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concepção de Geografia 1

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COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ 
Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Av. João Gualberto, 250 - Alto da Glória
Fone: 3304-8942 e-mail: divisaoeducacional@cep.pr.gov.br 
1. Pressupostos Teóricos da Disciplina de Geografia:
CONCEPÇÃO DE ENSINO
A Geografia, apoiada, inicialmente, em concepções e fatos de ordem natural, 
adquiriu, na atualidade, um caráter social e humanístico. Esta área de conhecimento reúne 
elementos que viabilizam a análise e a interpretação do processo de apropriação e 
organização do espaço pelo ser humano. Uma de suas características atuais é não se 
limitar a uma concepção positivista, marcada essencialmente pela apresentação 
meramente quantitativa e funcionalista dos seus conhecimentos (Geografia Tradicional ou 
Positivista). Hoje, ela traz o compromisso de uma análise crítica da realidade vivida, 
subsidiando-se processos de transformação.
Novas perspectivas de abordagem geográfica instalam-se em decorrência de 
mudanças socioeconômicas provocadas pela revolução tecnocientífica, pela globalização 
da economia e pelos constantes problemas ambientais.
Com isso, surge uma Geografia comprometida com a análise e a interpretação das 
relações de interdependência entre os seres humanos, do ser humano com a natureza e 
dos fatores sócio-econômicos ambientais entre si. Assim, a tarefa do ensino de Geografia 
está na possibilidade de construir explicações críticas do constante e dinâmico processo de 
construção e transformação dos espaços.
Partindo dessa concepção, o ensino atual da Geografia procura explicar o espaço 
geográfico, isto é, o local onde se realizam as relações sociais, econômicas, políticas e do 
ser humano com a natureza, em escala local, regional, nacional e global. 
O pressuposto deste ensino está na concepção do espaço geográfico como uma 
totalidade dinâmica no qual acontecem todas as interações dos fatores sociais, 
econômicos, políticos e naturais, ou seja, as práticas sociais. 
O desafio educativo é instrumentalizar o indivíduo para que ele perceba-se como 
sujeito social e compreenda os fenômenos ligados ao espaço que orientam o seu cotidiano. 
“Hoje, creio que o objetivo da Geografia deva ser entender a sociedade e suas 
contradições usando o espaço como categoria para tal entendimento.” (Kaercher, 2002, p. 
76).
Assim, inspirada na realidade contemporânea, a Geografia torna-se uma área de 
conhecimento e uma ferramenta que auxilia o entendimento da sociedade atual, a 
compreensão dos seus valores e dos processos que conduzem as suas transformações. 
Para isso, utiliza-se do estudo da produção e organização do espaço, reflexos das ações 
humanas no processo histórico de apropriação dos lugares, nos quais as coletividades 
imprimem os seus valores socioeconômicos e culturais. 
Norteada por essa concepção, a Geografia apóia-se em três eixos ou conceitos 
considerados básicos e capazes de realizar uma análise científica do espaço: o lugar, a 
paisagem e o território. 
O lugar é o espaço vivido no cotidiano, imbuído de consensos e conflitos, repleto de 
identidade. Nele, pratica-se a cidadania. 
A paisagem é o arranjo espacial que a nossa visão alcança. Ela nos revela os 
elementos sociais, culturais e naturais e a interação entre eles, o seu permanente processo 
de transformação e os seus múltiplos espaços e tempos. 
O território é a base física e material da paisagem, delimitado pelas relações de 
poder, dominação e influência e, por conseqüência, traz em si a noção de divisão social.
A Geografia é uma ciência social e tem como seu objeto de estudo o Espaço Geográfico e 
sua composição conceitual básica: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade. 
Isto é, o espaço geográfico resultante dos atos humanos como frutos da convivência social-
cultural, produto histórico da aplicação do conhecimento acumulado pela sociedade.
Neste sentido percebemos uma relação intrínseca do objeto de estudo com o 
homem, pois, vivemos num lugar, pertencemos a uma sociedade, fazemos parte da 
natureza e apropriamos-nos dela para produção e organização de nosso espaço.
A Geografia tradicional, a primeira estabelecida no estudo do espaço, vem trabalhar 
com fundamentos de paisagem e região, secundarizando a abordagem espacial. Ratzel 
considera base indispensável à vida, valorizando a posse e domínio do espaço. Surge daí 
dois conceitos chave, que são o território e o espaço necessário á vida, denominado por 
ele como espaço vital. O território é a posse da área e o espaço o quanto dela é necessário 
à vida dos que o detém.
A relação entre os conceitos de território e espaço vital dá-se pela apropriação de 
uma porção do espaço por um determinado grupo e as necessidades territoriais, desse 
grupo em função de seu desenvolvimento tecnológico. O Estado tem então a função 
primeira de manter ou implicar o território em função do espaço vital dessa sociedade.
A geografia ganha partes, como a sociedade, que funcionam cada um com seus 
fundamentos, mas que se somam no sentido de totalidade. As partes da geografia passam 
então a tratar especificamente de uma fração do espaço, conceito que não se extingue, 
mas que se reafirma nas partes. Há a divisão da ciência geográfica em áreas, 
primeiramente a física e a humana, depois em varias partes do meio.
Tornando a geografia uma disciplina reflexiva e instigante, para a abordagem dos 
conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos 
determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais. Pressupõem uma perspectiva 
onde os professores junto com seus educandos analisem e reflitam sobre o espaço na 
busca de compreender as representações que os indivíduos inseridos nos diversos grupos 
têm sobre o espaço de vida percebido.
Visando a compreensão desta geografia critica, faz-se necessário entender todos os 
conceitos básicos considerados nesta diretriz - Paisagem, Lugar, região, território, natureza 
e sociedade. 
O conceito de paisagem junto com demais conceitos geográficos sofre um processo 
de revisão diante da globalização. Sendo assim, embora tenha uma dimensão subjetiva, 
deve ser entendido como sendo a materialidade de objetos (materiais e não materiais) em 
um determinado momento histórico, como o espaço contem o movimento, paisagem e 
espaço se completam, formando por um par dialético. A observação e a descrição de uma 
paisagem servem de ponto de partida para as analises do espaço geográfico.
O conceito de lugar é mais amplo entre os componentes do Espaço Geográfico, pois 
ele traz a discussão dos conceitos de território, de natureza, de técnica, de política entre 
outros. É o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade estão presentes. 
Os lugares diferenciam-se uns dos outros enquanto espaços produtivos, cada qual 
revelando suas especificidades, subjetividades e relacionar idades próprias do espaço 
local. 
 Região tem um conceito definido como sendo o suporte e a condição para que as 
relações globais se realizem; no mundo globalizado, onde as trocas são intensas e 
constantes, a forma e o conteúdo das regiões mudam rapidamente. O fundamento político 
do conceito se baseia no controle e gestão de um território.
O conceito de território tem uma conotação política, estando ligado a normalização 
das ações globais e locais. É no território, assim como também no lugar, que os 
instrumentos de regulação são constituídos, seja ele nacional regional ou local; é onde 
acontecem as relações de dialogo, associação e conforto entre o lugar e o mundo. 
Normalmente é o Estado quem organiza o território, mas o próprio indivíduo ou 
organizações podem “produzir” o território para suprir a ausência do Estado nos setores 
sociais.
Conceito de natureza é umconjunto de elementos naturais com dinâmica própria e 
que independe da ação humana. Atualmente a natureza é vista pelo homem apenas como 
fonte provedora de recursos, devido aos avanços técnicos e científicos, causando uma 
falsa idéia de domínio do homem sobre a natureza. Mas, a especialização dos lugares, 
hoje, se deve mais as condições técnicas e sociais do que aos recursos naturais, devido à 
artificialização do meio, tanto urbano, quanto rural.
Entende-se o conceito de sociedade pela sua relação com a natureza e em seus 
aspectos culturais, políticos, sociais e econômicos. A sociedade produz um intercambio 
com a natureza, transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo 
tempo sendo influenciado por ela, criando seus espaços conforme as relações políticas e 
as manifestações culturais. Este conceito deve ser discutido, também, a partir das relações 
globais-locais, e deve estar associado às discussões políticas sobre planejamento 
ambiental, rural, industrial e urbano e demonstrando as contradições socais existentes 
dentro de uma mesma sociedade.
Na compreensão do conhecimento geográfico é importante salientar as várias 
linguagens que o mundo moderno oferece, e constituem instrumentos fundamentais a 
serem apropriados pelos professores e educando para a compreensão da atual realidade. 
O acesso ás diferentes linguagens e aos diferentes documentos na escola proporciona aos 
educando a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para 
que atuem de forma comprometida com as necessidades, os interesses individuais e de 
seu grupo social.
O computador e a Internet já fazem parte do cotidiano de algumas escolas, mas 
ainda seu uso e suas possibilidades, além de substituir a máquina de escrever, necessitam 
ser explorada pelos nossos educandos.
O estudo de imagens é de sua importância em sala de aula, pois proporciona ao 
educando a compreensão do espaço estudado de forma real e presente (imagens de 
satélites), bem como as fotografias, planta baixa que podem mostrar as transformações de 
uma rua, de uma cidade ou de espaços maiores: ir à busca do porque dessas 
transformações é tarefa da Geografia e da História. O espaço e o tempo caminham juntos.
Dados estatísticos precisam ser utilizados e transformados em gráficos de vários 
tipos. A sua leitura e interpretação fazem parte do cotidiano da mídia. Uma problematização 
sobre uma área rural ou urbana pode ser feita através de dados estatísticos e de sua 
evolução no tempo. O educando necessita saber utilizar os dados transformá-los em 
gráficos, mas também conhecer as instituições que produzem como os órgãos oficiais 
Instituto de Geografia Estatística - IBGE, Instituto Paranaense de Desenvolvimentos 
Econômico e Social – PARDES, as Organizações das Nações Unidas-ONU e as diferentes 
Organizações Não Governamentais - ONGs.
 Os jornais, fontes de orientação da opinião pública são indispensáveis para a 
seleção de temas e problemas a serem estudados, mesmo que não concordemos com as 
respectivas análises.
 Para a Geografia, mas não só para essa disciplina, outra importante fonte de 
informação são as pessoas. As entrevistas feitas com pessoas que se relacionam com 
certo espaço ou com fenômenos espaciais fornecem subsídios que os ajudam a entender o 
significado de acontecimentos e de ação sobre o espaço, através das representações 
sociais que passam através de seu discurso.
 Analisar com os educandos do ensino médio essas falas e descobrir a gênese 
das representações que exprimem é auxiliá-los a desvendar o seu espaço, a conhecer os 
agentes sociais responsáveis por sua construção e saber que ele, educando, também é 
responsável pela sua construção.
1.1 Aulas de campo 
Fundamentação Teórica
As aulas de campo são muito importantes no aprendizado da Geografia. É em 
contato com a natureza que o aluno poderá perceber e aprender os diversos aspectos que 
envolvem o seu estudo, quer seja social, cultural ou econômico.
Diferentemente de uma aula de Geografia em sala, ou em um laboratório, a aula de 
campo apresenta uma visão do real. Saindo do abstrato, o aluno poderá analisar e 
investigar assuntos relativos ao ambiente estudado, podendo assim problematizar e ter 
uma visão critica das ações antrópicas, buscando soluções para os problemas já 
existentes na região ou que surgirão no futuro.
É muito gratificante para o professor perceber que o aluno através da prática está 
se apropriando do conhecimento, que muitas vezes durante a teoria, não contempla todas 
as suas possibilidades de aprendizado. 
Para cada tipo de excursão, os métodos de ensino e a interdependência professor-
aluno devem ser analisados para que assim se atinjam os objetivos propostos. 
Os métodos de ensino em uma saída de campo podem ser classificados em 
dirigidos, semi-dirigidos e não-dirigidos (Brusi,1992) e a relação professor-aluno pode ser 
centrada no professor, centrada no aluno ou de equilíbrio. A situação de equilíbrio, vista 
pela maioria como sendo a ideal, em alguns casos, pode tender para um lado ou para o 
outro de acordo com os objetivos didáticos propostos.
Os estudos dirigidos pressupõem que o professor é que direciona o objeto de estudo 
do aluno, que por sua vez desempenha um papel que paulatinamente redescobre os 
conceitos e fatos que o professor pretendia enfatizar desde o início. Na atividade não-
dirigida, os alunos são estimulados a uma investigação autônoma, são desconhecidos a 
princípio para os alunos, os resultados que podem ser atingidos. Finalmente na condição 
de equilíbrio, o aluno é orientado pelo professor, mas este não define previamente as 
conclusões que devem ser obtidas .
Quanto a lógica predominante que engloba referencias de conteúdo e esquemas de 
raciocínio, estes podem habilitar o estudante ao uso de certas técnicas, transmitir conceitos 
ou simplesmente ilustrar feições citadas em sala de aula.
A partir desse parâmetro, Compiani (1991) classifica as atividades de campo de 
acordo com seu papel didático que pode ser uma atividade de campo ilustrativa, que é a 
considerada mais tradicional. Serve para mostrar ou reforçar os conhecimentos já vistos 
em sala de aula, onde o aluno faz as anotações repassadas pelo professor. 
Já numa atividade de campo indutiva, a função do professor é guiar o aluno 
seqüencialmente no processo de observação e interpretação para que estes possam 
resolver os problemas propostos. Desta forma, neste tipo de aula de campo o aluno pode 
responder um questionário envolvendo questões teóricas e conceituais, previamente 
estabelecidos. O estudo pode ser dirigido ou semi-dirigido, mas é o professor que delimita 
e define o ritmo dos trabalhos. Neste formato, o processo de aprendizagem valoriza os 
métodos científicos e o raciocínio lógico dos alunos, sem se preocupar com os 
conhecimentos prévios.
A atividade de campo motivadora pressupõe despertar o interesse dos alunos para 
um dado problema ou aspecto a ser estudado. Valoriza aspectos mais genéricos como a 
paisagem o senso comum e a afetividade com o meio. O objetivo é despertar a curiosidade 
e o interesse do aluno para a disciplina, valorizando a experiência de cada aluno e seus 
questionamentos.
A atividade de campo é considerada treinadora, quando busca treinar o aluno quanto 
ao uso de aparelhos, instrumentos ou aparatos científicos como exemplo o uso da bússola 
ou do GPS (Sistema de posicionamento Global), podendo também haver, anotações de 
dados, coletas de amostras entre outros. Nesse processo, é o professor que direciona as 
atividades.
A chamada atividade de campo investigadora, estimula o aluno a resolver 
determinados problemas existentes no campo, elaborandohipóteses a serem estudadas, 
discutindo as estratégias, verificando a necessidade de buscarem mais informações em 
livros e analisando as reflexões e conclusões. Neste processo o papel do professor é 
resolver um problema quando solicitado pelo grupo, além de incentivá-los. Assim, a 
atividade é centrada no aluno, que é considerado capaz de solucionar os problemas.
A saída de campo autônoma tem um caráter investigativo, que pode também 
preparar o aluno para sua atividade profissional futura . É realizada em regiões escolhidas 
pelos alunos sem a presença do professor. A investigação é constante, e cabe ao professor 
ser o orientador do trabalho de campo. Os alunos retornam ao campo quantas vezes forem 
necessárias e a relação professor-aluno e aluno-aluno é ampliada pelas várias discussões 
e análises, além da troca de experiências entre todas as partes. Um exemplo desta forma 
de se conduzir o trabalho de campo, pode ser a análise de um rio, de um perfil de solo, da 
área urbana, entre tantas outras possibilidades. O professor, não vai ao campo, mas 
recebe informações e discute com o grupo os direcionamentos tomados.
É importante salientar que numa saída de campo, independente da série trabalhada, 
pode-se abranger conteúdos diversos dentro da própria série, bem como uma retomada de 
conteúdos das séries anteriores.
1.2 Anexo:
Imagens: Vila Velha.
 
Imagens: Parque Estadual de Campinhos.
Imagens: Parque Estadual Newton Freire – Semana Pedagógica Jul. 2012.
2. Objetivos Gerais da Disciplina:
O aluno deve ser estimulado a aprender a conhecer por meio de temas que retratam 
a sua realidade e permitam a ele perceber, pelas relações amistosas e conflituosas que se 
desenrolam no espaço geográfico, que a cidadania é um processo em constante 
construção e que ela, aos poucos, vai se realizando com a participação de todas as 
pessoas, não obstante possuam distintos modos de vida, habitem e construam espaços 
diferentes do seu.
Assim, durante todo o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, é importante que o 
aluno:
• entenda a Geografia como instrumento de seu conhecimento de mundo, como palco 
de contradições e de prática da cidadania;
• conheça os fenômenos ligados ao espaço, reconhecendo-os não apenas a partir do bi-
nômio dicotômico sociedade-natureza, mas tomando-os como produtos das relações 
que orientam seu cotidiano, que definem seu local espacial e o interligam a outros con-
juntos espaciais;
• reconheça as contradições e os conflitos políticos, econômicos, sociais e culturais, tra-
zendo e relatando em sala de aula as experiências de seu cotidiano;
• compare e avalie a qualidade de vida, os hábitos, as formas de utilização e/ou de ex-
ploração de recursos e pessoas;
• respeite as diferenças e contribua para uma organização social mais equânime;
• torne-se agente de convívio em escala local, regional, nacional e global e de sua pró-
pria aprendizagem;
• esteja receptivo a aprender, a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, desenvolvendo as 
suas competências cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras e os valores de sensibili-
dade e solidariedade necessários ao aprimoramento da vida.
3. Pressupostos Metodológicos:
Segundo Vigotski o aluno deve ter participação ativa no processo de construção do 
seu conhecimento que é realizado com base na cultura e contexto de que ele faz parte. 
Considerando essa linha de pensamento para o ensino da Geografia, privilegiou-se a inte-
gração da prática social à rotina do aluno, conferindo-lhe sentido através da contextualiza-
ção dos temas-eixos da disciplina: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade, 
por meio:
• de relatos e debates que propiciarão uma compreensão mais abrangente e real des-
ses temas; 
• da promoção e do desenvolvimento das competências e habilidades que os alunos 
estão desenvolvendo ao longo de sua trajetória escolar, através de: leituras e con-
seqüentes interpretações; comparação, análise e interpretação de diferentes lingua-
gens com informações gráficas e cartográficas com tabelas, mapas, infográficos, 
imagens, charges, cartuns músicas e obras de arte, entre outras;
• da ênfase dada ao presente vivido, apreendido e sentido pelos alunos, referenci-
ando-se em textos históricas, para analisar a transformação do espaço vivenciado, 
comparar a evolução da cultura e dos processos de desenvolvimento das socieda-
des, desenvolvendo a criticidade na análise, por exemplo, dos sistemas econômicos 
existentes; 
• de pesquisas, que possibilitem conhecer, interpretar e ter condições de avaliar a (re) 
organização do espaço geográfico e suas constantes modificações;
• de aulas de campo para “sentir” a realidade das paisagens, suas transformações e 
características; 
• de leitura, interpretação e conhecimento de mapas e tecnologias mais avançadas 
de registro do espaço que lhe permitam estabelecer comparações e constatar a evo-
lução da ciência cartográfica; 
• de aulas interativas, onde alunos e professor trocam informações e discutem a res-
peito das mesmas, estabelecendo conclusões; 
• de análise de filmes e documentários referentes aos conteúdos trabalhados para 
ampliar o conhecimento do educando e permitir o acompanhamento das transforma-
ções sócio-culturais do mundo;
• de entrevistas e coleta de informações em sua comunidade para entender melhor o 
contexto local e daí partir para análises de espaços mais amplos.
• De construção de conceitos advindos de análise pessoal de situações propostas 
com o intuito de tornar-se co-participante e atuante no meio em que vive. 
4. Organização Curricular dos conteúdos: 
4.1 Ensino Fundamental:
4.2 Ensino Médio:
PRIMEIRO ANO
UNIDADE I – A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NO CAPITALISMO
Capítulo 1 A formação do mundo capitalista
Capítulo 2 A Revolução Industrial
Capítulo 3 A inserção do Brasil na economia-mundo
Capítulo 4 O papel do comércio mundial
Capítulo 5 Circulação e Transportes
UNIDADE II - A DINÂMICA DA NATUREZA 
Capítulo 6 Estrutura geológica da Terra
Capítulo 7 Relevo
Capítulo 8 Formação e Tipos de Solo
Capítulo 9 Hidrologia e Hidrografia
UNIDADE III –ESPAÇO AGRÁRIO
Capítulo 10 O mundo rural
Capítulo 11 A agricultura brasileira
Capítulo 12 A modernização da Agricultura
Capítulo 13 O mundo rural brasileiro
Capítulo 14 Brasil: Potência agropecuária
 
UNIDADE 1V – A REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO PRODUZIDO
Capítulo 15 Localização e orientação geográfica
Capítulo 16 Diferentes formas de representação do espaço
Capítulo 17 Novas tecnologias e suas aplicações
SEGUNDO ANO
UNIDADE I – PAISAGENS NATURAIS
Capítulo 1 Dinâmica Climática
Capítulo 2 Formações Vegetais e domínios morfoclimáticos
Capítulo 3 Recursos Naturais 
Capítulo 4 fontes de energia
UNIDADE II - PRODUÇÃO DO ESPAÇO INDUSTRIAL
Capítulo 5 Características Gerais da Industrialiazção
Capítulo 6 Industrialização Clássica I – Europa
Capítulo 7 Industrialização Clássica II – os Estados Unidos
Capítulo 8 Industrialização Tardia I – Ásia, América Latina e África
Capítulo 9 Industrialização Tardia II - Brasil
Capítulo 10 Industrialização na Antiga União Soviética e na China
UNIDADE III – DINÂMICAS POPULACIONAIS
Capítulo 11 População Mundial
Capítulo 12 A população Brasileira
Capítulo 13 Migração
Capítulo 14 Migração no Brasil
Capítulo 15 Mudanças no Mundo do Trabalho
UNIDADE 1V – URBANIZAÇÃO E NOVIMENTOS SOCIAIS
Capítulo 16 Urbanização
Capítulo 17 Urbanização Brasileira
Capítulo 18 Os movimentos sociais
TERCEIRO ANO
UNIDADE I – A PRODUÇÃO DO ESPAÇO POLÍTICO
Capítulo 1 Território e fronteiras
Capítulo 2 As grandes guerras e a reordenação do espaço mundial
Capítulo 3 A geopolítica no pós guerra
Capítulo 4 A geopolítica no Brasil
UNIDADE II - A NOVA ORDEM INTERNACIONAL
Capítulo 5 Globalização
Capítulo 6 As críticas à globalização
Capítulo 7 A formação dos blocos econômicos
Capítulo 8 As grandes potências Globais
UNIDADE III – O ESPAÇO POLÍTICO: FOCOS DE TENSÃO
Capítulo 9 EuropaCapítulo 10 África
Capítulo 11 América Latina
Capítulo 12 Ásia
UNIDADE 1V – OS DESAFIOS GEOPOLÍTICOS DO SÉCULO XXI
Capítulo 13 Geopolítica dos recursos naturais
Capítulo 14 Geopolítica do petróleo
Capítulo 15 Geopolítica dos alimentos
Capítulo 16 Geopolítica da produção.
OBS. Os conteúdos referentes a História do Paraná, História e Cultura Áfro, Educação Am-
biental e Fiscal, Enfrentamento à Violência, Drogas, Educação Tributária e Relações Ét-
nico-raciais serão trabalhados paralelamente aos conteúdos acima expostos pois já encon-
tram-se em sub-títulos que constam do livro adotado para 2012. 
5. Avaliação:
A avaliação, como parte do processo de ensino-aprendizagem, traz consigo o objeti-
vo de avaliar os processos de ensino e as conquistas realizadas pelos alunos. Sendo as-
sim, precisa caracterizar-se como sendo uma observação contínua, sistemática e qualitati -
va do processo de ensino e aprendizagem. Ela serve para se ter consciência do curso dos 
processos, dos resultados educativos e, portanto, se os objetivos pedagógicos estão sendo 
atingidos. 
Nessa concepção, ela se constitui em grande auxiliar do aprendizado, um indicativo 
dos avanços de aprendizagem e dificuldades encontradas pelos alunos. É uma norteadora 
da prática pedagógica do professor, contribuindo para que ele repense o seu trabalho, o 
que deve ser retomado e que procedimentos poderão ser adotados. É por meio dela que se 
torna possível verificar se o caminho escolhido para o desenvolvimento de uma proposta 
deve ser mantido ou alterado.
Como o ensino da Geografia visa à formação de um cidadão consciente e crítico, a 
avaliação não deve privilegiar a memorização e a reprodução do que foi dito e lido em 
classe e, sim, a observação, a análise, o entendimento e a aplicação. Portanto, o conteúdo 
avaliado deve ser muito bem contextualizado e de aprendizagem significativa. Tal 
procedimento requer que o professor utilize diferentes instrumentos e formas de avaliar que 
possam envolver tanto o desenvolvimento cognitivo (operacionalização dos conceitos) 
quanto o desenvolvimento das habilidades e competências (critérios procedimentais como 
os de observação, análise, explicação, representação, interpretação, aplicação de 
conceitos, estabelecimento de relações, etc.) e critérios atitudinais (sociabilidade, 
responsabilidade, opiniões, participação individual ou em grupo, na sala de aula e fora dela, 
interesse, respeito às diferenças e valores, etc.). 
Avaliar dessa forma não é nada fácil, é uma tarefa desafiadora, porém 
compensadora, pois permite ao educando a construção da autonomia e dos valores 
necessários ao exercício de sua cidadania.
6. Referências:
ANDRADE, M. C. Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987
CORREA, R. L. Introdução a Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
Diretrizes Curriculares – Versão Preliminar, SEED – Superintendência da Educação, julho, 
2008.
GOMES, P. C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
LIMA, Elvira Souza Lima. Avaliação na Escola. São Paulo. Sobradinho 107. 2003.
MOREIRA, Ruy. O que é geografia. 14ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1994.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Para onde vai o ensino de geografia?. 4ª ed. São Paulo: 
Contexto 1993.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE. Proposta Curricular Municipal: 
Educação Infantil, Ensino Fundamental, primeira à quarta série e série e Educação 
Especial. Fazenda Rio Grande. 2004 
MENDONÇA, Francisco. Geografia Física: Ciência Humana? 6ª edição. São Paulo: 
Contexto, 1998.
MENDONÇA F. Geografia Sócio Ambiental. Terra Livre, p 113, 2001.
SANTOS, M. Da Totalidade ao Lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
SANTOS, M. A Natureza do espaço: Técnica e tempo. São Paulo: Hucitec, 1996.
SANTOS, M. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1998.
VESENTINI, J. W. Para uma Geografia Crítica na Escola. São Paulo: Àtica, 1992.
VLACH, V. R. F. O Ensino da Geografia no Brasil. O ensino de Geografia no século XXI. 
Campinas: Papirus, 2004

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