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Ditadura militar

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1ª QUESTÃO – Uerj 2020
TRANSAMAZÔNICA COMPLETA 45 ANOS 
A rodovia federal Transamazônica (BR−230) completou 45 anos em outubro de 2015, mas ainda não é asfaltada na sua totalidade. A rodovia começou a ser implantada ainda em 1970, no governo do general Emílio Garrastazu Médici. Dois anos depois, ela foi inaugurada. O trecho entre Marabá e Altamira é o que está em melhor estado atualmente. Um dos diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disse que, durante esse período de mais de quatro décadas, muita coisa já foi feita, mas explicou que o país viveu uma mudança de filosofia: “Antigamente, o que era símbolo de desenvolvimento era um trator V8 derrubando uma árvore, uma castanheira; hoje, isso é um crime”, disse.
JOABE REIS 
Adaptado de regionalfmuruara.com.br, 05/11/2015.
A mencionada “mudança de filosofia”, entre a década de 1970 e a atualidade, refere-se às seguintes prioridades em cada um desses momentos históricos, respectivamente: 
a) estimular a presença militar – valorizar a proteção estrangeira 
b) solucionar a disparidade inter-regional – expandir a atividade extrativista 
c) garantir o crescimento econômico – promover o equilíbrio socioambiental 
d) controlar o deslocamento populacional – redimensionar a propriedade fundiária 
Sem dúvida ocorreu uma grande mudança de pensamento e mentalidade comparando às décadas de 1960/1970 em relação ao século XXI. Surgiram os Novos Movimentos Sociais levantando novas bandeiras como os Direitos Humanos e o Meio Ambiente, entre outras. A questão da sustentabilidade ganhou força na agenda política do século XXI a nível mundial. O crescimento econômico deve ser acompanhado da utilização de uma matriz energética mais limpa possível. Gabarito [C]. 
1ª QUESTÃO – Uerj 2020
ATO INSTITUCIONAL Nº 1, DE 09 DE ABRIL DE 1964 
Art. 1º - São mantidas a Constituição de 1946 e as Constituições estaduais e respectivas Emendas, com as modificações constantes deste Ato. 
(...) 
Art. 4º - O Presidente da República poderá enviar ao Congresso Nacional projetos de lei sobre qualquer matéria, os quais deverão ser apreciados dentro de trinta (30) dias, a contar do seu recebimento na Câmara dos Deputados, e de igual prazo no Senado Federal; caso contrário, serão tidos como aprovados. 
(...) 
Art. 10º - No interesse da paz e da honra nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, os Comandantes-em-Chefe, que editam o presente Ato, poderão suspender os direitos políticos pelo prazo de dez (10) anos e cassar mandatos legislativos federais, estaduais e municipais, excluída a apreciação judicial desses atos. 
(...) 
planalto.gov.br
O Ato Institucional nº 1 foi editado logo após a deposição do presidente João Goulart, em 1964. Nele, figuraram medidas destinadas a legitimar as ações do novo governo, como indica o texto. 
Um dos efeitos imediatos dessas medidas, no que se refere à atuação do Poder Legislativo, foi: 
a) ampliação de atribuições decisórias 
b) restrição de incumbências tributárias 
c) convocação de eleições parlamentares 
d) perseguição de grupos oposicionistas 
Logo após o Golpe militar em 31 de março de 1964, o governo do general Castelo Branco decretou o AI:1, Ato Institucional Número 1, no dia 09 de Abril de 1964, estabelecendo: eleições indiretas para presidente da República, o executivo pode cassar mandatos parlamentares e a retirada de direitos políticos, criou o Serviço Nacional de Investigação, suspensão de estabilidade para funcionário público, entre outras medidas. Era um forte sinal do que viria pela frente. Gabarito [D]. 
1ª QUESTÃO – Uerj 2020
Esboçamos as preocupações fundamentais que a nossa peça procura refletir. A primeira e mais importante de todas se refere a uma face da sociedade brasileira que ganhou relevo nos últimos anos: a experiência capitalista que se vem implantando aqui − radical, violentamente predatória, impiedosamente seletiva − adquiriu um trágico dinamismo. O santo que produziu o milagre é conhecido por todas as pessoas de boa-fé e bom nível de informação: a brutal concentração da riqueza elevou a capacidade de consumo de bens duráveis de uma parte da população, enquanto a maioria ficou no ora veja. [Adaptado da apresentação.]
CREONTE:
(...)
O trem atrasa o quê? Nem meia hora
E o cara quebra tudo... Acha que é certo,
Jasão?...
JASÃO:
Não discuto quebrar... Agora,
quem às três da manhã tá de olho aberto,
se espreme pra chegar no emprego às sete,
lá passa o dia todo, volta às onze
da noite pra acordar a canivete
de novo às três, tinha que ser de bronze
para fazer isso sempre, todo dia,
levando na marmita arroz, feijão
e humilhação...
(...)
CREONTE:
Sociologia, Jasão...
JASÃO:
Não...
(...)
O cara já tá por aqui. Tá perto
de explodir, um trem que atrasa, ele mata,
quebra mesmo, é a gota d’água...
BUARQUE, C.; PONTES, P. Gota d’agua: uma tragédia brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
Encenada pela primeira vez em 1975, a premiada peça de teatro Gota d’água foi reapresentada diversas vezes. No momento em que foi escrita, como indicam seus autores, a peça buscou explicitar questionamentos sobre mudanças que afetaram a sociedade brasileira durante os governos militares.
Tendo como base o diálogo citado acima, entre os personagens Creonte e Jasão, um dos efeitos dessas mudanças na experiência capitalista do Brasil da época foi a: 
a) padronização dos valores salariais 
b) precarização das atividades laborais 
c) privatização das empresas ferroviárias 
d) hierarquização dos investimentos produtivos 
No contexto da Ditadura militar no Brasil, 1964-1985, ocorreu um grande crescimento econômico através do denominado “Milagre Brasileiro”, porém não teve distribuição de renda, teve um significativo aumento na dívida externa, desvalorização do salário mínimo e arrocho salarial. A peça teatral através do diálogo de Creonte e Jasão aponta o outro lado do “Milagre Brasileiro”, a precarização das atividades laborais. Gabarito [B]. 
1ª QUESTÃO – Uel 2019
Leia os textos a seguir.
Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade, pequena
Ferreira Gullar, Dois e Dois: Quatro, 1966.
Meu amor,
tudo em volta está deserto, tudo certo
tudo certo como dois e dois são cinco
Caetano Veloso, Como Dois e Dois, 1971.
Os textos fazem críticas explícitas e implícitas à ditadura civil-militar que governou o Brasil entre 1964-1984.
Com base nos textos e nos conhecimentos históricos sobre o período, considere as afirmativas a seguir.
I. A ditadura civil-militar estabeleceu a censura de cunho político e moral-comportamental às manifestações artísticas, atingindo os veículos de cultura.
II. A Tropicália fazia a crítica aos costumes assim como disseminava os ideais libertários pregados pelos movimentos de contracultura.
III. A ditadura civil-militar declinou de produzir propaganda sobre o regime, deixando as campanhas publicitárias aos custos da indústria automobilística.
IV. A Jovem Guarda sofreu forte impacto da censura devido à defesa da utilização dos instrumentos elétricos e da vestimenta folk.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Somente a proposição [A] está correta. A ditadura militar implantada no Brasil entre 1964-1985 censurou as artes, a cultura e qualquer tipo de crítica ao regime dos generais. A Jovem Guarda não se envolveu com política, portanto não sofreu forte impacto de censura (“quero que você me aqueça neste inverno e que tudo mais vai para o inferno”). A Tropicália surgiu no ano de 1967 liderada por artistas baianos, acreditava que a influência externa não prejudicava nossa música, mas acrescentava. Este movimento estético abordou as contradições do capitalismo e o contraste entre o arcaico e o moderno,o rural e o urbano. O Tropicalismo inovou mesclando aspectos tradicionais da cultura nacional com as inovações da Pop Art e, desta forma, fazia crítica aos costumes e disseminava ideais libertários vinculados à contracultura. 
1ª QUESTÃO – Famema 2019
Analise a charge de Luiz Gê, publicada na Folha de S. Paulo em 1981.
O processo de abertura política iniciou-se no governo do general Geisel e prosseguiu no de Figueiredo. A charge revela que esse processo 
a) apoiava a liberdade de expressão e de imprensa. 
b) associava medidas democráticas a outras autoritárias. 
c) articulava os sindicatos como base de apoio ao governo. 
d) unificava diferentes correntes ideológicas e partidárias. 
e) relacionava o nacionalismo ao intervencionismo estatal. 
Conforme afirmava o penúltimo presidente militar do Brasil, Ernesto Geisel, 1974-1979, a abertura política deveria “lenta, gradual e segura”, isto é, controlado pelo governo. No entanto, havia um intenso conflito entre os militares, os radicais e os moderados, daí que apesar de algumas medidas mais democráticas, surgiram outras de violência como a morte do jornalista Herzog. Gabarito [B]. 
1ª QUESTÃO - G1 - ifsul 2019
Em 15 de junho de 1983, diante do período de crise econômica que o Brasil vivia sob regime militar, a partir de um comício na cidade de Goiânia (GO), teve início a campanha por eleições diretas para a Presidência da República, que ficou conhecida como DIRETA-Já! Diante de grande mobilização nacional, em grandes comícios realizados em todo o país, no ano seguinte, foi apresentada, ao Congresso Nacional, em janeiro de 1984, pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT), uma emenda constitucional, que permitia eleições livres e gerais para presidente. 
Especificamente sobre a chamada Emenda Dante de Oliveira, é correto afirmar que 
a) teve êxito e possibilitou a eleição direta, para Presidência da República, da chapa Tancredo Neves/José Sarney. 
b) foi acolhida pelo Congresso, mas apenas para as eleições de 1989. 
c) foi rejeitada pelo Congresso Nacional, apesar da mobilização nacional. 
d) não foi sequer examinada pelo Congresso Nacional. 
Em 1983 foi criada a Emenda Dante de Oliveira conhecida como “Diretas Já”, cujo objetivo era pressionar o congresso nacional a aprovar as eleições diretas para presidente da República. Apesar de todas as grandes passeatas pelo país, o projeto não foi aprovado pelo legislativo. Gabarito [C]. 
1ª QUESTÃO – Uece 2019
Leia atentamente o seguinte excerto: “[...] a luta pela anistia envolveu amplos setores da sociedade e, em 1978, com o apoio da Igreja Católica, da OAB e da ABI foi fundado o CBA (Comitê Brasileiro pela Anistia), no Rio de Janeiro. [...] a campanha tomou fôlego em torno da bandeira da ‘anistia ampla, geral e irrestrita’, passando a ser incluída nas plataformas de lutas de todos os movimentos sociais. [...]”.
HABERT, Nadine. A década de 70: apogeu e crise da ditadura militar brasileira. São Paulo: Ática, 1996.
Sobre esse movimento pela anistia, é correto afirmar que 
a) ocorreu no final do governo ditatorial de Getúlio Vargas e exigia o perdão aos inimigos políticos do regime que estavam em prisões no Brasil ou que haviam sido expulsos e viviam no exílio. 
b) se refere ao processo que anistiou os participantes dos movimentos camponeses aprisionados pelo regime de João Goulart por lutarem pela realização de uma reforma agrária no Brasil. 
c) iniciado no governo Geisel, somente com o Gal. Figueiredo uma lei de anistia foi aprovada, esta, inicialmente, era bastante restritiva aos adversários do regime militar e muito benéfica aos militares. 
d) aconteceu logo no início do governo militar, ainda sob a presidência do Marechal Castello Branco, e tinha por objetivo perdoar os militares que se opuseram ao movimento de deposição de João Goulart. 
A Lei de Anistia (1979), aprovada do governo Figueiredo, concedia perdão político aos exilados pela Ditadura, mas beneficiava amplamente os próprios militares, uma vez que estabelecia irrestrito perdão aos crimes cometidos por causas políticas pelos militares durante o Regime Militar. 
1ª QUESTÃO - Ufrgs 2019
Leia o trecho abaixo.
Como um dos últimos atos de seu governo, Castelo Branco promulgou uma nova Constituição e uma de suas medidas era desobrigar o governo a investir coeficientes mínimos em educação e saúde. A decisão resultou na contínua redução do orçamento do MEC [Ministério da Educação e Cultura], que saiu dos 10,6% dos gastos totais da União em 1965 para 4,3% em 1975, e os gastos com Saúde foram de 4,29% em 1966 para 0,99% do orçamento da União em 1974. Os recursos drenados da Educação e da Saúde permitiram o reforço dos gastos com investimentos em infraestrutura, como a construção de estradas e hidrelétricas, que iam se intensificar nos anos posteriores ao governo Castelo. [...] As inversões em rodovias e hidrelétricas não eram acompanhadas de investimentos em saúde e educação; dados indicam que o número de desnutridos no país se elevou de 27 milhões em 1961-1963 (38% da população) para 71 milhões de pessoas (67% da população) em 1968-1975.
CAMPOS, Pedro. Estranhas catedrais: as empreiteiras brasileiras e a ditadura civil-militar, 1964-1988. Niterói: UFF, 2014. p. 338-340.
Sobre a política econômica a qual o texto se refere, é correto afirmar que 
a) a ideologia nacionalista do período baseava-se em grandes inversões de recursos oriundos das empresas privadas para investimentos em educação pública. 
b) o corte nos gastos com saúde pública e com programas de redução da fome foi compensada pela criação do Sistema Único de Saúde, o SUS. 
c) o crescimento da economia no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 esteve relacionado à política de diminuição dos investimentos nas áreas da educação e da saúde. 
d) o chamado “milagre econômico” foi marcado pelo amplo financiamento em áreas estratégicas como educação, saúde, transporte e produção de energia elétrica. 
e) a política econômica do período caracterizou-se pela redução do repasse de verbas para empreiteiras e pela melhoria do regime alimentar do conjunto da população. 
O texto retrata o período conhecido como Milagre Econômico, ocorrido na Ditadura Militar brasileira. Por ele, fica claro que o Governo Militar optou por reduzir o investimento em Educação e Saúde para ampliar o investimento em infraestrutura no país. 
1ª QUESTÃO – Simulado SAS Enem 2019
Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem eu vou indo correndo
[...]
Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe?
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
“Sinal fechado”, de Paulinho da Viola.
A letra do compositor Paulinho da Viola retrata o seguinte aspecto do Período Civil-Militar brasileiro:
a) reivindicação de direitos políticos.
b) supressão da liberdade de expressão.
c) produção cultural carente de apelo social.
d) crescimento econômico acelerado do país.
e) aumento do poder de consumo da população.
1ª QUESTÃO – Simulado SAS Enem 2019
A imagem evidencia a seguinte característica do regime político adotado no Brasil a partir de 1964:
a) utilização de meios democráticos para chegar ao poder.
b) imposição da força militar sobre as instituições públicas.
c) sobreposição dos órgãos civis diante das decisões do presidente.
d) dissolução do Congresso Nacional por meio de intervenção bélica.
e) legitimação do governo, independente de participação popular.
1ª QUESTÃO – G1 - ifce 2019
Em 28 de agosto de 1979, o então presidente General João Batista Figueiredo, promulgou a lei nº 6.683, que popularmente ficou conhecida como Lei de Anistia. Se por um lado a lei atendeu aos anseios de algumas pessoas que haviam sido condenados por oposição à ditadura civil-empresarial-militar, em termos práticos, os grandes beneficiários da lei, foram os agentesestatais, que comandaram diversos atos criminosos contra a sociedade, com destaque para os assassinatos e as torturas.
Dentre esses agentes destacam-se 
a) jornalistas. 
b) advogados. 
c) militares. 
d) religiosos. 
e) intelectuais. 
A promulgação da Lei da Anistia de 1979, dentro do governo João Baptista Figueiredo, recebeu inúmeras críticas ao longo da Nova República. Por mais que tenham contemplado alguns revolucionários ou militantes contrários a ditadura militar, a referida lei atendeu muito mais aos interesses dos militares que cometeram diversos atos bárbaros violando os Direitos Humanos. Gabarito [C]. 
1ª QUESTÃO – Uerj simulado 2019
Os quadrinhos abaixo, de autoria do cartunista Henfil, fizeram parte de uma série publicada originalmente nos anos de 1970 e 1980. Posteriormente, eles foram republicados em diversas mídias.
Até a década de 1960, a integração física do território brasileiro era bastante precária. Durante o regime civil-militar, as redes necessárias ao processo de integração foram significativamente ampliadas e modernizadas.
Nos quadrinhos de Henfil, faz-se referência aos seguintes elementos contraditórios desse processo: 
a) privatização do serviço público e redução dos recursos investidos 
b) difusão de programas educativos e padronização das culturas regionais 
c) expansão de setores comerciais e contração dos mercados consumidores 
d) articulação de sistemas técnicos e manutenção das desigualdades econômicas 
O personagem Zeferino, ao ser informado de que a caatinga seria integrada ao sulmaravilha, pergunta o que chegaria no sertão: água, hospital, padarias, mas recebe como resposta que o que estava chegando era uma televisão. Logo, a charge ilustra que, apesar da chegada da tecnologia, o interior brasileiro continuou carente de elementos que, de fato, diminuem as desigualdades, como o acesso à educação, água, esgoto tratado, saúde e alimentos. 
1ª QUESTÃO – Avaliação Sistemática SAS 2018
Não era mole aqueles dias
de percorrer de capuz
a distância da cela
à câmara de tortura
e nela ser capaz de dar urros
tão feios que eu nunca ouvi.
Havia dias que as piruetas do pau-de-arara
pareciam ridículas e humilhantes;
e, nus, ainda éramos capazes de corar
ante as piadas sádicas dos carrascos
Havia dias em que todas as perspectivas
eram pra lá de negras
e todas as expectativas
se resumiam à esperança algo cética
de não tomar pancadas nem choques elétricos.
“Primeiros tempos”, de Alex Polari.
O texto revela que o período brasileiro conhecido como Ditadura Civil-Militar (1964-1985) tem como uma de suas características o(a)
a) apoio a sindicatos e órgãos de imprensa.
b) pluralismo de ideias entre grupos divergentes.
c) luta em favor da permanência dos militares no poder.
d) conflito entre civis para a manutenção do comunismo.
e) repressão de movimentos sociais contrários ao governo
1ª QUESTÃO – Uerj simulado 2018
O que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções fazem-se por uma ideia, em favor de uma doutrina. Nós simplesmente fizemos um movimento para derrubar João Goulart. Foi um movimento contra e não por alguma coisa. Era contra a subversão, contra a corrupção. Em primeiro lugar, nem a subversão nem a corrupção acabam. Você pode reprimi-las, mas não as destruirá. Era algo destinado a corrigir, não a construir algo novo, e isso não é revolução.
GENERAL ERNESTO GEISEL, 1981.
GASPARI, Elio. A ditadura acabada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.
As palavras do ex-presidente Geisel (1974-1979) reforçam o entendimento de que o movimento analisado foi resultado de: 
a) revolta popular.
b) democracia direta.
c) intervenção golpista.
d) previsão constitucional.
Somente a alternativa [C] está correta. As palavras do ex-presidente Ernesto Geisel mostram claramente que em 1964 ocorreu um golpe e não uma revolução. “O que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções fazem-se por uma ideia, em favor de uma doutrina. Nós simplesmente fizemos um movimento para derrubar João Goulart (...) “Era algo destinado a corrigir, não a construir algo novo, e isso não é revolução”. 
1ª QUESTÃO – Avaliação Sistemática SAS 2017
Com a certeza de que não haveria volta à democracia, muitos políticos, intelectuais e jovens ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) manifestaram-se em comícios, passeatas e até por meio de atos de guerrilha contra a ditadura. Em 1968, os movimentos tornaram-se confrontos armados com o surgimento de grupos de guerrilheiros. Parte da classe média e da Igreja uniu-se aos estudantes ao perceber as ações violentas de repressão cometidas pelo Estado.
Os eventos aludidos no texto anterior, ocorridos no governo de Costa e Silva, culminaram na Marcha dos Cem Mil, passeata motivada pela
a) influência dos ideais conservadores disseminados nas universidades brasileiras.
b) insatisfação popular com as medidas de censura e tortura aplicadas pelos militares.
c) implantação de medidas populistas como a ampliação dos salários dos trabalhadores.
d) negligência das autoridades com relação às práticas criminosas de alguns manifestantes.
e) instauração de duras leis como resposta ao clima de hostilidade propiciado pelos estudantes.
1ª QUESTÃO – G1 - Ifba 2017
“(...) Há soldados armados, amados ou não/ Quase todos perdidos de armas na mão/ Nos quartéis lhe ensinam uma antiga lição/ De morrer pela pátria e viver sem razão (...).”
Fonte: VANDRÉ, Geraldo. Pra não dizer que não falei das flores. Geraldo Vandré no Chile, 1968. Disponível em: https://www.letras.mus.br/geraldo-vandre/46168/. Acesso em: 04/09/2016.
O trecho da canção acima representa críticas do autor em relação ao momento histórico do Brasil, caracterizado:
a) Pela experiência democrática no Brasil, governo de João Goulart, e forte presença militar no Estado, como demonstra o trecho da música.
b) Pelo Governo Militar no Brasil, que respeitou as garantias individuais dos cidadãos, a exemplo, a manutenção das eleições diretas para Presidente da República.
c) Pela "Democracia restringida", pois ocorreu uma reformulação da política no país com a garantia da participação popular nesse processo.
d) Pela manutenção dos direitos trabalhistas, repressão aos movimentos sociais e diminuição da desigualdade social.
e) Pela Ditadura Militar, que determinou a censura, perseguição política e repressão àqueles contrários ao regime, a exemplo do autor da canção citada.
1ª QUESTÃO – G1 - Ifsul 2017
O período da História do Brasil entre os anos de 1969 e 1973 foi marcado por forte crescimento da economia. Nesta época o Brasil era uma Ditadura Militar, governado pelo general Médici. O termo “milagre” está relacionado com este rápido e excepcional crescimento econômico pelo qual passou o Brasil neste período. 
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/ditadura/milagre_economico.htm>. Acesso em: 23 jul. 2016. 
O crescimento econômico brasileiro começou a diminuir a partir de 1974 com uma crise mundial provocada 
a) pelo superavit na balança comercial brasileira.
b) pelo aumento do juro internacional.
c) pelo choque do petróleo.
d) pela inflação mundial.
1ª QUESTÃO – Ufpr 2017
Considere o fragmento abaixo:
Como resultados dessas políticas de Estado, foi possível estimar ao menos 8.350 indígenas mortos no período de investigação da CNV, em decorrência da ação direta de agentes governamentais ou da sua omissão. Essa cifra inclui apenas aqueles casos aqui estudados em relação aos quais foi possível desenhar uma estimativa. O número real de indígenas mortos no período deve ser exponencialmente maior, uma vez que apenas uma parcela muito restrita dos povos indígenas afetados foi analisada e que há casos em que a quantidade de mortos é alta o bastante para desencorajar estimativas. 
RELATÓRIO, Comissão Nacional da Verdade. Violação dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas, v. 2. Texto 5. 2014. p. 205.
Sobre a questão indígena na Ditadura Militar, assinale a alternativa correta.
a) Projetos como a construção das hidrelétricas de Itaipu e de Tucuruí, no rio Tocantins,impulsionaram o desenvolvimento econômico de várias comunidades indígenas, graças aos projetos executados pela FUNAI.
b) Apesar das mortes contabilizadas no relatório da CNV, após o golpe civil-militar, os indígenas passaram a ser valorizados no novo período econômico que se iniciou no Brasil.
c) No período da Ditadura Militar, foi criada a Guarda Nacional Indígena, uma milícia armada integrada exclusivamente por responsáveis pelo policiamento nas áreas indígenas para manutenção de sua cultura.
d) Com o golpe civil-militar, devido às construções de grandes obras, a mão de obra indígena começou a ser parcialmente valorizada pelo governo Figueiredo, que percebeu a aptidão dos indígenas para a manufatura.
e) Após o golpe civil-militar, um novo período econômico se iniciou no Brasil, com construções de grandes obras nas quais os indígenas passaram a ser tratados como obstáculos para o desenvolvimento nacional.
1ª QUESTÃO – Uefs 2017
Reconhecida como uma das maiores manifestações populares já ocorridas no país, as “Diretas Já!” foram marcadas por enormes comícios onde figuras perseguidas pela ditadura militar, membros da classe artística, intelectuais e representantes de outros movimentos militavam pela aprovação do projeto de lei. Em janeiro de 1984, cerca de 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo. Três meses depois, um milhão de cidadãos tomou o Rio de Janeiro. Algumas semanas depois, cerca de 1,7 milhões de pessoas se mobilizaram em São Paulo. (DIRETAS JÁ!... 2016).
A efetivação da reivindicação contida na campanha das “Diretas Já” dependia 
a) da derrubada e da prisão do último presidente militar, que resistia em deixar o poder.
b) do restabelecimento da eleição direta para todos os cargos eletivos do Poder Legislativo.
c) da aprovação de uma Emenda Constitucional para restabelecer a eleição direta para o cargo de presidente da República.
d) da eleição direta para governadores dos estados e prefeitos municipais, cargos que ainda eram ocupados por pessoas da confiança dos militares.
e) da interferência do Supremo Tribunal de Justiça, encarregado de autorizar ou não as grandes manifestações públicas em favor das eleições diretas.
1ª QUESTÃO – G1 - cftmg 2017
Analise a charge.
A charge do cartunista faz referência à Lei da Anistia, em vigência desde 1979, ao 
a) criticar os privilégios de aposentadoria do Alto Comando Militar brasileiro.
b) condenar a violência praticada pelo Exército no combate ao tráfico de drogas.
c) denunciar a impunidade dos militares pelo desrespeito aos Direitos Humanos.
d) repreender as Forças Armadas pela negligência da defesa das fronteiras nacionais.
A Lei da Anistia, assinada pelo governo militar após amplas negociações, previa a volta de todos os exilados pelo regime militar desde a instituição do AI-5 ao país. Porém, previa também que nenhum militar poderia ser julgado e punido pelos crimes cometidos pelo regime. Logo, a impunidade reinou ao fim do militarismo no Brasil. 
1ª QUESTÃO – Pucrj 2017
Ouro de Tolo
Raul Seixas
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa [...]
Essa canção do ano de 1973 dialoga com aspectos associados ao crescimento da economia brasileira durante o período da ditadura militar, o chamado milagre econômico.
Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A canção satiriza a promoção da mencionada política econômica e, inclusive, cita uma característica do período, que foi o acréscimo na geração de postos de trabalho.
b) A canção se refere indiretamente à intensificação do fenômeno da urbanização e da migração interna – quadro relacionado com a explosão das megalópoles na ditadura militar –, por meio da citação da experiência do narrador no meio urbano.
c) A canção parodia os efeitos do desenvolvimento econômico ao citar a realização dos sonhos de consumo da classe média, como ter um carro do ano (Corcel 73) e morar em Ipanema.
d) A canção sugere a discordância do narrador em relação ao clima de euforia decorrente do surto econômico, pelo tempo verbal empregado no começo de cada estrofe e também pela lembrança de que ele passou fome na cidade grande.
e) A canção enfatiza a eficácia da ditadura militar na área do planejamento da economia, ressaltando a promoção do desenvolvimento nacional e as possibilidades de elevação do nível de vida da população em um novo cenário.
A canção não enfatiza a eficácia da ditadura, mas, sim, ironiza o tão propalado Milagre Econômico veiculado pelos militares, ao afirmar que as benesses apresentadas não condiziam com a realidade de vida dos brasileiros. 
1ª QUESTÃO – Udesc 2017
“Um, dois, três, quatro, cinco, mil... Queremos eleger o presidente do Brasil!”
Estas palavras foram entoadas por grande parcela da população que, no primeiro semestre de 1984, foi às ruas reivindicar eleições diretas para a presidência da República. Este movimento, conhecido como “Diretas já!”, tornou-se um marco do processo de redemocratização política no Brasil.
Analise a alternativa correta sobre este processo. 
a) A emenda constitucional Dante de Oliveira, que restabeleceria as eleições diretas para presidência da República, teve sua votação iniciada em 25 de abril de 1984, na Câmara dos Deputados. Houve grande mobilização popular, apoio de lideranças políticas e intelectuais que tomaram as galerias do congresso para acompanhar a votação. Ao final, perante a aprovação da emenda, as multidões entoaram o Hino Nacional pelas ruas de várias capitais do país.
b) As eleições diretas para presidente e para governador no Brasil foram restabelecidas simultaneamente, em 1985, por meio de uma medida provisória outorgada pelo então presidente Figueiredo, seguindo a política de uma abertura lenta, gradual e segura, promovida na gestão de Ernesto Geisel. O primeiro presidente eleito democraticamente após a instauração desta medida foi Tancredo Neves.
c) Estima-se que no dia 25 de janeiro de 1984 cerca de 200 mil pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo, para apoiar o comício organizado por lideranças oposicionistas em nome das eleições diretas, o qual contou com a participação de Lula, Ulisses Guimarães e Leonel Brizola. Apesar da adesão popular, a emenda que restabeleceria as eleições diretas para presidência não obteve o número de votos necessários na Câmara dos Deputados.
d) O movimento das “Diretas Já!” obteve como resultado imediato o restabelecimento das eleições diretas para a presidência da República. O primeiro presidente eleito democraticamente foi Tancredo Neves, em 1985 e afastado do cargo dois anos depois, pelo processo de impeachment, o qual contou com forte adesão popular e, em especial, dos jovens que foram às ruas como “caras pintadas”.
e) A aprovação da emenda Dante de Oliveira na Câmara dos Deputados, em 1984, foi resultado direto da pressão popular. Apesar disso vale lembrar que, em 1982, o então presidente Figueiredo já havia reintroduzido eleições diretas para governador e criado, desta maneira, grande expectativa a respeito das eleições presidenciais.
Apesar da grande mobilização popular a favor da volta das eleições diretas ao país após um período de 20 anos, a emenda Dante de Oliveira, que propunha o voto direto, não foi aprovada pelo Congresso. Em 1985, Tancredo Neves foi eleito presidente via eleição indireta. 
1ª QUESTÃO –G1 - ifpe 2017
Carlos Lacerda, que quatro anos antes agradecera a Deus a chegada dos tanques, foi levado preso para um quartel, por ordem do general Jayme Portella, para desagrado do comandante do I Exército, Syseno Sarmento, que acabara de encarcerar o ex-presidente Juscelino Kubitschek, capturado quando descia as escadas do Teatro Municipal. JK foi levado para uma unidade da Baixada Fluminense, onde o deixaram numalojamento sujo, com privada sem tampo, sofá rasgado e goteira [...]. Em Goiânia, onde seria paraninfo de uma turma de estudantes de direito, o advogado Sobral Pinto, que, em 1963, denunciara a bolchevização do país e um ano depois estava no DOPS soltando comunistas, foi preso de pijama e chinelos, aos 75 anos. 
GASPARI, E. As ilusões armadas. 1. A ditadura envergonhada. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014. 432 p., pp. 343-344. 
O autor do texto apresenta informações relativas ao período histórico brasileiro conhecido como Ditadura Civil-Militar (1964-1985). Com relação à ideia global do texto e a partir de seus conhecimentos sobre o tema, é CORRETO afirmar que
a) a Ditadura Civil-Militar não se limitava a perseguir, prender e torturar comunistas ou membros da esquerda brasileira.
b) muitas prisões de personagens de esquerda foram necessárias para se alcançar a estabilidade do regime político instaurado em 1964.
c) os militares no poder estavam saneando a vida política nacional por meio da prisão de líderes civis corruptos e populistas.
d) o zelo militar na defesa dos ideais democráticos ia ao ponto de prender civis considerados perigosos à estabilidade democrática.
e) muitas lideranças políticas civis estavam traindo a democracia brasileira, o que as tornava alvo da repressão política da Revolução de 31 de Março.
Somente a alternativa [A] está correta. O golpe militar implantado no Brasil em 1964 teve como justificativa a manutenção da ordem combatendo os comunistas e pessoas ligadas a esquerda brasileira. No entanto, o texto mostra que os governos militares prenderam e reprimiram muitas personalidades que não eram de esquerda e muito menos comunistas. 
1ª QUESTÃO – Fgv 2017
Viva Vaia é um poema concreto publicado em 1972 e dedicado ao compositor Caetano Veloso, que havia sido vaiado por grande parte do público presente ao Teatro Tuca, no Festival Internacional da Canção de 1968. Desde então, em diversos momentos, o poema é utilizado com intuito de dar significação a episódios da cena política e cultural brasileira.
Sobre o contexto de sua elaboração, podemos afirmar que se trata 
a) de um período de contestações à Ditadura Militar, de ampliação das liberdades democráticas no país e de intensa efervescência cultural.
b) do momento da deposição do presidente João Goulart e da intensificação da repressão cultural.
c) da radicalização política do movimento estudantil contra a Ditadura Militar e de utilização da cultura como expressão política.
d) do descontentamento dos jovens com o conservadorismo da música popular brasileira durante a Ditadura Militar.
e) do momento de aceitação das ações repressivas da Ditadura Militar por meio da música e da poesia.
Somente a alternativa [C] está correta. A questão remete à produção cultural brasileira no contexto da República Militar, 1964-1985. Apesar do golpe militar em 1964 ainda havia uma espaço para a cidadania e abertura para manifestações críticas ao novo regime. Com o início do governo Costa e Silva em 1967, segundo presidente militar, a sociedade compreendeu que os militares não estavam dispostos a entregar o poder aos civis conforme anunciaram. Daí que os anos de 1967 e 1968 foram de muitas manifestações sociais com participação estudantil bem como de uma grande efervescência cultural através de uma arte engajada e politizada. Neste contexto, os grandes festivais de música também teciam suas críticas ao regime militar. O resultado deste engajamento político foi o AI-5, Ato Institucional número 5 em dezembro de 1968, considerado um golpe dentro do golpe fechando de vez qualquer espaço para a participação política. 
1ª QUESTÃO – Puccamp 2017
[...] Renegando os princípios da democracia representativa, os ‘revolucionários’ de 1964 recorreram a um arsenal de instrumentos de exceção (atos institucionais, atos complementares, decretos-leis), graças aos quais ficaram mais de 20 anos no poder. A implantação da ditadura e da violência generalizada não ocorreu de imediato. Foi uma escalada que resultou do surgimento de uma oposição civil ao novo regime e de divergências no interior das próprias hostes golpistas. [...]
KUPPER, Agnaldo e CHENSO, Paulo A. História crítica do Brasil. São Paulo: FTD, 1998, p. 278
Com base no arsenal a que o texto se refere, pode-se afirmar que, nesse período, os governos 
a) abriram a economia ao capital estrangeiro, reduzindo ou proibindo todo o comércio com os países socialistas.
b) procuraram reduzir a atuação direta do Estado em setores estratégicos da economia, como em serviços de saúde e na indústria bélica.
c) montaram uma rede de órgãos repressivos com o objetivo de manter acuados não apenas grupos sociais de esquerda, mas toda a sociedade.
d) adotaram a política econômica neoliberal com o objetivo de amenizar as desigualdades sociais geradas pelo funcionamento do mercado.
e) resgataram a plenitude política do cidadão ao revogar os atos de exceção do regime militar, determinar eleições diretas e restaurar o habeas corpus.
O governo militar, através dos Atos Institucionais – em especial o AI-5 – estabeleceu uma organização de governo amparada na legalidade da censura, da tortura e da repressão. E toda a sociedade estava sujeita à repressão imposta pelo governo, desde que se manifestasse contra o mesmo. 
1ª QUESTÃO – Ufrgs 2017) 
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a história das relações étnico-raciais do Brasil.
( ) No contato entre os diferentes povos e culturas ao longo do século XIX, as ideias de “civilização” e de “selvageria” foram centrais na estratégia de dominação das populações originárias.
( ) A partir de referenciais europeus, foi introduzida, no final do século XIX, uma série de teorias que procuravam dar caráter científico às diferenças raciais, articulando enfoques biológicos com análises culturais.
( ) Com a crescente urbanização dos povos indígenas e sua assimilação ao processo político e social republicano, nota-se, a partir da metade do século XX, o fim dos movimentos sociais indígenas, com a definição de seus direitos pela Constituição de 1988.
( ) Na década de 1970, o Brasil assiste ao desenvolvimento de movimentos sociais que procuram opor-se ao racismo, através da valorização da ancestralidade africana.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) V – V – F – V. 
b) V – F – V – F. 
c) V – F – F – V. 
d) F – V – F – F. 
e) F – F – V – V. 
Somente a proposição [A] está correta. A questão pede conhecimentos sobre as relações étnico-raciais na história do Brasil. Correção a partir das incorretas. No século XX, com a modernização do Brasil, intensificou-se o êxodo rural, a urbanização e a industrialização. A grande mudança começou a partir do movimento de 1930 que colocou Vargas no poder, mesmo sendo derrotado no pleito eleitoral de 1930. Vargas mudou o modelo econômico do Brasil de agrário exportador para uma indústria de substituição de importação. Os conflitos indígenas pela posse das terras não foi reduzido, os coronéis utilizaram da estrutura do Estado para massacrar movimentos sociais. No contexto da ditadura militar, 1964-1985, milhares de nativos foram mortos, vítima da ganância das grandes empresas que desmatavam florestas e matavam indígenas conforme aponta o trabalho da Comissão Nacional da Verdade. A luta dos povos indígenas pelo seu direito a terra e os conflitos com os latifundiários permanecem ocorrendo até hoje. 
1ª QUESTÃO – Uece 2017
O Ato Institucional Nº 5, ou AI-5, de 1968, caracterizou, a partir de sua emissão, os governos brasileiros durante o regime militar. Sobre o AI-5, é correto afirmar que 
a) marcou uma distensão dos governos militares, promovendo direitos sociais, liberdade de manifestação e representação política, além da garantia plena dos Direitos Humanos.
b) representou o estabelecimento das metas de reformas estruturais do governo do presidente João Goulart, o que conduziria o país ao golpe militar que implantaria um governo ditatorial.c) promoveu a transição, lenta e gradual, do regime autoritário e ditatorial para o regime democrático chamado Nova República, uma vez que estabeleceu eleições diretas para presidente para o ano de 1970.
d) iniciou a fase mais dura do regime militar, pois deu, aos presidentes militares, poderes como decretar o recesso do congresso, cassar mandatos de parlamentares e suspender o direito ao habeas corpus para alguns crimes.
O AI-5 inaugura os chamados “Anos de Chumbo” da Ditadura brasileira. Tal ato dava ao executivo a prerrogativa de interferir no legislativo, nos estados e nos municípios, legalizava a censura prévia, proibia as manifestações públicas de caráter político e suspendia o direito ao habeas corpus. 
1ª QUESTÃO – G1 - ifsp 2017
Durante o governo militar do General Costa e Silva, o Ato Institucional nº 5 (AI-5) foi baixado e teve grandes repercussões na história brasileira. Sobre o AI-5, analise as assertivas abaixo.
I. O AI-5 suspendeu as garantias individuais ao permitir que o habeas corpus perdesse a sua aplicação legal.
II. O AI-5 permitia ao presidente estabelecer o recesso indeterminado do Congresso Nacional e de qualquer outro órgão legislativo em esfera estadual e municipal.
III. As suas principais características estavam relacionadas a cassar o mandato dos parlamentares e a cassar, por 10 anos, os direitos políticos de qualquer cidadão.
É correto o que se afirma em 
a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Somente a alternativa [B] está correta. Durante o governo do militar Costa e Silva, 1967-1969, ocorreu uma grande efervescência cultural, uma arte engajada, diversas manifestações contra o regime militar. Desta forma, o presidente reagiu através do AI-5, de 13 de dezembro de 1968, endurecendo ainda mais a ditadura militar. Este ato foi considerado um “golpe dentro do golpe” ao fechar as portas para qualquer manifestação contrária ao regime. Suspendeu o habeas corpus, fechou o congresso nacional por tempo indeterminado, cassou mandatos de parlamentares entre outras medidas coercitivas. 
1ª QUESTÃO – G1 - ifba 2017
“(...) Há soldados armados, amados ou não/ Quase todos perdidos de armas na mão/ Nos quartéis lhe ensinam uma antiga lição/ De morrer pela pátria e viver sem razão (...).”
Fonte: VANDRÉ, Geraldo. Pra não dizer que não falei das flores. Geraldo Vandré no Chile, 1968. Disponível em: https://www.letras.mus.br/geraldo-vandre/46168/. Acesso em: 04/09/2016.
O trecho da canção acima representa críticas do autor em relação ao momento histórico do Brasil, caracterizado: 
a) Pela experiência democrática no Brasil, governo de João Goulart, e forte presença militar no Estado, como demonstra o trecho da música.
b) Pelo Governo Militar no Brasil, que respeitou as garantias individuais dos cidadãos, a exemplo, a manutenção das eleições diretas para Presidente da República.
c) Pela "Democracia restringida", pois ocorreu uma reformulação da política no país com a garantia da participação popular nesse processo.
d) Pela manutenção dos direitos trabalhistas, repressão aos movimentos sociais e diminuição da desigualdade social.
e) Pela Ditadura Militar, que determinou a censura, perseguição política e repressão àqueles contrários ao regime, a exemplo do autor da canção citada.
A canção Pra não dizer que não falei das flores foi escrita no contexto da Ditadura Militar, período marcado pela forte repressão contra aqueles que se levantavam contra o regime. 
1ª QUESTÃO – G1 - col. naval 2017
Observe a imagem abaixo.
Durante parte do Regime Militar (1964-1984), a economia alcançou índices de crescimento econômico elevados quando comparados a outros momentos da história do Brasil.
Assinale a opção que apresenta algumas das razões para o seu crescimento econômico. 
a) A política de privatização de companhias estatais, como a Vale do Rio Doce, Petrobras e a Fábrica Nacional de Motores, o que gerou receitas que foram investidas em grandes obras de infraestrutura.
b) O controle da inflação por meio de uma política econômica de aumento de taxa de juros (Selic), o que tornou o Brasil atraente ao investidor estrangeiro.
c) O aumento do preço do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional, o que fez do Brasil uma potência econômica mundial, possibilitando investimento em infraestrutura.
d) A oferta de empréstimos internacionais a juros baixos, o que proporcionou a realização de investimento nos setores agrícola, industrial, energético e da construção civil.
e) A valorização do café no mercado internacional, o que trouxe ao Brasil recursos necessários para o investimento em setores estratégicos da economia nacional.
Durante o chamado Milagre Econômico, na Ditadura Militar, o Brasil alcançou altos índices de crescimento econômico, que refletiram no PIB e em obras de infraestrutura e industrialização. Mas tal crescimento foi amparado pela abertura da nossa economia ao investimento estrangeiro, o que legou consequências negativas para os anos seguintes da nossa História. 
1ª QUESTÃO – Fuvest 2017
Não nos esqueçamos de que este é um tempo de abertura. Vivemos sob o signo da anistia que é esquecimento, ou devia ser. Tempo que pede contenção e paciência. Sofremos todo ímpeto agressivo. Adocemos os gestos. O tempo é de perdão. (...) Esqueçamos tudo isto, mas cuidado! Não nos esqueçamos de enfrentar, agora, a tarefa em que fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. Não nos esqueçamos de organizar a defesa das instituições democráticas contra novos golpistas militares e civis para que em tempo algum do futuro ninguém tenha outra vez de enfrentar e sofrer, e depois esquecer os conspiradores, os torturadores, os censores e todos os culpados e coniventes que beberam nosso sangue e pedem nosso esquecimento.
Darcy Ribeiro. “Réquiem”, Ensaios insólitos. Porto Alegre: L&PM, 1979.
O texto remete à anistia e à reflexão sobre os impasses da abertura política no Brasil, no período final do regime militar, implantado com o golpe de 1964. Com base nessas referências, escolha a alternativa correta. 
a) A presença de censores na redação dos jornais somente foi extinta em 1988, quando promulgada a nova Constituição.
b) O projeto de lei pela anistia ampla, geral e irrestrita foi uma proposta defendida pelos militares como forma de apaziguar os atos de exceção.
c) Durante a transição democrática, foram conquistados o bipartidarismo, as eleições livres e gerais e a convocação da Assembleia Constituinte.
d) A lei de anistia aprovada pelo Congresso beneficiou presos políticos e exilados, e também agentes da repressão.
e) O esquecimento e o perdão mencionados integravam a pauta da Teologia da Libertação, uma importante diretriz da Igreja Católica.
A Lei de Anistia, aprovada em 1979, amparava-se em duas proposições: (1) concedia perdão político aos exilados e (2) eximia de culpa os agentes militares e civis que feriram os direitos humanos ao longo da vigência do regime. 
1ª QUESTÃO – Ufu 2017
Maio de 1978 tem suas raízes no cotidiano operário, tecido especialmente nos primeiros anos da década. Finda a euforia do ‘milagre’, o afloramento da crise econômica atingia ainda mais diretamente a classe trabalhadora, que pautava a sua atuação nos marcos da resistência contra o binômio arrocho-arbítrio, superexploração-autocracia, que, entrelaçados intimamente, impunham ao proletariado uma dura realidade. 
ANTUNES, Ricardo. A rebeldia do trabalho (confronto operário no ABC paulista: as greves de 1978/80). São Paulo: Ensaio; Campinas: Editora da UNICAMP, 1988, p.13. 
No final da década de 1970, o Brasil assistiu a um grande movimento grevista que foi importante ao provocar mudanças estruturais na política nacional. Aponte a principal motivação para as greves das diferentes categorias daquele momento. 
a) A oposição ao cenário conhecido como “milagre econômico”, situação macroestrutural do período.
b) A demanda por condições mais dignas de trabalho e o desejo pela estatização das fábricas automotivas.
c) A recessão econômica que ceifoupostos de empregos e reforçou o poder do governo autocrático.
d) A luta por recomposição salarial e pelo retorno do estado democrático de direito.
Somente a proposição [D] está correta. A partir do governo do presidente militar Ernesto Geisel, 1974-1978, o denominado “Milagre Brasileiro” deu sinais de esgotamento e a sociedade civil começou a questionar a ditadura através de instituições como a OAB e CNBB e das greves no ABC lideradas pelo sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva. No campo político, a sociedade reivindicava o retorno à democracia e no plano econômico o fim do arrocho salarial com aumento salarial. 
1ª QUESTÃO – Espm 2017
Por outro lado, o governo liquidou um dos direitos mais valorizados pelos assalariados urbanos – a estabilidade no emprego após dez anos de serviço, garantida pela CLT. A fórmula surgiu com a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), na prática em substituição à estabilidade. Ainda que a adesão ao fundo não fosse por lei obrigatória, ela tomou de fato esse caráter. Sem a opção pelo FGTS passou a ser impossível obter emprego. O fundo é constituído por importâncias recolhidas mensalmente, na forma de um depósito bancário em nome do trabalhador. Ele só poderia ser levantado em casos específicos, como dispensa injusta, compra de casa própria, casamento, aposentadoria.
Boris Fausto. História do Brasil.
A criação do FGTS ocorreu: 
a) no Estado Novo, sob a ditadura de Getúlio Vargas;
b) no governo de Eurico Dutra;
c) no governo de Juscelino Kubitschek;
d) após o golpe de 1964, no governo do general Castelo Branco;
e) após a redemocratização, no governo de José Sarney.
Somente a alternativa [D] está correta. O texto do historiador Boris Fausto menciona o surgimento da CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, elaborada pelo governo Vargas, 1930-1945. Estas leis trabalhistas contemplavam apenas os trabalhadores urbanos, defendia a estabilidade no emprego após dez anos de trabalho. Em 1966, no governo do presidente militar Castelo Branco, a estabilidade foi substituída pelo FGTS, fundo de garantia por tempo de serviço, com a empresa depositando uma quantia todo mês na conta do trabalhador. 
1ª QUESTÃO – Uemg 2017
Texto I
“Foram cinco anos de Geisel e mais seis de Figueiredo, completando onze anos de interminável abertura, imune aos reclamos da sociedade, que, a despeito do vigor da resistência democrática, não conseguiu abreviar essa longuíssima transição, que culminou na tremenda frustração do Colégio Eleitoral e da traumática morte televisionada de Tancredo Neves.”
FICO, Carlos. Brasil: transição inconclusa. In: FICO, Carlos; ARAÚJO, Maria Paula & GRIN, Mônica (Orgs.). Violência na história: memória, trauma e reparação. Rio de Janeiro: Ponteio, 2012, p. 31.
Texto II
“Uma concepção de democracia considera que uma sociedade democrática é aquela em que o povo dispõe de condições de participar de maneira significativa na condução de seus assuntos pessoais e na qual os canais de informação são acessíveis e livres. Outra concepção de democracia é aquela que considera que o povo deve ser impedido de conduzir seus assuntos pessoais e os canais de informação devem ser estreitamente controlados.”
CHOMSKY, Noam. Mídia: propaganda política e manipulação. Tradução Fernando Santos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013, p. 9-10.
Da comparação entre os textos I e II depreende-se que, no Brasil, o processo de redemocratização caracterizou-se por 
a) conservar ideias autoritárias sobre a participação popular na vida política.
b) inaugurar novos direitos sociais com a vitória da campanha pelas Diretas Já.
c) incorporar justas punições aos torturadores abrangidos pela Lei de Anistia.
d) estimular práticas cidadãs em decisões relativas aos investimentos públicos.
Fica claro pelo primeiro texto que, no Brasil, durante a reabertura política pós-ditadura, foi difundido o tipo de democracia apresentada no segundo texto como aquele que “considera que o povo deve ser impedido de conduzir seus assuntos pessoais e os canais de informação devem ser estreitamente controlados”. A despeito do desejo popular pela reabertura do regime, as autoridades militares conduziram o processo como melhor lhe conveio, levando longos onze anos para promover uma eleição indireta para a presidência. 
1ª QUESTÃO – Ufpr 2017
Considere o fragmento abaixo:
Como resultados dessas políticas de Estado, foi possível estimar ao menos 8.350 indígenas mortos no período de investigação da CNV, em decorrência da ação direta de agentes governamentais ou da sua omissão. Essa cifra inclui apenas aqueles casos aqui estudados em relação aos quais foi possível desenhar uma estimativa. O número real de indígenas mortos no período deve ser exponencialmente maior, uma vez que apenas uma parcela muito restrita dos povos indígenas afetados foi analisada e que há casos em que a quantidade de mortos é alta o bastante para desencorajar estimativas. 
RELATÓRIO, Comissão Nacional da Verdade. Violação dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas, v. 2. Texto 5. 2014. p. 205.
Sobre a questão indígena na Ditadura Militar, assinale a alternativa correta. 
a) Projetos como a construção das hidrelétricas de Itaipu e de Tucuruí, no rio Tocantins, impulsionaram o desenvolvimento econômico de várias comunidades indígenas, graças aos projetos executados pela FUNAI.
b) Apesar das mortes contabilizadas no relatório da CNV, após o golpe civil-militar, os indígenas passaram a ser valorizados no novo período econômico que se iniciou no Brasil.
c) No período da Ditadura Militar, foi criada a Guarda Nacional Indígena, uma milícia armada integrada exclusivamente por responsáveis pelo policiamento nas áreas indígenas para manutenção de sua cultura.
d) Com o golpe civil-militar, devido às construções de grandes obras, a mão de obra indígena começou a ser parcialmente valorizada pelo governo Figueiredo, que percebeu a aptidão dos indígenas para a manufatura.
e) Após o golpe civil-militar, um novo período econômico se iniciou no Brasil, com construções de grandes obras nas quais os indígenas passaram a ser tratados como obstáculos para o desenvolvimento nacional.
Somente a alternativa [E] está correta. A questão aponta para o grande número de indígenas mortos durante a ditadura militar. A proposta era a “ocupação”, integração, modernização e desenvolvimento, ou seja, crescimento econômico. As grandes empresas em nome do lucro iniciaram as obras sem levar em consideração o impacto ambiental e as comunidades ribeirinhas gerando desmatamento e mortes destes nativos. 
1ª QUESTÃO – Uece 2017
Atente ao seguinte excerto: “[...] Várias figuras importantes tiveram seus direitos políticos cassados. Muitas prisões, apreensões e queima de livros considerados subversivos foram feitos pelos órgãos repressivos. Reformas na máquina administrativa e mudanças nas leis trabalhistas foram promovidas logo no início do governo Castelo Branco: as greves foram praticamente proibidas e os salários arrochados, isto é, mantidos em níveis bastante baixos”.
Antônio Pedro e Lizânias de Souza Lima. História sempre presente. v. 3. 1ª ed. São Paulo, FTD, 2010. p. 280.
O momento da História Republicana do Brasil a que o excerto acima se refere é 
a) a implantação do Estado Novo, em 1937, quando o regime ditatorial se fez notar com todas as suas características.
b) o início do período da Nova República, em 1985, marcado pela liberdade de mercado e pelo forte controle social por parte do Estado.
c) o início do período dos Governos Militares instalados após o golpe de 1964 que depôs o Presidente João Goulart e que durou até 1985.
d) o período posterior à morte do Presidente Getúlio Vargas, em 1954, quando as forças opositoras alcançaram o poder e impuseram sua política.
Somente a proposição [C] está correta. O texto citado remete ao regime militar no Brasil, 1964-1985, quando ocorreram censura, repressão, violência e inúmeras violações aos direitos humanos. Foram criados inúmeros Atos Institucionais e órgãos repressivos e, também, mudanças nas leistrabalhistas como a criação do FGTS em 1966 substituindo a estabilidade no emprego. Embora o “Milagre Brasileiro” mostrasse números animadores, o arrocho salarial foi muito forte prejudicando a vida dos brasileiros mais humildes. 
1ª QUESTÃO – Ucpel 2017
Dez anos depois da saída do marechal Castello Branco de sua casa de Ipanema para o palácio Laranjeiras, o General Ernesto Geisel preparava-se para ocupar a Presidência da República.
Receberia uma ditadura militar que apoiara, sabendo que dentro dela está montada uma máquina de extermínio das lideranças esquerdistas. Não havia mais guerrilha, muito menos terrorismo.
Sobrara a máquina.
GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 464.
Um exemplo da ação da máquina descrita por Gaspari durante o governo de Geisel foi: 
a) a morte do operário Santo Dias da Silva, em São Paulo, durante repressão a um movimento grevista em 1979.
b) a detenção de 1700 estudantes da PUC de São Paulo, após invasão de suas dependências por forças policiais em setembro de 1977.
c) a captura e morte do ex-capitão do exército Carlos Lamarca, que havia aderido a luta armada contra o regime no sertão da Bahia em agosto de 1971.
d) a mal sucedida atuação de militares no atentado do Riocentro, com a finalidade imputar a grupos de esquerda a ação terrorista em maio de 1981.
e) a morte do estudante universitário Edson Luis em enfrentamentos com a polícia numa manifestação ocorrido no Rio de Janeiro em março de 1968.
Cronologicamente, o único evento ocorrido durante o governo Geisel está apresentado na alternativa [B]. Todas as demais alternativas apresentam eventos ocorridos em outros governos do Regime Militar. 
1ª QUESTÃO – Fgv 2017
A charge, publicada em 1981 no jornal Folha de S. Paulo, faz referências a um momento particular do último governo da ordem autoritária instaurada em 1964, porque 
a) reforça a convicção do presidente sobre a necessidade de uma abertura política efetivamente democrática, inclusive com eleições presidenciais diretas para o seu sucessor, mas entende que a volta da inflação pode impedir esse formato institucional.
b) indica a reação do presidente frente a dois grandes problemas: os atentados praticados por grupos de extrema-direita, contrariados com o processo de abertura política, nascido no governo anterior, e a forte inflação, que atingiu quase 100% em 1981.
c) recrimina o presidente porque este condiciona a continuidade do processo de abertura política ao melhoramento nas condições econômico-financeiras do país, em uma conjuntura particularmente complexa, marcada por uma hiperinflação e queda acentuada do PIB.
d) assinala a preocupação do presidente com dois eventos interligados: o acelerado ritmo da abertura política provocado pelo avanço das oposições nos pleitos municipais e o primeiro episódio de hiperinflação, associado à recessão econômica e à crise do petróleo.
e) destaca a provocação do presidente às organizações de esquerda que ainda defendiam o caminho da luta armada para a conquista do poder, mas reconhece a incapacidade do seu governo em conter a espiral inflacionária, provocada pelos aumentos salariais da década de 1970.
A charge faz referência ao processo de reabertura política no Regime Militar. Dois problemas, naquela época, atrapalhavam o governo e esse processo: as reações de quem era contra o fim do regime e a alta inflação (principal problema econômico do Brasil de então). 
1ª QUESTÃO – Famerp 2017
O chamado “milagre brasileiro”, ocorrido durante o regime militar (1964-1985), foi marcado 
a) pela implantação da indústria de base, impulsionada pelo ingresso de fortes investimentos norte-americanos e europeus.
b) pelo crescimento econômico acelerado, associado ao aumento da desigualdade social e ao endividamento externo.
c) pela superação da hiperinflação, que corroia os salários dos trabalhadores e inviabilizava novos investimentos.
d) pela queda das atividades industriais, que provocou uma retração na produção e no consumo de bens duráveis.
e) pelo apoio à produção de café voltada à exportação, estimulada pela ampliação dos mercados consumidores na Europa.
Somente a alternativa [B] está correta. O denominado “Milagre Brasileiro” ocorreu no contexto da ditadura militar, 1964-1985, sendo que o auge deste “milagre” aconteceu no governo do presidente militar Emílio Garrastazu Médici, 1969-1974. O Milagre Brasileiro consistiu em um crescimento econômico que se deu graças aos empréstimos internacionais que provocavam o aumento da dívida externa, aumento da desigualdade social, arrocho salarial, ou seja, o modelo econômico apesar do crescimento da economia gerava sérios danos sociais. 
1ª QUESTÃO –Ufrgs 2017
Observe o gráfico abaixo, a respeito da história da distribuição de renda no Brasil entre 1927 e 1975.
Considere as seguintes afirmações.
I. O processo econômico do governo de JK, caracterizado pelo chamado nacional-desenvolvimentismo, ocasionou o maior índice de desigualdade na distribuição de renda do período.
II. O golpe civil-militar que depôs o presidente João Goulart reverteu a tendência histórica iniciada desde o Estado Novo, desencadeando um aumento da concentração de renda entre os mais ricos no país.
III. O neoliberalismo assumido pelo governo militar durante o período conhecido como “milagre econômico”, caracterizado pelo não intervencionismo estatal na economia, foi responsável pela perda do poder aquisitivo dos mais ricos.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Somente a alternativa [B] está correta. O gráfico mostra a história da desigualdade social no Brasil no século XX. Correção a partir das incorretas. Conforme mostra o gráfico, a Era JK, 1956-1960, não ocasionou o maior índice de desigualdade na distribuição de renda. Durante a ditadura militar, 1964-1984, aumentou a desigualdade social e ocorreu uma concentração de renda nas mãos da elite do país. O Neoliberalismo começou no Brasil a partir do governo Collor. 
1ª QUESTÃO – G1 - ifba 2017
Observe a charge abaixo, em seguida responda a questão:
A viabilidade econômica do chamado "milagre brasileiro" dos anos 70 foi contestada em termos dos altos custos sociais dele resultantes. O conteúdo desta crítica pode ser expresso na afirmação: 
a) o "milagre" brasileiro acentuou ainda mais as desigualdades sociais e regionais, provocando elevada concentração de renda.
b) a atuação do Estado nas obras de infraestrutura: telecomunicações, estradas, energia foi significativa e modernizadora embora realizada com capital privado.
c) os programas sociais do governo cresciam no mesmo ritmo da economia e houve um crescimento significativo nas áreas de saúde e de educação.
d) a grande prosperidade da economia contribuiu para impedir o processo de exclusão social da maior parte da sociedade que não se beneficiava com o "milagre".
e) de que a economia nacional mesmo com um intenso crescimento não conseguiu melhorar o nível dos salários, dificultando a aquisição pelos trabalhadores de bens de consumo.
A despeito do crescimento econômico proporcionado pelo Milagre Econômico, a alta inflacionária e a acentuação das desigualdades sociais foram marcas negativas desse “milagre”. 
1ª QUESTÃO – Udesc 2017
Em 1974, o então presidente Ernesto Geisel deu início institucionalmente ao processo de abertura política que deveria garantir o fim do regime militar, por meio de uma transição caracterizada como lenta, gradual e segura. A iniciativa governamental, porém, não foi a única relevante para o fim da ditadura militar. 
A respeito do fim da ditadura militar no Brasil, assinale a alternativa correta quanto às outras iniciativas relevantes: 
a) A mobilização da juventude que ganhou as ruas das principais capitais do país nas reivindicações pelo impeachment do presidente Fernando Collor de Melo.
b) A formação e atuação de movimentos sociais como, por exemplo, o Movimento do Custo de Vida, que contava com o apoio das Comunidades Eclesiais de Base e das ComissõesPastorais da Periferia Urbana.
c) As denúncias contra o regime militar e as torturas, que eram publicadas semanalmente nos principais jornais do país, durante toda a década de 1970.
d) A interferência direta do governo norte-americano que, desde o início era contrário ao regime militar, não mediu esforços para a reinstauração da democracia no Brasil.
e) O fortalecimento do Mercosul que possibilitou a criação de uma rede de auxilio mútuo para a reorganização democrática no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
Movimentos sociais, como os citados na alternativa [B], e populares, como a Campanha pelas Diretas Já, mostraram a força da população brasileira e, por isso, ajudaram a levar a Ditadura ao fim. 
1ª QUESTÃO – Uefs 2017
Reconhecida como uma das maiores manifestações populares já ocorridas no país, as “Diretas Já!” foram marcadas por enormes comícios onde figuras perseguidas pela ditadura militar, membros da classe artística, intelectuais e representantes de outros movimentos militavam pela aprovação do projeto de lei. Em janeiro de 1984, cerca de 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo. Três meses depois, um milhão de cidadãos tomou o Rio de Janeiro. Algumas semanas depois, cerca de 1,7 milhões de pessoas se mobilizaram em São Paulo. (DIRETAS JÁ!... 2016).
A efetivação da reivindicação contida na campanha das “Diretas Já” dependia 
a) da aprovação de uma Emenda Constitucional para restabelecer a eleição direta para o cargo de presidente da República.
b) da derrubada e da prisão do último presidente militar, que resistia em deixar o poder.
c) da eleição direta para governadores dos estados e prefeitos municipais, cargos que ainda eram ocupados por pessoas da confiança dos militares.
d) do restabelecimento da eleição direta para todos os cargos eletivos do Poder Legislativo.
e) da interferência do Supremo Tribunal de Justiça, encarregado de autorizar ou não as grandes manifestações públicas em favor das eleições diretas.
Somente a proposição [A] está correta. A Emenda Dante de Oliveira, conhecida como “Diretas Já”, de 1984, visava aprovar uma Emenda Constitucional estabelecendo eleição direta para presidente da República que não acontecia desde 1960. Apesar de todas as manifestações e passeatas, a proposta não foi aprovada considerando que muitos parlamentares faltaram no dia da votação. 
1ª QUESTÃO – Ufjf-pism 3 2017
Leia os trechos abaixo e, em seguida, responda ao que se pede:
Trecho do discurso de posse do Marechal Humberto Castelo Branco, em 1964
Defenderei e cumprirei com honra e lealdade a Constituição do Brasil, inclusive o Ato Institucional que a integra. Cumprirei e defenderei ambos com determinação, pois serei escravo das leis do país e permanecerei em vigília para que todos as observem com exação e zelo. Meu governo será o das leis, o das tradições e princípios morais e políticos que refletem a alma brasileira. O que vale dizer que será um governo firmemente voltado para o futuro, tanto é certo que um constante sentimento de progresso e aperfeiçoamento constitui a marca e também o sentido de nossa história política e social.
Disponível em: http://www.bradoretumbante.org.br/historia/generais-no-poder/as-promessas Acessado em 13/10/2016.
Trecho do discurso de posse do General Emilio Garrastazu Médici,em 1969
Homem da fronteira, creio em um mundo sem fronteira entre os homens. Sinto por dentro aquele patriotismo aceso dos fronteiriços, que estende ponte aos vizinhos, mas não aceita injúrias nem desdéns e não se dobra na afirmação do interesse nacional. Creio em um mundo sem fronteiras entre países e homens ricos e pobres. E sinto que poderemos ter um mundo sem fronteiras ideológicas, onde cada povo respeite a forma de outros povos viverem, onde os avanços científicos fiquem na mão de todo homem, na mão de todas as nações, abrindo-se à humanidade a opção de uma sociedade aberta. Fronteiriço, não sei, não vejo, não sinto, não aceito outra posição do Brasil no mundo que não seja a posição de altivez.
Disponível em: http://www.alertatotal.net/2015/12/discurso-de-posse-de-emilio-garrastazu.html Acessado em 13/10/2016
De acordo com os dois trechos é CORRETO afirmar que: 
a) os dois presidentes assumiram os mesmos compromissos políticos de respeitarem a constituição democrática do Brasil, falando em nome do povo que os elegeu garantindo conduzir o país a um futuro de progresso. 
b) há uma descontinuidade entre o primeiro discurso e o segundo, uma vez que Castelo Branco promete exercer um governo firme característico da ditadura que se inicia, mas que se modifica com Emílio Médici que investe na abertura política. 
c) são parte de um processo mais longo de endurecimento político dos governos militares, reforçando a necessidade de firmeza no confronto com as diferenças, numa intenção de defesa do projeto militar pelo crescimento do país. 
d) eleitos de forma indireta, tanto Castelo Branco quanto Médici buscaram conquistar o apoio popular prometendo governar com as leis, respeito aos direitos civis e moralizar o país, diminuindo a distância entre ricos e pobres. 
e) a manutenção dos governos militares dependia da posição de ataque às diferenças econômicas e políticas entre o Brasil e os outros países, defendendo que o modelo do Brasil deveria ser expandido para todo mundo. 
Somente a proposição [C] está correta. Na primeira metade da década de 1960, a Guerra Fria estava muita tensa devido a Revolução Cubana, Guerra do Vietnã e o assassinato do presidente dos EUA, Kennedy, em 1963. Os governos brasileiros, Jânio Quadros e João Goulart, geravam desconfiança dentro da ótica estadunidense. O Brasil vivia uma crise econômica devido a uma herança maldita da Era JK, 1956-1960, e também pela ineficiência de Jânio Quadros e Jango em retomar o crescimento econômico. Quando Jango defendeu as Reformas de Base em 1964, o país ficou dividido entre conservadores contrários ao plano e progressistas favoráveis a Jango. Os militares em nome da “ordem”, da “lei”, da “segurança nacional” (isto é, contra o comunismo) deram um golpe e adotaram um regime truculento que violou os direitos humanos. Somente em 1985 os civis voltaram a governar. Os discursos de posse dos presidentes militares, Castelo Branco em 1964 e Médici em 1969, estão inseridos neste cenário de “defesa” do país, seguir a lei e gerar crescimento econômico. 
1ª QUESTÃO – Unesp 2017
O artista Artur Barrio nasceu em Portugal e mudou-se para o Brasil em 1955, dedicando-se à pintura a partir de 1965. Em 1969, começa a criar as Situações: trabalhos de grande impacto, realizados com materiais orgânicos como lixo, papel higiênico, detritos humanos e carne putrefata, com os quais realiza intervenções no espaço urbano. No mesmo ano, escreve um manifesto no qual contesta as categorias tradicionais da arte e sua relação com o mercado, e a conjuntura histórica da América Latina. Em 1970, na mostra coletiva Do corpo à terra, espalha as Trouxas ensanguentadas em um rio em Belo Horizonte.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.
Relacionando-se a imagem, as informações contidas no texto e o contexto do ano da mostra coletiva Do corpo à terra, é correto interpretar a intervenção Trouxas ensanguentadas como uma 
a) denúncia da situação política e social do Brasil.
b) revelação da pobreza da população brasileira.
c) demonstração do caráter perdulário das sociedades de consumo.
d) crítica à falta de planejamento das cidades latino-americanas.
e) melhoria, por meio da arte, das áreas degradadas das cidades.
No ano da mostra, 1970, o Brasil vivia os chamados anos de chumbo do Regime Militar, devido às imposições do AI-5. Logo, o trabalho do artista faz alusão a isso. 
1ª QUESTÃO – Fac. Albert Einstein - Medicin 2017
O quadro apresenta fatos ocorridos em alguns países da América entre as décadas de 1950 e 1980.
	1954
	Guatemala e Paraguai
	- a intervenção direta dos Estados Unidos resulta na derrubada do presidente Jacobo Arbenz, da Guatemala.
- general Alfredo Stroessner comanda um golpeque depôs o presidente paraguaio Federico Chávez.
- até o fim do ano, 13 países da América Latina são dominados por militares.
	1962
	Argentina
	- militares depõem o presidente Arturo Frondizi.
Observação: entre 1955 e 1976, a maioria dos
presidentes argentinos não chegou ao final de
seus mandatos, abreviados por golpes militares.
	1964
	Brasil
	- golpe militar derruba o presidente João Goulart.
	1968
	Peru
	- uma junta militar liderada pelo general Juan Velasco Alvarado instala-se no poder ao depor o líder Belaunde Terry.
- nacionalizou a empresa International Petroleum Company e promoveu uma reforma
 grária.
	1973
	Uruguai e Chile
	- governo democrático do Uruguai, liderado pela Frente Ampla é deposto pelos militares.
- no Chile, uma ação militar cerca o presidente Salvador Allende, que se suicida. Assume o general Augusto Pinochet.
	1978
	República Dominicana
	As ditaduras começam a perder prestígio a
partir de 1977, com a política de valorização
dos direitos humanos do presidente americano
Jimmy Carter. Uma das primeiras a cair foi a da
República Dominicana, que teve início em 1965,
com a invasão do país por 22 mil soldados da
Organização dos Estados Americanos.
	1979
	Nicarágua
	- revolução popular provoca um golpe de esquerda na Nicarágua, e depõe Anastasio Somoza, ditador desde 1967.
- Daniel Ortega, o novo presidente, passa a enfrentar uma contra-revolução apoiada pelos Estados Unidos.
	1982
	Bolívia
	- em 1982, depois de 18 anos de governos militares, Hermán Ziles Zuazo assume a presidência, iniciando um período de legalidade constitucional.
- com a renúncia de Zuazo, eleições são convocadas em 1985.
- Estenssoro, escolhido pelo congresso, implanta reformas neo liberais.
	Adaptado de: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/ditaturas-da-america-latina/. Acesso em 07/05/17, 15hs05.
A partir dos dados fornecidos, é possível afirmar que 
a) os países sul-americanos passaram por um processo de estabilização política resultante da interferência norte-americana, que garantiu o auxílio econômico necessário aos governos militares para promover o desenvolvimento nacional.
b) os países da América Central vivenciaram a estabilidade democrática, enquanto toda a América do Sul passou por ditaduras pessoais de civis vinculados ao caudilhismo e aos EUA, que lhes fornecia o apoio político e econômico.
c) os EUA lideraram o processo de redemocratização dos países latino-americanos, apoiando as campanhas de candidatos liberais contra os que eram subsidiados pela URSS, no contexto da Guerra Fria.
d) os países latino-americanos vivenciaram um período de instabilidade caracterizado pela presença dos militares na política, pela substituição de regimes democráticos por ditaduras, e pela interferência norte americana, tanto nos golpes quanto nos processos de redemocratização.
Somente a proposição [D] está correta. O quadro mostra a implantação de regimes militares na América Latina a partir da década de 1950. Em função da Guerra Fria, do avanço dos regimes comunistas no mundo através da revolução comunista na China em 1949 e em Cuba em 1959, o inicio da Guerra do Vietnã, o assassinado do presidente dos EUA Kennedy em 1963, levaram os Estados Unidos a derrubar governos populistas na América Latina e a apoiar a implantação de ditaduras militares. Devido ao desgaste da imagem dos EUA em função da derrota na Guerra do Vietnã, o presidente dos USA, Jimmy Carter no final da década de 1970 defendeu os direitos humanos no mundo e o processo de redemocratização na América Latina. 
1ª QUESTÃO – Unicamp 2017
“O tropicalismo buscava revolucionar a linguagem e o comportamento na vida cotidiana, incorporando-se simultaneamente à sociedade de massa e aos mecanismos do mercado de produção cultural. Criticava ao mesmo tempo a ditadura e uma estética de esquerda acusada de menosprezar a forma artística. Articulava aspectos modernos e arcaicos, buscava retomar criticamente a tradição brasileira e absorver influências estrangeiras de modo ‘antropofágico’.”
Marcelo Ridenti, “Cultura”, em Daniel Aarão Reis (org.), Modernização, ditadura e democracia: 1964-2010. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p. 256.
O tropicalismo, no contexto cultural brasileiro dos anos 1960 e 1970, 
a) foi influenciado pelo manifesto antropofágico e propunha digerir aspectos da cultura mundial – como a guitarra elétrica e a televisão – para difundir o ideal de uma sociedade alinhada com os interesses da modernização econômica da ditadura.
b) era um movimento que criticava a ditadura, associada à Jovem Guarda, e a esquerda, identificada com a Bossa Nova, propondo uma leitura imparcial para a cultura, como se observa na música popular e na dramaturgia do Teatro Oficina.
c) criticava o Cinema Novo e a glamorização da “estética da fome”, preferindo abrir-se para os movimentos internacionais, como fizeram o modernismo em relação ao futurismo e a vanguarda do grupo do Teatro Opinião.
d) usava referências eruditas e populares, incorporava aspectos da música pop mesclada a aspectos regionais e expressava críticas à ditadura e ao patrulhamento praticado por alguns fãs das canções de protesto.
O tropicalismo amparou-se na antropofagia, na ênfase à cultura propriamente brasileira e na exaltação dos movimentos sociais iniciados em 1968 mundo afora. Foi, por isso, igualmente criticada pela direita (governo ditatorial, no caso) e pela esquerda (oposição ditatorial, então), mas resistiu e transformou-se num dos mais importantes movimentos artísticos brasileiros. 
1ª QUESTÃO –Puccamp 2017
Na América Latina do século XX, em incontáveis momentos, a criação artística articulou-se com utopias ou perspectivas de transformação social. Em diferentes contextos, artistas usaram sua produção para corroborar determinados projetos políticos ou consentiram que suas criações fossem apropriadas e sustentadas por movimentos políticos, dentro ou fora do Estado.
PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 187-188.
Um desses momentos, na América Latina, em que artistas e intelectuais articularam suas criações a utopias e bandeiras políticas ocorreu 
a) durante o período dos regimes militares, em que a canção de protesto alcançou notável projeção, atingindo o público estudantil, setor que participou fortemente de movimentos de resistência e de organizações políticas de luta armada.
b) na fase de abertura política, que coincidiu em meados dos anos 1980 em vários países, e que resultou no surgimento de movimentos artísticos que se conectavam e eram otimistas com a rápida democratização em curso e com a anistia geral e irrestrita.
c) no ápice de regimes populistas como o peronismo e o varguismo, cujos governos contaram com espontânea adesão de intelectuais, que assumiram funções públicas de peso e exerceram o papel de “consciência crítica” dos rumos do governo, expressando suas avaliações nos meios de comunicação de massas.
d) no fim dos governos que antecederam os golpes militares no Cone Sul e que apresentavam, sem exceção, forte caráter progressista e reformista, cujos projetos foram apoiados por artistas, intelectuais e entusiastas de políticas culturais voltadas à população que não tinha acesso à chamada alta cultura.
e) ao longo dos governos notadamente desenvolvimentistas, em meados dos anos 1950, que predominaram na região e estimularam a circulação das vanguardas internacionais revolucionárias, dos quais resultou a formação de coletivos marcados por ideais maoístas e guevaristas, dente outras ideologias em voga na Guerra Fria.
Os regimes militares da América do Sul contaram com forte oposição estudantil e artística, manifestada, principalmente, em passeatas e letras de música. Nesse sentido, houve a aproximação entre artistas e política. 
1ª QUESTÃO – Pucsp 2017
ATO INSTITUCIONAL Nº 5, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1968.
“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, ouvido o Conselho de Segurança Nacional,
(...) Resolve editar o seguinte: 
(...) 
Art. 4º - No interesse de preservar a

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