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1 Políticas e Programas de Enfermagem no SUS ( Saúde Pública) Técnico em Enfermagem Empregabilidade 100% História da saúde pública no Brasil 2 AULA 1 HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL Brasil colônia (1500 - 1822) A “priori”, o Brasil dava ilusão de paraíso terreno. A beleza e a grandiosidade das paisagens, a riqueza da alimentação, a pureza das águas e o clima ameno combinavam, aos olhos do europeu, com a saúde dos habitantes do Novo Mundo. Essa visão durou pouco, no séc. XVII a colônia portuguesa era identificada como “inferno”, onde os colonizadores brancos e os escravos tinham poucas chances de sobrevivência. 3 BRASIL COLÔNIA Só tinha acesso a saúde quem tinha poder aquisitivo; Somente membros da elite; Assistência era prestada através de curandeiros, padres, índios e africanos; Existiam poucos hospitais, E que eram de ordem filantrópica e religiosa. 1808: chegada da Família Real em Salvador e “abertura dos portos brasileiros às nações amigas”. Criação da Escola de Medicina e Cirurgia da Bahia. Brasil Independente (1822) Surgimento de epidemias: Varíola, Febre amarela e Cólera. 1824: nova Constituição cria Câmaras Municipais para assumirem as questões de higiene pública. 1829: médicos criam a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. 5 1834 – 1836: mais doenças, como febre tifóide, sarampo e gripe. 1849: criada a Comissão Central de Saúde Pública (depois, transformada em Junta Central de Higiene Pública) para o combate à febre amarela. 6 BRASIL REPUBLICANO(1889) São Paulo: foco na febre amarela. Brasil: “túmulo dos estrangeiros”. 1892: criação do Laboratório de Bacteriologia, onde iniciou-se a produção do soro antiofídico. 1899: chega ao Brasil a peste bubônica. São Paulo: criação da Fundação do Instituto Butantan (desenvolvimento do soro “antipestoso”). Rio de Janeiro: criação do Instituto Soroterápico Federal, assumido por Oswaldo Cruz. 7 SAÚDE PÚBLICA NO SÉCULO XX 1903: Oswaldo Cruz assume a Diretoria Geral da Saúde. Missão: erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. 8 1904 REVOLTA DAS VACINAS Revolta da Vacina foi uma revolta e manifestação popular ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904; Ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil; Sanitarista Oswaldo Cruz convenceu Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força. 1904: Revolta da Vacina (governo Rodrigues Alves) 1906: a febre amarela é considerada extinta no Rio de Janeiro. 1909: Carlos Chagas descobre o agente causador da Doença de Chagas, o trypanosoma cruzi. “Jeca Tatu”: representava o cabloco brasileiro. Era um homem fraco e desanimado, cujas as enfermidades o impediam de participar no esforço de fazer o Brasil progredir. 10 1918: criação da Liga Pró- Saneamento do Brasil, por intelectuais que se opunham ao sistema de vigilância sanitária que excluía o homem do campo. É o início do movimento sanitarista no Brasil. 1918: Epidemia de gripe espanhola. Década de 1920: criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), em substituição à Diretoria Geral de Saúde Pública. 11 1923 - LEI ELOY CHAVES Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão CAPS Atendeu primeiro os ferroviários, marítimos e estivadores Este dinheiro era utilizado para tratamentos, medicações, aposentadoria e pensão caso o trabalhador viesse a falecer e tivesse dependentes Substituição do CAPS – IAPS – Instituto de Aposentadoria e Pensões 1934: Governo de Getúlio Vargas implementa programas de assistência médica aos trabalhadores para garantir o processo de industrialização. 1943: criação da CLT agregando benefícios como indenização a acidentados e tratamento médico aos doentes portadores de carteira assinada. Década de 1950: criação do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. 1953 - Criação do MINISTÉRIO DA SAÚDE : Ministério da Saúde só veio a ser instituído no dia 25 de julho de 1953, com a Lei nº 1.920, que desdobrou o então Ministério da Educação e Saúde em dois ministérios: Saúde e Educação e Cultura. 14 1966 Criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) Unificou os IAPS existentes; Uniformizou os benefícios e beneficiou os marginalizados nos planos anteriores; A partir da sua criação, o governo militar passou a pagar pelos serviços ofertados a população de saúde. 1973 – FUNRURAL: Medicina Previdenciária aos trabalhadores Rurais. 1974: criação do Ministério da Previdência e Assistência Social. INPS transforma-se em INAMPS. 1977 MOVIMENTO SANITARISTA • Vacinação em massa • Saneamento • Combate as doenças de massa • Estilo repressivo • Definia os cuidados primários de saúde e a necessidade de proteger e promover a saúde de todos • Meta : “saúde para todos até o ano 2000” • Surge a visão preventiva da saúde contrapondo ao modelo curativo • Promover saúde e Prevenir doenças 1978 DECLARAÇÃO DE ALMA ATA • Final dos Anos 1970: reestruturação do Ministério da Saúde. • Criação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS): responsável pelo controle sanitário dos portos, aeroportos e fronteiras; medicamentos; alimentos; saneantes; cosméticos e produtos de higiene. 19 • Década de 80: os projetos identificados pelas siglas Prev-saúde, Conasp e AIS mantiveram sempre a proposta de reorganizar, de forma racional, as atividades de proteção e tratamento da saúde individual e coletiva, evitar as fraudes e lutar contra o monopólio das empresas particulares de saúde. • Décadas de 1980 e 1990: surtos de cólera e dengue, e altos índices de pessoas atingidas por tuberculose, tracoma, doença de Chagas e doenças mentais. 20 SUDS / SUS • Movimento sanitarista: Luta em prol da instituição do SUS, encabeçada pelos secretários municipais de saúde. • As reivindicações foram catalisadas na 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), sendo que suas resoluções foram os parâmetros para a Constituição de 1988. • Acesso à assistência médico-sanitária é direito do cidadão e dever do Estado. • SUDS: Integração de todos os serviços de saúde, públicos particulares, deveria constituir uma rede hierarquiza e regionalizada, com a participação da comunidade na administração das unidades locais. 21 Grande marco da reforma sanitarista Participação dos usuários pela primeira vez 1986 – 8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE Os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal; A representação dos usuários nos conselhos e conferências de saúde será de forma PARITÁRIA em relação ao conjunto dos demais seguimentos. Reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis; É feita de forma ascendente: 1º municipal 2º estadual 3º Conferência Nacional de Saúde A CONFERÊNCIA DE SAÚDE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 88 Referente à saúde define no artigo 196 que: “A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO”. 1988 APROVAÇÃO DO SUS O sistema único de saúde 26 AULA 2 SUS Instituído pela Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde foi um meio de concretizar o direito à saúde. O artigo 200 da Constituição Federal (CF) estabelece a competência do SUS para controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde, e também fiscalizar e inspecionar alimentos, bebidas e águas para consumo humano. 27 Para regulamentar a estrutura e funcionamento do SUS foi aprovada a Lei Orgânica da Saúde - Lei nº 8080/90. Ela dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, e a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Constituição de 1988 SUS é instituído