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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – AVM
PLASTICIDADE CEREBRAL, NOVAS FORMAÇÕES NEURAIS E APRENDIZAGEM
Disciplina: Análise bio-psicológica do aluno
Professora: Marta Relvas
Grupo: Vicente Estevam, Alexei, Ana, marcella, Flávio
Março de 2012
I-Introdução
A busca por respostas sobre o homem levou a filosofia na compreensão de um homem centrado em si mesmo, em sua cultura e em suas relações sociais, na história na relação com seu tempo, seus valores e seus princípios que significam a sua vida na antiguidade oriental, ocidental, medieval e contemporâneo que deu ao homem mais autonomia e capacidade para intervir na natureza e na psicologia, que em grego traz o seguinte Psico significa Alma e Logus razão, ou seja, estudo da alma, se divide em duas visões: a) O homem a-histórico que não interage com suas condições históricas e a realidade social b) o homem situado historicamente no conjunto das relações sociais e como síntese de múltiplas determinações culturais, ou seja como um sistema aberto em reestruturação progressiva cujo estágio final nunca será alcançado por completo. 
Dentro desse universo entende-se que os gregos 2.300 anos antes do advento da psicologia já postulavam duas teorias: a Platônica e a Aristotélica. Enfim, os filósofos Pré Socráticos postulavam a relação do homem com o mundo através da percepção. Sócrates, por sua vez, entendia como a principal característica humana: a razão que sobrepunha o homem além dos seus instintos. Platão, discípulo de Sócrates, por sua vez, procura dar um lugar a razão no próprio corpo. Aristóteles, discípulo de Platão, postulava que o corpo e a alma não podem ser dissociados. Santo Agostinho (354-453) busca em Platão a cisão da alma e o corpo São Tomás de Aquino busca em Aritóteles a distinção entre essência e existência. Renè Descartes durante o renascimento postula a separação entre mente e o corpo.
Nesse mesmo contexto, o século XIX traz contribuições valiosíssimas, desvencilhando a Psicologia da filosofia e definindo como objeto de estudo o homem em sua consciência, comportamento e a sua genética com Freud, Pavlov, Piaget e Vigotsky.
Transpondo o desenvolvimento dessa visão do Século XIX para o século XX e XXI, que agora propõe uma visão do todo, ou seja, holística nas diferentes áreas do conhecimento, é de fundamental importância o inter-relacionamento de todos os seres humanos e a interdisciplinaridade entre os saberes, ou melhor a visão da realidade social. (MORIN, 2010).
Assim, a década de 60, Mark Rosenzweig e Edward Bennett, da Universidade da Califórnia, demonstraram através de estudos experimentais, que o ambiente influenciava significativamente a arquitetura cerebral. Pouco tempo depois, essas mesmas investigações foram aprofundadas por William Greenough, da Universidade de Illinois. Em resposta a jogos, estimulações e experiências, o cérebro aumenta o volume de conexões neurais, evidenciando sua plasticidade, conforme apontam essas pesquisas realizadas com ratos criados em uma gaiola rica em elementos como: bolas, rampas, escadas, etc; que revelaram um aumento no peso cortical bruto e na espessura do córtex cerebral, enquanto os outros, criados num ambiente laboratorial normal, não apresentaram nenhuma alteração. (SQUIRE, KANDEL, 2002, p. 208)
A década de 90 intensificou-se o volume de estudos e pesquisas voltadas para o cérebro humano, tanto no aspecto biológico quanto psicológico, sendo inclusive proclamada pelo Presidente Bush, no Congresso dos EUA, como a “Década do Encéfalo”, no intuito de incentivar cientistas a fazerem novas descobertas importantes nessa área. (BEAR; CONNOR; PARADISO, 2002, p. 20).
 Recentes Pesquisas neurológicas têm como foco principal voltados para os efeitos da educação desde cedo. O pesquisador da Universidade de Chicago, Peter Huttenlocher, descobriu que, após o nascimento, o cérebro constrói inúmeras conexões ou sinapses, mais do que este irá necessitar. O excesso de conexões garante ao recém-nascido receber as informações de qualquer meio ambiente. (NAT NEUROSCI. 2003, Jun; 6: 541).
Os estudos de Huttenlocher (1990) demonstram que os três primeiros anos de vida são as fases mais críticas, sendo determinante para os demais anos de vida, e que a explosão de sinapses, atinge seu auge na idade de seis anos, quando o cérebro começa a eliminar aquelas não usadas. Aos catorze anos, as conexões não utilizadas são eliminadas e o circuito cerebral está mais ou menos completo. O cérebro é como um diamante bruto, devendo-se utilizar as experiências externas para torná-lo um órgão operativo. As experiências lapidam as redes neurais para linguagem, raciocínio e para outras capacidades. Conexões sinápticas não aproveitadas são desprezadas, como as arestas do diamante, que precisam ser aparadas para que venha à tona um extraordinário trabalho de arte. (Ibid)
A precariedade dos saberes sobre o funcionamento básico cerebral, bem como a falta de utilização de seus vastos recursos na educação, faz com que seja premente a inclusão deste tema interdisciplinar na formação científica do professor, buscando a relação entre a neuroplasticidade e os processos de aprendizado, com a finalidade de instrumentalizar o educador. 
O cérebro humano é um órgão complexo, parcialmente desvendado pela ciência, formado por células nervosas (ou neurônios) e células gliais. As primeiras são responsáveis pela motricidade, consciência e sensibilidade, enquanto que as gliais sustentam e mantêm vivos os neurônios.
As atividades dos neurônios geram um mundo interno que se adapta e se modifica à medida que interagem com o meio ambiente, sendo que os nossos cinco sentidos (tato, gustação, visão, olfato e audição) constituem o elo de comunicação. A evolução, experiência e sobrevivência humanas são determinadas pelas constantes trocas de mensagens e respostas, remodelando ambos para fins de adaptação, posto que a pluralidade cultural desencadeia mudanças no cérebro. A cada nova vivência e aprendizado, novas conexões neurais são acrescentadas. (CARDOSO, 2000).
 Dessa forma, o conceito de plasticidade cerebral pôde ser aplicado à educação, considerando a tendência do sistema nervoso em ajustar-se frente às influências ambientais durante o desenvolvimento infantil, ou na fase adulta, restabelecendo e restaurando funções desorganizadas por condições patológicas. Em síntese, é preciso ressaltar os vínculos dos fenômenos plásticos cerebrais com o desenvolvimento do sistema nervoso na sua compreensão sócio-histórica-educativa, observando-se a capacidade de resposta compensatória frente não apenas a lesões patológicas, mas também, frente às influências externas, concluindo-se que a plasticidade cerebral pode ser encarada sob vários ângulos, seja mediante abordagem experimental (que é a mais comum), seja na perspectiva mais concreta da existência e expressão funcional do sistema nervoso, como, por exemplo, motricidade, percepção e linguagem.
Embora seja antigo na literatura científica, o conceito de plasticidade não é único, uma vez que as abordagens experimentais são múltiplas, não existindo, até aqui, teoria unificadora dos fenômenos neuroplásticos. No entanto, observa-se a tendência do sistema nervoso em ajustar-se frente às influências ambientais durante seu desenvolvimento. Assim, discutir as conexões neurais com o processo de aprendizagem é uma exigência do momento presente, em que se abrem espaços para pesquisas interdisciplinares, sobre as razões pelas quais os professores do ensino fundamental não utilizam instrumentos e subsídios que ajudem no incremento de novas conexões neurais, potencializando os ritmos de aprendizado das crianças em idade de iniciação escola. Quais são as relações significativas entre o funcionamento do cérebro – especialmente em termos da plasticidade cerebral e das conexões neurais – e o processo de aprendizado? Até que ponto, professores e educadores estão conscientes dessas relações e de sua importância do ponto de vista pedagógico?
II A PLASTICIDADE CEREBRAL
II.1- O CÉREBRO HUMANOO cérebro é responsável por várias tarefas: Controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a respiração; aceita milhares de informações vindas de teus vários sentidos (visão, audição, olfato); ·   controla o movimento físico ao andar, falar, ficar em pé ou sentar; deixa você pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções.
  Todas essas tarefas são coordenadas, controladas e reguladas por um órgão que tem mais ou menos o tamanho de uma pequena couve-flor: teu cérebro. O cérebro, medula espinhal e nervos periféricos compõem um sistema de controle e processamento integrado de informações. O estudo científico do cérebro e do sistema nervoso é chamado de neurociência ou neurobiologia. começar dando uma visão geral sobre esse órgão.
 É no cérebro que está o "mundo intrincadamente organizado e internamente consistente, construído como resultado da experiência, não da instrução, e integrado em um todo coerente como resultado de uma permanente aprendizagem e pensamentos adquiridos com total desenvoltura" (SMITH, 1999).
 Isso significa que em nossa mente há uma "teoria" de como o mundo é para o indivíduo. Essa teoria é complexa e corresponde à síntese de toda experiência vivida, valores, conhecimentos, lugar social. Somente conseguimos atribuir sentido ao mundo através da relação com a nossa teoria pessoal; ou seja, aprendemos algo, modificando e elaborando nossa teoria.
 É, portanto, através da experimentação que se desenvolvem as teorias de mundo; pois levantamos hipóteses sobre os fatos, fenômenos, eventos; testamos, modificamos, alteramos, confirmamos, confrontamos ou não essas hipóteses através de experimentos. Podemos dizer que experimentos são situações de aprendizagem e a aprendizagem é a base da compreensão e vice-e-versa, conforme nos apresenta (SMITH,1999, p. 87):
 Não podemos separar a aprendizagem da compreensão. A compreensão é essencial para aprender e aprender é a base da compreensão. A compreensão e a aprendizagem são, fundamentalmente, a mesma coisa. Para compreender, precisamos prever, para aprender, devemos construir hipóteses, e tanto a previsão como a construção de hipóteses surgem da nossa teoria de mundo. A única diferença é que as previsões são baseadas em algo que já faz parte de nossa teoria de mundo
 A evolução da neurociência permite, atualmente, visualizar cada parte do cérebro vivo em ação, do maior circuito até a sinapse no diminuto espaço entre neurônios. É possível registrar a atividade elétrica de uma única molécula no cérebro. Utilizando essas técnicas está ocorrendo um extraordinário fluxo de estudos científicos sobre a mente e o cérebro, sobre o processo de pensamento e aprendizagem, nos processos neurológicos que ocorrem durante o pensamento e a aprendizagem e no desenvolvimento de competências.
 A infância é uma fase da vida definida pela maleabilidade do cérebro e sua predisposição de aprender certas habilidades com pouco esforço como, por exemplo, aprender a falar uma língua e sua dependência de outros para prover os estímulos apropriados à aprendizagem. Já a adolescência caracteriza-se pela predisposição do indivíduo em responsabilizar-se pela sua própria tomada de decisão.
 Na medida em que os cientistas estudam o processo da aprendizagem eles verificam que o modelo construtivista de aprendizagem reflete melhor o processo natural do cérebro de fazer sentido do mundo ao seu redor. O construtivismo defende que a aprendizagem é essencialmente ativa.
 Uma pessoa aprendendo algo novo incorpora a essa experiência toda a sua bagagem anterior de experiências e padrões mentais. Cada novo fato ou experiência é assimilado num rede viva de compreensão que já existe na mente dessa pessoa. A aprendizagem não é nem uma atividade passiva e nem simplesmente objetiva.
 De acordo com as pesquisas realizadas, afirma-se que o cérebro divide-se em dois hemisférios e que o temperamento de cada pessoa tem relação direta com a utilização desses hemisférios. As pessoas que apresentam o lado esquerdo mais desenvolvido são tendentes a usarem de forma adequada à lógica, a matemática possuindo habilidades para planejar e organizar suas ações. Já que é o lado mais intuitivo do homem. Por isso são introspectivas, amorosas, delicadas e mais racionais.
 O lado direito do cérebro é responsável pela imaginação criativa, a serenidade, a capacidade de síntese, a facilidade de memorizar. As pessoas que utilizam mais esse lado do cérebro possuem habilidades para analisar esquemas e técnicas em oratórias.
 Para que a memória funcione adequadamente no processo de informação, se faz necessária a busca da integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades. Como se processam muitas informações diárias, o cérebro acaba seletivo, guardando apenas informações que o impressionem, desenvolvendo a capacidade para fixação dos fatos.
 Manter ativada a atenção é de suma importância, visto que, normalmente, o ser humano distrai-se com facilidade. Alguns pesquisadores sugerem que se recorra à música, pois o uso de uma música apropriada diminui o ritmo cerebral, contribuindo para haver uma equilibração no uso dos hemisférios cerebrais. Enfatizam ainda que a música barroca, especialmente o movimento "largo" propiciam um bom aprendizado.
 Diante dos estudos realizados pelos pesquisadores conclui-se que se torna necessário estimular as áreas do cérebro objetivando auxiliar aos neurônios a desenvolverem novas conexões; educar as crianças desde a mais tenra idade em um ambiente enriquecedor, estimulando a linguagem falada, cantada, escrita criando um clima estruturado com afetividade diversificando positivamente as sensações, com a presença de cor, de música, de interações sociais, e de jogos visando o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e memórias futuras, favorecendo assim o seu processo de aprendizagem.
 Nesse sentido observa-se que devido às inúmeras pesquisas desenvolvidas sobre o cérebro no processo de aprendizagem, se verifica que cada indivíduo possui diferentes potenciais de inteligência. E que ela não é fixa, já que todo ser humano possui habilidade para expandir e aumentar sua própria aprendizagem. Segundo Rogers (1967), o aluno deve ter desejo de aprender e o professor, como o facilitador do aprendiz, deverá ser o motivador da aprendizagem.
II.2 O CONCEITO DE PLASTICIDADE
 Segundo Alvaro Pascual-Leone, Amir Amedi, Felipe Fregni, and Lotfi B. Merabet a terminologia “Plástico” deriva do grego πλαστóσ (plastos), que significa moldado. De acordo com o Oxford English Dictionary, ser plástico refere-se à habilidade de passar por mudanças de forma. William James (1890), em The Principles of Psychology, foi o primeiro a introduzir o termo ‘plasticidade’ nas neurociências em referência à susceptibilidade do comportamento humano para modificação.
 Morales (s/d) argumenta que a plasticidade em um organismo normal é o processo de aprendizado que se desdobra em duplo aspecto: o motor, que se dá num nível inconsciente e se faz de forma automática, e o segundo nível, o consciente, que depende da memória, seja emocional, seja cultural. Embora os dois processos sejam baseados em mecanismos fisiológicos, não há como ignorar os processos de aprendizado ligados à linguagem e, conseqüentemente, à cultura. 
 A mesma autora (s/d) ainda acrescenta que plasticidade é uma conseqüência obrigatória de toda atividade neural (mesmo o exercício mental), e as pressões ambientais, a importância funcional e a experiência são fatores críticos, bem como uma propriedade intrínseca do sistema nervoso humano, e as modificações plásticas podem não representar necessariamente um ganho comportamental para um dado sujeito. A plasticidade é o mecanismo de desenvolvimento e aprendizagem, assim como é causa de patologias e de distúrbios clínicos. Nosso desafio é modular a plasticidade neural para um ganho comportamental ótimo,o que é possível, por exemplo, através de modificação comportamental e através de estimulação cortical invasiva ou não. 
Por fim, autores como Alvaro Pascual-Leone, Amir Amedi, Felipe Fregni, and Lotfi B. Merabet trazem uma questão importante sobre a plasticidade cerebral: O que torna possível nosso córtex plástico dinâmico? Em resposta argumentam que a experiência e o comportamento correspondem à atividade de todos os neurônios relevantes através do cérebro. As redes neurais fornecem um meio muito eficiente energeticamente, espacialmente compacto e preciso de se processar sinais de input e de se gerarem respostas (LAUGHLIN & SEJNOWSKI, 2003). Os nós de tais redes, as regiões cerebrais específicas, são conceitualizados como operadores que contribuem com uma dada computação independente do input (PASCUAL-LEONE & HAMILTON 2001). Os inputs se deslocam dependendo da integração de uma região em uma rede neural distribuída, e a estrutura em camadas e em rede do córtex que apresenta ricos loops referentes fornece o substrato para uma rápida modulação dos nós da rede implicados. Em definitivo, a plasticidade é a maneira mais eficiente de se utilizarem os recursos limitados do cérebro.
 Pode-se então definir que a plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar, até à senilidade ou à morte também altera nossa visão de aprendizagem e educação. Ela nos faz rever o fracasso e as dificuldades de aprendizagem, pois existem inúmeras possibilidades de aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte
II.3 AS EVOLUÇÕES DA PLASTICIDADE CEREBRAL 
No cérebro humano existem aproximadamente cem bilhões de neurônios (unidade básica que processa a informação no cérebro) e, cada um destes pode se conectar a milhares de outros, fazendo com que os sinais de informação fluam maciçamente em várias direções simultaneamente, as chamadas conexões neurais ou sinapses. (BEAR, CONNORS, PARADISO, 2002, p. 704)
 No que diz respeito, especificamente, aos nossos cérebros são fisicamente diferentes uns dos outros, pois este modifica-se ao longo de toda a vida, consoante as experiências vividas pelo sujeito. Por este motivo, não existem dois cérebros iguais, pois não há no mundo, nenhuma pessoa que seja totalmente igual a outra, e pelo menos até agora, ainda não há ninguém clonado entre nós; e mesmo que existisse, duvido que seria igual ao original. Pois este viveria num outro tempo e lugar, passaria por outras experiências, conheceria outras pessoas, ouviria outras músicas, enfim, teria outra interação com as pessoas e seus costumes. Nem mesmo nós somos hoje o que fomos ontem. As coisas mudam com uma rapidez impressionante, e por vezes temos mesmos que nos esforçar bastante para conseguir acompanhar este mundo em constante mudança.
 Quando nascemos o nosso cérebro não está totalmente desenvolvido, mas é esta prematuridade, este inacabamento, que nos permite uma melhor e mais eficaz adaptação a novas situações ao longo da nossa vida, pois como temos um programa genético aberto, no qual apenas estamos parcialmente programados, ou seja, existe apenas uma programação de índole biológica e não um sistema de instintos que determine o nosso comportamento face a uma determinada situação, temos a possibilidade de nos adaptarmos a um ambiente em mudança, inventando assim novas soluções para os problemas com que nos deparamos, compensando desta forma as nossas limitações anatômicas. Simultaneamente, desenvolve-se assim um processo de individuação, ou seja, as experiências vividas por cada indivíduo, marcam a estrutura do nosso cérebro favorecendo assim a singularidade. 
 Desta forma, o principal motor de individuação é a plasticidade do cérebro, ou seja, a sua capacidade de se modificar, de se moldar ao longo da vida por efeito das experiências vividas, sempre no sentido de uma melhor adaptação ao meio. Sendo a plasticidade cerebral por sua vez a condição necessária à aprendizagem. E como ser o ser humano é um ser prematuro, pois o processo de desenvolvimento do cérebro continua após o nascimento e desenvolve-se de uma forma lenta, a lentificação constitui uma vantagem, pois possibilita uma maior estimulação do meio, e portanto uma maior aprendizagem, mas apesar de este processo de desenvolvimento ser muito lento, como referi anteriormente, não é pejorativo, pois como somos ser sociais necessitamos da ajuda dos outros, que são fundamentais para a construção do “eu”. Voltando ao assunto fulcral, o cérebro humano, este está dividido em dois hemisférios, sendo que cada um deles se especializou em funções diversas, contudo funcionam de modo integrado como um todo. Os hemisférios cerebrais controlam a parte oposta do corpo, porque os feixes nervosos se cruzam no caminho. 
 O cérebro funciona de uma forma sistêmica, pois as suas capacidades, não dependem só de si mesmas, mas também do funcionamento integrado das outras áreas cerebrais. Por isso, constatou-se que quando uma função é perdida devido a uma lesão, esta pode ser recuperada por uma área vizinha, designando-se este processo, por função vicariante ou de suplência. Desta forma, podemos afirmar que o nosso cérebro é um sistema unitário que trabalha como um todo de forma interativa.
 Em suma, cada cérebro é um passo em frente na Humanidade, pois as suas diferenças de sujeito para sujeito ultrapassam as definições genéticas e as experiências vividas por cada um de nós, desde as intra-uterinas, como ao longo de toda a vida são muito diferentes, ou pelo menos atribuímos significados diferentes às coisas, consoante a nossa história pessoa A individuação torna as produções culturais mais complexas, pois como todos temos uma maneira de pensar diferente, e arranjamos diferentes soluções para os obstáculos que se apresentam ao longo do nosso efémero percurso de vida, o nosso cérebro desenvolve-se de maneira bem diferente. Mas, como costumamos dizer, várias cabeças pensam melhor que uma só, por isso como existem várias pessoas espalhadas pelo mundo a pensarem em formas de tornar este mundo melhor, como por exemplo formas de erradicar determinadas doenças e assim melhorar a nossa qualidade de vida, devíamos aproveitar melhor as capacidades que temos, ou mesmo as capacidades que temos possibilidade de desenvolver; Porque apesar deste mundo, muito provavelmente, nunca vir a ser uma utopia, devemos torná-lo melhor a cada dia, e isso está nas mãos dos seres humanos que são a espécie dominante do planeta, e por isso têm o dever de assumir esta posição.
II.4 PLASTICIDADE CEREBRAL, EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM
Transpondo a plasticidade cerebral para educação, Morales (s/d) preconiza que a educação é o feixe central da interdisciplinaridade que engloba aspectos antropológicos, filosóficos, biológicos e psicológicos da espécie humana. Pode-se dizer ainda que o cérebro desempenha o papel deste feixe na formação do intelecto humano, através de conexões neurais que são a polarização dos opostos em busca de caminhos para o aprendizado.
Morales ( s/d) diz também que o pensamento aprimorado traduz o significado de reflexão, e esta, quando desencadeada por estímulos cerebrais, conduz à evolução intelectual. Baseada nos princípios científicos de plasticidade como fator determinante na mutação evolutiva do cérebro, aliado ao conceito de materialismo histórico, que evidencia o desenvolvimento humano, não somente pelo aspecto genético, como também social, cabe ressaltar a teoria de Vygotsky sobre o funcionamento psicológico.
Considerando que o tema central na área da educação é o conhecimento, a pesquisa fundamentou-se nos postulados de Vygotsky e seus principais seguidores. Para ele, as funções psíquicas humanas estão intimamente articuladas ao aprendizado, à apropriação do legado cultural de seu grupo por mediação da linguagem, assim o indivíduo se constitui como tal, não apenas pela maturação orgânica, mas também pela internalização de um patrimônio material e simbólico.
Sistema de representações,técnicas, formas de pensar e de se comportar foram construídas pela humanidade num complexo percurso histórico. Esse longo caminho segue do social para o individual e não prescinde, para a sua realização enquanto processo, da escola. A escola desempenhará bem seu papel quando for capaz de ampliar e desafiar a criança à construção de novos conhecimentos, incidindo para tanto, nas zonas de desenvolvimento potencial ou proximal (momento em que o aprendizado ainda não se consolidou e exige a intervenção de outro indivíduo) e real (capacidade de desempenhar tarefas sem necessidade de outro indivíduo, ou seja, a aprendizagem consolidada) de cada educando. 
Nesse sentido, a escola deve, portanto, ser capaz de desenvolver em seus alunos capacidades intelectuais que lhes permitam assimilar plenamente os conhecimentos acumulados. Segundo a análise de Vygotsky, entre as teorias mais importantes que tratam de desenvolvimento e aprendizado, destacam-se três. A primeira, parte do pressuposto que há uma independência dos processos de desenvolvimento e de aprendizado, sendo esta, estritamente exterior, embora paralela ao processo de desenvolvimento da criança, não interferindo e nem modificando, ao contrário, a aprendizagem utiliza os resultados do desenvolvimento. Piaget é o exemplo fundamental, o qual estuda o desenvolvimento do pensamento da criança de forma totalmente desvinculada do processo de aprendizado. 
O estudo do desenvolvimento mental da criança é realizado por Piaget na aplicação de seu método que consiste em solicitar tarefas alheias à atividade escolar, onde a criança é incapaz de dar a resposta certa. Lança mão de perguntas inacessíveis com o objetivo de excluir a possibilidade da criança utilizar-se de experiências ou conhecimentos anteriores, forçando-o a refletir sobre questões inusitadas e inatingíveis, para poder analisar as tendências do seu pensamento de uma forma pura, não dependente de sua cultura, de suas experiências e dos seus conhecimentos. 
Na teoria de Jean Piaget, o enfoque de que a aprendizagem segue sempre o desenvolvimento, torna proibitiva a afirmativa de que a maturação de determinadas funções cognitivas superiores poderiam ser ativadas no curso da mesma. O desenvolvimento atingiria uma tal etapa, com conseqüente maturação dessas funções, antes mesmo da criança extrair da escola certos hábitos, conhecimentos e informações, não havendo, portanto, uma mão dupla entre essa maturação e a aprendizagem. 
A segunda teoria apresenta uma tese oposta à primeira, onde afirma que a aprendizagem é desenvolvimento, sendo seu principal representante Williams James, que diz: “a educação pode ser definida como a organização de hábitos de comportamento e de inclinações para a ação”; afirmação esta que reduz o desenvolvimento a uma mera acumulação de reações, onde o indivíduo é formado por um conjunto vivo de hábitos. Nesta concepção considera-se a existência paralela entre desenvolvimento e aprendizado, de modo que a cada passo que um processo avança há a mesma correspondência no outro, evidenciando a simultaneidade e a sincronização entre os dois processos. A questão não contemplada nesta teoria é a não identificação de qual é o processo que precede o outro. 
O terceiro ponto de vista é representado por Koffka, que procura harmonizar as contradições das concepções anteriores levando à coexistência entre desenvolvimento e aprendizado, ressaltando a interdependência e integração entre os dois processos e a inovação quanto à ampliação do papel da aprendizagem no desenvolvimento do ser humano. 
Após análise das três correntes vigentes, Vygotsky contrapondo-se a elas, concorda apenas que a aprendizagem e desenvolvimento são processos distintos e interdependentes. O mesmo caracteriza o funcionamento psicológico dos indivíduos da espécie humana através de seus postulados, os quais ele denomina como “planos genéticos de desenvolvimento”. O primeiro, denominado filogênese, trata da história da espécie humana, definindo limites e possibilidades para o funcionamento psicológico. Entre várias características concernentes ao ser humano, tais como ser bípede, ter visão binocular, possuir movimentos finos, destaca-se a plasticidade cerebral que faz com que o cérebro seja um órgão extremamente flexível, permitindo sua adaptabilidade de acordo com o desenvolvimento biológico e situações favoráveis ou não, provenientes do meio ambiente em que vive. O segundo plano, ontogênese, diz respeito à seqüência de desenvolvimento, natural e biológico da espécie humana. (Cf. Oliveira, 2003, p.25).
Ressalta-se que os dois planos acima citados são fundamentados pelo determinismo biológico. A sociogênese, terceiro plano, refere-se às diferentes formas culturais que interferem no funcionamento psicológico, servindo como alargador das potencialidades humanas. E, por fim, a microgênese, relacionada à história particular de cada fenômeno psicológico, destacando-se nesta fase a singularidade e heterogeneidade de cada indivíduo. Tanto o terceiro quanto o quarto plano, são influenciados pelo determinismo social. Neste momento, Vygotsky contribui com os conceitos de zona de desenvolvimento proximal e zona de desenvolvimento real. O desenvolvimento real caracteriza-se pela fase na qual o aprendizado já consolidado na criança, permite que a mesma execute tarefas de forma independente, enquanto que, na zona de desenvolvimento proximal ou potencial, a criança necessita da intervenção de um mediador, seja ele o professor, a mãe, etc. ( Veer, Valsiner, 2001, p. 363).
 Tendo como referência um dos alicerces básicos do materialismo histórico dialético da essência social do homem, Vygotsky afirma: “a aprendizagem da criança começa muito antes da aprendizagem escolar [...] Toda aprendizagem da criança na escola tem uma pré-história”, advinda das interações sociais acumuladas antes, e desde o nascimento da criança, considerando-se que essas relações são construídas historicamente. Segundo Lúria,
Influenciado por Marx, Vygotsky concluiu que as origens das formas superiores de comportamento consciente deveriam ser achadas nas relações sociais que o indivíduo mantém com o mundo exterior. Mas o homem não é apenas um produto de seu ambiente, é também um agente ativo no processo de criação deste meio. (Lúria, 2003, p. 25).
Fundamentado pelas investigações de Vygotsky sobre as estruturas das funções psicológicas e processos mentais superiores, Leontiev sustenta que existe uma sincronia entre essas estruturas e o desenvolvimento de sistemas cerebrais funcionais, necessários para a realização de atos específicos. 
...a criança não nasce com órgãos preparados para cumprir funções que representam o produto do desenvolvimento histórico do homem; estes órgãos desenvolvem-se durante a vida da criança, derivam da sua apropriação da experiência histórica. Os órgãos destas funções são os sistemas funcionais cerebrais, [...] formados com o processo efetivo de apropriação. (Leontiev, op.cit., p.113).
II.3 A EDUCAÇÃO, O APRENDICADO, AS NOVAS CONEXÕES NEURAIS E OS CAMPOS DE COMPETÊNCIAS
 Com a proposta de otimizar a aprendizagem em face de preocupações Inserida nos contextos de eventos científicos é preciso superar algumas problemáticas relevantes como: a do fracasso escolar/evasão escolar, entendida como falta objetiva de conhecimento (PERRENOUD, 2000) que se evidencia pelo grande número de reprovações, exclusão da escola, insuficiente alfabetização em detrimento a uma pedagogia voltada para a realidade social (LIBÂNEO, 2008; ESTEVAM, 2010).
 Nesse sentido, a área de conhecimento da psicologia define o aprendizado como uma modificação relativamente permanente do comportamento ou do potencial comportamental resultante do exercício e da experiência vivida. A educação, no entanto, o redefine como aquisição de habilidades práticas ou técnicas, ou seja, aquisição e incorporação de novos conhecimentos,visando a reutilização funcional, levando-a estabelecer estratégias voltadas somente para a área pedagógica e o aspecto cognitivo emdetrimento da visão de mudança comportamentalista da psicologia. (CHABOT & CHABOT, 2005)
 Dois grandes campos atualmente inserem-se nos campos das competências cognitivas associadas ao saber e ao conhecimento, e as técnicas associadas ao Know how e a tudo que diz respeito ás habilidades técnicas. São elas: As competências relacionais que nos permite interagir com outras pessoas e as competências emocionais que declina do latim emovere que significa “pôr em movimento”, “movimentar-se” ,bem como a palvra moção que significa motor. Aqui essa competência é definida como sentir as coisas, experimentar emoções, e em conseqüência, reagir a elas. Essas duas novas competências trazem novas deliberações no sentido de asseverar que as emoções interferem nas demais competências supracitadas. (CHABOT & CHABOT, 2005)
 Dessa forma, novas estratégias começam a ser postuladas, a partir de novas acepções conferidas a partir de experiências realizadas e comprovadas na área das competências emocionais. Assim, compreende-se que cada cada um dos campo acima descritos apresenta seu modo de aprendizado particular, seu sistema de memória particular e até mesmo suas estruturas nervosas específicas. (CHABOT & CHABOT, 2005)
 Apresenta-se, ainda, associada à competência cognitiva as principais estruturas nervosas do hipocampo e Córtex pré-frontal, sendo possível seu aprendizado pela ativação da memória declarativa (memória semântica e episódica); o aprendizado das competências técnicas pela ativação cerebral da memória procedimental, ou seja, na memória das ações e dos saberes operatórios (CHABOT & CHABOT, 2005); o aprendizado associativo das competências emocionais são apoiadas na ativação da memória emocional, relacionada à amígdala e ao córtex pré-frontal.(DAMÁSIO, 1994)
 Damásio (1994) um dos grandes neuropsicólogos também constatou em suas experiências que o aprendizado de cada competência é por um lado independente entres si e que, por outro, essas competências são bastante interdependentes, inclusive em seus aprendizados.
 Novas constatações feitas por uma das mais importantes pesquisas nesta área. Realizada por Thomas Oakland, na universidade da flórida trouxe novas postulações no sentido de ressaltar a importância do fator emocional no aprendizado e no êxito escolar. 
 Recentes estudos de caso sobre este tema realizados por Phineas Gage e de seus comportamentos permitem traçar um quadro do modo de funcionamento do cérebro racional e do cérebro emocional.
	 OS CAMPOS DE COMPETÊNCIAS E SUAS PARTICULARIDADES
	Competências/
particularidades
	cognitivas
	Técnicas
	Relacionais
	Emocionais
	Função principal
	Pensar
	Fazer
	Comunicar
	Sentir
	Modo de funcionamento
	Lógico e racional
	Motor e intelectual
	Verbal e não verbal
	Irracional e impulsivo
	Tipo de aprendizagem
	Cognitivo
	Procedimental
	Experimental
	Associativo
	Memória
	Declarativa
	Procedimental
	Relacional
	Emocional
	Estrutura do Cérebro
	Hipocampo e Córtex
	Córtex, Gyrus fusiforme, cerebelo
	Córtex
	Amígdala e Lóbulo pré-frontal
 
 
 Assim como quatro grandes categorias das competências emoccinais implicadas no aprendizado e no bom desempenho escolar
	As quatro categorias de competências emocionais úteis ao sucesso escolar
	Comunicação
	Motivação
	Autonomia
	Gestão de si
	Clareza de espírito
	Curiosidade
	Autonomia
	Concentração
	Escuta
	Engajamento
	Desembaraço
	Autoconfiança
	Empatia
	Interesse
	Disciplina
	autocontrole
	Espírito de equipe
	Paixão
	Iniciativa
	otimismo
	Segurança
	Perseverança
	Abertura de espírito
	Paciência
 Paul Ekman e outros pesquisadores estabeleceram a relação que existe entre as emoções, seus disparadores, ou aquilo que as provocam e os comportamentos que delas resultam e constitui emoções secundárias e sociais:
	OS DISPARADORES AS EMOÇÕES E OS COMPORTAMENTOS
	Disparadores
	Emoções
	Comportamento
	Ameaça
	Mêdo
	fuga
	Obstáculo
	Raiva
	Ataque
	Perda
	Tristeza
	Retraimento
	Substância ou situação aversiva
	Aversão
	Rejeição
 Dentro desse contexto, as inúmeras constatações sobre importância da inteligência emocional no âmbito do aprendizado trouxeram uma mesma opinião que pode ser resumida como: a inteligência é aquilo que nos permite obter êxito na escola e, conseqüentemente na vida.
 Definiu-se então a inteligência emocional como um conjunto de competências que permite:
· Identificar as próprias emoções e as emoções alheias;
· Expressar corretamente as próprias emoções e ajudar aos outros a fazerem o mesmo;
· Compreender suas próprias emoções e as emoções alheias;
· Gerir suas próprias emoções e as habilidades próprias da inteligência emocional nas diferentes esferas de atividade , especialmente para se comunicar bem, tomar boas decisões, administrar com êxito suas prioridades, motivar-se e motivar os outros , possuir boas relações pessoais.
 Outra importante pesquisa realizada pelo neuropsiquiatra Robert Cloninger idealizou as três dimensões biológicas da personalidade que sustenta que o verdadeiro aprendizado se faz quando se sente e dá ao professor uma noção para aplicá-la a uma pedagogia emocional e chance de estimular seus alunos em função de seu perfil de personalidade:
· A busca permanente do novo
· O evitamento da punição e da dor
· A necessidade de recompensa e de afeto
 Segundo (CHABOT D& CHABOT M, 2005), Tais perspectivas supracitadas permitem embasar uma nova forma de ensinar, entender o alunado e promover o êxito escola, por apresentar um novo campo de competências emocionais, e tentar buscar respostas para superações do fracasso escolar, bem como trazer reflexões e questionamentos para identificar novas tensões e tecer novas proposições para a formulação de novos caminhos educacionais.
 III- Conclusão
 Este trabalho trouxe em sentido geral uma reflexão sobre a plasticidade do cérebro suas novas conexões neurais e aprendizagem. A sua parte introdutória refletiu historicamente na evolução do pensamento humano antes de realizar uma abordagem homem, ora separado, ora conjunto em espírito, alma e corpo evoluiu interligado a concepções filosóficas e psicológicas da antiguidade ao renascimento. Desta maneira, no século XIX o pensamento humano tece sua própria individualização a partir das contribuições que Freud constata em seus estudos pela psicanálise: o advento da consciência humana, depois Pavlov com a motivação e, por fim, Piaget com a sua teoria genética.
 A segunda parte traz uma abordagem sobre o funcionamento do cérebro, sua plasticidade, seus conceitos e as evoluções científicas neste sentido. Traz também as descobertas de novas competências emocionais que permitiram revolucionar várias pesquisas na área da educação, bem como o despertar para este tipo de tópico e associá-las à novas formas de práticas pedagógicas e de inteligências. 
 A partir daí, o estudo realizado, direciona a sua investigação para uma abordagem sobre as novas concepções de competências utilizadas para o segmento da educação. Apresenta quadros referentes a informações específicas sobre o impacto das emoções o aprendizado e o rendimento escolar seu sistema de representações, técnicas, formas de pensar e de se comportar
 Enfim, existe um longo caminho a ser percorrido que segue do social para o individual e não prescinde, para a sua realização enquanto processo, da escola. A escola deverá desempenhar bem seu papel quando for capaz de ampliar e desafiar a criança à construção de novos conhecimentos. Incidindo para tanto, nas zonas de desenvolvimento potencial ou proximal (momento em que o aprendizado ainda não se consolidou e exige a intervenção de outro indivíduo) e real (capacidade de desempenhar tarefas sem necessidade de outro indivíduo, ou seja, a aprendizagem consolidada) de cada educando. A escola deve, portanto, ser capaz de desenvolver em seus alunos capacidades intelectuais que lhes permitam assimilar plenamente os conhecimentosacumulados.
Referências bibliográficas
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UFSC, GT: Educação Fundamental / n. 13, Agência Financiadora: Não contou com financiamento.
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