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Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 1 de 45 AULA 5 Gestão de risco. A organização e o processo decisório. O processo racional de solução de problemas. Fatores que afetam a decisão. Tipos de decisões. Processo de mudança: mudança organizacional, forças internas e externas. O papel do agente e métodos de mudança. SUMÁRIO 1. GESTÃO DE RISCO 2 2. A ORGANIZAÇÃO E O PROCESSO DECISÓRIO 6 3. PROCESSO DE MUDANÇA 11 Lista de Questões Comentadas 22 Referência Bibliográfica 37 Lista das Questões Apresentadas 39 Gabarito 45 Querido aluno, Vamos iniciar nossa quinta aula com os assuntos gestão de risco e processo de mudança. Essa é a nossa última aula teórica do curso e destaco que disponibilizarei uma aula extra (até o dia 09/11) com questões no formato de um simulado. Nesse momento, quanto mais você treinar exercícios da banca examinadora CESPE, melhor será seu desempenho no dia da prova. Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, entre em contato comigo através do fórum. Um grande abraço e bons estudos! Profa Lilian Lima Quintão Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 2 de 45 1. GESTÃO DE RISCO A gestão do risco é uma necessidade constante das empresas, visto que a competitividade global faz com que elas assumam cada vez mais riscos na condução de seus negócios. Segundo Borge, risco significa estar exposto à possibilidade de um mau resultado e gestão de riscos significa mover a probabilidade a seu favor, ou seja, aumentar a chance de um bom resultado. O propósito da gestão de riscos é melhorar o futuro e não explicar o passado. A utilização de modelos teóricos com base em eventos passados pode não surtir os efeitos necessários, visto que muitos dos eventos ocorridos podem não ser aplicáveis ao futuro. O grande desafio é prever ocorrências futuras, considerando que o risco é incerto, mas não é inimaginável. O risco está relacionado a impactos negativos ou a perigos, se refere à exposição a consequências incertas ou a desvios potenciais do que era esperado ou planejado, ligados a ameaças e oportunidades. Assim, existem várias razões para se gerenciar riscos. O gerenciamento de riscos pode ser definido como um processo formal no qual fatores de incerteza presentes em determinado contexto são sistematicamente identificados, analisados, estimados, categorizados e tratados. O gerenciamento de risco é aplicado também no estabelecimento de estratégias, formuladas para identificar em toda a organização eventos em potencial, capazes de afetá-la, e administrar os riscos de modo a possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos. Procura-se alcançar um equilíbrio entre a concretização de oportunidades de ganhos e a minimização de perdas. Trata-se de atividade interativa que permite o aprimoramento contínuo do processo de decisão e a melhora crescente do desempenho da organização. A gestão do risco envolve vários processos como, por exemplo, a criação de infra-estrutura e cultura adequadas, com aplicação de método sistemático, a fim de permitir que as decisões sejam tomadas mediante o conhecimento dos riscos associados às atividades da organização. Segundo Padoveze, existem quatro elementos necessários para a gestão do risco na empresa: • Política de gerenciamento do risco Define o enfoque da gestão do risco e sua atitude, ou apetite, em relação ao risco, e também as responsabilidades gerais sobre a política, para a revisão do risco e relatórios de acompanhamento necessários. • Recursos Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 3 de 45 Envolvem a identificação dos recursos necessários para implementar, monitorar e coordenar o processo de gestão do risco, incluindo o processo de obtenção dos relatórios. • Implementação Implica a formalização dos processos, abrangendo a identificação e definição dos riscos, sua avaliação em termos, probabilidade e impactos, além dos aspectos chave para os processos de negócios para responder ao risco. • Revisão e relatórios Incluem a revisão do risco e os relatórios necessários para monitorar todo o processo de gerenciamento do risco. O processo de avaliação de riscos deveria considerar todos os riscos possíveis de ocorrer. Não importa qual o método que a administração escolha para identificá-los, importa que a administração considere, cuidadosamente, os fatores capazes de provocar o risco, ou o seu incremento. Exemplos de alguns fatores que devem ser levados em consideração: experiências passadas no que se refere ao não alcance de objetivos, qualidade do pessoal, mudanças que afetam a organização, existência de atividades distribuídas geograficamente, importância da atividade em análise para a organização, complexidade da atividade. O Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (American Institute of Certified Public Accountants – AICPA), em estudo relacionado com avaliação de riscos, classificou os riscos empresariais em três grupos: • Riscos relacionados ao ambiente empresarial – ameaças no ambiente empresarial causadas pela concorrência, por políticos, por novas leis ou decorrentes de situação regulatória, aspectos financeiros e de mudanças na demanda. • Riscos relacionados a processos de negócios e seus ativos – ameaças a processos de negócios-chave e perdas de ativos físicos, financeiros e outros. • Riscos relacionados com informações – ameaças decorrentes da má qualidade das informações para o processo de tomada de decisões e para o fornecimento de informações a terceiros. Com o objetivo de analisar e tomar decisões em termos de priorização e alocação de recursos para monitoramento de riscos, é importante a categorização destes por natureza e consequente relevância. Dessa forma, os riscos podem ser classificados como riscos: DE ACORDO COM A ORIGEM DOS EVENTOS: Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 4 de 45 • Riscos Externos - são ocorrências associadas ao ambiente macroeconômico, político, social, natural ou setorial em que a organização opera. Exemplos: mudança no cenário político, conflitos sociais, catástrofes ambientais, aquecimento global, entre outros. A organização, em geral, não consegue intervir diretamente sobre estes eventos e terá, portanto, uma ação predominantemente reativa. Isto não significa que os riscos externos não possam ser “gerenciados”; pelo contrário, é fundamental que a organização esteja bem preparada para essa ação reativa. • Riscos Internos - são eventos originados na própria estrutura da organização, pelos seus processos, seu quadro de pessoal ou de seu ambiente de tecnologia. A organização pode e deve, em geral, interagir diretamente com uma ação pró-ativa. DE ACORDO COM A NATUREZA DOS RISCOS: • Relacionados à estratégia – modo como uma organização é gerenciada. A gestão desses riscos é focada nas questões corporativas amplas, como fatores competitivos, estrutura organizacional, desenvolvimento de produtos, estratégia de formação de preços etc. • Financeiros – percebidos pela tesouraria por relatórios de fluxos financeiros internos e/ou encaminhados ao meio externoda organização. • Operacionais – habilidade de uma organização em operar e controlar seus processos principais de maneira previsível e pontual. A gestão de riscos operacionais é focada na integridade e consistência dos processos diários que dão suporte ao negócio. EXEMPLOS DE TIPOS DE RISCOS: Essa tipificação visa assegurar a definição de uma linguagem comum de riscos dentro da organização, considerando uma descrição ampla dos tipos de risco. • Relacionados à tecnologia da informação – necessidades atuais e futuras da companhia não supridas, comprometendo a integridade e confiabilidade de dados e informações, expondo os recursos a perdas potenciais ou mau uso. • Riscos de conformidade – habilidade da organização em cumprir normas reguladoras, legais e exigências fiduciárias. A não conformidade com normas, pode gerar riscos, tanto financeiros como de perda de imagem e, portanto, impactar, negativamente, o resultado das companhias. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 5 de 45 • Relacionados ao meio ambiente – gestão inadequada de questões ambientais, como contaminação decorrente da disposição inadequada de resíduos sólidos. As contingências relacionadas a esse tipo de risco são, entre outros: necessidade de remediação das áreas degradadas, indenizações, multas, perda de imagem de produtos ou da marca da companhia, com consequente redução valor de suas ações. Após a categorização dos riscos, deve-se decidir qual o melhor tratamento e quais recursos serão alocados. Conceitualmente, quatro opções estão disponíveis. Observa-se que as três primeiras opções são medidas preventivas, enquanto a última é uma medida de caráter contingencial: • EVITAR O RISCO, pela modificação do sistema, de modo que desapareça. Decisão de não se envolver ou agir de forma a se retirar de uma situação de risco. Exemplo: uma organização decide se desfazer de uma unidade de negócios. • REDUZIR O RISCO, atuando-se sobre os fatores que influenciam a expectativa de ocorrência ou as consequências. Ações são tomadas para minimizar a probabilidade e/ou o impacto do risco. • TRANSFERIR O RISCO, por meio de seguros, cooperação ou outro ato. Atividades que visam reduzir o impacto e/ou a probabilidade de ocorrência do risco através da transferência ou, em alguns casos, do compartilhamento de uma parte do risco. • RETER O RISCO, quando for impossível ou economicamente inviável tratá-lo de modo diferente. Nesse caso, mantém o risco no nível atual de impacto e probabilidade. A implantação do gerenciamento de risco traz vários benefícios para a organização, tais como: • Preserva e aumenta o valor da organização, mediante a redução da probabilidade e/ou impacto de eventos de perda, combinada com a diminuição de custos de capital que resulta da menor percepção de risco por parte de financiadores e seguradoras e do mercado em geral; • Promove maior transparência, ao informar aos investidores e ao público em geral os riscos aos quais a organização está sujeita, as políticas adotadas para sua mitigação, bem como a eficácia das mesmas; • Melhora os padrões de governança, mediante a explicitação do perfil de riscos adotado, em consonância com o posicionamento dos acionistas e a cultura da organização, além de introduzir uma uniformidade conceitual em todos os níveis da organização, seu conselho de administração e acionistas. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 6 de 45 2. A ORGANIZAÇÃO E O PROCESSO DECISÓRIO A tomada de decisão está presente em todas as funções do administrador: na fixação das metas e determinação dos recursos para atingi-las (planejamento); na divisão do trabalho e na atribuição das atividades a quem deve executá-las, bem como no grau de centralização e no relacionamento dos órgãos e das pessoas (organização); na formação da equipe; na escolha do estilo de liderança, entre outros exemplos. Para Maximiano, decisão é a escolha que as pessoas fazem para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades, considerando problema uma situação que provoca frustração, irritação, estresse ou desafio, e oportunidade, uma situação que cria interesse e sensação de desafio por causa da expectativa de recompensa. Heller afirma que decidir é julgar ou escolher entre duas ou mais opções, que podem envolver desde problemas simples do dia-a-dia até questões ambiciosas, como a implantação de um plano de ação. Por definição, o gerente é um tomador de decisões. Chiavenato também define decisão que é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Segundo o autor, toda decisão envolve seis elementos: • Tomador de decisão – pessoa responsável por tomar a decisão • Objetivos que pretende alcançar • Preferências – são os critérios usados na escolha • Estratégias – é o curso de ação que o tomador escolhe para atingir seus objetivos • Situação – são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle e que afeta sua escolha • Resultado – consequência de uma dada estratégia Já as decisões estratégicas envolvem a definição do negócio, sua alteração ou, pelo menos, uma mudança no rumo dos negócios. São consideradas decisões com impactos a longo prazo e grande dificuldade de serem desfeitas. Segundo Maximiano, Herbert Simon, nos anos 60, fez uma contribuição de grande importância para o trabalho dos gerentes. De acordo com Simon, administrar é sinônimo de tomar decisões. Essencialmente, toda ação gerencial tem natureza decisória. O processo de tomar decisões é composto por três fases e cada fase é um processo decisório em si, assim como a implementação das decisões. • Intelecção ou prospecção - análise de um problema ou situação que requer solução. • Concepção - criação de alternativas de solução para o problema ou situação. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 7 de 45 • Decisão - julgamento e escolha de uma alternativa. Idealmente, as decisões gerenciais, de acordo com Simon, têm sua base na teoria econômica tradicional, que pressupõe a maximização dos ganhos por meio da racionalidade. Ou seja, os gerentes (e as pessoas, de forma geral) procuram agir segundo o modelo do homem econômico, que consegue lidar com toda a complexidade do mundo e reduzi-la a variáveis controladas. O homem econômico seleciona o melhor curso de ação, dentre todas as possibilidades, de modo a aproveitar todas as vantagens. O modelo simplifica pensamento e ação, já que a racionalidade tem limites e não é possível aprender toda a complexidade do mundo. Simon compartilha com seu colega March a criação do conceito de racionalidade limitada, que exprime essa incapacidade. Em lugar do homem econômico, Simon propõe o modelo do homem administrativo, que procura tomar as decisões satisfatórias em lugar das decisões maximizadas. As decisões satisfatórias são aquelas que atendem aos requisitos mínimos desejados. Os tomadores de decisão contentam-se com simplificações da realidade, nas quais há os elementos mínimos que as limitações humanas conseguem manejar. Os administradores guiam-se pela regra de que qualquer decisão serve, desde que pareça resolver o problema. O autor Herbert Simon criou dois tipos de decisões: decisões programadas e decisões não programadas para designar as decisõesque ocorrem com certa frequência e as que são novas, não têm precedentes e, pela sua importância, requerem tratamento especial. Podemos diferenciá-las: • DECISÕES PROGRAMADAS – são as que ocorrem com certa frequência, recorrentes e rotineiras. São mais fáceis de serem tomadas, uma vez que tendem a ser repetitivas e numerosas. Para facilitar o trabalho, as empresas criam regras que orientam as decisões como políticas, normas de procedimento, práticas e rotinas. Destaca-se, também, que são decisões mais bem processadas pelos níveis inferiores da administração. • DECISÕES NÃO PROGRAMADAS – decisões novas (sem precedentes), que requerem tratamento especial. Para evitar que as decisões não programadas sejam postergadas além do desejável, é preciso que os executivos aloquem um tempo específico para elas, ou, alternativamente, formem equipes dedicadas à análise e a recomendações específicas para subsidiar essas decisões. São decisões mais bem tomadas pela alta administração. Diferentemente de Herbert, Maximiano classifica as decisões em: • Programadas: aplicam-se a problemas repetitivos; • Não programadas: aplicam-se a problemas que não são familiares; • Estratégicas: escolhem objetivos para a organização; • Administrativas: colocam decisões estratégicas em prática; Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 8 de 45 • Operacionais: definem meios e recursos; • Individuais: são tomadas unilateralmente; • Coletivas: são tomadas em grupo; • Satisfatórias: qualquer alternativa serve; • Maximizadas: procuram o melhor resultado possível; • Otimizadas: equilibram vantagens e desvantagens de diversas alternativas. De acordo com Heller, as decisões ainda podem ser classificadas quanto às suas características: • Irreversível: a decisão não tem volta como, por exemplo, a assinatura de um contrato de compra e venda de uma empresa; • Reversível: a decisão pode sofrer mudança radical, seja antes, durante ou após a chegada a uma conclusão; • Experimental: a decisão só é considerada final quando surgem os primeiros resultados satisfatórios; • Tentativa e Erro: mudanças de planos passam a ocorrer se fatos concretos levam a alterações de curso; • Por Etapas: após os passos iniciais, as decisões são tomadas, uma após a outra, em etapas previamente determinadas; • Cautelosa: enfatiza os eventuais problemas futuros; os responsáveis pela decisão privilegiam a segurança; • Condicional: uma decisão em aberto, que admite alterações caso surja esta ou aquela circunstância prevista; • Tática: a decisão é adiada até que surjam as circunstâncias ideais para que ela tenha o efeito esperado. Para muitas decisões, é possível estruturar um processo decisório que orienta a forma de se chegar à melhor alternativa. Existem muitos estudos definindo as etapas do processo decisório estruturado. Podemos enumerar as seguintes etapas desse processo: • Identificação de sintomas e sinais que indicam existência de problemas a ser resolvido ou oportunidade a ser aproveitada. • Análise do tipo de problema ou da oportunidade existente – identificação das verdadeiras causas do problema ou oportunidade e das dificuldades que impedem a obtenção de resultados melhores. • Identificação de soluções alternativas – pesquisa das possibilidades para eliminar as causas do problema ou das dificuldades para aproveitar as oportunidades existentes. O brainstorming pode ser considerado uma das formas de pesquisar soluções. É a técnica em que um grupo de pessoas reunidas em Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 9 de 45 círculo, ou em volta de uma mesa, gera tantas alternativas quantas forem possíveis, sem crítica prévia à sua validade, pois uma alternativa fora da realidade pode lembrar a outras pessoas do grupo alternativas que não teriam vindo à tona. • Análise das soluções alternativas e considerações sobre as suas consequências – o administrador deve saber avaliar dentre as alternativas quais as que proporcionam maiores vantagens ou benefícios, ao menor custo e com riscos aceitáveis. • Avaliação das alternativas e escolha da mais adequada – deve- se analisar não só os custos e benefícios de cada alternativa a ser adotada, como também os seguintes aspectos: os riscos previsíveis, os benefícios e os custos não financeiros, o momento certo e as limitações de recursos e a possibilidade de uso desses recursos para solucionar outros problemas ou aproveitar outras situações mais vantajosas. • Comunicação da decisão escolhida. • Acompanhamento das ações necessárias à implantação da decisão e, se for o caso, tomada de ações corretivas. Há cinco tipos de ações para solucionar problemas: • Ação provisória – propicia ao administrador tempo para descobrir a causa de um problema. • Ação adaptativa – permite ao administrador aceitar os efeitos toleráveis de um problema ou os de uma causa que não pode ser erradicada. • Ação corretiva – elimina a causa conhecida do problema. • Ação preventiva – elimina a possível causa de um problema ou reduz sua probabilidade. • Ação contingente – proporciona providências para compensar ou minimizar os efeitos de um problema potencial sério. Alguns erros frequentes na tomada de decisão são: • Precipitação • Cegueira estrutural – partir para resolver o problema errado, porque foi criada uma estrutura mental para decisões, com pouco pensamento, que faz com que se descartem as melhores opções ou objetivos importantes. • Falta de referências de controle – incapacidade de conscientemente definir o problema de mais de uma forma ou ser indevidamente influenciado pelos outros. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 10 de 45 • Excesso de confiança no julgamento – não coletar informações importantes por acreditar de forma segura nas suas hipóteses e opiniões. • Uso de atalhos míopes – confiar de forma inapropriada em métodos empíricos. • Agir sem sistematização – acreditar que é possível memorizar todas as informações e precipitar a decisão. • Condução inadequada de um grupo – supor que com muitas pessoas capazes envolvidas, escolhas boas são inevitáveis. • Auto engano sobre o feedback – incapacidade de interpretar as evidências de acontecimentos passados pelo que elas realmente significam, geralmente para proteger o ego. • Não acompanhar os resultados da decisão • Falta de auditoria do processo decisório – não criar uma abordagem organizada para compreender suas próprias decisões. Agora vamos analisar se uma decisão é melhor ser tomada individualmente ou em grupo: • Vantagens da tomada de decisão individual: A vantagem principal da decisão individual é a rapidez. Um indivíduo não precisa marcar uma reunião ou gastar tempo discutindo várias alternativas. As decisões individuais também apresentam responsabilização clara, pois você sabe quem tomou a decisão. • Vantagens da tomada de decisão em grupo: Os grupos geram informações e conhecimento mais completos, pois agregam recursos de vários indivíduos. Oferecem mais diversidades de opiniões e levam à maior aceitação de uma solução. Ë importante saber para resolver questões de concurso que, no geral, se a decisão deve ser tomada pelos indivíduos ou pelo grupo, isto depende essencialmente de uma ponderação entre eficácia e eficiência. Em termos de eficácia o grupo é superior:ele gera mais alternativas, é mais criativo, mais preciso e produz decisões de melhor qualidade do que as propiciadas pelos indivíduos. Mas os indivíduos são mais eficientes: os grupos consomem muito mais tempo e recursos para chegar a uma solução. As decisões podem ser tomadas dentro de três condições: • Incerteza – nas situações de decisão sob incerteza, o tomador de decisão tem pouco ou nenhum conhecimento ou informação para utilizar como base na atribuição de probabilidade a cada estado da natureza ou a cada evento futuro. Em casos extremos de incerteza Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 11 de 45 não é possível estimar o grau de probabilidade com que o evento venha a ocorrer. É a situação típica com a qual se defronta o nível institucional das empresas, exigindo um planejamento contingencial que permita alternativas variadas e flexíveis. • Risco – nas situações de decisão sob risco, o tomador de decisão tem informação suficiente para predizer os diferentes estados da natureza. No entanto, a qualidade dessa informação é a sua interpretação pelos diversos administradores são capazes de variar amplamente e cada administrador pode atribuir diferentes probabilidades conforme sua crença ou intuição, experiência anterior, opinião, entre outros. • Certeza – nas situações sob certeza, o administrador te completo conhecimento das consequências ou dos resultados das várias alternativas de cursos de ação para resolver o problema. É a decisão mais fácil de ser tomada, pois cada alternativa pode ser associada com os resultados que pode produzir. Mesmo que o administrador não tenha condições de investigar todas as alternativas disponíveis, ele pode escolher a melhor das alternativas consideradas. Esta é uma situação excepcional e não a regra. Para finalizar o assunto, é fundamental ressaltar que o processo decisorial é um processo complexo e depende das características pessoas do tomador de decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como percebe a situação. O processo decisorial, segundo Chiavenato, segue sete etapas a saber: • Percepção da situação que envolve o problema • Análise e definição do problema • Definição dos objetivos • Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação • Escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos • Avaliação e comparação das alternativas • Implementação da alternativa escolhida 3. GESTÃO DA MUDANÇA O ambiente está em constante mudança. As empresas que conseguem reagir rapidamente prosperam e, muitas vezes, apenas essas sobrevivem. Essa capacidade de reagir requer considerável flexibilidade e abertura a novas ideias e abordagens, fazendo com que as pressuposições básicas dos negócios sejam reexaminadas objetivamente e alteradas quando apropriado. Assim, conquistar vantagem competitiva requer que os paradigmas do passado sejam expostos, revistos e mudados para os do futuro. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 12 de 45 Wood define mudança organizacional como qualquer transformação de natureza estrutural, institucional, estratégica, cultural, tecnológica, humana, ou de qualquer outro componente, capaz de gerar impacto em partes ou no conjunto da organização. Segundo Chiavenato, a mudança é a passagem de um estado para o outro. É a transição de uma situação para outra diferente. Mudança representa transformação, perturbação, interrupção, fratura. O conceito merece destaque dado a sua abrangência, visto que a mudança não ocorre somente a nível gerencial, tecnológico, ou focado em somente um aspecto, pelo contrário, as mudanças podem estar presentes desde os processos mais simples até os mais complexos. As organizações devem contemplar uma auto-visão holística, para enfrentar o ambiente dinâmico e mutante, considerando todo e qualquer aspecto, não restringindo o foco e não perdendo o controle. As mudanças podem ocorrer de forma linear, discreta e contínua (como nos programas de melhoria contínua) ou de forma profunda e radical, provocando uma grande descontinuidade, geralmente forçada pela necessidade de adaptação rápida a mudanças ambientais que ameaçam à própria existência da empresa. Também podemos considerar as mudanças como planejadas ou não. Algumas mudanças ocorrem inconscientemente, outras são provocadas conscientemente. A mudança planejada pode servir para melhorar a capacidade da empresa de acompanhar as mudanças do ambiente, ou para mudar o comportamento dos colaboradores. Os agentes de mudança são as pessoas responsáveis pelas mudanças planejadas. Esses agentes podem ser administradores ou não, normalmente são especialistas com competências específicas ou consultores externos especializados. Segundo Gonçalves e Campos, o objetivo da disciplina Gestão de Mudanças é planejar, aplicar, medir e monitorar ações de gestão do fator humano em um projeto de mudanças, ampliando as chances dos resultados esperados serem atingidos ou superados. Qualquer mudança pode trazer desconforto às pessoas afetadas. Entretanto, mudar é inevitável para a evolução das organizações. Quem não muda, não evolui, fica obsoleto e pode acabar promovendo a descontinuidade de um negócio, afetando todo os Stakeholders, internos e externos, direta ou indiretamente, ligados à organização, tais como funcionários, acionistas, clientes, governo e sociedade como um todo. Segundo Stephen Robbins, as possíveis mudanças que os gerentes podem realizar na organização são: • Mudando a ESTRUTURA - implica fazer uma alteração nas relações de autoridade, mecanismos de coordenação, redesenho de cargos ou em variáveis estruturais semelhantes. As responsabilidades departamentais, por exemplo, podem ser combinadas, as camadas verticais removidas e as amplitudes de controle podem ser alargadas para tornar a organização mais horizontal e menos burocrática. A administração também pode introduzir modificações maiores no Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 13 de 45 desenho estrutural, como a passagem de uma estrutura simples para outra baseada em equipes, ou a criação de uma estrutura matricial. • Mudando a CULTURA - exige a reformulação dos valores centrais da organização. As culturas são altamente resistentes à mudança, o que faz com que o processo seja lento e gradual. • Mudando a TECNOLOGIA - envolve modificações no modo como o trabalho é processado e nos métodos e equipamentos utilizados. Fatores competitivos ou inovações dentro de um setor exigem constantemente que os gerentes introduzam novos equipamentos, ferramentas ou métodos operacionais. • Mudando o AMBIENTE - implica alterar o espaço e a disposição do local de trabalho. A distribuição do espaço de trabalho não deve ser algo aleatório. É preciso considerar as demandas de trabalho, as exigências de interação e as necessidades sociais. A eliminação de paredes e divisórias permite que os funcionários se comuniquem facilmente. Da mesma forma, pode-se mudar a quantidade de luz, o nível de calor ou frio, os níveis e tipos de ruídos, etc. • Mudando as PESSOAS - diz respeito a mudar atitudes, habilidades, expectativas, percepções ou comportamento dos funcionários, dando assistência aos indivíduos e grupos da organização para obtenção de maior eficácia em seu trabalho conjunto. A mudança ocorre através de processos de comunicação, tomadade decisões e solução de problemas. Dentre as mudanças, destacam-se as técnicas mais conhecidas para mudar atitudes e comportamentos dos funcionários na organização (mudando as pessoas): • Desenvolvendo a organização – conjunto de técnicas para compreender, alterar e desenvolver a força de trabalho de uma organização a fim de aumentar sua eficácia. • Feedback de pesquisa – ferramenta para avaliar atitudes mantidas por membros da organização, identificar discrepâncias entre percepções dos membros e solucionar essas diferenças. Todos em uma organização podem participar do feedback de pesquisa, mas é de fundamental importância o envolvimento de toda a organização. • Formação de equipes – atividade grupal de grande interação para aumentar a confiança e sinceridade entre os membros da equipe. • Desenvolvendo o intergrupo – o desenvolvimento intergrupal procura mudar as atitudes e as percepções reciprocamente mantidas pelos grupos. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 14 de 45 Motta apresenta uma síntese dos principais modelos conceituais de organização e as respectivas formas e instrumentos de mudança que lhes são associados para análise dos processos e intervenção e transformação organizacional. Estes modelos introduzem uma percepção da organização a partir de seis perspectivas de análise organizacional por objetivos de processos de mudança: • PERSPECTIVA ESTRATÉGICA - considera a organização como um sistema aberto, em constante interação com o seu ambiente, onde a mudança requer redefinições sobre as diretrizes gerais que nortearão objetivos organizacionais. Neste conjunto, estão incluídos os processos de mudança concebidos visando ao direcionamento da empresa para o futuro, a garantia de sobrevivência e competitividade. • PERSPECTIVA ESTRUTURAL - compreende a organização como um sistema de autoridade e responsabilidade, ou seja, através do conjunto de regulamentações e orientações que determinam o comportamento das pessoas empenhadas na tarefa comum. Pressupõe-se, portanto, que a definição prévia do papel formal dos funcionários consiste em um fator preponderante para a obtenção da eficiência e eficácia. Dá-se ênfase à configuração da estrutura como um mecanismo de aprimoramento interno. • PERSPECTIVA TECNOLÓGICA - a ênfase recai sobre os processos de introdução de novas tecnologias para atualização e aprimoramento dos métodos de processamento interno, os quais incluem: informação, produção, serviços, apoio, ou qualquer outro componente do sistema que proporcione maior eficiência à organização. • PERSPECTIVA CULTURAL - vê a organização como um conjunto de valores, crenças e hábitos coletivamente compartilhados, que a caracteriza e a distingue de outras. Essas expressões culturais são vistas na estrutura, na autoridade, em reuniões, enfim, nas formas de comunicação. • PERSPECTIVA HUMANA - concentra-se na ligação do indivíduo com o trabalho, ressaltando os fatores de motivação e de liderança, e mais os demais fatores psicossociais subjacentes às prescrições institucionais e linhas de autoridade formalmente estabelecidas. Tende a ver a formalidade organizacional e a hierarquia como fonte de frustrações, hostilidades e ressentimentos entre as pessoas. Considera-se que, para mudar uma organização, é necessário alterar atitudes, comportamentos e a forma de participação dos indivíduos, mediante o incentivo à colaboração, às práticas de motivação, à liderança, à reconstrução do sistema de recompensas de carreira e ao aperfeiçoamento pessoal. • PERSPECTIVA POLÍTICA - a organização é vista como um sistema de poder em que pessoas ou grupos concorrem por maior autonomia e influência no processo decisório. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 15 de 45 Para Robbins, uma das descobertas mais bem documentadas nas pesquisas sobre comportamento organizacional e de pessoas é que as organizações e seus membros resistem à mudança. É importante ressaltar que o processo de mudança faz aflorar forças de integração e desintegração, que se não neutralizadas, provocam resistências à mudança do status quo. A mudança no contexto organizacional engloba alterações fundamentais no comportamento humano, dos padrões de trabalho e nos valores em resposta a modificações ou antecipando alterações estratégicas, de recursos ou de tecnologia. Considera que a chave para enfrentar com sucesso o processo de mudança é o gerenciamento das pessoas, mantendo alto nível de motivação e evitando desapontamentos. O grande desafio não é mudança tecnológica, mas mudar pessoas e a cultura organizacional, renovando os valores para ganhar vantagem competitiva. Robbins afirma que a resistência a mudança não surge necessariamente de maneiras padronizadas. A resistência pode ser aberta, implícita, imediata ou adiada. È mais fácil para a gerência lidar com resistências quando ela é aberta e imediata, pois, ela tem suas repercussões facilmente visualizadas, através de greves e reclamações. O maior desafio é o gerenciamento de resistência implícita ou adiada, causada pela perda de lealdade para com a organização, perda de motivação, aumento de erros, aumento de absenteísmo, que somente poderão ser realmente identificados a longo prazo. O autor Wagner registra que sempre que os gerentes tentam acionar alguma mudança, podem esperar resistências, porque as pessoas tendem a resistir àquilo que percebem como ameaça à maneira estabelecida de fazer as coisas. Quanto mais intensa a mudança, mais intensa tende a ser a resistência resultante. Podemos considerar que as tentativas de mudança geralmente se desenvolvem em um campo de forças, que atuam em vários sentidos, podendo favorecer o processo de mudanças ou gerar resistência a elas. Para Lewin, as mudanças ocorreriam quando uma das forças superasse a outra em intensidade, deslocando o equilíbrio para um novo patamar. Assim, a resistência à mudança seria o resultado da tendência de um indivíduo ou de um grupo a se opor às forças sociais que objetivam conduzir o sistema para um novo patamar de equilíbrio. As principais forças de mudança presentes no ambiente de negócios atual, que podem influenciar isolada ou conjuntamente as mudanças organizacionais, são: • Mudanças na força de trabalho - mudanças profundas nos hábitos, cultura, nível de escolaridade, forçam as empresas a reverem seus paradigmas de relacionamento com seus colaboradores; • Tecnologia - as rápidas mudanças no ambiente tecnológico, combinando informática, comunicações, automação, têm alterado o ambiente de negócios de foram rápida, radical e imprevisível; Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 16 de 45 • Choques econômicos - mudanças no preço das matérias-primas, em consequência das grandes crises financeiras, as quais provocam alterações profundas nos mercados; • Competição - a globalização alterou a forma das empresas competirem nos últimos anos; • Tendências sociais - profundas mudanças de atitudes quanto a certos valores como: família, casamento, divórcio, religião, entre outros; • Política internacional - alterações na distribuição de poder nos países emergentes, a formação e crescimento dos blocos econômicos. Contudo, nem sempre é simples mudar os comportamentos das pessoas. As fontes de resistência INDIVIDUAL à mudança incluem: • Hábito – muitas alternativasde mudanças em uma rotina exigem esforço e, com isso, as pessoas tendem a manter o hábito e fazer as atividades da mesma forma anterior. • Segurança – pessoas com alta necessidade de segurança tendem a resistir às mudanças por se sentirem ameaçadas. • Fatores econômicos – medo de que as mudanças reduzam a renda por achar que não será capaz de manter o mesmo desempenho de antes. • Medo do desconhecido - as mudanças substituem o conhecido pela incerteza gerando resistência das pessoas. • Processamento seletivo da informação – as pessoas só ouvem o querem ouvir e por isso ignoram informações que possam desafiar o mundo que construíram. As fontes de resistência ORGANIZACIONAL incluem: • Inércia estrutural e de grupo – normas da organização e do grupo podem agir como barreiras. • Foco limitado de mudança – as organizações são compostas de subsistemas interdependentes e a mudança em um deles acaba afetando outros, gerando dificuldade nas mudanças. • Ameaças à especialização – as mudanças nos padrões organizacionais podem ameaçar a exclusividade de alguns grupos especializados. • Ameaças às relações estabelecidas de poder – qualquer redistribuição de autoridade para a tomada de decisões pode ameaçar as relações de poder já existentes dentro da organização. • Ameaças às distribuições estabelecidas de recursos – aqueles que se beneficiam com a atual alocação de recursos, muitas vezes se sentem ameaçados por mudanças que possam afetar as distribuições futuras. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 17 de 45 As estratégias para reduzir a resistência à mudança incluem a realização de uma auditoria de identidade, a identificação de diferenças fundamentais de modo que a mudança se ajuste corretamente, a apresentação da mudança como significativa e sua vinculação a aspectos valorizados da identidade da organização, a introdução da mudança como uma série de passos de alcance médio, a escolha do caminho de menor resistência e a manutenção da quantidade de mudança dentro de limites toleráveis. Pode-se reduzir a resistência, também, por meio de: • Educação e comunicação – comunicar a lógica da mudança pode reduzir a resistência dos funcionários. • Participação – é difícil uma pessoa resistir a uma mudança se estiver participando de sua decisão. • Apoio e comprometimento – quando o funcionário demonstra medo e ansiedade, o treinamento em novas habilidades pode facilitar o ajuste. • Desenvolver relações positivas – manter uma relação positiva com os funcionários faz com que o funcionário tenha uma relação muito mais positiva com o processo de mudança. • Implementando mudanças de forma justa – buscando diminuir os impactos negativos das mudanças. • Manipulação e cooptação – a distorço de fatos para tornar a mudança mais atraente, a sonegação de informações e a criação de falsos rumores a fim de manipular os funcionários são formas baratas de obtenção de apoio e podem se voltar contra o agente no caso de as pessoas perceberem que estão sendo usadas. Destacam-se alguns aspectos positivos proporcionados pela resistência à mudança. Esses aspectos demonstram a importância de rever a visão das organizações perante a resistência e reavaliar os processos de mudanças implementados pela empresa, já que muitos deles fracassam e as empresas muitas vezes desconhecem o motivo. • A resistência a mudanças pode possuir papel crucial ao influenciar a organização em direção à estabilidade, podendo ser fator mediador entre necessidade de mudança e estabilidade, evitando o excesso; • A resistência pode apontar aspectos de mudança que podem ser inapropriados, mal planejados ou que sejam prejudiciais à organização; • A resistência traz um influxo de energia à organização podendo aflorar aspectos motivacionais e energéticos, tão necessários para a implementação de transformações; • Propulsiona a busca por métodos alternativos para tentar homogeneizar os conflitos existentes, tornando-se importante fonte de inovação; Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 18 de 45 • Funciona como um alerta de perigo da conformidade nas decisões em grupo e enfatiza a necessidade de debates para melhores e mais adequadas soluções. Portanto, as forças provocadoras de mudança são aquelas que atuam na direção da mudança e que tendem a iniciar um processo de transformação e alimentá-lo. Já as forças de resistência atuam no sentido de conter ou diminuir as forças provocadoras de mudança. Quando a força desestabilizadora é maior do que a resistência a ela, a inércia organizacional é vencida, e acontece uma mudança na organização. Caso a força de resistência seja igual ou maior do que a força provocadora de mudança, a organização permanecerá inalterada. Segundo Montana e Charnov existem duas forças que fazem pressão para que as mudanças aconteçam: forças externas e forças internas. • Forças externas - são àquelas relativas aos desejos e necessidades dos clientes; a concorrência; mudanças nas leis ou regulamentações; e novas tecnologias, tais como, sensores óticos, automação, robotização e outras. • Forças internas - são relativas à estrutura formal e informal da organização. A estrutura formal engloba desde o sistema de controle de autoridade, até os sistemas de recompensas que influenciam a produtividade e a tomada de decisão. A estrutura informal é representada pelas pessoas, que exercem pressões, a favor ou contra, para melhores condições de trabalho, melhores salários, mais participação nos processos da organização, entre outras manifestações. Neste sentido, o autor Oliveira descreve os seguintes fatores influenciadores do processo de mudança: mutações ambientais e necessidades mercadológicas; história e experiências de mudanças passadas; estratégia, objetivos, desafios e políticas; e comportamental. É importante ressaltar que este último fator é crucial no processo de mudança, pois está o condicionamento do comportamento dos indivíduos e a cultura da organização. Como resultado o indivíduo apresenta diferentes atitudes perante as pessoas e o sistema considerado. Dessa forma, se houver uma crença de que a mudança pode criar problemas, as pessoas envolvidas serão desfavoráveis, passivos ou mesmo rejeitarão às mudanças. Já Chiavenato descreve a TEORIA DO CAMPO DE FORÇAS de Kurt Lewin conforme a figura a seguir. A teoria propõe que o comportamento organizacional é resultante da confrontação entre forças impulsionadoras, que promovem mudanças e as forças restritivas, que procuram manter o status quo, evitando qualquer situação de mudança. Enquanto que as forças impulsionadoras empurram a organização em determinada direção, as forças de restrição procuram conter, reduzir ou anular as forças de impulso. Para Kurt Lewin as forças impulsionadoras podem despertar e Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 19 de 45 ativar as forças de restrição e é por isto que nem sempre as forças impulsionadoras são as que melhor proporcionam aumento do desempenho organizacional. Em muitos casos é a redução das forças restritivas o meio mais eficaz de encorajar mudanças e aumentar o desempenho da organização. As forças impulsionadoras são representadas por variadas estratégias de mudança e inovação organizacional, enquanto que as forças restritivas são forças oriundas da culturaorganizacional, de interesses pessoais e de percepções diferentes dos objetivos da organização. Forças de IMPULSO para a mudança S IT U A Ç Ã O Forças de RESTRIÇÃO para a mudança O autor Kurt Lewin argumentava que as mudanças bem sucedidas nas organizações deviam seguir três etapas: descongelamento do status quo, movimento para uma nova condição e recongelamento da mudança para torná-la permanente. • O status quo pode ser considerado como um estado de equilibro. Para sair desse equilíbrio, superando as pressões tanto das resistências individuais como da conformidade do grupo, é necessário o DESCONGELAMENTO. O descongelamento ocorre quando velhas ideias e práticas são derretidas e desaprendidas para serem substituídas por novas que devem ser aprendidas. Isto pode ocorrer de três maneiras. Podem-se estimular as forças propulsoras que dirigem o comportamento no sentido contrário ao do status quo. Podem-se reduzir as forças restritivas, que impedem o movimento para fora do equilíbrio. Uma terceira alternativa é a combinação dessas duas abordagens. • Em seguida ocorre a MUDANÇA que é a fase em que as novas idéias e práticas são aprendidas de modo que as pessoas passam a pensar e a executar de uma nova maneira suas atividades. • Implementando a mudança da consolidação, a nova situação precisa ser RECONGELADA para poder manter-se através do tempo. Se esta etapa não for realizada, há grande chance de que a mudança seja apenas um fenômeno temporário, e que os funcionários tentem reverter a situação de equilíbrio anterior. O objetivo do recongelamento, portanto, é estabilizar a mudança por meio do equilíbrio entre as forças propulsoras e restritivas. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 20 de 45 Segundo Lacombe e Heilborn, existem algumas condições para obter o êxito no processo de gestão das mudanças. Afirma que para uma mudança ser bem sucedidas, três condições são indispensáveis: 1. Forte apoio da alta administração para implementar a mudança. 2. A mudança deverá abranger toda a organização em cada um de seus aspectos. 3. Todas as atividades da organização deverão ser executadas dentro do enfoque desejado. As etapas da mudança organizacional estão representadas na figura a seguir: FORÇAS AMBIENTAIS OU EXTERNAS NECESSIDADE DE MUDANÇA DIAGNÓSTICO DA MUDANÇA IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA Análise dos problemas e necessidades Definição das mudanças necessárias em tecnologia, produtos, estrutura, cultura Utilização da análise de campo de forças e táticas de ultrapassar a resistência à mudança Missão, objetivos, problemas e necessidades da organização Competição globalizada, clientes, fornecedores, concorrentes FORÇAS INTERNAS Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 21 de 45 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL No decorrer das décadas de 1960 e 1970, foi desenvolvida uma técnica, denominada DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL (DO), com o objetivo de conseguir implantar mudanças de forma eficaz nas organizações. Trata-se de uma estratégia baseada na experiência, que tem por finalidade mudar as crenças, atitudes, valores e estrutura das organizações de modo que elas possam se adaptar melhor aos novos mercados, tecnologias e desafios e ao próprio ritmo vertiginoso de mudança. As origens do desenvolvimento organizacional podem ser atribuídas a uma série de fatores, a saber: ••• A dificuldade de operacionalizar os conceitos das diversas teorias administrativas, cada qual trazendo uma abordagem diferente; ••• O aprofundamento dos estudos sobre a motivação humana e a sua interferência dentro da dinâmica das organizações; ••• A transformação rápida do ambiente organizacional; ••• O aumento do tamanho das organizações e a crescente diversificação e complexidade da tecnologia, exigindo integração entre atividades e pessoas; ••• A fusão de duas tendências no estudo das organizações: o estudo da estrutura, de um lado, e o estudo do comportamento humano nas organizações. A estratégia do desenvolvimento organizacional é a preparação de agentes de mudança, que são educados para treinar as pessoas da organização para as novas condições do ambiente externo e preparar a organização para as inevitáveis mudanças. Esses agentes de mudança tanto podem ser empregados como consultores externos. DO, portanto, é um esforço de longo prazo, liderado e apoiado pela alta administração, para melhorar os processos de visão, envolvimento, aprendizagem e resolução de problemas, através do gerenciamento contínuo e cooperativo da cultura organizacional, com ênfase nos processos: ••• Processos de solução de problemas; ••• Processos de renovação; ••• Administração participativa; ••• Desenvolvimento e fortalecimento de equipes (empowerment). É importante também conhecer quais são os objetivos do desenvolvimento organizacional: ••• Introduzir uma mentalidade, aberta, democrática e participativa, voltada muito mais para a administração de pessoas do que de bens e técnicas; ••• Destacar as mudanças ambientais e o papel da cultura organizacional no processo de mudança organizacional; Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 22 de 45 ••• Desenvolver uma idéia do desenvolvimento organizacional, seus pressupostos básicos, e o seu processo e os diversos modelos de DO baseados em alterações estruturais, comportamentais e ambas em conjunto; ••• Permitir uma visão crítica das diversas modalidades de intervenção nas organizações. Lista de Questões Comentadas Questões CESPE 1. (CESPE/ MCTI/ ANALISTA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – GESTÃO ADMINISTRATIVA/ 2012) O modelo de mudança organizacional proposto por Kurt Lewin é constituído por três etapas: descongelamento, mudança e recongelamento. Nesse modelo, a mudança, que é a passagem de um estado para outro, envolve transformação, interrupção, perturbação e ruptura, dependendo da intensidade. Comentários: O autor Kurt Lewin argumentava que as mudanças bem sucedidas nas organizações deviam seguir três etapas: descongelamento do status quo, movimento para uma nova condição e recongelamento da mudança para torná-la permanente. O termo mudança é comumente adotado para designar à transição de uma situação qualquer para outra diferente, em que a ruptura, a transformação, a perturbação e a interrupção são aspectos fundamentais. • Descongelamento - significa que as ideias e as práticas atuais são desaprendidas para serem substituídas por novas. • Mudança - consiste na aprendizagem de novas ideias e práticas, de modo que as pessoas passam a pensar e agir de uma maneira diferente da original. • Recongelamento - incorporação do novo padrão de comportamento por meio de mecanismos de suporte e de reforço, ou seja, o conhecimento aprendido passa a se integrar à nova prática vigente. Gabarito: CERTO 2. (CESPE/ EBC/ TÉCNICO – ADMINSITRAÇÃO/ 2011) Uma organização é um sistema de recursos que procura alcançar objetivos. O processo de definir quais objetivos a organização pretende alcançar, com quais recursos, chama- se planejamento. A. C. Amaru Maximiano. Introdução à administração. 6.a ed. São Paulo: Atlas, 2004. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTAADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 23 de 45 Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes, a respeito de noções de administração e de procedimentos administrativos e organizacionais. O processo decisório é composto por etapas que se iniciam com a identificação do problema ou oportunidade, o diagnóstico, a geração de alternativas, a escolha de uma alternativa e a avaliação da decisão. Ao deparar-se com um ambiente instável, imprevisível e sujeito a influências de diversos elementos, o administrador deve lançar mão de decisões programadas, preestabelecidas e já utilizadas anteriormente. Comentários: Para resolver essa questão é muito importante tomar cuidado com a expressão “lançar mão de” que significa utilizar algo. Assim, o trecho “ao deparar-se com um ambiente instável e imprevisível, o administrador deve utilizar decisões programadas” está errado. O correto é utilizar decisões não programadas que são decisões novas, sem precedentes, que requerem tratamento especial. Gabarito: ERRADO 3. (CESPE/ TCU/ ACE – GESTÃO DE PESSOAS/ 2008) A constatação de que as intervenções para que a organização evolua no alcance de sua visão envolvem constantes mudanças de processos e até de paradigmas fez os dirigentes de uma organização desenvolver em plano de gestão da mudança organizacional. Nessa situação hipotética, as premissas que o citado plano deve possuir para obter sucesso incluem a negociação, nos casos em que a resistência à mudança for uma fonte de poder e influência na organização. Comentários: Pode-se reduzir a resistência à mudança por meio de educação e comunicação, participação, facilitação e apoio, negociação, manipulação e coerção. Destaca-se que a negociação é o meio mais formal de atingir a cooperação. A negociação usa a conversação para conquistar a aceitação e aprovação de uma mudança desejada. Quando a resistência à mudança for uma fonte de poder e influência na organização, a negociação é uma boa forma de diminuí-la. As demais estratégias de mudança podem ser definidas como: • Comunicação e educação – a educação é especialmente importante quando a mudança envolve conhecimento técnico e as pessoas não estão familiarizadas com a ideia. • Participação - envolve as pessoas resistentes à mudança. • Coerção - os gestores usam o seu poder formal para forçar os empregados a mudar. Aos resistentes é dito para aceitar a mudança ou perderão os benefícios a até mesmos os seus empregos. Ela é necessária em situações de crise quando uma resposta rápida é exigida. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 24 de 45 • Apoio da alta administração - seu apoio simboliza para todos os empregados que a mudança é importante para a organização. Ela é importante quando a mudança envolve vários departamentos ou quando os recursos estão a ser relocados noutros departamentos. Sem o seu apoio, estas mudanças podem ficar condenadas a discussões entre os departamentos. Gabarito: CERTO 4. (CESPE/ PGE – PA/ TÉCNICO EM PROCURADORIA – ADMINISTRAÇÃO/ 2007) Acerca do processo decisório, julgue os itens a seguir. Decisão é a escolha entre alternativas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. O processo decisório tem início no diagnóstico, momento em que se procura entender o problema, suas causas e consequências. Comentários: A questão está errada porque o processo decisório inicia no momento em que são identificadas as necessidades de tomada de decisão. Entender o problema, suas causas e consequências fazem parte da etapa seguinte. Podemos enumerar as seguintes etapas desse processo: 1. Identificação de sintomas e sinais que indicam existência de problemas a ser resolvido ou oportunidade a ser aproveitada. 2. Análise do tipo de problema ou da oportunidade existente – identificação das verdadeiras causas do problema ou oportunidade e das dificuldades que impedem a obtenção de resultados melhores. 3. Identificação de soluções alternativas – pesquisa das possibilidades para eliminar as causas do problema ou das dificuldades para aproveitar as oportunidades existentes. O brainstorming pode ser considerado uma das formas de pesquisar soluções. É a técnica em que um grupo de pessoas reunidas em círculo, ou em volta de uma mesa, gera tantas alternativas quantas forem possíveis, sem crítica prévia à sua validade, pois uma alternativa fora da realidade pode lembrar a outras pessoas do grupo alternativas que não teriam vindo à tona. 4. Análise das soluções alternativas e considerações sobre as suas consequências – o administrador deve saber avaliar dentre as alternativas quais as que proporcionam maiores vantagens ou benefícios, ao menor custo e com riscos aceitáveis. 5. Avaliação das alternativas e escolha da mais adequada – deve-se analisar não só os custos e benefícios de cada alternativa a ser adotada, como também os seguintes aspectos: os riscos previsíveis, os benefícios e os custos não financeiros, o momento certo e as limitações de recursos e a possibilidade de uso desses recursos para solucionar outros problemas ou aproveitar outras situações mais vantajosas. 6. Comunicação da decisão escolhida. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 25 de 45 7. Acompanhamento das ações necessárias à implantação da decisão e, se for o caso, tomada de ações corretivas. Gabarito: ERRADO 5. (CESPE/ PGE – PA/ TÉCNICO EM PROCURADORIA – ADMINISTRAÇÃO/ 2007) A vantagem da utilização de técnicas como árvore de decisões no processo decisório é que ela permite que se tome a decisão automaticamente. Comentários: É errado afirmar que a árvore de decisões permite que se tome a decisão automaticamente, pois é apenas a representação gráfica de uma tabela de decisões que permite visualizar todos os resultados das decisões que podem ser tomadas para lidar com situações incertas. Gabarito: ERRADO 6. (CESPE/ PGE – PA/ TÉCNICO EM PROCURADORIA – ADMINISTRAÇÃO/ 2007) O resultado da avaliação da probabilidade das consequências das decisões a serem tomadas é chamado incerteza. Comentários: A condição mais difícil sob a qual tomar decisões é a incerteza, situação na qual os tomadores de decisão não dispõem de informações suficientes para ter clareza sobre as alternativas ou calcular o seu risco. Dessa forma, os tomadores decisão confiam em sua intuição ou criatividade. Gabarito: CERTO 7. (CESPE/ PGE – PA/ TÉCNICO EM PROCURADORIA – ADMINISTRAÇÃO/ 2007) Se, ao constatar que um produto foi entregue com defeito, o responsável pelo setor de material convoca o fornecedor para efetuar a substituição, é correto afirmar que, nessa situação, ocorreu uma decisão do tipo programada. Comentários: A alternativa está errada porque as decisões programadas são as rotineiras e repetitivas. Já as decisões não programadas são aquelas que não ocorrem com frequência e, por causa de variáveis diversas, exigem uma resposta separada cada vez que ocorrem, como é o caso do produto comprado com defeito. Gabarito: ERRADO Questões OUTRAS BANCAS 8. (ESAF/ MPOG/ EPPGG/ 2009) Um processo de mudança organizacional cujo objetivo prioritário seja perseguir, de um lado, a motivação, atitudes, comportamentos individuais, satisfação pessoal e profissional e, de outro lado, a coesão e a identidade interna, introduzindo novos valores e hábitos a serem Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA EEXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 26 de 45 compartilhados coletivamente, deve ser analisado sob a ótica das seguintes perspectivas: a) humana e política. b) cultural e política. c) humana e estrutural. d) cultural e estrutural. e) humana e cultural. Comentários: Esta questão está relacionada à síntese dos principais modelos conceituais de organização e as respectivas formas e instrumentos de mudança que lhes são associados para análise dos processos e intervenção e transformação organizacional segundo Motta. Para o autor, estes modelos introduzem uma percepção da organização a partir de seis perspectivas de análise organizacional por objetivos de processos de mudança. A questão refere-se às perspectivas: • Perspectiva cultural - vê a organização como um conjunto de valores, crenças e hábitos coletivamente compartilhados, que a caracteriza e a distingue de outras. Essas expressões culturais são vistas na estrutura, na autoridade, em reuniões, enfim, nas formas de comunicação. • Perspectiva humana - concentra-se na ligação do indivíduo com o trabalho, ressaltando os fatores de motivação e de liderança, e mais os demais fatores psicossociais subjacentes às prescrições institucionais e linhas de autoridade formalmente estabelecidas. Tende a ver a formalidade organizacional e a hierarquia como fonte de frustrações, hostilidades e ressentimentos entre as pessoas. Considera-se que, para mudar uma organização, é necessário alterar atitudes, comportamentos e a forma de participação dos indivíduos, mediante o incentivo à colaboração, às práticas de motivação, à liderança, à reconstrução do sistema de recompensas de carreira e ao aperfeiçoamento pessoal. Motivação, atitudes, comportamentos individuais, satisfação pessoal e profissional estão relacionados com as perspectivas HUMANAS. Já a coesão e a identidade interna, introduzindo novos valores e hábitos a serem compartilhados coletivamente, são perspectivas CULTURAIS. Gabarito: letra E 9. (ESAF/ MPOG/ EPPGG/ 2009) Ao ser designada(o) como responsável por um processo de mudança organizacional, você saberá ser capaz de fazê-lo desde que não incorra no seguinte erro conceitual: a) no âmbito da administração pública, o marco legal burocrático constitui-se em um forte limitador para a implementação de mudanças que, de regra, na administração privada, dependeriam apenas da visão do agente de mudanças. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 27 de 45 b) mudanças causam os mais diferentes tipos de reação dos atores organizacionais, desde a adesão imediata à proposta de mudança até à resistência completa a qualquer tipo de mudança, sendo esta a mais frequente. c) a resistência à mudança pode se dar nos âmbitos individual e organizacional. d) embora fundamental em um processo de mudança, o papel da alta gerência não pode ser considerado como fator determinante de sucesso. e) mudanças que implicam em alterações na estrutura organizacional, com reflexo nos níveis de autoridade e responsabilidade, decorrem, quase sempre, da introdução de novas tecnologias. Comentários: Atenção porque não há relação direta entre mudança na estrutura organizacional e mudança com introdução de novas tecnologias. Na perspectiva estrutural, a organização é vista como um sistema de autoridade e responsabilidade, ou seja, através do conjunto de normas e orientações que determinam o comportamento das pessoas empenhadas na tarefa comum. Pressupõe a definição prévia do papel formal dos funcionários como fator primordial da eficiência e eficácia. Neste sentido, para mudar a organização é necessário se alterar a forma de distribuição da autoridade formal e das responsabilidades. A perspectiva tecnológica, segundo Motta, enfatiza a divisão do trabalho, a especialização das funções e o tipo de tecnologia a ser empregada na produção. A mudança na organização passa pela revisão de como se utilizam os recursos materiais e intelectuais. Gabarito: letra E 10. (FCC/ COPERGÁS/ ANALISTA ADMINISTRADOR/ 2011) No contexto da globalização, são forças desencadeadoras de MUDANÇAS organizacionais fatores como (A) a ambição e a competição entre os funcionários. (B) o planejamento estratégico situacional. (C) o conflito entre trabalhadores e patrões. (D) a redução de níveis hierárquicos. (E) a inovação tecnológica e choques econômicos. Comentários: Dentre as alternativas, a que gera impacto nas organizações e que demandam mudanças para que se enquadre à nova realidade, são a inovação tecnológica e os choques econômicos. Observe que esses são fatores relacionados ao ambiente externo da empresa. Gabarito: letra E Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 28 de 45 11. FCC/ BAHIAGÁS/ ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS – ADMINSITRAÇÃO/ 2010) A administração, ao usar o processo reativo de mudança, (A) envolve muito planejamento e é vista pelos gestores como uma ameaça. (B) conserva a organização em um ritmo constante e resolve os problemas à medida que surgem. (C) muda a organização estabelecendo um novo curso e não apenas corrigindo o atual. (D) antevê as mudanças nos ambientes externo e interno. (E) envolve atos deliberados para mudar o status quo. Comentários: O ambiente está em constante mudança. As empresas que conseguem reagir rapidamente prosperam e, muitas vezes, apenas essas sobrevivem. Essa capacidade de reagir requer considerável flexibilidade e abertura a novas ideias e abordagens, fazendo com que as pressuposições básicas dos negócios sejam reexaminadas objetivamente e alteradas quando apropriado. Assim, conquistar vantagem competitiva requer que os paradigmas do passado sejam expostos, revistos e mudados para os do futuro. As alternativas A e C estão erradas porque o processo de mudança é essencial para a organização e pode ocorrer mudando totalmente ou adaptando a situação atual. Além disso, nem sempre o processo reativo de mudança antevê as mudanças no ambiente externo e interno. Gabarito: letra B 12. (FGV/ FIOCRUZ/ ANALISTA EM GESTÃO DA SAÚDE – GESTÃO DA QUALIDADE/ 2010) Considerando o processo complexo e dinâmico da mudança organizacional, o senso de mudança não deve ser tomado com base no paradigma mecanicista ou na concepção clássica de gestão, baseadas em ações deliberadas, objetividade, racionalidade plena, neutralidade, controle amplo e irrestrito de suas variáveis, mas como um processo emergente, substantivo, fluido e dinâmico, com ênfase nas relações e essencialmente assentado nas pessoas, que caracterizam a perspectiva sistêmica. Analise as premissas essenciais do processo de mudança, segundo uma visão sistêmica, apresentadas a seguir. I. A gestão do processo de mudança é contingencial e emergente. Não possui uma fórmula única e previamente validada. II. A compreensão do contexto e a descrição completa de análise são pré- requisitos essenciais para o planejamento da estratégia de mudança organizacional. III. A abordagem do pensamento sistêmico, sobretudo a linguagem sistêmica, constitui elemento fundamental do processo de compreensão do fenômeno de mudança. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 29 de 45 Assinale: (A) se somente a premissa I estiver correta. (B) se somentea premissa II estiver correta. (C) se todas as premissas estiverem corretas. (D) se somente a premissa III estiver correta. (E) se somente as premissas II e III estiverem corretas. Comentários: O ambiente está em constante mudança. As empresas que conseguem reagir rapidamente prosperam e, muitas vezes, apenas essas sobrevivem. Essa capacidade de reagir requer considerável flexibilidade e abertura a novas ideias e abordagens, fazendo com que as pressuposições básicas dos negócios sejam reexaminadas objetivamente e alteradas quando apropriado. Assim, conquistar vantagem competitiva requer que os paradigmas do passado sejam expostos, revistos e mudados para os do futuro. A organização precisa conhecer o contexto em que está inserida e possuir uma visão sistêmica a fim de elaborar um planejamento de mudança que melhor se adéqua às necessidades. Gabarito: letra C 13. (ESAF/ RECEITA FEDERAL/ ATRFB/ 2009) Uma adequada compreensão do tema ‘processo decisório’ implica ter como corretas as seguintes afirmações, exceto: a) um problema cuja solução não dispõe de alternativas já está, por si só, resolvido. b) um único problema pode ser percebido de formas diferentes por diferentes indivíduos. c) o processo racional de tomada de decisão não exclui o uso da subjetividade. d) mesmo a melhor decisão pode acarretar um resultado desastroso. e) a tomada de decisão em equipe é preferível à tomada de decisão individual. Comentários: Observe que a alternativa E é a opção errada. A tomada de decisão em equipe não é preferível à tomada de decisão individual, porque depende do caso em que está inserida a necessidade de decisão. Ë importante saber para resolver questões de concurso que, no geral, se a decisão deve ser tomada pelos indivíduos ou pelo grupo, isto depende essencialmente de uma ponderação entre eficácia e eficiência. Em termos de eficácia o grupo é superior: ele gera mais alternativas, é mais criativo, mais preciso e produz decisões de melhor qualidade do que as propiciadas pelos indivíduos. Mas os indivíduos são mais eficientes: os grupos consomem muito mais tempo e recursos para chegar a uma solução. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 30 de 45 A alternativa D pode ter gerado dúvida. É correto afirmar que mesmo a melhor decisão pode acarretar um resultado desastroso, pois num determinado caso, por exemplo, as opções disponíveis para a tomada de decisão podem ainda não ser a mais adequada ou até mesmo não terem uma alternativa 100% capaz de resolver a situação evitando um resultado desastroso. Gabarito: letra E 14. (ESAF/ STN/ AFC – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL/ 2008) O brainstorming, também conhecido como tempestade cerebral ou tempestade de idéias, é um método que proporciona um grande número de idéias, alternativas e soluções rápidas. Sendo um excelente exercício de debate criativo e inovador, possibilita um grande uso da criatividade, constituindo-se em técnica bastante aplicável à seguinte fase do processo decisório: a) identificação do problema ou oportunidade. b) diagnóstico. c) geração de alternativas. d) escolha de uma alternativa. e) avaliação da decisão. Comentários: O brainstorming, desenvolvido em 1930 por Alex F. Osborn, busca, a partir da criatividade de um grupo, a geração de ideias para um determinado fim. A técnica propõe que um grupo de pessoas (de duas até dez pessoas) se reúna e se utilize das diferenças em seus pensamentos e ideias para que possa chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade. É preferível que as pessoas que se envolvam nesse método sejam de setores e competências diferentes e nenhuma ideia é descartada ou julgada como errada ou absurda. O ambiente deve ser encorajador e sem críticas para os participantes ficarem a vontade e deve ser incentivado o trabalho em grupo. Pegar carona nas ideias dos outros deve ser incentivado. Portanto, o brainstorming é uma técnica bastante aplicável à fase (3ª etapa) de geração de alternativas do processo decisório. Gabarito: letra C 15. (ESAF/ STN/ AFC/ 2005) Assinale a opção que apresenta incorretamente pelo menos um elemento que constitui o processo de tomada de decisão. a) A pessoa que faz uma escolha entre várias alternativas, a estratégia e aspectos do ambiente, alguns fora do controle do decisor. b) O curso de ação escolhido para atingir os objetivos, a situação e o resultado de uma dada estratégia. c) Os critérios que o tomador de decisão usa para fazer suas escolhas, a estrutura organizacional e o estilo gerencial a ser adotado. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 31 de 45 d) Os objetivos a serem alcançados entre várias alternativas, as preferências e o curso de ação escolhido para atingir os objetivos. e) Aspectos do ambiente, alguns fora do controle do decisor, o tomador de decisão e o resultado de uma dada estratégia. Comentários: Observe que a Esaf elaborou essa questão que está relacionada com os elementos da decisão apresentados pelo autor Chiavenato. Decisão, segundo o autor, é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve seis elementos: • Tomador de decisão – pessoa que faz a escolha entre várias alternativas • Objetivos que pretende alcançar • Preferências – são os critérios usados na escolha • Estratégias – é o curso de ação que o tomador escolhe para atingir seus objetivos • Situação – são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle e que afeta sua escolha • Resultado – consequência de uma dada estratégia A alternativa C está errada por citar a estrutura organizacional como elemento da decisão. Gabarito: letra C 16. (FCC/ BAHIAGÁS/ ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS – ADMINSITRAÇÃO/ 2010) Nas organizações, as decisões rotineiras e as decisões causadas por variáveis diversas são denominadas, respectivamente, (A) contínuas e de informações gerenciais. (B) de apoio a decisões e não-estruturadas. (C) estruturadas e de apoio a decisões. (D) recorrentes e de informações gerenciais. (E) estruturadas e não-estruturadas. Comentários: • Decisões programadas (estruturadas) – são as que ocorrem com certa frequência, recorrentes e rotineiras. São mais fáceis de serem tomadas, uma vez que tendem a ser repetitivas e numerosas. Para facilitar o trabalho, as empresas criam regras que orientam as decisões como políticas, normas de procedimento, práticas e rotinas. Destaca-se, também, que são decisões mais bem processadas pelos níveis inferiores da administração. Aula 5 GESTÃO DE PESSOAS, EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GESTÃO ORGANIZACIONAL PARA ANAC - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO – (ÁREA 1) Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 32 de 45 • Decisões não programadas (não estruturadas) – decisões novas (sem precedentes), que requerem tratamento especial. Para evitar que as decisões não programadas sejam postergadas além do desejável, é preciso que os executivos aloquem um tempo específico para elas, ou, alternativamente, formem equipes dedicadas à análise e a recomendações específicas para subsidiar essas decisões. São decisões mais bem tomadas pela alta administração. Gabarito: letra E 17. (FCC/ BAHIAGÁS/ ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS – ADMINSITRAÇÃO/ 2010) O diagrama Ishikawa é uma ferramenta importante para o gestor no processo de tomada de decisão, porque (A) categoriza
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