Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Prof. Me. Augusto César R. Araújo UNIDADE 02: BIOFÍSICA DAS MEMBRANAS E BIOELETROGÊNESE UNIDADE 02 BIOFÍSICA DAS MEMBRANAS E BIOELETROGÊGENESE 2 BIOELETRICIDADE BIOMEMBRANAS TRANSPORTE TRANSMEMBRANA POTENCIAL DE REPOUSO POTENCIAL DE AÇÃO 3 BIOELETRICIDADE BIOELETRICIDADE • Conceito de carga elétrica: Uma propriedade intrínseca das partículas que constituem a matéria. Se encontra presente em todos os objetos. Os objetos em geral possuem mesma quantidade de carga elétrica positiva e negativa, são ditos neutros. • Unidade: Coulomb (C) 4 BIOELETRICIDADE • Estrutura dos átomos e suas partículas: 5 BIOELETRICIDADE • Átomos e suas partículas: Prótons – qp = +1,602 x 10 -19C Elétrons - qe = -1,602 x 10 -19C Nêutrons – carga elétrica nula 6 BIOELETRICIDADE • Forças elétricas • Atrativas • Repulsivas 7 BIOELETRICIDADE • Forças elétricas Vetores Direção Sentido – Sinal das cargas Magnitude – Lei Coulomb 8 BIOELETRICIDADE • Campo elétrico É a capacidade que uma carga elétrica tem de influir no espaço que a circunda. • Grandeza vetorial Intensidade – distância r Direção – radial Sentido - Carga positiva - Divergem Carga negativa - Convergem 9 BIOELETRICIDADE • Campo elétrico Sentido campo elétrico (cargas positivas e negativas) 10 BIOELETRICIDADE • Lei de Coulomb É uma lei que expressa a intensidade de uma força elétrica repulsiva ou atrativa (F) a partir do contato de uma carga de prova com um campo elétrico gerado por uma outra carga. F = q x E 11 BIOELETRICIDADE • Lei de Coulomb Intensidade do campo elétrico: E = k x Q r² k = 9 x 109 N.m²/C² Unidade do campo elétrico (E): N/C 12 BIOELETRICIDADE • Tensão Elétrica O trabalho que deve ser realizado sobe cada portador de carga para que este seja movimentado por um circuito elétrico. Também conhecida como Diferença de Potencial (ddp). Unidade: Volt (V). 13 BIOELETRICIDADE • Capacitor Dispositivo constituído por duas superfícies condutoras separadas por uma fina lâmina isolante ou o ar. Apresenta como função armazenar cargas elétricas ou energia elétrica. 14 BIOELETRICIDADE • Capacitor Capacitância (C) C = Carga = Q = C Tensão V V Unidade: Farad (F) Submúltiplo: µF 15 BIOELETRICIDADE • Membrana Celular Comportamento elétrico – Circuito RC 16 17 BIOMEMBRANAS BIOMEMBRANAS • Membrana Celular Potencial membrana celular = Diferença de potencial. Concentração de íons no LEC e LIC. Bicamada de lipídios – proteínas. Fosfolipídios – 70% volume da membrana 18 BIOMEMBRANAS • Membrana Celular Anfipática – Significado = ? Proteínas – Mediadoras de reações de sinalização via hormônio Lipídios – Prover meio ideal para as reações bioquímicas no interior da células. Composição pode variar ou são a mesma de uma célula para outra - ?. 19 BIOMEMBRANAS • Membrana Celular 20 BIOMEMBRANAS • Constituição da membrana celular Lipídios 21 BIOMEMBRANAS • Constituição da membrana celular Classificação dos Lipídios: Glicolipídios Fosfolipídios Colesterol 22 BIOMEMBRANAS • Glicolipídios Cerebrosídeo 23 BIOMEMBRANAS • Glicolipídios - Função Regulação de desenvolvimento celular. Papel Antigênico Reserva nutritiva – porque ? 24 BIOMEMBRANAS 25 BIOMEMBRANAS • Fosfolipídos - + Predominantes Esfingolipídios 26 BIOMEMBRANAS • Fosfolipídos - Funções Reservatórios de mesageiros (PIP2). Ancoramento de proteínas às membranas. Constituinte da bile e surfactante. Fatores ativadores de plaquetas (PAF). 27 BIOMEMBRANAS • Colesterol 28 BIOMEMBRANAS • Colesterol Células mais ricas: Hemácias; Células hepáticas; Células nervosas mielinizadas. 29 BIOMEMBRANAS • Colesterol - Funções Estrutural – regula fluidez; Precursor de hormônio esteróide; Precursor de sais biliares; Precursor de vitamina D. 30 BIOMEMBRANAS • Identificação A B 31 BIOMEMBRANAS • Ácidos Graxos 32 BIOMEMBRANAS • Ácidos Graxos Longa cadeia de hidrocarbonetos e uma parte com grupo hidroxila; Efeito da temperatura; Permeabilidade de íons; Interação (tamanho) – Força de ligação – Pouca insaturação. 33 BIOMEMBRANAS • Membrana Celular Passagem de íons – Prejudicada. Canais iônicos – Auxiliam. Resistência Elétrica – Potencial elétrico (100mV) - ? 34 BIOMEMBRANAS • Permeabilidade Seletiva Permeáveis – Pequenos íons inorgânicos e íons monovalentes. Pouco permeáveis – íons multivalentes Impermeáveis – Íons orgânicos complexos (Fosfatos orgânicos) e proteínas. 35 BIOMEMBRANAS • Transferência de cargas Acúmulo de cargas negativas e cargas positivas nas superfícies da membrana. 36 BIOMEMBRANAS • Organização da bicamada Micelas 37 BIOMEMBRANAS • Proteínas de membrana Móveis Estruturais – Solubilidade em água - ? Ligação regiões hidrofílicas ou hidrofóbicas? 38 Extrísecas Intrínsicas Contratilidade BIOMEMBRANAS • Glicoproteínas Proteínas Fixas Justificativa para não permitir rotação ? Reconhecimento intercelular Sistema imunológico 39 40 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Tipos de transporte: Transporte Passivo Simples Difusão Facilitada Osmose Transporte Ativo 41 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Tipos de transporte: 42 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Transporte Passivo Sem gasto energético Energia Cinética • Difusão Movimentação de partículas em soluções diferentes separadas por uma membrana semipermeável. 43 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Difusão – Direção do Fluxo Uniporter. Ex. Cl- Simporter. Ex: Glicose / H2O e Na + Antiporter. Ex: Na+ / Ca2+ 44 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Difusão – Tipos de gradientes Gradiente de Concentração. Ex: Todas as células. Gradiente de Pressão. Ex: Alvéolo / Capilar. Gradiente Elétrico. Ex: Troca iônica da membrana. 45 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Difusão Simples Transporte passivo; Através de poros, canais aquosos, solubilidade; Quanto mais apolar – Passagem (melhor ou pior) ? 46 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Difusão Facilitada Diferença de concentração entre os meio intra e extracelular. Necessitar de uma proteína transportadora Saturação – O que ocorre com a velocidade ? 47 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Osmose Difusão de água através da membrana celular. Insolúvel nos lipídeos de membrana Atravessar a camada bifosfolipídica. Ocorre por duas razões 48 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Osmose Dimensão das moléculas Menor a massa – Maior Energia Cinética Presença de proteínas de canal Passagem sem interação com a membrana bifosfolipídica 49 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Transporte ativo Íons inorgânicos – Transporte ativo. Proteínastransportadoras Íon – Ligação - Mudança Conformacional Canais Íons –Sem ligação - Difusão por poros hidrofílicos 50 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Transporte ativo – Energia metabólica Fonte – Moléculas de ATP Bomba Na+ - K + ATPase Bomba Cálcio ATPase Transporte de aminoácidos e glicose 51 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Bomba Na+ - K + ATPase Funciona Continuamente Eletrogênica - ? Consumo de energia – Forma - ? 52 TRANSPORTE TRANSMEMBRANA • Função Manter o gradiente eletroquímico. Caso não ocorra LEC (Na+ - K + - Cl -) = LIC (Na + - K + - Cl -) Diferença de potencial (V) = ? Desaparecer a capacidade funcional das células 53 54 POTENCIAL DE REPOUSO POTENCIAL DE REPOUSO • Definição Diferença de cargas entre o meio interno e externo. Célula muscular lisa Célula muscular esquelética Célula nervosa 55 -60 mV -90 mV POTENCIAL DE REPOUSO • Fator determinante – Difusão de - ? • O que ocorre com meio intracelular quando esta situação acima se processa? • Concentrações dos íons interna e externa 56 Potencial de Nerst POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst – Na prática 57 VOLTÂMETRO Eletrodo Referência POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst – Na prática 58 POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst E = R x T x ln Ce = R x T x log Ce zF Ci zF log10e Ci R = 8,315 J/K x mol T = 273,15 + t (ºC) F = 9,65 x 104 C/mol Ce = Concentração do íon meio externo Ci = Concentração do íon meio interno 59 POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst (37ºC) E = R x T = 8,315 x 310,15 = 0,061V = 61mV z xF x log10e 1 x 9,65 x 10 4 x log102,72 R = 8,315 J/K x mol T = 273,15 + t (ºC) F = 9,65 x 104 C/mol e = 2,72 Z = carga ou valência do íon 60 POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst E = 61 x log Ce z Ci Unidade: mV (milivolts) Ce = Concentração do íon meio externo Ci = Concentração do íon meio interno Z = carga ou valência do íon 61 POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst Emembrana = Enernst – Equilíbrio Sinalmembrana = Sinalnernst Emembrana > Enernst Força elétrica determina direção dos íons 62 POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst Sinalmembrana = Sinalnernst Emembrana < Enernst Força de Concentração determina direção dos íons Sinalmembrana ≠ Sinalnernst Força elétrica e a Força de concentração determinam direção dos íons para o mesmo lado 63 POTENCIAL DE REPOUSO • Potencial de Nernst Exemplos K+ Extracelular = 4 mEq/L Intracelular = 150 mEq/L Na+ Extracelular = 140 mEq/L Intracelular = 12 mEq/L Cl- Extracelular = 103 mEq/L Intracelular = 4 mEq/L 64 POTENCIAL DE REPOUSO • Aumento da concentração externa do íon (qual íon) ? Potencial de membrana - ? Velocidade de saída - ? Interior da célula - ? 65 POTENCIAL DE AÇÃO 66 POTENCIAL DE AÇÃO • Conceito Alteração rápida do potencial de membrana em seu estado de repouso, seguida por restauração. • Fases Repouso Despolarização Repolarização Bomba de Na+/ K+ 67 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula nervosa e musculoesquelético 68 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula nervosa e musculoesquelético Repouso Potencial inalterado Potencial de repouso ( -90 mV) 69 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula nervosa e musculoesquelético Despolarização Entrada de Sódio para dentro da célula; Inversão dos potenciais de membrana; Elevação do potencial interno - + 45 mV; Fechamento canal de sódio voltagem dependente. 70 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula nervosa e musculoesquelético Repolarização Canais de Sódio fechados para meio intracelular; Canais de Potássio abertos para meio extracelular; Fluxo de potássio para meio extracelular por concentração; Retorno do potencial de membrana para valor de repouso. 71 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula nervosa e musculoesquelético Bomba de Na+/ K+ Restaura as concentrações iniciais de sódio e potássio no interior e exterior da célula. Potencial Hiperpolarizante – Potencial de membrana mais negativo que potencial de repouso. Não fechamento dos canais lento de K+ 72 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca Repouso; Despolarização; Início da Repolarização; Platô; Repolarização; Ação da Bomba Na+/ K+ ATPase. 73 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca 74 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca Repouso: Similar o que ocorre na célula nervosa Despolarização: Similar o que ocorre na célula nervosa 75 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca Início da Repolarização: Pequena e rápida repolarização precoce. Inativação completa dos canais de Na+ Nível desce a quase potencial zero 76 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca Platô: Entrada de íons cálcio por canais distintos; Canais lentos e prolongados mantêm célula despolarizada; Aumento do tempo de contração do músculo cardíaco; Abertura lenta dos canais de K+. 77 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca Repolarização: Abertura dos canais lentos de K+ Influxo de potássio para fora da célula Até atingir potencial de membrana 78 POTENCIAL DE AÇÃO • Célula cardíaca Bomba Na+/ K+ ATPase : Remoção de Na+ do interior da célula; Remoção de Ca2+ do interior da célula; Entrada de K+ para interior da célula. 79 POTENCIAL DE AÇÃO • Musculatura Lisa Despolarização e Repolarização mais lentas Canais lentos de K+ e Na+ Repolarização por fechamento de canais lentos de Na+/ Ca2+ Abertura simultânea de canais de K+ 80 POTENCIAL DE AÇÃO • Condução do potencial de ação Nervo/Fibra muscular Fluxo local de corrente. Fibras nervosas mielinizadas Condução saltatória Nódulos de Ranvier – Bainha de mielina. 81 POTENCIAL DE AÇÃO • Condução do potencial de ação Fibras nervosas mielinizadas 82
Compartilhar