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A utilização de jogos no ensino da matemática

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3
JOGOS E TECNOLOGIA NO ENSINO DA MATEMÁTICA
	
Aline Lima de Sousa¹
Joelma Ferreira de Oliveira¹
Valquiria Zeferino Germano da Silva²
	
RESUMO
O presente estudo relaciona-se com as questões que circundam o ensino da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Observa-se que atualmente aumenta o número de estratégias e recursos de ensino aplicado no sentido de ampliar as aprendizagens de forma divertida e quebrar esse paradigma que a mesma é extremamente difícil e cheias de obstáculos. Dessa forma, as metodologias diversificadas juntamente com o modo como os docentes as utilizam constituiu-se um fator decisivo que garante o processo de construção de conhecimento dos seus alunos. A metodologia baseou-se na pesquisa bibliográfica na qual alguns autores demonstram a importância dos jogos e brincadeiras nas aulas de matemática como uma possibilidade de auxiliar os alunos nas dificuldades apresentadas.
Palavras-chave: Aprendizagem. Educação. Jogos. Matemática. 
1. INTRODUÇÃO
A importância da matemática, de modo geral é inquestionável, porém, a qualidade do ensino dessa disciplina encontra-se em um nível extremamente baixo, com isso, é necessário encontrar estratégias que podem facilitar a aprendizagem dos educandos. Os jogos é uma possibilidade de tornar essas aulas mais dinâmicas e atraentes, auxiliando os alunos nesses bloqueios e dificuldades apresentadas. 
Os jogos matemáticos são instrumentos pedagógicos, que aumentam a motivação da criança para aprender, expande a autoconfiança, a imaginação, concentração, atenção, o raciocínio lógico, a capacidade de organização e a sociabilidade, pois ao jogar ela interage com colegas e professores, obedecem regras e combinados. É muito comum ouvirmos pessoas comentar que sua maior dificuldade sempre foi aprender matemática, esse problema já é considerado cultural, pois já deduzimos o ensino baseados em cálculos, memorização, provas, livros didáticos e exercícios no caderno, métodos estes, que não ultrapassam os muros da escola.
Sabemos que não é fácil ensinar matemática, entender e aprender tampouco, por esse motivo faz-se extremamente necessário utilizar práticas para auxiliar o professor e o aluno nesse processo. Sendo assim, o objetivo central desse estudo é problematizar a relevância do ensino da matemática dos anos iniciais do ensino fundamental, através de materiais concretos e brincadeiras. Assim, faremos uso de referenciais teóricos que abortam a matemática nos anos iniciais de forma lúdica para a construção da aprendizagem dos alunos.
Dessa forma, o objetivo desse estudo é problematizar a relevância do ensino da matemática dos anos iniciais do ensino fundamental, a partir de jogos e do lúdico. Iremos utilizar o uso de referenciais teóricos que tratem dessa questão como meio para a construção de uma aprendizagem prazerosa e significativa para o aluno. A partir dessa temática, podemos levantar as seguintes questões: Qual a importância dos jogos matemáticos nos anos iniciais do ensino fundamental? Qual a contribuição das aulas interativas para a aprendizagem dos alunos? 
2. A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS MATEMÁTICOS E BRINCADEIRAS COMO RECURSO PEDAGÓGICO
Os jogos fazem parte da cultura de muitas gerações, não há quem não se lembre de um ou mais jogos que marcaram o período da infância, o mesmo quando levado para a sala de aula alegra e motiva as crianças a querer aprender. Dizemos que o jogo é um socializador, pois permite que os alunos interajam entre si. É por meio do jogar e do brincar que a criança se coloca no mundo adulto, expandindo suas habilidades, aprendendo regras e criando soluções para seus próprios conflitos.
De acordo com Jean Piaget (1976, p. 160) o desenvolvimento mental da criança pode ser estimulado através de brincadeiras e de jogos, visto que essa ferramenta constitui tanto no desenvolvimento das atividades cognitivas quanto nas sociais. É muito importante sempre estimular o aluno a buscar seu conhecimento com mais autonomia, visto que, a matemática foi e ainda é encarada como um “bicho de sete cabeças” na escola. Isso acontece na maioria das vezes pela forma que a mesma é trabalhada e como ela é vista pelos alunos, como uma disciplina totalmente sem funcionalidade, porque na maioria das vezes os docentes trabalham somente com aulas tradicionais focadas em resoluções de exercícios, [...] o ensino de matemática nesse sentido não mostra nenhum atrativo para a criança, uma vez que ela aprende muito mais e com maior facilidade através da interação com o concreto, com as brincadeiras e os jogos. (MATOS; ANDRADE, 2013, p.8)
A cultura infantil tem suas características, a criança trás consigo suas vivências e isso é um fator extremamente importante para que ocorra uma aprendizagem significativa e prazerosa, mas para que se efetive o professor deve elaborar um planejamento que aborde a cultura dos próprios alunos, construindo e dialogando jogos e brincadeiras da própria infância. Essa bagagem cultural da criança é elaborada através de suas experiências e grande parte delas são lúdicas. É brincando que ela estabelece relações e constrói conhecimentos.
Para um ensino voltado para o lúdico, o professor deve buscar uma preparação, novos conhecimentos, através de estudos, pesquisas e cursos especializados para desenvolver seu planejamento com um diferencial preparado para a inclusão de jogos e demais brincadeiras, antes de disponibilizar os mesmos para os alunos. As atividades lúdicas não devem ser apresentadas para os alunos como um passa tempo, ao contrário, precisa ser pensado e elaborado. O jogo é um instrumento pedagógico essencial para o ato de aprender e ensinar. Para Vygotsky (apud HATINGER, 2005, p.84) o jogo é um elemento socializador imensamente significativo para o desenvolvimento humano. Para o autor, é de forma lúdica que a criança é inserida no mundo adulto.
Na infância o desenvolvimento do raciocínio acontece constantemente e muito depressa, os estímulos às aprendizagens abrem viabilidades em áreas onde a criança ainda não possui conhecimento, dando para ela maiores perspectivas de espaços e situações. Esses mesmos estímulos se dão por meio dos jogos, os mesmos apresentam um papel essencial no aprendizado, a criança aprende e se diverte simultaneamente. Desta forma, “[...] é preciso haver certo cuidado com a criação e elaboração dos jogos educacionais, pois é a partir destes que a criança poderá desenvolver toda sua parte sensório-motora, lógica e de raciocínio.” (MAROSTEGAN; MURAROLLI, 2015, p.111)
Para Starepravo (2010, p.20) podemos utilizar os jogos como facilitador no caso do ensino da matemática,
[...] Se conseguirmos compreender o papel que os jogos exercem na aprendizagem de matemática, poderemos usá-los como instrumentos importantes, tornando-os parte integrante de nossas aulas de matemática. Mas devemos estar atentos para que eles realmente constituam desafios. Para isso, devemos propor jogos nos quais as crianças usem estratégias próprias e não simplesmente apliquem técnicas ensinadas anteriormente.
Para teóricos como Piaget, Vygotsky entre outros o uso de jogos é um grande aliado em propostas de ensino de matemática e em outras disciplinas. Os professores que utilizam de estratégias construtivistas tornam suas aulas ricas na quantidade e variedade de jogos e brincadeiras para que as crianças possam descobrir conceitos e fórmulas por meio das vivências práticas e manipulação de jogos.
Após o surgimento de novas concepções de ensino, o jogo passa a ser considerado “provocador” de aprendizagem, tornando-se um material concreto essencial que deve estar presente no planejamento dos docentes. Ao “optar pelo jogo como estratégia de ensino, o professor o faz como uma intenção: propiciar a aprendizagem. E ao fazer isto tem como propósito o ensino de um conteúdo ou de uma habilidade” (MOURA, 1991, p.3).
Além disso, o jogo pode ir além da amplificação de conhecimentos específicos, acerca dessa questão Grando (2004, p.26) faz as seguintes implicações,
[...] durante o jogo observamos que, muitas vezes, as crianças (adversários)ajudam-se durante as jogadas, esclarecendo regras e, até mesmo, apontando melhores jogadas (estratégias). A competição fica minimizada. O objetivo torna-se a socialização do conhecimento do jogo. Nesse processo de socialização no jogo, a criança ouve o colega e discute, identificando diferentes perspectivas e justificando-se.
	
No contexto educacional manter os alunos focados e motivados em aprender não é uma tarefa fácil. O professor precisa pensar em possibilidades e recursos que chamem a atenção e aguce a curiosidade de seus alunos, o lúdico de forma geral é uma alternativa que deve ser usada para estimular a aprendizagem, porém, é muito importante que tenha um planejamento, levando em conta todos os objetivos a serem traçados ao utilizar os jogos como recurso pedagógico.
É importante planejar os jogos para aprendizagem de acordo com os objetivos didáticos pretendidos, pois o jogo é uma estratégia de ensinar muito interessante tanto para o professor como para o aluno, porque há uma troca onde todos aprendem. Assim o professor dá condições de estabelecer as metas com uma caminhada significativa abordando pedagogicamente a ideia de matemática pretendida. (CANAL et al, 2013, p. 3)
Ensinar em si não é a maior dificuldade para os professores e sim, lidar com as diversas dificuldades dos alunos, como déficit de atenção ou em outros casos específicos que o problema não está centrado no aluno e sim no ambiente familiar que automaticamente afeta seu desenvolvimento. Para Soares (2010, p.13) talvez a melhor forma de lidar e enfrentar esse dilema seja ressaltando uma atenção maior nas atividades trabalhadas e não na tentativa obsessiva de controlar o que os alunos aprendem. Dessa forma, o aluno ao deparar-se com as situações que favorecem seu aprendizado, não somente em sala, mas em outros ambientes em diversas perspectivas, permitindo concretizar informações de forma mais fixa, abordando conteúdos com flexibilidade e facilidade permitindo solucionar problemas utilizando seus próprios métodos.
Outra questão referente ao ato de ensinar e aprender é a empatia, os alunos tendem a ser mais receptivos quando se sentem mais acolhidos. O professor que mantém uma boa relação com seus alunos, passando uma relação de amizade e respeito, trás uma imagem de que aprender não é uma obrigação ou um castigo, mas um caminho de desenvolvimento e conhecimento, de forma prazerosa e interativa.
Motivar os alunos principalmente no ensino fundamental costuma a ser um desafio para os professores. Para muitos ir à escola é uma obrigação, assim, ensinar se torna mais complicado, devido às barreiras entre educação e diversão. É preciso uma mediação para recuperar e estabelecer relações entre as duas partes, aprender e se divertir podem ser complementos uma da outra, a criança precisa entender esse processo pode ser atraente e divertido.
Por outro lado, os desafios para quem aprende também são complexos, o desenvolvimento individual é possível se o mesmo buscar aprender o que ainda falta em questões de conhecimentos. Nos anos iniciais é preciso que o aluno faça a distinção entre o que é individual do que é coletivo, além de ter consciência de que os progressos de sua aprendizagem se dão pelos seus próprios esforços. É importante que os mesmos sejam responsáveis por estabelecerem seus próprios métodos e aprendam a utilizados de maneira eficaz para a resolução de problemas matemáticos de forma prática. De acordo com Starepravo (2009, p.26)
É importante que as crianças criem seus próprios procedimentos, ainda que aos olhos do professor eles pareçam muito trabalhosos. Para se apropriar de um sistema de representação convencional, é fundamental que elas usem inicialmente representações pessoais. A abstração deve ser progressiva, respeitando-se as suas descobertas.
Existem inúmeras possibilidades para trabalhar matemática, deixando de lado somente o ensino tradicional, mas levando em consideração outras propostas pedagógicas, como o uso de jogos, de computadores entre outros, fazendo com que o aluno deixa de ser apenas um receptor de conteúdos, passando a ser participativo do próprio processo de construção do conhecimento. Ensinar através dos jogos é um caminho para construir aulas interessantes, dinâmicas e descontraídas, podendo montar grupos e criar competições, o que desperta no aluno a vontade de frequentar as aulas, já que se diverte e aprende simultaneamente. Porém, 
[...] a utilização dos jogos matemáticos enquanto recurso didático exige um planejamento bem estruturado, com metodologia detalhada e objetivos definidos, que busquem não só auxiliar os educandos no processo de construção de seus conhecimentos, mas também proporcionar ao professor momentos de reflexão sobre sua prática educativa no contexto da relação entre professor, aluno e saber matemático. (SELVA; CAMARGO, 2009, p.6)
O uso de jogos e demais materiais concretos ficam na maioria das vezes desconhecidos por grande parte dos alunos, quando é utilizada de forma não planejada pelo professor. Muitas crianças tem dificuldade na compreensão dos conteúdos de matemática, então premiar o aluno com jogos é privilegiar o conhecimento apenas para alguns. “Nada deve ser dado à criança, no campo na matemática, sem primeiro apresentar-se a ela uma situação concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na abstração”. (AZEVEDO, 1979, p.27)
Compreender e fazer são duas questões imprescindíveis quando o assunto é cálculo. Embora, alguns alunos consigam alcançar o resultado esperado, muitos ainda não entendem o contexto por trás dos procedimentos realizados por ele mesmo. O professor tem em suas mãos ferramentas e possibilidades que contribuem para construir novas práticas pedagógicas, novas formas ensinar de maneira atraente e gratificante, o aluno brinca e ao mesmo tempo ele constrói sua aprendizagem. A matemática precisa ser trabalhada de forma desafiadora, que ofereça ao aluno momentos de criatividade e reflexão.
O professor deve estar se aperfeiçoando constantemente, seus objetivos devem ser claros em suas propostas, assim, seu foco deve ser na didática, não basta somente deter o conhecimento a ser ensinado, mas compreender como a criança aprende. Além disso, é necessário conhecer cada criança, pois toda e qualquer ação pedagógica deve partir do que o aluno é, e do que ele trás consigo.
Também é essencial que a criança entenda que a matemática está presente em nosso cotidiano, em tudo que vivemos, ao brincar na quadra da escola, no telefone, para se localizar, no calendário, em receitas, até na nossa data de nascimento.
Tecnologia no ensino da Matemática 
	No contexto de ensino, a aprendizagem necessita de ações e intervenções que caracterizem a interpretação, experimentação, indução, visualização e a demonstração, as quais podem ser feitas por meio da interação dos alunos com a tecnologia, como os jogos digitais e os objetivos de aprendizagens, que são ferramentas poderosas para apoiar o professor nos processos de ensino-aprendizagem.
	Há muitos investimentos governamentais em Programas e Políticas voltadas para o uso das TICs na educação. Dentre eles podemos citar: o DVD escola, mídias na educação, pró letramento, TV escola entre outros. Referente à utilização desses recursos Setzer (2001) manifesta dos benefícios dos mesmos, bem como as estratégias de ensino que podem ser aplicadas. Em seu livro denominado “Meios eletrônicos e educação: uma visão alternativa” o autor expõe as tecnologias que fazem parte dos ambientes educacionais e explora a influência da mesma no desenvolvimento dos alunos.
	Evidenciamos que os saberes pedagógicos e os tecnológicos deveriam se unir na atuação docente, articulando assim as competências para utilizar os recursos tecnológicos para auxiliar no ensino dos conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. A cada dia que passa os contextos sociais vem se modificando e a escola precisa acompanhar essas mudanças. Essa situação exige que os educadores adotam novos métodos e práticas didáticas, nos quais estãoos jogos online.
Os jogos fazem parte do cotidiano das pessoas dentro e fora da escola, mas no que diz respeito à sala de aula, esse recurso ganha uma nova aplicação: o trabalho com jogos de forma didática. Os jogos e os materiais pedagógicos exercem uma influência benéfica e positiva sobre os alunos durante a construção de conceitos em matemática, mas demandam uma organização e planejamento anteriores, à luz da intenção didática do professor. (MELO; SILVA, 2001, p.5)
	As tecnologias podem ser consideradas recursos de aprendizagem, além disso, ela abre novas possibilidades que fazem o aluno a perceber a importância dos conteúdos que são estudados. Esse século se caracterizou pela cultura tecnológica e virtual, isso faz com que essas tecnologias seja, vistas também como um recurso didático e seu uso tem que tornado cada dia mais indispensável. 
	Sobre os softwares e jogos educacionais é muito importante que os educadores escolham com critério, visando os objetivos que pretendem atingir e de sua concepção de aprendizagem e conhecimento. O maior desafio para alguns profissionais ainda é não saber lidar com esses recursos em sala de aula. Por mais incrível que venha a ser, ainda existem professores que não se adaptaram com esses recursos e ainda preferem o ensino voltado para o tradicional.
	A necessidade de inovação é constante, além da busca pela formação continuada, é preciso um preparo também para as novas questões tecnológicas que estão crescendo em uma velocidade impressionante, temos que acompanhar e entender as novas gerações, os nossos alunos. A internet desperta imenso interesse nas pessoas, nossas crianças e jovens estão inseridos nessa perspectiva, os jogos digitais auxiliam no ensino por ser um tema de interesse geral dos alunos, o ambiente escolar passa a ter grande responsabilidade pela inclusão digital do aluno, nesse contexto informatizado, exercitando também questões de cidadania. De acordo com Melo e Silva (2001, p.6)
[...] os jogos digitais e os objetos de aprendizagem podem contribuir na prática docente de licenciandos de matemática ou docentes dos mais diversos níveis de ensino, utilizando-os para potencializar o processo de ensino-aprendizagem, motivar os alunos a aprender e a dar mais significado ao seu conhecimento matemático.
	Para que essa parceria dê certo é necessário o acompanhamento de profissionais qualificados para orientar os alunos frente às dificuldades apresentadas, fazendo com que eles participem de forma ativa na elaboração de projetos e estratégias de ensino. Dessa forma, o uso das tecnologias na educação podem incrementar espaços que visem novos modos de aprender e ensinar, propiciando novas experiências e significados.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho teve como temática a utilização dos jogos no ensino da matemática, após a escolha do tema, deu-se início a uma pesquisa bibliográfica. Para obtermos as análises utilizamos variáveis como: profissão dos autores, data de publicação e local da pesquisa. Encontramos livros e artigos de diferentes autores, os quais alguns foram citados no decorrer deste trabalho, as pesquisas dos artigos foram realizadas no mês de agosto de 2019, com o intuito de compreender os jogos como instrumentos pedagógicos que facilitam a aprendizagem, bem como as metodologias aplicadas pelos profissionais da educação, no sentido de refletir sobre o verdadeiro significado de aprendizagens. Entre os livros utilizados podemos citar o de Jean Piaget (1976) que se intitula “A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação”.
FIGURA 1: A FORMAÇÃO DO SÍMBOLO NA CRIANÇA: IMITAÇÃO, JOGO, IMAGEM E REPRESENTAÇÃO.
Fonte: PIAGET (1976)
	Optou-se primeiramente por realizar este trabalho para apresentar aos leitores a importância do uso de jogos nas aulas de matemática, podemos criar um diálogo entre teóricos e autores sobre a forma lúdica e as inúmeras possibilidades de propostas que perpassam o desenvolvimento em sala de aula, mas que acrescente também no cotidiano do aluno, ou seja, o uso de jogos é destacado neste artigo por proporcionar novas formas de relação entre alunos e professores, possibilitando momentos de reflexões, busca de revisões ou mudanças de práticas. Por consequência, nos apropriamos de conteúdos que retratassem nosso estudo. O artigo trás discussão, conclusão e referencial teórico. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através das pesquisas bibliográficas pode-se perceber que os alunos brasileiros, na sua grande maioria, não sabem ou não gostam de matemática. É necessário que haja mudanças na nossa educação, momentos de profundas reflexões e análises nas práticas pedagógicas que vem sendo utilizadas pelos professores. O mesmo desempenha um papel importantíssimo e trás consigo muitas responsabilidades na formação cognitiva e social dos seus alunos.
	Ao analisar os artigos podemos constatar que os alunos possuem dificuldades de aprendizagem, e os jogos contribuíram para o melhor entendimento e fixação dos conteúdos que foram ensinados e o mais interessante é que as crianças passam a aprender de uma forma dinâmica e descontraída, dando possibilidade para o aluno construa sua própria aprendizagem e também permite que a turma troque experiências. Através dessas ferramentas os educadores podem desenvolver habilidades nos educando dentro de sua faixa etária, respeitando seus processos coletivos e individuais.
	A utilização desses jogos como estratégias de ensino vem cada dia mais demonstrando melhores resultados em sala de aula e fora dela também, pois ele cria situações que ultrapassam as barreiras do ensino tradicional, ou seja, as crianças nem percebem que estão aprendendo, elas simplesmente desenvolvem o raciocínio lógico, sua imaginação, entre tantos outros benefícios qualificam o processo de ensino e aprendizagem. 
5. CONCLUSÕES
No decorrer deste artigo foram levantadas questões que nos remetem a uma reflexão sobre as metodologias aplicadas no ensino da matemática. Os jogos é um exemplo de como os processos de ensino podem ser dinâmicos e divertidos, o ensino não deve continuar sendo feito de modo mecânico e tradicional, pois dessa forma os alunos decoram os conteúdos ao invés de obter realmente um conhecimento realmente significativo.
	O educador deve ser o sujeito da ação, auxiliando e conduzindo as aprendizagens com novos significados nas suas práticas, dessa forma, os alunos irão ter uma compreensão mais ampla para enfrentar as dificuldades com as quais se deparam em sala de aula, no sentido que aumente a qualidade do rendimento escolar e do ensino. Esse recurso pedagógico tem apresentado bons resultados, pois permite aos dissentes resolver problemas através da criatividade e participação.
	Para obter um resultado positivo com o uso de jogos em sala de aula é necessário que os professores façam um planejamento bem estruturado, focando nos objetivos e metas que almeja alcançar através daquele recurso, relacionados aos aspectos cognitivos, sociais e afetivos dos alunos, vale lembrar que, o mesmo não deve ser ofertado como premiação para parte da turma, ou até mesmo como passa tempo. Então, é perceptível o papel do docente ao procurar maneiras de melhorar o ensino da matemática, buscando recursos alternativos que possibilitem a criança aprender com qualidade, obtendo assim ótimos resultados na disciplina e ainda para a formação pessoal de seus alunos.
REFERÊNCIAS
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BERNSTEIN, Tatiane Cristine. Ensino de matemática e jogos digitais: um estudo etnomatemático nos anos iniciais. 2017. 131 f. Dissertação de Mestrado – Univates. Lajeado, 2017.
CABRAL, Marcos Aurélio. A utilização de jogos no ensino de matemática. 2006. 52 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006.
CANAL, Denise Cristina et al. O ensino da matemática nos anos iniciais numa perspectiva ludopedagógica. 2013. 8 f. VI Congresso Internacional de Ensino da Matemática.Rio Grande do Sul, 2013.
ELORZA, Natiele Silva Lamera; FURKOTTER, Monica. Os jogos no ensino de matemática dos anos iniciais do ensino fundamental: o que apontam pesquisas sobre os momentos dos jogos. 2015. 18f. XII Congresso Nacional de Educação – Educere. São Paulo, 2015.
FABRÍCIO, Anelise Diehl. O ensino da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: Concepções e práticas docentes. 2006. 100 f. Dissertação de Mestrado - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.
GRANDO, R. C. O jogo e a matemática no contexto de sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004.
HAETINGER, Max Gunther. O universo criativo da criança na educação. Brasil: Instituto criar, 2005.
JORDÃO, Helani Daluz Cumin; BETINI, Roberto Cesar. Ensinando através de jogos matemáticos. 2014. 25 f. Artigo Científico. Paraná, 2014. 
MACARINI, Adriana Rodrigues Luz. A matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: as estratégias de ensino como potencializadoras da aprendizagem. 2007. 117 f. Dissertação de Mestrado – Universidade Univali. Santa Catarina, 2007.
MAROSTEGAN, Jéssica Beatriz; MURAROLLI, Priscila Ligabó. Jogos educativos matemáticos nos anos iniciais do ensino fundamental. Perspectivas em Ciências Tecnológicas, v. 3, n. 3, Maio 2014, p. 109-140.
MATOS, Geane Vieira de; ANDRADE, Silvana Sousa. Educação Matemática nos anos iniciais: A contribuição dos jogos na aprendizagem de crianças com dificuldades em matemática. 2013. 10 f. VI Congresso Internacional de Ensino da Matemática. Rio Grande do Sul, 2013.
MELO, Maclyne de; SILVA, Kátia Cilene da. Jogos digitais e objetos de aprendizagem no ensino da matemática. 2011. 10 f. III Encontro Regional em Educação Matemática. Mossoró – RN, 2011.
MOURA, M. O. de. O jogo na educação matemática. In: O jogo e a construção do conhecimento. São Paulo: FDE, n.10, p. 45-53, 1991.
NUNES, Francine Luiza Poltronieri; SARACENI, Gisely Cristiane Mandeli Gomes. O lúdico no aprendizado da matemática na educação infantil. 2013. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. São Paulo, 2013.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1976.
ROSADA, Adriane Michele Costa. A importância dos jogos na educação matemática no ensino fundamental. 2013. 45 f. Monografia - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Câmpus Medianeira, 2013.
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SETZER, Valdemar W. Meios eletrônicos e educação: uma visão alternativa. São Paulo: Escrituras Editora, 2001.
STAREPRAVO, A. R. Jogando com a matemática: números e operações. Curitiba: Aymará, 2009.
1 Acadêmicas do Curso de Licenciatura em Pedagogia
2 Tutora do Curso de Licenciatura em Pedagogia
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI– Pedagogia (PED1607) – Prática do Módulo VII - 19/09/2019

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