Modelo de trabalho - farmacologia

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FACULDADE DE PIRACANJUBA - FAP
CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO 
NOÇÕES DE FARMACOLOGIA
PIRACANJUBA - GO
2020
 NOÇÕES DE FARMACOLOGIA
Trabalho de pesquisa apresentado ao curso de Educação Física bacharelado da Faculdade de Piracanjuba, como reposição de módulo presencial, requisito para cumprimento da carga horária proposta. 
Discente: Maria do Carmo Medeiros de Góis
 Turma: 6
Piracanjuba
2020
1. Introdução
Farmacologia (do Grego, pharmakos, droga, e logos, estudo) é a ciência que aborda o estudo das substâncias químicas e a sua interação com os sistemas biológicos.
Atualmente a farmacologia é considerada uma das principais ferramentas para os profissionais de saúde, assim como para aqueles que têm o contato direto ou indireto com os medicamentos. Ao estudar os efeitos e mecanismos de ação das drogas, pode-se compreender não somente como os fármacos atuam, mas também conhecer a fisiologia normal do organismo. Esse conhecimento permite empregar os medicamentos de forma mais objetiva, melhorando o tratamento.
Conhecer os diversos conceitos da farmacologia facilita a compreensão dessa ciência. Alguns dos principais conceitos dessa ciência são:
· Fármaco: substância química com ação terapêutica.
· Medicamento: produto tecnicamente elaborado contendo um ou mais fármacos. Os medicamentos podem ser classificados em magistrais, oficiais e oficinais.
· Remédio: O conceito de remédio é bem amplo. Pode ser considerado como todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconfortos e mal-estar.
· Dose: quantidade de fármaco capaz de provocar alterações no organismo.
· Droga: qualquer substância que modifica a função fisiológica.
· Posologia: estudo da quantidade de medicamento (dosagem) que o paciente deve tomar de cada vez e o intervalo entre uma e outra dose.
· Forma farmacêutica: forma de apresentação do medicamento, em comprimidos, cápsulas, xaropes etc.
A absorção é definida como a passagem de um fármaco de seu local de administração para o plasma. Quando esta travessia se dá do local de administração do fármaco ao sangue, temos o processo de absorção, primeiro movimento de aproximação do sítio de ação, uma vez que permite a passagem desta substância ao meio circulante. A absorção deve ser considerada para todas as vias de administração exceto para a endovenosa. Há casos, como a inalação de um aerossol, ou para aplicação tópica, em que a absorção não é necessária para a ação do fármaco, mas para grande maioria, só ocorre ação farmacológica se houver absorção. Podemos citar como vias de administração dos fármacos: 
· Administração sublingual: É necessária uma resposta rápida, uma vez que a região sublingual é extremamente irrigada e conectada aos vasos de bom calibre, especialmente se o fármaco é instável ao pH gástrico ou é metabolizado rapidamente pelo fígado.
· Administração oral: Na grande maioria, os fármacos são tomados pela boca e engolidos. As formas de administração por via oral, como comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes são simples e práticos, conferindo comodidade ao usuário.
· Administração retal: A administração retal é utilizada para fármacos que têm, necessariamente, produzir um efeito Local, ou para a produção de efeitos sistêmicos. A absorção por via retal muitas vezes não é confiável, mas esta via pode ser útil em pacientes incapazes de tomar medicações pela boca apresentando vômitos, crianças, idosos, portadores de transtornos psiquiátricos ou em estado de coma.
· Administração cutânea: Esta é utilizada principalmente quando se quer um efeito local sobre a pele. A absorção é considerável, podendo levar aos efeitos sistêmicos. Muitas drogas são mal absorvidas pela pele devido à baixa solubilidade das mesmas.
· Administração por inalação: A inalação é a via usada para anestésicos voláteis e gasosos ou em medicamentos utilizados na asma. Para esses agentes o pulmão serve como via de administração e eliminação, e as trocas rápidas que são possíveis em conseqüência da grande área de superfície e do grande fluxo sanguíneo permitem a obtenção de ajustes rápidos na concentração plasmática.
· Administração por injeção: A injeção endovenosa é a via mais rápida e mais precisa para administração de um fármaco. A concentração máxima eficaz que chega aos tecidos depende fundamentalmente da rapidez da injeção. Na administração endovenosa não ocorre absorção, apenas distribuição.
Os medicamentos podem ser usados na prevenção, no diagnóstico, no tratamento de doenças e, também, no controle de sinais ou sintomas, como dor, por exemplo. A administração dos medicamentos pode acontecer em diferentes lugares: em casa, em clínicas e ambulatórios, no hospital e também na farmácia. A sua utilização deve ser sempre feita com orientação de um profissional de saúde especializado, já que o uso incorreto pode trazer sérios danos à saúde.
De acordo com a OMS, o uso adequado de medicamentos acontece quando os pacientes recebem os medicamentos apropriados à sua condição de saúde, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao menor custo possível para eles e sua comunidade (OMS, Conferência Mundial Sobre Uso Racional de Medicamentos, Nairobi, 1985).
Na área da educação fisica é importante estudar farmacologia, pois em nosso campo de atuação vamos encontrar todo tipo de aluno, inclusive os que fazem uso de alguma medicação, devido algum problema de saúde. Se não tivermos uma noção de qual medicação o aluno esta tomando não será possível prescrever corretamente o exercício que ele pode estar realizando para uma melhora na sua saúde.
Portanto devemos sempre estar atentos antes de prescrever exercícios ao aluno, antes de determinar a intensidade do exercício vários fatores importantes devem ser considerados: nível individual de aptidão, presença de medicamentos que podem influenciar a FC (ex: β-bloqueadores que irão reduzir a FC em repouso e sua resposta ao exercício).
Assim como os medicamentos, existe uma dose certa para todos os tipos de exercícios e quem é responsável por essa prescrição é o profissional de educação física, que deve controlar as variáveis do treinamento levando em consideração os princípios metodológicos, fisiológicos e biomecânicos para a prescrição do programa de treino. Tornando essa prática segura, prazerosa e eficiente. 
O treinamento físico aeróbio tem sido visto em estudos como um agente na redução da mortalidade e na melhoria da saúde desse público em questão. Junto com o tratamento farmacológico principalmente em indivíduos com doenças cardiovasculares. No entanto, a prescrição de exercícios para esse público deve ser feita com muita cautela e tomando cuidado em realizar uma boa anamnese, exames e testes de esforço físico para avaliar a saúde cardiovascular. Para que se possam avaliar os riscos e ter em mente com 10 qual freqüência cardíaca trabalhar, pois esses medicamentos principalmente os betabloqueadores, reduzem a freqüência cardíaca máxima e de repouso quando tomados regularmente, já que para o exercício esse parâmetro é utilizado no teste de esforço para a determinação da intensidade a ser aplicado nos exercícios realizados (VANZELLI, et al., 2005).
Essa parte da farmacologia que falamos foi sobre medicação que as pessoas usam devido algum problema de saúde, o educador físico deve estar atento no tipo de medicação para prescrever os exercícios, para que junto da medicação o exercício tenha uma ação satisfatória na melhora da saúde de seu aluno.
Agora entrando na parte das drogas vamos encontrar alunos que fazem o uso de esteróides, anabolizantes geralmente fazem o uso os bodybuilders, atletas e fanáticos pela aparência musculosa que acham que assim ganham vantagem competitiva ou melhoram a aparência física. Esteróides têm o propósito de aumentar a massa muscular, força e agressividade. Como efeito, algumas pessoas fazem uso dos esteróides anabolizantes para aumentar o tamanhodos músculos e força, o que alguns acreditam também melhoraria a aparência. Médicos podem receitar esteróides com propósitos legítimos como para a perda da função dos testículos, câncer de mama, baixa quantidade de células vermelhas sanguíneas, puberdade atrasada, e estados debilitantes decorrentes de cirurgia ou doença.
A indústria farmacológica produz atualmente vários tipos de esteróides anabolizantes, eles podem ser encontrados em formas de supositórios, cremes, selos de fixação na pele e sublingual, os mais consumidos são o oral e os injetáveis (intra-muscular). Os esteróides anabolizantes mais utilizados por via oral são a oximetolona (Anadrol), oxandrolona (Anavar), metandrostenolona (Dianabol) e estanozolol (Winstrol). Decanoato de Nandrolona (Deca-Durabolin), fenpropionato de nandrolona (Durabolin), e cipionato de testosterona (Depo-testosterona) estão na classe dos esteróides anabolizantes injetáveis mais utilizados (AAP, 1997).
Portanto o profissional em educação fisica deve estar atento se o aluno faz o uso de drogas como uma medicação ou como fonte de ganhar músculos rapidamente. Nesses casos também temos que saber qual tipo de exercício prescrever. Lembrando que o educador físico não pode prescrever nenhum tipo dessas medicações citadas, só os médicos estão habilitados em prescrever qualquer tipo de medicação.
Hoje se percebe que existem varias pesquisas sobre o efeito de medicamentos e a pratica de alguma atividade fisica, pois foi constado que ao realizar atividade fisica o aluno melhora sua saúde, muitos conseguem diminuir a dosagem da medicação que vai regulando na pratica dos exercícios. Acredito que esse estudo futuramente estará mais popular entre as pessoas para que compreendam a que qualquer pratica fisica pode melhorar a saúde,evitando o uso excessivo de medicamentos.
2. Considerações finais 
Diante deste estudo podemos compreender que farmacologia é a ciência que aborda o estudo das substâncias químicas e a sua interação com os sistemas biológicos. Ela é considerada uma das principais ferramentas para os profissionais de saúde, assim como para aqueles que têm o contato direto ou indireto com os medicamentos.
Conhecemos alguns dos principais conceitos dessa ciência são: fármaco, medicamento, remédio, droga, posologia e forma farmacêutica. E suas vias de administração como sublingual, oral, retal, cutânea, inalação e injeção. Diante desses conceitos podemos compreender onde o profissional de educação entra neste conteúdo.
Assim podemos compreender que antes da prescrição de qualquer atividade física deve-se levar em consideração o histórico familiar, histórico clinico, a presença de doenças e morbidades e a utilização de medicamentos para que o professor de Educação Física possa efetuar uma prescrição de exercícios físicos mais seguros respeitando a individualidade do aluno.
Hoje o educador físico faz parte de uma grande fatia de profissionais vinculados à prestação de serviços à saúde, sendo assim, seu trabalho também é importante na manutenção da prevenção de doenças. A prescrição do exercício físico prescrito e orientado por estes profissionais podem trazer benefícios tanto na saúde física como a mental. Se torna notável a importância de educador físico a pratica do exercício físico e no que se diz respeito a melhora no condicionamento físico e na saúde. 
Nada melhor que ter um profissional que tenha um cuidado e que na sua bagagem venha a responsabilidade, atenção, zelo, e a preocupação de associar atividades específicas para cada pessoa. A importância de ter um profissional orientando e acompanhando pode fazer toda a diferença.
Hoje em dia ainda temos poucas pessoas que tem acesso a essas informações, mas acredito que com o crescimento que esta havendo no mundo tecnológico, futuramente todas as pessoas possam saber o quanto a atividade fisica pode ajudar na saúde e na diminuição no uso de medicamentos.
3. Referências 
STELLA, F. et al. Depressão do Idoso: Diagnóstico Tratamento e Benefícios da Atividade Física. In: III CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E MOTRICIDADE HUMANA E IX SIMPÓSIO PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, São Paulo, p. 95-96. 2003.,
VANZELLI, A.S, BARTHOLOMEU, B. J, MATTOS, L. N. J. et al. Revista da Sociedade de Cardiologia, Estado de São Paulo, vol.15, n 2, Mar./Abr. 2005.
AAP: American Academy of pediatrics. Adolescents and Anabolic Steroids: A Subject Review. Pediatrics, 99(6): 904-908 1997.
https://www.efdeportes.com/efd191/esteroides-anabolizantes-entre-academicos.htm visitado em 01/02/2020
https://www.estudopratico.com.br/farmacologia/ visitado em 01/02/2020
http://www.ans.gov.br/temas-de-interesse/medicamentos-uso-seguro-e-cuidados-essenciais visitado em 01/02/2