princípio ativo é primeiro transportado pela veia porta, para o fígado, antes de atingir a circulação sistémica.
DISTRIBUIÇÃO: Passagem do fármaco da corrente sanguínea para os diversos tecidos. Os tecidos mais vascularizados (rins, fígado, coração) recebem maior quantidade de fármaco. Os tecidos menos vascularizados (pele, tecido adiposo, cartilagem, tecido ósseo), recebem menor quantidade de fármaco.
BIOTRANSFORMAÇÃO: É a transformação química do fármaco, ação do organismo sobre o fármaco, transformando- a em um composto mais facilmente excretado. O objetivo de tal processo é acelerar a excreção do fármaco, pois os fármacos são reconhecidos como substâncias estranhas ao organismo. Principal órgão de biotransformação é o fígado.
EXCREÇÃO: A excreção implica a saída do fármaco do organismo. O principal órgão de excreção são os rins (urina), porém pode ocorrer em menor percentagem pelo intestino (fezes), pulmões (ar expirado), glândulas mamárias (leite), glândula salivar (saliva), glândula lacrimal (lágrima), glândula sudorípara (suor).
BIODISPONIBILIDADE – Relaciona a quantidade disponível para absorção à velocidade de absorção do fármaco.
BIOEQUIVALÊNCIA - É o estudo comparativo entre as biodisponibilidades de dois medicamentos. Dois medicamentos são considerados bio equivalentes quando não forem constatadas diferenças significativas entre a quantidade absorvida e a velocidade de absorção, assegurando que seus efeitos sejam essencialmente os mesmos
 .
Fase Farmacodinâmica
Resposta resultante da interação do fármaco com o recetor.
O princípio ativo difunde-se no local de ação, no órgão-alvo e, combina-se com um recetor, uma enzima ou qualquer estrutura celular, provocando uma resposta farmacodinâmica.
Contribui para o efeito terapêutico
Farmacodinamia – estudos dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos princípios ativos e dos seus mecanismos de ação.
Esta fase depende de:
· Ações do fármaco sobre o organismo
· Estado fisiopatológico do doente
Farmacodinâmica
Estuda aquilo que o fármaco faz ao organismo, o seu recetor e a forma como modifica o organismo. 
Estudo relacionado com o mecanismo de ação do fármaco, admitindo que não há barreiras, que o recetor está livre e disponível.
Fármaco (F) + Recetor(R) > F-R > Efeito(s)
 
Como é que as moléculas sabem onde atuar?
As moléculas dos fármacos possuem um determinado alvo e estas têm de o encontrar de forma a gerar o seu efeito. Esse alvo é uma outra molécula (uma proteína; o próprio DNA e alguns fosfolípidos) que recebe o sinal e como molécula que é tem uma determinada conformação (Recetor).
Por seu lado as moléculas do fármaco também têm uma determinada conformação, quando libertada no organismo é provável que encontre uma molécula no nosso organismo que possua uma complementaridade (conjunto de características) que permita a ligação.
Exceções aos efeitos não mediados por recetores:
•Laxantes
•Diuréticos osmóticos
•Antiácidos
•Expansores plasmáticos
•Quelantes de metais pesados
Dizer que um fármaco é seletivo significa que ele vai atuar naquele alvo dentro de uma certa gama de concentrações, que naquela em que ele está no meio e identifica aquele recetor sem interferir com outros recetores.
Se o fármaco fosse específico ele atuaria sempre no mesmo recetor independentemente da sua concentração
Os fármacos são seletivos, não são específicos!
A maioria dos recetores são de natureza proteica, sendo que alguns deles são apenas recetores, sendo recetores dos próprios mensageiros que o organismo utiliza para comunicar (recetores para os neurotransmissores, hormonas).
Exemplo:
Sabendo que a acetilcolina vai atuar sobre determinado recetor podemos em laboratório construir uma molécula aparentada com a acetilcolina para que esta atue no mesmo recetor. 
Esta estratégia é muitas vezes utilizada para a criação de novos fármacos, conhecendo estes ligando endógenos podemos criar substâncias exógenas que atuem sobre esses mesmos recetores
 Recetores Órfãos: Para estes recetores órfãos ainda não se descobriu uma razão fisiológica para a sua existência, mas de certeza que não são unicamente recetores para promoverem a ação farmacológica.
Afinidade: probabilidade de uma molécula de fármaco se ligar a molécula livre de um recetor num dado momento.
Quanto maior a afinidade menor é a concentração necessária para atingir determinado grau de ligação.
Porém há que ter na ideia que pode haver fármacos quando grande afinidade mas que não tem utilidade pois são pouco seletivos e ligam-se a tudo o que conseguirem.
E por outro lado pode haver um fármaco com pouca afinidade, mas que possui uma grande seletividade e só irá ligar-se a outros recetores a concentrações cerca de mil vezes superior, temos assim uma janela terapêutica elevada.
Medir a Afinidade 
(Dois Métodos)
Curva de Saturação
Inicialmente têm todos os recetores livres depois vão ser marcados radioactivamente pelo fármaco em estudo até á
saturação. (Nada > Tudo)
Ensaio Deslocamento
Inicialmente todos os recetores estão marcados e o fármaco em estudo irá promover o deslocamento dos marcadores radioativos padrão (Tudo > Menos)
Ligação Fármaco-Recetor
Diferentes forças de ligação:
-Forças de van der waals;
-Ligações de hidrogénio;
-Interações iónicas;
-Ligações covalentes
Complexo fármaco-recetor estável: Combinação de vários tipos de interações - interação forte e altamente específica
 
Recetor
Macromoléculas
Medeiam alterações bioquímicas e fisiológicas no organismo.
Podem ser:
-ionotrópicos
-metabotrópicos
-Acoplados à proteína cinase
-Nucleares
Conformação do Recetor – Alterações induzidas pelo ligando
•Otimização da ligação (melhoria da “qualidade” de ligação)
•Alteração da ação do recetor (mais ou menos funcional do que o normal)
Alteração conformacional induzida pelo fármaco semelhante à do ligando endógeno (ex. insulina exógena) Alguns fármacos atuam prevenindo a ligação de substâncias endógenas sem alterar a conformação (antagonistas).
Estrutura do Recetor
•Propriedades hidrofóbicas e hidrofílicas do recetor – localização celular
•Propriedades hidrofóbicas e hidrofílicas do fármaco – acesso ao recetor
•Capacidade de alterar a conformação do recetor – recetores membranares capazes de afetar funções dentro da célula
Formas de quantificar a ligação aatividade
O facto do ligando se combinar com o recetor não significa que o recetor seja ativado. O fármaco tem que possuir atividade intrínseca.
Bioensaios
1.Tecidos ou órgãos isolados ou em células (linhas celulares ou culturas primárias)
2.A única variável no ensaio só pode ser a concentração de fármaco
Relações farmacodinâmicas entre fármacos e seus “alvos
Os mecanismos de cada interação fármaco/recetor explicam, ao nível estrutural e molecular, como se produzem estes diferentes efeitos farmacodinâmicos.
Ocupação
Ligando (ou fármaco) + recetor = Ocupação
Nº suficiente de recetores celulares ocupados ⇒ efeito cumulativo torna-se “aparente” nessa célula, tecido, órgão, organismo.
Todos os recetores ocupados = Resposta máxima
Relação Dose-Resposta
A Farmacodinâmica de um fármaco pode ser quantificada através da relação entre a dose (concentração) e a resposta do organismo ao fármaco.
Tipos de relação dose-resposta:
•Gradual – várias doses, um indivíduo
• “Tudo-ou-nada” (quantal) – várias doses, população de indivíduos
“Tudo-ou-nada”
Para avaliar a presença ou ausência de efeito farmacológico e não a sua magnitude. Por exemplo: o rato está ou não está anestesiado.
•Dose vs Fração de uma população que apresenta resposta
•Ausência ou presença de efeito – Ex. ED50; TD50; LD50
Efeitos tóxicos podem resultar de falta de seletividade do fármaco.
Gradual
O que se tira da curva concentração vs resposta?
Potência (EC50) – concentração de
ligando que provoca 50% de resposta.
Eficácia (Emax) – dada pela resposta máxima
1) Curvas com maior declive atingem resposta máxima mais rapidamente
R: B é mais potente porque é necessária menos concentração para se ter 50 % de resposta; A é mais eficaz porque causa maior resposta máxima
2) Relação Dose-Resposta
A Farmacodinâmica de um fármaco pode ser quantificada através da relação entre a dose (concentração) e a resposta do organismo ao fármaco.
Agonistas Parciais – ocupação 100 %; resposta < Max.
Tem afinidade, o que varia é a atividade intrínseca. Eficácia < 1
Agonistas Totais – eficácia = 1
Antagonistas: (tem afinidade e atividade intrínseca, antagonista só tem afinidade)
· Estabilizam o recetor na conformação inativa
· Impede a ação do agonista
· Sem ação intrínseca
· Ligam-se ao recetor ou componentes do mecanismo de transdução para inibir a ação dos agonistas
· Por si só não causam efeito farmacológico 
Eficácia=0
Local de ligação:
•Local ativo – impede ligação do agonista (competitivo)
•Local alostérico – impede alteração da conformação do recetor não competitivo
Reversibilidade:
· Reversíveis
· Irreversíveis
Outros (não se ligam ao recetor)
•Antagonista Químico
•Antagonista Fisiológico
89898
 
Mesmo na presença de antagonistas competitivos reversíveis, pode-se atingir a resposta máxima.
Afinidade diminui – é necessária maior concentração para obter mesma ocupação.
NOTAS:
•Um composto que não tenha afinidade não tem condições para ter efeito farmacológico.
•É condição necessária a presença de afinidade, interação, ligação para que o recetor seja influenciado.
•Para além desta propriedade, o composto tem que ter atividade intrínseca, ou seja, uma vez ligada ao recetor, a substância tem capacidade de induzir uma resposta, de alterar a sua atividade e reatividade.
•Mas nem todos os compostos têm esta propriedade, são os antagonistas.
•Há também compostos que variam na capacidade de alterar a atividade. 
· Há compostos muito eficazes no sentido de que, podem modificar de forma muito eficiente o funcionamento do recetor, de tal forma a que para determinada conformação do recetor podem influenciar de forma máxima a sua atividade – agonistas totais – e há outros que atuando numa população de recetores têm atividade menor que teriam os agonistas totais numa menor população de recetores – agonistas parciais. 
· Então, para que estes causassem o mesmo efeito que os agonistas totais, teriam de ocupar muito mais recetores.
 
Principais características:
Variações na resposta à administração 
de fármacos
Conceitos de potência e eficácia 
Potência 
Força
Refere-se à quantidade de medicamento (geralmente expressa em miligramas) necessária para produzir um determinado efeito, como o alívio da dor ou a diminuição da pressão arterial. 
Por exemplo:
Vias Entéricas
Sublingual
Vias Parentérica
Endovenosa
Oral
Retal
Intramuscular
Subcutânea 
Inalatória
Dérmica (percutânea)
2
2

Continue navegando