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NOMES: GABRIEL APARECIDO ESCOBAR DE LIMA JÚLIA DE PAULA MARCOS FRAGOSO MARIA EDUARDA GOMES DE MORAIS Resenha descritiva sobre o Capítulo 1 do livro “Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte” No capítulo 1 do livro “Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte” é abordado o tema “Consumo de carboidratos antes e após do exercício”, no qual os autores explicam um pouco sobre a correlação do consumo ideal e ajustado de carboidratos com uma possível melhora no desempenho físico. Desde 1967, estudos já demonstravam que a capacidade de um indivíduo sustentar exercícios por períodos prolongados, estavam diretamente ligados com os estoques de glicogênio muscular obtido, fator que é diretamente influenciado pelo modelo de dieta consumida, principalmente antes do exercício. Logo após essa breve introdução do tema apresentado, os autores ainda trazem alguns outros tópicos para explicar melhor esse assunto, dividindo a ingestão de carboidratos antes do exercício pelos seguintes períodos, 5 minutos antes, 30- 60 minutos antes e 3-6 horas antes, respectivamente. O consumo de carboidratos 5 minutos antes, segundo estudos, demonstra um efeito positivo na melhora do desempenho, assim como a ingestão durante o exercício. Já o intervalo de ingestão de carboidratos antes do exercício de 30-60 minutos, apresentam alguns efeitos consideravelmente contraditórios com uma possível melhora no desempenho do exercício, tendo em vista o fato de alguns estudos apontarem que após uma refeição contendo carboidratos, o seu pico máximo de concentração de glicose plasmática e insulina se dá na maioria dos casos, pelo período de 30-60 minutos, sendo assim o exercício iniciado nesta faixa de tempo, irá ocorrer uma queda nas concentrações plasmáticas de glicose, isso ocorre por conta do efeito em conjunto da insulina e da contração muscular sobre a captação de glicose sanguínea, aumentando esse poder de captação. O terceiro tópico apresentado sobre a ingestão de carboidratos antes do exercício é referente ao seu consumo de 3-6 horas antes, no qual demonstra ser bastante eficiente, principalmente por conta do aumento da síntese de glicogênio muscular e hepático, bem como a disponibilidade de glicose durante o exercício, além disso, respeitar esse intervalo da ingestão até o início do exercício, favorece o retorno de alguns hormônios, principalmente a insulina, aos seus níveis considerados normais. Tem se mostrado válido também, consumir carboidratos de 3-6 horas antes da atividade física acompanhado da ingestão desse macronutriente cerca 5 minutos antes, demonstrando ter efeitos positivos da ingestão combinada desses dois períodos, esse fato é evidenciado em um estudo de um pesquisador apontado no livro, no qual, 200 gramas de carboidratos foram consumidos por ciclistas cerca de 4 horas antes do exercício e além disso 5 minutos previamente ao início da atividade, os participantes ingeriram uma barra com 43 gramas de sacarose, partindo disso, os resultados demonstraram um aumento de 22% na potência das pedaladas quando comparado ao grupo placebo e também superior cerca de 11% quando comparado ao grupo que ingeriu somente a barra antes do exercício. Lembrando ainda que, para esses efeitos serem alcançados é necessária a ingestão igual ou superior a 200 gramas de carboidratos, sendo evidenciado que o consumo abaixo disso não produz efeitos significativos sobre o rendimento. Ainda abordando o tema da ingestão de carboidratos antes do exercício, neste capítulo do livro é considerado mais um importante fator sobre eles, o índice glicêmico, no qual, aponta ser melhor a ingestão dos carboidratos de baixo índice glicêmico antes do exercício, quando comparado aos de alto índice glicêmico, isso se deve a menor liberação de insulina, mantendo maior concentração de glicose e de ácidos graxos no plasma. Com relação a supercompensação de carboidratos aborda que, durante um longo tempo de exercício vai diminuindo os estoques de glicogênio muscular e quando ele estiver bem baixo se permanecer nesse ritmo, não tem como o indivíduo permanecer no exercício, e já que o atleta não mantem, ele simplesmente vai diminuindo o ritmo da atividade ou finaliza o mesmo. Quando há essa perda de glicogênio durante o exercício os atletas usam algumas técnicas de supercompensação de carboidrato o que pode dobrar as reservas de glicogênio e quanto maior esse fator, mais desempenho o atleta tem isto é, o treino, ou a prova, rende. Sendo assim a supercompensação é quando utilizamos a alimentação baseada em carboidratos juntamente com o exercício, para que aumente a síntese de glicogênio muscular, e esse método é utilizado principalmente para exercícios de resistência como por exemplo maratona, ciclismo, triatlo etc. Porém esse tipo de método só pode ser utilizado 2 vezes ao mês pois requer bastante hidratação, se por ventura isso não ocorrer pode causar problemas como rigidez muscular, câimbras sensação de excesso de peso e fadiga precoce. Na literatura há dois modelos de supercompensação, o primeiro é clássico que tem a duração de uma semana, sendo ele iniciado com sessões de treinamento exaustivos, 1 semana antes da competição. Nos 3 primeiros dias o atleta deve consumir baixa quantidade carboidrato na dieta, para diminuir ainda mais o conteúdo de glicogênio muscular durante o exercício. Depois para os 3 dias que antecedem a competição o atleta fica em repouso e tem uma dieta rica em carboidratos para fazer a supercompensação de glicogênio. Sendo essa a melhor opção para maximizar os estoques de glicogênio. O grande problema é que o atleta que for realizar a dieta com baixo carboidrato pode ter hipoglicemia, cetose, náusea, tontura, fadiga e irritabilidade, além disso pode apresentar lesões com relação ao treino. Então atualmente sabe – se que para que haja aumento na síntese de glicogênio muscular é necessário o treinamento para aumentar a atividade da enzima glicogênio sintase que a mesma é responsável pela síntese do glicogênio e concomitantemente o acúmulo deste. Sendo assim os exercícios devem ser os mesmos da competição pois o estoque de glicogênio é específico para cada exercício que o atleta vai fazer. E por fim é necessário o repouso dos 3 dias antes da competição para não utilizar o glicogênio armazenado. Já o segundo composto por Sherman que inicia-se 7 dias antes da competição, sendo que nos 3 dias iniciais a dieta deve ser composta por carboidratos 50% do valor energético diário); e 3 dias antes do evento a dieta deve ser composta por carboidratos sendo eles 70% do valor energético diário, acompanhando a redução de gordura gradativa do esforço físico. Prosseguindo no mesmo capítulo, temos a ingestão de carboidratos durante o exercício que é extremamente necessário para não causar problemas ao atleta como por exemplo a fadiga precoce. Pois o carboidrato é a principal fonte de energia, mas só vai melhorar o rendimento se a atividade durar mais de 90 minutos a uma intensidade superior a 70% do VO² máx. Atividades intervaladas com períodos de descanso também podem ser beneficiadas pelo uso de carboidratos para manter as reservas de glicogênio hepático e muscular. A suplementação de carboidratos durante o exercício é uma ótima opção para prevenir a fadiga precoce, tendo o cuidado de ser ingerida todo o tempo em que a atividade está sendo realizada ou pelo menos 35 minutos antes da fadiga pois o esvaziamento gástrico é muito rápido. Temos outras formas de oferecer também como géis, barras, gerando um aumento de saciedade, lembrando que a ingestão de carboidratos relacionado a quantidade depende do exercício praticado, depende das diferenças individuais entre os atletas, e da duração do exercício praticado Ainda nesse capítulo é abordado o consumo de carboidrato após o exercício, é tratado ofato de que para o atleta de hoje, a recuperação após o exercício é visto como um desafio, já que os períodos de descanso variam de 6 a 24 horas entre as sessões de treino, e a sua alimentação também interfere na concentração dos estoques de glicogênio muscular. O consumo de carboidrato nos pós treino é importante, pois ele eleva os níveis de insulina e glicose e reduz os níveis dos hormônios antagônicos, (epinefrina, glucagon e cortisol) que atrapalham no transporte de glicose para o músculo. Foi abordado por meio de estudos que quando se é consumido carboidrato duas horas após o fim da atividade a taxa de reposição do glicogênio muscular é menor do que quando é comparada com a ingestão imediata de carboidrato após o termino do exercício onde a reposição do glicogênio muscular pode ser até 3 vezes maior do que durante o período de recuperação. No texto é explicado a importância do consumo imediato após o treino com três motivos: por conta de que o fluxo sanguíneo para o músculo do atleta nesse estado é bem maior, fazendo com que ocorra maior captação de glicose por ele, assim os receptores de insulina acabam ficando sensíveis fazendo uma maior concentração de glicose e aumento da síntese de glicogênio pelo fato de que a enzima formadora do mesmo, glicogênio sintetase, está com a sua atividade superestimada. É informado também que o tipo de carboidrato e o índice glicêmico influencia na recuperação, a glicose e a sacarose são bem mais eficazes, visto que a frutose está mais relacionada com o glicogênio hepático, e estudos comprovaram que alimentos com alto índice glicêmico resultam em uma recuperação do glicogênio muscular mais eficiente do que os de baixo índice. É levantando ainda no texto a realidade de que muitos atletas não sentem fome após o exercício e para que seja feito o controle dos estoque de glicogênio imediatamente pode ser oferecido bebidas esportivas ou bebidas que sejam à base de carboidratos, porém isso não é dito como regra, é relatado no livro que para que os resultados sejam alcançados é necessário que o individuo consuma a quantidade de carboidrato recomendada, mesmo que ela seja feita em conjunto com outros macronutrientes, como lipídeos e proteínas, mas todos devem ser desfrutados na quantidade necessária para aquele atleta, pois o excesso deles sim pode interferir na taxa de reposição do glicogênio
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