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Liberdade - Seminario Existencialismo

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Lucas Bittencourt Pimentel
Liberdade
“A liberdade em Jean-Paul Sartre: responsabilidade, angústia e má-fé Não há nada que possa eximir o homem da sua condição de ser livre e, consequentemente, da sua condição de responsabilidade diante de seus atos. Barreiras psicológicas, históricas ou socioeconômicas não são capazes de ofuscar a liberdade.” - Lucas Caminha (2015).
A teoria de liberdade possui diferentes formas de pensar e também diversos defensores dessas teorias. A questão de liberdade é algo complexo, mas que pontuarei na Liberdade de Jean-Paul Sartre. Antes de iniciar com a liberdade precisa iniciar uma discussão sobre o que é ética? Quais as outras teorias de Liberdade? E o que diz a Teoria de Liberdade proposta por Jean-Paul Sartre.
Se iniciar a discussão sobre ética pode iniciar a discussão sobre os outros pontos de vista sobre a teoria da Liberdade. Alguns defendem o Livre arbítrio, em que o sujeito é livre para escolher e ele sabe que poderia ter escolhido de uma forma diferente; Já os defensores do Determinismo levantam a ideia de que tudo é determinado e destinado a algo, tudo que acontece na vida do sujeito é por uma causa determinada; E por fim temos a teoria da liberdade situada, em que o sujeito possui liberdade de escolha em algumas circunstancias e em outras é fora de sua escolha, por exemplo, onde vai nascer, a língua, a nação, os pais, mas em outros aspectos ele pode escolher, ele tem espaço de liberdade mas não possui uma liberdade total. Traços que são deliberados e traços que não são deliberados.
Relacionado com o Existencialismo, a ética no caso não parte de uma metafísica de uma essência, mas da própria existência humana. De acordo com esta teoria representa o homem com uma realidade imperfeita, que foi lançado no mundo e apenas vive. Uma teoria que é um tanto quanto pessimista, a vida não é um caminho linear que possui inicio, meio e fim. A vida é um absurdo, ela não possui sentido, em referencia a isso: A náusea de Sartre, entre outras tantas obras de filósofos existencialistas. A vida não possui uma finalidade, não há um “Telos”, a existência é gratuita e não há razão de ser. A vida não é que nem um romance policial, por exemplo, em que no final do enredo onde houve uma abundancia de problemas e desafios, o herói ou protagonista consegue solucionar esses problemas. Sendo assim não existe uma ideia de linearidade. 
Para Sartre um dos maiores pontos de sua filosofia é que a existência precede a essência, sendo assim construímos nossa essência, não nascemos com ela acabada. Do mesmo modo a ética não é algo que nasce pronto, mas é algo em construção. O humano nasce com o nada e esse nada é que possibilita a infinidade de caminhos, se o sujeito nascesse com um caminho pré-definido, então tudo estaria pronto e os caminhos destinados. Sendo assim tanto quanto as escolhas como a própria ética é uma possibilidade e o sujeito é o único responsável de forma direta ou indireta por essas escolhas. O não aceitamento dessa liberdade resulta no que Sartre chama de má-fé, da mesma forma a busca por um engajamento que seria assumir o Bem para si e para o outro.
A liberdade possui pontos positivos e negativos, o positivo é que temos a liberdade de escolha, porém por outro lado é algo pesado para a existência do sujeito, pois tudo é a partir das escolhas e tudo é de responsabilidade do mesmo. Sempre uma escolha remete a perdas. 
De acordo com Sartre o humano possui três fardos a carregar Angustia e o Abandono e o Desespero. A angústia remete a responsabilidade pelas escolhas, já que tudo é possível, o sujeito escolhe sua existência e é responsável por tudo, sendo assim ele se angustia. O abandono, pois o sujeito não possui uma orientação moral a seguir, sendo assim a ética é algo que se constrói com a existência do sujeito, não é dada de forma prévia. Por fim o desespero, pois não há um “norte” a seguir, deve se buscar esse “norte” e dessa forma surge o desespero.
Sendo assim o Existencialismo é uma das vertentes filosóficas mais pessimistas, pois ela demonstra que a vida humana não tem uma finalidade, não tem uma ética norteadora pré-estabelecida. O homem é responsável por todas as suas escolhas e isso gera angustia. De acordo com Sartre: “Viver é isto: ficar equilibrando, o tempo todo, entre escolhas e consequências”.

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