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Maratona PCAL-Erico Palazzo

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Maratona PCAL
Professor: Érico Palazzo
1) (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polícia)
Cessado o estado de guerra, as leis excepcionais editadas para valer durante o
referido período tornam-se ineficazes, devido à abolitio criminis.
2) (MPDFT - 2004 - MPDFT - Promotor de Justiça) Julgue as assertivas sobre as etapas de
realização do delito e questões correlatas, marcando a alternativa correta:
a) O iter criminis compreende os seguintes momentos: cogitação, preparação, execução,
consumação formal e exaurimento.
b) Nos termos do Código Penal brasileiro, a pena da tentativa será a pena prevista para o crime
consumado, sempre diminuída, nos limites legais, de acordo com a maior ou menor realização
do iter criminis pelo autor.
c) É possível identificar, quanto ao aspecto objetivo, desistência voluntária e tentativa
imperfeita, de um lado, e arrependimento eficaz e tentativa perfeita, de outro: no primeiro
caso, o iter criminis é interrompido na fase de execução; no segundo, os atos de execução se
esgotam sem a produção do resultado.
d) O crime impossível, quando absolutamente impróprio o objeto, é também denominado de
crime falho.
e) O autor de crime de furto faz jus à diminuição de pena, por reconhecimento do
arrependimento posterior, se a res furtiva é integralmente apreendida em seu poder e
restituída intacta à vítima, antes do recebimento da acusação
Iter Criminis
Cogitação
Atos 
preparatórios
Atos 
executórios
Consumação Exaurimento
Iter criminis
Fase externaFase interna
3) (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia)
O erro de tipo, se vencível, afasta o dolo e a culpa, estando diretamente ligado à
tipicidade da conduta do agente.
4) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de Polícia) No que concerne a concurso de
crimes, crimes contra o patrimônio e crimes contra a dignidade sexual, julgue os
itens a seguir.
Em relação ao concurso de crimes, o Código Penal (CP) adota o sistema do cúmulo
material e o da exasperação.
5) (FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Área Jurídica) Em seu primeiro evento na faculdade,
Rodrigo ingeriu, com a intenção de comemorar, grande quantidade de bebida alcoólica. Apesar de não ter
intenção, a grande quantidade de álcool fez com que ficasse embriagado e, em razão desse estado, acabou
por iniciar discussão desnecessária e causar lesão corporal grave em José, ao desferir contra ele dois socos.
Todas as informações acima são confirmadas em procedimento de investigação criminal. Ao analisar as
conclusões do procedimento caberá ao Promotor de Justiça reconhecer
a) a ausência de culpabilidade do agente diante da situação de embriaguez culposa.
b) a ausência de culpabilidade do agente em razão da embriaguez completa, proveniente de caso fortuito,
aplicando-se medida de segurança.
c) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, inclusive com presença da agravante da embriaguez pré-
ordenada.
d) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi culposa, não sendo possível
imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.
e) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi voluntária, não sendo possível
imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.
Embriaguez Efeito
Não-acidental –
voluntária ou culposa
Não exclui a imputabilidade, seja completa ou incompleta
Acidental – caso 
fortuito ou força maior
Exclui a imputabilidade, se completa.
Gera diminuição de pena (1/3 a 2/3), se incompleta.
Preordenada –
voluntária + finalidade 
de cometer crime
Não exclui a imputabilidade, seja completa ou incompleta.
Ademais, o agente responde por circunstância agravante – art. 61, II, “L”, CP: 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime: (...) II - ter o agente cometido o crime:
l) em estado de embriaguez preordenada.
Embriaguez – Imputabilidade
6) (CEPERJ - 2009 - PC-RJ - Delegado de Polícia)
O princípio da coculpabilidade reconhece que o Estado também é responsável pelo
cometimento de determinados delitos, praticados por cidadãos que possuem
menor âmbito de autodeterminação diante das circunstâncias do caso concreto,
principalmente no que se refere às condições sociais e econômicas do agente.
Questão de prova
7) (CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia) Acerca dos crimes em espécie,
julgue o item seguinte.
De acordo com o melhor entendimento jurisprudencial, para a aplicação da
majorante do repouso noturno basta que a infração ocorra durante a noite, sendo
irrelevante o fato de se tratar de residência habitada ou desabitada.
Questão de prova
8) (CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal) Em cada item
seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais
superiores a respeito de exclusão da culpabilidade, concurso de agentes, prescrição
e crime contra o patrimônio.
Clara, tendo descoberto uma traição amorosa de seu namorado, comentou com
sua amiga Aline que tinha a intenção de matá-lo. Aline, então, começou a instigar
Clara a consumar o pretendido. Nessa situação, se Clara cometer o crime, Aline
poderá responder como partícipe do crime.
9) (CESPE – DPE-PE – Defensor Público - 2015) A respeito do conflito aparente de
normas penais, dos crimes tentados e consumados, da tipicidade penal, dos tipos de
imprudência e do arrependimento posterior, julgue o item seguinte.
Aquele que vender a terceiro de boa-fé coisa que tenha furtado praticará os crimes de
furto e estelionato, já que lesionará bens jurídico-penais de pessoas distintas.
10) (CESPE - 2016 - PC-PE - Escrivão de Polícia Civil)
Situação hipotética: João sequestrou Sandra e exigiu de sua família o pagamento do
resgate. Após manter a vítima em cárcere privado por uma semana, João a libertou,
embora não tenha recebido a quantia exigida como pagamento. Assertiva: Nessa
situação, está configurado o crime de extorsão mediante sequestro qualificado.
Extorsão mediante sequestro
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Pena -
reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e
quatro anos.
§ 3º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
Lei 8.072/90 – Art. 1º (...)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
Extorsão com resultado morte (art. 158, §2º) é crime hediondo?
Extorsão mediante sequestro com resultado morte (art. 159, §3º) é crime hediondo?
Extorsão com restrição de liberdade e resultado morte (art. 158, §3º) é crime hediondo?
11) (CESPE – TRE-PI – Analista Judiciário – 2016) Com relação aos crimes contra a
administração pública, assinale a opção correta.
a) O detentor de cargo em comissão não é equiparado a funcionário público para fins
penais.
b) A exigência, por funcionário público no exercício da função, de vantagem indevida,
configura crime de corrupção ativa.
c) Caso os autores de crime contra a administração pública sejam ocupantes de função
de direção de órgão da administração direta, as penas a eles impostas serão
aumentadas em um terço.
d) Tratando-se de crime de peculato culposo, a reparação do dano após o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória ocasiona a extinção da punibilidade do autor.
e) Não configura crime o fato de o funcionário deixar de praticar ato de ofício a pedido
de outrem se, com isso, ele não obtiver vantagem patrimonial.
Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem,
embora transitoriamente ou sem remuneração,exerce cargo, emprego ou função
pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou
função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de
serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes
previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de
direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

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