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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Divisão da história em período pré patogênico e patogênico o Somente o nível primário irá prevenir a doença, o secundário e terciário irão prevenir consequência da doença Logo, fazemos a prevenção na atenção primaria (pré patogênico) e secundário e terciário no (patogênico) o Logo, no período pré patogênico iremos tentar usar ações para prevenir as doenças, promovendo saúde e fazendo proteções especificas. o Alteração de tecido: período antes de patogenia que mostra a doença no organismo, mas não manifesta sinais e sintomas o Conforme avança o mapa de Leavell & Clark, demonstra que as ações de promoção e prevenção estão sendo ineficazes Para quebrar o agente/ hospedeiro/meio ambiente causador da doença, Leavell & Clark criam o conceito de Promoção da saúde e proteção especifica (prevenção) o Ao falhar na promoção e prevenção entramos na área de patogenia, nessa área os autores entram com a ideia de diagnóstico precoce realizando exames de rotina para limitar possíveis danos e limitação do dano (quimioterapia, pois realizamos o tratamento tardio) ações para caso a diminua doença diagnosticada. o Após a doença ser diagnostica e não foi possível a limitação de dano eficiente, entramos na reabilitação (fisioterapia, terapia ocupacional, reinserção do paciente no mercado de trabalho ..) o Leavell & Clark não pensou no nível quaternário. o Além dos três níveis, tem-se o novo nível, o nível quaternário que possui como objetivo é evitar iatrogenias que é evitar complicações resultantes de tratamento médicos. Problema de saúde ocasionado por um erro médico. Porém nem todo erro médico é uma iatrogenias. Ex: o medico precisou realizar uma cirurgia de risco e o paciente saiu com sequelas, isso não é caracterizado como uma iatrogenia. Ex: Reanimação cardíaca que causou uma fratura de costela. Esses exemplos caracterizam uma iatrogenia necessária. Logo, o Todo erro medico é uma iatrogenia o Nem toda iatrogenia é um erro. Evitando iatrogenia 1o Treinamento 2o Protocolos 3o Fiscalização 4o Carga horaria adequada NÍVEIS DE PREVENÇÃO Na prevenção primária, um distúrbio tem o desenvolvimento prevenido. Vacinações, aconselhamento para mudança dos comportamentos de alto risco e, algumas vezes, quimioprevenção são os tipos de prevenção primária. IESC 1 - INTEGRADORA Na prevenção secundária, a doença é detectada e tratada precocemente, frequentemente antes de os sintomas estarem presentes, reduzindo assim as consequências sérias. A prevenção secundária pode envolver programas de triagem, como mamografia para detectar câncer de mama e absorciometria de raio-X duplo (DXA) para detectar osteoporose. Também pode envolver a identificação de parceiros sexuais de uma pessoa diagnosticada com doença sexualmente transmissível (localização de contatos) e tratamento desses pacientes, se necessário, para minimizar a disseminação da doença. Na prevenção terciária, procede-se ao controle de uma doença existente, habitualmente crônica, de forma a evitar complicações ou danos futuros. Por exemplo, a prevenção terciária em pessoas com diabetes é focada no controle rigoroso da glicose no sangue, no cuidado excelente da pele, no exame frequente dos pés e na prática de exercício frequente para evitar uma doença cardiovascular. A prevenção terciária para uma pessoa que teve um acidente vascular cerebral pode envolver tomar aspirina para prevenir um segundo acidente vascular cerebral. A prevenção terciária pode incluir serviços de assistência e de reabilitação para evitar a deterioração e melhorar a qualidade de vida, como reabilitação das lesões, ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. A prevenção terciária procura ainda evitar complicações em quem sofre de incapacidades, como evitar úlceras de decúbito em pessoas acamadas. DETERMINANTES SOCIAIS São fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos, psicológicos e comportamentais que influenciam na ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego o Para os autores o nível de educação é fundamental para desencadear todos os fatores essenciais para os determinantes. o Sozinho, nenhum determinante é capaz de resolver os problemas. Logo, necessita de uma cascata de ações para que os determinantes sociais sejam eficazes. Entretanto a EDUCAÇÃO segue como o principal meio de iniciar a cascata de ações. PROMOÇÃO À SAÚDE X PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROMOÇÃO: desenvolver algo favorável à saúde, ir de encontro da saúde ao invés de evitar doenças. Não se dirigem a doenças específicas, mas visam aumentar a saúde e o bem-estar geral Não é responsabilidade exclusiva do setor saúde (capacitação da comunidade) Foco: nível de vida e saúde (incorpora o mal estar subjetivo) sem relação com a enfermidade Características - participação popular - gestão compartilhada (profissionais+ sociedade) -intersetorialidade – ampliar a visão - autonomia dos sujeitos (orientação com autonomia) - presente em todos os níveis de atenção PREVENÇÃO: Evitar o surgimento de doenças especificas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. Controlar a transmissão de doenças infecciosas e redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos. Ação antecipada Conhecimento epidemiológico População deixa de participar de forma incisiva e assume papel de ouvinte CONCEITOS DE SAÚDE MODELO MÁGICO-RELIGIOSO OU XAMANÍSTICO Na antiguidade os povos entendiam a doença como um castigo divino, ou espíritos sobrenaturais. EVOLUÇÃO DOS CONHECIMENTOS Corpo humano = máquina Doença = avaria MODELO EMPÍRICO-RACIONAL (HIPOCRÁTICO) Causa natural desvinculada da concepção religiosa Hipócrates postulou a existência de humores: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. para explicar o desequilíbrio a que o homem estava sujeito. Homem = unidade organizada Doença = desorganização do homem PARECELSUS Doenças provocadas por agentes externos ao organismo, se os processos que ocorrem no corpo são químicos, os melhores remédios para expulsar a doença também são químicos CRIAÇÃO DO MICROSCÓPIO Revelava a existência de microorganismos causadores de doenças Introdução de soros e vacinas Doenças poderiam ser prevenidas e curadas Nascimento da epidemiologia Saúde= ausência de doença Questão individual e comunitária CRIAÇÃO DA OMS Reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do estado na promoção e proteção à saúde SAÚDE É O ESTADO DO MAIS COMPLETO BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL E NÃO APENAS A AUSÊNCIA DA ENFERMIDADE Considerava a biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização da assistência à saúde; saneamento básico, fornecimento de água potável, alimentos saudáveis Serviços que restam cuidados primário representam a porta de entrada para o sistema de saúde Saúde primária deve estar ligada ao desenvolvimento social e econômico, englobando educação em saúde, nutrição adequada, saneamento básico, cuidado materno-infantis, planejamento familiar, imunizações, prevenção e controle de doenças endêmicas e de outros frequentes agravos à saúde. CONSTITUIÇÃO DE 1988, ART. 196: a saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação. HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE DE 1500 AO BRASIL IMPÉRIO Não existiam políticas de saúde Indígenas morriam pelas doenças trazidas pelos europeus O acesso à saúde era determinado pela classe social Escravos e indígenas – caridade e crenças Instituições religiosas como santas casas de misericórdia 1808 – chegada da família real e criação dos primeiros cursos de medicina (médicos apenas para a nobreza) Médicos estrangeiros passam a ser substituídos por médicos brasileirosAPÓS A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL D. Pedro II cria órgãos para a inspeção da saúde pública, em especial para o saneamento devido ao meu cheiro e à estética. Visando melhora na qualidade de vida da elite As navegações se negavam a passar pelos portos brasileiros devido ao aumento de surtos epidemiológicos e crescimento populacional – ausência de infraestrutura Houve a limpeza dos portos do RJ como forma de maquiar a cidade Isso resultou na criação dos cortiços e na favelização Saúde passa a ser tratada como um caso de polícia FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX: o RJ contou com diversas ações de saneamento básico e campanhas de vacinação contra a varíola. – revolta da vacina Vacinação forçada. – polícia sanitária: campanhas lembravam operações militares Regulamentação do CAPS: Caixas de Aposentadoria e Pensão. – garantir proteção na velhice e na doença Getúlio criou o IAPS: Instituto de Aposentadoria e Pensões, concedeu também novos direitos aos trabalhadores como assistência médica e licença gestante CAPS IAPS - Organizada por trabalhadores da empresa - contribuições bipartite, envolvendo patrão e funcionários - Gestão 100% privada - organizada por categoria profissional - Contribuições tripartite, envolvendo também o governo - Gestão semipública – Getúlio Vargas (trabalhadores ganham visibilidade) Auge da política se saúde: sanitarismo de campanha- orientar a população quanto à higiene, saneamento e derivados Ideia de criar um sistema único de saúde DÉCADA DE 40 E 50 Consolidação das Leis Trabalhistas de 1943, CLT Determinando aos trabalhadores carteira assinada, salário mínimo e benefícios à saúde. MINISTÉRIO DA SAÚDE FOI CRIADO EM 1953: Início das primeiras conferências sobre saúde pública no Brasil Modernizações no setor da saúde. DÉCADA DE 60 E 80 -Lei orgânica da previdência social: padronizou a lista de serviços de saúde a que todos teriam direito, independente da IAPS. Buscou abranger o máximo de trabalhadores possíveis, exceto domésticos e rurais. Criação do Fundo de assistência ao trabalhador rural. - terceira conferencia nacional de saúde Criação de um sistema de saúde para todos, saúde universal Organização de um sistema descentralizado, protagonismo do municipio DITADURA Êxodo rural gera aumento de doenças na cidade Censura de notícias relacionadas à saúde Veta também orçamentos relacionados à saúde Investimentos em obras faraônicas com o dinheiro destinado à saúde. Unificação dos IAPs em INPs Instituto nacional de previdência social Gera um mercado para as ações que serão produzidas pelas empresas vendedoras de serviços médicos e fortalece o movimento de privatização do setor MOVIMENTO SANITARISTA Medicina comunitária: municipalização da saúde Feito por estudantes, professores, gestores da saúde e população Discutiam mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil OITAVA CONFERÊNCIA NACIONAL DA SAÚDE, 1986 Esboço para a posterior criação do SUS – Sistema Único de Saúde 1. Saúde como dever do estado e direito do cidadão 2. Reformulação do sistema nacional de saúde 3. Financiamento setorial Sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS) CONSTITUIÇÃO DE 1988 Saúde é um direito do cidadão e um dever *gratuito* do governo, direito à saúde estava pela primeira vez no ordenamento político brasileiro SUS implantado pela lei 8080 de 1990: em que estão distribuídas todas as suas atribuições e funções como sistema público Lei 8142,1990: participação da comunidade, gestão e financiamento do SUS 1. conselho de saúde (participação da sociedade na administração do SUS) 2. Fundo de saúde (identidade e gestão especifica dos recursos para a saúde) 3. plano de saúde (atuação planejada para produzir transformação) 4. Relatório de gestão (sistema de controle a avaliação) 5. Comissão de PCCS para profissionais da saúde (política de recursos humanos) 6. Aplicação de recursos orçamentários próprios em saúde (co-participação responsável no financiamento do sus) SUS SUS implantado pela lei 8080 de 1990: em que estão distribuídas todas as suas atribuições e funções como sistema público Fornecer a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e gratuito a serviços de saúde. Desde procedimentos simples até os mais complexos Promove campanhas de vacinação e ações preventivas de vigilância sanitária ANTES DO SUS O acesso à saúde era responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS) A população atendida era apenas a que possuía empregos formais e contribuía para a previdência NORMAS OPERACIONAIS DO SUS NOB-SUS 91 Teve como objetivo disciplinar e padronizar os fluxos financeiros entre as esferas do governo NOB – SUS 92 Buscava não só definir uma base concreta de operação do sus para 1992 mas também constituir novo referencial para o permanente desenvolvimento do sistema nos próximos anos NOB-SUS 93 Procurava restaurar o compromisso com a implementação do SUS NOB-SUS 96 Tentou consolidar o modelo da gestão descentralizada, buscando aprimorar a autonomia municipal COMPLEMENTARIDADE DO SETOR PRIVADO − O SUS deve contratar os serviços privados quando os públicos forem insuficientes − O capital privado participa somente em caráter complementar • Condições de contratação − Celebração de contrato sob as normas do Direito Público4 O direito público prevalece sobre o privado − A instituição privada contratada deve estar de acordo com os princípios e as normas técnicas do SUS − Os serviços privados devem seguir a lógica organizativa do SUS em termos de posição definida em uma rede regionalizada e hierarquizada GESTÃO − Entidades encarregadas de fazerem com que o SUS seja implantado e funcione corretamente segundo duas doutrinas e lógica organizacional Esferas gestores responsabilidades Municipal secretarias Municipais de Saúde ou Prefeitura (Secretários Municipais ou prefeitos) Programar, executar e avaliar as ações de promoção Proteção e recuperação da saúde gerir os serviços públicos de saúde (laboratórios, hemocentros etc) Estadual Secretarias Estaduais de Saúde (Secretários Estaduais de Saúde) coordenar ações de saúde no Estado (consolidar as necessidades municipais, corrigir distorções existentes e induzir municípios ao desenvolvimento de ações) Executar ações de que os municípios não são capazes e/ou não lhes couber federal Ministério da Saúde (Ministro da Saúde) liberar o conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades nas diferentes regiões Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a Saúde − O SUS estabelece uma gestão compartilhada e participativa Isso, porque sua estrutura gestora é composta por vários tomadores de decisão, no âmbito do Estado e da Sociedade Civil Envolve: Esferas federativas Órgãos executivos Conselhos de saúde Comitês intergestores FINANCIAMENTO DO SUS − Financiamento é público Oriundo dos impostos federais, estaduais e municipais. Um subsistema de instituições privadas também integra o sistema de forma complementar, para oferta de serviços, mediante estabelecimento de contratos e convênios. − Fundo Nacional de saúde: conta onde estão os recursos financeiros do SUS Montante provém principalmente da Seguridade Social Componentes da Seguridade Social Previdência social Assistência social Saúde As Contribuições Sociais também ajudam no montante Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 45% do DPVT e outras receitas e créditos − O orçamento proveniente da Seguridade Social destinará ao SUS, de acordo com a receita estimada, os recursos necessários para a realização das suas finalidades • Divisão dos recursos geridospelo Ministério da Saúde: − Parte retida Retida para o investimento e custeio das ações federais − Parte repassada às Secretarias de Saúde (Estaduais e Municipais) É repassada segundo as necessidades do local Ocorriam dentro do bloco de financiamento 5 blocos de custeio Atenção básica, média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar Assistência farmacêutica Vigilância em saúde Gestão do SUS 1 bloco de investimento Foi alterada no final de 2017 para 2 blocos, 1 de custeio e 1 de investimento • Transferência fundo a fundo − Transferência de valores do Fundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e municipais − Piso básico de vigilância Sanitária (PBVS): montante de recursos financeiros destinados ao pagamento de procedimentos e ações básicas das vigilâncias sanitária e epidemiológica É de responsabilidade tipicamente municipal − O valor é transferido ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios e dos estados • Remuneração por serviços induzidos − Pagamento às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde pela execução de ações de média e alta complexidades contra a apresentação de demonstrativo de atividades realizadas ao Ministério da Saúde • Percentuais mínimos de financiamento (Lei complementar 141) − União: montante do ano anterior + variação nominal do PIB − Estados: 12% da arrecadação anual em impostos − Municípios: 15% da sua receita total AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO SUS − Devem ser voltadas à promoção, prevenção e proteção e a cura (recuperação e reabilitação) CURA/ RECUPERAÇÃO − Ações que evitam mortes e sequelas − Atuam sobre os danos − Exercidas pelos serviços públicos de saúde (ambulatórios e hospitais) Ou pelos serviços privados, de forma complementar POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) − Aprimora os princípios originais do SUS por meio da transversalidade, da indissociabilidade entre atenção e gestão e protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos TRANSVERSALIDADE • Significa: − Estar inserida em todas as políticas e programas do SUS − Reconhecer que diferentes especialidades e práticas de saúde estão conectadas com quem está sendo assistido, para a produção do cuidado INDISSOCIABILIDADE ENTRE ATENÇÃO E GESTÃO − Como as decisões da gestão interferem na atenção à saúde, − Trabalhadores e usuários devem conhecer a rede de saúde e a gestão dos serviços Permite que estes participem do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva PROTAGONISMO, CORRESPONSABILIDADE E AUTONOMIA DOS SUJEITOS E DOS COLETIIVOS − O cuidado e a assistência não são responsabilidade só do profissional O usuário também deve se responsabilizar pelo próprio tratamento, sendo o protagonista da sua saúde REFORMA SANITÁRIA - conjunto de ideias que tinha relação com as mudanças e transformações necessárias na área da saúde - envolvia todo o setor da saúde, buscando melhoria nas condições de vida da população - marco inicial: oitava conferência nacional de saúde, 1986 (Sergio Arouca) Resultaram na universalidade do direito á saúde, oficializado na constituição de 1988 e a criação do sistema único de saúde (SUS) DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA Desigualdades na situação de saúde entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos - necessidade de todos os governos promoverem a saúde para todos os povos do mundo - saúde = direito humano fundamental - proteção e promoção à saúde = fundamental para o desenvolvimento econômico e social - dever das populações e das nações planejar e executar cuidados de saúde PRIORIDADE À ATENÇÃO PRIMÁRIA Saúde: completo bem estar físico, mental e social 8 pontos: 1. Educação 2. Alimentação 3. Agua e saneamento básico 4. Atenção materno infantil e planejamento familiar 5. Imunização 6. Prevenção e controle de doenças epidêmicas 7. Tratamento 8. Distribuição de medicamentos BASES POLÍTICAS E OPERACIONAIS DO SUS CONSTITUIÇÃO DE 1988 Saúde é um direito do cidadão e um dever *gratuito* do governo, direito à saúde estava pela primeira vez no ordenamento político brasileiro - ART 196: A saúde é um direito de todos e dever do estado, garantido diante de políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco da doença - ART 195: a seguridade social será financiada por toda a sociedade de forma direta ou indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União dos Estados, do distrito federal e dos municípios SUS implantado pela lei 8080 de 1990: em que estão distribuídas todas as suas atribuições e funções como sistema público Lei 8142,1990: participação da comunidade, gestão e financiamento do SUS 1. conselho de saúde (participação da sociedade na administração do SUS) 2. Fundo de saúde (identidade e gestão especifica dos recursos para a saúde) 3. plano de saúde (atuação planejada para produzir transformação) 4. Relatório de gestão (sistema de controle a avaliação) 5. Comissão de PCCS para profissionais da saúde (política de recursos humanos) 6. Aplicação de recursos orçamentários próprios em saúde (co-participação responsável no financiamento do sus) NOB-SUS 91 Teve como objetivo disciplinar e padronizar os fluxos financeiros entre as esferas do governo NOB – SUS 92 Buscava não só definir uma base concreta de operação do sus para 1992 mas também constituir novo referencial para o permanente desenvolvimento do sistema nos próximos anos NOB-SUS 93 Procurava restaurar o compromisso com a implementação do SUS NOB-SUS 96 Tentou consolidar o modelo da gestão descentralizada, buscando aprimorar a autonomia municipal PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS - Universalidade: garante saúde a todos - equidade: tratar das desigualdades fornecendo equilíbrio - integralidade: um todo indivisível e dentro da comunidade; proporcionar serviços básicos e avançados. Atender às necessidades de todos PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS Regionalização: articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado. Hierarquização: divisão de níveis de atenção e garantia do acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida. Dentro dos limites de recursos da região Diferença: densidade tecnológica – níveis: primário (UBS), secundário (policlínica), terciário (grandes hospitais) Descentralização: redistribuição (esferas menores/municípios) de poder e responsabilidade, quanto as ações e serviços de saúde entre os vários níveis, baseando-se no principio de dar maior resolutividade ao problema apresentado Participação popular: participação da população através de conselhos de das conferencias de saúde. Resolutividade: a capacidade de serviço requisitado pelo indivíduo resolver as necessidades, baseando-se no nível de sua competência e na execução correta da assistência necessária ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE A atenção primária à saúde (aps) é o centro O paciente pode se locomover dentro dos diferentes níveis de atenção Acompanhamento do paciente por meio do referenciamento e contrarreferenciamento APS= porta de entrada Promover a integração sistêmica de ações e serviços de saúde com previsão de atenção contínua, integral, de qualidade e humanizada ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE − Significa tanto a orientação da organização de um serviço de saúde de um país ou de uma população definida − Pode ser entendida como a porta de entrada do sistema de saúde − Envolve ações: de prevenção, de promoção à saúde, curativas e de reabilitação − Só não fornece atenção às condições raras − Cuidados colocados ao alcance de indivíduos e famílias da comunidade a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento − Faz parte do sistema de saúde do país e do desenvolvimento social e econômico global da comunidade − Representa o primeiro nívelde contato dos indivíduos com o sistema de saúde − Os cuidados são levados o mais próximo possível da comunidade PRINCÍPIOS/ATRIBUTOS ESSENCIAIS ACESSO/PRIMEIRO CONTATO − Porta de entrada dos serviços de saúde − Acesso: não impedir a entrada do paciente − Acessibilidade: capacidade de o usuário obter cuidados de saúde sempre que precisar, de maneira fácil e conveniente INTEGRALIDADE − É a capacidade da equipe de saúde em lidar com o amplo espectro de necessidades em saúde do indivíduo − Pressupõe um conceito amplo de saúde que reconhece as necessidades: Biopsicossociais Culturais Subjetivas LONGITUDINALIDADE − Vínculo e responsabilização − Relação personalizada entre o usuário e o serviço de saúde ao longo do tempo − Acolhimento: buscar reconhecer as necessidades de saúde dos usuários e maneira de satisfazê-las Pode resultar na transferência do paciente para outros setores do serviço de saúde COORDENAÇÃO DO CUIDADO − É a capacidade de integrar todo cuidado que o paciente recebe em diferentes pontos Faz uso do gerenciamento e da coordenação entre serviços para fazer isso − Um esforço comum gera um estado de harmonia − Sem ela, seria difícil a realização dos outros princípios ATRIBUTOS DERIVADOS - ORIENTAÇÃO FAMILIAR: − A equipe se responsabiliza por um determinado número de famílias que vivem em um território definido − Necessita de intervenções personalizadas na família, levando em consideração a estrutura e o ciclo de vida familiar - ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA − Utilização de habilidades clínicas, epidemiológicas e sociais para abordar os problemas mais comuns de uma comunidade − Conhecer a comunidade e sua população − Envolvimento da comunidade na tomada de decisões - COMPETÊNCIA CULTURAL: − Capacidade dos profissionais de resolver os problemas da comunidade considerando e respeitando os aspectos religiosos e linguísticos da sua população DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO − Regionalização: os serviços de saúde devem estar capacidados a atender as particularidades da região onde estpa localizado − Hierarquização: a atenção em saúde deve estar estruturada em níveis de complexidade Primária: nível básico Secundária: nível intermediário Terciário: nível alto A hierarquização é forma de organização de pontos de atenção das Redes de Atenção à Saúde entre si, com fluxos e referências estabelecidos − Regiões de saúde: recorte espacial estratégico para fins de planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em determinada localidade TERRITORIALIZAÇÃO E ADSTRIÇÃO − Permite o planejamento descentralizado e desenvolvimento de ações específicas para a região − Território: unidade geográfica única, de construção descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas à vigilância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde POPULAÇÃO ADSCRITA − É a população presente no território da UBS − Estimulação do desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população Garante as ações de longitudinalidade do cuidado CUIDADO CENTRADO NA PESSOA − Cuidado singularizado − Objetivo: auxiliar as pessoas a desenvolverem o conhecimento e a confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva RESOLUTIVIDADE − A Atenção Básica deve resolver a maioria dos problemas de saúde da população Para isso, ela pode utilizar diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo − Cuidado centrado na pessoa LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO − Continuidade da relação de cuidado − Construção de vínculo entre paciente e profissional − Acompanhamento dos efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas COORDENAR O CUIDADO Elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RASs − A APS atua como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários Objetivo: produzir a gestão compartilhada da atenção integral, além de articular outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais ORDENAR AS REDES − Reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades dessa população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que o planejamento das ações, assim como a programação dos serviços de saúde, parta das necessidades de saúde das pessoas PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE − Estimular a participação da comunidade ATENÇÃO BÁSICA NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE − Redes de atenção à saúde: arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas (na atenção primária, secundária e terciária) e missões assistenciais (prevenção, promoção e recuperação da saúde), articulados de forma complementar em determinada região de saúde (espaço geográfico geralmente composto por municípios circunvizinhos com características sociodemográficas e epidemiológicas semelhantes) − A atenção básica funciona como porta de entra preferencial e ordenadora dessas redes e coordenadora dos cuidados oferidos por elas − Em relação às RAS, a atenção básica deve: Ordenar o fluxo de pessoas aos demais pontos de atenção da rede Gerir a referência e contrarreferência Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas de seu território FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA − A Atenção Básica funciona nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) − As UBSs funcionam 40 horas semanais, 5 dias por semana, no mínimo • Principais equipes: − Equipe de Atenção Básica (EAB) − Equipe de Saúde Bucal (ESB) − Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) − Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). − Equipe de Saúde da família: 1 médico (a) 1 enfermeiro(a) 1 técnico(a) de enfermagem Agente comunitário de saúde (ACS) FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA − É tripartite − O financiamento federal é composto por: Recursos per capita Recursos para estratégias e programas da Atenção Básica, como eSF, EAB, EACS, NASF, Equipe Consultório na Rua, eSFF, PSE e Academias da Saúde Recursos condicionados à abrangência e oferta de serviços Recursos condicionados a desempenho dos serviços, como o PMAQ Recursos de investimento ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA − Criado no Brasil em 1994 − Antecedente imediato: Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) Objetivos do PACS: aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde − A Portaria 648 estabeleceu o Programa Saúde da Família como estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica no Brasil − Objetivo da territorialização na ESF: possibilitar a identificação de situações de risco e vulnerabilidades − Equipe multiprofissional (a quantidade de cada profissional caria de acordo com as necessidades da comunidade): Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família Auxiliar ou técnico de enfermagem Agentes comunitários de saúde Também pode haver profissionais de Saúde Bucal − Princípios Universalização Descentralização Integralidade Participação da comunidade − Na ESF o trabalho em equipe é considerado um dos pilares para a mudança do atual modelo hegemônico em saúde, com interação constante e intensa de trabalhadores de diferentes categorias e com diversidade de conhecimentos e habilidades que interajam entre si para que o cuidado do usuário seja o imperativo ético político que organizaa intervenção técnico-científica A equipe é responsável pela coordenação de seus pacientes devendo resolver de 80 a 90% dos problemas de saúde do paciente, encaminhando-os para o especialista quando necessário, mas mantendo o acompanhamento HISTÓRICO DA APS NO BRASIL RELATÓRIO DAWSON − O conceito de APS surgiu na Inglaterra no período em que esta vivia uma revolução na estrutura do cuidado em saúde e ensino médico proposta por Flexner (1910) − O cuidado médico expandiu, mas só tinha cunho curativo − Esse cuidado foi fundando segundo o reducionismo biológico e a atenção individual principalmente hospitalar − Problemas: Alto custo Fragmentava a atenção médica Possui baixa resolutividade 1920 RELATÓRIO DAWSON − Utilizou a ideia de APS como forma de organizar o sistema de saúde − Contrapôs o modelo flexneriano − Dawson organizou o modelo de atenção em: Centros de saúde primários e secundários Serviços domiciliares Serviços suplementares Hospitais de ensino • A organização seguia o modelo de hierarquização dos níveis de atenção à saúde − Os centros primários de saúde e os serviços domiciliares deveriam ser organizados seguindo a regionalização − Os casos que o médico geral não conseguisse resolver, eram encaminhados para os centros secundários, que possui outros especialistas, ou para hospitais quando o paciente precisava ser internado ou de uma cirurgia − Esse relatório influenciou não só o sistema de saúde britânico, como também outros sistemas ao redor do mundo • Características básicas da APS − Regionalização Os serviços de saúde devem estar organizados com a finalidade de atender as características próprias de cada área − Integralidade Os cuidados devem ser curativos e preventivos DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA − A criação dessa declaração foi influenciada pelos problemas que os sistemas mundiais de saúde enfrentavam: Uso indiscriminado de exames laboratoriais de imagem Baixa resolutividade Elevados custos Desigualdade do acesso à saúde Falta de cobertura dos cuidados primários Alta mortalidade infantil Péssimas condições sociais, econômicas e de saneamento básico Problemas enfrentados pelos países desenvolvidos Problemas enfrentados pelos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE “SAÚDE PARA TODOS NOS ANOS 2000” − Debate sobre a saúde no mundo − Proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) − Foi proposto o maior nível de saúde até o ano 2000 e isso deveria acontecer através da APS − Os países que assinaram a Declaração de Alma Ata se comprometiam a mudar seu sistema de saúde e adotar princípios que ampliavam o conceito de saúde − A saúde passou a ser direito do cidadão − A conferência também defendeu a ideia de que a saúde depende da elaboração de políticas públicas, que vão desde o comprometimento com o planejamento até a equidade social, passando pelo fortalecimento da sociedade, por meio do acesso à educação e informação e direito à participação social para o fortalecimento das ações de saúde a serem implantadas. CARTA DE OTTAWA E O MOVIMENTO DE PROMOÇÃO À SAÚDE − A I conferência Internacional sobre Promoção da Saúde aconteceu no Canadá, em 1986 Objetivo: discutir o futuro da saúde pública e a introdução de um novo conceito de promoção a saúde Promoção a saúde refere-se à capacidade da comunidade em participar da melhoria de sua qualidade de vida e saúde e da participação desse processo − A Carta de Ottawa defendia: Criação de ambientes sustentáveis Reorientação dos serviços de saúde Desenvolvimento da capacidade dos sujeitos individuais Fortalecimento de ações comunitárias POLÍTCA NACINAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 21/10/2011 PORTARIA 2488 Revisão de diretrizes e normas da organização da Atenção básica para a estratégia de saúde da família e o programa de agentes comunitários de saúde Define as principais responsabilidades do estado dentro da AB Autonomia para os municípios organizarem, executarem e gerenciarem os serviços e ações de AB dentro do seu território NOVA PNAB – 10/2017 portaria 3436 Reorganizou o financiamento da AB e permitiu ao gestor municipal compor as equipes de AB de acordo com as características e necessidades locais Territorialização, responsabilidade sanitária, porta de entrada preferencial mas não única, adscrição (cadastramento) de usuários e desenvolvimento de relação de vinculo e responsabilização, acesso, acolhimento deve estar presente em todas as relações de cuidado Política de redução de danos: políticas, programas que buscam reduzir as consequências adversas para a saúde, voltadas para os âmbitos sociais e econômicos do uso de drogas ilícitas e lícitas, sem necessidade de reduzir o seu consumo PRINCÍPIOS ÉTICOS E HUMANISTICOS PARA ATUAR NO CENÁRIO DA PRÁTICA EM EQUIPE PRINCIPIOS DO APOIO MATRICIAL É o arranjo organizacional que viabiliza o suporte técnico em áreas específicas para equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde. Em outras palavras, se propõe a dar suporte, discutir, a intervir conjuntamente a capacitar os profissionais da APS para o dia a dia da unidade Qualificar as equipes da APS para uma atenção ampliada, bem como para a distinção dos casos que podem ser acolhidos neste nível de atenção, voltado para reais situações que necessitam de um cuidado especializado MODELOS TÉCNICO ASSISTENCIAIS ATRIBUTOS DA APS MODELOS ASSISTENCIAIS Forma de organização dos elementos constitutivos da rede de serviços de saúde, incluindo tarefas, pessoas, estrutura, tecnologia e ambiente Enfatizando a relação entre os profissionais e usuários. Com o propósito de intervir resolutivamente em problemas Componentes para reorganização do sistema de serviços à saúde 1. Modelo de atenção 2. Organização dos recursos 3. Gestão 4. Financiamento 5. Infraestrutura Modelos assistenciais vigentes: - PRIVATISTA - SANITARISTA - no Brasil eles convivem de forma contraditória ou complementar PRIVATISTA - voltado para a demanda espontânea - setor privado (mediina liberal, assistência médica supletiva = plano de saúde (cooperativa, medicina de grupo, seguro saúde) -setor público predominantemente curativo SANITARISTA - saúde pública tradicional: campanhas e programas especiais (“apaga incêndio”/”mal necessário”) - criam problemas na organização e administração dos serviços de saúde pela verticalização das ações propostas e incompatibilidade com as atividades ALTERNATIVOS -Visam a integralidade da atenção e diminuição do impacto dos problemas de saúde - proposta de concretizar os princípios da RF: Universalidade acessibilidade regionalização hierarquização Descentralização integralidade participação social e controle social - baseado na “oferta organizada” e “ações programáticas” ≠ verticalidade das ações = considerar o perfil epidemiológico para controle dos problemas de saúde DISTRITALIZAÇÃO Reorganização dos serviços de saúde MUNICIPALIZAÇÃO - distritalização: “processo político-organizacional de reorganização do sistema de saúde em nível local, capaz de facilitar a implantação e o desenvolvimento de modelos assistenciais alternativos” NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE CONCEITO DE APS Cuidados essenciais baseados em métodos de trabalho e tecnologia de natureza prática, cientificamente críveis e socialmente aceitáveis, universalmente acessíveis na comunidade aos indivíduos e às famílias com sua total participação e a um custo suportável para as comunidades e para os países, à medida que desenvolvem num espírito de autonomia autodeterminação - divergências na interpretação e conceituação entre países desenvolvidos e subdesenvolvidosATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ESF- Território de adscrição – equipe multiprofissional Primeiro contato integralidade Longituninalidade coordenação Orientação familiar orientação comunitária Competência cultural Funções essenciais: resolubilidade, comunicação, responsabilização ATRIBUTOS DA APS Essenciais: Primeiro contato: acessibilidade aos serviços da APS a cada novo problema ou recidiva Longitudinalidade: aporte regular de cuidados pela equipe de saúde criando uma relação mútua de confiança humanizada Integralidade: prestação do serviço na sua totalidade (promove, previne, cura, cuida, reabilita e ameniza) Coordenação: continuidade da atenção (reconhecer os problemas que requerem seguimento) Derivados: Focalização da família: a família é o sujeito da atenção Orientação comunitária: reconhecimento das necessidades das famílias avaliando o contexto em que vivem Competência cultural: respeito das singularidades culturais e as preferencias dos pacientes e de suas famílias PAPEIS ESSENCIAS DA APS Resolutividade: Resolutivos e capacitados para atender 90% da demanda da APS Coordenação: Centro de comunicação das RAS (ordena o fluxo de pessoas, informações e produtos entre os componentes da rede) Responsabilização: Conhecimento e relacionamento interno com a população local, havendo responsabilidade econômica e sanitária ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – APS -nível primário da RAS Modo de organizar e fazer funcionar a RAS, porta de entrada do sistema de saúde, tem função resolutiva sobre os problemas mais frequentes de saúde, minimizando os custos econômicos e satisfazendo às demandas da população restritas , porém às ações de primeiro nível ESF- PRINCÍPIOS Adscrição de clientela – definição precisa do território de atuação Territorialização- mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado Diagnóstico situacional – cadastramento das famílias e dos indivíduos, análise da situação de saúde do território Planejamento- programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas ABORDAGEM COMUNITÁRIA FORMAÇÃO MÉDICA Possibilita o desenvolvimento de uma nova e ampliada perspectiva semiológica, propedêutica e terapêutica da prática médica Fomenta para o aluno um espaço de aprendizagem que busca desenvolver a reflexão, a escuta e o diálogo com os profissionais e pacientes Integra a dimensão individual e coletiva de promoção, prevenção e atenção à saúde ELEMENTOS PARA A ATUAÇÃO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE - enfrentar os problemas locais identificados no planejamento– priorizar em função do risco para orientar suas ações - estabelecer articulações com as potencialidades locais, humanas, ambientais, artísticas, etc. identificar a de maior capacidade de mobilização da comunidade - articular com o conselho local municipal e estadual de saúde - elaborar e encaminhar projetos á SMS e a outras instituições – apoio - envolver instituições de ensino e pesquisa escolar profissionalizantes, estudantes, profissionais de saúde e de outras secretarias, comunidades, ONGs, voluntários, entre outros com o projeto de saúde para a comunidade - desenvolver ações em grupos terapêuticos, orientados para a prevenção, promoção e proteção à saúde OBS: conhecer todas as equipes de saúde que atuam no território DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO Ferramenta indispensável para o planejamento das ações de saúde em nível local Passo fundamental para o conhecimento da realidade de saúde, do território e dos fatores que influenciam no processo saúde e doença em um território Método necessário para organizar o processo de trabalho de equipes multiprofissionais de saúde na atenção primária eSF- conhecer o território – avaliar a situação de saúde da comunidade: Dados subjetivos: questionários comunitários; reuniões da equipe com representantes da comunidade; compreensões e vivências da equipe dentro do território Dados objetivos: SISAB; SAI; IBGE; DATA; SUS; etc ETAPA DO PLANEJAMENTO EM SAÚDE COMUNITÁRIA Primeira etapa: diagnóstico comunitário - identificação do problema necessidades e recursos - estabelecimento das prioridades - dos problemas prioritários - definição dos objetivos da ação - escolha de uma estratégia de ação (escolha das atividades, mobilização e coordenação dos recursos) - execução das atividades - avaliação Etapas do diagnóstico 1. Definição dos objetivos - o que se procura conhecer na comunidade - porque a equipe quer conhecer os problemas, necessidade e recursos existentes no território 2. Informação ou dados a coletar - estado de saúde da comunidade (fatores ambientais, socioeconômicos, administrativos, políticos, sanitários, culturais e demográficos) 3. identificação de fontes de dados, escolha dos métodos e elaboração de instrumentos de coleta - SIS, IBGE., fichas e-SUS-AB, criação de formulários elaborados pela equipe de atenção primária ou já validados em outras pesquisas 4. coleta de dados: - fichas de cadastramento, visitas domiciliares para cadastramento, setores de vigilância - dados subjetivos podem ser coletados por meio de reuniões com lideranças comunitárias 5. Análise e interpretação dos dados coletados - matriz SWOT ou FOFA (Forças, oportunidades, fraquezas ou ameaças) - levantar estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade de pontos fracos, aproveitando-se de oportunidades e protegendo-se de ameaças - útil para revelar fortalezas que ainda não foram plenamente utilizadas e identificar fraquezas que ainda podem ser corrigidas 6. estabelecimento de prioridades - pactuar com a equipe de saúde, comunidade e gestor - prioridades serão base ao planejamento de ações de saúde. Com metas sendo estabelecidas a médio, curto e longo prazo para melhoria das condições e indicadores - recursos disponíveis no território tem um fator essencial na programação das ações Documentação dos problemas prioritários e avaliação permanente das ações - objetivo: formalizar o diagnóstico comunitário para que seja monitorado Registrar: - metas a serem alcançadas - planejamento das ações com métodos para o alcance - formas de monitoramento e avaliação dos resultados das ações INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS DE COLETA EM INFORMAÇÕES EM SAÚDE Em 1952. a OMS elaborou um comité que propôs um método capaz de definir e de avaliar a qualidade de vida de uma população segundo alguns critérios: O Sistema de Informação em Saúde (SIS) é definido, segundo a OMS, como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. De acordo com à UNASUS, o SIS possui indicadores que devem ser capazes de medir a eficiência, a eficácia e a efetividade. Eficiência o Está relacionada com os recursos disponíveis, recursos financeiros e humanos, da melhor forma possível, com menor tempo e menor custo; o Avalia a estrutura do sistema de saúde, Eficácia o Pode ser observada por meio de ações produzidas pagas pelos recursos financeiros e realizadas pelos recursos humanos; o Compreende a oferta de serviços, visando alcançar os melhores resultados em relação à cobertura e à concentração; o Avalia o processo de trabalho em saúde. Efetividade o São os resultados que as ações em saúde produzem, mede as transformações concretas na situação de saúde; o Avalia o impacto na saúde. Corte financeiro – eficiência Poucos profissionais – eficiência Baixa oferta de consultas – eficácia SIS E SUBSISTEMAS As informações em saúde são muito importantes para as esferas municipal, estadual e nacional autoavaliarem seus sistemas, terem um espelho do que está sendo feito e se programarem em ações, evitar desperdícios (eficiência), planejar ações mais eficazes e buscar a efetividade. Além de orientar as esferas gerenciais a tornar o sistema de saúde melhor, influencia a prática em saúde das equipes.A UNASUS define indicadores de saúde como: “instrumentos utilizados para medir uma realidade, como parâmetro norteador, instrumento de gerenciamento, avaliação e planejamento das ações na saúde, de modo a permitir mudanças nos processos e resultados. O indicador é importante para conduzir ao resultado final das ações propostas em um planejamento estratégico.” Os indicadores são classificados em o Demográficos; o Mortalidade; o Morbidade; o Fatores de risco e de proteção; o Recursos; o Cobertura - Mecanismo de coleta análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar e avaliar os serviços de saúde (OMS) - Representa um suporte para O planejamento, decisão e ações dos gerentes e gestores de saúde; - Objetivam facilitar a formulação e a avaliação das políticas e programas de saúde - Município de origem do usuário - onde são produzidas maior parte das informações utilizadas pelos níveis de gestão do SUS. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SORBRE MORTALIDADE (SIM) - instrumento de informação – declaração de óbito (DO) - A declaração é distribuída pelo ministério da saúde para – secretarias estaduais de saúde – secretarias municipais - DO – médico preenche e apresenta 3 vias (1 SMS, 2 familia, 3 serviço de saúde onde foi registrado o óbito) - registro do local de ocorrência - DO - permite conhecer o perfil de morbidade e mortalidade doenças perigosas que não são notificadas - a coleta do DO deve ser mensal - a DO apresenta caráter jurídico – segundo a lei de registros públicos, nenhum sepultamento será feito no território nacional sem a certidão correspondente SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC) - instrumento de coleta – declaração de nascidos vivos (DN) - distribuição: MS – SES – SMS - A DN apresenta 3 vias (secretaria de saúde, familiares, hospital) - se o nascimento ocorrer em domicilio sem auxílio de profissional da saúde ou parteira tradicional, a DN deve ser preenchida em cartório com a presença de duas testemunhas; - A DN permite informações sobre o número de nascidos vivos, indicadores de saúde materno – infantil -Informações da DN: gestação, parto, condições de nascimento da criança e as características da mãe. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) -Instrumento de coleta de dados > fichas de notificação (FIN) e de investigação de agravos (FII); -Objetiva coletar, transmitir e disseminar dados —gerados pela — vigilância epidemiológica das 3 esferas por meio da rede informatizada — Sinan net; -Quando numa determinada semana epidemiológica não há nenhuma notificação indivídua, — torna-se necessário o preenchimento do formulário de notificação negativa; * As fichas são enviadas semanalmente. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA (SISAB) * Criado em 2013 em substituição ao SIAB,; * Objetiva o financiamento e a adesão aos programas da PNANB: * Integra o e — SUS com o objetivo de reestruturar a coleta de dados em saúde, gerar relatórios e qualificar os serviços da AB. * Oe-SUS apresenta duas modalidades de coleta de informações: CDS (coleta de dados simplificada) e o PEC (prontuário eletrônico do cidadão) SISTEMA DE INFORMAÇÃO AMBULATORIAL (SIA) * Instrumento de coleta > boletim de produção ambulatorial (BPA) * Permite o acompanhamento da produção ambulatorial; * Lançamento mensal; * Importante para o gerenciamento da capacidade —ambulatorial e recursos financeiros. SISTEMA DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR (SIH) * Instrumento de coleta > AIH (autorização de internação hospitalar); * — Permite informações sobre procedimentos produzidos pela unidade hospitalar no mês; * — A transmissão da base de dados é realizada pelo gestor municipal; * A AIlH é utilizada pelos gestores e prestadores de serviços do SUS com o objetivo de realizar o pagamento dos procedimentos médicos, onde constam os materiais utilizados, os procedimentos realizados, os profissionais envolvidos; * A AlH são de dois tipos: 1. Tipo 1 (inicial): instrumento que registra a admissão inicial do paciente; 2 Tipo 5 (continuidade): destinada à internação de lona permanência e renovada mensalmente. A data de internação da AIH 5 permanece a mesma da AIH 1, representando uma única internação. SISTEMA DE VIGILÃNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN) * Fornece informações sobre condições nutricionais da população, de todas as fases da vida, e fatores que influenciam essas condições nutricionais; • Sistema ligado à secretaria de assistência social DESAFIOS DO SIS - Qualidade do preenchimento dos formulários — profissionais não treinados; - Subnotificação; - Falhas na cobertura do evento.
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