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Enfermagem Cirurgica - Livro

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Prévia do material em texto

Autora
Kalincka Gramont
É graduada em Enfermagem, pós-graduada em Docência e Gestão Hospitalar, ex-servidora pública 
da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES/SP), servidora da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal, docente do curso de graduação em Enfermagem e em cursos preparatórios para 
concursos como professora das disciplinas Clínica Cirúrgica, Ética e Legislação de Enfermagem e 
Gestão Hospitalar.
Revisão
Erick Guilhon
Mariana Carvalho
Projeto Gráfico
NT Editora
Editoração Eletrônica
Marcelo Moraes
Ilustração
Daniel Motta
Capa
NT Editora
NT Editora, uma empresa do Grupo NT
SCS Quadra 2 – Bl. C – 4º andar – Ed. Cedro II
CEP 70.302-914 – Brasília – DF
Fone: (61) 3421-9200
sac@grupont.com.br
Enfermagem Cirúrgica. / NT Editora.
 -- Brasília: 2016. 182p. : il.; 21,0 X 29,7 cm.
ISBN - 978-85-8416-118-8
1. Fundamentos em Enfermagem Cirúrgica. 2. Centro cirúrgico: plan-
ta e estrutura física, equipamentos e equipe 3. Períodos operatórios. 
4. Classificação do tratamento cirúrgico, tipos de cirurgia e aneste-
siologia básica. 5. Sala de recupera ção pós-anestésica (SRPA). 
6. Doenças e agravos em Clínica Cirúrgica. 7. Centro de material e 
esterilização (CME). 
Copyright © 2016 por NT Editora.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por 
qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou 
outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.
LEGENDA
ÍCONES 
Prezado(a) aluno(a),
Ao longo dos seus estudos, você encontrará alguns ícones na coluna lateral do mate-
rial didático. A presença desses ícones o(a) ajudará a compreender melhor o conteúdo 
abordado e a fazer os exercícios propostos. Conheça os ícones logo abaixo:
Saiba mais
Esse ícone apontará para informações complementares sobre o assunto que 
você está estudando. Serão curiosidades, temas afins ou exemplos do cotidi-
ano que o ajudarão a fixar o conteúdo estudado.
Importante
O conteúdo indicado com esse ícone tem bastante importância para seus es-
tudos. Leia com atenção e, tendo dúvida, pergunte ao seu tutor. 
Dicas
Esse ícone apresenta dicas de estudo.
Exercícios 
Toda vez que você vir o ícone de exercícios, responda às questões propostas. 
Exercícios 
Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro. 
Bons estudos!
4 NT Editora
Sumário
1 FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM CIRÚRGICA������������������������������������������� 9
1.1 Tomada de decisão ética e processo de enfermagem cirúrgica .............................9
1.2 Prevenção e controle de infecção em sítio cirúrgico e limpeza do 
ambiente cirúrgico ............................................................................................................... 12
1.3 Posição do paciente para o procedimento cirúrgico ............................................... 26
1.4 Cuidados com o posicionamento do paciente ao término da cirurgia ............. 33
2 CENTRO CIRÚRGICO: PLANTA E ESTRUTURA FÍSICA, EQUIPAMENTOS 
E EQUIPE ������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 38
2.1 Estrutura física do centro cirúrgico ................................................................................. 38
2.2 Sala de operações: montagem, circulação e desmontagem ................................. 46
2.3 Equipe no centro cirúrgico ................................................................................................ 55
3 PERÍODOS OPERATÓRIOS ����������������������������������������������������������������������������� 64
3.1 Pré-operatório ........................................................................................................................ 66
3.2 Transoperatório e intraoperatório .................................................................................. 67
3.3 Pós-operatório ........................................................................................................................ 70
3.4 Humanização da assistência ao cliente cirúrgico ...................................................... 72
3.5 Cuidados de enfermagem nos períodos operatórios .............................................. 73
4 CLASSIFICAÇÃO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO, TIPOS DE CIRURGIA E 
ANESTESIOLOGIA BÁSICA ������������������������������������������������������������������������������� 85
4.1 Classificação cirúrgica .......................................................................................................... 85
4.2 Tipos de cirurgia e terminologia cirúrgica .................................................................... 91
4.3 Anestesia: tipos, riscos e fármacos .................................................................................. 96
4.4 Tempos cirúrgicos ...............................................................................................................104
5 SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA) ��������������������������������� 111
5.1 Aspectos organizacionais da recuperação pós-anestésica ..................................112
5.2 Materiais e equipamentos................................................................................................113
5.3 Processo de cuidar em recuperação pós-anestésica ..............................................122
5.4 Alta para a unidade de destino ......................................................................................128
6 DOENÇAS E AGRAVOS EM CLÍNICA CIRÚRGICA ��������������������������������������� 132
6.1 Desconfortos na recuperação pós-anestésica ..........................................................132
6.2 Complicações pós-anestésica ........................................................................................138
5Enfermagem Cirúrgica
6.3 Tratamento da dor ..............................................................................................................144
6.4 Fases e tipos de cicatrização ..........................................................................................145
7 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME) �������������������������������������� 150
7.1 Organização do centro de material e esterilização (CME) ....................................150
7.2 Limpeza de materiais .........................................................................................................157
7.3 Desinfecção de materiais..................................................................................................159
7.4 Preparo do produto ............................................................................................................160
7.5 Esterilização de materiais .................................................................................................163
BIBLIOGRAFIA ������������������������������������������������������������������������������������������������� 172
GLOSSÁRIO ������������������������������������������������������������������������������������������������������ 173
APRESENTAÇÃO
7Enfermagem Cirúrgica
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Bem-vindo (a) à Enfermagem Cirúrgica!
A correlação entre teoria e prática e a interação entre as áreas de assistência, ensino e 
pesquisa são metas defendidas no estudo a seguir. Esperamos que esta obra possa servir de guia 
aos profissionais da saúde e como uma fonte segura para prestação do cuidado eficiente, eficaz e 
embasado na competência, a fim de alcançar a tão almejada qualidade assistencial e a segurança aos 
nossos clientes cirúrgicos.
Bons estudos!
Kalincka Gramont
9Enfermagem Cirúrgica
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1 FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM CIRÚRGICA
Está preparado (a) para conhecer 
a importância da ética em nossa 
profissão? Então, vamos começar! 
Este capítulo objetiva levar o aluno 
a conhecer os fundamentos da En-
fermagem Cirúrgica, tal como a sua 
aplicação e seus processos.
Bons estudos!Objetivos
Ao final desta lição, você deverá ser capaz de:
• conhecer a base de tomada de decisão ética e o processo de enfermagem cirúrgica;
• entender o processo de prevenção e controle de infecção em sítio cirúrgico;
• compreender os conceitos utilizados referentes ao posicionamento do paciente para o pro-
cedimento cirúrgico.
Vamos começar.
1.1 Tomada de decisão ética e processo de enfermagem cirúrgica
Você sabe o significado da palavra Ética?
( ) Sim ( ) Não
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Ética é uma palavra de origem grega (éthos), cujo significado é “propriedade do caráter”. 
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem e não prejudicar outros indivíduos. 
Ser ético é cumprir valores universais, que geralmente são estabelecidos pela sociedade em que se vive.
Para compreendermos o papel desse conceito no ambiente de trabalho, reportamo-nos a alguns 
conceitos fundamentais com o intuito de entender o porquê da necessidade da ética profissional. 
Vamos conhecer algumas estratégias utilizadas pela enfermagem? São elas:
• cumprir com todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela 
sociedade e pelo seu grupo de trabalho;
• não mentir para o paciente;
• oferecer cuidado ao paciente com qualidade e humanidade;
• fornecer todas as informações relacionadas aos procedimentos e aos diagnósticos 
de enfermagem;
• comunicar as solicitações do paciente à família e ao médico;
• não revelar o diagnóstico do paciente para outros sem o consentimento dele, pois é uma 
violação ética, além de ser ilegal.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, cuja necessidade de aplicação pode variar 
ligeiramente, graças às diferentes áreas de atuação. No entanto, há elementos da ética profissional, 
como honestidade, responsabilidade e competência, que são universais e, por isso, são aplicáveis a 
qualquer atividade profissional. 
 
Dica
O código de ética profissional é elaborado pelos Conselhos, os quais representam e fiscalizam o 
exercício da profissão.
 
Cuidando do conhecimento
Ao assistir o paciente quanto aos aspectos de crença, os colaboradores da equipe de 
enfermagem estão atendendo à necessidade:
a) psicológica.
b) biológica.
c) fisiológica.
d) espiritual.
e) social.
Ao assistir o paciente quanto aos aspectos de crença, os colaboradores da equipe de 
enfermagem estão atendendo à necessidade espiritual. Levando-se em consideração que 
a maioria das necessidades do indivíduo hospitalizado decorre das características gerais 
do ser humano, o aspecto religioso assume real importância. O ser humano, geralmente, 
busca a Deus. Experiência com grupos humanos revela que muitos creem em uma força 
suprema que rege o mundo. O Código Nacional de Ética da ABEN preserva, no art. 5º, o 
seguinte: “a enfermagem deverá respeitar as crenças religiosas e a liberdade de consciên-
cia de seus pacientes e velar, com a necessária prudência, para que não falte assistência 
espiritual”. Portanto, se você marcou a letra "d", acertou. Parabéns!
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Ética no centro cirúrgico
O cuidado é o desenvolvimento de ações, atitudes e comportamentos, com base em 
conhecimento científico, experiência, intuição e pensamento crítico, despendido ao paciente, com 
vistas à promoção, manutenção e/ou recuperação de sua dignidade. As atividades de enfermagem, 
no centro cirúrgico, muitas vezes, podem ser limitadas a segurar a mão do paciente na indução 
anestésica, ouvi-lo, confortá-lo e posicioná-lo na mesa cirúrgica. A importância e a responsabilidade da 
enfermagem quanto à observação e ao atendimento das necessidades psicossomáticas do paciente 
cirúrgico devem ser detectadas, uma vez que possui função específica na eficácia da terapêutica de 
seus pacientes. Dependendo de sua atitude, na qualidade de profissional da saúde, pode-se facilitar ou 
impedir um programa de recuperação, visto que esse paciente é invadido por medo do desconhecido 
em um ambiente estranho (MOTTA, 2004).
Saiba mais
Você sabe a origem 
da enfermagem?A enfermagem já era conhecida desde 
antes de Cristo, mesmo sem ter esse nome. 
Eram homens e mulheres abnegados 
que cuidavam dos doentes, dos idosos e dos deficientes, garantindo, assim, a 
sobrevivência deles.
Com o tempo, esses cuidados de saúde evoluíram e, entre os séculos V e VIII, a 
Enfermagem surgiu entre os religiosos como um sacerdócio. No século XVI, essa 
função já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada 
e, no século XIX, como Enfermagem moderna, na Inglaterra. A partir daí, 
definiram-se padrões para a profissão e concluiu-se que os objetivos principais 
do trabalho de Enfermagem é o de cuidar dos problemas de saúde, educar para 
saúde, ter habilidades em prever doenças e cuidar do paciente.
Os profissionais de enfermagem que atuam no centro cirúrgico são, geralmente, 
os responsáveis por receber o cliente na sua respectiva unidade, respeitando 
sempre as individualidades deste. O profissional deve ser cortês, educado e 
compreensivo, a fim de entender e considerar as condições do cliente que, 
normalmente, já se encontra sob efeito dos medicamentos pré-anestésicos.
 
Curiosidade
Florence Nightingale foi a criadora da moderna enfermagem. 
De família próspera britânica, seus pais eram pessoas religiosas e faziam 
parte da sociedade tradicional. Florence estava destinada a receber 
uma boa educação, casar com um cavalheiro de fina estirpe, ter filhos, 
cuidar da casa e da família. No entanto, contrariando tudo isso, ela 
decidiu dar outro rumo a sua vida: servir a Deus significava, para ela, 
cuidar dos enfermos e, especialmente, dos enfermos hospitalizados. 
Naquela época, o tratamento hospitalar curava tão pouco e era tão 
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perigoso (por causa da sujeira, do risco de infecção), que os ricos preferiam tratar-se em casa. 
Hospitalizados eram somente os pobres, e Florence se preparou para cuidar deles, praticando 
com os indigentes que viviam próximos a sua casa.
Sua história foi contada por alguns filmes. Assista a um deles neste link:
<https://www.youtube.com/watch?v=sYZnzt0CJtE>
Para saber mais sobre sua fantástica história, acesse:
<http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?id=59&secao=867&mat=937>
 
 
Cuidando do conhecimento
Vamos praticar um pouco o que aprendemos até o momento? Você sabe o que a ética 
nos ensina? Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a 
alternativa correta logo depois.
( ) A importância da vida e da saúde do profissional de enfermagem.
( ) Ser profissional de enfermagem está na dependência da vida da pessoa.
( ) O grau de responsabilidade do profissional diante do paciente e da comunidade.
( ) O significado da profissão e as técnicas práticas para a assistência ao paciente.
a) V – V – V – V. 
b) V – F – F – V.
c) F – F – V – F. 
d) V – V – F – V.
Conforme aprendemos, é dever do profissional de enfermagem prestar ao paciente 
assistência de enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperícia, negligência e 
imprudência. A ética ensina o grau de responsabilidade do profissional diante do cliente e 
da comunidade. Portanto, se você marcou letra C, acertou. Parabéns!
1.2 Prevenção e controle de infecção em sítio cirúrgico e 
limpeza do ambiente cirúrgico 
O que você pensa a respeito de 
prevenção e controle de infecções? 
Toda infecção que acomete o 
sítio anatômico em que a cirurgia foi 
realizada é denominada infecção de 
sítio cirúrgico (ISC). As ISCs são aquelas 
que ocorrem como complicação de uma 
cirurgia, comprometendo tecidos, órgãos 
ou cavidade manipulada, podendo ser 
diagnosticadasaté 30 dias após realização 
do procedimento ou até um ano, nos casos 
de implantes de próteses. 
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 As ISCs têm-se destacado entre os demais sítios de infecção por diversos fatores, como 
alta morbimortalidade, relevantes custos de tratamento e aumento de dias adicionais à internação. 
Consideram-se também os danos causados ao paciente devido ao afastamento do convívio familiar 
e da atividade profissional, além dos prejuízos econômicos, por se manifestar, muitas vezes, em faixa 
etária em que o indivíduo é economicamente produtivo. Outra situação considerável é a incidência 
de processos judiciais, cada vez mais frequentes, além da preservação da imagem do hospital como 
prestador de assistência à saúde com qualidade.
 
Curiosidade
Você sabia que a terceira infecção mais comum é a de sítio cirúrgico?
Dentre todas as infecções hospitalares diagnosticadas em clientes internados, a ISC é a terceira 
mais frequente, com incidência entre 14 e 16%, perdendo somente para as infecções urinárias e 
respiratórias. Sua ocorrência é muito variável e pode estar relacionada, principalmente, às con-
dições clínicas do paciente atendido, ao tempo cirúrgico e ao risco de contaminação do proce-
dimento. Além disso, a forma de vigilância epidemiológica realizada na instituição interfere no 
valor das taxas de ISC.
 
Variáveis relacionadas à infecção de sítio cirúrgico
Observe que o desenho traz a figura de um integrante da equipe cirúrgica realizando um 
procedimento no cliente, com destaque às variáveis relacionadas aos profissionais, ao ambiente da 
sala de operações e ao próprio paciente. Vamos aprender algumas recomendações de como prevenir 
a infecção de sítio cirúrgico? Veja o quadro seguinte:
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Recomendações relativas à prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Pré-operatório
Procedimento Recomendação
Preparo do paciente
- Identificar e tratar, sempre que possível, todas as infecções 
antes de cirurgias agendadas; adiar o procedimento até que a 
infecção seja resolvida.
- Não remover os pelos, exceto quando estiverem ao redor da inci-
são e interferirem no ato cirúrgico.
- Se for necessário realizar a tricotomia (remoção de pelos), fazer 
imediatamente antes da cirurgia, com o uso de aparelho elétrico 
(tricotomizador).
- Recomendar interrupção do fumo de cigarros, charutos ou qual-
quer outra forma de consumo de tabaco, no mínimo, 30 dias antes 
do procedimento eletivo.
Antissepsia pré-
operatória do paciente
- Orientar banho pré-operatório no chuveiro com antisséptico na 
noite anterior ao procedimento ou na manhã da cirurgia. 
- Realizar a limpeza da pele no local e ao redor da incisão para remo-
ver contaminação grosseira antes de aplicar solução antisséptica; o 
uso de soluções degermantes é suficiente. 
- Usar antisséptico apropriado para o preparo da pele, como, por 
exemplo, soluções alcoólicas à base de PVPI ou de clorexidina.
- Realizar antissepsia no sentido centrífugo circular (do centro para 
a periferia) grande o suficiente para abranger possíveis extensões 
da incisão no campo operatório, novas incisões e/ou inserção 
de drenos.
- Proporcionar tempo de internação pré-operatório mais curto pos-
sível, mas que permita o preparo adequado do paciente.
Antissepsia pré-
operatória da 
equipe cirúrgica
- Manter unhas curtas e não utilizar unhas artificiais. 
- Executar a degermação cirúrgica pré-operatória das mãos de, pelo 
menos, dois a cinco minutos, usando antisséptico apropriado; de-
germar as mãos e os antebraços até os cotovelos. 
- Depois de executar a degermação cirúrgica, manter as mãos longe 
do corpo (cotovelos em posição flexionada), de modo que a água 
escorra das pontas dos dedos em direção aos cotovelos. Secar as 
mãos com uma compressa estéril e vestir avental e luvas estéreis. 
- Realizar a limpeza embaixo de cada unha antes de executar a pri-
meira degermação cirúrgica do dia. 
- Não utilizar joias de mão ou braço, como pulseiras, braceletes, re-
lógios e anéis. 
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Manejo de profissionais 
colonizados ou infectados
- Educar e encorajar os profissionais do Centro Cirúrgico (CC) a in-
formar ao supervisor quaisquer sinais e sintomas de alguma doença 
infecciosa transmissível.
- Desenvolver políticas bem definidas para manejo de profissionais 
com potencial de transmissão. Essas políticas devem abranger: res-
ponsabilidade do profissional em notificar e usar o serviço de medi-
cina ocupacional, restrições do trabalho e retorno às atividades após 
a eliminação do risco de transmissão da doença. As políticas tam-
bém devem identificar pessoas que tenham a autoridade de afastar 
o profissional da atividade.
- Afastar do trabalho o profissional do CC que tenha lesões de pele 
com drenagem até que a infecção seja descartada ou tenha recebi-
do terapia adequada ou sido resolvida.
Profilaxia 
antimicrobiana
- Administrar um antimicrobiano apenas quando indicado e sele-
cionar o antibiótico baseado em sua eficácia contra os micro-orga-
nismos que frequentemente causam ISC, de acordo com o procedi-
mento e as recomendações publicadas.
- Administrar, por via endovenosa, a dose inicial do antimicrobiano, 
de modo que ele atinja níveis nos tecidos quando a incisão for reali-
zada. Manter níveis terapêuticos do antimicrobiano no sangue e nos 
tecidos durante toda a operação, geralmente, até algumas horas de-
pois do fechamento da incisão na sala cirúrgica.
- Realizar o preparo mecânico do cólon (por exemplo, uso de ene-
mas) e administrar antimicrobianos não absorvíveis por via oral, em 
doses fracionadas, um dia antes da operação, antes de cirurgias co-
lorretais agendadas, além da recomendação anterior.
Intraoperatório
Procedimento Recomendação
Ventilação da 
sala cirúrgica
- Manter pressão positiva na sala cirúrgica em relação ao corredor e 
às áreas adjacentes.
- Manter o mínimo de quinze trocas por hora, das quais pelo menos 
três sejam de ar fresco.
- Filtrar o ar recirculado ou fresco de acordo com recomendações 
oficiais.
- Introduzir o ar pelo teto e realizar sua exaustão próxima ao chão.
- Manter as portas fechadas, exceto para passagem de equipamen-
to, pessoal e paciente.
- Limitar o número de pessoas em sala operatória somente 
ao necessário.
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Limpeza e desinfecção de 
superfícies fixas
- Utilizar desinfetante hospitalar aprovado pelo Ministério da Saúde 
(MS), a fim de higienizar as áreas afetadas antes da cirurgia seguinte 
quando houver sujidade visível ou contaminação com sangue ou 
outros fluidos corpóreos nas superfícies ou nos equipamentos.
- Não executar limpeza especial, nem fechar as salas cirúrgicas após 
procedimentos contaminados ou infectados.
- Não utilizar tapete impregnado com desinfetantes na entrada do 
CC, pois não contribui para redução de infecções.
- Aplicar diariamente no piso da sala cirúrgica, após o último proce-
dimento, um desinfetante aprovado pelo MS.
Esterilização do 
instrumental 
cirúrgico
- Esterilizar todo instrumental cirúrgico.
- Realizar a esterilização rápida apenas em situações de emergência 
e somente para itens que serão utilizados imediatamente. Isso pode 
ocorrer, por exemplo, com um instrumento inadvertidamente der-
rubado. 
- Não usar esterilização rápida por razões de conveniência, como al-
ternativa na compra de instrumentos adicionais, nem para poupar 
tempo.
Paramentação 
cirúrgica
- Usar máscara cirúrgica que cubra totalmente a boca e o nariz quan-
do entrar na sala cirúrgica, caso o instrumentojá esteja exposto, ou 
a cirurgia tenha começado ou esteja em andamento. 
- Usar a máscara durante toda a operação.
- Cobrir todo o cabelo e a barba ao entrar na sala cirúrgica.
- Não utilizar propés com a finalidade exclusiva de prevenir ISC.
- Calçar as luvas estéreis após a degermação das mãos e a colocação 
do avental cirúrgico.
- Usar aventais e campos cirúrgicos que promovam barreira efetiva, 
mesmo quando molhados, isto é, materiais que resistam à penetra-
ção de líquidos.
- Trocar a paramentação quando estiver visivelmente suja ou infiltra-
da com sangue ou outro fluido corpóreo potencialmente infectante.
Assepsia e 
técnica cirúrgica
- Aderir aos princípios de assepsia quando instalar dispositivos intra-
vasculares ou cateteres de anestesia epidural e raquidiana, ou quan-
do preparar e administrar drogas intravenosas.
- Montar equipamentos e soluções estéreis imediatamente antes 
de usar.
- Manipular os tecidos delicadamente, manter hemostasia eficiente, 
diminuir os tecidos desvitalizados e os corpos estranhos (por exem-
plo, suturas e restos necróticos) e eliminar espaços mortos no sítio 
cirúrgico.
- Utilizar, se a drenagem for necessária, dreno com sistema fechado. 
Colocar o dreno por meio de uma incisão separada, diferente da in-
cisão operatória, e removê-lo assim que possível.
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Pós-operatório
Procedimento Recomendação
Incisão
- Proteger a incisão primariamente fechada com curativo estéril de 
24 a 48 horas.
- Lavar as mãos antes e depois da realização de curativo ou qualquer 
contato com a incisão cirúrgica.
- Auxiliar o enfermeiro na troca do curativo de incisão cirúrgica com 
técnica asséptica.
- Educar pacientes e familiares quanto aos cuidados com a incisão, 
na identificação e notificação de sinais e sintomas relacionados 
à infecção.
Cuidando do conhecimento
A respeito da assistência de enfermagem na prevenção e no controle de infecção hospi-
talar, julgue a seguinte afirmação em verdadeiro (V) ou falso (F): 
Ao se realizar o curativo de ferida cirúrgica, devem-se monitorar sinais e sintomas de 
infecção da incisão cirúrgica (inchaço, vermelhidão, separação das bordas da incisão, pre-
sença de drenagem purulenta).
( ) Verdadeiro ( ) Falso
 
 
Conforme aprendemos, são sinais de infecção os sinais flogísticos, tais como: dor, calor, 
inchaço, coloração avermelhada, secreção com pus e odor. Esses sinais deverão ser sempre 
avaliados quando o profissional de enfermagem visualizar a incisão cirúrgica. Portanto, se 
você marcou “Verdadeiro”, acertou. Parabéns! 
 
Curiosidade
Em 1890, luvas foram introduzidas por William Halsterd nas salas de 
operação, não para proteger o paciente, mas, sim, sua noiva, que 
era alérgica a antissépticos.
Para saber mais sobre essa fantástica história, acesse o site: 
<http://www.jmrezende.com.br/luvas.htm>.
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1.2.1 Limpeza do ambiente cirúrgico
Limpeza é o procedimento utilizado para remoção de sujidades presentes em qualquer 
superfície de material, utilizando-se água, detergente e ação manual ou automatizada. No ambiente 
cirúrgico, não poderia ser diferente.
Devemos preparar a sala operatória para as suas atividades, manter a ordem e conservar 
equipamentos e instalações. Com isso, garantimos um padrão na limpeza das salas cirúrgicas, de 
modo a evitar infecções cruzadas e a preservar os materiais e equipamentos do setor.
1.2.2 Recomendações para limpeza do ambiente cirúrgico
As superfícies contaminadas podem servir como reservatório de agentes patogênicos; contudo, 
normalmente, não são associadas diretamente à transmissão de infecções, tanto para os profissionais 
da área de saúde quanto para os pacientes. A transferência de micro-organismos para as superfícies 
ocorre, principalmente, pelo contato das mãos com esses locais e, mesmo com a diminuição do impacto 
dessa transferência por meio da higienização das mãos, a realização da limpeza e a desinfecção de tais 
áreas são fundamentais para a redução da incidência de infecções, pois diminuem a quantidade de 
agente no ambiente. 
A limpeza consiste na remoção, por meios mecânicos e/ou físicos, da sujidade depositada 
nas superfícies inertes, que constituem um suporte físico e propício ao desenvolvimento de micro-
organismos. Tal ato é considerado elemento primário e eficaz na medida de controle das infecções, 
por interromper a cadeia epidemiológica. A limpeza de uma sala operatória (SO) consiste não 
somente nos procedimentos rotineiros com equipamentos – piso, paredes e portas –, mas, também, 
no controle ambiental. Isso implica controlar tanto o acesso e o trânsito de pessoas dentro da SO 
quanto a abertura das portas. 
Para que essas precauções surtam o efeito desejado, é necessário que haja um sistema de 
ventilação que garanta a troca e a filtração frequentes do ar. É importante, também, a utilização 
do uniforme privativo por todos os que adentram no centro cirúrgico e a paramentação cirúrgica 
adequada dos profissionais da equipe cirúrgica que entrarão em contato com a ferida operatória 
(médicos cirurgiões, assistentes e instrumentador cirúrgico). 
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Observação: para mais informações sobre sala operatória, leia o tópico 2.2.
1.2.3 Prevenção da infecção de sítio cirúrgico no centro cirúrgico
De acordo com as práticas recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
a planta física do setor tem de proporcionar barreiras que minimizem a entrada de micro-organismos. 
Por isso, os ambientes hospitalares são classificados segundo seu potencial de contaminação em: 
• áreas críticas: ambientes nos quais existe risco aumentado de transmissão de infecção e 
onde se realizam procedimentos de risco ou se encontram pacientes imunodeprimidos. 
- Setores exemplos dessas áreas: centro cirúrgico (CC), centro de material e esterilização (CME), 
unidade de terapia intensiva (UTI), banco de sangue, centro de diálise, unidade de quimioterapia, 
laboratório, berçário e lactário, entre outras; 
• áreas semicríticas: ambientes ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa 
transmissibilidade e doenças não infecciosas. 
- Setores exemplos dessas áreas: unidades de internação (UI) e ambulatórios; 
• áreas não críticas: todos os demais ambientes do estabelecimento assistencial de saúde, não 
ocupados por pacientes ou onde não são realizados procedimentos de risco;
- Setor exemplo dessas áreas: áreas administrativas. 
O centro cirúrgico, por ser considerado área crítica, requer controle de fluxo de pessoal e de 
material, com o objetivo de diminuir a contaminação ambiental. Assim, em relação à higienização/
limpeza, esse setor é delimitado em três áreas para a movimentação de pacientes e da equipe. São 
elas:
• áreas irrestritas: roupas comuns e circulação sem limitações. Exemplo: vestiários e salas 
administrativas externas;
• áreas semirrestritas: utilizadas para processamento e estocagem de artigos, com uso de 
roupa privativa e gorro. Exemplo: corredores, sala de recuperação anestésica (RA) e salas internas;
• áreas restritas: salas cirúrgicas com materiais expostos, arsenal, em que há utilização de 
roupa privativa, gorro e máscara; controle do número de pessoas. Exemplo: salas cirúrgicas com 
materiais expostos, arsenal.
Importante
ÁREAS IRRESTRITAS NÃO CRÍTICAS
ÁREAS SEMIRRESTRITAS SEMICRÍTICAS
ÁREAS RESTRITAS CRÍTICAS
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1.2.4 Limpeza do bloco cirúrgico
Primeiramente, para a preparação da sala cirúrgica, deve-se atentarà limpeza do ambiente, 
de acordo com cada área da unidade cirúrgica. As medidas usadas para diminuir a interferência do 
ambiente nas infecções hospitalares são:
• evitar atividades que favoreçam o levantamento de partículas em suspensão;
• não usar vassouras, aspirador elétrico ou ventiladores;
• utilizar dois baldes diferentes, sendo um para água limpa;
• não usar ar-condicionado comum;
• arrumar a cama na técnica correta;
• utilizar desinfetantes recomendados;
• separar panos para diversas superfícies;
• estar atento aos procedimentos de limpeza descritos no manual de rotinas;
• obedecer sempre os sentidos corretos para limpeza:
 - paredes e anexos: de cima para baixo;
 - pisos: do fundo para a porta de entrada;
 - corredores: de dentro para fora, de trás para frente;
 - do menos contaminado para o mais contaminado;
 - sempre unidirecional.
Cuidando do conhecimento
De acordo com o risco de contaminação das unidades de assistência à saúde, são 
classificadas como áreas semicríticas: 
a) locais de circulação restrita de pessoas, como centro cirúrgico e unidade de 
terapia intensiva. 
b) locais que oferecem maior risco de transmissão de infecções, devido à realização de 
procedimentos invasivos de alta complexidade. 
c) áreas administrativas, de intensa circulação de pessoas, em ambiente hospitalar. 
d) setores com pacientes que não requerem procedimentos de alta complexidade, 
devido ao menor risco de transmissão de infecção.
Conforme aprendemos, são classificados em áreas semicríticas os ambientes ocupados 
por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não 
infecciosas. Portanto, se você marcou a letra "d", acertou. Parabéns! 
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Tipos de limpeza na sala de operações
Há alguns tipos de limpeza na sala de operações, são elas:
• limpeza preparatória;
• limpeza operatória;
• limpeza concorrente;
• limpeza terminal.
Vamos entender melhor?
a) Limpeza preparatória
Recomenda-se que seja realizada pouco tempo antes do início da montagem da sala para a 
primeira cirurgia do dia. Se estiver sem uso por mais de 12 horas, é recomendada a remoção das 
partículas de poeira dos mobiliários, equipamentos e superfícies horizontais, com álcool 70%. Deve 
ser realizada pelo funcionário de enfermagem.
Procedimentos:
• lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las 
com solução alcoólica;
• calçar as luvas de procedimentos (não estéreis);
• umedecer um pano limpo, dando preferência 
a material descartável, com álcool 70%;
• passá-lo sobre o mobiliário e os equipamentos 
(superfícies horizontais);
• descartar o pano em local apropriado;
• descartar as luvas no lixo;
• higienizar as mãos após ter feito a limpeza;
• caso seja necessária a realização da limpeza 
do chão, o circulante deverá comunicar ao profissional 
do serviço de higiene.
b) Limpeza operatória
Quando ocorre a contaminação do chão com matéria orgânica, presença de resíduo ou queda 
de material, é realizada pelo funcionário da enfermagem, com o uso de equipamento de proteção 
individual (EPI) adequado, durante o procedimento cirúrgico.
Procedimentos:
• lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las com solução alcoólica;
• calçar luvas de procedimentos;
• remover o excesso de matéria orgânica com papel absorvente e descartá-lo;
• remover a sujidade residual com pano limpo embebido em água e sabão e secar a superfície;
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• aplicar o desinfetante preconizado, validado e aprovado, na área em que a matéria orgânica 
for removida;
• retirar e desprezar as luvas;
• higienizar as mãos;
• deixar propés limpos na sala operatória, caso seja necessário trocá-los, para evitar disseminação 
de matéria orgânica pela sala de cirurgia ou pela unidade de centro cirúrgico.
Propés
c) Limpeza concorrente
Faz-se essa limpeza após o término de uma cirurgia e antes do início de outra, para a remoção de 
sujidade e de matéria orgânica em mobiliários, equipamentos e superfícies. É realizada pelas equipes 
de enfermagem e de limpeza.
Procedimentos e especificação de profissional responsável:
• lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las com solução alcoólica;
• calçar luvas de procedimentos;
• retirar todos os instrumentais, equipamentos, roupas, acessórios e materiais perfurocortantes 
da SO e dar o destino correto a cada um deles (profissional da enfermagem);
• limpar mobiliários, focos, acessórios dos equipamentos, mesa cirúrgica do paciente e todas 
as superfícies horizontais com pano limpo, de preferência descartável, embebido em álcool 70% 
(profissional da enfermagem);
• dar atenção especial à limpeza dos locais que estejam sujos com matéria orgânica (profissionais 
da enfermagem e da higiene);
• retirar o lixo e limpar o piso com água e solução desinfetante recomendada pela instituição 
(profissional do serviço de higiene);
• recolher partículas e resíduos do piso, com o mop seco ou similar (profissional do serviço de higiene);
• limpar o piso, sempre da área mais limpa para a mais suja, com o mop úmido ou similar, 
contendo desinfetante preconizado pela CCIH da instituição (profissional do serviço de higiene);
• dar o destino recomendado aos instrumentais, às roupas e ao lixo restantes na SO (profissionais 
da enfermagem e da higiene);
• lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las com solução alcoólica, ao término 
do procedimento.
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d) Limpeza terminal
Realizada, diariamente, após a finalização do último procedimento cirúrgico. É um processo de 
limpeza e/ou desinfecção, o qual objetiva a redução da sujidade e da carga microbiana, diminuindo, 
assim, a possibilidade de contaminação ambiental. Aplica-se a equipamentos, superfícies horizontais 
e verticais. 
Para esse processo, muitos hospitais utilizam fenol sintético a 1% como desinfetante. A limpeza 
de mobiliário e equipamentos deverá ser realizada pela equipe de enfermagem após o término da 
limpeza, utilizando álcool 70%.
Procedimentos e especificação de profissional responsável:
• lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las com solução alcoólica;
• calçar as luvas de procedimentos;
• limpar a estrutura física, teto, paredes, porta e chão, com o mop úmido ou equipamento que 
libere jato de vapor d'água sob pressão. O desinfetante utilizado para essa finalidade será definido em 
conjunto com a CCIH da instituição (profissional do serviço de higiene);
• recolher partículas e resíduos do chão, com o uso do mop seco ou similar; é proibido o uso de 
vassoura, pois levanta poeira ao haver turbilhonamento do ar (profissional do serviço de higiene);
• limpar, com pano limpo embebido em álcool 70%, todo o mobiliário, foco e equipamentos, 
após o término da limpeza da estrutura física (profissional da enfermagem);
• lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las com solução alcoólica, ao finalizar a 
limpeza terminal.
 
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Tipos de limpeza de sala operatória (SO)
Limpeza preparatória
Quem faz? Circulante de sala e profissional do serviço de higiene.
Quando se faz? Cerca de uma hora antes do início da primeira cirurgia do dia.
Por que se faz? Para remover partículas depositadas nas superfícies horizontais do mobili-
ário e dos equipamentos.
Como se faz? Limpeza e desinfecção com detergentes e desinfetantes, por 
exemplo, álcool 70% no mobiliário e compostos fenólicos no chão.
Onde se faz? Mobiliários e chão de todas as SO, independentemente do tipo 
de cirurgia.
Limpeza concorrente
Quem faz? Circulante desala.
Quando se faz? Durante o procedimento cirúrgico.
Por que se faz? Para remover a matéria orgânica dos locais onde houve contaminação.
Como se faz? Limpeza e desinfecção com agentes químicos de amplo espectro, por 
exemplo, fenóis e hipoclorito de sódio.
Onde se faz? Em todos os locais onde haja secreção, independentemente do tipo de sala 
e de cirurgia.
Limpeza operatória
Quem faz? Circulante de sala e profissional do serviço de higiene.
Quando se faz? Ao término da cirurgia, entre dois procedimentos na mesma SO.
Por que se faz? Para evitar contaminação, envolvendo a retirada de todo o material sujo e 
remoção da sujidade da sala, dos materiais e dos equipamentos.
Como se faz? Limpeza e desinfecção com produtos químicos desinfetantes, por exem-
plo, álcool 70%, fenóis e hipoclorito.
Onde se faz? Em todas as SO, independentemente do tipo de cirurgia.
Limpeza terminal
Quem faz? Circulante de sala e profissional do serviço de higiene.
Quando se faz? Diária ou semanalmente, dependendo do movimento cirúrgico.
Por que se faz? Para evitar contaminação, envolvendo lavagem completa de toda a unida-
de e das SO, inclusive teto e paredes.
Como se faz? Limpeza e desinfecção com produtos químicos desinfetantes, como álcool 
70%, fenóis e hipoclorito.
Onde se faz? Em todas as SO, independentemente do tipo de cirurgia.
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Cuidando do conhecimento
A arquitetura do centro cirúrgico deve proporcionar facilidade no processo de limpeza, 
permitindo acesso aos cantos para evitar o acúmulo de sujidade. Além disso, recomenda-se 
uso de desinfetante no chão, sendo proibido o rejunte nesses casos. Analise as alternativas 
e identifique a sequência correta: 
a) A limpeza operatória deve ser feita antes de qualquer procedimento cirúrgico, deven-
do ser respeitado o tempo de até duas horas para utilização da sala. 
b) A limpeza concorrente ocorre entre um procedimento e outro e deve contemplar 
parede, teto e chão, além dos equipamentos. 
c) A limpeza concorrente pode ser realizada com álcool 70%, sem necessidade de outros 
produtos, já que esse desinfetante tem ação importante diante de resíduos. 
d) A limpeza operatória é realizada pelo técnico em enfermagem e deve acontecer du-
rante o procedimento cirúrgico, na necessidade de remoção da matéria orgânica. 
Conforme aprendemos, a limpeza operatória é realizada pelo profissional circulante de 
sala, que é um técnico em enfermagem, durante a cirurgia e, também, em casos indispen-
sáveis, como na necessidade de remoção da matéria orgânica. Portanto, se você marcou a 
letra "d", acertou. Parabéns!
 
 
 
 Para refletir
A ocorrência de infecção de sítio cirúrgico (ISC) tem sido motivo de preocupações e de constan-
tes intervenções, com foco na sua prevenção, por parte de instituições governamentais, institui-
ções de assistência à saúde e todos os profissionais envolvidos no cuidado ao cliente cirúrgico. 
Objetivando-se prestar assistência de qualidade e com segurança aos pacientes, recomenda-se 
instituir programas de controle de infecção, notificação e acompanhamento das ISCs, durante e 
após a alta hospitalar. Tais programas devem envolver desde a liderança até a equipe assisten-
cial, considerando-se questões estruturais, materiais, equipamentos e processos, de modo que 
seja avaliada a adesão aos programas implementados e gerenciada a ocorrência de infecções 
hospitalares. Quando se lida com o processo saúde-doença, as práticas individuais refletem di-
retamente na assistência, porém, quando aplicadas em conjunto, resultam em melhora substan-
cial do cuidado prestado.
Para facilitar a criação e a implantação dos protocolos voltados ao controle das infecções de 
sítio cirúrgico, durante a permanência do cliente no bloco cirúrgico, nesta lição apresentaram-se 
conceitos imprescindíveis para a eficácia no controle de tais infecções.
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1.3 Posição do paciente para o procedimento cirúrgico 
Você sabia que a posição do paciente durante o procedimento cirúrgico é essencial para o bom 
andamento da cirurgia? Pois muito bem, vamos conhecer agora a importância desse processo. 
Posição cirúrgica é aquela na qual o paciente é colocado depois de anestesiado, para que possa 
ser submetido ao procedimento cirúrgico, é o modo como está acomodado na mesa de operações 
durante o procedimento cirúrgico. Refere-se à movimentação do corpo do paciente pela equipe 
cirúrgica, com a intenção de deixá-lo apoiado na mesa em ângulo que propicie ao cirurgião boa visão 
da área operatória. Busca-se, ao mesmo tempo, garantir conforto, segurança e respeito aos limites 
anatômicos e fisiológicos do paciente. 
A posição adequada do paciente é essencial para que os procedimentos cirúrgicos sejam bem-
sucedidos e realizados com segurança. Colocar o paciente em posição correta para uma intervenção 
cirúrgica é uma arte, uma ciência e também um fator-chave no desempenho de um procedimento 
seguro e eficiente. Para tal, é primordial a aplicação de conhecimentos relacionados com anatomia, 
fisiologia e patologia humanas. 
O posicionamento cirúrgico, geralmente, é visto como um cuidado simples, porém, na verdade, 
deve ser encarado como um procedimento de grande complexidade, que envolve vários riscos, os 
quais, se não observados com responsabilidade e competência por todos os membros da equipe, 
podem comprometer definitivamente a saúde física e mental do paciente. Por isso, os cuidados 
devem ser individualizados, segundo as características de cada um e a necessidade pertinente ao 
procedimento cirúrgico a ser realizado. 
Sendo assim, a equipe cirúrgica desempenha papel fundamental na garantia do posicionamento 
anatômico adequado do paciente, com segurança e sem comprometimentos. Por haver necessidade 
de conhecimentos técnico-científicos e prática da parte dos executores, é imprescindível que os 
profissionais envolvidos conheçam as diferentes posições cirúrgicas e os aspectos relacionados a cada 
uma delas, bem como os possíveis eventos adversos relacionados ao posicionamento inadequado. 
O posicionamento cirúrgico está relacionado a:
• mesas cirúrgicas;
• treinamento da equipe de enfermagem;
• parceria com a equipe médica.
As metas do posicionamento seguro do paciente, por sua vez, incluem: 
• oferecer exposição e acesso ótimos ao local operatório;
• proporcionar acesso para a administração de soluções endovenosas, drogas, agentes 
anestésicos, etc.;
• não comprometer a integridade da pele;
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• prover o máximo de conforto ao paciente;
• manter alinhamento corporal;
• facilitar o acesso aos equipamentos e suportes de anestesia. 
A satisfação dessas metas, assim como a manutenção do conforto e da segurança do paciente, 
é de responsabilidade de todos os membros da equipe cirúrgica. 
1.3.1 Materiais de suporte para posicionamento cirúrgico
É de responsabilidade do hospital a aquisição dos mais diversos acessórios e recursos, de 
acordo com as necessidades e as condições financeiras dos pacientes por ele atendidos. São os 
principais materiais:
Colchonetes da mesa cirúrgica 
Faixas de contenção ou cintas de segurança
Perneiras
Protetores de calcâneo 
Braçadeiras 
Travesseiros 
Colchão piramidal (caixa de ovo)
Coxins de espuma 
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1.3.2 Recomendações gerais para o posicionamento do paciente
Como visto, o paciente deve ser adequadamente posicionado para a realização do procedimento 
cirúrgico. A seguir, estão algumas recomendações sobre o assunto:
• colocaro paciente na posição cirúrgica após devidamente anestesiado;
• proceder às manobras de posicionamento sempre em equipe, com participação do médico 
anestesista, cirurgião ou assistente, circulante de sala e enfermeiro assistencial;
• realizar as mudanças de posição, visando à segurança do paciente e à ergonomia da equipe, 
considerando-se a anatomia e a fisiologia do cliente, bem como a técnica cirúrgica a ser realizada;
• considerar particularidades de cada paciente, como idade, peso, condições físicas e limitações, 
de modo que o cuidado prestado durante o posicionamento seja individualizado;
• manipular, cuidadosamente, o paciente durante todo o posicionamento;
• aplicar movimentos firmes, porém delicados e seguros em quaisquer partes do corpo, a fim 
de evitar complicações;
• manter o alinhamento do corpo do paciente (cabeça, tronco/coluna vertebral, membros 
superiores e inferiores), independentemente da posição a ser utilizada;
• evitar contato de partes do corpo do paciente com superfícies metálicas da mesa, para 
prevenir queimaduras pelo uso do bisturi elétrico;
• evitar compressão da pele, com o intuito de prevenir lesões locais;
• cuidar para que os membros superiores não fiquem pendentes, apoiando-os ao longo do 
corpo ou em suportes tipo braçadeiras, devidamente acolchoados;
• evitar que os membros inferiores fiquem pendentes, oferecendo apoio, segundo a necessidade 
imposta pela especificidade da cirurgia;
• proteger proeminências ósseas, a fim de evitar úlcera de pressão, tromboses e 
compressões circulatórias;
• evitar posições viciosas, procurando posicionar o paciente da forma mais funcional, confortável 
e segura possível;
• adequar a pressão das cintas de segurança ou faixas de contenção, de modo que não fiquem 
apertadas, evitando comprometimento de funções vitais e complicações pós-operatórias;
• cuidar para que não permaneçam sobre o paciente: objetos, materiais, instrumentais ou 
mesmo pressão inadvertida dos membros da equipe, que podem aumentar ainda mais a compressão 
sobre determinadas áreas;
• manter constante monitoração e acompanhamento do paciente durante todo o procedimento;
• proceder ao registro das ações realizadas e das possíveis intercorrências, com a intenção de se 
permitir continuidade da assistência no período pós-operatório. 
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1.3.3 Tipos de posições cirúrgicas
Observe agora algumas posições específicas: 
• posição decúbito dorsal ou posição supina;
• posição de Trendelenburg;
• posição de Trendelenburg reverso ou proclive; 
• posição litotomia ou ginecológica;
• posição Fowler ou sentada;
• posição prona ou decúbito ventral;
• posição de canivete, Kraske ou Depage;
• posição de decúbito lateral.
Vamos ver uma a uma?
a) Posição decúbito dorsal ou posição supina
É aquela em que o paciente fica deitado de costas com braços e pernas estendidos ao longo da 
mesa. O dorso do paciente e a coluna vertebral ficam repousados na superfície do colchão da mesa 
cirúrgica. A cabeça fica apoiada no travesseiro, retificando a coluna cervical. Os braços ficam ao longo 
do corpo ou colocados em apoios laterais, tipo braçadeiras. É considerada a posição mais próxima da 
anatômica, sendo utilizada em diversos tipos de procedimentos. 
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• abdominais;
• neurológicas;
• transplantes de órgãos e de tecidos;
• ortopédicas;
• cardíacas;
• vasculares;
• plásticas;
• ginecológicas;
• oftálmicas;
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• otorrinolaringológicas;
• de mão;
• de cabeça e pescoço.
b) Posição de Trendelenburg
Paciente colocado deitado, com cabeça e tronco em níveis mais baixos que os membros 
inferiores. Posição que oferece melhor visualização dos órgãos pélvicos durante a abertura ou cirurgia 
por vídeo no abdome inferior ou pelve. Nessa posição, com a inclinação da mesa, o paciente ficará em 
posição dorsal com elevação da pelve e dos membros inferiores, ficando a cabeça mais baixa que os 
pés. Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no cérebro quando a pressão arterial cai 
repentinamente, pois aumenta o fluxo sanguíneo arterial para o crânio.
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• abdominais;
• ginecológicas;
• vasculares.
c) Posição de Trendelenburg reverso ou proclive
É o contrário da posição de Trendelenburg, a cabeceira é elevada e os pés são abaixados, 
oferecendo melhor acesso à cabeça e ao pescoço. Tal posição faz com que a força da gravidade 
desloque as vísceras abdominais para adiante do diafragma, no sentido caudal, em direção dos pés. 
Para diminuir o risco de trombose e aliviar a pressão, as pernas devem permanecer abaixadas.
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• de ombro;
• neurocirurgias;
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• de cabeça e pescoço;
• cirurgias plásticas na face e no nariz;
• otorrinolaringológicas;
• oftalmológicas;
• de mamas, incluindo prótese.
d) Posição litotomia ou ginecológica
Colocar o paciente em decúbito dorsal, com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados. As 
coxas devem estar bem flexionadas sobre o abdome, afastadas uma da outra, e as pernas ficam sobre 
as coxas. Normalmente, para se colocar o paciente nessa posição, usam-se suportes para os joelhos 
(perneiras). 
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• ginecológicas;
• obstétricas;
• de reto;
• de hemorroidas;
• de bexiga.
e) Posição de Fowler ou sentada 
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O paciente permanece semissentado na mesa. Levantando-se a cabeceira, ele deve ser colocado 
em decúbito dorsal, de modo que o tronco atinja um ângulo que varia de 30 a 90 graus em relação ao 
plano horizontal. É comumente chamada de “cadeira de praia”.
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• neurocirurgias (a cabeça do paciente deve ser apoiada com suporte próprio).
f) Posição prona ou decúbito ventral
 
É aquela em que o paciente fica deitado com abdome para baixo. Essa parte do corpo do 
indivíduo deve ficar, assim, em contato com a superfície do colchão da mesa de cirurgia. A colocação 
do paciente nessa posição envolve vários membros da equipe atuando em sincronia, uma vez que, 
depois de anestesiado em decúbito dorsal, o paciente deve ser colocado em posição lateral e, depois, 
na posição ventral, tomando-se os devidos cuidados para que tubos e cateteres não sejam deslocados. 
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• na coluna vertebral;
• neurocirurgias em região posterior;
• de calcâneos.
g) Posição de canivete, Kraske ou Depage
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Paciente em decúbito ventral em que os glúteos são levemente inclinados, ficando braços e 
pernas em posição oposta, com os braços apoiados em telas. Essa posição também é conhecida como 
Depage, Kraske ou posição de “canivete”.
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• na região anal;
• em alguns tipos de cirurgias de coluna.
h) Posição de decúbito lateral
Posição de decúbito lateral direito: o paciente permanece deitado para o lado direito, braço 
direito flexionado, pernas levemente fletidas, afastadas, apoiadas, e o lado esquerdo para cima. 
Posição de decúbito lateral esquerdo ou Sims: o paciente fica deitado para o lado esquerdo, 
braço esquerdo flexionado, perna direita levemente fletida ou flexionada, e o lado direito para cima.
Cirurgias nas quais essa posição é usada:
• de tórax;
• renais;
• exames intestinais.
1.4 Cuidados com o posicionamento dopaciente ao 
término da cirurgia
Ao término do procedimento cirúrgico, quando a equipe deve retirar o paciente da posição até 
então utilizada, são necessários alguns cuidados básicos, como os listados a seguir:
• manipular lentamente o paciente, utilizando movimentos firmes e seguros, uma vez que 
mudanças bruscas no paciente ainda anestesiado podem provocar alterações cardiovasculares e 
respiratórias;
• ao término da cirurgia, retornar o paciente ao decúbito dorsal, para que seja feita a reversão 
da anestesia, salvo casos específicos em que não seja possível sua colocação na posição supina;
• no caso das posições ventral e lateral, retornar o paciente à posição dorsal, movimentando-o 
em bloco, com os devidos cuidados para não deslocar tubos, drenos e cateteres, e mantendo o 
alinhamento do corpo, em um resultado de colaboração entre todos os membros da equipe cirúrgica;
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• no caso da posição de litotomia, retirar cuidadosamente os membros inferiores das perneiras, 
para prevenir o rápido retorno de sangue da porção superior do corpo para os membros inferiores, o 
que pode causar hipotensão;
• manter, sempre que possível, após a cirurgia e a reversão da anestesia, o paciente em decúbito 
dorsal, com a cabeça lateralizada, de modo que seja evitada aspiração de secreções e se previna a 
pneumonia aspirativa;
• avaliar continuamente as respostas do paciente às mudanças de decúbito, observar suas 
reações e manter monitoração até a saída da sala de cirurgia;
• assegurar ao cliente cirúrgico assistência livre de danos, inclusive dos inerentes à sua própria 
condição e ao procedimento anestésico-cirúrgico;
• registrar, em prontuário, intercorrências e situações de risco, com o intuito de proporcionar 
continuidade da assistência no período pós-operatório. 
Cuidando do conhecimento
A posição cirúrgica deve ser adequada ao tipo de intervenção a qual o paciente será 
submetido. Contudo, é importante salientar que não se deve somente visar a esse aspecto. 
É fundamental que o paciente seja posicionado de maneira confortável, evitando, com 
isso, complicações, tais como dores lombares, entorses e paresias no pós-operatório. Con-
siderando as posições cirúrgicas, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira, 
sem repetir nenhum número.
I. Posição supina
II. Posição de litotomia
III. Posição Depage
IV. Posição de 
Trendelenburg reverso
V. Posição de prona
( ) É uma posição derivada da ventral, na qual os 
membros inferiores, superiores e tórax são abaixados, de forma 
que o corpo fique fletido sobre a mesa.
( ) É uma posição indicada para cirurgias da parte 
posterior do corpo, como crânio, coluna vertebral, região 
lombar, entre outras.
( ) É uma posição derivada da dorsal, na qual se elevam 
os membros inferiores, os quais ficam colocados em suportes 
especiais denominados perneiras e fixados com correias.
( ) É a posição de melhor tolerância para o paciente 
anestesiado. É a posição inicial para qualquer tipo de cirurgia. 
Essa posição é uma das mais usadas.
( ) É a posição dorsal com elevação da cabeça e do tórax 
e abaixamento dos membros inferiores.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) I - III - II - V - IV.
b) V - III - II - IV - I. 
c) I - V - III - II - IV.
d) III - V - II - I - IV.
Se você marcou a sequência indicada na letra "d", acertou. Parabéns!
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 Para refletir
Apesar de ser uma atividade realizada rotineiramente no centro cirúrgico, o posicionamento do 
paciente para a cirurgia não deve ser considerado um ato mecânico e desvinculado de conheci-
mento técnico-científico. A posição ótima é aquela que oferece à equipe cirúrgica as melhores 
condições de visualização da área operatória e que, ao mesmo tempo, proporciona conforto e 
segurança ao cliente. Porém, atender a essa demanda nem sempre é tarefa fácil.
Muitos são os tipos de posições cirúrgicas que podem ser empregados nos mais diversos procedi-
mentos, das mais variadas especialidades. Nesse contexto, devem ser consideradas as individualida-
des impostas pelas próprias condições dos pacientes, além dos recursos disponíveis na instituição. 
Negligenciar os cuidados com o posicionamento cirúrgico e os riscos inerentes à posição inade-
quada pode prejudicar seriamente o paciente. O trabalho em equipe é a chave para a realização 
dessa atividade, tendo em vista que exige competência e participação do anestesiologista, ci-
rurgiões e equipe de enfermagem. 
Cabe à instituição oferecer condições as quais propiciem conforto à equipe cirúrgica durante o ato 
anestésico-cirúrgico e segurança ao paciente por todo o período perioperatório. É de grande im-
portância a aquisição de adequados equipamentos, acessórios, dispositivos e recursos de proteção. 
Resumindo
Nesta lição, estudamos os elementos básicos de fundamentos éticos da equipe de enfermagem 
junto ao paciente cirúrgico – segurança aos pacientes –, instituindo programas de controle de infecção 
de sítio cirúrgico. Ademais, aprendemos sobre o preparo do posicionamento ideal do paciente, 
conforme o procedimento executado.
Verifique se você é capaz de:
• entender a base de tomada de decisão ética e o processo de enfermagem cirúrgica;
• explicar o processo de prevenção e controle de infecção em sítio cirúrgico;
• expor os conceitos expostos referentes ao posicionamento do paciente para o procedimento 
cirúrgico.
Você finalizou os estudos sobre Fundamentos da Enferma-
gem Cirúrgica! Espero que tenha obtido novos conhecimen-
tos e que estes o ajudem em sua vida pessoal e profissional. 
Seja curioso, observe a forma como as pessoas desenvolvem 
suas tarefas e, sempre que possível, sugira mudança para 
melhorar o desempenho durante a execução dos trabalhos. 
Na próxima lição, nós nos vemos e lá aprenderemos mais 
sobre a estrutura física de um centro cirúrgico.
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Parabéns, 
você fina-
lizou esta 
lição!
Agora res-
ponda às 
questões 
ao lado.
Exercícios
Questão 1 – Para limpeza e desinfecção de salas cirúrgicas, é necessário cumprir crité-
rios para a seleção e o uso adequado de processos físicos e químicos de limpeza e desin-
fecção em estabelecimentos de saúde. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
a) Áreas semicríticas são todas as áreas ocupadas por pacientes portadores de doenças 
infecciosas de alta transmissibilidade e de doenças não infecciosas.
b) Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, infantil, neonatal e sala de hemodiálise são 
consideradas áreas semicríticas.
c) Escritórios, depósitos e sanitários em um hospital são considerados áreas semicríticas.
d) Limpeza é a operação realizada para a remoção física de sujidades, a fim de manter 
o asseio e a higiene do ambiente, sendo um dos principais núcleos de todas as ações para 
os cuidados de higiene.
Questão 2 – Nos exames proctológicos e nos tratamentos de lavagem intestinal, a posi-
ção que permite melhor acesso à região anal é a:
a) Sims. c) Genupeitoral.
b) Fowler. d) Trendelemburg.
Questão 3 – Há vários fatores que influenciam o aparecimento de infecção. Destacam-se:
a) a baixa virulência, a boa nutrição e a temperatura do corpo.
b) a temperatura do corpo, bom estado nutricional e emocional. 
c) o número de micro-organismos invasores, a alta virulência e a defesa do organismo. 
d) a defesa do organismo, a desidratação e o exame de sangue normal.
Questão 4 – Assinale a alternativa incorreta quanto aos fatores que favorecem a contami-
nação nos serviços de saúde. 
a) Ausência de utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde.
b) Manutenção das superfíciesúmidas, molhadas, empoeiradas ou com matéria orgânica.
c) Manutenção da sujidade em paredes e superfícies.
d) Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies sem uso de luvas de 
proteção.
Questão 5 – As regras de conduta para uma adequada relação entre os seres humanos, 
considerando valores universais, os quais geralmente são estabelecidos pela sociedade 
em que se vive, denominam-se:
a) Ética.
b) Moral.
c) Deontologia.
d) Bioética.
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Questão 6 – O posicionamento cirúrgico do paciente é um procedimento de grande com-
plexidade que, se não for realizado de forma adequada, pode comprometer sua saúde física 
e mental. Com respeito ao posicionamento do paciente, julgue os itens em verdadeiro (V) ou 
falso (F) e, a seguir, assinale a alternativa correta.
( ) O posicionamento cirúrgico deve ser individualizado, adaptado às necessidades de cada 
pessoa e aos procedimentos previstos.
( ) A posição supina ou dorsal é a mais utilizada em cirurgias e a mais próxima da posição 
anatômica normal do paciente. 
( ) A posição de litotomia, ou ginecológica, é utilizada para cirurgias obstétricas e urológicas. 
a) V –V –V. c) V –V –F.
b) F –F –F. d) F –F –V.
Questão 7 – A infecção do sítio cirúrgico (ISC) é uma das causas mais comuns de infecção 
hospitalar na maioria dos hospitais. Existem alguns fatores de risco para a ISC relacionados ao 
paciente. Sobre esses fatores, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e 
assinale a alternativa correta.
( ) Os pacientes idosos não influenciam na taxa de infecção. 
( ) Pacientes com múltiplas doenças preexistentes e com baixa imunidade têm menor 
probabilidade de contrair infecção.
( ) As infecções distantes, especialmente as do trato urinário e as do acesso vascular, 
são consideradas um fator de risco de infecção pós-operatória.
a) V – V – V. c) F – F – F. 
b) F – F – V. d) V – V – F.
Questão 8 – Marque a alternativa correta no que diz respeito à prevenção de controle 
das infecções nas áreas da saúde. 
a) Impedir que as pessoas infectadas tenham contato com pacientes do hospital. 
b) Lavar as mãos sempre que necessário e com rigor.
c) Impedir que as pessoas com sintomas de infecção tenham contato com pacientes 
hospitalares.
d) Todas as alternativas estão corretas.
 
 Questão 9 – O órgão que norteia e fiscaliza o exercício legal dos profissionais de enfer-
magem é: 
a) Cooperativa Nacional dos Trabalhadores de Enfermagem.
b) Sindicato Nacional dos Trabalhadores.
c) Associação Brasileira de Enfermagem. 
d) Conselho Regional de Enfermagem.
Questão 10 – As cirurgias realizadas em tecidos colonizados por microbiota pouco nu-
merosa ou em tecido de difícil descontaminação são classificados como: 
a) Limpas. 
b) Infectadas.
c) Contaminadas.
d) Potencialmente contaminadas.

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