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Arthropoda: O Filo dos Pés Articulados

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1. INTRODUÇÃO
	O nome Arthropoda significa pés articulados (podas: pés; arthro: articulação). É o filo que apresenta o maior número de indivíduos do reino animal, possuindo hoje mais de 1.500.000 espécies já descritas, além disso possui boa adaptação a diferentes ambientes, vantagens em competição com outras espécies, excepcional capacidade reprodutora, eficiência na execução de suas funções, resistência a substâncias tóxicas e perfeita organização social, no caso das abelhas, formigas e cupins.
	Possuem simetria bilateral, com exoesqueleto formado por uma substância resistente e impermeável, chamada quitina, que é um polímero nitrogenado de polissacarídeos, formando o tegumento. Este, por sua vez, compreende a epiderme e a cutícula. O tegumento, é a camada externa dos artrópodes, e possui as funções de proteção, sustentação e impede a perda de água. A cutícula é secretada pela epiderme que, quando recente, é flexível, mole; entretanto, passado algum tempo após a secreção, toma-se esclerotisada, principalmente pelo enrijecimento da quitina.
	A quitina está presente no exoesqueleto e acaba impedindo o crescimento contínuo do artrópodes. Ao crescer, os artrópodes precisam abandonar o esqueleto velho, pequeno, e fabricar outro, maior. Esse fenômeno é chamado muda ou ecdise e ocorre diversas vezes até cessar o crescimento na fase adulta. As carapaças deixadas por ocasião das mudas são as exúvias (do latim exuviae, "vestidos largados"). Este crescimento é regulado por hormônios e outros processos endócrinos. 
	Além disso, possui os apêndices locomotores ou alimentares que são articulados e dispostos aos pares. O corpo é dividido em duas porções (cefalotórax e abdome, cabeça e tronco) ou três (cabeça, tórax e abdome), possue uma cabeça com um par de olhos laterais facetados e com um a vários ocelos simples. Em seu interior apresenta uma cavidade (hemocele) cheia de líquido que é denominada hemolinfa, e ainda os órgãos respiratórios, circulatório, nervoso, digestivo, excretor e reprodutor.
2. EVOLUÇÃO
	Estima-se que no período Pré-Cambriano( mais de 600 milhões de anos atrás), alguns animais invadiram os ambientes aquáticos e terrestres. Estes animais passaram por uma enorme irradiação evolutiva e atualmente ocupam todos os ambientes do planeta, com os mais diversos estilos de vida e aparência. Como resultado da evolução, os artrópodes acabaram desenvolvendo um exoesqueleto rígido. O aparecimento dessa característica restringiu o crescimento do corpo e a locomoção. Mais tarde, esse problema foi resolvido pelo desenvolvimento de articulações do corpo e dos apêndices e pela regionalização da musculatura. 
	O resultado foi a perda da musculatura circular e da cavidade celomática ancestral, onde acabou se tornando a hemocele ou câmara sanguínea, na qual os órgãos ficam banhados diretamente nos fluidos corpóreos. Como era preciso movimentar o sangue pelo corpo o vaso dorsal do tipo anelídeo permaneceu, tornando-se uma estrutura altamente musculosa - o coração. Após isso, os órgãos excretores fecharam-se internamente para assegurar a permanência do sangue no corpo.
	Para que ocorresse a transmissão dos impulsos sensoriais até o sistema nervoso, era necessário a participação de órgãos sensoriais diferenciados, e para que ocorresse as trocas gasosas outras estruturas se desenvolveram para ultrapassar o limite imposto pelo exoesqueleto. Nesse momento da evolução o crescimento que era gradual agora passa a ser mais complexo, envolvendo hormônios, onde o exoesqueleto é eliminado sistematicamente para que possa acontecer crescimento corporal. O processo de eliminação do exoesqueleto é um fenômeno característico de artrópodes e de poucos invertebrados que apresentam cutícula.
	Após essas modificações, houve também a invasão dos ambientes terrestres e dulcícolas, que exigiu diversas adaptações para o equilíbrio do estresse osmótico e iônico, da reprodução e de um suporte estrutural. A cutícula sofre um processo de endurecimento por esclerotização, que ocorre em todos os artrópodes. Nos crustáceos acontece o fenômeno da mineralização, a deposição de carbonato de cálcio numa das camadas da cutícula. 
	Um dos mais importantes passos na evolução dos artrópodes foram as modificações sofridas pelos apêndices. Alterações nos apêndices combinadas com a segmentação do corpo significaram diferentes modos de locomoção e alimentação que ficaram disponíveis a esses animais.
	Os artrópodes desenvolveram diversos dispositivos para locomoção na terra, na água e no ar, e esses métodos refletem a plasticidade evolutiva e qualidades adaptativas associadas à segmentação do corpo e dos apêndices. Nesta imagem é possível observar a diversidade morfológica dos apêndices locomotores dos artrópodes.
 
Imagem 1: Diferentes apêndices locomotores contemplados durante a evolução.
Fonte: Google imagens
3. CLASSIFICAÇÃO DO FILO ARTHROPODA
Imagem 2: Tabela de divisão do filo Arthropoda.
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
O filo Arthropoda está subdividido nos seguintes subfilos e classes:
· SUBFILO TRILOBITA ( EXTINTO)
 O mais conhecido filo extinto, Trilobita, inclui quase 4000 espécies conhecidas apenas do registro fóssil. Foram importantes componentes da fauna marinha até sua extinção em massa que ocorreu no período Permiano-Triássico e que marcou o final da era Paleozoica. Embora tenham sido exclusivamente marinhos, exploraram uma variedade de habitats e estilos de vida. O corpo era oval e achatado dorso-ventralmente, com dois sulcos longitudinais dorsais dividindo o corpo em um lobo mediano e dois lobos laterais, por isso o nome “trilobita”.
 
Imagens 3 e 4: Fósseis Trilobita no sedimento.
Fonte: Google imagens
· SUBFILO CHELICERATA
Classe Merostomata - lunulos (caranguejo pata-de-cavalo); 
Classe Arachnida - escorpiões, aranhas, carrapatos;
Classe Pynogonida - aranhas marinhas. 
 São caracterizados por possuírem seis pares de apêndices incluindo um par de quelíceras, um par de pedipalpos e quatro pares de apêndices locomotores (exceção nos límulos: cinco pares de apêndices locomotores). 
 Não possuem mandíbulas nem antenas. A maioria suga alimento líquido de suas presas. O corpo é geralmente dividido em cefalotórax (cabeça + tórax) e abdômen. O primeiro par de apêndices é modificado em quelíceras, usados para alimentação.
 
Imagens 5 e 6: Subfilo Chelicerata (escorpião e aranha).
Fonte: Google imagens
· SUBFILO MANDIBULADA 
Classe Crustacea - camarão, lagosta, pitu;
Classe Insecta - moscas, pulgas, borboletas
Classe Chilopoda - centopéia; 
Classe Diplopoda - milipés (piolho-de-cobra);
Classe Symphyla - sínfilos de terra vegetal;
Classe Pauropoda - paurópodos de híimus.
 Dentre todos os artrópodes conhecidos, a classe que apresenta maior número de espécies causando lesão ou transmitindo doenças aos humanos, é a Insecta.
· SUBFILO PENTASTOMIDA
 O subfilo Pentastomida ou Linguatulida representa os artrópodes vermiformes, adaptados ao parasitismo, de conformação bastante peculiar. Possuem corpo segmentado, alongado, recoberto por cutícula quitinosa; próximo da boca apresentam dois pares de ganchos ventrais; não possuem antenas, nem patas, exceto na fase larvar, que apresenta quatro patas curtas e respiração através de cutícula. Em geral, os adultos são parasitos de pulmões e fossas nasais de carnívoros e répteis; as larvas são encontradas em vísceras de pequenos herbívoros e roedores. 
 
Imagem 7: Pentastomida encontrada nas vísceras de um animal.
Fonte: Google Imagens
· CLASSE INSECTA
 Considerados como o grupo dominante na Terra, os insetos têm sua origem estimada em cerca de 350 milhões de anos. As estimativas do número de espécies de insetos chegam a 30 milhões de espécies, a grande maioria delas ainda desconhecida, ou seja, ainda há muito a ser descoberto.
 Um dos primeiros passos evolutivos nos insetos foi o desenvolvimento de olhos compostos, com centenas e até milhares de facetas, cada uma destas com a face voltadapara uma posição diferente, e que juntas produzem uma imagem completa. Com exceção de alguns grupos subterrâneos e espécies endoparasitas, a maior parte dos insetos possui um sistema visual altamente desenvolvido. 
 Depois houve o aparecimento das asas, onde essas apareceram bem “primitivas”, e eram usadas inicialmente como aparato para saltos, cobrindo pequenas distâncias. Gradualmente elas se tornaram maiores, com alguns grupos apresentando sofisticados movimentos como a estabilidade no voo.
 Outro fator que muito contribuiu para a evolução dos insetos foi a capacidade de metamorfose, a transformação do corpo que leva a máxima adaptação ao ambiente, o que explica como esse grupo de animais tornou-se tão bem sucedido no planeta. 
 Esta classe é também conhecida por Hexapoda. A ela pertencem todos os Arthropoda que apresentam o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome e possuem três pares de patas. 
 Podem ou não apresentar asas. Como em todo artrópode, o corpo dos insetos é formado pela justaposição de vários escleritos, formando anéis ou metâmeros: tergitos, esternitos e pleuritos. 
 A cabeça, que está unida ao tórax pelo pescoço ou cérvix, apresenta numerosos escleritos, com considerável variação de forma, bem como um par de antenas.
Ciclo biológico
 A maioria das espécies são ovíparas, onde o formato dos ovos e o local escolhido para a oviposição são tremendamente variáveis, podendo dizer que em qualquer lugar que procurarmos acharemos ovo ou larva de algum inseto. Desde ovo até adulto, o inseto sofre várias modificações complexas, reguladas por hormônios. 
 Os tipos de evolução são: 
- ametabolia: quando os insetos não apresentam mudanças distintas nas formas entre os estágios de ovo até adultos, onde as formas jovens são semelhantes aos adultos. Ex.: os Thysanura - traças;
- paurometabolia ou metamorfose gradual: quando os insetos passam pelas formas de ovo, ninfa e adulto, porém as ninfas têm um desenvolvimento gradual, vivem no mesmo ambiente e têm o mesmo hábito alimentar do adulto. Ex.: os Hemiptera - "barbeiros" 
- hemimetabolia: quando os insetos passam pelas formas de ovo, ninfa e adulto, mas as ninfas diferem dos adultos pelo ambiente e alimentação. Ex.: os Odonata - libélulas (ninfas que vivem dentro d'água);
- holometabolia ou metamorfose completa: quando os insetos passam pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto. Ex.: os Diptera - moscas e mosquitos;
IMPORTÂNCIA
 Deve-se esclarecer que dentre as milhares de espécies existentes, talvez duas ou três centenas sejam nocivas, as demais são úteis onde podem atuar na polinização das flores, decomposição da matéria orgânica, participação ativa no equilíbrio biológico, produção de cera, mel, seda, fonte de alimento para peixes, anfíbios, répteis, pássaros, entre outros. 
 Geralmente fala-se muito de moscas e piolhos por exemplo, isso é devido à proximidade que temos com esses seres, especialmente nos países subdesenvolvidos onde encontram ambiente propício para sua reprodução: sujeira, promiscuidade, ignorância, uso inadequado de métodos de controle, submissão religiosa e política, desinformação permanente e intencional da imprensa.
HEMIPTERA
 Essa ordem apresenta cerca de 37.000 espécies, conferindo- lhes o lugar de insetos de metamorfose incompleta mais abundante e com maior diversidade. Os insetos possuem aparelho bucal (probóscida) do tipo picador sugador, que se origina anteriormente aos olhos, constituído por um par de mandíbulas e um de maxilas, envolvidos por um bio, tri ou tetrassegmentado, e sem palpos, além de dois pares de asas que se sobrepõem horizontalmente no abdome.
 Apresentam duas subordens: Homoptera e Heteroptera. Todos os Homopteros são insetos exclusivamente sugadores de plantas. A maioria dos Heteroptera alimenta-se de seiva de vegetais (fitófagos) enquanto certas famílias são constituídas por predadores (alimentam-se de insetos ou pequenos vertebrados) e outras alimentam-se do sangue de vertebrados, inclusive de humanos (hematófagos).
Imagem 8: Hemiptera - Triatoma infestans: detalhes da morfologia.
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
Ciclo Biológico
 O seu ciclo biológico, após a fase de ovo, passa por cinco fases imaturas (ninfas de primeiro a quinto estágio) antes de atingir o estágio adulto. Entre uma fase e outra os triatomíneos precisam se alimentar de sangue. Nos estádios mais jovens (até terceiro estágio), um único repasto pode garantir a muda.
 A partir do quarto estágio o inseto se alimenta mais de uma vez para obter o sangue necessário ao seu metabolismo, aumentando, a cada repasto, o contato com o hospedeiro. Em condições controladas de laboratório, para completar sua evolução de ovo a adulto, o triatomíneo gasta cerca de quatro meses, variando de acordo com a espécie. 
 Na natureza, entretanto, este período é geralmente maior, dependendo das condições de temperatura, umidade e disponibilidade de alimento. Uma fêmea de Triatoma infestans é capaz de botar até 300 ovos durante sua vida, que pode durar cerca de um ano e meio. O período médio de incubação é de 20 dias. 
 Como as ninfas não possuem órgãos genitais desenvolvidos, somente os adultos são capazes de copular e o fazem várias vezes durante sua vida.
Imagem 9: Ciclo biológico dos Triatomíneos. Na parte superior os cinco estágios do Triatoma infestans. Na parte inferior , macho, fêmea e ovos.
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
CIMICIDAE
 São encontrados nessa família os insetos popularmente conhecidos como "percevejos de cama". Os "percevejos" eram muito comuns em diversas partes do mundo até o final da década de 40, com o passar do tempo, devido ao uso de inseticidas de efeito residual, além da melhor higiene doméstica esses insetos tomaram-se raros. 
 Está ocorrendo um novo surto de percevejo em numerosas cidades brasileiras, principalmente em favelas, acampamentos de operários de grandes obras civis, quartéis, entre outros. Portanto, está se tormando necessário refazer análise e estudos dos hábitos e da ecologia dos percevejos objetivando o seu controle. 
 Experimentalmente, podem transmitir o T cruzi, a Borrelia recurrentis e a Yersinia pestis. Entretanto, naturalmente, não são capazes de fazê-lo, e sua importância médica está relacionada diretamente com a espoliação sanguínea e a interrupção do repouso noturno de humanos.
 As formas adultas são ápteras, possuindo apenas dois rudimentos de asas anteriores, em forma de escama. São hematófagos obrigatórios, como os triatomíneos.
 Uma fêmea é capaz de botar até 540 ovos durante sua vida (mais de um ano). Também são paurometábolos, e o ciclo evolutivo passa pelas seguintes fases: ovo-eclosão-ninfa. 
1 -muda-ninfa 
2-muda-ninfa 
3-muda-ninfa 
4-muda-ninfa 
5-muda-ninfa. 
 O período de incubação dura cerca de dez dias, onde de ninfa 1 até adulto, o ciclo demora cerca de três meses, em ambiente com temperatura de 23°C.
Imagem 10: Gênero Cimex. A: macho; B: fêmea onde r é o órgão copulador.
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
SIMULIIDAE 
 
 Os simulídeos são insetos pertencentes a ordem Diptera, subordem Nematocera. São cosmopolitas e recebem várias denominações, No Brasil, por exemplo são conhecidos como piuns na Região Norte e borrachudos nas outras regiões do país. São insetos diminutos, medindo de 1 a 5mrn de comprimento. 
 Possui Antenas formadas por 11 artículos. Corpo robusto, normalmente de cor escura (negro, marrom ou cinza). As asas são membranosas, com nemas anteriores fortes. Uma das características biológicas marcantes das espécies de simulídeos diz respeito ao seu ciclo. Como outros dípteros vetores de doenças, os borrachudos passam pelos estágios de ovo, larva e pupa exclusivamente dentro da água corrente. Outra característica diz respeito ao local da picada exercida pela Emea, na qual fica nítido um hematoma punctiforme.
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
CERATOPOGONIDAE 
 São conhecidos vulgarmente como "mosquitos-pólvora'', "maruins","mosquitinhos de mangue" etc. São dípteros nematóceros extremamente pequenos, com cerca de 1 a 4 rnrn de comprimento. As antenas têm o último segmento dividido em 12 a 13 artículos, e são pilosas nas Emeas e plumosas nos machos.
 O aparelho bucal é do tipo picador-sugador, e as picadas são muito dolorosas porque a saliva, mesmo sendo injetada em quantidade milito pequena, é muito alergênica e provoca grande imtação na pele. As asas são em geral manchadas, e as veias anteriores são mais desenvolvidas que as posteriores, possui o corpo escuro. O abdome é curto, com a genitália externa pouco desenvolvida nas Emeas e bem evidente nos machos .
 Esta família era conhecida como Heleidae, mas conforme decisão da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica foi definitivamente adotada a denominação Ceratopogonidae. A família inclui cerca de 5.500 espécies, distribuídas em 125 gêneros, em quatro subfamílias: Ceratopogonidae, Leptoconopinae, Forcipomyinae e Dayheleinae. Os gêneros Culicoides, Leptoconops e Forcipomyia (Lasiohelea) incluem espécies hematófagas no Brasil. 
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
TABANOMORPHA
 São moscas de pequenas a grandes, possui uma distribuição geográfica mundial e essencialmente hematófaga. A Tabanidae (também denominadas "mutucas") está relacionada com: 
· Transmissão mecânica da anemia infecciosa dos equinos (vírus); 
· Transmissão mecânica do Trypanosoma equinum @rotozoário, agente do mal-das-cadeiras, em cavalos);
· Veiculação de ovos de Dermatobia hominis (berne); hematofagia das fêmeas, atacando vorazmente equinos, bovinos, cães e, as vezes, humanos;
· Hospedeiro intermediário da Loa loa na África (gen. Chrysops)
 Sua picada é bastante dolorosa e a saliva possui ação anticoagulante. Como mudam frequentemente de ponto de sucção, em cada local abandonado escorre um filete de sangue. Os machos de todas as espécies são fitófagos, alimentando-se de néctar e seiva de plantas. As fêmeas também possuem esse hábito alimentar, mas, para maturação dos ovários, exercem a hematofagia. Uma exceção é a espécie Scepsis nivalis (litoral sul do Brasil), que é exclusivamente fitófaga (machos e fêmeas). 
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
MUSCOMORPHA
 Muscomorpha engloba os Diptera considerados superiores, caracterizados por possuírem uma antena trissegmentada, e na base do terceiro segmento encontra-se uma estrutura cerdiforme denominada "arista" (que pode ser nua ou munida de pequenos pêlos). 
 Possuem olhos grandes, separados, nas fêmeas (dicópticos), e geralmente unidos dorsalmente nos machos (holópticos). Os adultos emergem do pupário por uma fenda circular (dai o antigo ciclorrafa). As larvas são cilíndricas (a exceção do gênero Fannia, cujas larvas apresentam projeções laterais) com extremidade cefálica (anterior) afilada, munida de dentes e a posterior romba ou truncada, munida de espiráculos respiratórios; o corpo, em geral, possui 12 segmentos, sem pés, e a larva locomove-se por movimentos ondulatórios.
 Em decorrência da retomada dos estudos sobre os insetos, incluindo agora pesquisas bioquímicas e filogenéticas, novas classificações estão sendo propostas para substituir as antigas, com base quase que exclusivamente na morfologia. 
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
 SIPHONAPTERA
 A ordem Siphonaptera (siphon = tubo; aptera = sem asas) compreende insetos hematófagos de ambos os sexos, são conhecidos também como pulgas e bichos-de-pé. Esses insetos são encontrados em todo o mundo, com aproximadamente 3.000 espécies conhecidas. Dessas, pouco mais de 250 ocorrem na América do Sul, e no Brasil já foram assinaladas 60 espécies elou subespécies. 
 As pulgas na fase adulta são ectoparasitos de aves e mamíferos, em especial destes últimos, enquanto, na fase larvária, apresentam vida livre e aparelho bucal do tipo mastigador. Algumas espécies apresentam especificidades de hospedeiro. Quase todas as ordens de mamíferos já foram encontradas parasitadas por sifonápteros, embora as mais fiequentes sejam Rodentia, Insectivora, Marsupialia, Chiroptera, Carnivora, Lagomolpha e Edentata. Entre os primatas, apenas o homem é hospedeiro habitual. Do ponto de vista epidemiológico, os roedores são os hospedeiros mais importantes, pelo fato de suas espécies serem incriminadas como reservatórios de várias infecções (peste, tularemia, tifo murino). 
Fonte: Livro Parasitologia Humana 11ª edição
4. CONCLUSÃO 
 Diante do presente trabalho, podemos perceber que embora os artrópodes sejam transmissores de doenças, eles são animais essenciais na polinização de muitos vegetais usados na utilização humana, além disso, eles servem de alimentos, são utilizados como matéria prima para drogas e tinturas, e produzem produtos, como seda, o mel, própolis e cera de abelha. 
REFERÊNCIA 
Usec. Unidade 9: Arthropoda. Disponível em:<http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/modulo_7_bloco_2/unidade_invertebrados_2/apostila_arthropoda.pdf>. Acesso em: 03 de Dezembro de 2018.
NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
SÓ BIOLOGIA. Atrópodes. Disponível em:<https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes.php>. Acesso em: 03 de Dezembro de 2018.

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