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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 11
Licenciado para Licenciado para jean jean freitas lima freitas lima - E-mail: - E-mail: jfpersonalfitt@gmajfpersonalfitt@gmail.com il.com CPF: 07357212629 - CPF: 07357212629 - IP:IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO22
Lira, Fábio SantosLira, Fábio Santos
Introdução ao imunometabolismo, aplicado ao exercício físico e àIntrodução ao imunometabolismo, aplicado ao exercício físico e à
nutrição / Barbara nutrição / Barbara de Moura Mello Antunes, Fábide Moura Mello Antunes, Fábio Santos Lira, o Santos Lira, JoséJosé
César Rosa Neto. César Rosa Neto. - Presidente Prudente : WEIGHT SCIENCE, 20- Presidente Prudente : WEIGHT SCIENCE, 201515
135 p. : il., gs., gráfs.135 p. : il., gs., gráfs.
11. Medicina . Medicina esportiva. 2. esportiva. 2. MetabolismoMetabolismo,. 3. Imunologia. 4.,. 3. Imunologia. 4.
TreTreinamento finamento físicoísico. 5. A. 5. Alimentação. 6. Fármaco I. limentação. 6. Fármaco I. TítuloTítulo
617.1027617.1027
FicFicha Catalográca elaboraha Catalográca elaborada pela STAda pela STATI - Biblioteca da UTI - Biblioteca da UNESPNESP
Campus de Rio Claro/SPCampus de Rio Claro/SP
Licenciado para Licenciado para jean jean freitas lima freitas lima - E-mail: - E-mail: jfpersonalfitt@gmajfpersonalfitt@gmail.com il.com CPF: 07357212629 - CPF: 07357212629 - IP:IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 33
Barbara de Moura Mello Antunes (Autor)Barbara de Moura Mello Antunes (Autor)
Graduada em Educação Física (Licenciatura) pela Universidade EstGraduada em Educação Física (Licenciatura) pela Universidade Estadual Paulistaadual Paulista
(UNESP)- Campus de (UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de Presidente Prudente, no ano de 2012011, e Mestra em 1, e Mestra em CiênciasCiências
da Motricidade pela UNESP de Rio Claro no ano de 2013. Atualmente é Douto-da Motricidade pela UNESP de Rio Claro no ano de 2013. Atualmente é Douto-
randa do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pela UNESPranda do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pela UNESP
de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo e Exercíciode Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo e Exercício
Físico vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (LaFiCE) – naFísico vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (LaFiCE) – na
UNESP de Presidente Prudente e o Laboratório de determinantes energéticos doUNESP de Presidente Prudente e o Laboratório de determinantes energéticos do
desempenho esportivo (LADESP) na Universidade de São Paulo (USP) . Linha dedesempenho esportivo (LADESP) na Universidade de São Paulo (USP) . Linha de
Pesquisa: Imunometabolismo e Exercício físico com foco na atuação imuno-me-Pesquisa: Imunometabolismo e Exercício físico com foco na atuação imuno-me-
tabólica, regulado por fatores de transcrição gênica, frente diferentes estados detabólica, regulado por fatores de transcrição gênica, frente diferentes estados de
condicionamento físico.condicionamento físico.
Fábio Santos Lira (Autor)Fábio Santos Lira (Autor)
Graduado em Educação Física pela Faculdade de Educação Física (Mackenzie),Graduado em Educação Física pela Faculdade de Educação Física (Mackenzie),
Mestre em Ciências pelo Departamento de Biologia Celular e tecidual do Ins-Mestre em Ciências pelo Departamento de Biologia Celular e tecidual do Ins-
tituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Doutor emtituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Doutor em
Nutrição pelo DeparNutrição pelo Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulotamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP), com Pós-doutorado no Departamento de Psicobiologia da Universi-(UNIFESP), com Pós-doutorado no Departamento de Psicobiologia da Universi-
dade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente é Professor Assistente Dou-dade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente é Professor Assistente Dou-
tor e Vice-coordenador do Curso de Educação Física da Faculdade de Ciência etor e Vice-coordenador do Curso de Educação Física da Faculdade de Ciência e
Tecnologia da UNESP de Presidente Prudente. Membro daTecnologia da UNESP de Presidente Prudente. Membro da International SocietyInternational Society
of exercise and Immunology and American College of Sports Medicineof exercise and Immunology and American College of Sports Medicine. Linha de Pes-. Linha de Pes-
quisa: Imunometabolismo e Equisa: Imunometabolismo e Exercício Físico.xercício Físico.
 José César Rosa Neto (Autor) José César Rosa Neto (Autor)
Graduado em Esporte pela UniverGraduado em Esporte pela Universidade de São Paulo, Doutor em Ciências pelosidade de São Paulo, Doutor em Ciências pelo
Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) eDepartamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e
com Pós-doutorado no Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto decom Pós-doutorado no Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Atualmente é Pro-Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Atualmente é Pro-
fessor Doutor, nível MS3, no Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvi-fessor Doutor, nível MS3, no Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvi-
mento do ICBmento do ICB-USP-USP. Linha de . Linha de pesquisa: Imunometabolismo.pesquisa: Imunometabolismo.
 José Gerosa Neto José Gerosa Neto
Graduado em Educação Física (Licenciatura plena) Universidade Estadual Pau-Graduado em Educação Física (Licenciatura plena) Universidade Estadual Pau-
lista (UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de 2005, e Mestre emlista (UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de 2005, e Mestre em
Fisioterapia pela UNESP de Presidente Prudente no ano de 2013. Atualmente éFisioterapia pela UNESP de Presidente Prudente no ano de 2013. Atualmente é
Doutorando do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pelaDoutorando do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pela
UNESP de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo eUNESP de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo e
Exercício Físico vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (LaFi-Exercício Físico vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (LaFi-
CE) – na UNESP de Presidente Prudente. Linha de Pesquisa: ImunometabolismoCE) – na UNESP de Presidente Prudente. Linha de Pesquisa: Imunometabolismo
e Exercício Físicoe Exercício Físico
Licenciado para Licenciado para jean jean freitas lima freitas lima - E-mail: - E-mail: jfpersonalfitt@gmajfpersonalfitt@gmail.com il.com CPF: 07357212629 - CPF: 07357212629 - IP:IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO4
Eduardo Zapaterra Campos
Graduado em Educação Física (Licenciatura plena) pela Universidade Estadual
Paulista (UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de 2008, Mestre em
Fisioterapia pela UNESP de Presidente Prudente no ano de 2010, e Doutor pelo
programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pela UNESP de Rio Cla-
ro, no ano de 2015. Atualmente compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabo-
lismo e Exercício Físico vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício
(LaFiCE) e ao Grupo Grupo de Estudo em Ciências Fisiológicas e Exercício da Uni-
versidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Linha de Pesquisa: Fisiologia do
Exercício, Treinamento Esportivo; Avaliação da Capacidade e Potência aeróbia e
anaeróbia, Variabilidade da Frequência Cardíaca e Imunometabolismo do Exer-
cício físico.
Fabrício Eduardo Rossi
Graduadoem Educação Física (Licenciatura plena) pela Universidade Estadual
Paulista (UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de 2008, com Pós-gra-
duação em nível de Especialização em Avaliação, Prescrição e Orientação de Pro-
gramas de Exercício Físico pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), no ano
de 2010, e Mestre em Fisioterapia pela UNESP de Presidente Prudente no ano de
2012. Atualmente é Doutorando do programa de pós-graduação em Ciências da
Motricidade pela UNESP de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imu-
nometabolismo e Exercício Físico, vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular
do Exercício (LaFiCE), e o Centro de estudos e Laboratório de avaliação e Pres-
crição de Atividade Motora (CELAPAM) na UNESP de Presidente Prudente. Linha
de Pesquisa: Avaliação da persistência nas adaptações impostas por diferentes
programas de treinamento físico sobre parâmetros que regulam a composição
corporal e resposta imuno-metabólica em mulheres na pós-menopausa: Ecácia
de diferentes programas de treinamento
Loreana Sanches Silveira
Graduada em Educação Física (Licenciatura) pela Universidade Estadual Paulista
(UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de 2009, e Mestra em Fisiote-
rapia pela UNESP de Presidente Prudente no ano de 2012. Atualmente é Douto-
randa do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pela UNESP
de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo e Exercício
Físico, vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (LaFiCE), na
UNESP de Presidente Prudente, e o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo,
no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). Linha de
Pesquisa: Imunometabolismo e Exercício Físico
Daniela Sayuri Ionue Yoshimura
Graduada em Educação Física (Licenciatura plena) pelo Centro Universitário das
Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU), no ano de 2002, e Mestra em Ciên-
cias pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no ano de 2010. Atualmen-
Licenciado para jean freitas lima - E-mail: jfpersonalfitt@gmail.com CPF: 07357212629 - IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 5
te é Doutoranda do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade
pela UNESP de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo
e Exercício Físico, vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (La-
FiCE), na UNESP de Presidente Prudente. Linha de Pesquisa: Fisiologia endócrina
e do exercício
Paula Alves Monteiro
Graduada em Educação Física (Licenciatura) pela Universidade Estadual Paulista
(UNESP)- Campus de Presidente Prudente, no ano de 2009, e Mestra em Fisiote-
rapia pela UNESP de Presidente Prudente no ano de 2012. Atualmente é Douto-
randa do programa de pós-graduação em Ciências da Motricidade pela UNESP
de Rio Claro e compõe o Grupo de pesquisa em Imunometabolismo e Exercício
Físico, vinculado ao Laboratório de Fisiologia Celular do Exercício (LaFiCE), e o
Centro de estudos e Laboratório de avaliação e Prescrição de Atividade Motora
(CELAPAM) na UNESP de Presidente Prudente. Linha de Pesquisa: Obesidade e
Exercício Físico
Emerson Franchini
Graduado em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte da Uni-
versidade de São Paulo (USP), Doutor em Biodinâmica do Movimento Humano
pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP),
Pós-doutorado pela Faculdade de Ciências do Esporte da Universidade de Mon-
tpellier (2013-2014) e Livre–docência pela Escola de Educação Física e Esporte da
Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Professor associado, nível MS5,
da Universidade de São Paulo. Linha de Pesquisa: Lutas, Artes Marciais e Espor-
tes de combate e Fisiologia do Exercício Intermitente de Alta Intensidade.
Valéria Leme Gonçalves Panissa
Graduada em Educação Física pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, no
ano de 2005, e Mestra em Ciências na área de Biodinâmica do Movimento Huma-
no pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE
-USP) no ano de 2012. Atualmente é Doutora em Ciências na área de Biodinâmica
do Movimento Humano pela Escola de Educação Física e Esporte da Universi-
dade de São Paulo (EEFE-USP). Está vinculada ao Laboratório de determinantes
energéticos do desempenho esportivo (LADESP). Linha de Pesquisa: exercício
intermitente de alta intensidade, treinamento concorrente, apetite e exercício.
Ursula Ferreira Julio
Graduada em Educação Física (Bacharelado) pela Universidade Presbiteriana Ma-
ckenzie, no ano de 2005, e Mestra em Ciências na área Estudo do Esporte pela
Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP)
no ano de 2011. Atualmente é Doutora em Ciências na área de Biodinâmica do
Movimento Humano pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade
de São Paulo (EEFE-USP). Atualmente é membro dos Grupos de Estudos e Pes-
Licenciado para jean freitas lima - E-mail: jfpersonalfitt@gmail.com CPF: 07357212629 - IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO6
quisas em Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate e Grupos de Estudos
e Pesquisas Fisiologia do Exercício Intermitente de Alta Intensidade vinculado ao
Laboratório de determinantes energéticos do desempenho esportivo (LADESP).
Linha de Pesquisa: “Aspectos biológicos das artes marciais, lutas e modalidades
de combate” e “Determinantes energéticos do desempenho em exercícios inter-
mitentes de alta intensidade”.
Alexandre Abilio de Souza Teixeira
Graduado em Educação Física (Bacharelado e Licenciatura) pela Faculdades In-
tegradas de Santo André (FEFISA), nos anos de 2007 e 2008, com Pós-graduação
em nível de Especialização em Atividade Física, Exercício Físico e os Aspectos Psi-
cobiológicos pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/CEPE) Departa-
mento de Psicobiologia e, Mestre pelo Departamento de Biologia Celular e do
Desenvolvimento do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São
Paulo (ICB-USP) no ano de 2015. Atualmente é Doutorando pelo Departamento
de Biologia Celular e do Desenvolvimento do Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade de São Paulo (ICB-USP) e está vinculada ao Laboratório de Imuno -
metabolismo. Linha de Pesquisa: Imunometabolismo
Edson Alves de Lima Junior
Graduado em Educação Física pela Faculdades Integradas de Santo André (FEFI-
SA), no ano de 2010, e em Nutrição pela Faculdades Integradas de Santo André
(FEFISA), no ano de 2013, e Mestre pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Uni-
versidade de São Paulo (ICB-USP), no ano de 2015. Atualmente é Doutorando
pelo Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e está vinculada ao
Laboratório de Imunometabolismo. Linha de Pesquisa: Imunometabolismo
Camila Oliveira de Souza
Graduada em Biomedicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), no ano
de 2011, e Mestra em Ciências Fisiológicas pela Universidade Estadual de Lon-
drina (UEL), no ano de 2013. Atualmente é Doutoranda pelo Departamento de
Biologia Celular e tecidual do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo (USP) e está vinculada ao Laboratório de Imunometabolismo. Linha
de Pesquisa: Imunometabolismo
Luana Amorim Biondo
Graduada em Nutrição (Bacharelado) pela Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP), no ano de 2011, com especialização em Obesidade e emagrecimento:
uma abordagem multidisciplinar pela Universidade Federal de São Paulo (UNI-
FESP), no ano de 2014. Atualmente é Mestranda pelo Departamento de Biologia
Celular e tecidual do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São
Paulo (USP) e está vinculada ao Laboratório de Imunometabolismo. Linha de Pes-
quisa: Nutrição e Imunometabolismo.
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 7
SUMÁRIO
Introdução
Capítulo 2
Capítulo 1
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO, APLICADO AOEXERCÍCIO
FÍSICO E A NUTRIÇÃO
METABOLISMO DO ENERGÉTICO DURANTE O EXERCÍCIO: PAPEL DA
IL-6
FUNÇÃO E METABOLISMO DOS LINFÓCITOS, MONÓCITOS E
NEUTRÓFILOS
11
27
14
11
13
27
27
14
14
15
15
16
17
17
18
18
19
21
22
22
24
24
25
25
1. Objetivos do Livro
2. Referencias
1. Objetivos do capítulo
2. Conceitos-chave
1. Objetivos do capítulo
2. Conceitos-chave
3. Introdução
4. Estrutura e Formação de células imunológicas
4.1 Neutrólos
4.2 Monócitos e Macrófagos
4.3 Linfócitos
5. Metabolismo de células imunológicas em condições de doenças
5.1 Obesidade
5.2 Desnutrição
5.3 Aterosclerose
5.4 Câncer
6. Metabolismo de células imunológicas frente ao Exercício Físico
7. Conclusão
8. Resumo
9. Exercícios de Auto-avaliação
10. Referências
Licenciado para jean freitas lima - E-mail: jfpersonalfitt@gmail.com CPF: 07357212629 - IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO8
28
28
31
32
34
34
36
36
37
37
3. Introdução
4. Metabolismo energético durante o exercício
5. Interleucina 6 (IL-6)
6. IL-6 e o Exercício Físico
7. IL-6 e os Estoques de Glicogênio
8. IL-6 e as Adaptações ao Treinamento Físico
9. Conclusão
10. Resumo
11. Exercícios de Auto-avaliação
12. Referências
Capítulo 3
Capítulo 4
EFEITO DO EXERCÍCIO INTERMITENTE DE ALTA INTENSIDADE NAS
RESPOSTAS IMUNOMETABÓLICAS AGUDAS E CRÔNICAS
REMODELAMENTO DA MUSCULATURA ESQUELÉTICA APÓS EXERCÍ-
CIO DE FORÇA
40
53
40
40
41
42
44
44
48
50
50
50
51
53
53
54
55
56
57
59
60
61
61
62
1. Objetivos do capítulo
2. Conceitos-chave
3. Introdução
4. Metabolismo energético no exercício intermitente de alta inten-
sidade
5. Respostas imunometabólicas em sessões agudas de exercício in-
termitente de alta intensidade
6. Respostas imunometabólicas às sessões crônicas de exercício in-
termitente de alta intensidade
7. Conclusão
8. Resumo
9. Exercícios de Auto-Avaliação
10. Referências
1. Objetivos do capítulo
2. Conceitos-chave
3. Introdução
4. Aspectos moleculares da hipertroa muscular: o papel da mTOR e
mTORC1 na síntese e degradação proteica
5. O tecido muscular como órgão endócrino
6. O sistema imunológico e o processo de remodelamento da mus-
culatura esquelética
7. A inuência das variáveis do treinamento de força no recrutamen -
to de células do sistema imunológico
8. Conclusão
9. Resumo
10. Exercícios de Auto-avaliação
11. Referências
Licenciado para jean freitas lima - E-mail: jfpersonalfitt@gmail.com CPF: 07357212629 - IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 9
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
PROGRAMAS DE TREINAMENTO FÍSICO EM OBESOS
SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS E IMUNOMETABOLISMO
METFORMINA E IMUNOMETABOLISMO
64
78
92
64
65
65
66
68
70
72
72
73
73
74
75
75
76
78
79
79
79
81
82
82
83
84
85
85
86
88
88
89
90
92
1. Objetivos do capítulo
2. Conceitos-chave
3. Introdução
4. Etiologia da obesidade
5. Modulações imunometabólicas decorrentes da obesidade
6. Exercício físico e resposta imunometabólica
7. Modelos de exercícios físicos para indivíduos obesos
7.1 Treinamento Aeróbio
7.2 Treinamentode força
7.3 Treinamento Combinado
8. Conclusão
9. Resumo
10. Exercícios de auto-avaliação
11. Referências
1. Objetivos do capítulo
2. Conceitos-chave
3. Introdução
4. Classicação dos ácidos graxos
5. Ácidos Graxos, metabolismo e sistema imunológico
5.1 PPARs
5.2 GPRs
6. Ácidos graxos de cadeia curta e Imunometabolismo
7. Ácidos graxos monoinsaturados e Imunometabolismo
8. Ácidos graxos poli-insaturados e imunometabolismo
8.1 Efeitos imunometabólicos dos ácidos graxos da família ω-3
8.2 Efeitos imunometabólicos dos ácidos graxos da família ω-6
9. Conclusão
10. Resumo
11. Exercícios de auto-avaliação
12. Referências
1. Objetivos do capítulo
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO1010
9292
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9393
9393
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9494
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9696
9797
9898
9898
9898
9999
9999
100100
100100
102102
102102
104104
104104
105105
106106
106106
2. Conceitos-chave2. Conceitos-chave
3. Introdução3. Introdução
4. Farmacocinética da metformina4. Farmacocinética da metformina
4.4.1 Absorção intes1 Absorção intestinaltinal
4.2 4.2 Captação Captação pelo pelo fígadofígado
4.3 4.3 Captação Captação renalrenal
5. Farmacodinâmica da metformina5. Farmacodinâmica da metformina
6. Metformina e diabetes mellitus tipo 26. Metformina e diabetes mellitus tipo 2
7. Metformina e câncer7. Metformina e câncer
7.1 Insulina e IGF-17.1 Insulina e IGF-1
77.2 .2 Indução Indução de de estresse estresse metabólicometabólico
77.3 .3 InamaçInamaçãoão
77.4 .4 Espécies Espécies reativas reativas de de oxigêniooxigênio
8. Metformina e obesidade8. Metformina e obesidade
8.8.1 Esteatose 1 Esteatose hepática não alcoólica do fhepática não alcoólica do f ígadoígado
8.2 8.2 Perda Perda de de peso peso e e ingestão ingestão alimentaralimentar
8.3 8.3 Síndrome Síndrome metabólica, metabólica, resistência resistência à à insulina insulina e e inamaçãoinamação
9. Metformina e microbiota intestinal9. Metformina e microbiota intestinal
10. Metformina e exercício físico10. Metformina e exercício físico
11. Conclusão11. Conclusão
12. Resumo12. Resumo
13. Exercícios de auto-avaliação13. Exercícios de auto-avaliação
14. Referências14. Referências
Licenciado para Licenciado para jean jean freitas lima freitas lima - E-mail: - E-mail: jfpersonalfitt@gmajfpersonalfitt@gmail.com il.com CPF: 07357212629 - CPF: 07357212629 - IP:IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 1111
IntroduçãoIntrodução
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO, APLICADO AO EXERCÍCIO FÍSICO EINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO, APLICADO AO EXERCÍCIO FÍSICO E
A NUTRIÇÃOA NUTRIÇÃO
1. Objetivos do Livro1. Objetivos do Livro
O O livro livro “Introdução “Introdução ao ao Imunometabolismo, Imunometabolismo, aplicado aplicado ao ao Exercício Exercício físico físico ee
à Nutrição” tem como principal objetivo trazer ao público da área da ciênciasà Nutrição” tem como principal objetivo trazer ao público da área da ciências
da saúde os novos conceitos e descobertas sobre um tema emergente, deno-da saúde os novos conceitos e descobertas sobre um tema emergente, deno-
minado de Imunometabolismo, este que é um termo novo apesar dos estudosminado de Imunometabolismo, este que é um termo novo apesar dos estudos
envolvendo a interação entre o sistema imunológico e o metabolismo serem re-envolvendo a interação entre o sistema imunológico e o metabolismo serem re-
alizados desde a década alizados desde a década de 1960.de 1960.
A A primeira primeira menção menção que que se se tem tem notícia notícia deste deste termo termo é é de de 2012011, 1, quando quando Ma-Ma-
this e Shoelson usaram essa nova nomenclatura, em um artigo de revisão, mos-this e Shoelson usaram essa nova nomenclatura, em um artigo de revisão, mos-
trando exatamente a importância do estudo da integração dessas duas grandestrando exatamente a importância do estudo da integração dessas duas grandes
áreas no estudo da obesidade, já que esta doença é capaz de afetar a respostaáreas no estudo da obesidade, já que esta doença é capaz de afetar a resposta
imunológica, aumentando o grau de inamação asséptica, e relacionando essaimunológica, aumentando o grau de inamação asséptica, e relacionando essa
resposta com as profundas alterações metabólicas decorrentes da obesidade.resposta com as profundas alterações metabólicas decorrentes da obesidade.
Além disso, o tecido adiposo possui muitas células imunológicas residentes,Além disso, o tecido adiposo possui muitas células imunológicas residentes,
como macrófagos e linfócitos e os tipos celulares encontrados nesse tecido tam-como macrófagos e linfócitos e os tipos celulares encontrados nesse tecido tam-
bém sofrem alterações metabólicas promovidas por esta doençabém sofrem alteraçõesmetabólicas promovidas por esta doença11..
Podemos Podemos separar separar o o imunometabolismo imunometabolismo em em duas duas vertentes vertentes distintas, distintas, queque
se complementam. A primeira é estudar como a inamação, precisamente doense complementam. A primeira é estudar como a inamação, precisamente doen--
ças que apresentam a inamação crônica de baixo grau, pode levar às alças que apresentam a inamação crônica de baixo grau, pode levar às al teraçõesterações
Autores: Barbara de Moura Mello Antunes, Fábio Santos LAutores: Barbara de Moura Mello Antunes, Fábio Santos L ira e José Cesar Rosa Netoira e José Cesar Rosa Neto
Licenciado para Licenciado para jean jean freitas lima freitas lima - E-mail: - E-mail: jfpersonalfitt@gmajfpersonalfitt@gmail.com il.com CPF: 07357212629 - CPF: 07357212629 - IP:IP:
INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO1212
metabólicas em tecidos que participam de maneira primordial no controle dametabólicas em tecidos que participam de maneira primordial no controle da
homeostasia, como o músculo ehomeostasia, como o músculo esquelético, o tecido adiposo, o fígado, o cérebro,squelético, o tecido adiposo, o fígado, o cérebro,
entre outrosentre outros22. Nesse contexto, a segunda vertente pode ser caracterizada como. Nesse contexto, a segunda vertente pode ser caracterizada como
o estudo da participação das citocinas e quimiocinas, temos uma participaçãoo estudo da participação das citocinas e quimiocinas, temos uma participação
importante dasimportante das citocinascitocinas e quimiocinas, que antigamente eram vistas somente e quimiocinas, que antigamente eram vistas somente
como moléculas sinalizadoras do sistema imune, mas hoje sabe-se de diversascomo moléculas sinalizadoras do sistema imune, mas hoje sabe-se de diversas
ações metabólicas que esses biomarcadores podem regular, por exemplo, sen-ações metabólicas que esses biomarcadores podem regular, por exemplo, sen-
sibilidade à insulina, lipólise, adipogênese, sibilidade à insulina, lipólise, adipogênese, gliconeogênese, glicogenólise, síntesegliconeogênese, glicogenólise, síntese
de glicogênio, entre outras.de glicogênio, entre outras.
Não Não obstante, obstante, o o imunometabolismo imunometabolismo busca busca entender entender como como a a alteração alteração dodo
metabolismo celular, nas células imunológicas, é capaz de afetar o desenvolvi-metabolismo celular, nas células imunológicas, é capaz de afetar o desenvolvi-
mento da resposta efetora dessas células. Sabemos então que células imuno-mento da resposta efetora dessas células. Sabemos então que células imuno-
lógicas que apresentam um metabolismo oxidativo, preferencialmente em sualógicas que apresentam um metabolismo oxidativo, preferencialmente em sua
grande parte, estão com um fenótipo quiescente, ou estão em um estado degrande parte, estão com um fenótipo quiescente, ou estão em um estado de
produção e sustentação de uma resposta anti-inamatória. Já quando há umprodução e sustentação de uma resposta anti-inamatória. Já quando há um
predomínio do metabolismo glicolítico, essas células se diferenciam em célulaspredomínio do metabolismo glicolítico, essas células se diferenciam em células
efetoras, com um aumento exponencial na produção de citocinas, quimiocinasefetoras, com um aumento exponencial na produção de citocinas, quimiocinas
e mediadores lipídicos que sustentam a inamação local e auxiliam no recrutae mediadores lipídicos que sustentam a inamação local e auxiliam no recruta--
mento de mais células imunológicasmento de mais células imunológicas33..
A A necessidade necessidade do do estudo estudo do do imunometabolismo imunometabolismo é é essencial essencial para para o o en-en-
tendimento dos processos metabólicos e imunológicos que ocorrem em doen-tendimento dos processos metabólicos e imunológicos que ocorrem em doen-
ças não infecciosas, porém inamatórias, como o câncer, diabetes mellitus tipoças não infecciosas, porém inamatórias, como o câncer, diabetes mellitus tipo
2, obesidade, aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, insuciência cardíaca,2, obesidade, aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, insuciência cardíaca,
doenças neurodegenerativas e dislipidemias. Estas doenças representam um al-doenças neurodegenerativas e dislipidemias. Estas doenças representam um al-
tíssimo índice de mortalidade da população de países desenvolvidos e em de-tíssimo índice de mortalidade da população de países desenvolvidos e em de-
senvolvimento.senvolvimento.
A A literatura literatura cientíca cientíca corrobora corrobora para para uma uma grande grande associação associação entre entre o o estiesti--
lo de vida e o desenvolvimento precoce dessas doenças. Como fator de risco hálo de vida e o desenvolvimento precoce dessas doenças. Como fator de risco há
vários fatores, entre eles, os mais comuns são o tabagismo, a ingestão de dietasvários fatores, entre eles, os mais comuns são o tabagismo, a ingestão de dietas
de alta caloria (com grande conteúdo de ácidos graxos saturados e cde alta caloria (com grande conteúdo de ácidos graxos saturados e carboidratosarboidratos
de alto índice glicêmico), a exposição à de alto índice glicêmico), a exposição à radiação solarradiação solar, o alcoolismo e a , o alcoolismo e a exposiçãoexposição
à poluição ambiental. No entanto, um fator à poluição ambiental. No entanto, um fator de risco parece ser independente dode risco parece ser independente do
que é o sedentarismo, por isso, a inatividade física passa a ser um fator de riscoque é o sedentarismo, por isso, a inatividade física passa a ser um fator de risco
isolado extremamente importante para o desenvolvimento das doenças meta-isolado extremamente importante para o desenvolvimento das doenças meta-
bólicas, fenômeno este chamado por alguns autores debólicas, fenômeno este chamado por alguns autores de doençomadoençoma da inatividade da inatividade
físicafísica44..
Inicialmente Inicialmente discutiremos discutiremos a a função função e e o o metabolismo metabolismo das das células células imuno-imuno-
lógicas, fazendo uma rápida introdução e revisão sobre aspectos gerais da imulógicas, fazendo uma rápida introdução e revisão sobre aspectos gerais da imu--
nologia, sem deixar a integração das áreas como o foco principal do nosso livro,nologia, sem deixar a integração das áreas como o foco principal do nosso livro,
ressaltando assim como alterações metabólicas podem alterar as funções dasressaltando assim como alterações metabólicas podem alterar as funções das
células imunológicas e vice-versa.células imunológicas e vice-versa.
A A partir partir da da conceitualização conceitualização inicial, inicial, discutiremos discutiremos como como o o treinamento treinamento físicofísico
é uma excelente e importante feré uma excelente e importante ferramenta não farmacológica, para a prevenção eramenta não farmacológica, para a prevenção e
tratamento das doenças inamatório crônicas de baixo grau. No entanto, as viastratamento das doenças inamatório crônicas de baixo grau. No entanto, as vias
Licenciado para Licenciado para jean jean freitas lima freitas lima - E-mail: - E-mail: jfpersonalfitt@gmajfpersonalfitt@gmail.com il.com CPF: 07357212629 - CPF: 07357212629 - IP:IP:
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 13
que serão moduladas pelo treinamento vão depender de diversos parâmetros,
como o nível de treinamento do sujeito, o tipo de exercício, a intensidade, o volu-
me, o número de sessões na semana, e esses diferentes efeitos serão discutidos
com detalhes nos capítulos seguintes, no qual será mostrado a capacidade de
diferentes tipos de treino em modular diferentes respostas metabólicas, que,
por conseguinte, alteram também a resposta imunológica.
Nesse contexto, discutiremos os benefícios de estratégias e tipos de trei-
namentosobre a inamação gerada principalmente pela obesidade, que se ca -
racteriza hoje como a doença que vem sendo mais estudada sobre os aspectos
imunometabólicos.
Abordaremos ainda os efeitos benécos que alguns ácidos graxos podem
ter e como esses regulam o metabolismo e a inamação celular. Alguns tipos
de ácidos graxos apresentam um possível potencial como coterapia para alguns
quadros inamatórios, como artrite reumatoide, obesidade, alguns tipos de cân-
cers, entre outras doenças.
Finalmente elucidaremos o papel de um fármaco, a metformina, no tra-
tamento da inamação crônica de baixo grau. Este fármaco regula a via de sina-
lização da AMPK, mimetizando alguns efeitos do treinamento físico aeróbio, no
entanto, existem nuanças entre o treinamento e a metformina que serão ressal-
tadas no livro.
O livro abordará um conceito novo do imunometabolismo associado às
doenças que ocorrem em decorrência de alterações imunometabólicas que po-
dem ser prevenidas e tratadas pelo treinamento físico, além do potencial papel
dos ácidos graxos que precisam ter sua efetividade mais investigada, mas são
possíveis alvos, assim como fármacos e nesse caso especialmente a metformina,
com o seu papel análogo ao treinamento, principalmente no que diz respeito à
ativação da AMPK.
2. Referencias
1. Mathis D, Shoelson SE. Immunometabolism: an emerging frontier. Nat Ver Immunol.
2011;11(2):81.
2. Granger A, Emambokus N. Focus on immunometabolism. Cell Metab. 2013 Jun
4;17(6):807.
3. Pearce EL, Pearce EJ. Metabolic pathways in immune cell activation and quiescence. Immunity.
2013;38(4):633-43.
4. Pedersen BK. The diseasome of physical inactivity --and the role of myokines in muscle-fat cross
talk. J Physiol. 2009;587(23):5559-68.
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO14
Capítulo 1
FUNÇÃO E METABOLISMO DOS LINFÓCITOS, MONÓCITOS E NEUTRÓFILOS
1. Objetivos do capítulo
Compreender a gênese, funcionalidade e metabolismo das células imuno-
lógicas, com ênfase nos linfócitos, monócitos e neutrólos, bem como a atuação
do sistema imunológico frente diferentes estímulos e contextos.
2. Conceitos-chave
- Leucócitos: [leuco = branco; -cito= célula], ou seja, glóbulos brancos que com-
põe a linha de defesa e proteção do organismo;
- Leucocitose: aumento no número de leucócitos (glóbulos brancos), por volume
de sangue circulante;
- Granulócitos: células de defesa do organismo que apresentam grande número
de grânulos no citoplasma
- Agranulócitos: células de defesa do organismo que não apresentam grânulos
visíveis;
- Neutrolia: elevação nas concentrações circulantes de neutrólos.
Autores: Barbara de Moura Mello Antunes e Loreana Sanches Silveira
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 15
3. Introdução
Para que o organismo humano possa atuar de forma eciente, indepen-
dentemente do estado de saúde, é de suma importância que ele possua um
sistema ecaz e completo de defesa contra todos os males que possam alterar
a homeostase dos órgãos e tecidos e, mediante esta necessidade natural, as cé-
lulas do sistema imunológico são as grandes responsáveis por compor a linha
de frente na proteção do corpo contra todo e qualquer invasor ou substância
desconhecida.
O sistema imunológico é composto por células especializadas que se dife-
renciam de acordo com a sua função e morfologia e, em linhas gerais, podem ser
subdivididas em células imunológicas inatas (origem da linhagem mielóide) ou
adquiridas (origem da linhagem linfóide). As estruturas que compõe a linha de
defesa inata são os neutrólos, basólos e eosinólos, sendo todas estas classi-
cadas como células granulócitas, e complementarmente, há a linha de defesa
adquirida composta por monócitos, macrófagos, linfócitos timo-dependentes
(linfócitos T) e bursa-dependentes (linfócitos B) classicados como células agra-
nulócitas1.
O próprio sistema imunológico tem suas funções agregadas de maneira
inata e adaptativa, sendo a primeira uma resposta mais imediata, porém não es-
pecíca a agentes externos (vírus, toxinas, bactérias, parasitas, etc.) e a segunda
 já possuiu uma resposta mais lenta, que compreende a comunicação entre um
patógeno e um antígeno, envolvendo inclusive uma memória imunológica. De
maneira conjunta, essas células trabalham com a nalidade de manter a home-
ostase do organismo, seja mediante estímulo de origem endócrina, exógena ou
o próprio exercício físico.
4. Estrutura e Formação de células imunológicas
As células que compõe o sistema imunológico humano são responsáveis
por defender o organismo de invasão de micro-organismos e invasores exter-
nos possuindo a especialidade em reconhecer corpos estanhos, denominados
de antígenos, e desenvolver uma resposta efetora sobre estas estruturas pro-
movendo a destruição ou a inativação. As células imunológicas, denominadas de
leucócitos ou glóbulos brancos, são formadas, prioritariamente na medula óssea
em indivíduos adultos por meio de uma célula tronco hematopoiética pluripo-
tente, concomitantemente, porém em menor quantidade, estas células também
são formadas nos gânglios linfáticos1.
Os leucócitos são subdivididos em granulócitos, representado pelos neu-
trólos, basólos, eosinóos, e agranulócitos, como os monócitos e linfócitos,
sendo todas estas estruturas recrutadas para atuar principalmente nos tecidos
em resposta a um estado inamatório. O esquema ilustrativo para a formação
das principais células imunológicas abordadas neste capítulo é apresentado na
gura 1:
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4.1 Neutrólos
Os neutrólos são as estruturas imunológicas mais abundantes em cir-
culação sanguínea, principalmente no sangue periférico, e, morfologicamente
são polimorfonucleares, referindo-se ao seu núcleo multilobular, possuindo uma
meia vida de algumas horas na corrente sanguínea e por um tempo mais extenso
em tecidos lesionados. Em resposta as suas elevadas concentrações no sangue,
os neutrólos são caracterizados como o “pelotão de frente” na defesa do orga-
nismo contra corpos estranhos e processos inamatórios sendo recrutados por
meio de diferentes estímulos, principalmente por proteínas sinalizadoras como
quimiocinas e citocinas.
Em linhas gerais, a principal função dos neutrólos é reparar, inicialmen-
te, as lesões locais e estimular, por meio de recrutamento de células especiali-
zadas, a realização de fagocitose, ou seja, reconhecer, aderir e ingerir (fagocitar)
um corpo estranho e por esta razão pode ser considerado um fagócito ativo na
resposta imune inata2. Adicionalmente, há estudos que acreditam que estas es-
truturas também são capazes de realizar fagocitose.
FIGURA 1
 Origem e formação
das linhagens
celulares do sistema
imunológico
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 1717
4.2 Monócitos e Macrófagos4.2 Monócitos e Macrófagos
Os Os monócitos monócitos e e os os macrófagos macrófagos podem podem ser ser caracterizados caracterizados como como as as me-me-
nores células imunológicas e fagócitos mononucleares, ou seja, estruturas fa-nores células imunológicas e fagócitos mononucleares, ou seja, estruturas fa-
gocitárias que, morfologicamente, apresentam apenas um único núcleo celular,gocitárias que, morfologicamente, apresentam apenas um único núcleo celular,
e, além disso, possuem formato arredondado. A meia vida dos monócitos podee, além disso, possuem formato arredondado. A meia vida dos monócitos pode
ser de aproximadamente 3 diasna corrente sanguínea e os macrófagos podemser de aproximadamente 3 dias na corrente sanguínea e os macrófagos podem
permanecer ativos por meses ou anospermanecer ativos por meses ou anos33..
É É importante importante sabermos sabermos que que os os monócitos monócitos são são estrutestruturas uras celulares celulares pre-pre-
cursoras dos macrófagos, observando que enquanto presente na corrente san-cursoras dos macrófagos, observando que enquanto presente na corrente san-
guínea, principalmente no sangue periférico, é denominado de monócitos, eguínea, principalmente no sangue periférico, é denominado de monócitos, e
quando são recrutados e inltrados diferenciam-se para macrófagos tissulares.quando são recrutados e inltrados diferenciam-se para macrófagos tissulares.
Em linhas gerais, ambas as estruturas são capazes de realizar fagocitose, entre-Em linhas gerais, ambas as estruturas são capazes de realizar fagocitose, entre-
tanto os macrófagos possuem a capacidade de resposta rápida e podem pertanto os macrófagos possuem a capacidade de resposta rápida e podem per--
manecer por maior tempo no tecido lesionado, e desta manecer por maior tempo no tecido lesionado, e desta forma, são consideradasforma, são consideradas
estruturas efetoras de estágios nais da resposta imunológica naturalestruturas efetoras de estágios nais da resposta imunológica natural44..
Os Os macrófagos macrófagos são são subdivididos subdivididos em em 3 3 subpopulações: subpopulações: macrófagos macrófagos ativa-ativa-
dos, macrófagos de reparo tecidual e reguladores. O macrófago ativado exercedos, macrófagos de reparo tecidual e reguladores. O macrófago ativado exerce
atividade microbicida e tumoricida, secretando quantidades expressivas de cito-atividade microbicida e tumoricida, secretando quantidades expressivas de cito-
cinas e substâncias pró-inamatórias, e está relacionado com a resposta imunecinas e substâncias pró-inamatórias, e está relacionado com a resposta imune
celular; o macrófago de reparo tecidual, como o próprio nome sugere, está encelular; o macrófago de reparo tecidual, como o próprio nome sugere, está en--
volvido no reparo tecidual por meio da estimulação dos broblastos e depósitovolvido no reparo tecidual por meio da estimulação dos broblastos e depósito
de matriz exde matriz extracelular em resposta a atitracelular em resposta a ativação da interleucina 4 (ILvação da interleucina 4 (IL-4); e os macró-4); e os macró--
fagos reguladores exercem a função de regulação a partir da liberação de umafagos reguladores exercem a função de regulação a partir da liberação de uma
citocina anti-inamatória como a interleucina 10 (IL-10)citocina anti-inamatória como a interleucina 10 (IL-10)55..
4.3 Linfócitos4.3 Linfócitos
Os linfócitos são estruturas esOs linfócitos são estruturas esféricas que apresentam um núcleo arredon-féricas que apresentam um núcleo arredon-
dado, ou levemente pregueado, sem tempo determinado de meia dado, ou levemente pregueado, sem tempo determinado de meia vida, podendovida, podendo
sobreviver por dias ou anos. De acordo com a origem e função, estas células po-sobreviver por dias ou anos. De acordo com a origem e função, estas células po-
dem ser subdivididas em linfócitos T (timo-dependentes), B (bursa-dem ser subdivididas em linfócitos T (timo-dependentes), B (bursa-dependentes)dependentes)
e células natural killer. Ose células natural killer. Os linfócitos Tlinfócitos T apresentam características par apresentam características particulares naticulares na
imunologia e suas principais funções são: sinalização para aumento das célulasimunologia e suas principais funções são: sinalização para aumento das células
B e produção de anticorpo, recrutamento e ativação de células mononuclearesB e produção de anticorpo, recrutamento e ativação de células mononucleares
para realização de fagocitose (monócito/macrófago) e recrutamento com ativa-para realização de fagocitose (monócito/macrófago) e recrutamento com ativa-
ção de células T citotóxicas em processos virais. Esção de células T citotóxicas em processos virais. Este tipo de linfócito apresenta te tipo de linfócito apresenta aa
capacidade de produzir citocinas em resposta a estímulos metcapacidade de produzir citocinas em resposta a estímulos metabólicos, como porabólicos, como por
exemplo, em processos inamatórios, de modo a contribuir na recuperação daexemplo, em processos inamatórios, de modo a contribuir na recuperação da
homeostase corporal. Outro tipo de linfócitos são oshomeostase corporal. Outro tipo de linfócitos são os linfócitos Blinfócitos B que possuem que possuem
a função de produzir e secretar anta função de produzir e secretar anticorpos capazes de neutralizar ou destruir osicorpos capazes de neutralizar ou destruir os
corpos estranhos identicados no organismo. Ascorpos estranhos identicados no organismo. As células natural killercélulas natural killer (NK) ou(NK) ou
células exterminadoras possui uma vasta capacidade de atacar micróbios infec-células exterminadoras possui uma vasta capacidade de atacar micróbios infec-
ciosos e algumas células tumorais de gênese espontâneaciosos e algumas células tumorais de gênese espontânea33..
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5. Metabolismo de células imunológicas em condições de doenças5. Metabolismo de células imunológicas em condições de doenças
5.1 Obesidade5.1 Obesidade
A A obesidade obesidade é é caracterizada caracterizada pelo pelo acúmulo acúmulo excessivo excessivo de de lipídeos lipídeos no no tecidotecido
adiposo apresentando-se como uma das doenças não degenerativa de maioradiposo apresentando-se como uma das doenças não degenerativa de maior
incidência do século XXI em resposta as modicações dos padrões do estilo deincidência do século XXI em resposta as modicações dos padrões do estilo de
vida, com adesão de hábitos de vida sevida, com adesão de hábitos de vida sedentário e ingestão dentário e ingestão de alimentos hipercade alimentos hiperca--
lóricos ricos em açúcar e sal. Em virtude do desequilíbrio entre atividade física elóricos ricos em açúcar e sal. Em virtude do desequilíbrio entre atividade física e
ingestão alimentar há o balanço energético positivo, o qual o consumo calóricoingestão alimentar há o balanço energético positivo, o qual o consumo calórico
é superior ao gasto energético, sendo apontado como um dos fatores da gêneseé superior ao gasto energético, sendo apontado como um dos fatores da gênese
da obesidade mundial.da obesidade mundial.
Em Em linhas linhas gerais, gerais, o o tecido tecido adiposo adiposo branco branco pode pode ser ser classicado classicado de de acordoacordo
com a localização anatômica, sendo tipicamente reconhecido como tecido adicom a localização anatômica, sendo tipicamente reconhecido como tecido adi--
poso subcutâneo (abaixo da pele) e visceral (próximo de vísceras e órgãos vposo subcutâneo (abaixo da pele) e visceral (próximo de vísceras e órgãos v itais),itais),
sendo este último o mais estudado, pela sua localização anatômica e potencialsendo este último o mais estudado, pela sua localização anatômica e potencial
inamatório. A expansão do tecido inamatório. A expansão do tecido adiposo na obesidade, principalmente aqueleadiposo na obesidade, principalmente aquele
localizado na região próxima das vísceras, associa-se positivamente para a instlocalizado na região próxima das vísceras, associa-se positivamente para a insta-a-
lação da inamação crônica de baixo grau e, lação da inamação crônica de baixo grau e, consequentemente, maior atividadeconsequentemente, maior atividade
das célulasimunológicas, em especial de neutrólos, monócitos e linfócitos.das células imunológicas, em especial de neutrólos, monócitos e linfócitos.
O O sistema sistema imunológico imunológico inato inato pode pode promover promover respostas respostas a a estímulos estímulos endó-endó-
genos, geradas por uma combinação de sinais inamatórios sistêmicos ou porgenos, geradas por uma combinação de sinais inamatórios sistêmicos ou por
respostas especícas do tecido ao excesso de nutrrespostas especícas do tecido ao excesso de nutrientesientes66. O início na inamação,. O início na inamação,
proveniente da obesidade, também pode ocorrer devido à escassez de oxigênioproveniente da obesidade, também pode ocorrer devido à escassez de oxigênio
(hipóxia) no tecido adiposo estimulando a quimiotaxia de monócitos e macrófa-(hipóxia) no tecido adiposo estimulando a quimiotaxia de monócitos e macrófa-
gos para a região, consequentemente induzindo a expressão de marcadores egos para a região, consequentemente induzindo a expressão de marcadores e
citocinas, como o TNF-α (do inglês: tumor necrosis factor alpha), com o objetivocitocinas, como o TNF-α (do inglês: tumor necrosis factor alpha), com o objetivo
de restabelecimento da homeostase corporalde restabelecimento da homeostase corporal 7,87,8. Em condições normais, são en-. Em condições normais, são en-
contrados macrófagos residentes no tecido adiposo, com função de preservar acontrados macrófagos residentes no tecido adiposo, com função de preservar a
siologia do tecido, no entanto, na obesidade, essa tentativa de recuperação dasiologia do tecido, no entanto, na obesidade, essa tentativa de recuperação da
homeostase com o auxílio das células imunológicas inicia-se com o recrutamen-homeostase com o auxílio das células imunológicas inicia-se com o recrutamen-
to das células do sistema imune por to das células do sistema imune por meio de proteínas quimiotáticas,meio de proteínas quimiotáticas,
como a MCP-1 (do inglês: monocyte chemotactic protein 1) que atraem os mocomo a MCP-1 (do inglês: monocyte chemotactic protein 1) que atraem os mo--
nócitos para o tecido adiposo hipertroado, posteriormente diferenciando-senócitos para o tecido adiposo hipertroado, posteriormente diferenciando-se
em macrófago, com a em macrófago, com a nalidade de eliminar por fagocitose as nalidade de eliminar por fagocitose as células sinalizadascélulas sinalizadas
para fagocitose.para fagocitose.
É É sabido sabido que que as as concentrações concentrações circulantes circulantes de de monócitos, monócitos, bem bem como como o o seuseu
fenótipo, associa-se positivamente com o estado nutricional de crianças e adul-fenótipo, associa-se positivamente com o estado nutricional de crianças e adul-
tos, observando que com o aumento da massa corporal há elevação expressivatos, observando que com o aumento da massa corporal há elevação expressiva
no número de monócitos no sangue periférico, contribuindo signicativamenteno número de monócitos no sangue periférico, contribuindo signicativamente
para a instalação e desenvolvimento da inamação sistêmica e de co-morbidapara a instalação e desenvolvimento da inamação sistêmica e de co-morbida --
des associadas à obesidade como diabetes mellitus tipo 2, resistência insulíni-des associadas à obesidade como diabetes mellitus tipo 2, resistência insulíni-
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃOINTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 1919
ca, hipertensão, dislipidemia, entre outras. Esta heterogeneidade de fenótipo deca, hipertensão, dislipidemia, entre outras. Esta heterogeneidade de fenótipo de
macrófagos tem suas características denidas por estados de atimacrófagos tem suas características denidas por estados de ativação, podendovação, podendo
apresentar um perl pró-inamatório ou “clássico” assim como podem ter umapresentar um perl pró-inamatório ou “clássico” assim como podem ter um
perl anti-inamatório ou “alternativo”perl anti-inamatório ou “alternativo”9,109,10, devido à sua capacidade de produzir, devido à sua capacidade de produzir
citocinascitocinas1111..
Além Além dos dos macrófagos, macrófagos, outras outras células células do do sistema sistema imunológico imunológico são são mobili-mobili-
zadas mediante o estado inamatório da obesidade associando-se positivamenzadas mediante o estado inamatório da obesidade associando-se positivamen--
te com elevadas quantidades de leucócitos circulantes por volume de sanguete com elevadas quantidades de leucócitos circulantes por volume de sangue
(leucocitose), e esta teoria foi fortalecida quando observou-se uma normaliza-(leucocitose), e esta teoria foi fortalecida quando observou-se uma normaliza-
ção dos leucócitos por meio da perda de pesoção dos leucócitos por meio da perda de peso1212. Adicionalmente sabe-se que os. Adicionalmente sabe-se que os
linfócitos, principalmente os linfócitos T, estão inltrados no tecido adiposo delinfócitos, principalmente os linfócitos T, estão inltrados no tecido adiposo de
obesos favorecendo a produção de citocinas pró-inamatórias, ou seja, a favorobesos favorecendo a produção de citocinas pró-inamatórias, ou seja, a favor
da inamação local do tecido podendo extravasar da inamação local do tecido podendo extravasar para o sistema.para o sistema.
5.2 Desnutrição5.2 Desnutrição
A A desnutrição desnutrição ou ou subnutrição subnutrição é é caracterizada caracterizada como como um um quadro quadro de de doen-doen-
ça em decorrência da falta de ingestão de alimentos ou deciência na absorçãoça em decorrência da falta de ingestão de alimentos ou deciência na absorção
de nutrientes pelo organismo, sendo este distúrbio classicado de acordo comde nutrientes pelo organismo, sendo este distúrbio classicado de acordo com
a sua gravidade clínica em primeiro, segundo ou terceiro grau. De acordo com aa sua gravidade clínica em primeiro, segundo ou terceiro grau. De acordo com a
UNICEF (do inglês: United Nations Children’s Fund), a desnutrição é uma das prin-UNICEF (do inglês: United Nations Children’s Fund), a desnutrição é uma das prin-
cipais causas de morte de crianças em fase de aleitamento materno em paísescipais causas de morte de crianças em fase de aleitamento materno em países
em desenvolvimento por todo mundo.em desenvolvimento por todo mundo.
Inversamente Inversamente à à obesidade, obesidade, na na desnutrição desnutrição são são observadas observadas alterações alterações sig-sig-
nicativas na composição corporal como a redução acentuada do tecido adiposonicativas na composição corporal como a redução acentuada do tecido adiposo
e da massa muscular, e consequentemente de conteúdo proteico deste tecido,e da massa muscular, e consequentemente de conteúdo proteico deste tecido,
o fator de maior relação com as o fator de maior relação com as disfunções das células imunológicas. Neste con-disfunções das células imunológicas. Neste con-
texto há instalação de um quadro de imunodeciência, ou seja, uma deciênciatexto há instalação de um quadro de imunodeciência, ou seja, uma deciência
do sistema imunológico em estabelecer uma resposta efetiva sobre infecções edo sistema imunológico em estabelecer uma resposta efetiva sobre infecções e
inamações, favorecendo maior vulnerabilidade e incidência no acometimentoinamações, favorecendo maior vulnerabilidade e incidência no acometimento
por infecções e sua malignidade, além de viabilizar a instalação de doenças au-por infecções e sua malignidade, além de viabilizar a instalação de doenças au-
toimunes.toimunes.
Frente Frente à à perda perda de de massa massa muscular muscular estudos estudos apontam apontam que que uma uma das das con-con-
sequências na redução do conteúdoproteico são alterações morfológicas e funsequências na redução do conteúdo proteico são alterações morfológicas e fun--
cionais em órgãos linfóides, e principalmente em áreas timo-dependentes, procionais em órgãos linfóides, e principalmente em áreas timo-dependentes, pro--
vocando alterações em células imunológicas. Entretanto, ainda são incipientesvocando alterações em células imunológicas. Entretanto, ainda são incipientes
e conitantes as informações sobre as reais alterações que ocorrem no sistemae conitantes as informações sobre as reais alterações que ocorrem no sistema
imunológico mediante a presente desordem nutricional, observando que há peimunológico mediante a presente desordem nutricional, observando que há pe--
culiaridades na atividade imunológica inata e adaptativa.culiaridades na atividade imunológica inata e adaptativa.
Em Em artigo artigo recente recente de de revisão revisão publicado publicado por por RyRytter tter e e colaboradorescolaboradores1313 com com
crianças desnutridas, os autores apresentam os conitos de informação sobre ocrianças desnutridas, os autores apresentam os conitos de informação sobre o
sistema imunológico, entretanto elucidam que no sistema imunológico, entretanto elucidam que no sistema imunológico inato (cé-sistema imunológico inato (cé-
lulas imunológicas existentes desde lulas imunológicas existentes desde o momento do nascimento) há um aumentoo momento do nascimento) há um aumento
nas concentrações circulantes de leucócitos totais (granulócitos), podendo estarnas concentrações circulantes de leucócitos totais (granulócitos), podendo estar
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associado com o aumento da atividade das células imunes que compõe a linha
de frente da defesa inata, os neutrólos, ao produzir espécies reativas de oxigê-
nio na tentativa de eliminar os microrganismos invasores perante a susceptibili-
dade às infecções.
No mesmo estudo, porém em relação ao sistema imunológico adaptativo
(células imunológicas adquiridas por meio da exposição e presença da memória
imunológica), representado principalmente pelos linfócitos, os autores eviden-
ciam que no quadro de desnutrição há redução signicativa na dimensão do
timo, sendo este órgão linfático o grande responsável pela maturação e prolife-
ração dos linfócitos T, entretanto, de acordo com as técnicas padrão-ouro para
análise de linfócitos, não há redução da referida célula imunológica no sangue.
Adicionalmente, mesmo observando concentrações normais de linfócitos em cir-
culação sanguínea, estas células sofrem maior apoptose em desnutrição de grau
severo, sendo talvez esta a razão pelo qual muitos estudos defendem a teoria de
que no quadro de desnutrição há redução no número e na função dos linfócitos.
Com relação aos linfócitos B, há estudos que apontam elevação nas concentra-
ções circulantes, ao passo que outros defendem uma menor presença de tais
células, entretanto as técnicas de análise para estas células foram distintas po -
dendo ser o viés para a real compreensão do comportamento da variável.
Complementarmente, outra célula do sistema imunológico inato que pa-
rece ter alterações signicantes mediante o presente distúrbio alimentar são os
monócitos, e principalmente, os macrófagos, que possuem a habilidade de pro-
duzir e secretar substâncias biologicamente ativas, as citocinas, que são respon-
sáveis por auxiliar na homeostase corporal. Atualmente é evidente que estas
células reduzem a capacidade fagocítica e atividade microbicida, e, em estudo
recente conduzido por de Oliveira e colaboradores14 com animais desnutridos,
constatou-se que há redução da quantidade de macrófagos na cavidade perito-
neal e que estas células apresentam diminuição na expressão de receptores de
citocinas, como por exemplo, para receptores de TNF-α , podendo tornar o orga-
nismo mais susceptível a infecções.
Em relação à produção de citocinas pelos macrófagos, além da menor
expressão de TNF-α, observa-se redução das interleucinas 1 e 12 (IL-1 e IL-12) que
são cruciais nas respostas imunológicas e inamatórias por ter a capacidade de
atuar na ativação de linfócitos, principalmente os linfócitos T, e manter a comuni-
cação entre os sistemas inato e adquirido. A redução destas citocinas que atuam
como substâncias sinalizadoras e moduladoras pode ocasionar uma ineciência
na resposta imunológica, justicando, indiretamente ou diretamente, a imuno-
deciência.
Em suma, podemos observar que as alterações que compõe a obesida-
de e a desnutrição são totalmente opostas e, infelizmente, são realidades bem
presentes na sociedade atual, principalmente em países de baixa renda ou em
processo de desenvolvimento, entretanto, em ambas as doenças, o sistema imu-
nológico é afetado e apresenta signicantes alterações na sua forma de atuação
e na efetividade, almejando sempre, o reestabelecimento da homeostase corpo-
ral. Na gura 2 é apresentada a comparação entre os extremos dos distúrbios
alimentares vericados na obesidade e desnutrição.
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5.3 Aterosclerose
Não são raras as anormalidades nas concentrações plasmáticas de lipo-
proteínas na população em geral, além disso, esta é a principal causa do de-
senvolvimento da aterosclerose, uma doença inamatória crônica, caracterizada
pela formação de placas de lipídeos e tecido broso (ateromas) nas paredes das
artérias. O processo inicial do seu desenvolvimento está relacionado à oxidação
do LDL (do inglês: low-density lipoprotein) e formação do LDLox, uma partícula
tóxica que pode gerar lesão na parede do vaso15.
Dá-se início então a uma resposta inamatória, gerada pela lesão no en-
dotélio vascular, que por si só já expressa e secreta uma série de moléculas que
atuam como ativadores do sistema imunológico. Concomitantemente, a própria
LDLox atua como um fator quimiotático para monócitos, sendo o responsável
por uma maior secreção de citocinas tais como M-CSF (do inglês: macrophage
colony stimulating fator) e MCP-116.
Mediante este quadro, ocorre a diferenciação de monócitos em macrófa-
gos que internalizam os LDLox, formando assim as células espumosas, e conse-
quentemente, iniciando uma resposta imune-inamatória. As células espumosas
também produzem TNF-α, induzindo a formação de coágulos e a ocorrência de
síndromes coronarianas agudas17. A partir do dano endotelial, as moléculas de
lipoproteínas, predominantemente as de LDL se aglomeram levando a formação
dos ateromas18.
FIGURA 2
“Balança regulatória
da homeostase
corporal”
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5.4 Câncer
A proliferação de células cancerígenas e formação de tumores são carac-
terizadas, inicialmente, por uma falha na capacidade imunossupressora do sis-
tema imunológico em continuar bloqueando a reprodução dessas células que
sofreram algum processo de mutação, e estão envolvidas nesse processo tanto
células de defesa do sistema inato quanto adaptativo. As células NK são as pri-
meiras a responder as células tumorais metastáticas, e são produtoras de uma
diversidade de citocinas e fatores de crescimento na tentativa de estimular o sis-
tema imunológico. No entanto, células cancerígenas ou neoplásicas apresentam
características diferenciadas em relação às outras células, principalmente no que
diz respeito ao seu metabolismo e ciclo celular. Uma das principais divergências
nesse sentido se refereà predominância do metabolismo glicolítico na presença
de oxigênio, também conhecido como glicólise aeróbia, fato que eleva a produ-
ção de ácido lático pela célula e viabiliza um microambiente que pode inibir a
função de células de defesa (linfócitos T citotóxicos e células NK)19.
Essa inibição ou tolerância por parte das células de defesa se dá tanto na
resposta inata quanto adaptativa por diversos mecanismos. Um deles ocorre de-
vido à perda de ligantes para moléculas efetoras de células NK fazendo com que
o tumor não seja reconhecido pelo sistema imunológico inato20; outro exemplo
está localizado no timo, no qual as células T auto reativas são eliminadas ou têm
seu fenótipo alterado para células reguladoras de maneira que as células neoplá-
sicas passam despercebidas da detecção do sistema imune21.
Outro tipo celular que sofre alterações relacionadas ao tumor são os ma-
crófagos associados a tumores, no entanto, esses macrófagos são resultantes da
polarização de monócitos para macrófagos M2 (de fenótipo anti-inamatório),
estimulados por IL-4 e IL-13 e possuem características angiogênicas, sendo as-
sim, estas células na realidade exercem efeitos imunossupressores locais, além
de estimular a origem de novos vasos sanguíneos para o local do tumor22.
6. Metabolismo de células imunológicas frente ao Exercício Físico
O sistema imunológico tem como sua principal função proteger o orga-
nismo de agentes estressores, no entanto, não podemos nos esquecer de que o
exercício físico, tanto de maneira aguda como cronicamente, causa um nível de
estresse de maneira proporcional à sua intensidade e duração. Então, é espera-
do que as células do sistema imunológico respondam ao exercício também de
acordo com o estímulo que lhe foi dado, assim como esta resposta pode sofrer
uma adaptação em um indivíduo que tem o hábito de se exercitar com frequên-
cia.
Alguns estudos datados do nal da década de noventa, já observaram
diferenças consideráveis na resposta ao estímulo intenso, sendo este responsá-
vel por um risco elevado de infecções do trato respiratório superior e o exercício
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 23
praticado de maneira moderada a longo prazo, como tendo um efeito protetor
ao risco de infecções e, portanto, benéco, teoria conrmada alguns anos mais
tarde por Niemam23.
Foi então que procurou-se entender de maneira mais profunda, quais
eram os mecanismos que modulavam estas respostas imunológicas frente ao
exercício. A partir disso, houve um grande aumento no número de estudos na
área de exercício e sistema imunológico e, atualmente é sabido que, na tentativa
de retornar à homeostase inicial, são recrutados tanto componentes celulares
como humorais os quais estão relacionados com o sistema imunológico inato e
adaptativo. Segundo Costa Rosa e Vaisberg24 estão envolvidas no referido pro-
cesso questões mecânicas (hipóxia, hipertermia e lesão muscular), metabólicas
(glutamina) e hormonais (adrenalina, cortisol, entre outros).
Explorando as relações entre estes mecanismos e o sistema de defesa,
podemos citar a lesão muscular como uma situação de aumento no número de
neutrólos provenientes de uma maior interação com células endoteliais com o
objetivo de translocar para as células do tecido muscular25. A descoberta de uma
suposta competição por um substrato energético, a glutamina, também gerou
hipóteses para o prejuízo na função de células do sistema linfático durante o
exercício. Segundo Pedersen26, o músculo esquelético também utiliza da glutami-
na como fonte de energia, e em situações nas quais a necessidade do substrato
é muito superior, como em estados de sepsemia e exercício intenso, ocorrerá
redução no desempenho de algumas células do sistema imunológico.
De acordo com Neubauer e colaboradores27  tanto o número quanto a
função dos linfócitos são alterados com o exercício, apresentando em seu com-
portamento um aumento no número de células durante a atividade seguido
de redução no período pós-exercício. Adicionalmente, a leucocitose durante o
exercício pode ser atribuída ao aumento nas concentrações de catecolaminas,
e a neutrolia tardia tem sua explicação nas concentrações elevadas de cortisol,
uma vez que este hormônio tem efeito mais lento quando comparado com a
adrenalina. Esse efeito de aumento na quantidade de células sanguíneas em res-
posta a elevação de catecolaminas já havia sido investigado por Björn Ahlborg e
Gunvor Ahlborg28, em um estudo que encontrou relação direta entre o bloqueio
de receptores β-adrenérgicos e leucocitose. Um dos efeitos encontrados pelo
treinamento físico de intensidade moderada em células especializadas no siste-
ma fagocítico (macrófagos) está na relação com hormônios. A hipótese foi testa-
da em macrófagos peritoneais de camundongos e foi observada uma diminuição
na produção de superóxido por essa população de macrófagos submetidos à
exercício intenso, como resultado de uma menor atividade deste tipo célula. De
maneira oposta, o exercício moderado foi capaz de aumentar a atividade citotó-
xica, a capacidade fagocítica e a aderência de macrófagos peritoneais29.
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO24
7. Conclusão
Dentre as diversidades de células imunes, e sua subdivisão em sistema
imune inato e adaptativo, é evidente a importância de cada tipo celular na tenta-
tiva de manutenção da homeostase corporal. É sabido também que existe uma
anidade entre os sistemas orgânicos, e que estes respondem a estímulos ex-
ternos e internos, assim como podem variar suas respostas de acordo com o
tempo do estímulo (curto ou longo prazo). A inamação crônica de baixo grau
apresentada na obesidade age de forma a estimular a atividade de células imu-
nes, ao passo que a carência de nutrientes que arremete a desnutrição, tende
ao quadro de imunossupressão. Além disso, situações como o câncer, distorcem
toda a função do sistema imune, de modo que células neoplásicas passam a ser
beneciadas por ele. Adicionalmente, o exercício tem papel fundamental na f un-
ção desse sistema, assim como modula sua resposta de acordo com as variações
de intensidade e duração.
No capítulo 3 abordaremos a participação do metabolismo energético
nos diferentes eventos siológicos e moleculares, especialmente durante exercí -
cio físico.
8. Resumo
É evidente que o sistema imunológico possui suma importância no com-
bate de estruturas estranhas e invasoras que possam ocasionar danos ao corpo,
atuando sempre a favor do controle da saúde, manutenção da homeostase cor-
poral e, consequentemente, permitir a perpetuação da espécie humana. Em li-
nhas gerais, diversas células compõe este potente sistema de defesa, entretanto
algumas delas, tais como neutrólos, linfócitos e monócitos, merecem destaque
por apresentar papeis fundamentais frente diversos estímulos sendo eles doen-
ças ou em prol da saúde, como o exercício físico.
Frente a distúrbios metabólicos ocasionados por desequilíbrio na inges-
tão calórica, porém não exclusivamente ocasionado por nutrientes, as pr incipais
consequências observadas é a instalação de um quadro de inamação crônica
de baixo grau, sendo inicialmente local, porém podendo extravasar sistemica-
mente, ou um ambiente de imunodeciência. A inamação e a imunodeciência
são alterações que ocorrem que doenças e ambientes bem distintos, mas que
de forma similar mantêm íntima relação com o sistema imunológico buscando
sempre, ou inicialmente, o reestabelecimento da homeostase corporal.
No exercício físico, seja durante ou após a sessão, existem alterações no
número e funções dessas células. Essas variações são decorrentes de mecanis-
mos hormonais, mecânicos e metabólicos e que também correspondem ao tem-
po de duração e intensidadedo exercício. No caso de exercício intenso de longa
duração ocorre um período de imunossupressão derivado principalmente das
altas taxas de hormônio de estresse que estão circulantes na corrente sanguí -
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nea. Porém, no treinamento (longo prazo) de intensidade moderada, o indivíduo
passa a apresentar um risco menor de infecções. Essa adaptação em virtude do
treinamento tem uma das suas explicações no eixo hipotálamo-pituitária-adre-
nal, pelo fato das células imunes também apresentarem receptores para hormô-
nios produzidos em situações de estresse.
9. Exercícios de Auto-avaliação
1. De acordo com o seu entendimento conceitue a importância do sistema imu-
nológico para o organismo humano destacando a funcionalidade das principais
células de defesa abordadas no capítulo.
2. Quais são as características observadas no quadro de inamação e imunos-
supressão? Explique a atuação das células imunológicas em ambos os distúrbios
metabólicos.
3. No caso da obesidade, ocorre uma inamação crônica de baixo grau. Qual o
principal fator que dá início a este estado inamatório, e quais as suas consequ-
ências para o organismo?
4. Explique o papel dos macrófagos na formação das placas de ateroma.
5. Diferencie as respostas imunes imediatas de uma sessão de exercício em ma-
ratonistas (exercício intenso) e em atletas de intensidade moderada.
10. Referências
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO 27
Capítulo 2
METABOLISMO DO ENERGÉTICO DURANTE O EXERCÍCIO: PAPEL DA IL-6
1. Objetivos do capítulo
Proporcionar a compreensão do papel da interleucina 6 (IL-6) no meta-
bolismo energético durante exercício. Uma série de evidências sugerem que a
IL-6 desempenha papel importante no sistema imunológico, pois existe ampla
presença da referida citocina nos mais diversos processos inamatórios. Contu-
do, sua ação não é exclusivamente pró-inamatória. Estudos demonstram que,
a IL-6 também possui papel anti-inamatório e endócrino quando sintetizada no
músculo durante o exercício físico.
2. Conceitos-chave
- Hidrólise: quebra de uma molécula por uma molécula de água;
- Glicólise: degradação de uma molécula de glicose;
- Consumo máximo de oxigênio: capacidade máxima que o organismo tem de
captar, transportar e utilizar o oxigênio para fornecimento de energia aeróbia;
- Citocinas: proteínas que modulam a função de outras células ou da própria cé-
lula que as geraram;
- Miocina: citocina produzida pelo músculo.
Autores: José Gerosa Neto e Eduardo Zapaterra Campos
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INTRODUÇÃO AO IMUNOMETABOLISMO APLICADO AO EXERCICIO FISICO E A NUTRIÇÃO28
3. Introdução
Como visto no capítulo anterior (capítulo 2), o sistema imunológico é mo-
dulado frente a diferentes estímulos endógenos, exógenos, e principalmente,
pelo exercício físico. Pelo menos em parte, algumas alterações são decorrentes
do metabolismo energético, tema que abordaremos com mais detalhes neste
capítulo.
Antes da descrição do metabolismo energético durante o exercício nos
diferentes domínios de intensidades, algumas considerações devem ser feitas a
respeito da interação

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