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Resumo afecções neonatos grandes animais

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CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES ANIMAIS - AFECÇÕES DOS NEONATOS
Assistência e intervenção ao parto: O trabalho de parto é definido como o processo fisiológico por meio do qual o feto e seus envoltórios fetais são expulsos do útero. Nestas condições, há a dilatação da via de expulsão fetal e o desencadeamento das contrações uterinas e abdominais que culminam com o nascimento.
IDENTIFICAR O MOMENTO DO PARTO
· VACAS: 3 semanas; Afrouxamento das articulações e ligamentos da pelve (andar inseguro); Relaxamento da musculatura da garupa.
- EDEMA VULVAR > Relaxina e estrógeno.
- Liquefação do tampão mucoso > corrimento vaginal.
· ÉGUAS: Difícil predição de parto; Sinais menos evidentes que os bovinos; Desenvolvimento da glândula mamária ocorre 6° a 4° semana que antecede o parto.
- Mensuração de eletrólitos na secreção láctea.
- Cálcio > 40 mg/dL.
- Inversão das concentrações de NaCl e K antes do parto.
ALARME DE NASCIMENTO OU SISTEMAS DE MONITORAMENTO
- Alterações comportamentais que anunciam o parto: Fêmeas de todas as espécies buscam isolamento // Contrações uterinas provocam agitação nos animais.
*Éguas geralmente tem parição noturna*
- Início do trabalho de parto; 	Avaliação da estática fecal e Tamanho e posição do feto.
QUANDO INTERVIR?
- Duração da gestação: vacas (270 a 290 dias) e éguas (330 a 345 dias);
Característica do parto de cada espécie: Início do trabalho de parto // Tempo de evolução // Comportamento do animal // Morfofisiológica placentária // *SUSPEITA DE DISTÓCIAS (dificuldade de o feto nascer).
*A temperatura não é um fator importante no parto.
Tempo máximo de trabalho de parto: Vacas (8 horas) e Éguas (30 minutos).
*Cesárias podem ser realizadas no campo e o corpo é feito vertical.
*O feto só respira sozinho após o corte do cordão umbilical e limpeza das cavidades.
*Durante a gestação, existe um tampão no útero que impede a contaminação de bactérias no feto.
*Ocorre hipercalcemia em muito tempo de trabalho de parto (vacas) pelas contrações.
** A INTERVENÇÃO NÃO PODE SER PRECIPITADA E NEM POSTERGADA **
- Manchas de mecônio (primeiras fezes que o animal faz): bastante tempo de trabalho de parto. Normalmente ocorre depois do nascimento do feto e é necessário que ocorra nos neonatos.
CARACTERÍSTICAS DO PARTO
- ÉGUAS: Parto normal rápido, expulsão fetal de 15 a 20 minutos, comprometimento do feto de 30 minutos a 1 hora, deslocamento da placenta do endotélio e asfixia do feto .
- VACAS: Ocorre de forma mais lenta, expulsão fetal de 1 a 4 horas.
AS POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO DO PARTO DISTÓCICO SÃO:
· Estímulo ás contrações;
· Episiotomia (incisão efetuada na região do períneo);
· Tração forçada;
· Correção das distócias fetais;
· Fetotomia;
· Cesariana;
· Histerotomia (incisão na cervix);
· Sacrifício do animal.
CUIDADOS COM O NEONATO: Avaliação do vigor // Limpeza das vias aéreas // Corte e cura do umbigo // Ingestão do colostro (mamadeira ou forçada).
NEONATOS: do nascimento até a quarta semana de vida.
COLOSTRO
Primeira secreção da glândula mamária nas primeiras 24hrs após o parto.
12 a 16% de proteínas (50% imunoglobinas), anticorpos (igG, igA, igM) , gorduras e vitaminas lipossolúveis.
Quantidade: 15-20% do peso vivo do neonato 
Avaliação da qualidade do colostro: características físicas, testes laboratoriais, refratômicos (brix) e colostrômetro (densímetro).
Absorção intestinal do colostro
Agamaglobulêmicos ao nascimento – tipo de placenta. 
-BEZERROS E POTROS: Células especializadas // Absorção diminui após 8h a 12h // Renovação das células 24h a 36h // igGs maternas – meia vida (após 21 dias, o nível dessas diminuem e o animal adquire capacidade para produzir suas próprias imunoglobinas, amadurecendo seu sistema imune, e após 4 meses, tem capacidade de produzir sua defesa completa) // igGs autógenas.
Afecções
1. ISOERITRÓLISE NEONATAL
Síndrome hemolítica do potro recém-nascido, causada pela incompatibilidade do grupo sanguíneo entre égua e potro, mediada por anticorpos maternos contra os eritrócitos fetais. 
SINAIS CLÍNICOS: depressão, reflexos de sucção diminuídos, taquicardia, taquipnéia, dispnéia, mucosas ictéricas (24 a 48h), fraco.
DIAGNÓSTICO: Presumível pela idade e estado // Diagnóstico definitivo – isolamento de aloanticorpos // Teste de Coombs (Comprovação altamente sensível na qual demonstra a presença de anticorpos em pequena quantidade, realizado de duas maneiras, uma direta e outra indireta. O teste de Coombs Direto é realizado para pesquisa de anticorpos colados nas hemácias fetais durante a gestação).
TRATAMENTO: Retirar a mãe por 24 hrs // transfusão sanguínea – VG < 12% // Antibiótico profilaxia – infecções secundárias // Fluídoterapia // Suplementação energética.
PREVENÇÃO
· Identificar as éguas com riscos;
· Realizar teste de aglutinação (determinar os aloanticorpos);
· Potro deve ter seu sangue testado antes da primeira mamada;
· Caso seja positivo, deve ser impedido de mamar;
· Colostro de outra égua após o teste, associado ou não á administração do plasma hiperimune;
· A égua deverá ser ordenhada a cada 2h durante 2 a 5 dias;
· Não ocorrerá mais absorção de anticorpos incompatíveis.
2. ASFIXIA PERIPARTO – SÍNDROME DO DESAJUSTAMENTO NEONATAL – ENCEFALOPATIA NEONATAL 
Doença caracterizada por múltiplas alterações no organismo. SNC, Rins, TGI, Sistema cardiovascular, Pulmões e Fígado. 
Patofisiologia: Combinação de diversos eventos bioquímicos e fisiológicos.
CAUSAS: Anormalidades placentárias, problemas gestacionais, separação prematura da placenta, distócias, cesarianas (hipotensão), hipóxia por compreensão de cordão umbilical e aspiração de mecônio.
SINAIS CLÍNICOS: Depende do grau e severidade do insulto hipóxico-isquêmico (fetal ou neonatal); Uma grande variação nas apresentações clínicas, 
TRATAMENTO
· Sistema nervoso central: controle de convulsões 
DIAZEPAM - 0,1 a 0,4mg/kg, IV, conforme necessidade
FENOBARBITAL – 2 a 10 mg/kg, IV, BID, convulsões recorrentes
· Redução do edema cerebral
MANITOL – 0,25 a 1,0g/kg em solução 20%, IV durante 20 min, de 12 – 24 hr
Contraindicado em suspeita de hemorragia cerebral
DMSO – 0,5g/kg, IV, solução 10%, ao longo de 60 min.
MANUTENÇÃO
Desequilíbrio metabólicos // Gases sanguíneos // Perfusão tecidual // Função renal // Função gastrointestinal.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Desequilíbrio metabólico // hiperosmolaridade (hiperglicemia/hiperlipemia) // azotemia severa (presença de altas concentrações de produtos nitrogenados, como ureia, creatinina, ácido úrico e proteínas, no sangue, soro ou plasma, e que podem interferir na taxa de filtração glomerular) // meningites // traumatismo craniano.
PROGNÓSTICO: 
· Depende do grau hipóxico-isquêmico
· Resposta do indivíduo ao tratamento
· Desenvolvimento de problemas secundários
**70% a 80 % prognóstico bom com Diagnóstico e suporte adequado**
3. RETENÇÃO DE MECÔNIO 
Compactação do mecônio no reto ou no cólon menor, acompanhada de esforço e desconforto durante a evacuação.
CAUSAS: Falha na ingestão de colostro ou ingestão insuficiente // Hipomotilidade intestinal.
SINAIS CLÍNICOS: Ausência de defecação nas primeiras 24 h; Repetidas tentativas de defecação; Esforço; Dorso arqueado; Chicoteamento da calda; Inquietação e Hiporexia.
DIAGNÓSTICO: Exame digital do reto e raio-x.
TRATAMENTO: Enemas (intraretal) -Acetilcisteína - 8mg + NaHCO3 – 20 g + Água – 200ml.
A não resolução com enemas é indicação cirúrgica. PROGNÓSTICO: BOM.
4. SEPTCEMIA NEONATAL
Doenças sistêmicas causada por disseminação hematógena de microrganismos ou seus subprodutos pelo organismo.
PATOGENIA: Pode ter origem ainda intrauterina ou logo no pós-parto. // Relação direta com a falha de transferência de imunidade passiva.
AGENTES ETIOLÓGICOS: E. Coli, Actinobacillus equuli, Salmonella spp, Kleibisiella, Streptococcus spp, Staphilococcus aureus, Clostridium spp.
SINAIS CLÍNICOS: Febre, letargia, deficiente reflexo de sucção, sonolência excessiva, convulsões (meningite encefalite), cólica, uveíte/hifema, abscessos, distensão articular e onfaloflebite.
TRATAMENTO
· Antibioticoterapia agressiva (combinação bactericida)ajustar conforme cultura mínimo 2 semanas.
· Hidratação (glicose –2,5 ou 5%, Solução salina), casos especiais –hipertônica –2 a 5 ml/kg.
· Transfusão de plasma hiperimune em potros imunodeprimidos 1 a 4 litros.
· Manter nutrição adequada (substitutos lácteos – mamadeira ou sonda). 
PROGNÓSTICO: Reservado á ruim. 
5. ONFALOPATIAS
Onfalites: Inflamação da porção externa da região umbilical.
ETIOPATOLOGIA: S. Pyogenes, Streptococcus, Staphylococcus, Pasteurella e outros agentes.
SINAIS CLÍNICOS: Aumento da região umbilical, dor a palpação, pode haver descarga purulenta. 
TRATAMENTO: Limpeza do local, antiinflamatórios (Flunixina meglumina 1ml/45kg – SID/ 3 a 5 dias), Antibióticos de amplo espectro (Oxitetraciclina 10mg/kg – SID – 3 dias) e Ganadol, proceder com limpeza do local – cobrir local – SID.
Sequelas associadas á infecções umbilicais: septicemia, hérnias, abscessos hepáticos e poliartrites.
6. MIÍASES
Toda região tropical e subtropical; Mosca Cochiomya hominivaraz, 11h após a postura.
SINAIS CLÍNICOS: Discreto abaulamento em torno da abertura central // Secreção sero-sanguinolenta // Edema local // Mal cheiro.
TRATAMENTO: Retirada das larvas e limpeza, Uso de pomadas, líquidos ou spray, cicatrizantes acrescidos de inseticidas e Antibiótico profilaxia – infecções secundárias
7. DIARRÉIA NEONATAL
7.1 Diarréia em potros neonatos
A diarréia dos potrinhos é o distúrbio mais comum e com desenvolvimento mais rápido que outras moléstias sistêmicas, quando comparada aos adultos, geralmente associada a baixa
Imunidade.
ETIOLOGIA: 	Clostridium, Salmonnella, E. Coli, Rhodococcus equi (Bacteriana) // Rotavírus e Coronavírus (Viral) // S. Westerii e S. vulgaris (Parasitária). 
DIAGNÓSTICO: Testes específicos para cada etiologia, hemograma e cultura de fezes.
TRATAMENTO
· Fluidoterapia (oral ou intravenosa e até subcutânea)
· Protetores intestinais ou absorventes–limitar a absorçãode toxinas
· Antibióticos
· Anti- helmínticos
· Plasma
7.2 Diarréia em bezerros
Comum nas primeiras semanas, alimentar e patológica.
- Alimentar: Dieta líquida desbalanceada/ingestão exagerada
- Patológica: E. coli, Salmonella spp, Clostridium perfringens (bactérias) // Coronavírus e Rotavírus (vírus) // Eimeria, Giardia, Cryptosporidium (Parasitas) // Verminoses.
SINAIS CLÍNICOS: Fezes líquidas, febre, desconforto abdominal, anorexia, dorso arqueado, desidratação rápida.	
DIAGNÓSTICO: escore fecal (0 – 3) ou (1 – 4). Quanto maior o escore, mais líquida as fezes são.
TRATAMENTO: 
· Reidratação oral (1 L de água + 10 gr bicarbonato de sódio + 5 gr de sal + 25 gr de dextrose) ou reidratação intravenosa (Solução fisiológica a 0,9%).
· Antibióticos: Aminoglicosídeos, cefalosporinas, fluoroquinolonas, beta-lactâmicos, penicilinas, sulfas e tetraciclinas. 
· Antiinflamatórios: AINES – FLUNINIXINA MEGLUMINA E DICLOFENACO DE SÓDIO
AIE – DEXAMETASONA e BETAMETASONA.

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