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Enfermagem em 
Centro Cirúrgico
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Sandra Regina Lins do Prado
Revisão Textual:
Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Estrutura Organizacional da Unidade de Centro Cirúrgico;
• Bioengenharia;
• O Procedimento Anestésico Cirúrgico;
• Recursos Humanos em Centro Cirúrgico.
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Fonte: Getty Im
ages
Objetivos
• Conceituar Centro Cirúrgico e analisar localização, estrutura física, equipamentos da Sala de 
Cirurgia e aspectos de Bioengenharia;
• Resgatar a história da Cirurgia e a relação com a Enfermagem;
• Definir as classificações e as terminologias cirúrgicas;
• Apresentar os instrumentais cirúrgicos mais utilizados;
• Discutir os Recursos Humanos com foco no papel do Enfermeiro Coordenador e Assistencial 
do Centro Cirúrgico. 
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Contextualização 
Nesta Unidade, aprenderemos que o Centro Cirúrgico representa uma unidade de 
grande relevância no contexto hospitalar, devido à alta complexidade de atendimento 
prestado ao paciente cirúrgico e aos diversos processos ligados à cirurgia.
Para que se possa prestar uma assistência livre de danos e riscos, é necessário um 
planejamento estrutural rigoroso com princípios da Bioengenharia e Projetos Multidisci-
plinares, em que o Enfermeiro deve estar envolvido desde a concepção do Projeto Arqui-
tetônico, que tem como principal referência a RDC nº 50 e a RDC 307/2002, ambas da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, até a execução e manutenção.
Conceituamos, também, o que é uma Sala Cirúrgica e todos os equipamentos e mate-
riais necessários para uma cirurgia.
Realizamos um resgate da história da cirurgia e pudemos verificar que o Enfermeiro 
era o responsável pelo ambiente seguro, confortável e limpo para o transcorrer do proce-
dimento anestésico-cirúrgico desde os registros mais antigos da Grécia.
Mas as atividades que antes se resumiam ao auxílio na restrição do paciente, limpeza 
e manutenção do ambiente, hoje são focadas nas competências gerenciais na previsão, 
provisão de recursos materiais e humanos, na articulação dos diversos profissionais da 
equipe interdisciplinar e na interação com o paciente e a família. 
Aprendemos, também, que o Enfermeiro deve saber as terminologias e as classificações 
cirúrgicas, pois, no trabalho diário, dependerá desses conhecimentos para o planejamento 
e o preparo do material, na realização do mapa cirúrgico, na escolha dos tipos de técnica 
de limpeza e desinfecção terminal e na prioridade de atendimentos cirúrgicos.
Revisamos um pouco os instrumentos cirúrgicos, que são classificados conforme 
o tempo cirúrgico: diérese, operação proposta, hemostasia, exposição e síntese, bem 
como suas funções. 
Finalizando a Unidade, resgatamos a importância dos Recursos Humanos e suas atri-
buições durante o ato operatório como foco no papel central da Equipe de Enfermagem. 
Ela é composta pelo Auxiliar e pelo Técnico de Enfermagem, que ali exercem a função 
de circulante de Sala de Operação e Auxiliar de Anestesia.
Há, também, o Instrumentador Cirúrgico e o Enfermeiro Coordenador e Enfermeiro 
Assistencial do Centro Cirúrgico, sendo que suas atribuições são de extrema relevância 
em todas as fases perioperatórias e determinante para que a cirurgia aconteça dentro 
dos princípios de segurança e qualidade.
6
7
Estrutura Organizacional da
Unidade de Centro Cirúrgico
A Unidade de Centro Cirúrgico é conceituada como sendo o conjunto de elementos 
destinados às atividades cirúrgicas, bem como à recuperação anestésica e pós-operatória 
imediata, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2002).
Representa um lugar de importância relevante no contexto hospitalar, devido à alta 
complexidade de atendimento prestado para pacientes que necessitam de tratamento 
cirúrgico, em caráter eletivo ou emergencial.
De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do Bloco Cirúrgico o 
próprio Centro Cirúrgico, a Sala de Recuperação Anestésica e a Central de Materiais e 
Esterilização – CME (BRASIL, 2002). 
Assim, o planejamento dessa Unidade deve ser responsabilidade de uma Equipe Mul-
tiprofissional da qual o Enfermeiro deve fazer parte e elaborado com base na Resolução 
da Diretoria Colegiada – RDC nº 307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária – Anvisa, que atualizou e complementou a RDC 50/2002 para que as atividades 
desenvolvidas ocorram de modo harmonioso, sincronizado e eficiente, visando à segu-
rança e ao conforto dos recursos humanos e dos pacientes. 
O Centro Cirúrgico (CC), sob a ótica do profissional Enfermeiro, é considerado uma 
das Unidades mais complexas do Hospital, devido à sua especificidade e à presença de 
agentes estressores, bem como às possibilidades de riscos à saúde. 
Esta Unidade é constituída por um conjunto de Áreas e instalações que permitem 
efetuar as cirurgias nas melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto 
e segurança para as Equipes que o assistem (BRASIL, 2002).
A Unidade de CC deve estar localizada em uma Área do Hospital que ofereça a segu-
rança necessária às técnicas assépticas, portanto, distante de locais de grande circulação de 
pessoas, de ruído e de poeira. Recomenda-se que seja próximo às Unidades de Internação, 
Pronto-Socorro e Unidade de Terapia Intensiva, de modo a contribuir com a intervenção 
imediata e melhor fluxo do paciente (POSSARI, 2009).
O Centro Cirúrgico é considerado um SETOR de alta complexidade e uma Unidade 
que tem relação com todas as outras unidades do Hospital, como suprimentos, setor de 
compras, almoxarifados, farmácia e outras Unidades Assistenciais (Clínica Cirúrgica mas-
culina e feminina, Pediatria, Unidade de Terapia Intensiva adulta e infantil, hemodiálise). 
Isso traz impactos no gerenciamento de todos os recursos do CC, que deve ter como 
princípio “devolver” os clientes às suas Unidades de origem nas melhores condições 
possíveis de integridade física e emocionais após o trauma anestésico-cirúrgico.
Considerando as peculiaridades e as finalidades de cada um dos elementos que com-
põem a Unidade de Centro Cirúrgico, bem como a necessidade e a importância de 
controle microbiológico nesse Setor, o ambiente é dividido em áreas que Carvalho e 
Moraes (2010) descrevem como áreas restritas, semirrestritas e não restritas, como se 
pode observar a seguir:
7
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
• Não restritas: São aquelas de circulação livre no Centro Cirúrgico, não exigindo 
cuidados especiais, nem uniforme privativo. Exemplos: vestiários, corredores de 
entrada para o pessoal e pacientes e sala de espera dos acompanhantes;
• Semirrestritas: Entendem-se aquelas que possibilitam a circulação tanto do pes-
soal quanto de equipamentos, de maneira a não interferir nas rotinas de controle e 
manutenção da assepsia médico-cirúrgica.É obrigatório o uso de roupa privativa e 
calçados adequados. Exemplos: sala de guarda de material administrativo, sala de 
estar, copa e expurgo;
• Restritas: São aquelas áreas que apresentam limites definidos para a circulação de 
pessoas, equipamentos e materiais. É obrigatório o uso da roupa privativa, calçados 
adequados, além de máscaras e gorros conforme normas da Unidade. As técnicas 
assépticas devem ser utilizadas de maneira rigorosa, a fim de diminuir os riscos de 
infecção. Exemplos: corredores internos, lavabos e a Sala de Operação.
A capacidade cirúrgica do Centro Cirúrgico, ou seja, o número de Salas de Operação, 
é baseada na proporção entre o número de leitos cirúrgicos ou gerais do hospital. 
A RDC nº 307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA), deter-
mina 1 Sala de Operação para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos 
(BRASIL, 2002). 
Vejamos um exemplo: um hospital que tem 200 leitos distribuídos em diversas espe-
cialidades deverá ter, no mínimo, 4 Salas de Operação. 
Para o dimensionamento ideal e o planejamento estrutural, deve-se levar em consi-
deração alguns aspectos, como: horário de funcionamento do CC, especialidade cirúr-
gica (Cardiologia, Neurocirurgia, Ortopedia etc.), duração média da cirurgia, número 
de cirurgias por dia, Hospital Escola e quantidade de Artigos Médicos e instrumentais 
cirúrgicos disponíveis. 
Essas informações podem subsidiar a tomada de decisão sobre a dinâmica de funcio-
namento da Unidade, assim como a composição da estrutura física que veremos a seguir.
Composição da Estrutura Física do Centro Cirúrgico
Com base na Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 307/2002, da Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária – Anvisa, que atualizou e complementou a RDC 50/2002, 
e no Manual da Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico – SOBECC do 
ano de 2013, sobre as áreas que compõem o Centro Cirúrgico, além da Sala de Operação, 
que será descrita em um item separado, temos. 
• Vestiários: São barreiras físicas, considerando que são definidas como aqueles ambi-
entes que minimizam a entrada de microrganismos (M.O.) externos. Devem ser pro-
vidos de armários para a guarda de pertences dos usuários e conter sanitários com 
lavabo e chuveiro;
• Sala administrativa: Local destinado ao controle administrativo da Unidade, concen-
trando a Chefia de Enfermagem e a Secretaria;
8
9
• Área de recepção do paciente: Área reservada para recepcionar e transferir paci-
entes da maca proveniente da Unidade de Internação para o Centro Cirúrgico;
• Sala de espera: Área destinada aos familiares ou acompanhantes do paciente, 
enquanto aguardam o término da cirurgia e a alta dele da Sala de Recuperação 
Pós-anestésica;
• Corredores: Área que permite acesso a todas as dependências do CC e ainda o 
deslocamento das pessoas, materiais, resíduos de serviços de saúde-RSS e Equipe. 
Deve ter, no mínimo, 2 metros de largura, não podendo ser utilizado para estacio-
namento de macas, carrinhos e equipamentos fora de uso;
• Área de escovação ou lavabos: Prevê-se um lavabo com duas torneiras com 
fechamento sem as mãos para cada duas Salas Cirúrgicas. Os tanques devem ser 
instalados numa altura de 90cm, para favorecer a mecânica corporal no ato da 
escovação. É recomendável dispensadores de sabão líquido, solução degermante e 
suporte para escovas;
• Farmácia satélite: Destinada a armazenar medicamentos diversos, soros, soluções 
desinfetantes, materiais descartáveis, lâminas de bisturi e fios de sutura, entre outros;
• Sala para guarda de material da anestesia: Onde são guardados os aparelhos de 
anestesia e as bandejas para os diversos tipos de anestesia;
• Sala para estocar material esterilizado: Onde se armazena o material esterili-
zado para uso no Centro Cirúrgico, como pacotes de roupa, compressas, gazes, 
caixas de instrumentais;
• Sala de cilindros e aparelhos de anestesia: Os gases são centralizados em muitas 
instituições hospitalares, podendo não ser necessária a presença nesta sala;
• Sala para guarda de aparelhos e equipamentos: Destina-se a guardar aparelhos 
que não estão em uso na Sala de Cirurgia, como bisturi elétrico, aspirador portátil, 
focos auxiliares, unidade móvel de Raios X, suportes de soro, talas de imobilização 
e coxins, entre outros;
• Sala de anatomia patológica: Área destinada à realização de exames anatomopa-
tológicos específicos e rápidos;
• Laboratório para revelação de Raio X: É uma sala escura, que gera resíduos 
químicos do grupo B e, por isso, deve ser revestida por paredes especiais; 
• Sala para Depósito de Material de Limpeza (DML): Área destinada à reserva de 
aparelhos, utensílios e produtos usados na limpeza do Centro Cirúrgico;
• Sala de expurgo: Local destinado a receber e lavar os materiais usados na cirurgia. 
Deve ter um recipiente com Sistema de Descarga para desprezar as secreções dos 
frascos de aspiração;
• Rouparia: deve ficar localizada próxima aos vestiários para armazenar a roupa pri-
vativa de uso na Unidade e, às vezes, lençóis de maca e mesa cirúrgica ficam juntos 
ou em outra rouparia interna;
• Sala de estar ou conforto: Utilizada pelos profissionais entre intervalos de cirur-
gias e como área de descanso e, às vezes, refeições. Sendo assim, é recomendado 
uma pia e materiais de apoio, como frigobar e micro-ondas;
9
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
• Sala de Recuperação Pós-Anestésica: Essa área deve ser anexa ao CC, no mesmo 
pavimento, para rápida transferência do paciente, supervisão e comunicação da Equipe 
de Anestesia;
• As portas de todos os locais do CC devem ter dimensão mínima de 1,20cm x 2,10cm, 
a fim de permitir a passagem das macas, das camas e dos equipamentos cirúrgicos, 
ser revestidas de material lavável e ter cor neutra, suave e fosca. Devem, ainda, ser de 
material de baixa combustão e ter proteção de aço inoxidável, a fim de prevenir danos, 
por esbarrões de macas. As portas das Salas de Operação devem ter visor, facilitando 
visualizar o interior da Sala, sem a necessidade de abri-las durante o ato cirúrgico.
Segundo a SOBECC (2013), o Centro Cirúrgico deve ter, ainda, rota de fuga para 
emergência preestabelecida, aprovada e sinalizada em todas as Áreas com tinta luminosa, 
devendo ser de conhecimento de todos os profissionais. 
A Figura 1, a seguir, mostra uma planta física de um Centro Cirúrgico com 3 Salas 
de Operação e todas as demais Áreas de Apoio descritas na RDC 307/2002.
Corredor Externo
Co
rre
do
r E
xt
er
no
Corredor Interno
Recuperação
Pós-Anestesia
Sala de 
Operações
Sala de 
Operações
Sala de 
OperaçõesSala de 
Operações
Expurgo
Rouparia
Posto de
Enfermagem
Sala de
Material de
Limpeza
Sala de
Estar
Sala de
Guarda de
Equipamentos
Sala de Guarda de
Medicamentos,
Material Esterilizado
e Pronto Uso
Copa
Vestiário
Masculino
Vestiário
Feminino
Sala de Material
Esterilizado
LavaboLavabo
Troca-Macas
Co
rre
do
r I
nt
er
no
Figura 1 – Planta Física do CC
Fonte: Adaptada de MALAGUTTI; BONFIM, 2013
Esses componentes de estrutura física podem sofrer alterações de acordo com o porte 
e as características específicas de cada Instituição, mas, é importante o Enfermeiro se 
envolver nas discussões de planejamento e adequações de estrutura física, bem como ter 
domínio da Legislação específica da área citada ao longo do texto.
10
11
Bioengenharia
A Bioengenharia engloba as características físicas do Projeto do CC, que incluem 
iluminação, ventilação, temperatura, umidade, sistema elétrico e sistema de segurança 
(BIANCHI; TURRINI, 2010, p. 27).
A Arquitetura para a Saúde é uma especialidade que está muito integrada à Engenharia 
Hospitalar que, entre as questões funcionais e de segurança, também tem se preocupado 
com a sustentabilidade das edificações e os impactos ambientais (SOBECC, 2013).
Vamos ver, a seguir, cada umas das recomendações com foco nas questões supracitadas .
Revestimentos de paredes e pisos
Os materiais de acabamento deverão corresponderaos requisitos de limpeza e saniti-
zação contidos no Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em Estabeleci-
mentos Assistenciais de Saúde, do Ministério da Saúde, que considera como regra geral 
para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críticas e semicríticas:
• Materiais resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes;
• Superfícies lisas, não porosas;
• Sem apresentar fendas ou ranhuras;
• Realçar a sujeira, absorver a luz;
• Ser impermeáveis;
• Resistir aos choques;
• Ser duráveis;
• Facilitar a limpeza ; e
• Oferecer conforto acústico.
Para o revestimento do piso, o mais indicado é o condutivo, nas Salas de Cirurgia, 
quando houver o uso de misturas anestésicas inflamáveis com o oxigênio ou óxido nitroso, 
bem como quando houver agentes inflamáveis de desinfecção. 
Esse tipo de revestimento tem a propriedade de dissipar as cargas elétricas estáticas 
geradas no ambiente. 
Os materiais, cerâmicos ou não, quando utilizados nas áreas críticas, não podem ter 
índice de absorção de água superior a 4% e, além disso, o rejunte, se existir, deverá apre-
sentar o mesmo índice de porosidade.
As paredes devem ser pintadas com tinta hospitalar, devido à alta durabilidade, com 
agente fungicida, baixo odor e fácil manutenção. Suas cores devem ser suaves e claras. 
As mais usadas são azul e verde claro.
Segundo a Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar 
(ABDEH), os rodapés devem ter um formato que possibilite a completa limpeza do 
canto formado com a parede.
11
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
As orientações de que os cantos nos Hospitais e, sobretudo, nos Centros Cirúrgicos, 
devessem ser arredondados com o objetivo de facilitar a limpeza e evitar o acúmulo de 
poeira mudaram, pois o canto arredondado em nada facilita o processo de limpeza, quer 
ele seja feito com máquinas, quer com o rodo envolto pelo pano, que apresenta nas suas 
extremidades cantos de 90º. Deve-se ficar atento para que o rodapé não apresente sali-
ências na união com a parede, para que seja evitado o acúmulo de pó e a difícil limpeza.
Os materiais de acabamento devem ser resistentes aos agentes químicos de higiene 
e limpeza terminal usados nesta Unidade que, além de serem mais concentrados, são 
utilizados com frequência maior que em outros Setores. 
Durante uma jornada de trabalho, uma Sala de Operação pode ser limpa, em média, 
8 vezes ou mais, dependendo dos intervalos de cirurgias.
Deve se tomar cuidado, também, quanto à manutenção dos revestimentos, pois a apli-
cação de ceras e produtos de limpeza que geram filmes poderia isolar os revestimentos, 
eliminando sua capacidade dissipativa.
A condutividade deve ser controlada pela Engenharia Clínica, para se assegurar que 
o Sistema está realmente funcionando.
Iluminação
A iluminação artificial geral deve ser preferencialmente fria, com temperatura e cor 
que permita a reprodução das cores.
As luminárias devem ser embutidas no teto para não ter acúmulo de sujidade e facilitar 
a limpeza e, além disso, devem ser blindadas para evitar acidentes.
A iluminação artificial da sala de operação é feita por intermédio da luz geral do teto, 
com lâmpada fluorescente e luz direta por foco central ou fixo.
A iluminação do campo cirúrgico é realizada com o foco central ou com os auxiliares 
e frontais. Esses focos permitem alta luminosidade em todo o campo operatório, com 
ausência de sombra. 
O foco tem por finalidade: oferecer luz semelhante à luz natural, de modo a não alterar 
a cor da pele e as mucosas do paciente, fornecer iluminação adequada ao campo cirúrgico, 
sem projeção de sombras e emissão de reflexos e produzir o mínimo de calor possível no 
campo operatório.
É indispensável que o Centro Cirúrgico seja provido de um Sistema de luz de emer-
gência, que deve ser acionado automaticamente em caso de interrupção do fornecimento 
de energia elétrica. 
Segundo a SOBECC (2013), deve haver um Sistema de gerador de iluminação que 
dure no mínimo uma hora para assegurar a continuidade das cirurgias com segurança. 
12
13
Instalações elétricas
Segundo a SOBECC (2013), os circuitos elétricos devem ser separados para possibilitar 
diferentes usos. Preconizam-se 3 conjuntos com 4 tomadas cada, em paredes distintas, e 
uma tomada para aparelhos de raios X.
As tomadas devem estar localizadas a 1,5m do piso, devendo possuir sistema de 
aterramento para prevenir choque e queimaduras.
Durante a limpeza da sala de operação, os interruptores devem ser protegidos para 
evitar danos à fiação elétrica pela entrada de água e produtos químicos.
Ventilação, temperatura e umidade
Nenhuma outra Área do Hospital requer mais cuidado no controle de assepsia do 
ambiente do que o Centro Cirúrgico. 
O sistema de ventilação e de ar condicionado deve atender às exigências da NBR 
7256/2005, com as seguintes intenções:
• Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde;
• Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das Salas 
Cirúrgicas;
• Impedir a entrada no Centro Cirúrgico de partículas potencialmente contaminantes 
oriundas de áreas adjacentes;
• Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e 
segurança para o paciente e para a equipe de saúde;
• Manter o nível sonoro mínimo de instalação e utilização do Sistema de Ventilação/
Ar Condicionado.
O Enfermeiro deve considerar que o Sistema de Ventilação deve proporcionar tempe-
ratura ambiente em torno de 22 - 23°C, vez que cirurgias realizadas com temperatura a 
seguir de 21°C podem provocar hipotermia nos pacientes.
Já a umidade relativa do ar deveria ser em torno de 55 a 60%. Um ambiente com 
baixo teor de umidade relativa favorece a propagação de faíscas elétricas e proporciona, 
também, a perda excessiva de água por parte do paciente.
Por outro lado, ambientes com umidade relativa acima de 70% tornam-se propícios 
ao desenvolvimento de bactérias (BIANCHI; TURRINI, 2007).
Ventilação artificial 
Deve ter como características:
• Promover a renovação constante do ar, fornecendo segurança ao paciente e à 
Equipe de Saúde;
• Manter a temperatura da sala entre 20 e 25ºC e a umidade relativa do ar em torno 
de 60%, proporcionando conforto ambiental.
13
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Preconiza-se que as entradas de ar estejam localizadas o mais alto possível em relação 
ao nível do piso, e afastadas das saídas, que são localizadas próximas ao piso. Ambas as 
aberturas devem ser providas de filtros.
Acabamos de ver as características estruturais mais importantes do CC, e agora veremos 
detalhes de uma Sala Cirúrgica junto com os equipamentos obrigatórios.
Sala Cirúrgica com equipamentos
A Sala Cirúrgica ou Sala de Operação (Figura 1) tem planta física, equipamentos e 
materiais necessários e adequados para o procedimento anestésico cirúrgico, regulamen-
tados pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução da Diretoria 
Colegiada – RDC n. 50, como veremos a seguir.
Sala de Cirurgia ou Salas de Operação (S.O)
Área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas. Ao planejar a 
Sala de Cirurgia, dois aspectos devem ser considerados: a quantidade de equipamentos 
específicos a serem utilizados durante a realização do procedimento cirúrgico e a 
facilidade de circulação dos componentes da equipe dentro da sala. 
Assim, a Sala planejada para Cirurgia Geral deve ter área mínima de 25m2, e as Salas 
de Cirurgias especializadas devem ter uma dimensão mínima de 36m2.
Essas Salas devem ter anexa uma Sala de Apoio de 12m2 para a guarda de aparelhos 
específicos da especialidade.
As Salas para as cirurgias oftálmicas e otorrinolaringológicas devem ter uma dimensão 
mínima de 20m2.
Com relação ao transplante de órgãos, em virtude do avanço nessa área, é necessário 
um planejamento na estrutura do Centro Cirúrgico, projetando Salas Especiais para a as-
sistência ao paciente doador e ao receptor do órgão. A área utilizada paraintervenção no 
paciente doador deve ser de 25m2, enquanto a utilizada para o receptor deve ser de 36m2. 
Salas para Cirurgias Robóticas devem ter no mínimo 48m2. As Salas Cirúrgicas devem 
ter um pé direito de 2,70m.
Na Figura 2, pode-se visualizar uma Sala de Operação e os equipamentos mais 
importantes.
14
15
Figura 2 – Sala de Operação
Fonte: Getty Images
Equipamentos de uma Sala de Operação
Os equipamentos e materiais cirúrgicos variam de acordo com a intervenção a 
ser realizada.
Sendo assim, os equipamentos podem ser classificados em fixos e móveis:
• Fixos são aqueles adaptados à estrutura física da Sala de Cirurgia, como: foco 
central, negatoscópio, sistemas de canalização de ar e gases, e prateleira (podendo 
estar ou não presente);
• Móveis são aqueles que podem ser deslocados de uma para outra sala de operação, 
a fim de atender o planejamento do ato cirúrgico de acordo com a especificidade, ou 
mesmo serem acrescidos durante o desenvolvimento da cirurgia, tais como:
» Mesa cirúrgica e acessória: colchonete de espuma, perneiras metálicas, suporte 
de ombros e braços;
» Equipamentos utilizados para posicionar o paciente: tais como coxins de areia 
ou espuma de diferentes tamanhos;
» Aparelhos de anestesia, contendo kits de cânulas traqueais e de Guedel, laringos-
cópios e esfigmomanômetros;
» Aparelhos monitores, microscópios e máquina para circulação extracorpórea, 
dentre outros;
» Mesas auxiliares para instrumental cirúrgico, de Mayo e para pacotes de roupa 
estéril;
» Bisturi elétrico;
» Aspirador de secreções;
» Foco auxiliar;
» Balde inoxidável, hamper e bacia;
» Escada de dois degraus;
» Carro para materiais de consumo e soluções antissépticas;
» Fontes de oxigênio, ar comprimido, vácuo e óxido nitroso.
15
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Além dos materiais e equipamentos, o Enfermeiro deve planejar os materiais esteri-
lizados para uso na Sala de Cirurgia, que deve incluir aqueles considerados básicos ao 
atendimento de uma cirurgia geral, e os específicos, de acordo com o tipo de cirurgia, 
conforme apresentado a seguir.
Material esterilizado
• Pacote de aventais;
• Pacote de campos duplos ou simples; 
• Pacotes de compressas grandes e pequenas;
• Pacote de impermeável (para mesa do instrumentador);
• Caixa de instrumentais; 
• Pacote de cuba rim;
• Kit de sondas e drenos diversos;
• Kit de luvas de diferentes tamanhos;
• Kit de borracha para aspirador;
• Caixas de fios de sutura de diferentes tipos e números;
• Equipos de soro, seringas, agulhas e cateteres para punção venosa, cateter para 
aspiração e outros.
Acabamos de aprender toda a estrutura física, os equipamentos e os materiais necessá-
rios para a realização de uma cirurgia.
Agora, vamos resgatar um pouco da história das primeiras cirurgias?
O Procedimento Anestésico Cirúrgico 
É muito importante compreendermos a história da Cirurgia e da Anestesia para refle-
tirmos sobre as bases conceituais e os avanços que fundamentam nossa prática atual.
Cirurgia (do grego, kheirourgia: kheiros, mão e ergon, obra) é o ato de realizar a “cura 
utilizando as mãos”.
O termo cheirourgos designava não só o médico que operava (o cirurgião), como 
também cozinheiros e tocadores de cítara.
O vocábulo sofreu modificações: cirurgien, surgien (francês) e surgeon (inglês) 
(TUBINO, 2009).
Por muito tempo, as cirurgias eram praticadas por médicos e por barbeiros, sendo 
que estes últimos realizavam procedimentos mais invasivos e “impuros”, como as ampu-
tações e a sangria, com a autorização da Igreja, que exercia grande influência sobre a 
Política e a Saúde até a Idade Média.
As primeiras cirurgias foram as trepanações (retirada de uma área da calota craniana), 
que remontam ao Período Pré-histórico e eram realizadas por feiticeiros.
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O cuidado cirúrgico com a incisão era utilizado, no Egito, desde 2.500 a.C. As 
Cirurgias Plásticas, como a rinoplastia, eram frequentemente realizadas na Índia, pelo 
cirurgião Susruta, desde o século IV a.C.
O mais famoso médico chinês – Hua T’o, no século II, anestesiava seus pacientes 
para cirurgias abdominais utilizando Cannabis sativa fervida com vinho. 
O cirurgião bizantino Paulo de Égina compilou o conhecimento médico grego em seus 
escritos e praticava a traqueostomia, a tonsilectomia, a flebotomia e a redução do tamanho 
das mamas.
O cirurgião espanhol muçulmano Abw’l Qasim al Zahrawi, Albucasis (930-1013), 
escreveu o primeiro livro ilustrado de cirurgia e introduziu o uso do ferro em brasa para 
cauterização de feridas, influenciando os cirurgiões da época, que adotaram a técnica 
(TUBINO, 2009).
Surgem em Londres, no final da Idade Moderna, as primeiras Salas Cirúrgicas, loca-
lizadas no último andar dos Hospitais, para aproveitamento da luz natural e para evitar 
que os outros pacientes ouvissem os gritos dos pacientes sendo operados (AFONSO 
et al., 2006).
Com o descobrimento dos anestésicos: óxido nitroso e éter, em 1842 e, posteriormente, 
o clorofórmio (1847), as cirurgias mais complexas puderam ser realizadas, pois eles possi-
bilitaram o controle da dor. 
Segundo Tubino (2009), a primeira operação sob anestesia geral foi realizada em um 
jovem com tumor cervical benigno, pelo cirurgião John Warren e pelo anestesiologista 
William Morton, em 16 de outubro de 1846, em Harvard, Estados Unidos. 
O Procedimento Anestésico Cirúrgico tornou-se cada vez mais frequente na Socie-
dade contemporânea. 
As Novas Tecnologias permitem o diagnóstico precoce para diversas doenças, cujo 
tratamento, muitas vezes, é o cirúrgico. 
As cirurgias por vídeo, minimamente invasivas, é uma realidade estabelecida no mundo, 
que já está se acostumando às cirurgias robóticas nos grandes centros de pesquisas. 
Além disso, a violência urbana, representada pelos acidentes automobilísticos, pelos 
atropelamentos, pelos ferimentos com arma de fogo (FAF) e pelos ferimentos com arma 
branca (FAB), contribui para o crescimento no número de procedimentos de urgência e 
emergência, nos Hospitais das grandes cidades.
O parto cesáreo, embora indicado para situações específicas, também é rotineiramente 
adotado. Dessa forma, o cuidado aos pacientes cirúrgicos tornou-se uma prioridade. 
A decisão pela cirurgia, quer seja em situação de emergência ou não, é cercada por 
expectativas e sentimentos que geram alto grau de estresse e ansiedade nos pacientes e 
familiares, independentemente de sua complexidade.
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
História da cirurgia e Enfermagem
Durante toda a história da cirurgia, a Enfermagem esteve presente, desde as primeiras 
amputações realizadas pelos cirurgiões-barbeiros até as atuais cirurgias robóticas. Desde 
os primórdios, o Enfermeiro era o responsável pelo ambiente seguro, confortável e limpo 
para ocorrer o procedimento anestésico-cirúrgico (SOBECC, 2013).
Mas, as atividades que antes se resumiam ao auxílio na restrição do paciente, limpeza 
e manutenção do ambiente, hoje são focadas nas competências técnico-científicas dos 
profissionais envolvidos, na previsão, na provisão de recursos materiais e humanos, 
no relacionamento multi e interdisciplinar e na interação com o paciente e a família 
(MORAES; CARVALHO, 2007).
Para que uma cirurgia transcorra como a descrita, é necessário observamos os três 
tempos cirúrgicos principais, a saber: diérese (incisão); operação proposta, propriamente 
dita, e síntese (fechamento).
Cada intervenção cirúrgica recebe uma denominação específica que tem relação com 
o procedimento a ser realizado.
Assim, é composta por um prefixo que faz referência ao órgão/tecido manipulado e 
um sufixo que se refere à finalidade do procedimento.
Para melhor compreensão e contextualização dos conteúdos, a seguir, vamos abordar 
o tema de terminologias cirúrgicas.
Terminologias cirúrgicas
O Enfermeiro deve saber a terminologia cirúrgica, pois o desempenho do seu tra-
balho diário depende desse conhecimento. A troca de um prefixo ou um sufixo poderá 
acarretar erros gravesno preparo do material.
As terminologias Cirúrgicas como um conjunto de termos próprios duma Ciência e 
nomenclatura é o estudo da identificação e delimitação de conceitos peculiares a qualquer 
Ciência, profissão, arte, ofício e da designação de cada um deles por certo termo.
Pode-se utilizar o termo “Nomenclatura Cirúrgica” para também determinar as termi-
nologias que para Carvalho (2007, p.150), têm como principais objetivos: 
• Fornecer, por meio da forma verbal ou escrita, uma definição do termo cirúrgico;
• Descrever os tipos de cirurgia;
• Preparar os instrumentais e os equipamentos cirúrgicos de forma apropriada para 
cada tipo de cirurgia;
• Padronizar uma linguagem que seja de alcance coletivo. 
Nas Terminologias Cirúrgicas, os termos são formados por um prefixo, que designa a 
parte do corpo relacionada à cirurgia, e por um sufixo, que indica o ato cirúrgico realizado.
A seguir, vejamos como se dá a formação das terminologias mais comuns na prática 
assistencial em saúde.
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Prefixo
O prefixo permite identificar a estrutura corpórea que está relacionada à intervenção 
cirúrgica (POSSARI, 2009).
Tabela 1
Prefi xo Relaciona-se A/À 
Oto Ouvido
Oftalmo Olho
Rino Nariz
Bléfaro Pálpebra
Adeno Glândula
Tráqueo Traqueia
Cárdia Esfíncter (esofagogástrico)
Gastro Estômago
Êntero Intestino delgado
Cólon Intestino grosso
Hepato Fígado
Cole Vias biliares
Procto Reto e ânus
Espleno Baço
Láparo Parede abdominal
Nefro Rim
Pielo Pelve renal
Cisto Bexiga
Hístero Útero
Salpingo Tuba uterina
Colpo Vagina
Ooforo Ovário
Orqui Testículo
Ósteo Osso
Angio Vasos sanguíneos
Flebo Veia
Fonte: POSSARI, 2009
Sufixo
Segundo Possari (2009), o sufixo indica a intervenção cirúrgica a ser realizada. 
Os principais sufixos usados são:
• Tomia: Significa incisão, corte, abertura de parede ou órgão;
• Stomia: Significa fazer uma nova “boca”, comunicar um órgão tubular ou oco com 
o exterior;
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
• Ectomia: Significa extirpar parcial ou totalmente um órgão;
• Plastia: Significa reparação a plástica da forma ou função do segmento afetado;
• Rafia: Significa sutura;
• Pexia: Significa fixação de uma estrutura corpórea;
• Scopia: Significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com o auxílio 
de aparelhos especiais (endoscópios).
Vamos agora juntar os prefixos e os sufixos e ver alguns exemplos de terminologias cirúrgicas.
Cirurgias com sufixo tomia
• Laparotomia: Abertura da cavidade abdominal;
• Ureterolitotomia: Abertura do ureter para remoção de cálculo;
• Flebotomia: Incisão na veia para introdução de cateter;
• Toracotomia: Abertura da cavidade torácica;
• Cardiotomia: Abertura da cárdia.
Cirurgias com sufixo stomia
• Traqueostomia: Formação de uma abertura na traqueia para comunicação com o 
meio externo. Assim, faz-se uma sutura das bordas na abertura da pele do pescoço;
• Gastrostomia: Formação de uma abertura no estômago e colocação de uma sonda 
através da parede abdominal, geralmente utilizada para alimentação;
• Jejunostomia: Formação de uma abertura no jejuno e colocação de uma sonda 
através da parede abdominal, geralmente utilizada para alimentação; 
• Ileostomia: Abertura cirúrgica do íleo, através da parede abdominal, para desviar 
o trânsito intestinal;
• Colostomia: Abertura cirúrgica do cólon, através da parede abdominal, para des-
viar o trânsito intestinal;
• Nefrostomia: Formação de uma abertura na pelve renal e colocação de uma sonda 
exteriorizada na região lombar.
Cirurgias com sufixo ectomia
• Tireoidectomia: Extirpação parcial ou total da tireoide;
• Mastectomia: Retirada da mama;
• Esofagectomia: Remoção parcial ou total do esôfago;
• Gastrectomia: Extirpação parcial ou total do estômago;
• Colicistectomia: Remoção da vesícula biliar;
• Esplenectomia: Remoção do baço;
• Colectomia: Remoção parcial ou total do cólon;
• Histerectomia: Extirpação do útero;
• Salpingectomia: Extirpação da tuba uterina;
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• Ooforectomia: Extirpação do ovário;
• Prostatectomia: Remoção da próstata;
• Safenectomia: extirpação da safena.
Cirurgias com sufixo plastia
• Blefaroplastia: Correção cirúrgica da pálpebra;
• Rinoplastia: Correção cirúrgica do nariz;
• Queiloplastia: Reparo de defeito nos lábios;
• Mamoplastia: Correção cirúrgica das mamas;
• Ritidoplastia: Cirurgia indicada para corrigir rugas da face.
Cirurgias com sufixo pexia
• Retinopexia: Fixação da retina descolada;
• Nefropexia: Elevação e fixação do rim;
• Cistopexia: Elevação e fixação da bexiga;
• Orquipexia: Fixação do testículo na bolsa escrotal. 
Cirurgias com sufixo scopia
• Broncoscopia: Visualização direta dos brônquios;
• Esofagogastroduodenoscopia: Visualização direta do esôfago, estômago e duodeno;
• Laparoscopia: Visualização da cavidade abdominal;
• Retossigmoidoscopia: Visualização do canal anal, reto e sigmoide;
• Colonoscopia: Visualização do intestino grosso, válvula ileocecal e porção terminal 
do íleo;
• Cistoscopia: Visualização da bexiga.
Como toda regra tem exceção, existem terminologias cirúrgicas que não seguem o 
padrão já descrito. Seguem os termos mais comuns, segundo Carvalho e Bianchi (2007):
• Amputação: Retirada total ou parcial de um membro ou órgão;
• Exérese: Extirpação parcial ou total de um segmento corpóreo;
• Anastomose: Comunicação cirúrgica realizada entre dois vasos sanguíneos ou entre 
duas vísceras ocas;
• Artrodese: Imobilização cirúrgica de articulação;
• Biópsia: Extração de parte do tecido vivo para exames com finalidade diagnóstica;
• Cauterização: Destruição de tecido por meio de agente cáustico ou calor/bis-
turi elétrico;
• Circuncisão ou postectomia: Excisão do prepúcio para facilitar a exposição da 
glande;
• Paracentese: Punção de um espaço cheio de líquidos, utilizando uma agulha ou tro-
carte, com a finalidade de aspirar o líquido ali contido;
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
• Toracocentese: Punção/aspiração do espaço intrapleural para remover líquidos 
anômalos, como é o caso dos hidrotórax, hemotórax ou empiema.
Em algumas situações, são utilizados os epônimos que designam doenças ou cirur-
gias pelo nome do cirurgião que idealizou e aprimorou a técnica cirúrgica.
Vejamos dois exemplos bem comuns:
• Operação de Manchester: Para correção de prolapso de útero e cistocele;
• Cirurgia de Werthein: Histerectomia total abdominal com linfadenectomia seletiva.
O ato cirúrgico é todo o procedimento realizado na Unidade de Centro Cirúrgico, 
com pelo menos uma incisão, com ou sem sutura, incluindo as cirurgias videoscópicas. 
Não são considerados procedimentos cirúrgicos aqueles que acontecem fora do Centro 
Cirúrgico (sutura na Unidade de Pronto Socorro), procedimentos sem incisão (punções), 
biópsias endoscópicas, episiotomias e circuncisões (POSSARI, 2009). 
Classificação da cirurgia
O tratamento cirúrgico pode ser classificado quanto à (POSSARI, 2009; SOBECC, 
2013; COSTA; COUTINHO, 2007):
1. Momento operatório;
2. Porte cirúrgico;
3. Finalidade da cirurgia a ser realizada;
4. Potencial de contaminação.
Momento operatório
Nesta classificação, a determinação do momento propício para a realização da cirurgia 
depende da evolução clínica do paciente e, assim, pode ser classificado em:
• Emergência: Considerada para os pacientes que requerem atendimento imediato, 
em que o distúrbio pode trazer danos à vida do doente, como: hemorragia intensa, 
abdome agudo obstrutivo e queimaduras extensas;
• Urgência: O paciente deve ser atendido num breve período, entre 24 e 30 horas, 
como na infecção aguda da vesícula biliar e nos cálculos renais ou ureterais;
• Eletiva: O paciente deve ser operado, mas caso a cirurgia não possa ocorrer, o 
paciente não corre risco de morte ou agravo em seu estado, como nos reparos de 
cicatrizes, hérnias simples e perineoplastia, entre outros;
• Opcional: Quando a decisão é do paciente. É ele que escolhe ser operado, como 
nas cirurgias cosméticas, na lipoescultura e na mamoplastia.As cirurgias também podem ser classificadas quanto ao porte cirúrgico, como se 
observa a seguir.
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Porte Cirúrgico
• Pequeno porte: até 1h de duração, pouca perda de sangue (exemplo: postectomia);
• Médio porte: 1-2h de duração, com perda de sangue (exemplo: prótese de quadril, 
colecistectomia);
• Grande porte: acima de 2h de duração, com perda significativa de sangue (exemplo: 
revascularização do miocárdio).
Além disso, o evento cirúrgico é classificado quanto à finalidade, como veremos.
Finalidade
• Paliativo: Tratamento cirúrgico que visa a compensar os distúrbios para melhorar 
as condições do paciente e/ou aliviar a sua dor, contribuindo para a melhoria da 
qualidade de vida. Exemplo: paciente tem um tumor esofágico inoperável, sendo 
necessária uma gastrostomia para a introdução de dieta;
• Radical: Tratamento cirúrgico por intermédio do qual é feita a remoção parcial ou 
total de um órgão ou segmento corporal. Exemplo: apendicectomia, gastrectomia 
parcial, prostatectomia radical e mastectomia radical;
• Plástico: Realizado com a finalidade estética ou corretiva. Exemplo: ritidoplastia, 
blefaroplastia, mamoplastia, abdominoplastia, perineoplastia e correção de orelha 
de abano;
• Diagnóstico: Caracteriza-se pela extração de fragmentos de tecidos para exame 
microscópio (para diagnóstico), videolaparoscopia diagnóstica e videotoracoscopia 
diagnóstica (por nódulo pulmonar).
Podemos classificar, ainda, quanto ao potencial de contaminação, que é importante 
para a Enfermagem, porque influenciará a realização do Mapa Cirúrgico, a ordem de rea-
lização das cirurgias, o procedimento de limpeza e a desinfecção da sala cirúrgica após o 
término da cirurgia e os equipamentos de proteção individual que a Equipe deverá utilizar. 
Vejamos os critérios a seguir.
Potencial de contaminação
É uma classificação que leva em consideração a quantidade de microrganismos presen-
tes no tecido que foi operado. Assim, a classificação deve ser feita no término das cirurgias, 
que podem ser classificadas em:
• Cirurgias limpas: São aquelas realizadas em tecidos estéreis, em que não ocorrem 
penetrações no trato digestivo, respiratório ou urinário. Exemplo: artroplastia do 
quadril e cirurgia cardíaca;
• Potencialmente contaminada: São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora 
microbiana, como nas cirurgias com drenagem, em que podem ocorrer penetração 
do trato digestivo, respiratório ou urinário, sem contaminação significativa. Exemplo: 
histerectomia total abdominal e cirurgia do intestino delgado;
• Contaminada: São aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e 
abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, presença de inflamação aguda 
na incisão e cicatrização de segunda intenção, grande contaminação, como tubo 
digestivo e na obstrução biliar ou urinária. Exemplo: cirurgia de cólon, debridamento 
de queimadura e cirurgia intranasal;
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
• Infectada: Todas as cirurgias que são realizadas na presença de processo infeccioso, 
tecido necrótico, corpos estranhos, feridas de origem suja. Exemplo: cirurgia do reto 
e do ânus, com pus, cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon, 
nefrectomia com infecção e presença de vísceras perfuradas.
Na sequência, vejamos como os tempos cirúrgicos são classificados.
Tempos cirúrgicos
Denominam-se tempos cirúrgicos ou operatórios, segundo Silva, Rodrigues e Cesaretti 
(1999), os procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião desde o 
início até o término da cirurgia.
De modo geral, todas as intervenções são realizadas em quatro tempos básicos, que são:
• Diérese (dividir, separar, cortar): Consiste na separação dos planos anatômicos 
ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região, é o rompimento 
da continuidade dos tecidos;
• Hemostasia (hemo = sangue; satatis = deter): É o processo por meio do qual se 
previne, detém ou impede o sangramento;
• Exérese ou cirurgia propriamente dita: É o tempo cirúrgico principal, que con-
siste na realização do tratamento cirúrgico, seja em caráter curativo, seja paliativo, 
estético ou corretivo, seja com fim diagnóstico;
• Síntese cirúrgica (junção; união): É o procedimento utilizado para aproximar ou 
coaptar as bordas de uma ferida, com a finalidade de estabelecer a contiguidade dos 
tecidos e facilitar as fases do processo de cicatrização.
Os instrumentadores cirúrgicos devem dominar bem os tempos cirúrgicos para plane-
jamento dos instrumentais só de observar o andamento da cirurgia, já que a mesa cirúrgica 
é montada considerando esses tempos cirúrgicos.
Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre os instrumentais cirúrgicos.
Instrumentais cirúrgicos
Vejamos, primeiramente como se dá a classificação dos instrumentais e como se dá 
o uso durante o ato operatório.
Quadro 1 – Classifi cação do Instrumental Cirúrgico
Instrumentos
de Diérese
• Bisturi de lâmina;
• Bisturi elétrico;
• Tesoura reta;
• Tesoura curva;
• Serra;
• Cisalha; 
• Pinça goiva;
• Costótomo;
• Agulha de Punção;
• Ruginas;
• Entre outros.
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Instrumentos
de Hemostasia
• Pinças hemostáticas curvas;
• Pinças hemostáticas retas;
• Pinças mixter;
• Pinças intestinais;
• Eletrocautério;
• Pinça Satinski;
• Pinça de Potts;
• Pinça de Bakey; 
• Pinça de Cooley;
• Pinça de Bullidog;
• Entre outras.
Instrumentos
de Síntese
• Porta agulhas;
• Agulhas;
• Fios;
• Grampos;
• Grampeador mecânico;
• Entre outros.
Instrumentos
de preensão
• Pinça de Backaus;
• Pinça anatômica;
• Pinça dente de rato;
• Pinça Allis;
• Pinça de coração;
• Pinça de Durval;
• Entre outros.
Instrumentos 
Auxiliares
• Válvula vaginal;
• Afastador de Farabeuf; 
• Afastador de Volkman;
• Afastador de Finocketto; 
• Entre outros.
Instrumentos 
Especiais
• Bisturi de argônio;
• Rios Laser;
• Entre outros.
Já sabemos a classificação dos instrumentos, agora vamos relembrar o nome de cada 
um deles. 
 Vamos rever o conceito de cada uma das fases e os instrumentais mais utilizados. 
Os diversos tipos de instrumentos devem ser agrupados da seguinte maneira: diérese, 
hemostasia, preensão, separação, síntese e especiais.
Instrumentais de diérese
Diérese consiste na separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a 
abordagem de um órgão ou região.
Apresentaremos os instrumentais mais utilizados com as imagens que estão descritas 
por letra e o nome do instrumental no texto que faz referência à letra da Figura por 
grupo dos instrumentais.
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Utilizados na diérese, temos numa abordagem ampla: tesouras e cabo de bisturis em 
seus vários tamanhos e modalidades.
Em A – Tesoura Reta, em B – Tesoura curva e em C – Cabo de Bisturi.
Figura 3 – Instrumentais de diérese
Fonte: Adaptada de Getty Images
Instrumentais hemostáticos
Os instrumentais hemostáticos são destinados ao trabalho de pinçamentos de vasos 
sangrentos. Em D – Halsted, em E – Kelly, em F – Rochester, em G – Moynihan, e outros.
Figura 4 – Instrumentais hemostáticos
Fonte: Adaptada de ALMEIDA, 2010 | FRAGA, 2017
Instrumental de preensão
O instrumental destinado à prensa ou preensão está direcionado à função de prender 
e segurar vísceras e órgãos. Estão nesse grupo as pinças.
 Em H – Babcock, em I – Allis, em J – Collin, em K – Duval, e outros.
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Figura 5 – Instrumental de preensão
Fonte: Adaptada de ALMEIDA, 2010 | FRAGA, 2017
Instrumental de exposição ou afastadores
No grupo dos afastadores encontram-se variados tipos, tais como: Gosset, Finochietto, 
Farabeuf e outros.
Os afastadores estáticos são aqueles que utilizamos para a visibilidade no campo 
cirúrgico.
O afastador em L – Gosset é utilizado a fim de manter exposta a cavidade abdominal, 
e o em M – Finochietto para a cavidade torácica. 
Quando queremos facilitar o ato operatório, o auxiliar deverá lançar mão aos afastadores 
dinâmicos, tais como o em N – Farabeauf, que é usado em cirurgia da parede abdominal.
Figura 6 – Instrumental de exposiçãoou afastadores
Fonte: Adaptada de ALMEIDA, 2010 | MAZZONI; VIDIGAL et al. 2014
Instrumental de síntese
Nos instrumentais para síntese são agrupados os porta-agulhas (O e P da Figura 7) e 
os vários tipos de agulha. 
Também se utilizam os grampeadores cirúrgicos, embora eles não sejam instrumen-
tais, já que são descartáveis e são considerados materiais de síntese. 
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Figura 7 – Instrumental de síntese 
Fonte: Adaptada de PRADO; MENDONÇA; MONTEIRO et al. 2016
Agora que revisamos os nomes dos instrumentais mais comuns e sua classificação, 
isso nos ajudará a compreender a montagem da mesa cirúrgica, como você verá na 
Figura a seguir.
Mesa cirúrgica
A Figura a seguir mostra a organização e sequência de uso dos instrumentais. 
Exposição
Afastador
Compressa
gaze
Kocher Kelly Hausted
Hemostasia
Com
Dente
Sem
Dente
Especial
Preensão
Tesoura Bisturi
Diérese
Sequência de Uso
Síntese
Agulha
Fio
Porta-agulha
Figura 8 – Arrumação da mesa cirúrgica 
Dependendo da posição do cirurgião perante o paciente, a mesa será montada.
A posição mais encontrada nos Centros Cirúrgicos é a mesa do instrumentador sob 
o paciente.
Ela também pode estar posicionada em 90º à mesa cirúrgica ou na extremidade infe-
rior dela, ou do lado do cirurgião, também eliminando o instrumentador.
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A montagem da Mesa Cirúrgica tem o objetivo de facilitar e organizar o trabalho do 
cirurgião. É uma forma de racionalizar o ato cirúrgico, tornando-o mais eficiente.
Para a montagem da mesa, o auxiliar e o instrumentador, já paramentados, deverão 
escolher o local da sala menos movimentado, iniciando sistematicamente a organização 
da Mesa Cirúrgica.
Os preceitos de diérese, hemostasia e síntese são básicos, porém necessários ao bom 
andamento da cirurgia e evolução da ferida cirúrgica. 
Vejamos cada um deles:
• A diérese deve obedecer a tais princípios no que diz respeito a bordas regulares, que 
só podem ser realizadas utilizando a técnica apropriada de domínio do cirurgião;
• Para alcançarmos a hemostasia, existem fatores que estão relacionados tanto às 
condições relativas do paciente submetido à intervenção quanto às condições da 
técnica operatória;
• Já a síntese tem por objetivo auxiliar na cicatrização cirúrgica, devendo o cirur-
gião utilizar instrumentos corretos e seguir a técnica para que se possa efetivar 
tal procedimento.
A Técnica Cirúrgica e os princípios devem ser seguidos por todos aqueles que trabalham 
nos tempos cirúrgicos.
O paciente é sempre a peça mais importante no ato cirúrgico, e é dever de toda 
equipe preservar este direito.
Revisamos um pouco sobre os instrumentos cirúrgicos, bem como suas funções. Na 
sequência, veremos sobre os recursos humanos com suas respectivas atribuições durante 
o ato operatório.
Recursos Humanos em Centro Cirúrgico 
O processo de trabalho no Centro Cirúrgico tem por objetivo a assistência curativa e 
individualizada na perspectiva do paciente, mas o trabalho coletivo que se dá pela inte-
ração das diversas Equipes é uma característica do Centro Cirúrgico também. 
Nele existe uma diversidade de profissionais atuando de forma integrada antes, durante 
e depois da cirurgia na sala de operação e, ainda, em situação de estresse e diante da 
necessidade de cuidados especializados ao paciente, que é de alta complexidade.
A Equipe Cirúrgica é composta pelo médico anestesiologista, pelo cirurgião e pelo 
médico assistente, podendo ter, ainda, o Técnico de Raio X, o Técnico de Laboratório e 
muitos outros profissionais a atuarem no ato operatório, dependendo das particularidades 
de uma cirurgia, como os perfusionistas nas cirurgias cardíacas, Técnicos de Gesso nas 
cirurgias ortopédicas. 
Veremos a atribuição de cada membro da equipe.
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Equipe de Anestesia
A Equipe de Anestesia é formada por Médicos Anestesiologistas, responsáveis por 
todo ato anestésico, com as atribuições iniciais de fazer a avaliação pré-anestésica do 
paciente, ainda em sua Unidade de Internação e de fazer a prescrição da medicação 
pré-anestésica.
É também de responsabilidade dessa Equipe planejar e executar a anestesia, prevendo 
com antecedência todos os materiais, equipamentos e medicamentos necessários, bem 
como preparar e administrar drogas e controlar as condições clínicas e anestésicas do 
paciente durante a cirurgia. 
Ao término da cirurgia, é de responsabilidade dessa Equipe o envio do paciente 
à Unidade de Recuperação Pós-Anestésica e seu controle até o restabelecimento das 
condições do paciente, para que ele possa retornar à unidade de origem em segurança.
Equipe de Cirurgia
A Equipe de Cirurgia é a responsável direta pelo procedimento cirúrgico e compõe-se 
dos seguintes elementos:
• Médico cirurgião: é o responsável pelo ato cirúrgico a ser desenvolvido. Cabe-lhe, por-
tanto, planejá-lo e executá-lo, comandando-o e mantendo a ordem no campo operatório;
• Médico assistente: é o que auxilia na cirurgia. Dependendo do porte dela, pode 
ser necessário mais de um. Ao Primeiro Assistente compete auxiliar diretamente o 
Médico Cirurgião e substituí-lo, caso haja necessidade.
Equipe de Enfermagem
A Equipe de Enfermagem está presente de forma atuante em todas as cirurgias. Ela 
é composta por quatro categorias profissionais: Enfermeiro Perioperatório, Técnico de 
Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Instrumentador Cirúrgico. 
Todos ocupam o mesmo espaço, mas existe uma divisão técnica do trabalho que 
determina a atribuição de cada profissional da EQUIPE, como veremos na sequência.
Enfermeiro Perioperatório 
Está tem sido a denominação mais utilizada pela Sociedade Brasileira de Enfermei-
ros de Centros Cirúrgicos para se referir ao Enfermeiro que atua no Centro Cirúrgico, 
desloca-se para realizar uma visita pré-operatória ou realiza o transporte do paciente em 
pós-operatório imediato para a Unidade de Terapia Intensiva – UTI.
Para tanto, a SOBECC (2013) recomenda que o Enfermeiro deva ter o título de Espe-
cialista. No Brasil, isso pode acontecer de duas formas: realizando uma Prova de Título 
pela SOBECC com rígidos critérios, pré-requisitos de experiência na área e aprovação 
em avaliação teórica, ou por meio de Uma Pós-Graduação lato sensu, que dará o título 
de Especialista e abordará durante o Curso as Áreas de Central de Material Especializado 
– CME e Recuperação Pós-Anestésica – RPA.
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Para uma assistência integral ao paciente cirúrgico, os cuidados antes, durante e de-
pois da cirurgia sempre deverão estar interligados, baseados nos quatro pilares do pro-
cesso de trabalho do Enfermeiro, que é: cuidar/assistir, administrar/gerenciar, educar/
ensinar e investigar/pesquisar.
Na prática, a atribuição do Enfermeiro Perioperatório se divide em Enfermeiro Coor-
denador e Enfermeiro Assistencial.
Ao Enfermeiro Coordenador compete:
• Organizar e prover a unidade de recursos materiais e humanos, e manter o ambiente 
em boas condições de funcionamento;
• Planejar as ações assistenciais e administrativas do Centro Cirúrgico por meio de 
protocolos, normas e rotinas;
• Planejar o agendamento cirúrgico e realizar o mapa cirúrgico;
• Gerenciar as ações planejadas por meio de metodologia científica e humanística, 
para eficiência no atendimento ao paciente com foco na segurança e qualidade;
• Avaliar qualidade e quantidade de recursos materiais, possibilitando maior eficiência 
nos processos de compras desses materiais e equipamentos de alto custo;
• Prever a necessidade de materiais, equipamentos e instrumentais e prover o Setor 
de tais elementos;
• Planejar a manutenção e atualização dos equipamentos e instrumentais;
• Controlar a quantidade por meio do adequado dimensionamento dos recursos 
humanos, bem como a qualidade da assistência prestada;
• Controlar a qualidade de recursos humanos por meio de avaliação de desempenho, 
bem como a qualidade da assistência prestada por meio de indicadores de qualidade;
• Supervisionar e avaliar o desempenhodo pessoal que está sob sua responsabilidade;
• Planejar, executar e avaliar programas de educação continuada aos componentes 
da equipe de Enfermagem;
• Implantar e atualizar programas de Cirurgias Seguras e de Sistematização da Assis-
tência Perioperatório – SAEP;
• Manter um bom relacionamento com os componentes da Equipe Cirúrgica e de 
Anestesia, visando à assistência ao paciente;
• Manter integração com os Enfermeiros das Unidades de Internação, todos os Setores 
do Hospital e outros serviços extra hospitalares;
• Colaborar no desenvolvimento do ensino, por meio de planejamento da Unidade 
como campo de estágio para alunos;
• Colaborar com atualização e pesquisas realizadas na Unidade;
• Elaborar e atualizar o regulamento interno e o Manual de procedimentos;
• Apresentar relatório mensal e anual sobre as atividades realizadas no Centro Cirúrgico;
• Tomar decisões administrativas e assistenciais baseadas em evidências científicas 
sobre o tema.
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Ao Enfermeiro Assistencial compete:
• Realizar plano de cuidado de Enfermagem e supervisionar sua continuidade da 
assistência;
• Realizar a visita pré-operatória;
• Iniciar o SAEP;
• Receber o plantão e tomar as providências necessárias relativas às atividades 
assistenciais;
• Providenciar o transporte do paciente para o Centro Cirúrgico com tempo suficiente;
• Receber o paciente, avaliando suas condições clínicas e emocionais, certificando os 
documentos, prontuários, pulseiras de identificação e exames;
• Coordenar as atividades assistenciais prestadas pelos componentes da equipe de 
Enfermagem;
• Controlar o consumo de psicotrópicos;
• Elaborar o programa ou mapa operatório para o dia seguinte, com base nos pedidos 
de cirurgia recebidos;
• Supervisionar a limpeza diária e semanal da sala de cirurgia e demais elementos da 
planta física do Centro Cirúrgico;
O Enfermeiro deve, ainda, tomar medidas para evitar a infecção da ferida operatória, 
devendo supervisionar ações referentes ao paciente, os componentes das equipes que 
atuam no Centro Cirúrgico, material esterilizado, instrumentais e equipamentos. 
São elas:
• Avaliar o preparo físico realizado no pré-operatório;
• Orientar o uso correto da roupa privativa do Centro Cirúrgico de todos os profis-
sionais e pessoas que venham da área externa;
• Controlar o número de pessoas na sala durante o ato cirúrgico, bem como o trânsito 
desnecessário dela;
• Avaliar periodicamente as condições de uso dos instrumentais e equipamentos;
• Monitorar a incidência da infecção de ferida operatória;
• Desenvolver trabalhos e protocolos conjuntos com a CCIH.
Auxiliar e Técnico de Enfermagem 
Como o CC é uma Unidade de alta complexidade, o Cofen recomenda que os cuidados 
de Enfermagem diretos ao paciente crítico sejam realizados por Técnicos de Enfermagem, 
ficando para os Auxiliares de Enfermagem as atribuições de transporte de pacientes, 
técnicos de materiais e técnicos em anestesia, bem como ações relacionadas à limpeza 
e ao controle de higiene do ambiente.
Na prática dos Hospitais Privados, já se pode observar essa realidade, mas em Hos-
pitais Públicos, nos quais os profissionais são concursados para uma função específica, o 
Auxiliar e o Técnico de Enfermagem exercem a atribuição de circulante de sala, apoiados 
na Lei 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem e 
dá outras providências.
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33
No parágrafo 11, sustenta que os auxiliares exerçam atribuições de Auxiliares de 
Nível Médio, que na prática é a mesma atribuição do Técnico de Enfermagem, como 
descreveremos a seguir:
• Auxiliar o Enfermeiro, sempre que necessário;
• Verificar o estado de conservação e o funcionamento dos aparelhos e dos equipa-
mentos, solicitando conserto e troca imediatos. Verificar a temperatura e iluminação 
da SO;
• Controlar o estoque de material esterilizado e as respectivas datas de esterilização;
• Exercer as atribuições de circulante de sala;
• Prover a sala de operação com recursos adequados às necessidades do paciente, 
segundo as especificidades de cada intervenção anestésico-cirúrgica;
• Montar a Sala de Operação;
• Auxiliar o paciente no transporte da maca para a Mesa de Cirurgia e vice-versa, 
assim como no seu posicionamento, procurando manter sua privacidade e perme-
abilidade de cateteres e sondas; 
• Participar dos treinamentos e dos programas de atualização fornecidos pela Instituição;
• Desenvolver procedimentos técnicos, como sondagem vesical, punção venosa, na 
ausência do Enfermeiro;
• Observar o bom funcionamento do Sistema de Gases;
• Estar atento para a placa dispersiva de energia do bisturi elétrico;
• Auxiliar na paramentação da Equipe Cirúrgica, e ficar atento à técnica asséptica na 
abertura dos materiais estéreis;
• Auxiliar o Anestesiologista na indução e na reversão do procedimento anestésico;
• Em situações emergenciais ou imprevistas, solicitar a presença do Enfermeiro;
• Realizar o controle de débito de materiais utilizados na SO;
• Encaminhar o paciente para a Unidade de origem, tomando os cuidados pertinentes 
com drenos, sondas ou cateteres;
• Realizar o registro de todas as informações no prontuário ou impresso padronizado 
pela Instituição;
• Responsabilizar-se pela identificação e pelo encaminhamento das peças cirúrgicas 
aos Laboratórios especializados;
• Ao término do procedimento cirúrgico, proceder a desmontagem da SO e encami-
nhar os materiais contaminados ao CME.
Instrumentador cirúrgico
Está tramitando no Congresso Nacional um Projeto de Lei, nº 642/2007, para Regu-
lamentação da profissão de Instrumentador Cirúrgico, que aguarda deliberação da mesa 
diretora e votação no Senado.
Enquanto isso, permanece a determinação da Resolução 214/1998, do Conselho 
Federal de Enfermagem, que define a Instrumentação Cirúrgica como atividade de Enfer-
magem, não sendo, entretanto, ato privativo dessa profissão.
33
UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
Explana também sobre o profissional de Enfermagem que atua como Instrumentador 
Cirúrgico que, por força de Lei, deve subordinar-se exclusivamente ao Enfermeiro respon-
sável pelo Centro Cirúrgico, ou seja, é membro da Equipe de Enfermagem e sua habilitação 
profissional é feita pelo Coren. 
Com isso, o instrumentador poder ser um funcionário do próprio hospital, exclusivo da 
equipe médica ou, ainda, ser funcionário das empresas fornecedoras de produtos médicos. 
O instrumentador cirúrgico tem como principais atribuições:
• Verificar os materiais e os equipamentos necessários ao ato cirúrgico;
• Preparar a mesa com os instrumentais e outros materiais necessários à cirurgia;
• Ajudar na colocação dos campos operatórios;
• Fornecer materiais e instrumentais ao Cirurgião e ao Assistente, solicitando-os, 
sempre que necessário, ao circulante de sala, devendo para isso estar atento aos 
tempos cirúrgicos;
• Observar e controlar para que nenhum instrumental permaneça no campo operatório;
• Zelar para a manutenção da mesa, conservando limpos os instrumentais durante o 
ato cirúrgico, bem como protegendo-os para evitar contaminação.
Nas Instituições que o instrumentador faz parte da equipe de Enfermagem do hospital, 
ele deve prever os materiais necessários à cirurgia, separá-los após o uso, lavá-los e refazer 
a caixa de instrumentais, zelando pela conservação de tais materiais.
Acabamos de descrever as atribuições gerenciais e assistenciais dos recursos humanos 
que atuam nos Centros Cirúrgicos, principalmente, na Sala de Operação, e fica evidente 
o papel central da Equipe de Enfermagem, atuante antes, durante e depois do ato anes-
tésico cirúrgico.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Infecção em Centro Cirúrgico
Vale a pena a leitura, e caso esteja atuando como Enfermeiro de Centro Cirúrgico, vai se 
surpreender com novas tecnologias e argumentos científicos dos especialistas nessa Área.
https://bit.ly/3h3Ec5gResoluçãO-RDC Nº 50, DE 21 de fevereiro de 2002
Para leitura complementar, acesse o portal da ANVISA e leia a RDC 50 e a 312 da Lei que 
consta a descrição de todos os itens de uma sala de operação. 
https://bit.ly/367psMk
Exigências necessárias para pisos hospitalares
https://bit.ly/3w7Keq3
Terminologias Cirúrgicas
https://bit.ly/2SGDKke
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UNIDADE 
Ambiente e Terapêutica Cirúrgica
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