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O HOMEM QUE MUDOU O JOGO

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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/280051868
O HOMEM QUE MUDOU O JOGO: AS RELAÇÕES DE PODER NAS
ORGANIZAÇÕES EM UM ESTUDO OBSERVACIONAL
Conference Paper · December 2013
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5 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Parques Tecnologicos View project
Reverse Logistics and GSCM in Pharmaceutical Industry View project
Camila Cruz de Carvalho
Universidade de Fortaleza
5 PUBLICATIONS   3 CITATIONS   
SEE PROFILE
Raissa Karen
Universidade de Fortaleza
2 PUBLICATIONS   1 CITATION   
SEE PROFILE
Roger Augusto Luna
Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas
34 PUBLICATIONS   17 CITATIONS   
SEE PROFILE
Santiago Valcacer Rodrigues
Universidade de Fortaleza
31 PUBLICATIONS   22 CITATIONS   
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Santiago Valcacer Rodrigues on 14 July 2015.
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https://www.researchgate.net/publication/280051868_O_HOMEM_QUE_MUDOU_O_JOGO_AS_RELACOES_DE_PODER_NAS_ORGANIZACOES_EM_UM_ESTUDO_OBSERVACIONAL?enrichId=rgreq-be497da0b4a82d6cfe8a539aa8e7766b-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MDA1MTg2ODtBUzoyNTEyMTgzNTg0MzU4NDBAMTQzNjkwNjUzMjU4OQ%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
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Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais 
“Abrindo Caminho nos Estudos Organizacionais” 
Fortaleza, Ceará, 11 a 13 de dezembro, 2013 
964 
 
O HOMEM QUE MUDOU O JOGO: 
AS RELAÇÕES DE PODER NAS ORGANIZAÇÕES EM UM ESTUDO OBSERVACIONAL 
 
Camilla Cruz de Carvalho 
Universidade de Fortaleza 
camillacruzc@hotmail.com 
 
Raissa Karen Leitinho Sales 
Universidade de Fortaleza 
raikaren@hotmail.com 
 
Roger Augusto Luna 
Universidade de Fortaleza 
rog_luna@hotmail.com 
 
Santiago Valcacer Rodrigues 
Universidade de Fortaleza 
santiago.valcacer@gmail.com 
 
Resumo 
 
As relações de poder revelam aspectos singulares referentes ao ambiente e a cultura 
organizacional. Nesse entendimento, a proposta deste artigo é analisar as relações de 
poder em uma organização por meio de um estudo observacional do filme ”O Homem que 
Mudou o Jogo”. Como marco teórico buscou contextualizar as relações de poder nas 
organizações com o intuito de (1) identificar os aspectos teóricos de poder que possuem 
relação com o campo organizacional; (2) identificar as referências de poder exercidas pelos 
personagens no filme e (3) verificar as relações de dominação existentes na narrativa. 
Conclui-se que as relações de poder nas organizações são dinâmicas, questionáveis e 
dependentes da ação de seus integrantes. Da mesma forma ponderam-se imprevisíveis se 
 
 
 
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“Abrindo Caminho nos Estudos Organizacionais” 
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não analisadas, remodeladas e fundamentadas por meio da culturaorganizacional que são 
alicerçadas por intermédio de planejamentos, diretrizes, normas de condutas e 
regulamentos. 
 
Palavras-chave 
 
Poder; Organizações; Estudo observacional; Análise fílmica. 
 
1 Introdução 
 
As pesquisas e estudos realizados que analisam as relações de poder, dominação, 
autoridade e o comportamento revelado pelos agentes inseridos no ambiente de trabalho, 
são, ainda, reduzidos (MIRANDA, 2009). É certo que os primeiros manuais de 
administração não deram atenção merecida à temática, ou o fizeram com ostracismo, de 
forma incipiente, simplista e com pouca significância (HARDY, 1995; CUNHA et al., 2003). 
Ao se analisar o poder organizacional, o mesmo não pode ser compreendido 
apenas como um jogo moral de legitimidade e ilegitimidade, “[...] o poder deve ser 
entendido em sua diversidade, mesmo porque ele resiste a uma explanação em termos de 
uma teoria única” (CLEGG; HARDY, 1998, p. 282) e “[...] cada uma delas vê o foco do poder 
fixado ou nas características internas da organização, ou nas suas características externas, 
ou em ambas” (FALCINI, 1993, p. 07). 
Diante do contexto apresentado, o presente artigo tem como objetivo analisar as 
relações de poder em uma organização por meio de um estudo observacional do filme ”O 
Homem que Mudou o Jogo”. No mesmo propósito têm-se como objetivos específicos: (1) 
identificar os aspectos teóricos de poder que possuem relação com o campo 
organizacional, (2) identificar as referências de poder exercidas pelos personagens no 
filme e (3) verificar as relações de dominação existentes na narrativa. 
 “O Homem que Mudou o Jogo” foi indicado para as premiações do Oscar nas 
categorias de melhor ator, representado por Brad Pitt, e melhor filme do ano de 2012. A 
representação de uma organização estabelecida em um filme que deveria ser apenas mais 
 
 
 
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uma história cercada de regras e acontecimentos vinculados aos tradicionais times 
americanos de beisebol o fez ser escolhido como objeto de estudo. 
 O presente trabalho se justifica à medida que promove uma reflexão sobre as 
relações de poder existentes nas organizações por meio da análise de um filme, e ainda 
ratificando a utilização de análise fílmica como estudo cientifico. O estudo encontra-se 
dividido em quatro seções, além da introdução. Na primeira parte o referencial teórico 
referente às abordagens do poder e o poder nas organizações, seguido dos procedimentos 
metodológicos para o estudo. Em sequência, a análise dos resultados pertinentes às 
particularidades das relações de poder identificadas no filme são desenvolvidos e, por fim, 
na última seção são expostas as considerações finais acerca dos achados da pesquisa. 
 
2 Referencial teórico 
 
2.1 Abordagens do poder 
 
Inicialmente, é necessário, para concepção do poder, uma teoria que embase 
este tema, para posteriormente identificar o poder de um indivíduo, classe ou sistema 
social (LUKES, 1980). A imensidão de perspectivas quanto à concepção que envolve este 
tema requer a necessidade de atribuir um conceito a cada tipo de aplicação, mas “[...] o 
essencial ao poder é a realização de uma vontade ou desejo” (LUKES, 1980, p. 825). 
Glegg e Hardy (1998) apresentam suas visões acerca da existência de 
multiplicidade de vozes, ou seja, as diversas abordagens sobre o poder, quando explicam 
que a “[...] confusão tem sido exacerbada por conta das duas vozes mais altas que 
emergem – funcionalista e a crítica (para usar categorização simples) – que raramente se 
comunicam entre si” (CLEGG; HARDY, 1998, p.261). A primeira aborda uma visão 
generalista, em que, por vezes, a elevação da subjetividade é raramente articulada e 
pouco criticada. A segunda coloca em debate temas como dominação e exploração 
(CLEGG; HARDY, 1998). 
Na visão weberiana, o poder é “[...] a possibilidade de que um homem, ou um 
grupo de homens, realize sua vontade própria numa ação comunitária, até mesmo contra 
 
 
 
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a resistência de outros que participam da ação” (WEBER, 1982, p. 211). Tem-se, portanto, 
a manifestação do poder como absolutamente discreto, mutável, mensurável, confiável e 
existente entre os homens a partir das ações coletivas (FOUCAULT, 1987; ARENDT, 2000). 
As relações de poder sempre estiveram presentes em sociedade e se colocam por meio de 
questões vinculadas às vantagens econômicas, intelectuais, físicas, e também de 
dominação pelo saber – considerado em determinado contexto histórico, como científico 
–, entre outros fatores. 
Lukes (1980) divide a concepção de poder em duas categorias amplas. A 
assimétrica é associada a conflitos e resistência, real ou potencial. Essa pode ser composta 
por três modos intimamente relacionados, mas analiticamente distintos de conceber o 
poder, quais sejam: a) obtenção de aquiescência ou controle; b) relação de dependência; e 
c) desigualdade – em que predomina o aspecto do poder como competitividade 
exacerbada. No entanto, o autor também apresenta uma concepção benigna sobre o 
poder: 
 
Em suma, o controle, dependência e desigualdade representam as três 
principais maneiras de conceptualizar o poder, compreendidas como uma 
relação assimétrica. [...] As concepções de poder como uma capacidade 
coletiva tendem a ressaltar o aspecto benigno e comunal e não o aspecto 
demoníaco e competitivo do poder (LUKES, 1980, p.829). 
 
Como visto, tais concepções são por demais complexas, e ainda, o enfoque dado 
por quem aborda, geralmente, requer atenção apurada, pois o que alguns indivíduos 
podem considerar como uma relação assimétrica, outros podem observar como 
capacidade coletiva. Isto ocorre porque cada um tem sua própria visão de mundo, de 
acordo com o contexto socioeconômico e histórico em que se inserem suas experiências 
colaterais e/ou vivências, ou seja, cultura em sentido amplo, como conjunto de 
manifestações religiosas, artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou 
civilização. 
As relações de poder assimétricas geram uma condição de dominação, segundo 
Thompson (1956). Para o autor, isso acontece quando indivíduos ou grupos particulares 
 
 
 
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possuem um poder de maneira estável, excluindo ou impossibilitando de qualquer forma o 
acesso a outros sujeitos ou grupos. 
A dominação é uma das condições legitimadas pelo exercício do poder e 
fundamenta-se em diferentes motivos. Weber (2000) compreende ser a dominação o 
elemento que mais influencia todo o processo de ação social. E conceitua dominação 
como a capacidade de imposição de um comportamento às pessoas (ou às instituições) 
por vontade individual, sendo por interesse relacionado a um monopólio ou em virtude de 
uma autoridade. 
 Weber (2000) apresenta uma tipologia de três caráteres puros de dominações: 
 
1. dominação de caráter racional: fundamentada na crença na legitimidade das ordens 
estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão 
nomeados para exercer a dominação (dominação legal); 
2. dominação de caráter tradicional: baseada na crença cotidiana na santidade das 
tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtudes dessas 
tradições, representam a autoridade (dominação tradicional); e 
3. dominação de caráter carismático: instituída na veneração extracotidiana da 
santidade, do poder heroico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das ordens por 
esta reveladas ou criadas (dominação carismática). 
 
Cabe salientar, que uma dominação pode serbilateral, em que cada indivíduo 
domina sua habilidade sem a interferência do outro, podendo existir subordinação ou não. 
Mas, os aspectos de dominação permeiam os processos administrativos e se fazem 
necessários aos sentimentos de dominados e dominadores, ou seja, servidores e chefes, 
ou ainda, colaboradores e líderes (WEBER, 2000). 
Ainda segundo Weber (2000, p. 189), as formas típicas de dominação “[..] em 
virtude de situação de interesses, particularmente em virtude de uma posição 
monopolizadora, pode transforma-se, gradualmente, numa dominação autoritária”. Essa, 
por sua vez, tem como força propulsora e indispensável a obediência. 
 
 
 
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Outra concepção associada ao poder trata-se das relações de autoridade. Para 
Lukes (1980), a autoridade pode, ainda, ser mais complexa que a conceituação de poder. 
“Aceitar a autoridade é, precisamente, abster-se de examinar aquilo que nos mandam 
fazer, ou aquilo em que nos mandam acreditar” (LUKES, 1980, p.831). Duas formas de 
conceituar a autoridade são apresentadas por este autor: 1) a autoridade exercida sobre a 
crença, a aceitação de uma razão, que pode ser subdividida em dois aspectos: convenção 
ou imposição; e 2) a autoridade por meio da obediência, pela identificação do seu 
possuidor, aceitando os princípios em troca do direito de discordar de forma individual 
deles (LUKES, 1980). 
O poder e a autoridade implicam inúmeras discussões, mais ainda, pelos 
problemas relevantes que causam e como se relacionam com as decisões a serem 
tomadas. Para tanto, Lukes (1980) enfatiza que a relação entre autoridade e poder dá-se 
de diferentes maneiras, em decorrência do contexto e dos pensamentos de cada época. 
Os estudos sobre dominação traçaram avanços na ciência política. Analisando 
decisões relevantes, buscou-se a relação do poder com comunidades particulares, 
determinando quem tomava as decisões. Os estudos de Clegg e Hardy (1998) 
evidenciaram que diferentes grupos prevaleciam nos processos de decisão. Além disso, a 
abordagem predominantemente sobre o poder, não se atearia a um poder único como 
solução de conflitos, mas sim aos usos do mesmo para vencer um conflito. 
 
2.2 Poder nas organizações 
 
Para Faria (2003), as organizações devem ser estudadas em seu ambiente 
constitutivo e a partir de um modelo analítico, permitindo assim entender as formas de 
controle por ela praticadas nas relações internas e externas. No contexto das 
organizações, o poder é difundido em sua estrutura formal, de modo que alguns, e não 
todos do grupo utilizam-se dele para benefício próprio. Assim, ressalta-se que o 
predomínio das aspirações de alguns homens sobre a vontade de outros, bem como o 
conflito e a resistência aberta se configuram como essências ao poder (LUKES, 1980). 
 
 
 
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Deste modo, alguns aspectos podem ser salientados no que se refere às 
discussões sobre poder nas organizações: conflito de interesses; estratégia de dominação; 
gerenciamento de significados; criação de legitimidade; resistência e disputa de poder 
entre gêneros (CLEGG; HARDY, 1998). 
Gaulejac (2006) acrescenta, além da relevância do ser humano, nas organizações 
e das relações de poder, a preocupação com o desempenho organizacional. Em outra 
dimensão, a dominação de poder existente, nas organizações, depende do modo como 
estas são geridas. E podem ser categorizadas como: funcionalista, utilitarista e 
experimental. 
O primeiro modo, funcionalista, tem como característica minimizar os fenômenos 
sociais no ato individual, considerando como foco a contribuição para a harmonia da 
sociedade em que eles estão inseridos. O segundo, experimental, busca constantemente a 
causalidade dos fatos por meio das experiências que podem ser replicadas por outros 
indivíduos. Por fim, o modo utilitarista destaca e maximiza as habilidades e qualidades da 
ação individual no objetivo de otimizar os resultados, buscando maior resistência no 
mercado (GAULEJAC, 2006). 
A relação entre poder e resistência é latente, contudo serve para reforçar o 
sistema de dominação existente no contexto, estando inscrito nas regras contextuais que 
possibilitam e restringem as ações. “Assim, a resistência à disciplina é irremediável graças 
à constituição da relação poder/regra como o nexo de significados e intepretações, o qual, 
graças ao caráter indicativo aos desvios, estará sempre aberto a possibilidades de 
reordenação” (CLEGG; HARDY, 1998, p.297). Contudo, a resistência serve, apenas, para 
reforçar o sistema de poder existente. 
No entendimento da visão sobre administração recente, pode-se dizer que as 
considerações anteriores acreditavam de forma mais mecanicista em uma organização 
representada pela sua estrutura física e regida por leis de funcionamento e estruturas de 
poder, segundo Gaulejac (2006). Na gestão, o foco nos aspectos humanos superaram as 
ideias anteriores, considerando as habilidades, competências e anseios dos funcionários 
com maior relevância para os dirigentes da organização. 
 
 
 
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Em síntese, tem-se um aglomerado de técnicas com a finalidade de gerar 
efetividade da utilização dos recursos materiais, humanos e financeiros, na busca de um 
desempenho superior da organização (GAULEJAC, 2006) e as relações de poder como 
parte dos processos coletivos. 
 
3 Metodologia 
 
A investigação utilizou-se da abordagem qualitativa, da observação indireta e do estudo de 
caso para alcançar o objetivo de analisar as relações de poder em uma organização por 
meio de uma análise observacional do filme “O Homem que Mudou o Jogo”. 
 A pesquisa qualitativa é caracterizada pela busca de uma descrição, compreensão 
e significação detalhada do fenômeno e das partes que os circundam, sem desviar do rigor 
que envolve a investigação cientifica. A escolha desse método foi fundamentada na 
adequação ao estudo das relações sociais (MERRIAM, 1998; VIERA; ZOUAIN, 2004; 
CHIZZOTI, 2008; VERGARA, 2005; LEITE; NISHIMURA; CHEREZ, 2010; FLICK, 2004). 
 Diante do contexto, a investigação é caracterizada como observação indireta não 
participante, tendo em vista a utilização do filme como fonte de coleta de dados 
(ABBAGNANO, 2003; FLICK, 2004; LEITE; LEITE, 2007; PATTON, 2002). 
 Neste artigo utilizou-se como objeto de estudo o filme “O Homem que Mudou o 
Jogo”, analisado por meio da linguagem fílmica no contexto da obra, caracterizada por 
dados narrativos, ou seja, aqueles que relatam os comportamentos em registros de áudio 
e vídeo (HAIR JR, et al., 2007). A observação indireta permitiu a análise de falas, cenários e 
atitudes relatadas na narrativa. As falas e contextos analisados foram selecionados por 
aqueles que mais representavam as relações de poder conforme relatado no referencial 
teórico. 
Acredita-se que a observação indireta não participante pode auxiliar na busca 
pelo objetivo proposto, uma vez que “tais abordagens não são tratadas de maneira direta 
na Teoria Organizacional, assumindo um lugar periférico em relação a outros temas de 
interesse” (TEIXEIRA; OLIVEIRA, 2010, p. 2). 
 
 
 
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 Essa técnica é corroborada como investigação científica por diversos autores que 
tratam o poder e a ética por meio da análise fílmica: Rebouças, Matos e Machado (2012); 
Matos, Lima e Giesbrecht (2011); Sobreira et al. (2012); e Machado, Ipiranga eMatos 
(2013). 
 
4 Análises e resultados 
 
4.1 A narrativa em estudo 
 
O enredo do filme “O Homem que Mudou o Jogo” (2011) traz uma história 
baseada em fatos reais que tem como personagem principal Billy Beane, um ex-jogador de 
beisebol que teve um início de carreira promissora, mas não conseguiu atingir o estrelato. 
Por volta dos seus quarenta anos, era gerente geral do time Oakland A’s, onde contava 
com um orçamento baixo para montar um time e superar o desafio de mudar todo o 
sistema convencional praticado pelo esporte. 
Sem o apoio da mídia esportiva, do técnico do time e dos chamados “olheiros”, 
responsáveis por encontrar novos talentos para a equipe, Billy, com a ajuda de um jovem 
economista, Peter Brand, utiliza padrões estatísticos para a escolha dos jogadores. Billy e 
Peter criam um time diferenciado, sem jogadores famosos, mas com potencial para 
vencer. 
A saga de Billy Beane continua com o inicio da temporada de jogos, quando a 
crítica negativa quanto ao método se estabelece por meio da mídia esportiva. A falta de 
confiança e motivação dos próprios atletas também gera desafios para a atuação do 
gerente e de seu assistente. Em campo, a equipe planejada por Billy e Peter inicia uma 
sequência de derrotas, gerando ainda mais descrédito e desconforto na organização. 
Cansado de ser contrariado pelo técnico e não ver sua estratégia emplacar, Billy 
resolve negociar todos os jogadores que ele acredita não contribuir para que isto ocorra. 
Peter tenta dissuadi-lo, sem êxito. 
A inacreditável sequência de vitórias começa a ocorrer e a mídia esportiva 
comenta com positivismo a atuação do time, creditando o esforço ao treinador Art Howe, 
 
 
 
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que informalmente as aceita, ignorando que o verdadeiro responsável tratava-se de Billy. 
O gerente age com indiferença em relação à postura do técnico e continua sua estratégia 
contando com a colaboração de Peter. A temporada continua e após quatorze vitórias 
sequenciais o time toma a liderança do campeonato, sendo comparado aos Yankees de 
1927 que tiveram uma sequência de vitórias em dezenove jogos, com jogadores de 
altíssimo padrão. 
Na mente de Billy e Peter, a estratégia estava consolidada e era funcional, o 
Oakland A’s contabilizaria sua vigésima vitória, batendo todos os recordes do beisebol 
americano. Mesmo com o sucesso da campanha e da relevância do recorde histórico, 
ainda não havia terminado o campeonato e o jogo final consolidaria e mudaria de vez a 
história do beisebol para Billy Beane. Na partida final, contra o NY Yankees, o Oakland A’s 
não consegue manter o mesmo padrão de jogo das demais partidas, acabando de vez com 
o sonho do título e da consolidação do trabalho do time. As criticas recaem sobre Billy e o 
modelo estatístico adotado não substitui o formato padronizado do beisebol americano. 
Apesar do modelo de Billy não alcançar a conquista do campeonato, a convicção 
do presidente do time Red Sox suficiente para fazer uma proposta ao gerente. Billy é 
convidado para assumir a função de gerente geral do Red Sox, o que renderia o papel de 
gerente mais bem pago de toda a liga, segundo Peter. 
Billy Beane recusa a proposta, mas o Red Sox não desiste de utilizar o método 
aplicado no Oakland A’s e vence a temporada seguinte do campeonato utilizando a 
estratégia de Billy e Peter. A narrativa termina com Billy dando continuidade ao seu 
trabalho no Oakland A’s, onde permanece tentando vencer o último jogo. 
 
4.2 Estudo observacional 
 
A diferença de orçamentos anual entre os times é destacada nas cenas iniciais e 
demonstra a primeira relação de poder possível de ser observada no filme. A 
superioridade dos times com mais recursos financeiros corresponde com a relação de 
poder de desigualdade abordada por Lukes (1980). O poder econômico de um time 
 
 
 
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possibilita a compra de jogadores mais experientes e preparados, aumentando as chances 
de obter bons resultados em comparação aos que não possuem esse recurso. 
Nessa perspectiva, tem-se que as organizações determinam o seu potencial por 
meio das possibilidades financeiras para aquisição de colaboradores mais experientes ou 
com maiores títulos. A concorrência existente entre os times do filme demonstra que por 
meio da capacidade financeira algumas equipes se sobressaem em relação às outras e a 
quantidade de recurso significa qualidade de produção. 
Mas, a perda dos três principais jogadores do Oakland A’s no inicio da trama 
motiva as novas negociações e a busca por reforços para o time com mínimo de recurso 
possível. Em uma das primeiras reuniões com os “olheiros” é possível observar uma 
organização democrática, mas a estrutura formal, conservadora, logo é percebida quando 
Billy se impõe nas discussões e questiona os posicionamentos dos colegas. Neste ponto, 
ressalta-se a vantagem da posição de gerente sobre as demais, gerando desconforto, 
conflito e resistência, e configurando a essência do poder (LUKES, 1980). 
Os resultados que poderiam surgir pelo poder de decisão da função ocupada por 
Billy, fazendo cumprir o objetivo almejado pelo gerente: ganhar o campeonato, é também 
ameaçado pela falta de conhecimento e perspicácia para conduzir as situações ou o 
relacionamento com os colaboradores. Entre os “olheiros” do time, Billy é reconhecido 
como autoritário e o seu poder visto como imposto. Para Miranda (2009), o poder e a 
política não possuem um gênero definido, isto é, não são bons nem ruins, a sua 
determinação dependerá exclusivamente da forma como eles são aplicados no dia a dia. 
Em uma cena de reunião com os olheiros uma declaração destaca essa posição entre o 
grupo. 
 
OLHEIRO: Temos que lembrar que este é o cara. Ele só responde apenas a si 
mesmo e a Deus. Ele não precisa responder a nós. Só damos as sugestões, 
ele faz as decisões. 
 
No comentário do personagem sobre as atitudes de Billy, torna-se evidente que na 
relação existente entre a gerência e o grupo de olheiros predomina o poder autoritário 
 
 
 
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imposto pelo chefe e reconhecido por meio do dever de obediência, de acordo com os 
ensinamentos de Lukes (1980). 
A mídia também descreve com crítica o método e as decisões do administrador: 
 
NARRAÇÃO MÍDIA: Billy Bean tentou reinventar o sistema, só que não 
funcionou. Chamam de “moneyball”. Ele comprou uma passagem no Titanic. 
 
Em outras cenas, percebe-se ainda, que Billy não mantém relações com os 
jogadores, não assiste aos jogos e nada representa as características gerencialistas em 
suas atitudes. Em uma conversa com Peter o gerente esclarece que opta por agir dessa 
forma para se sentir à vontade quando decidir negociar ou demitir os jogadores. 
Billy não assistia às partidas do seu time, nem no campo, nem pela mídia. Apenas 
acompanha pequenos flashes para saber se sua estratégia estava sendo aplicada e o 
resultado dela. A vigilância, apesar da distância, era fundamental para Billy tentar manter 
o controle do que ocorria com seu time (FARIA, 2003). Neste momento é possível 
entender o poder pela observação citado por Foucault (1987), quando, mesmo à distância, 
mas em posição estratégica de controlar o time, é possível tomar decisões. 
A demonstração de poder descrita por Weber (1982), onde a vontade de um 
indivíduo prevaleça mesmo contra a resistência de outros que participam da ação, é visível 
nas situações vivenciadas por Billy com o grupo de “olheiros” ou com os jogadores. 
Em outra cena, Grady Fuson, o “olheiro-chefe”do time, discute com Billy, 
explicando sobre a impossibilidade de se trabalhar de forma matemática, deixando de 
lado toda a experiência que as pessoas tinham em suas funções e a cultura na forma de 
trabalho de toda a liga de beisebol, relacionando o que Thompson (1956) teoriza como 
relações de poder assimétricas, onde o poder dos “olheiros” do time é estável e exclusivo. 
Billy escuta, mas irredutível, irônico e indiferente, conforme diálogo abaixo: 
 
OLHEIRO Não se monta uma equipe com o computador, Billy. 
BILLY Adapte-se ou morra. 
 
 
 
 
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A discussão continua até o momento onde há o desrespeito à autoridade e em 
gozo de seu poder Billy o demite. Foucault (1987, p.14) admite “É indecoroso ser passível 
de punição, mas pouco glorioso punir”. Nessa parte do filme, compreende-se que a quebra 
de paradigmas e mudança cultural das pessoas não é fácil e nem simples de ser aplicada 
em uma organização, mas, com orientação e liderança há a possibilidade de um consenso 
ou acordo no objetivo de retomar o equilíbrio organizacional. 
No que se refere aos personagens, cabe ressaltar uma representação da relação de 
poder em dois aspectos totalmente distintos, pois, ao mesmo tempo em que o 
relacionamento entre esses personagens demonstram controle, dependência e 
desigualdade, principais aspectos para conceituar o poder na forma mais competitiva, 
segundo Lukes (1980); eles mantém as concepções de poder como uma capacidade 
coletiva (LUKES, 1980), tendo em vista que atuam, mesmo que individualmente, por meio 
de atividades complementares e na mesma organização em busca de um produto final. 
 
Quadro 1 – Características de Poder por Personagens 
Personagem Característica Descrição 
Steve, 
“O dono do time” 
Vantagem 
econômica 
Este personagem detém as decisões relativas às questões 
econômicas da organização. Nas primeiras cenas do filme 
esse poder é evidente pelo diálogo de Steve e Billy, 
quando o primeiro limita os valores em caixa para serem 
destinados à compra dos jogadores. E, mesmo com a 
tentativa de negociação proposta por Billy, Steve não 
recua e mantém as decisões quanto aos valores 
disponíveis. 
Billy, 
“O gerente do time” 
Vantagem 
operacional 
O gerente da organização de beisebol é responsável pelas 
negociações dos jogadores para o time e conserva o poder 
de decidir pelo conhecimento adquirido pela vivência, 
quando era jogador. Ao longo dos acontecimentos, os 
flashbacks das cenas vividas pelo ex-jogador inspiram suas 
decisões. 
Peter 
“O assistente geral” 
Vantagem 
intelectual 
O jovem economista utiliza os conhecimentos teóricos 
que aprendeu na formação para calcular os lances 
 
 
 
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realizados pelos jogadores de beisebol e analisar suas 
contribuições para um time. Dessa forma, o 
embasamento teórico de Peter é fundamental nas 
decisões estratégicas do time e é a vantagem que o 
personagem conserva para fazer parte de grandes 
equipes. 
Jogadores Vantagem de 
ação 
Os personagens dos jogadores representam na narrativa a 
força física da organização. Esses colaboram para a 
produção do que mantém o time, exercem os esforços de 
produção, agem em campo para pontuar e conquistar os 
campeonatos, mas não tomam decisões administrativas. 
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados coletados. 
 
No que diz respeito à dominação, observa-se a impossibilidade de existir um 
equilíbrio e uma coerência quanto a essa questão na cultura organizacional identificada no 
filme, pois enquanto os objetivos do gerente do time se concentram no alcance dos 
títulos, nos campeonatos, os artifícios utilizados para motivar os jogadores na busca desse 
propósito estão voltados para as vantagens econômicas, pela necessidade de manter a 
carreira e receber dinheiro. Essa dualidade fica ainda mais clara na cena em que Peter 
aconselha Billy a aceitar a proposta realizada pelo outro time para exercer a função de 
gerente. 
 
PETER Você seria o gerente mais bem pago de toda a liga. 
BILLY E aí? Já Tomei uma decisão na vida baseada em dinheiro e jurei que 
nunca mais faria isso de novo. 
PETER Você não fará isso pelo dinheiro. 
BILLY Não? 
PETER Não. Você fará pelo que o dinheiro representa. Diz o mesmo que a 
qualquer jogador. Que ele vale a pena. 
BILLY Que idiotice. Eu queria muito que ganhassem. Queria mesmo. 
 
No Quadro 2 os tipos de dominação racional e carismática, propostas por Weber 
(2000), são descritas pelas características das relações identificadas entre os personagens 
 
 
 
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principais. Cabe ressaltar que a dominação tradicional não fora identificada no contexto do 
filme, pois não há representação de dominação de crença ou vinculada à qualquer tipo de 
santidade ou tradicionalismo. 
 
Quadro 2 – Tipos de Dominação segundo Weber (2000) 
Personagens Tipo de 
Dominação 
Descrição 
Jogadores e Olheiros 
versus Billy 
 
Caráter Racional A relação de dominação de Billy em relação aos 
jogadores e olheiros acontece por meio da 
racionalidade. Os jogadores e os olheiros do time 
adotam essa posição quando optam por respeitaras 
decisões e as ordens de Billy ao compreender que o 
cargo ocupado pelo gerente pressupõe o direito de 
mando. 
Billy versus Peter 
 
Caráter 
Carismático 
A relação entre Billy e Peter pode ser observada como 
de dependência e respeito entre no trabalho em 
equipe. Fica claro também que a função exercida por 
Billy e a formação acadêmica de Peter equilibram o 
relacionamento. Porém, no que se refere à 
dominação, torna-se evidente que o assistente é o 
dominador e o gerente o dominado, pois o 
conhecimento adquirido na faculdade de economia e 
nas observações dos times e jogadores prevalecem e 
são essenciais às decisões que devem ser tomadas por 
Billy. 
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados coletados. 
 
De acordo com a identificação observada no quadro anterior há relações claras de 
dominação no filme em estudo e essas mantém o relacionamento nas organizações. A 
subordinação dos olheiros, dos jogadores e do assistente está concentrada na posição 
hierárquica ocupada por Billy. Em contraponto, o respeito e a dependência do 
administrador em relação à Peter é evidenciada pela dominação carismática, mantida por 
seus conhecimentos sobre as técnicas de escolha dos jogadores. 
 
 
 
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Billy sente a falta de empenho do time após mais uma derrota quando passa pelo 
vestiário e escuta o time festejando e descontraindo. Ao adentrar, observa os jogadores 
dançando, rindo, em momento de descontração. Billy escolhe um taco de beisebol e 
quebra o equipamento na frente dos jogadores, como forma de demonstrar raiva e 
indignação pelas atitudes fora e dentro de campo e aproveita para desabafar com os 
jogadores: 
 
BILLY: Perder é divertido? Perder é divertido? (repete em tom agressivo). 
JOGADORES: Não. 
BILLY: Então por que estão se divertindo? (incisivo). 
 
Nesse momento, o silêncio permanece no vestiário e a conversa é finalizada 
quando o administrador relaciona o silêncio à derrota e diz: “Este é o som da derrota”, em 
tom cabisbaixo, mas firme. Na saída do vestiário, ainda nervoso, Billy derruba o bebedouro 
de água como forma de demonstrar irritabilidade com a situação. Nessa cena percebe-se a 
falta de compromisso e o distanciamento dos jogadores emrelação ao objetivo da 
organização, mas, principalmente, destacam-se as atitudes de Billy. Ao ignorar a 
necessidade de ações conduzidas pelas estratégias de liderança e disciplina, Billy revoga 
uma forma de controle em relação aos esportistas e alcança o desrespeito enquanto a 
disciplina seria uma técnica para capturar os envolvidos, tomando-os como objeto do 
poder e como instrumento de um líder. Nessa visão, a disciplina não necessariamente é 
considerada como um “superpoder”, mas uma forma modesta e duradoura de exercê-lo 
(FOUCAULT, 1987). 
 
5 Considerações finais 
 
O contexto e a estrutura de um time americano de beisebol, apresentado na 
narrativa “O Homem que Mudou o Jogo”, ressalta a dinâmica e a relatividade existente 
nas relações que cercam os conceitos e as práticas vinculadas ao poder em uma 
organização. 
 
 
 
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Segundo Foucault (1987) o poder é móvel e possível nos diversos aspectos sociais 
e do indivíduo. Nesse sentido, o presente estudo concentrou-se no objetivo de analisar as 
relações de poder em uma organização por meio de um estudo observacional do filme “O 
Homem que Mudou o Jogo”. No mesmo propósito têm-se como objetivos específicos: (1) 
identificar os aspectos teóricos de poder que possuem relação com o campo 
organizacional, (2) identificar as referências de poder exercidas pelos personagens no 
filme e (3) verificar as relações de dominação existentes na narrativa. 
As relações de poder analisadas na narrativa fílmica convergiram-se em aspectos 
teóricos voltados para autoridade, hierarquia e dominação, identificando uma estrutura 
formal e tradicional de organização. 
Ao considerar as referências de poder reconhecidas nos personagens principais, 
identificaram-se características relacionadas à habilidade, influência, predomínio e 
autoridade mantidas nas relações de poder por meio das vantagens nas atividades 
econômicas, intelectuais, operacionais ou de ação, determinadas para cada um dos papéis 
representados no filme. Tem-se, portanto, que as relações e os atributos de poder de cada 
indivíduo atuam com uma finalidade específica para cada organizações e correspondem a 
um interesse individual, porém vinculado à existência do grupo. 
Na análise de Arendt (2000), a pluralidade da atual sociedade faz com que cada 
indivíduo seja capaz de tomar as suas decisões, deixando a situação patriarcal, onde 
somente o líder ou o pai, comandava as ações para o bem do grupo. No filme, a relevância 
e a atuação dos indivíduos são exaltadas de forma a funcionar a partir dos comandos e 
direcionamentos do administrador. Quanto à percepção de que essas relações se tornam 
coletivas, cabe aqui destacar a dominação e a obediência como formas de equilibrar e 
manter o ambiente organizacional. 
Os tipos de dominação identificados nos principais relacionamentos estabelecidos 
no filme comprovam essa conveniência. Fica claro que mesmo sem concordar com as 
decisões adotadas por Billy, grande parte dos personagens, como o treinador, alguns 
olheiros e o próprio assistente corroboram para a manutenção da organização ao 
aceitarem comportamentos obedientes, o que não representa concordância ou aderência, 
 
 
 
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mas impedem o aparecimento de conflitos de oposição, segundo Clegg e Hardy (1998) e 
Lukes (1980). 
 Os conflitos observados no filme, gerados pelo excesso de autoridade imposta por 
Billy, são cessados sem reflexão ou estratégia, simplesmente não faz parte da equipe 
quem contrariar as decisões ou duvidar do método. Porém, é relevante observar que 
existe uma dualidade negativa ao percebermos que há obediência, mesmo sem 
concordância, ao mesmo tempo que a força do poder dos sujeitos incide sobre as boas 
práticas para organização. Sendo assim, nem todas as deliberações indicadas por Billy 
representam algo significante para a organização. Os jogos vencidos não expressam um 
ambiente organizacional saudável, ao contrário, internamente a instabilidade nas relações 
entre os membros tornam-se ainda mais evidentes com o descontrole repercutido na 
comprovação de que o método implantado era pouco provável e acabaria na derrota. A 
desvalorização dos profissionais também demonstra a duplicidade em ser uma equipe 
para preparar jogadores e, ao mesmo tempo, com facilidade de descartar seus serviços em 
um momento conveniente para o administrador. 
Assim, é possível concluir que as relações de poder nas organizações são 
extremamente dinâmicas, questionáveis e dependentes da atuação de seus membros. 
Para Miranda (2009), as velocidades das mudanças organizacionais predominam e aqueles 
que não optam pela posição de politicamente habilidoso, ou que não jogue o jogo do 
poder, está fadado ao fracasso. Também se tornam imprevisíveis se não estudadas, 
atualizadas e embasadas por uma cultura organizacional sedimentada em planejamentos, 
diretrizes, normas de condutas e regulamentos, a exemplo. 
 
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https://www.researchgate.net/publication/280051868

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