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Apostila Ajustes-0

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA 
“José Crespo Gonzales” 
 
1 
 
Apostila 
 
 
 
 
 
 
AJUSTES ENTRE EIXO/CUBO/CHAVETA, 
EIXO/ROLAMENTOS 
 
 
 
Curso de Tecnologia em Projetos Mecânicos 
Sigla de Disciplina: CM2/EMF005 
Professor M.Sc. José Antonio Esquerdo Lopes 
Professor Antonio Accarini Filho 
 
 
 
 
Abril/2014 
Revisão 0 
 
2 
 
AJUSTES 
 
ESCOLHA DOS AJUSTES 
A escolha dos ajustes para as peças em acoplamento em um conjunto mecânico, exige do projetista 
um profundo conhecimento dos processos de fabricação e da disponibilidade do equipamento. Além disso 
os ajustes devem representar as necessidades e exigências do dimensionamento que precedeu ao desenho 
de conjunto e detalhamento das peças. Somente de posse desses conhecimentos é que se poderá optar, 
dentro de uma grande variação de alternativas, pela melhor solução para a qualidade necessária no 
acoplamento. 
Devido à grande variação das possibilidades de acoplamento que oferece o sistema de ajustes, 
conclui-se que a escolha de um ajuste deve levar em consideração determinados fatores, tais como, peso 
das peças, custo de fabricação, vida útil desejável ao sistema mecânico e intercambiabilidade das peças em 
acoplamento. 
 
APLICAÇÕES DOS AJUSTES 
As tabelas 1, 2 e 3, apresentam as aplicações industriais mais importantes dos ajustes normalizados, 
tanto para furo-base como para eixo-base. Aplicações semelhantes para casos específicos, poderão ser 
utilizadas dependendo da análise de jogos e interferências passíveis de serem efetivadas, de acordo com as 
exigências do cálculo de dimensionamento. 
 
Tabela 1 – Tolerâncias abertas – construção grosseira 
Furo-base Eixo-base Tipo de ajuste Aplicações 
H11 a a12 h11 A12 Peças móveis com grande 
tolerância e muito jogo 
 
H11 c11 h11 C11 Peças móveis com grande 
tolerância e jogo 
● rolamentos em máquinas agrícolas 
● varão de acionamento de freio da automóveis 
● eixos interruptores giratórios limitadores de curso 
H11 a11 
H10 d10 
H10 d9 
 
 
h11 D9 
h10 D10 
h9 D10 
Peças móveis, ajustes muito livres 
correspondentes a pequena 
precisão. Assento giratório 
folgado 
● peças de freio ferroviário 
● órgãos de máquinas com deslizamento sem 
lubrificação 
● aros de êmbolos 
H11 h11 h11 H11 Fácil montagem 
Grande tolerância com pequeno 
jogo 
● peças de máquinas agrícolas com eixos de pino de 
trava parafusadas 
● espaçadores de distância 
 
 
 
3 
 
 
Tabela 2 – Tolerâncias de média precisão 
Furo-base Eixo-base Tipo de ajuste Aplicações 
H8 / e9 
H9 / e8 
E8 / h9 
E9 / h8 
F8 / h9 
Peça móveis com jogo, desde 
perceptíveis até amplo. Utilizados 
em condições pouco severas, 
permitindo funcionamento sem 
lubrificação 
• virabrequins 
• bielas 
• eixos apoiados em três rolamentos 
• rolamentos em bombas centrífugas e de 
engrenagens 
• eixos de ventiladores 
• cruzetas 
H9 d10 D10 h9 Peças móveis com jogo muito 
amplo 
• suportes para eixos grandes (árvores de 
transmissão) de acionamento em guias 
• suportes para transmissão 
• polias loucas 
• suportes em máquinas agrícolas 
H8 / e7 E8 / h7 Precisão média para peças móveis 
que giram ou deslizam em mancal 
de deslizamento 
• ajustes para máquinas-ferramentas 
• ajustes para Alavancas 
• ajustes para Varões 
H8 f8 F8 h8 Precisão bastante grande. Ajustes 
de rotação de órgãos que se 
efetuam em baixas condições de 
velocidade e pressão, porém não 
necessitam de usinagem 
cuidadosa 
• assento de árvores de comando de válvulas 
• eixos de bomba de óleo 
• ajuste dos porta-escovas nos motores elétricos 
H8 h8 
H8 h9 
H8 h8 Peças que devem ser montadas 
sem esforço e deslizar em 
funcionamento. Casos em que é 
preciso boa precisão de rotação 
• retentores em transmissão 
• polias fixas e inteiriças 
• manivelas, engrenagens, acoplamentos que deslizem 
sobre seus eixos 
 
 
Tabela 3 – Ajustes de precisão 
Furo-base Eixo-base Tipo de ajuste Aplicações 
H7 d9 D9 h7 Peças móveis com grande jogo. 
Assento giratório folgado 
• furos rosqueados em suporte 
• eixos sobre suportes múltiplos em máquina operatriz 
H7 f7 F7 h7 Peças móveis com jogo 
apreciável. Assento giratório. 
Provocam jogos de 
funcionamento pouco 
importantes 
• suporte de fusos em afiadoras 
• engrenagens corrediças em caixas de câmbio 
• rolamentos de bielas 
• acoplamentos com discos deslocáveis 
• peças giratórias ou deslizantes em rolamentos ou 
mancal, correspondentes a uma rotação de menos de 
600 rpm e pressão do serviço menor que 40 kgf/cm2 
• fusos com ressaltos divisores 
H7 g6 
H6 f6 
H6 g5 
G7 h6 
G6 h6 
G6 h5 
Ajuste de peças móveis sem jogo. 
Assento giratório justo. 
Ajuste de grande precisão para 
peças móveis entre si que exigem 
guias precisas e somente 
deslizamento preferencial à 
rotação. 
• peças deslizantes de máquinas ferramentas 
• anéis exteriores de rolamentos e esferas 
• ajuste para rolamentos de cilindros secadores 
• acoplamento de discos deslocáveis ou desacopláveis 
• encaixe de centragem de tubulações e válvulas 
H7 h6 
H6 h5 
 
H7 / h6 
H6 / h5 
 
Assento deslizante em peças 
lubrificadas, com deslizamento à 
mão. 
• eixos de contra ponto 
• fixação por chavetas 
• montagem de acessórios em torre de torno revólver 
• mancais de furadeira 
• colunas-guia de furadeiras radiais 
• montagem de rolamentos de esferas e rolos 
• fresas em mandris, cabeçote broqueador 
H7 j6 
H6 j5 
H6 k5 
J7 h6 
J6 h5 
K6 h5 
Assento forçado leve. Podem ser 
montados ou desmontados à mão 
ou com martelo de madeira. Não 
• peças de máquinas operatrizes desmontadas com 
frequência e com fixação contra o giro como mancais, 
capas externas de rolamentos de esferas, buchas em 
4 
 
 são suficientes para transmitir 
esforço, sendo necessário fixação 
de peças. Empregadas também 
para os casos em que há 
necessidade de grande precisão 
de giro, com carga leve com 
direção indeterminada. 
engrenagens de câmbio. 
• ajustes em máquinas elétricas (rolamentos, polias, 
alojamentos de chapas do extrator) 
• rolamentos em virabrequins 
• pinhões em pontas do eixo 
• discos, engrenagens, cubos, etc., que devem deslocar-
se facilmente por uma chaveta. 
H7 k6 K7 h6 Assento forçado médio montados 
ou desmontados com martelo. 
Não permite rotação ou 
deslocamento. 
• engrenagens em fusos de torno 
• anel interior de rolamento de esferas 
• discos de excêntricos 
• polias fixas e volantes em eixos 
• manivelas para pequenos esforços 
H8 m7 
H7 m6 
H7 m5 
 
M8 h7 
M7 h6 
M6 h5 
 
Assentos forçados com aperto. 
Montagem e desmontagem com 
martelo, sem estragar o ajuste. 
• em máquinas ferramentas, engrenagens que se 
montam e desmontam com frequência, mas que não 
devem ter jogo apreciável 
• polias de correias 
• pinhões e engrenagens com assento prensado ou 
forçado com linguetas para 200 rpm 
• mancais (Ø externo) nos suportes correspondentes 
H7 n6 N7 h6 Montado e desmontado com 
grande esforço, com esforço. 
Assento forçado duro. 
• anéis externos em centros 
• mancais de bronze no cubo 
• anéis sobre eixos com interferência 
• pinhões em eixos motores 
• induzidos em dínamos 
H7 p6 
H6 p5 
P7 h6 
P6 h5 
Ajustes com grandes 
interferências, para peças onde 
deve-se garantir que não haja giro 
relativo entre uma peça e outra. 
Montagem e desmontagem 
somente com prensa a frio, ou 
com esquentamento de uma das 
peças óleo quente. Não podem 
ser desmontadas sem prejudicar a 
fixação 
• cubos de induzidos em eixos de motores elétricos 
• rotores sobre eixos até 50mm de diâmetro 
• montagem de polias e engrenagens de grande 
diâmetro 
• rolamento para trens de laminação 
• mancais de bronze em cubos (com trabalho forçado) 
• coroas de bronze em rodas de parafuso sem-fim 
• coroas de bronze para engrenagens 
• acoplamento em pontas de eixo sujeitas a severas 
condições de trabalho 
H7 s6 
H8 u7 
H8 x7 
 
S7 h6 
U8 h7 
X8 h7 
 
Ajustes com prensagem a quente 
com prensa, com desmontagemimpossível sem prejudicar a 
superfície. Possível transmitir 
esforços pelo ajuste. 
• ajustes para máquinas elétricas com furos acima de Ø 
335 mm 
• anéis coletores com furos acima de 50 mm 
H7 h9 H7 h9 Ajustes deslizantes para peças 
que se soltam com facilidade 
• pinhões e engrenagens com n 200 rpm, presos com 
chavetas de cunha 
• acoplamentos e polias de freios montados sobre eixos 
trefilados a frio 
• aplicação em trens de laminação 
H7 r6 R7 h6 Ajustes prensados • acoplamento elástico e rígido para n 200 rpm com 
chaveta 
• polias de freios com chaveta n 200 rpm 
• mancais de aço 
• mancais de bronze inteiriços em cárteres e cubos 
E8 h9 H8 e9 Ajustes deslizantes • engrenagens deslocáveis sobre eixos 
• ajuste giratório de rolamentos presos com anéis 
• ajustes de rolamentos em cárter de engrenagens, 
lubrificados com graxa grossa. 
 
AJUSTES DE INTERFERÊNCIA 
Somente peças pequenas podem ser ajustadas por pressão sem exceder a capacidade de força de 
uma prensa típica de oficina mecânica. Para peças grandes, um ajuste por encolhimento pode ser feito 
aquecendo-se o cubo para expandir seu diâmetro interno e/ou um ajuste por expansão que pode ser feito 
resfriando-se o eixo para reduzir seu diâmetro. As peças quentes e frias podem ser escorregadas juntas com 
5 
 
uma pequena força axial, e quando elas entrarem em equilíbrio com a temperatura ambiente, suas variações 
dimensionais irão criar a interferência desejada para contato por atrito. 
 
CHAVETAS 
 
Conforme definição ASME “uma parte desmontável da máquina que, quando colocada em assentos, 
representa um meio positivo de transmitir torque entre eixo e cubo”. As chavetas são padronizadas pelo 
tamanho e pela forma em diversos estilos. 
As chavetas paralelas são as mais usadas normalmente. As padronizações da ANSI e ISO definem os 
tamanhos particulares das seções transversais e as profundidades dos assentos (rasgos) das chavetas. 
As chavetas paralelas são feitas tipicamente a partir de barras padronizadas laminadas a frio, com 
tolerância negativa, ou seja, que não será maior que sua dimensão nominal, somente menor. 
O ajuste das chavetas pode exigir cuidados quando a carga de torque alterna de positivo a negativo 
em cada ciclo. Quando o torque muda de sinal, qualquer folga entre a chaveta e o rasgo aparecerá 
repentinamente, tendo como resultado um impacto e altas tensões. Um parafuso no cubo, colocado a 90 
graus da chaveta, pode manter o cubo axialmente e estabilizar a chaveta para que essa reação não ocorra. O 
comprimento da chaveta deve ser menor que 1,5 vez o diâmetro do eixo para evitar torção excessiva com a 
deflexão do mesmo. Se for necessária maior resistência, duas chavetas podem ser usadas, orientadas a 90º e 
180º, por exemplo. 
Principais tipos de chavetas: 
DIN 6885 – Chavetas paralelas – para diâmetros até 500 mm., mais comumente utilizada na construção 
mecânica. 
DIN 6888 - Chaveta Woodruf (meia-lua) – para diâmetros de eixos até 50 mm, 
DIN 6887 – Inclinada com cabeça 
DIN 6886 – Inclinada sem cabeça 
DIN 5461, 5462, 5463, 5465 – Eixos e cubos entalhados 
DIN 5482 – Eixos e cubos, unidos por dentes, com flancos de evolvente 
DIN 5481 – Por dentes 
Além desses normas, existem também as normas americanas, com medidas em polegadas. 
 
 
6 
 
Tabela 4 - DIMENSÕES DE CHAVETAS CONF. DIN 6885 
Eixo 
La
rg
u
ra
 (1
) 
A
lt
u
ra
 
Rasgo no eixo Rasgo no cubo 
R
ai
o
 n
o
 c
u
b
o
 
Fu
ro
s 
p
ar
a 
p
ar
af
u
so
s 
d
e 
fi
xa
çã
o
 
C
o
m
p
ri
m
en
to
 
d
o
 p
ar
af
u
so
 
Fu
ro
s 
p
ar
a 
p
ar
af
u
so
 d
e 
fi
xa
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o
 e
 
d
es
m
o
n
ta
ge
m
 
C
h
an
fr
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ra
io
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P
ro
fu
n
d
id
a
d
e 
To
le
râ
n
ci
a 
P
ro
fu
n
d
id
a
d
e 
To
le
râ
n
ci
a 
Acima Até b h t1 t2 rmáx rmín d3 t3 t d1 d2 rmín rmáx 
6 8 2 2 1,2 
+0,1 
 
0 
1 
+0,1 
 
0 
0,16 0,08 
 
 
0,16 0,25 8 10 3 3 1,8 1,4 
10 12 4 4 2,5 1,8 
12 17 5 5 3 1,3 
0,25 0,16 0,25 0,40 17 22 6 6 3,5 2,8 
22 30 8 7 4 
+0,2 
 
0 
3,3 
+0,2 
 
0 
M3 
4 8 
2,4 6 3,4 
30 38 10 8 5 3,3 
0,40 0,25 
5 10 
0,40 0,60 
38 44 12 8 5 3,3 M4 6 10 3,2 8 4,5 
44 50 14 9 5,5 3,8 
M5 
6 10 
4,1 10 5,5 
50 58 16 10 6 4,3 6 10 
58 65 18 11 7 4,4 
M6 
7 12 
4,8 11 6,6 65 75 20 12 7,5 4,9 
0,60 0,40 
6 12 
0,60 0,80 
75 85 22 14 9 5,4 8 16 
85 95 25 14 9 5,4 M8 9 16 6 15 9 
95 110 28 16 10 6,4 
M10 
9 16 
7,3 18 11 
110 130 32 18 11 7,4 11 20 
130 150 36 20 12 
+0,3 
 
0 
8,4 
+0,3 
 
0 
1,00 0,70 
M12 
15 25 
8,3 20 14 
1,00 1,20 
150 170 40 22 13 9,4 13 25 
170 200 45 25 15 10,4 15 30 
200 230 50 28 17 11,4 12 30 
230 260 56 32 20 12,4 
1,60 1,20 
13 35 
1,60 2,00 260 290 63 32 20 12,4 13 35 
290 330 70 36 22 14,4 
M16 
17 40 
11,5 26 18 
330 380 80 40 25 15,4 
2,50 2,00 
18 45 
2,50 3,00 380 440 90 45 28 17,4 
M20 
20 50 
12,5 33 22 
440 500 100 50 31 19,5 20 55 
 
7 
 
 
 
Figura 1 – Dimensões de chavetas e principais tipos, conforme DIN 6885 (Tabela 4) 
Na Tabela 4 encontram-se as dimensões padronizadas para chavetas, extraídas da norma DIN 6885. 
 
 
8 
 
Tabela 5 - AJUSTES DA CHAVETA NO EIXO E NO CUBO 
Rasgo no eixo Rasgo no cubo Chaveta 
Medida Tolerância Ajuste Medida Tolerância Ajuste Medida Tolerância 
b 
H9 Com folga 
b 
D10 Com folga b h9 
N9 Deslizante Js9 Deslizante h h11 
P9 Forçado P9 Forçado 
 
 
Figura 2 – Ajustes recomendados para chavetas, conforme DIN 6885 
(ajustes forçado, ajuste com folga e deslizante) – Tabela 5 
 
9 
 
TOLERÂNCIAS PARA ROLAMENTOS 
Uma condição importante para o funcionamento satisfatório dos rolamentos é que seus ajustes 
sejam bem escolhidos. A escolha depende, preferencialmente, das condições de serviço, se bem que outros 
fatores de menor importância podem ter alguma influência, como a construção do rolamento, as condições 
de montagem e seu jogo interno. Devido a isso, é realmente difícil fazer-se a escolha correta dos ajustes sem 
se recorrer à experiência já adquiridas nesse campo pelos principais fabricantes de rolamentos, como SKF, 
FAG, TIMKEN, NSK, etc. 
 A fabricação dos rolamentos está devidamente normalizada pela ISO (International Organization for 
Standardization). Para facilidade e redução de custos em sua fabricação, adota-se: 
a) O furo do rolamento, em seu anel interno, sistema furo-base, classe de ajustes H, conseguindo-se as 
montagens respectivas com a variação da classe dos eixos nos quais irá assentado o rolamento. As 
qualidades utilizadas são IT 6 e IT 7, dependendo da precisão do rolamento; 
b) O diâmetro da capa externa adota o sistema eixo-base, portanto, classe de ajuste h, conseguindo-se 
as montagens respectivas com a variação da classe dos furos dos alojamentos. As qualidades 
utilizadas são IT 5 e IT 6, dependendo da precisão do rolamento. 
A partir dessa colocação, serão estudadas as possíveis variações nas tolerâncias dos eixos e dos 
alojamentos para se conseguir o ajuste que se deseja. Assim deve ser considerado os seguintes fatores. 
a) Condições de rotação 
Sendo necessário que um dos anéis do rolamento possa deslocar-se em sentido axial, deve-se 
analisar quais dos dois anéis deverá receber ajuste deslizante. O deslocamento axial do anel interno 
ou do anel externo, deverá sempre ser previsto em projeto, para evitar bloqueamento e, 
consequentemente, aumento das forças axiais sobre os rolamentos devido ao aumento de 
temperatura em funcionamento. 
Preliminarmente, é preciso definir a carga que atua sobre o anel, fazendo-se distinção entre carga 
rotativa e carga fixa. A principal função do ajuste em rolamentos é evitar que ocorra movimento 
relativo entre a superfície do anel do rolamento e a superfície da peça em ajuste com ele. A 
existência de movimento relativo entre as duas superfícies provocaria a sua erosão e a consequente 
destruição dos assentos, estragando-se as peças. A carga será fixa sobre o anel do rolamento quando 
nãovaria sua posição relativa com a rotação deste. Assim, tem-se o caso de carga fixa sobre o anel 
interno quando o anel externo gira e o interior permanece parado. Nesse caso, a carga será rotativa 
sobre o anel externo do rolamento, visto que sua posição variará constantemente devido a rotação 
do anel externo. É o caso de polias e engrenagens loucas, rodas de automóveis, etc. 
Para o caso de transmissão por engrenagens, correias, etc., onde o eixo sempre gira, tem-se o caso 
de carga rotativa sobre o anel externo e fixa sobre o anel interno. 
Uma carga fixa sempre admitirá um ajuste deslizante, visto que o anel não terá tendência de 
deslocamento no sentido axial. Contrariamente, uma carga rotativa tenderá sempre a afrouxar o 
ajuste, devido à deformação do aro, havendo, portanto, necessidade de um ajuste mais apertado. 
Há casos, no entanto, que não são abrangidos por esse esquema, como por exemplo, eixos 
submetidos a tensões de correias e simultaneamente a fortes vibrações, ou ainda, mecanismo de 
manivela. Esses casos são definidos como “cargas indeterminadas”, e os anéis interiores recebem 
ajustes como se fossem submetidos a cargas rotativas. Para os anéis externos, que tem maior 
superfície de contato que os internos, pode-se – sempre que a aplicação exija que o anel externo 
10 
 
tenha mobilidade axial dentro do suporte e não esteja submetido a grandes cargas – adotar um 
ajuste um pouco mais folgado que o indicado para “carga rotativa sobre o anel externo” 
b) Grandeza da carga e temperatura 
Sob a ação da carga, o anel interno dilata-se no sentido do seu perímetro e o ajuste então se 
afrouxa. De modo idêntico atua geralmente uma elevação de temperatura durante o 
funcionamento. 
Com carga rotativa sobre o anel interno, este anel deverá ter ajuste forte não somente ao efetuar o 
montagem, como também durante o funcionamento. 
Se a carga é muito grande e a variação de temperatura é considerável, será necessário um ajuste 
mais forte entre o anel interior do rolamento e o eixo do que o necessário para condições de 
funcionamento mais moderadas. 
A mesma linha de raciocínio deve ser seguida quando for necessário escolher o ajuste para o anel 
externo. 
c) Influência do ajuste na exatidão da aplicação 
Quando houver necessidade de uma grande precisão de giro do rolamento, será preciso evitar 
deformações elásticas e vibrações. Em tais casos não é aconselhável empregar-se, como regra geral, 
ajustes leves. 
Em aplicações precisas, como furos de máquinas, ferramentas de precisão, onde são empregados 
rolamentos de grande exatidão de giro, assume grande importância a exatidão das formas das 
superfícies em ajuste. Ovalização, conicidade, falta de circularidade, são transmitidas às pistas dos 
rolamentos, provocando ruídos e vibrações. Para estes casos será sempre necessário que sejam 
retificados os assentos. 
 
ESCOLHA DO AJUSTE 
 Como as tolerâncias dos rolamentos estão padronizadas internacionalmente, o ajuste desejado é 
conseguido pela fabricação, tanto do alojamento quanto do eixo, dentro de tolerâncias adequadas. Para que 
uma aplicação funcione satisfatoriamente, será necessário respeitar as tolerâncias recomendadas pelo 
fabricante. 
Os suportes bipartidos são impróprios quando o anel exterior deve ter um ajuste forte, pois há o 
risco de se comprimir o rolamento introduzindo-se neste uma ovalização. Quando é necessário grande 
precisão de giro, só se conseguirá a necessária exatidão de forma dos alojamentos com suporte inteiriço. 
As Tabelas 6, 8 e 9 indicam os ajustes dos eixos para rolamentos de esferas, de rolos e auto-
compensadores de rolos, além de rolamentos axiais e cônicos. 
A Tabela 7 detalha a escolha dos ajustes para os alojamentos (cubos) correspondentes ao ajustes 
supracitados. 
NOTA: Além dessas Tabelas, alguns fabricantes de rolamentos, especificam com mais detalhes os ajustes 
recomendados para diversos tipos de montagem em máquinas e equipamentos, tais como: 
veículos motorizados, motores elétricos, veículos ferroviários, laminadores, construção naval, 
construção mecânica geral, máquinas operatrizes, máquinas para madeira. 
11 
 
 
 
Tabela 6 – Escolha de ajuste – eixos para rolamentos radiais com furo cilíndrico 
Condições Exemplos 
Diâmetro de Eixo em mm 
Tolerância Observações Rolamentos de 
Esferas 
Rolamentos de Rolos 
Cilíndricos e de Rolos 
Cônicos 
Rolamentos Auto-
compensadores de 
Rolos 
Rolamentos com Furo Cilíndrico 
C
a
rg
a
 f
ix
a
 
s
o
b
re
 o
 a
n
e
l 
in
te
ri
n
o
 
O anel interno deve 
poder mover-se 
facilmente no eixo 
Rodas em eixo 
estacionário 
Todos os diâmetros 
g6 
O anel interno não 
precisa mover-se 
facilmente no eixo 
Polias esticadoras, polias 
de cabo de aço 
h6 
C
a
rg
a
 r
o
ta
ti
v
a
 s
o
b
re
 o
 a
n
e
l 
in
te
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o
 o
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ir
e
ç
ã
o
 
d
a
 c
a
rg
a
 i
n
d
e
te
rm
in
a
d
a
 
Carga leves e variáveis 
Aparelhos elétricos, 
máquinas-ferramenta, 
bombas, ventiladores, 
vagonetes 
 18 --- --- h5 Para aplicações de alta precisão, 
principalmente quando são usados 
rolamentos com precisão maior que a 
normal, recomenda-se j5,k5 e m5 ao 
invés de j6,k6 e m6 
(18)- - -100  40  40 j6 
(100)- - -200 (40)- - -140 (40)- - -100 k6 
--- (140)- - -200 (100)- - -200 m6 
Carga normais e 
pesadas 
Aplicações em geral, 
motores elétricos, 
turbinas, bombas, motores 
de combustão, 
engrenagens, máquinas 
para trabalhar madeira 
 18 --- --- j5 
Para rolamentos de rolos cônicos, pode-
se em geral usar k6 e m6 ao invés de k5 
e m5 respectivamente, pois na aplicação 
deste tipo de rolamento não é necessário 
considerar a diminuição da folga interna 
(18)- - -100  40  40 k5 
(100)- - -140 (40)- - -100 (40)- - -65 m5 
(140)- - -200 (100)- - -140 (65)- - -100 m6 
(200)- - -280 (140)- - -200 (100)- - -140 n6 
--- (200)- - -400 (140)- - -280 p6 
--- --- (280)- - -500 r6 
--- --- > 500 r7 
Cargas pesadas e 
cargas de choque em 
severas condições de 
trabalho 
Caixas de graxa para 
locomotivas e outros 
veículos pesados sobre 
trilhos, motores de tração 
--- (50)- - -140 (50)- - -100 n6 
Devem ser usados rolamentos com folga 
maior que a normal 
--- (140)- - -200 (100)- - -140 p6 
--- --- (140)- - -200 r6 
--- --- (200)- - -500 r7 
Carga axial pura Aplicações de toda 
espécie Todos os diâmetros j6 
 
 
12 
 
 
Tabela 7 – Escolha de ajuste – suportes (cubos) para rolamentos radiais 
Condições Exemplos Tolerância Observações 1 
 C
a
ix
a
s
 i
n
te
ir
iç
a
s
 
 C
a
rg
a
 r
o
ta
ti
v
a
 
s
o
b
re
 o
 a
n
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l 
e
x
te
rn
o
 
D
ir
e
ç
ã
o
 d
e
 
c
a
rg
a
 
in
d
e
te
rm
in
a
d
a
 Cargas pesadas sobre rolamento em caixas de paredes 
finas. Cargas pesadas de choque 
Cubos de roda com rolamentos de rolos, rolamentos de 
manivela 
P7 
O anel externo não tem 
mobilidade axial 
Cargas normais e pesadas 
Cubos de roda com rolamentos de esferas, rolamentos de 
manivela 
N7 
Cargas leves e variáveis Rolos transportadores, polias de gorne, polias esticadoras 
M7 
Cargas pesadas de choque Motores elétricos de tração 
D
ir
e
ç
ã
o
 d
e
 
c
a
rg
a
 
in
d
e
te
rm
in
a
d
a
 
Cargas pesadas e normais. Mobilidade axial do anel externo 
não necessária 
Motores elétricos de tamanho médio, bombas, rolamentos 
de apoio de eixos de manivela 
K7 
O anel externo geralmente 
não tem mobilidade axial 
 C
a
ix
a
s
 i
n
te
ir
iç
a
s
 o
u
 b
i-
p
a
rt
id
a
s
 
Cargas normais e leves. Mobilidade axial do anel externo 
conveniente 
Motores elétricos de tamanho médio, bombas, rolamentos 
de apoio de eixos de manivela J7 O anel externo geralmente 
tem mobilidade axial 
Cargas de choque. Descarregamento completo temporário Caixas de graxa para veículos sobre trilhos 
C
a
rg
a
 f
ix
a
 
s
o
b
re
 o
 a
n
e
l 
e
x
te
rn
o
 Todas as espécies de cargas 
Aplicações em geral caixas de graxas para veículos sobre 
trilhos, grandes máquinas elétricas com rolamentos de 
roloscilíndricos 
H7 
O anel externo tem fácil 
mobilidade axial Cargas normais e leves em condições simples de serviço Transmissões H8 
Transmissão de calor através do eixo 
Cilindros secadores, grandes máquinas elétricas com 
rolamentos auto-compesadores de rolos 
G7 
 C
a
ix
a
s
 
in
te
ir
iç
a
s
 
Exigência de giro preciso e silencioso 
Rolamentos de rolos em fusos de máquinas -ferramenta K6 2 
O anel externo geralmente 
não tem mobilidade axial 
Rolamentos de esferas em fusos de máquinas-
ferramentas, motores elétricos pequenos 
J6 
O anel externo tem mobilidade 
axial 
Motores elétricos pequenos quando é desejável uma 
mobilidade fácil do anel externo 
H6 
O anel externo tem fácil 
mobilidade axial 
 
 
Tabela 8 – Escolha de ajuste – eixos para rolamentos axiais 
Condições Diâmetro do eixo em mm Tolerância 
Carga axial pura Todos os diâmetros j6 
Carga combinada 
sobre rolamentos 
axias auto-
compesadores de 
rolos 
Carga fixa sobre o anel de eixo Todos os diâmetros j6 
Carga rotativa sobre o anel de eixo ou 
direção de carga indeterminada 
 200 k6 
(200)- - -400 m6 
400 n6 
 
13 
 
As fixações dos graus mais frequentemente utilizados com relação às tolerâncias do diâmetro de furo interno (cubo) e diâmetro do eixo para ajuste do rolamento estão 
ilustradas na Figura 3 
 
Figura 3 – Ajustes recomendados para montagem do rolamento no furo da caixa (cubo) e no eixo 
ROLAMENTOS AXIAIS 
Geralmente esses rolamentos são montados com um ajuste firme sobre o eixo. O ajuste na caixa depende da carga puramente axial ou combinada à qual o 
rolamento será submetido. Rolamentos axiais de esferas e rolamentos axiais de rolos cilíndricos só admitem cargas puramente axiais, por isso são montados em 
combinação com dois rolamentos radiais. O anel de caixa deve receber um ajuste tão folgado que não possa apoiar-se no furo da caixa e, porventura, absorver cargas 
radiais. Da mesma forma, também os rolamentos fixos de esferas, os rolamentos radiais de contato angular de esferas, os rolamentos axiais de contato angular de esferas e 
os rolamentos axiais auto-compensadores de rolos devem ter um ajuste folgado na caixa, desde que atuem como rolamentos puramente axiais. As únicas exceções são os 
rolamentos axiais de rolos cilíndricos, os quais devido as suas pistas planas, se ajustam automaticamente em sentido radial, pelo que podem ser montados com ajuste firme 
tanto no eixo como na caixa. Os rolamentos axiais de contato angular de esferas e axiais auto-compensadores de rolos admitem, além de cargas axiais, também cargas 
radiais. Em caso de tais cargas combinadas, prevalecerão, com respeito aos ajustes, os mesmos critérios já definidos para rolamentos radiais. 
 
14 
 
 
Tabela 9 – Escolha de ajuste – eixos para rolamentos radiais com furo cônico e bucha de fixação 
Condições Exemplos 
Diâmetro de Eixo em mm 
Tolerância Observações Rolamentos de 
Esferas 
Rolamentos de Rolos 
Cilíndricos e de Rolos 
Cônicos 
Rolamentos Auto-
compensadores de 
Rolos 
Rolamentos com furo cônico e bucha cônica 
Cargas de toda espécie 
Aplicações em geral, 
caixas de graxa para 
veículos sobre trilhos 
Todos os diâmetros 
h9/IT5 
As denominações IT5 e IT7 
apostas ao símbolo de 
tolerância significam que os 
desvios da forma geométrica de 
eixo, como ovalização e 
conicidade, não devem 
ultrapassar o 5º e o 7º graus de 
tolerância respectivamente 
Transmissões h10/IT7 
 
 
 
15 
 
BUCHAS DE FIXAÇÃO 
Para os assentos das buchas de fixação e de desmontagem no eixo podem ser admitidas maiores 
tolerâncias de diâmetro. Em geral os eixos tem acabamento conforme h7 ou h8 para buchas de 
desmontagem e h9 ou h10 para buchas de fixação (Tabela 9). Entretanto, em todos os casos, as tolerâncias 
quanto à forma geométrica devem ser menores, isto é, devem corresponder às qualidades IT 5 a IT 7. Os 
anéis de rolamentos separáveis podem ser montados com ajustes firmes. 
 
BUCHAS DE FIXAÇÃO PARA ROLAMENTOS 
As buchas de fixação são os componentes mais frequentemente utilizados para fixar rolamentos com 
um furo cônico em um assento cilíndrico, uma vez que podem ser usadas em eixos lisos ou escalonados (Fig. 
1) Elas são fáceis de montar e não exigem fixação adicional no eixo. 
 
Figura 4 – Montagem de bucha de fixação com rolamento de furo cônico 
 
Quando buchas de fixação são utilizadas em eixos lisos, o rolamento pode ser fixado em qualquer 
posição no eixo. Quando utilizadas em eixos escalonados juntamente com um anel de reforço, os rolamentos 
podem ser posicionados axialmente com precisão e a desmontagem do rolamento também é facilitada. 
o 
 
 
Figura 5 – Bucha de fixação 
 
http://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/bearing-accessories/index/index.html
http://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/bearing-accessories/index/index.html
http://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/bearing-accessories/index/index.html
16 
 
Tabela 10 – Buchas de fixação dimensões principais 
Dimensões principais Massa Designações 
d1 d d3 B1 G 
 
Bucha de fixação com porca 
e dispositivo de fixação 
Porca de fixação 
respectiva 
Dispositivo de 
fixação respectivo 
mm 
 
- kg - 
 
17 20 32 24 M 20x1 0,036 H 204 KM 4 MB 4 
17 20 32 28 M 20x1 0,04 H 304 KM 4 MB 4 
17 20 32 28 M 20x1 0,047 H 304 E KMFE 4 - 
20 25 38 29 M 25x1.5 0,076 H 305 E KMFE 5 - 
20 25 38 29 M 25x1.5 0,071 H 305 C KM 5 MB 5 C 
20 25 38 35 M 25x1.5 0,085 H 2305 KM 5 MB 5 
20 25 38 26 M 25x1.5 0,064 H 205 KM 5 MB 5 
20 25 38 29 M 25x1.5 0,071 H 305 KM 5 MB 5 
25 30 45 27 M 30x1.5 0,086 H 206 KM 6 MB 6 
25 30 45 31 M 30x1.5 0,095 H 306 KM 6 MB 6 
25 30 45 38 M 30x1.5 0,11 H 2306 KM 6 MB 6 
25 30 45 31 M 30x1.5 0,095 H 306 C KM 6 MB 6 C 
25 30 45 31 M 30x1.5 0,11 H 306 E KMFE 6 - 
30 35 52 35 M 35x1.5 0,15 H 307 E KMFE 7 - 
30 35 52 35 M 35x1.5 0,14 H 307 C KM 7 MB 7 C 
30 35 52 43 M 35x1.5 0,16 H 2307 KM 7 MB 7 
30 35 52 35 M 35x1.5 0,14 H 307 KM 7 MB 7 
30 35 52 29 M 35x1.5 0,12 H 207 KM 7 MB 7 
35 40 58 31 M 40x1.5 0,16 H 208 KM 8 MB 8 
35 40 58 36 M 40x1.5 0,17 H 308 KM 8 MB 8 
35 40 58 46 M 40x1.5 0,22 H 2308 KM 8 MB 8 
35 40 58 36 M 40x1.5 0,17 H 308 C KM 8 MB 8 C 
35 40 58 36 M 40x1.5 0,19 H 308 E KMFE 8 - 
40 45 65 39 M 45x1.5 0,24 H 309 E KMFE 9 - 
40 45 65 39 M 45x1.5 0,23 H 309 C KM 9 MB 9 C 
40 45 65 50 M 45x1.5 0,27 H 2309 KM 9 MB 9 
40 45 65 39 M 45x1.5 0,23 H 309 KM 9 MB 9 
40 45 65 33 M 45x1.5 0,21 H 209 KM 9 MB 9 
45 50 70 42 M 50x1.5 0,27 H 310 KM 10 MB 10 
45 50 70 55 M 50x1.5 0,34 H 2310 KM 10 MB 10 
45 50 70 35 M 50x1.5 0,24 H 210 KM 10 MB 10 
45 50 70 42 M 50x1.5 0,27 H 310 C KM 10 MB 10 C 
45 50 70 42 M 50x1.5 0,3 H 310 E KMFE 10 - 
50 55 75 45 M 55x2 0,33 H 311 E KMFE 11 - 
50 55 75 45 M 55x2 0,32 H 311 C KM 11 MB 11 C 
50 55 75 37 M 55x2 0,28 H 211 KM 11 MB 11 
50 55 75 59 M 55x2 0,39 H 2311 KM 11 MB 11 
50 55 75 45 M 55x2 0,34 H 311 KM 11 MB 11 
55 60 80 47 M 60x2 0,36 H 312 KM 12 MB 12 
55 60 80 38 M 60x2 0,31 H 212 KM 12 MB 12 
55 60 80 62 M 60x2 0,45 H 2312 KM 12 MB 12 
55 60 80 47 M 60x2 0,36 H 312 C KM 12 MB 12 C 
NOTA: As buchas estão tabeladas para eixos de diâmetro até 1000 mm. Consulte catálogo dos fabricantes. 
17 
 
 
Figura 6 – Indicação das medidas da bucha de fixação (exemplo para diâm. 50) 
TOLERÂNCIAS DE BUCHA DE FIXAÇÃO 
O diâmetro do furo das buchas de fixação métricas da SKF é para tolerância JS9 e a largura para h15. 
As tolerâncias das buchas de fixação da SKF, com dimensões em polegadas, estão de acordo com as normas 
ANSI/ABMA 8.2-1991. 
 
TOLERÂNCIAS DO EIXO 
Como próprio nome indica, as buchas de fixação adaptam-se ao diâmetro do eixo, de modo que 
podem ser permitidas tolerâncias de diâmetro maiores que para o assento de um rolamento com furo 
cilíndrico. No entanto, as tolerâncias de forma devem ser mantidas dentro de limites estreitos, uma vez que 
a precisão da forma afeta diretamente a precisão de giro do rolamento. Geralmente, os eixos devemser de 
uma tolerância h9, mas a cilindricidade deve ser IT5/2, de acordo com a norma ISO 1101:2004. 
 
18 
 
 
Tabela 11 - Tolerâncias do eixo para rolamentos montados em buchas 
 
Diâmetro 
do eixo 
Tolerâncias do diâmetro da forma 
d h9 IT51) h10 IT71) 
Nominal Desvios Desvios 
acima de incl. alta baixa máx. alta baixa máx. 
mm μm 
 
10 18 0 -43 8 0 -70 18 
18 30 0 -52 9 0 -84 21 
30 50 0 -62 11 0 -100 25 
50 80 0 -74 13 0 -120 30 
80 120 0 -87 15 0 -140 35 
120 180 0 -100 18 0 -160 40 
180 250 0 -115 20 0 -185 46 
250 315 0 -130 23 0 -210 52 
315 400 0 -140 25 0 -230 57 
400 500 0 -155 27 0 -250 63 
500 630 0 -175 32 0 -280 70 
630 800 0 -200 36 0 -320 80 
800 1.000 0 -230 40 0 -360 90 
1.000 1.250 0 -260 47 0 -420 105 
 
 
1) A recomendação é para IT5/2 ou IT7/2, porque a zona de tolerância t é um raio. Porém, na tabela acima, os 
valores dizem respeito ao diâmetro nominal do eixo, portanto, não são divididos. 
 
 
Figura 7 – Exemplo de montagem de bucha de fixação para eixo diam. 50 mm 
 
19 
 
 
 
Bibliografia: 
Agostinho, Osvaldo Luís, Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões, Edgard Blucher, 1977 
Norton, Robert L., Projeto de Máquinas: uma abordagem integrada, 2ª Edição, Bookman, 2004 
Niemann, G., Elementos de Máquinas , 6ª. Edição Vol. II, Edgard Blucher, 1971 
Collins, J. A., Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas: uma perspectiva de prevenção da falha, Rio de 
Janeiro: LTC, 2014 
Norma DIN 6885 – Chavetas Paralelas 
Catálogo Rolamentos SKF

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